Este documento descreve e compara diferentes abordagens terapêuticas, incluindo psicanálise, terapia analítica, abordagem centrada no cliente, gestalt-terapia, terapia comportamental e terapia cognitivo-comportamental. Ele discute os principais conceitos, técnicas e objetivos de cada abordagem.
Uma psicoterapia é uma experiência emocional vivida. Como tal, ela não pode na verdade, ser traduzida, transcrita, explicada, compreendida ou contada em palavras.
O acompanhante terapêutico (AT) é um recurso potente, frente a situação delicadas e complexas em Saúde Mental, promovendo reintegração do paciente pós internação psiquiátrica, bem como, uma forma de evitar a internação.
Uma psicoterapia é uma experiência emocional vivida. Como tal, ela não pode na verdade, ser traduzida, transcrita, explicada, compreendida ou contada em palavras.
O acompanhante terapêutico (AT) é um recurso potente, frente a situação delicadas e complexas em Saúde Mental, promovendo reintegração do paciente pós internação psiquiátrica, bem como, uma forma de evitar a internação.
As principais influências orientais utilizadas nas abordagens da terapia cogn...Marcus Deminco
OBJETIVO: pesquisar e descrever as principais técnicas orientais utilizadas como recursos de intervenções psicoterapêuticas em algumas práticas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) contemporânea. MÉTODOS: análise correlacional por revisão não sistemática em fontes secundárias. CONCLUSÕES: as práticas orientais utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como o Mindfulness, a Terapia Comportamental Dialética (TCD), a Respiração Diafragmática e o Relaxamento Muscular Progressivo, representam não só um acréscimo relevante no arsenal de suas técnicas psicoterapêuticas, como também – proporcionam aos seus pacientes – uma maior variedade de recursos disponíveis no processo terapêutico.
Trabalhando com os pensamentos automáticosSarah Karenina
Resumo do capítulo 5 do livro "Aprendendo a Terapia Cognitivo Comportamental"
Autor: Monica Ramirez Basco, Michael E. Thase, Jesse H. Wright
Editora: ARTMED
Ano de Edição: 2008
11 Benefícios que Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) pode trazer para a s...clinicamob
Saiba aqui como a psicologia com orientação de terapia cognitivo comportamental (TCC) pode ajudar você a ter uma mais tranquila com mais bem estar e segurança emocional. A psicóloga da Clínica MOB Patrícia Godoy demonstra a você 11 benefícios da TCC.
As principais influências orientais utilizadas nas abordagens da terapia cogn...Marcus Deminco
OBJETIVO: pesquisar e descrever as principais técnicas orientais utilizadas como recursos de intervenções psicoterapêuticas em algumas práticas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) contemporânea. MÉTODOS: análise correlacional por revisão não sistemática em fontes secundárias. CONCLUSÕES: as práticas orientais utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como o Mindfulness, a Terapia Comportamental Dialética (TCD), a Respiração Diafragmática e o Relaxamento Muscular Progressivo, representam não só um acréscimo relevante no arsenal de suas técnicas psicoterapêuticas, como também – proporcionam aos seus pacientes – uma maior variedade de recursos disponíveis no processo terapêutico.
Trabalhando com os pensamentos automáticosSarah Karenina
Resumo do capítulo 5 do livro "Aprendendo a Terapia Cognitivo Comportamental"
Autor: Monica Ramirez Basco, Michael E. Thase, Jesse H. Wright
Editora: ARTMED
Ano de Edição: 2008
11 Benefícios que Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) pode trazer para a s...clinicamob
Saiba aqui como a psicologia com orientação de terapia cognitivo comportamental (TCC) pode ajudar você a ter uma mais tranquila com mais bem estar e segurança emocional. A psicóloga da Clínica MOB Patrícia Godoy demonstra a você 11 benefícios da TCC.
Clinica de dependência química Curitiba
Drogas ficaram mais potentes e baratas nos últimos 20 anos, diz estudo com foco na dependência química.
Estudo também aponta que o crescimento na apreensão de drogas não teve efeito correspondente no consumo
Maconha está entre as drogas que, segundo estudo canadense, deveriam ser descriminalizadas
Uma pesquisa realizada no Canadá revelou que as drogas tornaram-se mais baratas e mais puras ao redor do mundo nos últimos 20 anos, sugerindo um "fracasso" dos esforços para conter a produção, consumo e tráfico de entorpecentes.
