SlideShare uma empresa Scribd logo
Derivaldo Moura
Fernando Praxedes
Francesca
Francisco Carlos Pinheiro
Francisco Soares
George Maia
ESTABILIZAÇÃO COM DESEQUILÍBRIO:
A "HERANÇA DE FHC PARA FHC“
O ano de 1994 marcou uma mudança de longo alcance na
economia brasileira. Após uma série de planos de estabilização
fracassados, o Plano Real obteve o primeiro sucesso na
contenção da expansão do nível dos preços que, desde os anos
de 1980, já podia ser caracterizada como uma superinflação.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
A política econômica do primeiro mandato de Fernando
Henrique Cardoso (1995-1998) deu absoluta ênfase à
consolidação do ambiente de estabilidade de preços.
Durante todo o período, foi mantido um regime cambial
semifixo, baseado na administração de estreitas bandas
de flutuação. Permitiu-se uma desvalorização cambial a
um ritmo relativamente estável, porém insuficiente para a
redução do desequilíbrio do mercado em relação ao
câmbio real de equilíbrio.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
• O regime de câmbio fixo, flexibilizado pelas bandas
cambiais, foi substituído por uma flutuação suja, na qual o
Banco Central manteve a intervenção na forma de venda
pontual de reservas e oferta de títulos públicos indexados
à taxa de câmbio.
• O regime monetário, anteriormente atrelado à defesa
das bandas cambiais, foi substituído pelo sistema de
metas inflacionárias.
• O regime fiscal foi alterado a partir da introdução, no
fim de 1998, de um compromisso de política econômica
relativo à manutenção de um superávit primário elevado
o suficiente para produzir a estabilização da razão entre a
dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB).
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
A política macroeconômica do segundo
governo de Fernando Henrique Cardoso
(1999-2002) foi marcada por mudanças nas
áreas fiscal, cambial e monetária.
Área fiscal - gerou superávit primário e
avançou-se nos esforços de reforma
estrutural.
Área cambial - a passagem do regime de
câmbio administrado para uma flutuação
permitiu o ajuste do elevado déficit em conta
corrente verificado no primeiro mandato.
Área monetária - o regime de metas de
inflação substituiu a subordinação da política
monetária à defesa do regime cambial.
A MUDANÇA DO REGIME FISCAL
A MUDANÇA DO REGIME CAMBIAL
A MUDANÇA DO REGIME MONETÁRIO
Uma análise cuidadosa da política econômica do período FHC
desaconselha caracterizá-la como uma estratégia uniforme ao longo do
tempo, uma vez que acusou sensível reorientação no segundo
mandato.
O regime de política econômica do primeiro mandato foi substituído a
partir do fim de 1998 e começo de 1999.
Assim, no período de 1995 a 1998, o esforço de estabilização veio
acompanhado de desequilíbrios fiscais e externos. Um importante
passo na direção da reversão desses desequilíbrios foi dado em 1999.
Promoveu-se naquele ano uma tríplice mudança de
regime, envolvendo os regimes cambial, monetário e fiscal.
A EFETIVIDADE DA POLÍTICA
ECONÔMICA NO SEGUNDO MANDATO
LIMITAÇÕES: AMBIENTE FINANCEIRO E
HERANÇA DOS DESEQUILÍBRIOS
O segundo mandato teve início em ambiente turbulento. Nos
primeiros dias do novo governo, o estado de Minas Gerais
anunciou que não honraria o pagamento de um bônus
vincendo, causando incerteza no mercado financeiro. O
regime de câmbio administrado, já combalido pelas saídas de
capital, quase contínuas desde a crise asiática, sucumbiu à
pressão e foi abandonado. Simultaneamente, o quadro
institucional da política econômica foi abalado pelo pedido de
demissão da diretoria do Banco Central. Formaram-se
expectativas negativas quanto à solvência da economia
brasileira, sobretudo nos mercados financeiros internacionais.
A TRÍPLICE MUDANÇA DE REGIME
NO SEGUNDO MANDATO
O regime de política econômica do primeiro mandato foi
substituído a partir do fim de 1998 e começo de 1999. O
sumaria as características dos regimes fiscal, monetário e
cambial no primeiro mandato e as mudanças verificadas no
segundo mandato, destacando a data efetiva em que estas
ocorreram; dessa forma, as alterações não necessariamente
coincidem de forma precisa com a cronologia dos mandatos.
Assim, no período de 1995 a 1998, o esforço de estabilização
veio acompanhado de desequilíbrios fiscais e externos. Um
importante passo na direção da reversão desses desequilíbrios
foi dado em 1999. Promoveu-se naquele ano uma tríplice
mudança de regime, envolvendo os regimes
cambial, monetário e fiscal:
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
A mudança do regime monetário
O relaxamento da âncora cambial, no início de 1999, trouxe
preocupações quanto ao recrudescimento do processo
inflacionário. Naquele momento, não era possível
antecipar, com um grau razoável de segurança, pelo menos
duas variáveis relevantes: o novo nível de equilíbrio da taxa de
câmbio e o coeficiente de repasse da desvalorização cambial
para o nível de preços. A incerteza permitiu inclusive o
surgimento de previsões catastrofistas de até 50% de inflação
naquele ano.
A retomada da estabilidade das expectativas de inflação foi
facilitada por uma série de fatores, entre eles:
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
• O próprio ambiente de preços estáveis que, naquele momento, já
perdurava por quatro anos e meio, e que explica a relativa
