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DEMOGRAFIA I
População absoluta e relativa, teorias demográficas
e crescimento vegetativo
CONCEITO
A Demografia é uma área do conhecimento que estuda a dinâmica
das populações, sejam elas humanas ou não.
Significa, literalmente, “estudo do povo”, pois esta palavra é a junção
de "demos" (povo) e "grafia" (escrita, descrição). Também é
chamada de Geografia da População, por se relacionar
estreitamente com a Geografia.
Graças à demografia sabemos que a população da Terra é de cerca
de 7,8 bilhões de habitantes e pode chegar, segundo algumas
projeções, a 10 bilhões em meados da segunda metade do século
atual.
E PARA QUE SERVE A DEMOGRAFIA?
IMPORTÂNCIA
A Demografia baseia-se em dados estatísticos, para analisar, organizar e fornecer informações
sobre a população de um território. Os dados demográficos permitem um mapeamento das
dimensões das estruturas sociais e entender a distribuição dos seres vivos pelo planeta.
Igualmente, coleta informações socioculturais, econômicas, étnicas, acerca da sociedade como um
todo ou de um grupo específico.
Estudar as populações é essencial para atender às suas necessidades. A partir dos dados
coletados pelas pesquisas demográficas, os governos de cada região estabelecem, por exemplo,
como distribuir as verbas entre suas regiões, cria planos de investimentos de acordo com as
necessidades de cada localidade, promove campanhas para incentivar ou diminuir o número de
nascimentos, dentre outras decisões.
Ela é responsável por analisar a dinâmica populacional dos habitantes da Terra, oferecendo dados
estatísticos e analíticos que nos ajudam a entender a forma como as sociedades se organizam.
Para entendermos a lógica atual da população de um local faz-se necessário, primeiramente,
compreendermos alguns conceitos básicos desse ramo do conhecimento.
POPULAÇÃO ABSOLUTA
População absoluta é o total de habitantes de um determinado lugar. Esse
número é obtido por meio de levantamentos gerais da população e pela
contagem de todos os habitantes de uma cidade, país ou região.
É o índice geral da população de um determinado local. Exemplo? A população
absoluta do Brasil está estimada em cerca de 212 milhões de habitantes.
No Brasil, essa tarefa fica a cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, que realiza de dez em dez anos o recenseamento geral da
população.
O chamado Censo tem a função de recolher informações, como o número de
homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas, profissão,
entre outros dados importantes.
POPULAÇÃO RELATIVA
Também chamada de densidade demográfica ou densidade populacional, é a razão entre a
população absoluta de um determinado território e a área onde essa população está distribuída. Com
essa informação, é possível conhecer e analisar a distribuição da população em uma determinada
cidade, país ou região, identificando áreas mais e menos povoadas.
Exemplo?
POPULAÇÃO RELATIVA = POPULAÇÃO ABSOLUTA ÷ ÁREA (km²)
Exemplo: Brasil
População absoluta em 2020: 212.000.000 habitantes
Área: 8.515.767,049 km2
População relativa = 212.000.000 habitantes ÷ 8.515.767,049 km2
População relativa = 24,94 hab/km2 (habitantes por quilômetro quadrado)
POPULOSO & POVOADO
Um país pode ser muito povoado e não ser necessariamente populoso. Essa confusão
comum, quando nos referimos às questões da população, pode ser facilmente
resolvida:
● Populoso (população absoluta): é a quantidade total de habitantes de um
determinado lugar.
● Povoado (população relativa): refere-se à relação entre a população absoluta
do local e a área por ela ocupada. É calculada por meio da divisão da
população absoluta pela área ocupada.
Em síntese, o termo populoso relaciona-se com a população absoluta, isto é, o número
total de habitantes. O termo povoado considera como as pessoas distribuem-se no
território.
CRESCIMENTO VEGETATIVO
O crescimento vegetativo corresponde a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade. Também é conhecido por crescimento natural.
Esse conceito é a taxa que, juntamente ao índice migratório, irá determinar o índice final do
crescimento demográfico num determinado território.
Note que esse conceito não mensura o crescimento absoluto de uma nação, pois desconsidera os
fatores migratórios que influenciam no aumento ou na diminuição efetivos de uma população.
