O documento discute o conceito de formação de educadores e o papel do formador, abordando três pontos principais:
1) A formação deve ser vista como um processo contínuo de aprendizagem, e não ações isoladas.
2) O formador deve mediar discussões em vez de apenas transmitir conteúdo, valorizando os saberes dos participantes.
3) É essencial que o formador conheça bem o contexto e as necessidades dos educadores em formação.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
Esse artigo está vinculado a uma pesquisa de tese de doutorado em fase de finalização, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa 1 (LP1) Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A pesquisa permeia a interpretação e a reflexão sobre trajetórias docentes de professores ingressantes na Educação Superior, tendo em vista os processos vivenciados em duas Instituições – uma brasileira e outra espanhola –, por meio de programas formativos institucionalizados. A tese tem como objetivo investigar a constituição dos programas de assessoramento pedagógico para professores principiantes, desenvolvidos em duas instituições de Educação Superior, uma brasileira e outra espanhola, tendo em vista a concepção de uma proposta de processo formativo em rede frente aos desafios à Educação Superior. O design investigativo da pesquisa, está fundamentado em uma abordagem qualitativa, alicerçada em um estudo de caso múltiplo, com a utilização de pesquisa bibliográfica, de questionário exploratório e de entrevistas narrativas. Tendo como resultado preliminar o entendimento de que o desenvolvimento profissional do professor principiante requer um programa institucionalizado e em rede que seja um meio propulsor de reflexões emergentes sobre a prática docente, configurando-se por uma interação entre os protagonistas, criando uma comunidade presencial e virtual de aprendizagem, a fim de qualificar a docência, promovendo a inteligência coletiva e aprendizagem mútua entre mentores e principiantes e assim, institucionalizar um processo formativo alicerçado em uma rede formativa pela interação e reflexão permanente acerca da docência universitária.
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
Esse artigo está vinculado a uma pesquisa de tese de doutorado em fase de finalização, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa 1 (LP1) Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A pesquisa permeia a interpretação e a reflexão sobre trajetórias docentes de professores ingressantes na Educação Superior, tendo em vista os processos vivenciados em duas Instituições – uma brasileira e outra espanhola –, por meio de programas formativos institucionalizados. A tese tem como objetivo investigar a constituição dos programas de assessoramento pedagógico para professores principiantes, desenvolvidos em duas instituições de Educação Superior, uma brasileira e outra espanhola, tendo em vista a concepção de uma proposta de processo formativo em rede frente aos desafios à Educação Superior. O design investigativo da pesquisa, está fundamentado em uma abordagem qualitativa, alicerçada em um estudo de caso múltiplo, com a utilização de pesquisa bibliográfica, de questionário exploratório e de entrevistas narrativas. Tendo como resultado preliminar o entendimento de que o desenvolvimento profissional do professor principiante requer um programa institucionalizado e em rede que seja um meio propulsor de reflexões emergentes sobre a prática docente, configurando-se por uma interação entre os protagonistas, criando uma comunidade presencial e virtual de aprendizagem, a fim de qualificar a docência, promovendo a inteligência coletiva e aprendizagem mútua entre mentores e principiantes e assim, institucionalizar um processo formativo alicerçado em uma rede formativa pela interação e reflexão permanente acerca da docência universitária.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES IN...ProfessorPrincipiante
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência.
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...ProfessorPrincipiante
A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja, é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de educação.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
A relevância do estágio em empresas na área de Treinamento para o aluno do cu...Sara Guilherme
O presente trabalho visa trazer esclarecimento através de um estudo de caso e
levantamento bibliográfico a relevância da experiência do estágio de Pedagogia na
área de Treinamento Empresarial. Primeiramente é descrito a importância que a
educação possui e vem ganhando no mundo corporativo, explicando o porquê da
inserção do Pedagogo nesse ambiente. Posteriormente a proposta foi apresentar
como ocorre o estágio obrigatório e extracurricular dentro da formação dos
estudantes, tomando como ponto de partido da pesquisa o estágio extracurricular na
área de Treinamento Empresarial. É feito uma descrição da relação das atividades
vivenciadas no estágio com as disciplinas do curso que mais se aproximaram dessa
temática, defendendo, portanto a importância dessa experiência para formação
profissional e opção pela futura escolha de carreira aos estudantes de Pedagogia.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UMA PONTE PARA A SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES IN...ProfessorPrincipiante
Os estudos sobre o início da docência ganham magnitude no campo da educação e da sociologia da educação no momento em que buscam tratar e reconhecer o ingresso na docência como elemento preponderante para a construção da identidade docente. É neste caminho que o presente estudo busca apresentar e ampliar a discussão sobre a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência. O debate inicial trata de reconhecer possíveis questionamentos que fazem parte do repertório de dificuldades dos professores iniciantes. A partir disso, foi definido o objetivo desta pesquisa – Compreender a influência da organização escolar no processo de iniciação à docência.
