O documento discute a visão bíblica do casamento segundo Deus. Ele descreve o casamento como uma união exclusiva entre um homem e uma mulher, destinada a ser permanente. Apesar de permitir o divórcio em algumas situações, Jesus ensina que este não era o plano original de Deus e deve ser evitado sempre que possível.
3. O Casamento é “a união corporal e espiritual mais profunda
entre o homem e a mulher”.
Quando criou o homem, Deus declarou que ele não estaria
completo sem uma companheira.
“O Casamento relega outros vínculos humanos a um papel
secundário”.
“E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2.18)
4. Deus criou o casamento como uma união exclusiva entre um
homem e uma mulher.
Uma união total (física, emocional, intelectual e espiritual),
que exclui a infidelidade.
“A união física no casamento tem um sentido espiritual por ir
além de si mesma até a unidade total do marido e da
mulher”, como Cristo e a igreja.
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à
sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24; Mt 19.5; Ef 5.31)
5. Cristo declarou que no princípio o Pai planejou este
relacionamento exclusivo.
Para Jesus o casamento é uma união indissolúvel, em que dois se
tornam um e que somente a morte pode separá-los.
“Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Mc
10.5-9).
6. Diferentemente das sociedades antigas, para Deus homens e
mulheres são iguais: “uma só carne”.
Paulo mostra a mútua dependência entre os gêneros, na relação
do casamento (1 Co 11.11,12), elevando as mulheres a uma
posição de igual dignidade com os homens.
“Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o
varão, no SENHOR. Porque, como a mulher provém do varão,
assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de
Deus. ” (1 Co 11.11,12)
7. Apesar de terem o mesmo valor, homem e mulher recebem
de Deus papéis diferentes no casamento.
Há uma hierarquia de função e de autoridade e não de valor
e isto é determinado pela ordem da criação (1 Co 11.8,9).
“Porque o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão.
Porque também o varão não foi criado por causa da mulher,
mas a mulher por causa do varão” (1 Co 11.8,9)
8. Ao homem o Criador deu o papel de cabeça da família e à sua
esposa, de sua auxiliadora.
A subordinação da esposa ao marido deve ser de boa
vontade, pois Deus coloca sobre o marido a responsabilidade
pelo bem-estar do relacionamento conjugal (1 Tm 3.4-5).
Os filhos devem igualmente honrar pai e mãe (Ex 20.12; Rm
1.30; Ef 6.2).
“que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe
governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de
Deus?)”. (1 Tm 3.4,5)
9. Deus permitiu ao homem dar o divórcio se encontrasse na
mulher “coisa indecente” - alguma conduta sexual imprópria
e grave (Dt 24.1).
O Senhor regulamenta o divórcio, mas não o recomenda, nem
o aprova. O profeta Malaquias anuncia: “Deus odeia o
divórcio” (Ml 2.16) e condena a infidelidade. O divórcio é
apenas uma permissão e não um mandamento.
“Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela,
então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela
achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na
sua mão, e a despedirá da sua casa.” (Dt 24.1)
10. Quais os motivos válidos para o divórcio? Jesus aponta a
intenção original de Deus (Mt 19.4; Mc 10.6), a
indissolubilidade.
O casamento é o padrão estabelecido por Deus para o
relacionamento sexual pessoal.
Cristo coloca o divórcio e o novo casamento na categoria de
adultério (Mt 19.9). Quebrar o mandamento: “Não
adulterarás” (Ex 20.14) é uma infidelidade a uma aliança.
11. Ao afirmar que Moisés permitiu o divórcio “por causa da
dureza dos corações” Jesus afirma que o divórcio é uma
expressão da pecaminosidade humana.
O Criador afirma que odeia o divórcio (Ml 2.16).
Até mesmo a opção “não sendo por causa de prostituição”
deve ser visto apenas como uma permissão, pois o caminho
do perdão e da reconciliação é sempre o recomendado por
Cristo (Lc 17.4).
“Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e
aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de
vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis.” (Lc
17.4 ARA)
12. Entre os gregos o homem e a mulher poderiam pedir o
divórcio. Em Israel, apenas o homem. Mas Deus diz que o
cristão, mesmo casado com uma não crente, não deve querer
o divórcio (1 Co 7.12,13).
Assim, se for possível, o casamento deve ser preservado
sempre, mesmo havendo divergências religiosas entre os
cônjuges. O cônjuge incrédulo pode ser conduzido a Cristo
pelo comportamento do crente (1 Pe 3.1).
“SEMELHANTEMENTE vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos
próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à
palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem
palavra” (1 Pe 3.1)
13. Aos ministros do evangelho Paulo ordena veementemente
que sejam “maridos de uma só mulher” (1 Tm 3.2; Tt 1.6).
Cristo fala de três tipos de eunucos: a) o congenitamente
defeituoso; b) o fisicamente incapacitado; c) o abstinente
voluntário.
“Convém pois que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher, vigilante, sério, honesto, hospitaleiro, apto para
ensinar” (1 Tm 3.2)
14. Quem não pode escolher uma esposa e manter com ela um
relacionamento vitalício não deve casar.
Jesus afirmou que isto não é para todos, mas para aqueles
que tem condições para isto, pela graça divina.
Não é pecado não casar, mas casar e desfazer este
compromisso por qualquer tolice.
15. O casamento, aos olhos de Deus é uma união total e
exclusiva entre um homem e uma mulher.
Os cônjuges devem viver em fidelidade e dedicação um ao
outro enquanto os dois viverem, pois o Senhor não aprova
o divórcio.
Notas do Editor
Jesus está no período chamado “ministério na Peréia” (caps. 19,20).
Havia duas correntes: Shammai dizia que era a infidelidade conjugal. Hillel dizia que eram coisas triviais, como queimar comida, falar alto, etc.
Foi o Criador quem criou o casamento como algo bom e até necessário para o homem.
Quebrar o mandamento: “Não adulterarás” (Ex 20.14) é uma infidelidade a uma aliança, um ato grave e pecaminoso.
Quem não pode escolher uma esposa e manter com ela um relacionamento vitalício não deve aventurar-se no casamento. Os discípulos disseram: “assim não convém casar”.