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CARLOS COUTINHO SILVA, CEO DA CLEVERTI
Os mercados internacionais representam
mais de 90% da faturação da empresa
| IV | sexta-feira 29 de janeiro de 2016 | www.oje.pt
A Cleverti é uma empresa portu-
guesa que disponibiliza uma ofer-
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tes de software. Os centros de
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tro de Competência Tecnológica
dedicado engloba desenvolvimen-
to, testes e certificação global da
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porte 24/7 a nível mundial. Este
centro de competência está ope-
racional desde 2010. Fruto da
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nesta solução, também somos
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údos (CMS).
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dos financeiros da cleverti?
Até ao final de 2014, a nossa fatu-
ração foi 100% proveniente de
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sa operação exclusivamente no
modelo de nearshoring. Em 2015,
iniciámos a nossa abordagem ao
mercado nacional, mas o nosso
principal target continuam a ser
os mercados do centro e norte da
Europa, e é aí que ainda emprega-
mos o nosso maior esforço.
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dois anos anteriores, quando já tí-
nhamos chegado aos 1,5 milhões
de euros devido, em grande parte,
a um forte investimento em pro-
jetos que não avançaram por con-
tingências do próprio mercado e
também a uma alteração da nossa
estratégia de penetração nesses
mercados, o nosso volume de ne-
gócios registou um crescimento
na ordem dos 10% em 2015, fi-
xando-se nos 920 mil euros. Os
mercados internacionais conti-
nuam representar mais de 90%
da nossa faturação.
Como está a correr o novo negó-
cio, em Portugal?
2015 foi o ano de arranque da
nossa operação em Portugal e o
nosso volume de negócios neste
mercado foi inferior a 100 mil eu-
ros. Ainda estamos a mostrar que
o nosso modelo de atuação pode
ser transposto para o plano nacio-
nal. Pela maior proximidade, e
face à opção mais tradicional nes-
te tipo de serviços em Portugal,
também podemos trabalhar nas
instalações do cliente.
Qual a vossa principal atividade
para Portugal?
A nossa estratégia no mercado in-
terno tem estado muito focada na
oferta de testes de software inde-
pendentes para ajudar as organi-
zações a aumentar a qualidade
das suas aplicações.
Qualquer empresa que produza
software em qualquer setor de
atividade pode ser nosso cliente.
Não obstante, é mais comum tra-
balhar com organizações com
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rem pelo outsourcing deste tipo
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bitual que tenham uma cultura
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timento para este ano?
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mento tem sido em capital huma-
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ção e desenvolvimento tem ron-
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tão de conteúdos, uma área à qual
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em tecnologias IBM para a área
dos testes e em ferramentas de
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Em termos comerciais e a nível
internacional, pretendemos refor-
çar o nosso posicionamento no
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mos presentess na CeBIT 2016. Es-
tamos também a apostar na ex-
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tências noutras geografias?
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quando iniciámos a atividade em
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manos na área das TIC em Portu-
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tar centros de competência nou-
tras geografias, nomeadamente
na América Latina.
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quadros com a contratação de
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dores nas áreas de desenvolvi-
mento e de testes de software.
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a outsourcing?
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mente ajudar. Os nossos serviços
permitem aumentar a produtivi-
dade e a velocidade dos testes,
contribuindo para o delivery de
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com um time-to-release mais cur-
to e menos custos resultantes da
ineficácia.
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A Cleverti começou a sua atividade prestando 100% dos serviços no modelo de nearashoring. Estavamos em
2010. O ano passado, mudaram a estratégia e começaram a abordar o mercado nacional. O grande foco continua
a ser o mercado internacional.
CENTRO DE COMPETÊNCIA
TECNOLÓGICA EZ
O Centro de Competência
Tecnológica da eZ assegura
serviços de desenvolvimento,
teste e certificação global e
suporte 24/7 a nível mundial
para a eZ Platform.
• Localização: Lisboa
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setembro, 2010
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outsourcing de TI e processos
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Desenvolvimento, QA & Testing,
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• Colaboradores (FTE): 10
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manha, França, EUA e Japão.
