Este documento apresenta o conteúdo programático de uma disciplina de Geografia dividido em quatro unidades que abordam tópicos como geografia urbana e da população, globalização, geografia econômica do Brasil e geopolítica. Cada unidade é dividida em diversos temas como dinâmica demográfica, urbanização, blocos econômicos, industrialização e relações internacionais que serão estudados ao longo dos bimestres.
3. 3
1.1 - Bases e conceitos em Geografia da
População.
1.2 - Dinâmica da demografia brasileira.
1.3 - Migrações no Brasil e no Mundo.
1. 4 - Setores econômicos e mercado de
trabalho.
1.5 - Bases e conceitos em Geografia
Urbana.
1. 6 - Urbanização Brasileira.
5. 5
2.1 - Evolução do capitalismo e suas
variações.
2.2 - Desenvolvimento e
Subdesenvolvimento.
2.3 - Comércio internacional: blocos
econômicos.
2. 4 - Brasil no mundo globalizado.
14. 14
Na história do
pensamento econômico,
poucos economistas
chegaram a suscitar
tantas controvérsias
como o inglês Thomas
Robert Malthus.
A Teoria Malthusiana
15. 15
Em 1798, Malthus publicou uma teoria
demográfica que apresenta
basicamente dois postulados:
A Teoria Malthusiana
16. 16
A população, tenderia a duplicar a cada
25 anos; cresceria, portanto, em
progressão geométrica. Isso se se não
ocorressem guerras, epidemias,
desastres naturais, etc.
Primeiro Postulado
17. 17
O crescimento da produção de alimentos
ocorreria apenas em progressão
aritmética e possuiria um limite de
produção, por depender de um fator fixo:
o próprio limite territorial dos continentes.
Segundo Postulado
19. 19
Malthus concluiu que o ritmo de
crescimento populacional seria mais
acelerado que o ritmo de crescimento da
produção alimentar (PG x PA).
20. 20
Previa ainda, que um dia estaria
esgotado as possibilidades de
aumento da área cultivada, pois
todos os continentes estariam
plenamente ocupados pela
agropecuária e a população do
planeta continuaria crescendo.
21. 21
Para evitar esse flagelo,
Malthus, contrário aos métodos
anticoncepcionais, propunha a
sujeição moral, ou seja, que as
pessoas só tivessem filhos se
possuíssem terras cultiváveis
para poder alimentá-los.
22. 22
A Teoria Neomalthusiana
O neomalthusianismo defende que o
aumento populacional é a grande causa da
pobreza: quanto maior o número de
habitantes menor a renda per capita.
23. 23
A explosão demográfica
e o acirramento das
desigualdades sociais
levou seus adeptos a
proporem políticas de
controle de natalidade.
A Teoria Neomalthusiana
24. 24
De acordo com os neomalthusianos,
uma população jovem numerosa
necessita de grandes investimentos
sociais em educação e saúde.
A Teoria Neomalthusiana
25. 25
Diminuindo, assim, os investimentos
produtivos nos setores agrícola e
industrial, o que impede o pleno
desenvolvimento das atividades
econômicas.
A Teoria Neomalthusiana
26. 26
Embora com postulados
diferentes daqueles
utilizados por Malthus,
chega à mesma
conclusão:
“o crescimento
populacional é o
responsável pela
ocorrência da miséria”.
A Teoria Neomalthusiana
27. 27
É uma maneira de encarar os
problemas sócio-econômicos
negligenciando os baixos
salários e as péssimas
condições de vida que
vigoram nos países
subdesenvolvidos.
A Teoria Neomalthusiana
28. 28
Por que a renda per capita não é
um bom indicador sócio-
econômico?
29. 29
A Teoria Reformista
Em resposta aos
neomalthusianos, foi
elaborada a teoria
reformista, que inverte
a conclusão das duas
teorias demográficas
anteriores.
30. 30
Os reformistas argumentam que a
pobreza que assola os países
subdesenvolvidos é responsável pelo
crescimento populacional e, não o
contrário.