desindexação da economia por ocasião da troca de regime
cambial.
• O resultado positivo da safra agrícola de verão, que continuava a
se expandir em resposta a uma política agrícola bem-sucedida no
tocante à ampliação da oferta exportável.
• Os ganhos de eficiência associados à maior exposição da
economia ao mercado mundial.
• O ambiente recessivo da economia, combalida pela crise da
Rússia desde o segundo semestre de 1998.
• A rápida recomposição no comando da área econômica após a
crise que culminou com a mudança do regime cambial.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
Enquanto no primeiro mandato a política monetária atuava de
forma subordinada às necessidades de fluxo cambial ditadas
pela defesa do regime semifixo, no novo ambiente, a política
monetária ganhou graus de liberdade. A nova âncora para as
expectativas inflacionárias passou a ser o regime de metas de
inflação medidas pelo IPCA. Estas, por sua vez, passaram a
serem definidas pelo Conselho Monetário Nacional e
executadas pelo Banco Central.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
A recuperação do país diante da crise de 1999 desmentiu as
previsões mais pessimistas. Não houve ruptura na rolagem da
dívida pública; a inflação ao consumidor acumulada em doze
meses não saiu da casa de um dígito e o PIB não apresentou
queda em termos reais no ano. Após a recuperação da crise
cambial, verificou-se um período de relativa estabilidade
financeira que atravessou o ano 2000. Naquele período, a taxa
de câmbio flutuou ao redor do patamar de R$1,80 por dólar e
os juros permaneceram em queda. Atingiu-se no dia 15 de
março de 2001 o patamar mais baixo em termos nominais da
história da taxa Selic, de 15,1% ao ano. A relativa calmaria foi
interrompida ainda no primeiro trimestre do ano 2001, quando
a taxa Selic retomou um movimento de alta.
O LEGADO DO SEGUNDO MANDATO
E OS NOVOS DESAFIOS
A crítica ao período FHC é equivocada ao ignorar as
profundas modificações que ocorreram nas políticas monetária
e cambial a partir de 1999, caracterizadas neste trabalho como
a tríplice mudança.
O primeiro período FHC marcou a conquista da estabilidade
de preços e a promoção de um novo marco regulatório nos
segmentos de infra-estrutura, embora com elevados custos do
ponto de vista do equilíbrio do balanço de pagamentos. O
período do segundo mandato marcou o restabelecimento de
políticas monetária e cambial mais equilibradas, que criaram
as condições de solvência tanto do setor público como do
setor externo.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
 No entanto, a sucessão de choques externos desfavoráveis, em presença de
desequilíbrios que foram acumulados no esforço de estabilização durante o
primeiro mandato, terminaram por comprometer o crescimento e
reforçaram o processo de fadiga das reformas estruturais, especialmente a
reforma tributária e o aperfeiçoamento do marco regulatório. Assim, o novo
papel regulador do Estado foi implementado apenas parcialmente. Tais
circunstâncias impediram uma elevação da taxa de investimento e uma
retomada sólida da economia.
 Uma herança positiva do segundo mandato foi a redução na volatilidade do
produto. Em momentos anteriores, as crises internacionais levaram a
contrações no PIB, seguidas de recuperações intensas. No fim do segundo
mandato, já se podia observar um quadro bastante diverso. Mesmo
submetida a intensos choques domésticos e externos a partir de 2001, a
economia apresentou taxa de crescimento relativamente estável de 1,5% ao
ano em 2001 e 2002.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
Em especial, um desafio importante para a nova gestão
macroeconômica é a superação da fadiga reformista do segundo
mandato FHC. Em parte, tal fadiga está relacionada à ferrenha
oposição exercida pela mesma corrente que hoje defende parte
das reformas e que está no governo.
É importante evitar o equívoco de se fazer reformas sem
objetivos claros. É notório, pelo início da administração Lula, que
falta o fio condutor do desenvolvimento às propostas de reforma
do governo. Isso é particularmente verdadeiro no caso da
proposta de mudança do sistema tributário. As propostas iniciais
tiveram como característica um viés de aumento da carga
tributária, foram mantidas distorções sérias como a
cumulatividade e a proposta não atacava a regressividade do
sistema tributário.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
Finalmente, cabe notar que a política macroeconômica não é
tudo. A atenção às reformas deveria estar contida em um
projeto maior voltado para o desenvolvimento. As reformas em
si deveriam considerar a necessidade de maior estímulo à
inversão produtiva, além de incentivo ao aumento da
produtividade total dos fatores. Mas, além das reformas, é
essencial voltar a atenção para um projeto de
desenvolvimento que inclua muitos aspectos de gestão da
política econômica, como a necessidade de redução do risco
regulatório no Brasil, que hoje constitui um dos principais
entraves ao investimento, à produção e ao emprego no país.
ASPECTOS ECONOMICOS DO
GOVERNO DE FHC
OBRIGADO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Regionalização midiática e coronelismo eletrônico
Regionalização midiática e coronelismo eletrônicoRegionalização midiática e coronelismo eletrônico
Regionalização midiática e coronelismo eletrônico
Laércio Góes
 