Contudo, em função do elevado número de nascimentos e mortes que ocorrem a todo o momento
pelo planeta, o crescimento vegetativo torna-se o índice mais significativo em estratégias
demográficas em níveis locais e globais. O conhecimento do crescimento natural de uma região é
importante porque é possível verificar a capacidade da população em se manter estável ou, a
depender do caso, de apresentar uma explosão demográfica.
A taxa de crescimento vegetativo será positiva quando o número de nascimentos for superior ao
número de mortes, ou negativa se o número de mortes for superior ao de nascimentos.
AS 4 FASES DO CRESCIMENTO VEGETATIVO
Todos os países passam essencialmente por quatro fases de crescimento vegetativo, mas em
momentos históricos diferentes. Os países europeus, por exemplo, estão na quarta etapa de
crescimento, enquanto o Brasil está na terceira e a maioria dos países africanos, na primeira ou,
ainda, na segunda fase.
● 1ª fase: altas taxas de natalidade e mortalidade – típica em países agrários.
● 2ª fase: explosão demográfica – queda brusca da mortalidade, aumentando a diferença
entre a natalidade e a mortalidade.
● 3ª fase: transição demográfica – queda da natalidade – tendência à redução do
crescimento
● 4ª fase: estabilidade demográfica – envelhecimento excessivo da população.
Essas fases ou etapas estão estreitamente relacionadas com o grau de desenvolvimento urbano-
industrial dos países, porque junto a ele ocorrem melhoras nas condições de saneamento básico,
TAXA DE FECUNDIDADE
Outro conceito fundamental para compreensão das
dinâmicas populacionais é o da taxa de fecundidade, que
consiste em uma estimativa do número médio de filhos que
uma mulher tem ao longo da sua vida, em idade reprodutiva
(entre 15 e 49 anos).
Nosso planeta, por exemplo, segundo dados de 2010 do
Fundo de População das Nações Unidas, possui uma taxa
de fecundidade de 2,52 filhos por mulher.
E no Brasil?
TAXA DE FECUNDIDADE
Hoje, estima-se que a taxa de fecundidade brasileira esteja
próxima a 1,8 filho por mulher em idade reprodutiva.
- Professor, mas a minha Vó Gertrudes teve 18 filhos!!!
Sim, parabéns pela saúde da vovó! Mas isso significa que se
ela teve 18 filhos na década de 1940, outras duas mulheres
brasileiras da mesma época não tiveram filho algum.
TEORIAS DEMOGRÁFICAS
Com a população mundial se aproximando de 8 bilhões de pessoas, estudos são
empreendidos tentando explicar esse quantitativo grande de pessoas no nosso planeta.
E não é recente a busca pela compreensão das razões e efeitos deste crescimento
demográfico. A preocupação com o ritmo de crescimento populacional é antiga, e para
explicar as razões deste crescimento populacional e as suas consequências surgiram
as conhecidas teorias demográficas.
As principais teorias demográficas são a malthusiana, a neomalthusiana e a
reformista.
Essas teorias são instrumentos utilizados para o crescimento da população. Entre os
fatores considerados estão o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.
TEORIA MALTHUSIANA
A Teoria Malthusiana ou Malthusianismo é uma ideia sobre demografia que defende que a
população cresce mais rápido do que a produção de alimentos.
Esta ideia foi criada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1766-1834), no final do
século XVIII, em plena Revolução Industrial. Embora muito criticada, a teoria de Malthus serviu
para os governos pensarem sobre as consequências do crescimento populacional desordenado.
A Inglaterra do século XVIII havia iniciado o processo de Revolução Industrial, o que contribuiu
para um rápido crescimento das populações das cidades industrializadas, notadamente Londres. O
número de habitantes dobrava em algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e
às precárias condições de trabalho e moradia contribuia para o aumento da miséria e da pobreza
nos centros urbanos europeus.
Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica, considerou que os problemas sociais estavam
relacionados com o excesso de população no espaço das cidades. Além disso, Malthus previu que
a população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o
crescimento demográfico seria superior ao ritmo de produção alimentar.