Qualquer empresa
que produza software
em qualquer setor
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ser nosso cliente
Estamos a apostar na
exploração de novos
mercados, como a
Bélgica, Holanda, Reino
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Entrevista a Carlos Coutinho Silva, CEO da cleverti, no Oje

  • 1. maistic CARLOS COUTINHO SILVA, CEO DA CLEVERTI Os mercados internacionais representam mais de 90% da faturação da empresa | IV | sexta-feira 29 de janeiro de 2016 | www.oje.pt
  • 2. A Cleverti é uma empresa portu- guesa que disponibiliza uma ofer- ta de serviços tecnológicos que acompanha todo o ciclo de vida do software. Carlos Coutinho Sil- va, CEO da Cleverti, explica que os centros de competência que operam a partir das instalações da empresa em Lisboa prestam serviços no âmbito do desenvolvi- mento de software, quality assu- rance & testing e suporte aplica- cional. Inicialmente, trabalhava exclu- sivamente com os mercados in- ternacionais. Em 2015, optou por olhar também para Portugal. O investimento vai continuar, bem como as contratações, sempre que se justifiquem. Quais as principais atividades da Cleverti? A Cleverti é um centro de compe- tência nuclear que agrega depois um conjunto de equipas dedica- das, ou seja, que operam em ex- clusivo para um cliente, funcio- nando como uma extensão da sua própria organização interna. Na prática, cada uma destas equipas é um centro de competência numa escala menor. Atualmente, temos três destes centros dedicados a trabalhar para clientes sediados na Noruega, Suécia e Alemanha. Este é um tipo de serviços de mai- or continuidade e que, muitas ve- zes, abrange diversas áreas de atuação. Além destes serviços, desenvol- vemos também projetos para abordar necessidades específicas, maioritariamente ligados ao de- senvolvimento de aplicações de software e à automatização de tes- tes de software. Os centros de competência têm, porém, um pe- so superior e representam cerca de 90% da nossa faturação. Pode dar um exemplo? É o caso da eZ Systems cujo Cen- tro de Competência Tecnológica dedicado engloba desenvolvimen- to, testes e certificação global da eZ Platform e também o seu su- porte 24/7 a nível mundial. Este centro de competência está ope- racional desde 2010. Fruto da competência que adquirimos nesta solução, também somos parceiros na implementação des- ta plataforma de gestão de conte- údos (CMS). Quais são os principais resulta- dos financeiros da cleverti? Até ao final de 2014, a nossa fatu- ração foi 100% proveniente de mercados internacionais e a nos- sa operação exclusivamente no modelo de nearshoring. Em 2015, iniciámos a nossa abordagem ao mercado nacional, mas o nosso principal target continuam a ser os mercados do centro e norte da Europa, e é aí que ainda emprega- mos o nosso maior esforço. Depois de um decréscimo nos dois anos anteriores, quando já tí- nhamos chegado aos 1,5 milhões de euros devido, em grande parte, a um forte investimento em pro- jetos que não avançaram por con- tingências do próprio mercado e também a uma alteração da nossa estratégia de penetração nesses mercados, o nosso volume de ne- gócios registou um crescimento na ordem dos 10% em 2015, fi- xando-se nos 920 mil euros. Os mercados internacionais conti- nuam representar mais de 90% da nossa faturação. Como está a correr o novo negó- cio, em Portugal? 2015 foi o ano de arranque da nossa operação em Portugal e o nosso volume de negócios neste mercado foi inferior a 100 mil eu- ros. Ainda estamos a mostrar que o nosso modelo de atuação pode ser transposto para o plano nacio- nal. Pela maior proximidade, e face à opção mais tradicional nes- te tipo de serviços em Portugal, também podemos trabalhar nas instalações do cliente. Qual a vossa principal atividade para Portugal? A nossa estratégia no mercado in- terno tem estado muito focada na oferta de testes de software inde- pendentes para ajudar as organi- zações a aumentar a qualidade das suas aplicações. Qualquer empresa que produza software em qualquer setor