O estudo do International Centre for Science in Drug Policy (Centro Internacional para a Ciência em Políticas de Drogas, Clinica de dependência química Curitiba) foi publicado na revista científica British Medical Journal Open e avaliou programas de contenção e vigilância de governos de diferentes países.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, os governos deveriam passar a considerar o uso de drogas um aspecto de saúde pública, e não um assunto para a Justiça. "Nós deveríamos procurar implementar políticas que colocam a saúde e a segurança no topo das nossas prioridades, e considerar o uso de drogas como um aspecto de saúde pública, ao invés de um problema para a Justiça criminal", diz Evan Wood, um dos responsáveis pelo estudo.
"Com o reconhecimento do improvável sucesso dos esforços para reduzir o fornecimento de drogas, dependencia quimica, há uma necessidade clara para aumentar o tratamento do vício e de outras estratégias para diminuir de forma efetiva os danos relacionados ao uso de drogas", complementa.
Preços, pureza e disponibilidade
De forma geral, os números compilados pelo centro canadense mostram que entre 1990 e 2010 os preços das drogas caíram, enquanto a pureza e a potência aumentaram. Na região andina (Peru, Bolívia e Colômbia) a apreensão de folhas de coca aumentou em quase 200% entre 1990 e 2007, mas isso não levou a uma grande redução do consumo de cocaína em pó nos Estados Unidos, colocando em xeque as políticas públicas focadas na contenção do fornecimento de entorpecentes.
Nós deveríamos procurar implementar políticas (Clinica de dependência química Curitiba) que colocam a saúde e a segurança no topo das nossas prioridades, e considerar o uso de drogas como um aspecto de saúde pública, ao invés de um problema para a Justiça criminal
Evan Wood
Na Europa, o preço médio das drogas à base de ópio e da cocaína, reajustados de acordo com a inflação e o grau de pureza, diminuíram em 74% e 51% respectivamente entre 1990 e 2010. Além disso, as drogas estão mais puras e mais disponíveis ao redor do mundo.
Os números do relatório mostram que houve um aumento significativo em diversos países com relação à apreensão de cocaína, heroína e maconha, conforme os registros governamentais desde 1990.
Prática em grupos na área clínica (que pode ser em equipamentos de Saúde Mental e na clínica ampliada, com destaque à realidade brasileira;
- Aplicações da mediações de conflitos em grupos em diferentes contextos: grupal, institucional, criança, adolescente, idoso e outros. Ao se falar em instituições, abarca-se serviços de Saúde, estabelecimentos de Ensino e equipamentos Sociais;
- Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e socioculturais dos seus membros.
1. DIFERENÇAS DE ABORDAGENS.
A psicanálise tem como principal característica trazer ao consciente os
conflitos internos de modo que se possa lidar com eles conscientemente,
minimizando as atitudes autodestrutivas e o sofrimento do indivíduo,
possibilitando ao ego estabelecer novos níveis de satisfação em todas
suas áreas de funcionamento.
Na sessão psicanalítica, na maioria das vezes, o paciente permanece na sessão deitado
no divã, de costas para o analista. Esta conduta facilita a Ação Transferencial do
paciente em relação ao terapeuta, sendo um elemento crucial no processo de análise,
pois demonstra que o paciente continua a vivenciar no presente os fatos importantes de
seu passado que não são conscientemente acessíveis (DAVIDOFF, 2001; GREENSON;
1981).
CORDIOLI (1998) relatou que é necessária, por parte do paciente, uma boa dose de
engajamento para se efetuar as mudanças em sua vida, assim como disposição para
envolver-se em um tratamento de longa duração e que representa algum dispêndio de
dinheiro e tempo. A Psicanálise, utiliza-se de sessões semanais em horários
estabelecidos previamente, o número de sessões pode variar de três à cinco e o
tratamento pode durar muitos anos.
GREENSON (1981) descreveu que a terapia psicanalítica é uma terapia causal e que
tem como objetivo desfazer as causas da neurose apresentando algumas técnicas
utilizadas por psicanalistas de base Freudiana: 1) a Escuta que deve ser feita com a
máxima atenção e objetivando a obtenção de dados que serão usados na interpretação;
2) a Associação Livre, que consiste em relatos de sonhos e/ou fatos cotidianos
verbalizados pelo paciente aleatoriamente e analisados pelo psicólogo, e; 3) a
Interpretação, tornar consciente um significado, causa, fonte ou história de um
determinado fato inconsciente, indo além daquilo que é observável.
WITTIG (1981) descreveu que a análise dos sonhos é uma maneira de gerar idéias e
explorar os desejos do cliente, através de suas representações simbólicas .