“Eu dizia que o número de
pessoas aumentava conforme
uma progressão geométrica
(2,4,8,16, 32, 64, …), enquanto
a produção de alimentos e bens
de consumo crescia conforme
uma progressão aritmética,
portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8,
10, 12, …). Assim, para evitar a
ocorrência de grandes tragédias
sociais, eu defendia o “controle
moral” da população. Dessa
forma, os casais só deveriam
possuir filhos caso tivessem
condições para sustentá-los.”
CRÍTICAS AO MALTHUSIANISMO
Para Malthus as soluções para este quadro seria o controle moral da população em que os
casais deviam controlar a prática sexual a fim de diminuir a natalidade.
Malthus acreditava ainda que os grandes responsáveis pelo descompasso entre o
crescimento populacional e a disponibilidade de alimentos era a população pobre e esta
deveria ter apenas o número de filhos que fossem capaz de criar.
O equívoco desta teoria consiste no fato de que Malthus não previu que os avanços
tecnológicos na agricultura e na indústria seriam capazes de aumentar a produção de
alimentos.
A distribuição desses alimentos é que acaba sendo o real problema - em 2019, por
exemplo, a quantidade absurda de 931 milhões de toneladas foi desperdiçada, significando
que cerca de 17% da produção total de alimentos do mundo naquele ano foi….para o lixo!
E a tendência de que “quanto melhor a condição social de uma família maior seria o número
de filhos” não se confirmou, pois verifica-se em países desenvolvidos uma queda da taxa de
natalidade.
TEORIA NEOMALTHUSIANA
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, a população mundial cresceu consideravelmente,
ocorrendo uma grande explosão demográfica - tanto nos países desenvolvidos quanto nos
subdesenvolvidos - que ficou conhecida como “baby boom”.
Daí surge a Teoria Neomalthusiana, pois novamente a população voltou a crescer fazendo-se
assim necessário um controle da natalidade através de métodos contraceptivos, principalmente.
Os neomalthusianos, dotados das mesmas preocupações que Malthus, afirmaram que era
necessário estabelecer um controle do crescimento populacional. No entanto, diferentemente do
malthusianismo, o neomalthusianismo defendia o uso de métodos contraceptivos, o que não era
preconizado anteriormente em função da formação religiosa de Malthus.
Com isso, o neomalthusianismo foi amplamente adotado como política de governo por parte de
inúmeros países, incluindo o Brasil, que passaram a estabelecer políticas de controle sobre o
aumento de seus habitantes.
TEORIA REFORMISTA
Essa teoria é uma inversão das duas anteriores. Ela defende que é preciso enfrentar os
problemas sociais e econômicos para que exista o controle espontâneo de natalidade.
A Teoria Reformista surgiu a partir da formulação de diversos pensadores que contestavam
a teoria Malthusiana por acreditar que ela defendia os interesses burgueses ao defender a
manutenção dos estratos sociais como forma de conter o crescimento populacional.
Segundo a teoria Reformista a desigualdade não estava na relação entre o número de
pessoas e a produção de alimentos, mas sim na má distribuição de renda.
Por se aproximar das teorias formuladas pelo filósofo, sociólogo e economista alemão Karl
Marx, esta teoria também ficou conhecida como Teoria Marxista.
Esta teoria defende que a solução para essa desigualdade seria a formulação de políticas
públicas que visem combater a pobreza e a aplicação de direitos trabalhistas que assegurem
a renda do trabalhador.
Simples assim!!!
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA e ECOMALTHUSIANISMO
Duas outras teorias - nem sempre abordadas por alguns autores - merecem destaque.
A Teoria da Transição Demográfica aborda as taxas de crescimento e variações populacionais. Esse conceito
foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973) para contestar matematicamente o
Malthusianismo, por definir que não há um crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas,
que alternam crescimentos e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de
estabilidade.
Resumindo: é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos avanços da
medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores.
Já o Ecomalthusianismo é a teoria mais recente e segundo ela o crescimento populacional exagerado exerce
uma grande pressão sobre os recursos naturais podendo isto ser um risco irreversível para o futuro ao intensificar
impacto ambientais como o aquecimento global e o desmatamento. A solução seria portanto o desenvolvimento
sustentável.