de atividade pode ser nosso cliente. Não obstante, é mais comum tra- balhar com organizações com maturidade suficiente para opta- rem pelo outsourcing deste tipo de serviços. Por outro lado, é ha- bitual que tenham uma cultura de qualidade vincada. Os testes vão continuar a estar no centro da nossa oferta para o mercado nacional. Quais os vossos planos de inves- timento para este ano? O nosso principal foco de investi- mento tem sido em capital huma- no (cerca de um milhão de euros ano ao longo dos últimos três anos). O investimento em promo- ção e desenvolvimento tem ron- dado os 200 mil euros/ano. A curto prazo, pretendemos re- forçar os centros de competência na área dos testes, principalmen- te ao nível da automação e da ges- tão de conteúdos, uma área à qual temos estado ligados fruto da par- ceria com a eZ. Também temos em estudo a criação de novos centros de com- petência para alargamento dos nossos serviços, nomeadamente em tecnologias IBM para a área dos testes e em ferramentas de desenvolvimento rápido, como é o caso da Outsystems. Em termos comerciais e a nível internacional, pretendemos refor- çar o nosso posicionamento no mercado alemão, pelo que estare- mos presentess na CeBIT 2016. Es- tamos também a apostar na ex- ploração de novos mercados, co- mo a Bélgica, Holanda, Reino Uni- do e Suíça, e temos em perspetiva uma avaliação inicial do mercado americano. No contexto interna- cional, vamos continuar a focar a nossa oferta no desenvolvimento e nos testes de software, apostan- do em formas inovadoras de dis- ponibilização da tecnologia e também em modelos de negócio mais flexíveis, através dos Concei- tos as a Service. Preveem criar centros de compe- tências noutras geografias? Ao contrário do que acontecia quando iniciámos a atividade em 2010, a escassez de recursos hu- manos na área das TIC em Portu- gal tem vindo a acentuar-se, pelo que poderemos vir a implemen- tar centros de competência nou- tras geografias, nomeadamente na América Latina. Pretendem contratar? Em função das necessidades espe- cíficas dos projetos em curso, o número de colaboradores que empregamos tem oscilado entre os 25 e os 35. Tínhamos previsto chegar aos 40 até ao final do ano, mas ficámos um pouco aquém da expectativa. Em 2016, queremos dar continuidade ao plano de crescimento e reforçar os nossos quadros com a contratação de cerca de 15 a 20 novos colabora- dores nas áreas de desenvolvi- mento e de testes de software. Por que é importante o recurso a outsourcing? As empresas procuram cada vez mais reduzir os custos resultantes da ineficácia e do impacto que os erros de software têm nas suas or- ganizações, e esta é uma área on- de a nossa experiência pode clara- mente ajudar. Os nossos serviços permitem aumentar a produtivi- dade e a velocidade dos testes, contribuindo para o delivery de aplicações de elevada qualidade, com um time-to-release mais cur- to e menos custos resultantes da ineficácia. maistic A Cleverti começou a sua atividade prestando 100% dos serviços no modelo de nearashoring. Estavamos em 2010. O ano passado, mudaram a estratégia e começaram a abordar o mercado nacional. O grande foco continua a ser o mercado internacional. CENTRO DE COMPETÊNCIA TECNOLÓGICA EZ O Centro de Competência Tecnológica da eZ assegura serviços de desenvolvimento, teste e certificação global e suporte 24/7 a nível mundial para a eZ Platform. • Localização: Lisboa • Data de inauguração: setembro, 2010 • Prestação de serviços: outsourcing de TI e processos • Serviços prestados: Desenvolvimento, QA & Testing, Suporte • Colaboradores (FTE): 10 • Número de clientes: 1 • Países servidos: A eZ tem sede na Noruega e operações em vários países, como a Ale- manha, França, EUA e Japão. Qualquer empresa que produza software em qualquer setor de atividade pode ser nosso cliente Estamos a apostar na exploração de novos mercados, como a Bélgica, Holanda, Reino Unido e Suíça e temos em perspetiva uma avaliação inicial do mercado americano www.oje.pt | sexta-feira 29 de janeiro de 2016 | V |