A Teoria Reformista
31. 31
O controle populacional está
diretamente vinculado às condições
de vida e, principalmente, ao acesso
a educação e à saúde.
A Teoria Reformista
32. 32
Marx e a população
A superpopulação, para o economista
alemão Karl Marx, não é o resultado
a desproporção entre o crescimento
da população e dos meios de
subsistência.
33. 33
Marx e a população
O economista não desprezava o
crescimento absoluto da população,
mas aceitava limitar sua compreensão
a uma lei abstrata, que só atuaria caso
o ser humano não interferisse em seu
destino.
34. 34
Marx e a população
O crescimento demográfico não está
ligado diretamente ao crescimento
absoluto da população, mas sim como
se desenvolve e reproduz o
capitalismo.
36. 36
Populoso – refere-se a população
absoluta de determinado território ao
número de habitantes no total.
37. 37
Povoado – é medido por meio da
densidade demográfica que é a
relação do número de habitantes por
km2
38. População Absoluta: Número total de habitantes
de uma determinada área.
População Relativa: É a relação
população/espaço ou densidade demográfica
(hab/km2
) em outras palavras é o número de
habitantes dividido pela área total.
39. • POPULOSO: um país é considerado
populoso quando o número da população
absoluta é alto;
• POVOADO: um país é considerado
povoado quando o número da população
por km quadrado é alto.
40.
41. Nesse caso, podemos
afirmar que o Brasil é um
país POPULOSO (5º
mais populoso do
mundo), porém, sua
densidade demográfica é
de:
população: 190.000.000
____________________
=
área: 8.000.000 km²
23 hab/km²
Portanto, o Brasil NÃO é
um país povoado.
DENSIDADE DEMOGRAFICA NO BRASIL
Amazonas - 3.232.330/1.570.746 = 2,05 hab/km²
Roraima – 391.317/224.299 = 1,74 hab/km²
Sergipe – 1.967.791/21.910 = 89,81 hab/km²
São Paulo – 40.442.795/248.209 = 162,93 hab/km²
Rio de janeiro – 15.383.407/43.696 = 352,05 hab/km²
48. • Taxa de fecundidade corresponde às estimativas em
relação ao número de filhos que uma mulher pode ter ao
longo do período de fertilidade, entre as idades de 15 e 49
anos. Esse processo é interessante para saber a
quantidade de filhos ou média do mesmo para cada
mulher.
- Crescimento populacional representa o crescimento
vegetativo que é calculado a partir da subtração entre o
número de nascidos em um ano pelo número de óbitos
no mesmo período.
• Desse modo, se uma cidade possui 1.000 habitantes e em
um ano houver 30 nascimentos e 13 falecimentos, o cálculo
é feito da seguinte forma:
Crescimento vegetativo = 30 nascidos - 13 mortos = 17
49. 49
Natalidade
Taxa de natalidade: corresponde a
relação entre o número de nascimentos
ocorridos em um ano e a população
absoluta, o resultado em geral é
expresso por mil.
N.º de nascimentos X 1000
População absoluta
51. 51
As taxas de nascimento também
sofreram um declínio nos países
pobres, apenas nas últimas décadas.
Nos países ricos, o declínio da
natalidade já atingiu seu limite, sendo
menor que a de mortalidade.
52. 52
Fatores que influenciaram o
decréscimo da taxa de natalidade
Industrialização;
Inserção da mulher no mercado
de trabalho;
Urbanização;
Métodos Anticonceptivos.
53. 53
A necessidade de trabalhar faz com
que a mulher não tenha a mesma
disponibilidade para as tarefas
domésticas e para cuidar de seus
filhos.
54. 54
Métodos Anticonceptivos
A inserção no mercado de
trabalho faz com que as
mulheres procurem adiar
a maternidade.
E desenvolvimento de
métodos anticonceptivos
faz com que isso seja
uma realidade.
57. 57
Mortalidade
Taxa de mortalidade: corresponde
a relação entre o número de óbitos
ocorridos em um ano e a população
absoluta, o resultado é expresso por
mil.