Do crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívidaDo crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívida
Marcelo Lieuthier
 
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano AdministraçãoTrabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
carolinehelen
 
Mercado Financeiro Professor Danilo Pires
Mercado Financeiro Professor Danilo PiresMercado Financeiro Professor Danilo Pires
Mercado Financeiro Professor Danilo Pires
Danilo Pires
 
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUEDESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
Faudo Mussa
 
Papel das financas publicas trabalho
Papel das financas publicas  trabalhoPapel das financas publicas  trabalho
Papel das financas publicas trabalho
rosita822
 
Texto narativo trabalho
Texto narativo trabalhoTexto narativo trabalho
Texto narativo trabalho
Escola Superior de Jornalismo Manica
 
Estratégia empresarial
Estratégia empresarialEstratégia empresarial
Estratégia empresarial
Universidade Pedagogica
 
Concessões permissões e PPP
Concessões permissões e PPPConcessões permissões e PPP
Concessões permissões e PPP
Rodrigo Santos Masset Lacombe
 
Ciclos económicos pdf
Ciclos económicos   pdfCiclos económicos   pdf
Ciclos económicos pdf
Alda Ribeiro
 
Pautas e fontes
Pautas e fontesPautas e fontes
Pautas e fontes
Laércio Góes
 
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
ABRACOMEX
 
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
A. Rui Teixeira Santos
 
Carta de Apresentação e Currículo
Carta de Apresentação e Currículo Carta de Apresentação e Currículo
Carta de Apresentação e Currículo
João Carlos  Alves dos Santos
 
História da TV no Brasil
História da TV no BrasilHistória da TV no Brasil
História da TV no Brasil
Daniel Hora
 
Microeconomia 1 - Apresentação Parte A.pdf
Microeconomia 1 - Apresentação  Parte A.pdfMicroeconomia 1 - Apresentação  Parte A.pdf
Microeconomia 1 - Apresentação Parte A.pdf
AndrBaixinho
 
Explicando os ciclos de negócios
Explicando os ciclos de negóciosExplicando os ciclos de negócios
Explicando os ciclos de negócios
Matheus Albergaria
 
Estratégia competitiva de Michael Porter
Estratégia competitiva de Michael PorterEstratégia competitiva de Michael Porter
Estratégia competitiva de Michael Porter
Thiago Rocha
 
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
PROFIGESTÃO - Profissionais em Gestão de Empresas e Pessoas
 
Rituais Corporativos
Rituais CorporativosRituais Corporativos

Mais procurados (20)

Regionalização midiática e coronelismo eletrônico
Regionalização midiática e coronelismo eletrônicoRegionalização midiática e coronelismo eletrônico
Regionalização midiática e coronelismo eletrônico
 
Do crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívidaDo crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívida
 
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano AdministraçãoTrabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
Trabalho de Benchmarking - 4º ano Administração
 
Mercado Financeiro Professor Danilo Pires
Mercado Financeiro Professor Danilo PiresMercado Financeiro Professor Danilo Pires
Mercado Financeiro Professor Danilo Pires
 
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUEDESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
 
Papel das financas publicas trabalho
Papel das financas publicas  trabalhoPapel das financas publicas  trabalho
Papel das financas publicas trabalho
 
Texto narativo trabalho
Texto narativo trabalhoTexto narativo trabalho
Texto narativo trabalho
 
Estratégia empresarial
Estratégia empresarialEstratégia empresarial
Estratégia empresarial
 
Concessões permissões e PPP
Concessões permissões e PPPConcessões permissões e PPP
Concessões permissões e PPP
 
Ciclos económicos pdf
Ciclos económicos   pdfCiclos económicos   pdf
Ciclos económicos pdf
 
Pautas e fontes
Pautas e fontesPautas e fontes
Pautas e fontes
 
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
Aula Online: Startup Importação - Como Elaborar um Plano de Negócios na Impor...
 