Uma crítica feita a esta teoria é o fato de que ela desconsidera o fator econômico como fundamental para
compreender a pressão sobre os recursos naturais, visto que os países ricos são os que mais impactam o meio
ambiente apesar de apresentarem taxas de natalidade cada vez menores.
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DEMOGRAFIA_I_-_Populacao_absoluta_e_relativa_-_teorias_demograficas_-_crescimento_vegetativo.pptx

  • 1. DEMOGRAFIA I População absoluta e relativa, teorias demográficas e crescimento vegetativo
  • 2. CONCEITO A Demografia é uma área do conhecimento que estuda a dinâmica das populações, sejam elas humanas ou não. Significa, literalmente, “estudo do povo”, pois esta palavra é a junção de "demos" (povo) e "grafia" (escrita, descrição). Também é chamada de Geografia da População, por se relacionar estreitamente com a Geografia. Graças à demografia sabemos que a população da Terra é de cerca de 7,8 bilhões de habitantes e pode chegar, segundo algumas projeções, a 10 bilhões em meados da segunda metade do século atual.
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  • 5. E PARA QUE SERVE A DEMOGRAFIA?
  • 6. IMPORTÂNCIA A Demografia baseia-se em dados estatísticos, para analisar, organizar e fornecer informações sobre a população de um território. Os dados demográficos permitem um mapeamento das dimensões das estruturas sociais e entender a distribuição dos seres vivos pelo planeta. Igualmente, coleta informações socioculturais, econômicas, étnicas, acerca da sociedade como um todo ou de um grupo específico. Estudar as populações é essencial para atender às suas necessidades. A partir dos dados coletados pelas pesquisas demográficas, os governos de cada região estabelecem, por exemplo, como distribuir as verbas entre suas regiões, cria planos de investimentos de acordo com as necessidades de cada localidade, promove campanhas para incentivar ou diminuir o número de nascimentos, dentre outras decisões. Ela é responsável por analisar a dinâmica populacional dos habitantes da Terra, oferecendo dados estatísticos e analíticos que nos ajudam a entender a forma como as sociedades se organizam. Para entendermos a lógica atual da população de um local faz-se necessário, primeiramente, compreendermos alguns conceitos básicos desse ramo do conhecimento.
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  • 8. POPULAÇÃO ABSOLUTA População absoluta é o total de habitantes de um determinado lugar. Esse número é obtido por meio de levantamentos gerais da população e pela contagem de todos os habitantes de uma cidade, país ou região. É o índice geral da população de um determinado local. Exemplo? A população absoluta do Brasil está estimada em cerca de 212 milhões de habitantes. No Brasil, essa tarefa fica a cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que realiza de dez em dez anos o recenseamento geral da população. O chamado Censo tem a função de recolher informações, como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas, profissão, entre outros dados importantes.
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  • 11. POPULAÇÃO RELATIVA Também chamada de densidade demográfica ou densidade populacional, é a razão entre a população absoluta de um determinado território e a área onde essa população está distribuída. Com essa informação, é possível conhecer e analisar a distribuição da população em uma determinada cidade, país ou região, identificando áreas mais e menos povoadas. Exemplo? POPULAÇÃO RELATIVA = POPULAÇÃO ABSOLUTA ÷ ÁREA (km²) Exemplo: Brasil População absoluta em 2020: 212.000.000 habitantes Área: 8.515.767,049 km2 População relativa = 212.000.000 habitantes ÷ 8.515.767,049 km2 População relativa = 24,94 hab/km2 (habitantes por quilômetro quadrado)
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  • 14. POPULOSO & POVOADO Um país pode ser muito povoado e não ser necessariamente populoso. Essa confusão comum, quando nos referimos às questões da população, pode ser facilmente resolvida: ● Populoso (população absoluta): é a quantidade total de habitantes de um determinado lugar. ● Povoado (população relativa): refere-se à relação entre a população absoluta do local e a área por ela ocupada. É calculada por meio da divisão da população absoluta pela área ocupada. Em síntese, o termo populoso relaciona-se com a população absoluta, isto é, o número total de habitantes. O termo povoado considera como as pessoas distribuem-se no território.