As sessões de Psicoterapia Analítica seguem os mesmos princípios da Psicanálise e são
em geral semanais, sendo que o número de sessões variam de uma à três e o tratamento
pode durar meses ou anos. O paciente fica sentado em frente ao analista e sua motivação
e capacidade de estabelecer aliança terapêutica são fatores de extrema importância, além
de, preferencialmente, possuir alguma inteligência e tolerância a ansiedade sendo
orientado a falar livremente sobre seus sonhos, imagens, sentimentos e fantasias, sem
pré julgamentos sobre a importância ou significados, utilizado-se uma quantidade
menor de Associações Livres em relação à psicanálise, utilizando-se de palavras-chave,
possibilitando a intervenção em áreas circunscritas ou problemas delimitados, não
havendo desta forma o mesmo nível de transferência entre paciente e analista e a
regressão é bem menos intensa (MACHADO e VASCONCELOS, 1998; GOLDSTEIN,
1988 apud CORDIOLI, 1998; CORDIOLI, 1998).
FADIMAM e FRAGER (1976) relataram que a terapia Analítica é composta de dois
Estágios, cada um com duas partes: o primeiro chamado de analítico, que consiste em
estimular o paciente à uma confissão remetendo-o a uma retomada do material
2. inconsciente gerando uma dependência deste com o analista. O segundo estágio é
chamado sintético e contém duas partes: a educação e a transformação. O paciente passa
por um processo de “mini-individuação”, auto educando-se e assumindo a
responsabilidade por seu próprio desenvolvimento.
Já a Abordagem Centrada no Cliente tem como objetivo ajudar o cliente a
crescer nas próprias direções autodeterminadas, desenvolver auto-respeito e seus
potenciais, sendo que, o terapeuta detém uma postura de alguém que está preparado
para, junto com o cliente e a partir daquilo que ele traz, propor alternativas de ajuda,
informação, orientação, encaminhamento e aconselhamento, sem preocupar-se em
enquadrar os clientes em categorias, mas antes, facilitar seu processo de
desenvolvimento humano (SHIMIDT,1987; DAVIDOFF, 2001).
ROGERS (1987) considerou a psicoterapia um método importante de tratamento de um
grande número de problemas de adaptação que tornam o indivíduo menos útil e menos
eficiente como elemento do seu grupo social.
Segundo SANTOS (1982) a não-diretividade da Abordagem Centrada no Cliente é um
fator marcante assim como o fato do psicoterapeuta não dar conselhos, não interpretar e
não dar informações ou apoio. Ele reflete e vivência ao máximo os sentimentos do
cliente.
ROGERS e KINGET (1977) propuseram alguns atributos aos psicoterapeutas da
Abordagem Centrada no Cliente: a capacidade empática, a autenticidade e a
consideração positiva e incondicional do homem além de um grau elevado de
maturidade emocional e compreensão de si e, as condições do processo terapêutico por
parte do psicoterapeuta devem ser:
· O psicoterapeuta deve estar em um Acordo Interno, ou seja, ter uma postura de
congruência e transparência, durante a sessão;
· O psicoterapeuta deve experimentar uma compreensão empática do ponto de vista
interno do cliente, assim como um sentimento de aceitação positiva incondicional a
respeito do indivíduo;
FADIMAM e FRAGER (1976) destacaram a escuta, pois, através da fala e da forma
como o cliente verbaliza ao psicoterapeuta que tem acesso ao mundo interno do cliente.
ROGERS (1987) destacou que, para que o cliente obtenha sucesso na terapia, são
necessários alguns critérios:
· capacidade de enfrentar a vida, assim como o de exercer um certo controle sobre
elementos da situação;
· capacidade de exprimir as ansiedades de forma verbal ou por qualquer outro meio;
independência do controle familiar; não ter uma instabilidade muito excessiva
principalmente de natureza orgânica; idade e nível intelectual compatíveis.
DAVIDOFF (2001) relatou que o objetivo principal da Gestalt-terapia é recuperar
as capacidades inatas do indivíduo de crescimento. Sendo que o Gestalt-
3. terapeuta encoraja o cliente a fazer uso de seus recursos interiores, obtendo controle
e tornando-se assim, mais ativo e responsável por suas próprias ações através de
exercícios de expressão e auto-conhecimento.
GINGER e GINGER (1995) relataram que a Gestalt-terapia se destina a pessoas que
sofrem de distúrbios psicossomáticos, problemas existenciais, ou para qualquer pessoa
ou organização que esteja “procurando desabrochar seu potencial latente, não só um
melhor-ser, mas um mais-ser, uma qualidade de vida melhor” (p. 15), apresentando-se
não como uma psicoterapia, mas como uma “arte de viver”, uma forma particular de
conceber as relações do ser vivo com o mundo (p.17).