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
Finanças Públicas da República de Angola, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (I...
 
Carta de Apresentação e Currículo
Carta de Apresentação e Currículo Carta de Apresentação e Currículo
Carta de Apresentação e Currículo
 
História da TV no Brasil
História da TV no BrasilHistória da TV no Brasil
História da TV no Brasil
 
Microeconomia 1 - Apresentação Parte A.pdf
Microeconomia 1 - Apresentação  Parte A.pdfMicroeconomia 1 - Apresentação  Parte A.pdf
Microeconomia 1 - Apresentação Parte A.pdf
 
Explicando os ciclos de negócios
Explicando os ciclos de negóciosExplicando os ciclos de negócios
Explicando os ciclos de negócios
 
Estratégia competitiva de Michael Porter
Estratégia competitiva de Michael PorterEstratégia competitiva de Michael Porter
Estratégia competitiva de Michael Porter
 
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
O Radiojornalismo (Conceito, Definições e Ferramentas)
 
Rituais Corporativos
Rituais CorporativosRituais Corporativos
Rituais Corporativos
 

Destaque

Carta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
Carta a entidades que representam os servidores da educação de MinasCarta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
Carta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
renata_vilhena
 
Seja seu próprio Gerente
Seja seu próprio GerenteSeja seu próprio Gerente
Seja seu próprio Gerente
renata_vilhena
 
Entrevista ao Valor Econômico
Entrevista ao Valor EconômicoEntrevista ao Valor Econômico
Entrevista ao Valor Econômico
renata_vilhena
 
Choque de Gestao - 10 anos
Choque de Gestao - 10 anosChoque de Gestao - 10 anos
Choque de Gestao - 10 anos
renata_vilhena
 
Onde Investir em 2013
Onde Investir em 2013Onde Investir em 2013
Onde Investir em 2013
renata_vilhena
 
O Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas GeraisO Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas Gerais
renata_vilhena
 
Consolidado das notas acordo 2011
Consolidado das notas acordo 2011Consolidado das notas acordo 2011
Consolidado das notas acordo 2011
renata_vilhena
 
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
Ministério da Economia
 
Resultados da Educação em Minas Gerais
Resultados da Educação em Minas GeraisResultados da Educação em Minas Gerais
Resultados da Educação em Minas Gerais
renata_vilhena
 
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
Ministério da Economia
 
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
Ministério da Economia
 
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
Ministério da Economia
 
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016 Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Ministério da Economia
 
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
Ministério da Economia
 
Choque
Choque Choque
Choque
resenfe2013
 
O Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas GeraisO Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas Gerais
renata_vilhena
 
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
Ministério da Economia
 
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
Ministério da Economia
 

Destaque (18)

Carta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
Carta a entidades que representam os servidores da educação de MinasCarta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
Carta a entidades que representam os servidores da educação de Minas
 
Seja seu próprio Gerente
Seja seu próprio GerenteSeja seu próprio Gerente
Seja seu próprio Gerente
 
Entrevista ao Valor Econômico
Entrevista ao Valor EconômicoEntrevista ao Valor Econômico
Entrevista ao Valor Econômico
 
Choque de Gestao - 10 anos
Choque de Gestao - 10 anosChoque de Gestao - 10 anos
Choque de Gestao - 10 anos
 
Onde Investir em 2013
Onde Investir em 2013Onde Investir em 2013
Onde Investir em 2013
 
O Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas GeraisO Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas Gerais
 
Consolidado das notas acordo 2011
Consolidado das notas acordo 2011Consolidado das notas acordo 2011
Consolidado das notas acordo 2011
 
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
Novas estimativas e análise do Resultado Fiscal Estrutural no período 2002-2015
 
Resultados da Educação em Minas Gerais
Resultados da Educação em Minas GeraisResultados da Educação em Minas Gerais
Resultados da Educação em Minas Gerais
 
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
Apresentação – O desafio do ajuste fiscal (16/08/2016)
 
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
Apresentação – Ajuste fiscal: pré-condição para o crescimento sustentado (08/...
 
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
Apresentação – medidas microeconômicas para aumentar a produtividade (15/12/2...
 
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016 Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
 
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
Apresentação – Proposta de Reforma da Previdência (06/12/2016)
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
O Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas GeraisO Choque de Gestão em Minas Gerais
O Choque de Gestão em Minas Gerais
 
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
Apresentação - PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil (24/08/2016)
 
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
Apresentação: Uma visão geral do processo de reforma da previdência - Mano...
 