  • 15. CRESCIMENTO VEGETATIVO O crescimento vegetativo corresponde a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Também é conhecido por crescimento natural. Esse conceito é a taxa que, juntamente ao índice migratório, irá determinar o índice final do crescimento demográfico num determinado território. Note que esse conceito não mensura o crescimento absoluto de uma nação, pois desconsidera os fatores migratórios que influenciam no aumento ou na diminuição efetivos de uma população. Contudo, em função do elevado número de nascimentos e mortes que ocorrem a todo o momento pelo planeta, o crescimento vegetativo torna-se o índice mais significativo em estratégias demográficas em níveis locais e globais. O conhecimento do crescimento natural de uma região é importante porque é possível verificar a capacidade da população em se manter estável ou, a depender do caso, de apresentar uma explosão demográfica. A taxa de crescimento vegetativo será positiva quando o número de nascimentos for superior ao número de mortes, ou negativa se o número de mortes for superior ao de nascimentos.
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  • 18. AS 4 FASES DO CRESCIMENTO VEGETATIVO Todos os países passam essencialmente por quatro fases de crescimento vegetativo, mas em momentos históricos diferentes. Os países europeus, por exemplo, estão na quarta etapa de crescimento, enquanto o Brasil está na terceira e a maioria dos países africanos, na primeira ou, ainda, na segunda fase. ● 1ª fase: altas taxas de natalidade e mortalidade – típica em países agrários. ● 2ª fase: explosão demográfica – queda brusca da mortalidade, aumentando a diferença entre a natalidade e a mortalidade. ● 3ª fase: transição demográfica – queda da natalidade – tendência à redução do crescimento ● 4ª fase: estabilidade demográfica – envelhecimento excessivo da população. Essas fases ou etapas estão estreitamente relacionadas com o grau de desenvolvimento urbano- industrial dos países, porque junto a ele ocorrem melhoras nas condições de saneamento básico,
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  • 20. TAXA DE FECUNDIDADE Outro conceito fundamental para compreensão das dinâmicas populacionais é o da taxa de fecundidade, que consiste em uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da sua vida, em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos). Nosso planeta, por exemplo, segundo dados de 2010 do Fundo de População das Nações Unidas, possui uma taxa de fecundidade de 2,52 filhos por mulher. E no Brasil?
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  • 22. TAXA DE FECUNDIDADE Hoje, estima-se que a taxa de fecundidade brasileira esteja próxima a 1,8 filho por mulher em idade reprodutiva. - Professor, mas a minha Vó Gertrudes teve 18 filhos!!! Sim, parabéns pela saúde da vovó! Mas isso significa que se ela teve 18 filhos na década de 1940, outras duas mulheres brasileiras da mesma época não tiveram filho algum.
  • 23. TEORIAS DEMOGRÁFICAS Com a população mundial se aproximando de 8 bilhões de pessoas, estudos são empreendidos tentando explicar esse quantitativo grande de pessoas no nosso planeta. E não é recente a busca pela compreensão das razões e efeitos deste crescimento demográfico. A preocupação com o ritmo de crescimento populacional é antiga, e para explicar as razões deste crescimento populacional e as suas consequências surgiram as conhecidas teorias demográficas. As principais teorias demográficas são a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista. Essas teorias são instrumentos utilizados para o crescimento da população. Entre os fatores considerados estão o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.
  • 24. TEORIA MALTHUSIANA A Teoria Malthusiana ou Malthusianismo é uma ideia sobre demografia que defende que a população cresce mais rápido do que a produção de alimentos. Esta ideia foi criada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1766-1834), no final do século XVIII, em plena Revolução Industrial. Embora muito criticada, a teoria de Malthus serviu para os governos pensarem sobre as consequências do crescimento populacional desordenado. A Inglaterra do século XVIII havia iniciado o processo de Revolução Industrial, o que contribuiu para um rápido crescimento das populações das cidades industrializadas, notadamente Londres. O número de habitantes dobrava em algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e às precárias condições de trabalho e moradia contribuia para o aumento da miséria e da pobreza nos centros urbanos europeus. Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica, considerou que os problemas sociais estavam relacionados com o excesso de população no espaço das cidades. Além disso, Malthus previu que a população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o crescimento demográfico seria superior ao ritmo de produção alimentar.
