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Ergot do CenteioO fogo de Santo Antônio
Universidade Federal do Oeste do Pará
Instituto de Biodiversidade e Florestas
Fitopatologia Geral
Discentes: Ana Caroline
Larissa Layane
Lucas Nobre
Vinicius Santana
Centeio
• O centeio (Secale cereole L.) ocupa o oitavo lugar, entre os cereais, no
mundo e é cultivado especialmente no centro e no norte da Europa,
em climas fios ou secos, em solos arenosos e pouco férteis. (BAIER,
1994)
• A maior demanda pelo centeio deve ser atribuída a questões
dietéticas, tendo em vista que é cada vez maior o numero de pessoas
que procuram alimentos integrais (BAIER, 1994)
Fonte: saude.ig.com.br
Centeio
• De acordo com Baier (1994), o centeio é usado na alimentação
humana, na fabricação de pães e biscoitos e na indústria de bebidas
destiladas claras. Também pode ser usado para forragem verde, para
recuperar solos degradados, para adubação verde e para cobertura
morta na semeadura direta.
Fonte: saude.ig.com.br
Ergot – Fogo de Santo Antônio
• O ergotismo, ou Fogo de Santo Antônio é uma intoxicação causada
pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão-do-centeio.
(COBIRP, 2013)
• Ergot é uma palavra francesa para esporão. O nome “Fogo Sagrado”
denominado por Lucretius (historiador romano) é associado à
sensação de queimor nos membros, sintoma característico da
doença.
Fonte: updatesaude.wordpress.com
Claviceps purpurea
• Claviceps purpurea é um fungo comum em regiões de clima
temperado, pois nestas regiões ocorre o período frio necessário para
a germinação dos escleródios. Em climas mais quentes, os escleródios
são colonizados por outros fungos e, nestas condições, não
conseguem sobreviver bem. (SCHUMANN, 2000) Fonte: shroomery.org
Claviceps purpurea
• O fungo Claviceps purpurea biossintetiza uma classe de metabolitos
secundários alcaloides derivados da ergolina e dependendo de suas
estruturas químicas, exercem atividade no sistema nervoso central. O
fungo infecta somente o ovário de cereais e gramíneas.
Fonte: edencultures.com
Sintomas na cultura
• Observa-se a presença de um exsudado
pegajoso e açucarado composto por seiva da
planta e conídios do fungo. O ovário infectado
é substituído por um escleródio de coloração
púrpura-preta. (SHUMANN, 2000)
Fonte: aspnet.org
Sintomas nos humanos
• Os sintomas caracterizam-se por: depressão, confusão mental,
hipertensão, bradicardia. Além disso, as pessoas podem ter convulsões,
tornarem-se maníacas, atordoadas, incapazes de falar ou apresentarem
outras formas de paralisia ou tremores.(COBIRP, 2013)
• Gangrenoso
• Convulsivo
Tipos de ergotismo
Fonte: aspnet.org
Medidas de Controle
• Controle Cultural
• A rotação de cultura com uma planta não hospedeira
do patógeno é uma prática de manejo viável para
culturas anuais.
• A queima de áreas de campo após a colheita foi uma
prática de uso comum no noroeste dos Estados
Unidos, para o manejo do ergot e outras doenças e
pragas desde a década de 1940.
Medidas de Controle
• Controle Químico
Apesar de não ser economicamente viável, produtos químicos podem ser
aplicados em sementes ou no solo para inibir a produção dos ascósporos
em escleródios.
Consequências
• Pode levar ao coma ou a morte
• Perda na produção do centeio
• Perda de alguma extremidade (ergotismo gangrenoso). Ex: em animais.
• Alimentação foi substituída pela batata
Consequências
• Os sintomas também variavam dependendo de quais alcalóides,
estavam presentes nos escleródios ingeridos (COBIRP, 2013)
• Taxa de mortalidade atingiu 40%
• Mais de 40 mil pessoas morreram desta epidemia. (COBIRP, 2013)
Epidemias
• Na Idade Média, foram frequentes as epidemias de ergotismo, que eram
ocasionadas pela ingestão de pão de centeio contaminado.
• O primeiro relato de epidemia foi na Alemanha, em 857.
• Em 1093 foi fundada a Ordem “Los Hermanos Hospitalarios de San
Antonio”, que construíram cerca de 370 hospitais para tratarem os
enfermos de Ergotismo.
• Em 1670 o médico alemão Thuillier relacionou o ergotismo ao consumo
do esporão do centeio.
• O ultimo caso de ergotismo gangrenoso, se registrou na Etiópia entre
1977-1978, onde foram afetadas 140 pessoas, com a morte de 34%
destas.
Referências
• BAIER, A. C. Centeio: Passo Fundo: EMBRAPA – CNPT, 1994. 29p.
• COBIRP, C. C. D. Fogo de Santo Antônio. 2013.
• SHUMANN, G. L. Ergot. The Plant Health Instructor. 2000.