Semelhante a Aspectos Economicos do governo FHC

Introdução à economia troster e monchón cap 21
Introdução à economia troster e monchón cap 21Introdução à economia troster e monchón cap 21
Introdução à economia troster e monchón cap 21
Claudia Sá de Moura
 
Economia Brasileira
Economia BrasileiraEconomia Brasileira
Economia Brasileira
Yuri Silver
 
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...
A  política econômica durante  o governo  lula (2003 2010) cenários, resultad...A  política econômica durante  o governo  lula (2003 2010) cenários, resultad...
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...
Gabriel Morais
 
Aula 19 política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
Aula 19   política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...Aula 19   política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
Aula 19 política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
petecoslides
 
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano realAula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
petecoslides
 
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado 1990 a 2...
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado   1990 a 2...Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado   1990 a 2...
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado 1990 a 2...
petecoslides
 
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao FiscalBrasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
Jose Sergio Gabrielli de Azevedo
 
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasilO plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
Gabriel De Moura Mesquita
 
Plano Real
Plano RealPlano Real
Plano Real
Bruno Moraes
 
Resenha 002 2016-03
Resenha 002 2016-03Resenha 002 2016-03
Resenha 002 2016-03
Juliene Flores
 
inflação e estabilização
 inflação e estabilização inflação e estabilização
inflação e estabilização
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
PLANO REAL: Principais decisões e consequências
PLANO REAL: Principais decisões e consequênciasPLANO REAL: Principais decisões e consequências
PLANO REAL: Principais decisões e consequências
Marlúcia Ribeiro
 
Artigo plano real
Artigo plano realArtigo plano real
Artigo plano real
Daiane Silva
 
001 belingieri-economia periodo-militar
001 belingieri-economia periodo-militar001 belingieri-economia periodo-militar
001 belingieri-economia periodo-militar
Claudia Sá de Moura
 
Plano real
Plano realPlano real
Plano real
Daiane Silva
 
Fatos Monetários no Brasil Pós-Real
Fatos Monetários no Brasil Pós-RealFatos Monetários no Brasil Pós-Real
Fatos Monetários no Brasil Pós-Real
Matheus Albergaria
 
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do BrasilAnálise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos NoventaTequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
Introdução ao Estudo da Economia Brasileira
Introdução ao Estudo da Economia BrasileiraIntrodução ao Estudo da Economia Brasileira
Introdução ao Estudo da Economia Brasileira
PROFIGESTÃO - Profissionais em Gestão de Empresas e Pessoas
 

Semelhante a Aspectos Economicos do governo FHC (20)

Introdução à economia troster e monchón cap 21
Introdução à economia troster e monchón cap 21Introdução à economia troster e monchón cap 21
Introdução à economia troster e monchón cap 21
 
Economia Brasileira
Economia BrasileiraEconomia Brasileira
Economia Brasileira
 
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...
A  política econômica durante  o governo  lula (2003 2010) cenários, resultad...A  política econômica durante  o governo  lula (2003 2010) cenários, resultad...
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...
 
Aula 19 política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
Aula 19   política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...Aula 19   política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
Aula 19 política econômica brasileira de collor a lula 1990-2007 (economia ...
 
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano realAula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
Aula 33 estabilização, política cambial e competitividade - plano real
 
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado 1990 a 2...
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado   1990 a 2...Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado   1990 a 2...
Aula 20 financeirização impacto nas prioridades de gasto do estado 1990 a 2...
 
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao FiscalBrasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
Brasil 2003 2015 divida e Situaçao Fiscal
 
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
Dezoito anos de política fiscal no brasil (1991 a 2008): uma interpretação al...
 
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasilO plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
O plano real e o crescimento da dívida pública no brasil
 
Plano Real
Plano RealPlano Real
Plano Real
 
Resenha 002 2016-03
Resenha 002 2016-03Resenha 002 2016-03
Resenha 002 2016-03
 
inflação e estabilização
 inflação e estabilização inflação e estabilização
inflação e estabilização
 
PLANO REAL: Principais decisões e consequências
PLANO REAL: Principais decisões e consequênciasPLANO REAL: Principais decisões e consequências
PLANO REAL: Principais decisões e consequências
 
Artigo plano real
Artigo plano realArtigo plano real
Artigo plano real
 
001 belingieri-economia periodo-militar
001 belingieri-economia periodo-militar001 belingieri-economia periodo-militar
001 belingieri-economia periodo-militar
 
Plano real
Plano realPlano real
Plano real
 
Fatos Monetários no Brasil Pós-Real
Fatos Monetários no Brasil Pós-RealFatos Monetários no Brasil Pós-Real
Fatos Monetários no Brasil Pós-Real
 