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...ProfessorPrincipiante
A fase da entrada na carreira, pode ser comparada com a inserção profissional, ou seja, é a fase onde, os professores então iniciando sua prática docente. Garcia (2010) salienta que pode ser entendida, também, como uma transição de estudantes para docentes, e esta fase é um período de crises, onde os professores devem manter o equilíbrio pessoal e adquirir, ainda, conhecimento profissional. Portanto passa a vivenciar as dúvidas e as aflições do iniciante. Neste, sentido, é possível perceber que o apoio dado aos professores iniciantes, é muito pequeno e às vezes até inexistente, tanto por parte da escola onde ele está iniciando suas atividades, quanto das políticas públicas de educação.
A MOBILIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO INÍCIO...ProfessorPrincipiante
Antes de falarmos sobre o processo de se tornar professor ou sobre a mobilização dos saberes docentes, entendemos a necessidade de apresentar o professor iniciante.
Pacheco e Flores (1999) definem o professor iniciante como aquele que se encontra no primeiro ano de docência. Gonçalves (1995) afirma que o professor em início de carreira é aquele que está entre o primeiro e o quarto ano de atuação docente, já Huberman (1995) observa que o professor em início de carreira se localiza entre os três primeiros anos de docência.
A relevância do estágio em empresas na área de Treinamento para o aluno do cu...Sara Guilherme
O presente trabalho visa trazer esclarecimento através de um estudo de caso e
levantamento bibliográfico a relevância da experiência do estágio de Pedagogia na
área de Treinamento Empresarial. Primeiramente é descrito a importância que a
educação possui e vem ganhando no mundo corporativo, explicando o porquê da
inserção do Pedagogo nesse ambiente. Posteriormente a proposta foi apresentar
como ocorre o estágio obrigatório e extracurricular dentro da formação dos
estudantes, tomando como ponto de partido da pesquisa o estágio extracurricular na
área de Treinamento Empresarial. É feito uma descrição da relação das atividades
vivenciadas no estágio com as disciplinas do curso que mais se aproximaram dessa
temática, defendendo, portanto a importância dessa experiência para formação
profissional e opção pela futura escolha de carreira aos estudantes de Pedagogia.
As aceleradas transformações pelas quais o mundo vem passando a partir das últimas
décadas do século XX afetaram substancialmente a Educação, tornando-a mais
complexa. Consequentemente, se a educação está mais complexa, o mesmo deverá
ocorrer com a profissão docente, pois a sociedade, de uma forma geral, deposita
inúmeras expectativas em relação à docência como profissão.
Neste cenário, o professor não pode mais ser entendido como aquele que domina os
conteúdos das disciplinas e a técnica para transmiti-la. Espera-se que o profissional da
educação, em qualquer nível de ensino, forme cidadãos criativos, atualizados e
preparados para viver, conviver e atuar criticamente no mundo globalizado e tecnológico.
Agora, exige-se que o professor saiba lidar com um conhecimento em construção, que
seja capaz de trabalhar em grupo, conviver com as mudanças emergentes e com as
incertezas de um novo papel social de sua profissão.
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
Semelhante a DOC_01_Formacao_de_educadores_Tiago_Monteiro.pdf (20)
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CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
2. Autor: Tiago Monteiro de Messias
Título e subtítulo: Formação de educadores: o papel do formador para uma prática significativa
Edição: 1ª
Local: Santo André
Nome do Editor: Elos Educacional
Ano da publicação: 2018
ISBN: 978-85-54968-01-4
3. Pensar sobre o papel do formador de educadores e os
desafios que estão ligados a essa ação não é uma tarefa tão
simples. Não é mesmo? Primeiro, porque ao discorrer acerca
de formação é preciso, antes de tudo, refletir sobre quais são
as concepções que sustentam as compreensões sobre essa
ação. Segundo, ao se ter claro o que é formação, cabe
significar qual é o papel do profissional que atua na formação
de educadores.
A fim de avançar um pouco nesse assunto, vamos iniciar
nosso diálogo a partir do primeiro elemento trazido. Buscamos
esse caminho, pois, para nós, é importante conceituar
formação para que, a partir disso, pautemos uma discussão
sobre o sujeito formador.
4. Fazemos essa primeira pergunta a respeito dessa diferença,
tendo em vista diversas percepções sobre o assunto. Podemos,
por um lado, afirmar que formação são momentos os quais
estudamos para ter maiores conhecimentos que podem ser
utilizados (ou não) em situações existentes, bem como a
circunstâncias que ainda virão e estão atreladas, por vezes, a uma
certificação. Nessa perspectiva, temos por exemplos momentos
institucionais como a própria formação inicial, palestras, cursos,
simpósios, pós-graduações e demais espaços controlados. Assim,
o caráter de imersão, treinamento, atualização e/ou reciclagem
estão relacionados à formação.
Assim, iniciamos com a
seguinte reflexão: formação
como processo ou ação(s)
pontual(s)?
5. Por outro lado, há estudos que conceituam a formação como
um processo constituído por ações, espaços e momentos plurais
que fomentam a reflexão sobre a prática. Autores como Tardif,
Garcia, Canário, Placco, Imbernón e tantos outros assumem uma
discussão relevante a ampliar o que, essencialmente, é formação.