  • 25. “Eu dizia que o número de pessoas aumentava conforme uma progressão geométrica (2,4,8,16, 32, 64, …), enquanto a produção de alimentos e bens de consumo crescia conforme uma progressão aritmética, portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10, 12, …). Assim, para evitar a ocorrência de grandes tragédias sociais, eu defendia o “controle moral” da população. Dessa forma, os casais só deveriam possuir filhos caso tivessem condições para sustentá-los.”
  • 26. CRÍTICAS AO MALTHUSIANISMO Para Malthus as soluções para este quadro seria o controle moral da população em que os casais deviam controlar a prática sexual a fim de diminuir a natalidade. Malthus acreditava ainda que os grandes responsáveis pelo descompasso entre o crescimento populacional e a disponibilidade de alimentos era a população pobre e esta deveria ter apenas o número de filhos que fossem capaz de criar. O equívoco desta teoria consiste no fato de que Malthus não previu que os avanços tecnológicos na agricultura e na indústria seriam capazes de aumentar a produção de alimentos. A distribuição desses alimentos é que acaba sendo o real problema - em 2019, por exemplo, a quantidade absurda de 931 milhões de toneladas foi desperdiçada, significando que cerca de 17% da produção total de alimentos do mundo naquele ano foi….para o lixo! E a tendência de que “quanto melhor a condição social de uma família maior seria o número de filhos” não se confirmou, pois verifica-se em países desenvolvidos uma queda da taxa de natalidade.
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  • 28. TEORIA NEOMALTHUSIANA Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, a população mundial cresceu consideravelmente, ocorrendo uma grande explosão demográfica - tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos - que ficou conhecida como “baby boom”. Daí surge a Teoria Neomalthusiana, pois novamente a população voltou a crescer fazendo-se assim necessário um controle da natalidade através de métodos contraceptivos, principalmente. Os neomalthusianos, dotados das mesmas preocupações que Malthus, afirmaram que era necessário estabelecer um controle do crescimento populacional. No entanto, diferentemente do malthusianismo, o neomalthusianismo defendia o uso de métodos contraceptivos, o que não era preconizado anteriormente em função da formação religiosa de Malthus. Com isso, o neomalthusianismo foi amplamente adotado como política de governo por parte de inúmeros países, incluindo o Brasil, que passaram a estabelecer políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes.
  • 29. TEORIA REFORMISTA Essa teoria é uma inversão das duas anteriores. Ela defende que é preciso enfrentar os problemas sociais e econômicos para que exista o controle espontâneo de natalidade. A Teoria Reformista surgiu a partir da formulação de diversos pensadores que contestavam a teoria Malthusiana por acreditar que ela defendia os interesses burgueses ao defender a manutenção dos estratos sociais como forma de conter o crescimento populacional. Segundo a teoria Reformista a desigualdade não estava na relação entre o número de pessoas e a produção de alimentos, mas sim na má distribuição de renda. Por se aproximar das teorias formuladas pelo filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx, esta teoria também ficou conhecida como Teoria Marxista. Esta teoria defende que a solução para essa desigualdade seria a formulação de políticas públicas que visem combater a pobreza e a aplicação de direitos trabalhistas que assegurem a renda do trabalhador.
  • 31. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA e ECOMALTHUSIANISMO Duas outras teorias - nem sempre abordadas por alguns autores - merecem destaque. A Teoria da Transição Demográfica aborda as taxas de crescimento e variações populacionais. Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973) para contestar matematicamente o Malthusianismo, por definir que não há um crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas, que alternam crescimentos e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de estabilidade. Resumindo: é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores. Já o Ecomalthusianismo é a teoria mais recente e segundo ela o crescimento populacional exagerado exerce uma grande pressão sobre os recursos naturais podendo isto ser um risco irreversível para o futuro ao intensificar impacto ambientais como o aquecimento global e o desmatamento. A solução seria portanto o desenvolvimento sustentável. Uma crítica feita a esta teoria é o fato de que ela desconsidera o fator econômico como fundamental para compreender a pressão sobre os recursos naturais, visto que os países ricos são os que mais impactam o meio ambiente apesar de apresentarem taxas de natalidade cada vez menores.