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do BrasilAnálise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
Análise Recente das Finanças Públicas e da Política Fiscal do Brasil
 
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos NoventaTequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
Tequila ou Tortilha? Notas sobre a Economia Brasileira nos Noventa
 
Introdução ao Estudo da Economia Brasileira
Introdução ao Estudo da Economia BrasileiraIntrodução ao Estudo da Economia Brasileira
Introdução ao Estudo da Economia Brasileira
 

Mais de George Maia

Gestão de Ativos com o Glpi
Gestão de Ativos com o GlpiGestão de Ativos com o Glpi
Gestão de Ativos com o Glpi
George Maia
 
Defesa
DefesaDefesa
Defesa
George Maia
 
Discuntindo Indicadores
Discuntindo IndicadoresDiscuntindo Indicadores
Discuntindo Indicadores
George Maia
 
Crise na Modernidade
Crise na ModernidadeCrise na Modernidade
Crise na Modernidade
George Maia
 
Abordagem das Relações Humanas
Abordagem das Relações HumanasAbordagem das Relações Humanas
Abordagem das Relações Humanas
George Maia
 
Melhoramento de Processos e Documentação
Melhoramento de Processos e DocumentaçãoMelhoramento de Processos e Documentação
Melhoramento de Processos e Documentação
George Maia
 
Processos Organizacionais
Processos OrganizacionaisProcessos Organizacionais
Processos Organizacionais
George Maia
 
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho ProjectsComputação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
George Maia
 
Software colaborativo case santista
Software colaborativo   case santistaSoftware colaborativo   case santista
Software colaborativo case santista
George Maia
 
Gerenciamento do Google Groups
Gerenciamento do Google GroupsGerenciamento do Google Groups
Gerenciamento do Google Groups
George Maia
 
Fundamentos da Administação Contemporânea
Fundamentos da Administação ContemporâneaFundamentos da Administação Contemporânea
Fundamentos da Administação Contemporânea
George Maia
 
A Religiosidade Brasileira
A Religiosidade BrasileiraA Religiosidade Brasileira
A Religiosidade Brasileira
George Maia
 
Previdência Social
Previdência SocialPrevidência Social
Previdência Social
George Maia
 
Sistema de Avaliação de Estoques
Sistema de Avaliação de EstoquesSistema de Avaliação de Estoques
Sistema de Avaliação de Estoques
George Maia
 

Mais de George Maia (14)

Gestão de Ativos com o Glpi
Gestão de Ativos com o GlpiGestão de Ativos com o Glpi
Gestão de Ativos com o Glpi
 
Defesa
DefesaDefesa
Defesa
 
Discuntindo Indicadores
Discuntindo IndicadoresDiscuntindo Indicadores
Discuntindo Indicadores
 
Crise na Modernidade
Crise na ModernidadeCrise na Modernidade
Crise na Modernidade
 
Abordagem das Relações Humanas
Abordagem das Relações HumanasAbordagem das Relações Humanas
Abordagem das Relações Humanas
 
Melhoramento de Processos e Documentação
Melhoramento de Processos e DocumentaçãoMelhoramento de Processos e Documentação
Melhoramento de Processos e Documentação
 
Processos Organizacionais
Processos OrganizacionaisProcessos Organizacionais
Processos Organizacionais
 
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho ProjectsComputação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
Computação nas Nuvens e Gerenciamento de Projetos com Zoho Projects
 
Software colaborativo case santista
Software colaborativo   case santistaSoftware colaborativo   case santista
Software colaborativo case santista
 
Gerenciamento do Google Groups
Gerenciamento do Google GroupsGerenciamento do Google Groups
Gerenciamento do Google Groups
 
Fundamentos da Administação Contemporânea
Fundamentos da Administação ContemporâneaFundamentos da Administação Contemporânea
Fundamentos da Administação Contemporânea
 
A Religiosidade Brasileira
A Religiosidade BrasileiraA Religiosidade Brasileira
A Religiosidade Brasileira
 
Previdência Social
Previdência SocialPrevidência Social
Previdência Social
 
Sistema de Avaliação de Estoques
Sistema de Avaliação de EstoquesSistema de Avaliação de Estoques
Sistema de Avaliação de Estoques
 