Aqui, o caráter de necessidades pontuais e reais atreladas ao
contexto é altamente relevante, sendo elas pontos de partida para
debates e (re)significação de práticas, bem como a existência de
um espaço plural em detrimento de um momento hermético, a
favor da ampliação de debates, trazendo o sujeito para o centro de
sua formação são características que se alinham a essas
concepções.
6. Pensando nisso, nós compreendemos formação como um processo intencional e interacional
constituído de diversos momentos mais ou menos organizados previamente que promovam uma
reflexão a favor do desenvolvimento profissional.
Por se ter claro que o conceito de formação abrange todo esse processo, é importante, logo,
refletir sobre o papel do formador de educadores, tendo em vista que concepção e prática
caminham juntas.
É inevitável, ao pensarmos o processo formativo, nos questionarmos: afinal, qual é o papel do
formador externo ao contexto dos profissionais que estão no processo formativo? Bem, essa
pergunta insurge muitas dúvidas, afinal, se preconizamos um processo que se alicerce em
contextos e necessidades reais, como esse sujeito não inserido em todos os contextos pode
contribuir para o desenvolvimento profissional do outro?
7. Abaixo, no sentido de ampliar algumas ideias, trazemos elementos que podem gerar uma autorreflexão. Cabe dizer,
ainda, que não se trata das únicas possibilidades. Elas podem ser significadas à medida que cada leitor se depare com um
novo desafio:
é importante entendermos o papel do formador em cada
momento! Por vezes, incorre-se em assumir uma postura
de professor que, de certa maneira, deixa a demonstrar a
não valorização dos saberes do próprio grupo. Para isso,
pensar previamente o objetivo de cada momento da
formação é essencial! A partir desse mapeamento,
valorize a discussão propositiva e responsável do grupo,
sendo você um agente para instigar, questionar e
mobilizar o grupo a problematizar e não assumir um
papel de queixa.
Mediar versus professorar:
8. Demonstrar humildade
e corresponsabilidade :
a imagem do formador se constitui a partir de como ele
comunica ao público. Assim, cuide de como você se
comunica, demonstrando interesse e respeito a cada
participante, cuidando da linguagem verbal e comportamental
(incluindo vestimenta, olhares e silenciamentos). Além disso,
corresponsabilize o grupo, não só na fala, mas na prática,
trazendo-os para o centro do processo. Isso significa não
aceitar qualquer queixa, mobilizar o grupo a sair de sua zona
de conforto, criar um ambiente seguro para descordar e
demonstrar sua fragilidade, também.
9. se consideramos que a formação se assenta em um contexto próprio
com sujeitos únicos, é essencial saber mais sobre o público. Busque
investigar quem é esse grupo, qual(s) o perfil e cultura da turma,
aproprie-se de informações prévias. Por exemplo: para discutir com
gestores escolares de determinada Rede de ensino, é essencial conhecer
a estrutura da rede (quem constitui a equipe gestora), qual é o IDEB da
rede/escola, se há horário coletivo na rede, entre outras informações
alinhadas ao foco da formação. Esses são itens que podem fazer parte
de seu estudo prévio. Muitas vezes, não potencializamos a formação por
estarmos (totalmente) alheios ao contexto do grupo, mostrando, assim,
certa fragilidade, despreparo e, até mesmo, desinteresse em relação ao
grupo.
Conhecer o público:
10. alie esses dois eixos! Os saberes técnico e acadêmico são a base para
propor uma discussão. Então, assuma papel ativo de estudante antes da
formação, buscando aprofundar teorias e instrumentos para ilustrar suas
indicações e lhe repertoriar. No entanto, não é só o saber acadêmico que
garante uma boa formação! Ter experiência e conhecimento da prática é
muito importante! Sobre isso, acreditamos que para ser um bom formador
não precisa, condicionalmente, ter assumido todas as posições na escola
e secretaria de Educação. De fato, é um desafio, porém ele é dirimido
quando exercitamos o pensamento crítico e hipotético. Dessa maneira, é
exigido de nós, formadores, maior compreensão do público para uma
argumentação que preconize a prática fundamentada.
Ter conhecimento teórico
e conhecimento tácito:
11. Percebemos no decorrer deste e-book que a atuação do
formador de educadores envolve muitas nuances que
desafiam esse profissional a se revisitar para alinhar suas
concepções sobre formação e sua prática. Esse movimento é
complexo e, por vezes, doloroso, haja vista que necessita se
perceber sempre incompleto e em busca de aprender
sempre mais, tanto em relação a saberes acadêmicos, mas,
também, em relação a aspectos socioemocionais.
Como dito no início deste texto, pensar formação e o papel
do formador são desafios reais! Então, convidamos você,
leitor, a refletir sobre sua atuação e busque, também, a partir
do que for trazido por meio de sua memória, questionar sua
prática para avançar em seu desenvolvimento profissional.
12. Doutorando em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestre em Educação:
Formação de Formadores pela mesma instituição e graduado em Letras, pela Universidade Federal do Ceará.
Tiago Monteiro de Messias