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Ergot do centeio

  • 1. Ergot do CenteioO fogo de Santo Antônio Universidade Federal do Oeste do Pará Instituto de Biodiversidade e Florestas Fitopatologia Geral Discentes: Ana Caroline Larissa Layane Lucas Nobre Vinicius Santana
  • 2. Centeio • O centeio (Secale cereole L.) ocupa o oitavo lugar, entre os cereais, no mundo e é cultivado especialmente no centro e no norte da Europa, em climas fios ou secos, em solos arenosos e pouco férteis. (BAIER, 1994) • A maior demanda pelo centeio deve ser atribuída a questões dietéticas, tendo em vista que é cada vez maior o numero de pessoas que procuram alimentos integrais (BAIER, 1994) Fonte: saude.ig.com.br
  • 3. Centeio • De acordo com Baier (1994), o centeio é usado na alimentação humana, na fabricação de pães e biscoitos e na indústria de bebidas destiladas claras. Também pode ser usado para forragem verde, para recuperar solos degradados, para adubação verde e para cobertura morta na semeadura direta. Fonte: saude.ig.com.br
  • 4. Ergot – Fogo de Santo Antônio • O ergotismo, ou Fogo de Santo Antônio é uma intoxicação causada pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão-do-centeio. (COBIRP, 2013) • Ergot é uma palavra francesa para esporão. O nome “Fogo Sagrado” denominado por Lucretius (historiador romano) é associado à sensação de queimor nos membros, sintoma característico da doença. Fonte: updatesaude.wordpress.com
  • 5. Claviceps purpurea • Claviceps purpurea é um fungo comum em regiões de clima temperado, pois nestas regiões ocorre o período frio necessário para a germinação dos escleródios. Em climas mais quentes, os escleródios são colonizados por outros fungos e, nestas condições, não conseguem sobreviver bem. (SCHUMANN, 2000) Fonte: shroomery.org
  • 6. Claviceps purpurea • O fungo Claviceps purpurea biossintetiza uma classe de metabolitos secundários alcaloides derivados da ergolina e dependendo de suas estruturas químicas, exercem atividade no sistema nervoso central. O fungo infecta somente o ovário de cereais e gramíneas. Fonte: edencultures.com
  • 7. Sintomas na cultura • Observa-se a presença de um exsudado pegajoso e açucarado composto por seiva da planta e conídios do fungo. O ovário infectado é substituído por um escleródio de coloração púrpura-preta. (SHUMANN, 2000) Fonte: aspnet.org
  • 8. Sintomas nos humanos • Os sintomas caracterizam-se por: depressão, confusão mental, hipertensão, bradicardia. Além disso, as pessoas podem ter convulsões, tornarem-se maníacas, atordoadas, incapazes de falar ou apresentarem outras formas de paralisia ou tremores.(COBIRP, 2013) • Gangrenoso • Convulsivo Tipos de ergotismo Fonte: aspnet.org
  • 9. Medidas de Controle • Controle Cultural • A rotação de cultura com uma planta não hospedeira do patógeno é uma prática de manejo viável para culturas anuais. • A queima de áreas de campo após a colheita foi uma prática de uso comum no noroeste dos Estados Unidos, para o manejo do ergot e outras doenças e pragas desde a década de 1940.
  • 10. Medidas de Controle • Controle Químico Apesar de não ser economicamente viável, produtos químicos podem ser aplicados em sementes ou no solo para inibir a produção dos ascósporos em escleródios.
  • 11. Consequências • Pode levar ao coma ou a morte • Perda na produção do centeio • Perda de alguma extremidade (ergotismo gangrenoso). Ex: em animais. • Alimentação foi substituída pela batata
  • 12. Consequências • Os sintomas também variavam dependendo de quais alcalóides, estavam presentes nos escleródios ingeridos (COBIRP, 2013) • Taxa de mortalidade atingiu 40% • Mais de 40 mil pessoas morreram desta epidemia. (COBIRP, 2013)
  • 13. Epidemias • Na Idade Média, foram frequentes as epidemias de ergotismo, que eram ocasionadas pela ingestão de pão de centeio contaminado. • O primeiro relato de epidemia foi na Alemanha, em 857. • Em 1093 foi fundada a Ordem “Los Hermanos Hospitalarios de San Antonio”, que construíram cerca de 370 hospitais para tratarem os enfermos de Ergotismo.
  • 14. • Em 1670 o médico alemão Thuillier relacionou o ergotismo ao consumo do esporão do centeio. • O ultimo caso de ergotismo gangrenoso, se registrou na Etiópia entre 1977-1978, onde foram afetadas 140 pessoas, com a morte de 34% destas.
  • 15. Referências • BAIER, A. C. Centeio: Passo Fundo: EMBRAPA – CNPT, 1994. 29p. • COBIRP, C. C. D. Fogo de Santo Antônio. 2013. • SHUMANN, G. L. Ergot. The Plant Health Instructor. 2000.