N.º de óbitos X 1000 =
População absoluta
58. 58
Fatores da redução da
mortalidade
Revolução Industrial;
Melhorias sanitárias;
Queda da mortalidade infantil;
Urbanização
59. 59
Queda da mortalidade infantil
Essas mudanças proporcionaram
melhores condições de vida e também a
queda da mortalidade infantil (grande
responsável pelas altas taxas de
mortalidade).
60. 60
Mortalidade infantil
Consiste no número de óbitos de
crianças de até um ano de idade,
observado durante um determinado
período de tempo.
Esse dado refere-se ao número de
nascidos vivos no mesmo período.
61. 61
Expectativa de vida
É o número de anos que um recém-
nascido poderá esperar viver, levando-
se em conta as condições sociais e
médico-higiênicas do país.
62. Pirâmide Jovem: base larga, devido à elevada natalidade e topo estreito em
consequência de uma elevada mortalidade e esperança média de vida
reduzida. As pirâmides deste tipo representam populações muito jovens típicas
dos países menos desenvolvidos.
63. Pirâmide envelhecida: base mais estreita do que a classes dos
adultos. Reflecte uma diminuição da natalidade e um aumento
da esperança média de vida. É características dos países
desenvolvidos.
64. Pirâmide adulta: a base é ainda larga mas existe um aumento
da classe dos adultos e dos idosos. A taxa de Natalidade está a
diminuir e a esperança média de vida a aumentar.
66. 66
Primeiro (pré-moderno) marcado por
altas taxas de natalidade e de
mortalidade.
Segundo - caracterizado por gradual
redução da taxa de mortalidade e lenta
queda na natalidade.
67. 67
Terceiro (industrialização madura) - a
queda da natalidade e da mortalidade.
Quarto (pós-industrial) taxas de
fecundidade iguais ou inferiores a 2,1
e de mortalidade superiores às de
natalidade.
68. 68
Importante lembrar:
Não devemos confundir a expectativa
de vida com a média de vida (ou
idade média de uma população).
Esta nada mais é que a média
aritmética das idades das mortes, o
que indica quanto costuma viver uma
população.
69. • Quanto mais acentuadas as diferenças sociais,
maior a concentração da renda, maiores as
distâncias entre a média dos indicadores sociais
de população e a realidade em que vive a
maioria dos cidadãos.
• Se a taxa de natalidade de um país for alta, é
necessário considerar o que está acontecendo
nas suas diferentes regiões ou classes sociais:
os pobres costumam ter mais filhos que os
ricos.
70. 70
Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH)
O objetivo da elaboração do Índice de
Desenvolvimento Humano é oferecer
um contraponto ao Produto Interno
Bruto (PIB) per capita, que considera
apenas a dimensão econômica do
desenvolvimento.
71. 71
IDH
Além de computar o PIB per capita,
depois de corrigí-lo pelo poder de
compra da moeda de cada país, o
IDH também leva em conta dois
outros componentes: a longevidade e
a educação.
72. 72
IDH
Para aferir a longevidade, o indicador
utiliza números de expectativa de
vida ao nascer.
O item educação é avaliado pelo
índice de analfabetismo e pela taxa
de matrícula em todos os níveis de
ensino.
73. 1- Analise a pirâmide etária brasileira.
Discuta as seguintes questões estimulando a
comparação entre as diferentes concentrações de
população por faixa etária:
a) Em que faixas etárias temos uma maior
concentração populacional?
b) O Brasil é um país jovem?
c) Nascem mais homens ou mulheres?
d) Essa proporção se mantém em todas as idades?
e) Que razões podem levar a mudanças nas
concentrações populacionais nas diferentes faixas
etárias?
74. Para responder as questões, utilize o link:
http://vamoscontar.ibge.gov.br/atividades/ensi
no-medio/57-piramides-etarias-e-realidades-
brasileiras
http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/we
bservice/default.php?
cod1=0&cod2=&cod3=&frm=piramide
75. 2) Analise a pirâmide etária dos estados
brasileiros . Discuta as seguintes questões
estimulando a comparação entre as diferentes
concentrações de população por faixa etária:
a) Compare a pirâmide do Brasil e a dos estados.