BEISSER (1980) descreveu o Gestalt-terapeuta como alguém que rejeita o papel de
transformador encorajando o cliente a ser o que ele realmente é.
PERLS (1980) relatou alguns procedimentos à serem adotados na sessão:
1. permanecer no Agora e ficar atento se alguém sair deste contexto tanto no sentido
manifesto como no fantasioso;
2. não usar a palavra it (3ª
pessoa neutra);
3. usar e encorajar a utilização de verbos no lugar de substantivos;
4. não falar de alguém que não esteja presente;
5. não forçar uma confissão e;
6. proporcionar apoio para que a pessoa encontre auxilio em si mesma.
7. Com relação aos sonhos, a Gestalt-terapia evita quaisquer tipos de interpretações,
permitindo que o próprio paciente atribua significados as imagens pertencentes ao
sonho reexperimentado-as no tempo presente, sejam elas humanas, animais ou vegetais
(ENRIGHT, 1980).
LEVITSKY e PERLS (1980) ressaltaram algumas premissas para a Gestalt-terapia,
entre elas, destacam-se o princípio do Eu e Tu; a Linguagem Neutra e Linguagem do Eu
e; o Uso contínuo de Conscientização. Destacaram também as seguintes técnicas
utilizadas em terapia: Jogos de Diálogo; Fazer Ronda; Negócio Inacabado; Eu tomo a
Responsabilidade; Eu tenho um Segredo; Inversões; Ritmo de Contato e Retraimento;
Ensaio; Exageração e; Posso Fornecer-lhe Uma Frase?.
A Terapia Comportamental é muitas vezes confundida com a aplicação
clínica dos princípios elaborados por Skinner, porém ela foi definida
como “a aplicação do conjunto dos conhecimentos psicológicos adquiridos
segundo os princípios da metodologia científica, à compreensão e solução de problemas
clínicos” e o analista do comportamento que se utiliza dela, baseia-se em um corpo de
conhecimentos já verificados empiricamente (NETO e ANDRADE, 1998 p. 199).
Segundo FADIMAM E FRAGER (1976), o analista do comportamento tem como
objetivo, fazer com que o paciente torne-se capaz de responder a diversas situações do
4. modo como ele gostaria, sem ter que modificar o conteúdo sentimental de sua
personalidade, obter compreensão explícita da problemática trazida pelo paciente, em
termos de comportamento, assim como, a definição das metas e o alcance destas através
de ensino, treino e recompensa de comportamentos que irão competir com e eliminar os
comportamentos não desejáveis do cliente. O cliente permanece na sessão de forma
livre, podendo expressar de forma espontânea seus comportamentos anteriormente não
expressos.
Os analistas do comportamento focalizam os sintomas e os fatores ambientais que não
contribuem para a resolução do problema. Averiguam a história de vida e ajudam os
pacientes na correção de comportamentos indesejáveis. Os objetivos variam de acordo
com o cliente e são definidos em conjunto, sendo estabelecidos os alvos de mudança,
sejam eles comportamentos, situações, sentimentos ou pensamentos. O primeiro passo é
a obtenção de dados através da chamada Análise Comportamental, cujo o objetivo é
conhecer a vida e as queixas do paciente buscando as causas do comportamento no
ambiente externo, caracterizando-se como essencial para a intervenção clínica
comportamental efetiva, especificando-a em três fatores: a) a ocasião em que a resposta
ocorre; b) a resposta propriamente dita e; c) as consequências que a reforçam. Após
estes passos, define-se quais foram os problemas detectados e os objetivos do
tratamento, sendo formulados de forma clara. Existem tarefas, que são realizadas com o
psicólogo ou no ambiente natural do paciente, havendo, em casos específicos, a
supervisão de um acompanhante que pode ser o psicoterapeuta ou uma pessoa habilitada
(DAVIDOFF, 2001; MEYER e SILVARES, 2000; NETO e ANDRADE, 1998).
DAVIDOFF (2001) destacou algumas técnicas utilizadas na Terapia Comportamental: a
Dessensibilização Sistemática, o Treino Assertivo, o Role-playing e; o Relaxamento.
CORDIOLI (1998) esclareceu a necessidade da motivação na adesão ao tratamento,
para que haja uma boa aliança de trabalho e realização de tarefas que devem ser
executadas pelo cliente como parte do processo.
Os Terapeutas Comportamentais estão dando uma importância cada vez maior aos
mecanismos cognitivos e sua relação com as emoções e o comportamento,
preocupando-se em desenvolver procedimentos para tratar os pensamentos
disfuncionais caracterizados por distorções cognitivas, pensamentos automáticos e
crenças disfuncionais adjacentes. Daí o termo “Terapia Cognitivo-comportamental”
utilizado no lugar de “Terapia Comportamental” mostrando esta tendência (AGRAS
1995 apud CORDIOLI 1998, p. 27).
BECK e cols. (1982) descreveram que uma diversidade de técnicas cognitivas e
comportamentais são empregadas na T. C. C., objetivando testar, no âmbito da
realidade, as falsas concepções do paciente acerca do mundo e suas suposições
inadaptativas. O paciente recebe inicialmente uma explicação sobre a base lógica da T.
C. C. e, em seguida, aprende a reconhecer, controlar e anotar seus pensamentos
disfuncionais ou situações perturbadoras no Registro Diário de Pensamentos
Disfuncionais (R.D.P.D.). O terapeuta ajuda o paciente a pensar e agir de forma mais
realista e adaptada no tocante à problemática psicológica, obtendo assim, uma redução
dos sintomas.
5. Segundo KANFER e GRIMM (1980 apud RANGÉ, 1998) e KANFER e SCHEFFT
(1988 apud RANGÉ, 1998), o processo terapêutico na T. C. C. tem sete fases com
metas definidas e específicas:
1) Obtenção de Informações, Definição de Papéis e Desenvolvimento de Confiança –
com o objetivo de estabelecer confiança e obter informações;
2) Gerar Expectativas e Compromisso com a Mudança – desenvolver a confiança do
paciente em suas próprias capacidades, fortalecendo suas expectativas de auto-eficácia;
3) Análise Comportamental – onde são levantadas hipóteses sobre as condições que
operam no controle de todos os aspectos da vida do paciente;
4) Programa de Tratamento – constitui-se um modelo provisório dos problemas do
paciente, objetivando a explicação do porquê do desenvolvimento das dificuldades;
5) Condução do Tratamento – declínio das expressões empáticas e aumento de
orientações;
6) Monitoração e Avaliação do Progresso – é oferecido ao paciente apoio e reforços
positivos das mudanças efetivando a Confrontação;
7) Generalização dos Resultados – o controle do psicoterapêuta é reduzido até que o
contato entre ele e o paciente torne-se supérfluo, com menos orientações e mais apoio.
O paciente sente-se seguro para enfrentar as dificuldades e a psicoterapia se encerra;
RANGÉ e SOUZA (1998) descreveram algumas técnicas cognitivas que podem ser
usadas tanto para a identificação e modificação dos pensamentos automáticos, como as
crenças centrais ou intermediárias:
· Questionamento Socrático é o questionamento das evidências que sustentam ou não a
lógica do pensamento;
· Continuum Cognitivo que implica em uma avaliação realizada pelo paciente sobre seus
desempenhos comparados com o de outros indivíduos;
· Descatastrofização – é a avaliação de uma conseqüência temida pelo indivíduo;
· Identificação de Distorções Cognitivas consiste em possibilitar ao paciente o
reconhecimento das distorções que mantém suas crenças e evidências contrárias a ela;
· Técnicas de Reatribuição são utilizadas para pacientes que se auto-atribuem de
responsabilidades irreais em relação aos resultados negativos, flexibilizando seus
julgamentos através da identificação de outros fatores que contribuem para o resultado
final;
· Técnica do Gráfico em de Forma de Torta é uma visualização dos pensamentos em
gráfico e;
6. · Técnica da Flecha Descendente, que consiste no questionamento sucessivo sobre o
significado de uma determinada cognição, alcançando o objetivo central.
A Terapia Cognitiva tem característica de ser breve, com duração aproximada
de dez à vinte sessões, sendo considerada indispensável uma boa relação terapêutica,
onde o terapeuta é ativo e o paciente um colaborador, sem contar que um bom
psicoterapeuta, deve ser dotado de uma capacidade de responder ao paciente numa
atmosfera de relacionamento humano cercado de interesse, aceitação e simpatia, onde o
paciente poderá experimentar um sentimento de afabilidade e gratidão, resultando em
uma sensação de segurança. Estas qualidades devem ser observadas no terapeuta antes
mesmo de ser um bom aplicador de técnicas específicas, abrindo espaço para todo e
qualquer sentimento do paciente discutido-o adequadamente durante as sessões
(RANGÉ e SOUZA ,1998; BECK e Cols., 1982).