Aspectos Economicos do governo FHC

  • 1. Derivaldo Moura Fernando Praxedes Francesca Francisco Carlos Pinheiro Francisco Soares George Maia
  • 2. ESTABILIZAÇÃO COM DESEQUILÍBRIO: A "HERANÇA DE FHC PARA FHC“ O ano de 1994 marcou uma mudança de longo alcance na economia brasileira. Após uma série de planos de estabilização fracassados, o Plano Real obteve o primeiro sucesso na contenção da expansão do nível dos preços que, desde os anos de 1980, já podia ser caracterizada como uma superinflação.
  • 3. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC A política econômica do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) deu absoluta ênfase à consolidação do ambiente de estabilidade de preços. Durante todo o período, foi mantido um regime cambial semifixo, baseado na administração de estreitas bandas de flutuação. Permitiu-se uma desvalorização cambial a um ritmo relativamente estável, porém insuficiente para a redução do desequilíbrio do mercado em relação ao câmbio real de equilíbrio.
  • 4. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC • O regime de câmbio fixo, flexibilizado pelas bandas cambiais, foi substituído por uma flutuação suja, na qual o Banco Central manteve a intervenção na forma de venda pontual de reservas e oferta de títulos públicos indexados à taxa de câmbio. • O regime monetário, anteriormente atrelado à defesa das bandas cambiais, foi substituído pelo sistema de metas inflacionárias. • O regime fiscal foi alterado a partir da introdução, no fim de 1998, de um compromisso de política econômica relativo à manutenção de um superávit primário elevado o suficiente para produzir a estabilização da razão entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB).
  • 5. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC A política macroeconômica do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002) foi marcada por mudanças nas áreas fiscal, cambial e monetária. Área fiscal - gerou superávit primário e avançou-se nos esforços de reforma estrutural. Área cambial - a passagem do regime de câmbio administrado para uma flutuação permitiu o ajuste do elevado déficit em conta corrente verificado no primeiro mandato. Área monetária - o regime de metas de inflação substituiu a subordinação da política monetária à defesa do regime cambial.
  • 6. A MUDANÇA DO REGIME FISCAL A MUDANÇA DO REGIME CAMBIAL A MUDANÇA DO REGIME MONETÁRIO Uma análise cuidadosa da política econômica do período FHC desaconselha caracterizá-la como uma estratégia uniforme ao longo do tempo, uma vez que acusou sensível reorientação no segundo mandato. O regime de política econômica do primeiro mandato foi substituído a partir do fim de 1998 e começo de 1999. Assim, no período de 1995 a 1998, o esforço de estabilização veio acompanhado de desequilíbrios fiscais e externos. Um importante passo na direção da reversão desses desequilíbrios foi dado em 1999. Promoveu-se naquele ano uma tríplice mudança de regime, envolvendo os regimes cambial, monetário e fiscal.
  • 7. A EFETIVIDADE DA POLÍTICA ECONÔMICA NO SEGUNDO MANDATO LIMITAÇÕES: AMBIENTE FINANCEIRO E HERANÇA DOS DESEQUILÍBRIOS O segundo mandato teve início em ambiente turbulento. Nos primeiros dias do novo governo, o estado de Minas Gerais anunciou que não honraria o pagamento de um bônus vincendo, causando incerteza no mercado financeiro. O regime de câmbio administrado, já combalido pelas saídas de capital, quase contínuas desde a crise asiática, sucumbiu à pressão e foi abandonado. Simultaneamente, o quadro institucional da política econômica foi abalado pelo pedido de demissão da diretoria do Banco Central. Formaram-se expectativas negativas quanto à solvência da economia brasileira, sobretudo nos mercados financeiros internacionais.
  • 8. A TRÍPLICE MUDANÇA DE REGIME NO SEGUNDO MANDATO O regime de política econômica do primeiro mandato foi substituído a partir do fim de 1998 e começo de 1999. O sumaria as características dos regimes fiscal, monetário e cambial no primeiro mandato e as mudanças verificadas no segundo mandato, destacando a data efetiva em que estas ocorreram; dessa forma, as alterações não necessariamente coincidem de forma precisa com a cronologia dos mandatos. Assim, no período de 1995 a 1998, o esforço de estabilização veio acompanhado de desequilíbrios fiscais e externos. Um importante passo na direção da reversão desses desequilíbrios foi dado em 1999. Promoveu-se naquele ano uma tríplice mudança de regime, envolvendo os regimes cambial, monetário e fiscal:
  • 9. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC A mudança do regime monetário O relaxamento da âncora cambial, no início de 1999, trouxe preocupações quanto ao recrudescimento do processo inflacionário. Naquele momento, não era possível antecipar, com um grau razoável de segurança, pelo menos duas variáveis relevantes: o novo nível de equilíbrio da taxa de câmbio e o coeficiente de repasse da desvalorização cambial para o nível de preços. A incerteza permitiu inclusive o surgimento de previsões catastrofistas de até 50% de inflação naquele ano. A retomada da estabilidade das expectativas de inflação foi facilitada por uma série de fatores, entre eles:
  • 10. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC • O próprio ambiente de preços estáveis que, naquele momento, já perdurava por quatro anos e meio, e que explica a relativa desindexação da economia por ocasião da troca de regime cambial. • O resultado positivo da safra agrícola de verão, que continuava a se expandir em resposta a uma política agrícola bem-sucedida no tocante à ampliação da oferta exportável. • Os ganhos de eficiência associados à maior exposição da economia ao mercado mundial. • O ambiente recessivo da economia, combalida pela crise da Rússia desde o segundo semestre de 1998. • A rápida recomposição no comando da área econômica após a crise que culminou com a mudança do regime cambial.
  • 11. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC Enquanto no primeiro mandato a política monetária atuava de forma subordinada às necessidades de fluxo cambial ditadas pela defesa do regime semifixo, no novo ambiente, a política monetária ganhou graus de liberdade. A nova âncora para as expectativas inflacionárias passou a ser o regime de metas de inflação medidas pelo IPCA. Estas, por sua vez, passaram a serem definidas pelo Conselho Monetário Nacional e executadas pelo Banco Central.
  • 12. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC A recuperação do país diante da crise de 1999 desmentiu as previsões mais pessimistas. Não houve ruptura na rolagem da dívida pública; a inflação ao consumidor acumulada em doze meses não saiu da casa de um dígito e o PIB não apresentou queda em termos reais no ano. Após a recuperação da crise cambial, verificou-se um período de relativa estabilidade financeira que atravessou o ano 2000. Naquele período, a taxa de câmbio flutuou ao redor do patamar de R$1,80 por dólar e os juros permaneceram em queda. Atingiu-se no dia 15 de março de 2001 o patamar mais baixo em termos nominais da história da taxa Selic, de 15,1% ao ano. A relativa calmaria foi interrompida ainda no primeiro trimestre do ano 2001, quando a taxa Selic retomou um movimento de alta.
  • 13. O LEGADO DO SEGUNDO MANDATO E OS NOVOS DESAFIOS A crítica ao período FHC é equivocada ao ignorar as profundas modificações que ocorreram nas políticas monetária e cambial a partir de 1999, caracterizadas neste trabalho como a tríplice mudança. O primeiro período FHC marcou a conquista da estabilidade de preços e a promoção de um novo marco regulatório nos segmentos de infra-estrutura, embora com elevados custos do ponto de vista do equilíbrio do balanço de pagamentos. O período do segundo mandato marcou o restabelecimento de políticas monetária e cambial mais equilibradas, que criaram as condições de solvência tanto do setor público como do setor externo.
  • 14. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC  No entanto, a sucessão de choques externos desfavoráveis, em presença de desequilíbrios que foram acumulados no esforço de estabilização durante o primeiro mandato, terminaram por comprometer o crescimento e reforçaram o processo de fadiga das reformas estruturais, especialmente a reforma tributária e o aperfeiçoamento do marco regulatório. Assim, o novo papel regulador do Estado foi implementado apenas parcialmente. Tais circunstâncias impediram uma elevação da taxa de investimento e uma retomada sólida da economia.  Uma herança positiva do segundo mandato foi a redução na volatilidade do produto. Em momentos anteriores, as crises internacionais levaram a contrações no PIB, seguidas de recuperações intensas. No fim do segundo mandato, já se podia observar um quadro bastante diverso. Mesmo submetida a intensos choques domésticos e externos a partir de 2001, a economia apresentou taxa de crescimento relativamente estável de 1,5% ao ano em 2001 e 2002.
  • 15. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC Em especial, um desafio importante para a nova gestão macroeconômica é a superação da fadiga reformista do segundo mandato FHC. Em parte, tal fadiga está relacionada à ferrenha oposição exercida pela mesma corrente que hoje defende parte das reformas e que está no governo. É importante evitar o equívoco de se fazer reformas sem objetivos claros. É notório, pelo início da administração Lula, que falta o fio condutor do desenvolvimento às propostas de reforma do governo. Isso é particularmente verdadeiro no caso da proposta de mudança do sistema tributário. As propostas iniciais tiveram como característica um viés de aumento da carga tributária, foram mantidas distorções sérias como a cumulatividade e a proposta não atacava a regressividade do sistema tributário.
  • 16. ASPECTOS ECONOMICOS DO GOVERNO DE FHC Finalmente, cabe notar que a política macroeconômica não é tudo. A atenção às reformas deveria estar contida em um projeto maior voltado para o desenvolvimento. As reformas em si deveriam considerar a necessidade de maior estímulo à inversão produtiva, além de incentivo ao aumento da produtividade total dos fatores. Mas, além das reformas, é essencial voltar a atenção para um projeto de desenvolvimento que inclua muitos aspectos de gestão da política econômica, como a necessidade de redução do risco regulatório no Brasil, que hoje constitui um dos principais entraves ao investimento, à produção e ao emprego no país.