Existem grandes diferenças?
b) Os desenhos são diferentes?
c) O que isso reflete?
d) O que significam essas diferenças?
Os estudos demográficos tornaram-se importantes fontes para um melhor conhecimento da população e também para o planejamento e a aplicação de políticas públicas e privadas.
Também denominadas Teorias Populacionais
Uma progressão geométrica ( P.g. ) é uma seqüência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior por uma constante . O número é chamado de razão da progressão geométrica, e vem do 'q' de quociente.
Uma progressão aritmética ( P.a. ) é uma seqüência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo anterior com uma constante . O número é chamado de razão da progressão aritmética, e vem do 'r' de resto.
O gráfico demonstra a projeção salientada por Malthus, onde a população desenvolveria-se em ordem geométrica, ultrapassaria muito a produção de alimentos que cresceria em progressão aritimética.
Por isso Malthus chega a essa conclusão
Associava a produção de alimentos a partir do aumento da área cultivada, todavia com a Revolução Verde a produtividade por área aumentou cresceu muito em virtude da alta tecnologia empregada.
A teoria neomalthusiana traz Malthus com uma nova “roupagem” já que para os neomalthusianos a pobreza seria resultante das elevadas taxas de natalidade verificadas em quase todos os países subdesenvolvidos
a fim de conter o crescimento vegetativo no países pobres.
e
A partir de uma argumentação puramente demográfica esses teóricos negligenciaram os fatores condicionantes dessa realidade: os baixos salários e as péssimas condições de vida que vigoram nos países subdesenvolvidos.
Essa teoria tenta reverter a construção teórica realizada por Malthus
Diferença entre as taxas de natalidade e as taxas de mortalidade ( ver exemplos)
Um grande salto foi dado.
O processo de industrialização reestruturou as relações de trabalho provocando mudanças bruscas na organização social. A indústria cresceu muito em pouco tempo e a demanda por mão-de-obra incluía também mulheres e crianças.
Assim, a taxa de natalidade vai diminuindo gradativamente, principalmente, nos países desenvolvidos.
A urbanização não alterou apenas o espaço, associada a industrialização, trouxe uma outra maneira de se viver onde o tempo não é mais o do sol e sim o do relógio, do trabalho, da cidade, a sociedade constrói um outro tempo-espaço onde o ser humano buscar cada vez alcançar mais rápido.
Como já observado na diminuição da taxa de natalidade, o desencadeamento desses fatos também fez com que as taxas de mortalidade também diminuíssem. Cabe ressaltar que a industrialização acelerou a urbanização e conseqüentemente, a necessidade de melhorias sanitárias .
Cuidado maior com a infância,saúde das crinanças fazendo que as taxas de mortalidade diminuissem
O índice considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes / mil nascimentos.
TABELA EXPECTATIVA VIDA
Primeiro- (pré-moderno) altas taxas de natalidade e mortalidade Segundo – (industrial) redução drástica da mortalidade e lenta da natalidade baby boom por gradual redução da taxa de mortalidade de 35 para 15 e lenta queda na natalidade de 35 para 30 Terceiro (industrialização madura) a queda da natalidade e da mortalidade para taxas em torno de 10, começou no fim do século XIX. Quarto pós industrial - taxas de fecundidade iguais ou inferiores a 2,1 e de mortalidade superiores às de natalidade e, a conseqüente diminuição da população.
A taxa de fecundidade quando baixa a 2,1 a população tende à estabilização, - crescimento zero - que só será alcançada vários anos depois, é um processo bem lento .
A média de vida é um indicador demográfico do presente, normalmente bem maior nos países desenvolvidos (entre 30 e 50 anos) que nos subdesenvolvidos (abaixo de 25 anos).
O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo, os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano e países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto.