O documento analisa a definição de saúde da OMS como "estado de completo bem-estar físico, mental e social". Em 3 frases:
1) A definição da OMS não é uma definição científica verdadeira, pois se limita à saúde humana e não abrange uma concepção geral de saúde.
2) O conceito de "bem-estar" na definição é problemático, pois pode significar diferentes coisas e um estado de completo bem-estar é utópico.
3) Embora a definição da
1) O documento discute vários conceitos de saúde e como eles podem fornecer subsídios teóricos para práticas como vigilância sanitária.
2) É proposta uma classificação dos "Modos de Saúde" em diferentes níveis hierárquicos, desde o subindividual ao social.
3) Isso visa fornecer uma terminologia para categorias de não-saúde que possam alimentar o trabalho de vigilância sanitária e outras áreas.
1) O documento discute a antropologia do cuidar e sua relação com a enfermagem.
2) A enfermagem e a antropologia filosófica se complementam, com a enfermagem fornecendo experiência prática e a antropologia reflexão teórica sobre a condição humana.
3) O cuidar é uma ação essencialmente humana e constitutiva da natureza humana, envolvendo receptividade, interpessoalidade e estar com o outro em sua vulnerabilidade.
O documento discute diversos conceitos de saúde ao longo da história, incluindo a definição da OMS de saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. A história de Estamira, que viveu por décadas em um aterro sanitário sem adoecer, mas morreu de infecção hospitalar, ilustra que a percepção individual de saúde pode diferir dos conceitos sociais dominantes.
1) O texto discute a diferença entre os conceitos de prevenção e promoção da saúde, argumentando que as dificuldades em distinguir os dois conceitos estão relacionadas à emergência da medicina moderna.
2) A saúde e o adoecer são experiências subjetivas que não podem ser totalmente compreendidas por conceitos científicos.
3) É necessário reconhecer os limites dos conceitos científicos e estabelecer uma nova relação entre conhecimento e prática na área da saúde para super
O documento discute a definição de saúde da OMS, o direito à saúde na Constituição Brasileira e a criação do SUS. Também define doença e seus fatores causais. Por fim, apresenta a biografia e obra da enfermeira Wanda de Aguiar Horta, destacando sua teoria das Necessidades Humanas Básicas e o processo de enfermagem.
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Marta Elini Borges
1) O documento discute a evolução da Psicologia da Saúde no Brasil e a mudança para um novo paradigma biopsicossocial.
2) Argumenta-se que a Psicologia da Saúde surgiu da necessidade de promover a saúde de forma preventiva e de entender o processo saúde-doença como um fenômeno social e contextual.
3) Defende-se que a formação de psicólogos deve enfatizar a especificidade da ação no contexto da saúde pública brasileira e uma visão crítica do pap
O documento discute os modelos de saúde biomédico e biopsicossocial. Apresenta as limitações do modelo biomédico em considerar apenas fatores biológicos e defende um modelo mais abrangente que inclua variáveis psicológicas e sociais. Também argumenta que a formação médica deve adotar uma abordagem mais ampla e multidisciplinar.
[1] O documento discute a ética e bioética na enfermagem e como esses princípios devem guiar as ações dos profissionais de saúde no cuidado com os pacientes; [2] A bioética se baseia em quatro princípios - beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça - que devem ser usados para analisar situações éticas complexas no cotidiano dos serviços de saúde; [3] Os profissionais devem agir com consciência, solidariedade e responsabilidade, respeitando
1) O documento discute vários conceitos de saúde e como eles podem fornecer subsídios teóricos para práticas como vigilância sanitária.
2) É proposta uma classificação dos "Modos de Saúde" em diferentes níveis hierárquicos, desde o subindividual ao social.
3) Isso visa fornecer uma terminologia para categorias de não-saúde que possam alimentar o trabalho de vigilância sanitária e outras áreas.
1) O documento discute a antropologia do cuidar e sua relação com a enfermagem.
2) A enfermagem e a antropologia filosófica se complementam, com a enfermagem fornecendo experiência prática e a antropologia reflexão teórica sobre a condição humana.
3) O cuidar é uma ação essencialmente humana e constitutiva da natureza humana, envolvendo receptividade, interpessoalidade e estar com o outro em sua vulnerabilidade.
O documento discute diversos conceitos de saúde ao longo da história, incluindo a definição da OMS de saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. A história de Estamira, que viveu por décadas em um aterro sanitário sem adoecer, mas morreu de infecção hospitalar, ilustra que a percepção individual de saúde pode diferir dos conceitos sociais dominantes.
1) O texto discute a diferença entre os conceitos de prevenção e promoção da saúde, argumentando que as dificuldades em distinguir os dois conceitos estão relacionadas à emergência da medicina moderna.
2) A saúde e o adoecer são experiências subjetivas que não podem ser totalmente compreendidas por conceitos científicos.
3) É necessário reconhecer os limites dos conceitos científicos e estabelecer uma nova relação entre conhecimento e prática na área da saúde para super
O documento discute a definição de saúde da OMS, o direito à saúde na Constituição Brasileira e a criação do SUS. Também define doença e seus fatores causais. Por fim, apresenta a biografia e obra da enfermeira Wanda de Aguiar Horta, destacando sua teoria das Necessidades Humanas Básicas e o processo de enfermagem.
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Marta Elini Borges
1) O documento discute a evolução da Psicologia da Saúde no Brasil e a mudança para um novo paradigma biopsicossocial.
2) Argumenta-se que a Psicologia da Saúde surgiu da necessidade de promover a saúde de forma preventiva e de entender o processo saúde-doença como um fenômeno social e contextual.
3) Defende-se que a formação de psicólogos deve enfatizar a especificidade da ação no contexto da saúde pública brasileira e uma visão crítica do pap
O documento discute os modelos de saúde biomédico e biopsicossocial. Apresenta as limitações do modelo biomédico em considerar apenas fatores biológicos e defende um modelo mais abrangente que inclua variáveis psicológicas e sociais. Também argumenta que a formação médica deve adotar uma abordagem mais ampla e multidisciplinar.
[1] O documento discute a ética e bioética na enfermagem e como esses princípios devem guiar as ações dos profissionais de saúde no cuidado com os pacientes; [2] A bioética se baseia em quatro princípios - beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça - que devem ser usados para analisar situações éticas complexas no cotidiano dos serviços de saúde; [3] Os profissionais devem agir com consciência, solidariedade e responsabilidade, respeitando
O documento discute bioética em situações de urgência e emergência médica. Aborda conceitos como beneficência, respeito às pessoas e justiça que guiam a tomada de decisões nesses cenários. Também menciona dilemas como critérios de atendimento e limites do tratamento quando os recursos são escassos.
Este documento apresenta o planejamento de um curso de Psicologia Clínica e Saúde Coletiva com 19 aulas ao longo de um semestre. As aulas abordarão noções básicas de saúde mental, o Sistema Único de Saúde brasileiro, e a reforma psiquiátrica, com atividades como apresentações, debates e avaliações.
O documento discute a Luta Antimanicomial no Brasil, que busca transformar os serviços psiquiátricos e transferir o foco do tratamento da saúde mental dos hospitais psiquiátricos para uma rede de atenção psicossocial comunitária e aberta, visando a desinstitucionalização e os direitos dos pacientes. A data de 18 de maio é lembrada como o início deste movimento no país.
O documento apresenta uma introdução à psicologia da saúde, discutindo como psicólogos da saúde buscam entender a influência de fatores psicológicos, sociais e comportamentais na saúde das pessoas. Também resume a evolução histórica da compreensão das causas da doença e do tratamento médico, além de perspectivas e desafios atuais da psicologia da saúde.
O documento apresenta as principais teorias de enfermagem, incluindo suas origens, objetivos, visões sobre o homem, saúde e ambiente. As teorias discutidas incluem a Teoria Ambiental de Florence Nightingale, a Teoria das Necessidades Básicas de Virginia Henderson, e a Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem.
Este documento discute as noções de saúde e doença. Argumenta-se que tratar saúde e doença como opostos é limitante, e que na verdade se referem a coisas diferentes. Enquanto a doença se refere a aspectos instrumentais e de controle, a saúde se refere a interesses práticos vividos de forma mais ampla. Defende-se uma abordagem hermenêutica que reconheça essas distinções.
Autonomia significa autodeterminação, autogoverno, o poder da pessoa humana de tomar decisões que afetem sua vida, sua integridade físico-psíquica, sua relações sociais. Refere-se à capacidade do ser humano de decidir o que é “bom”, o que é seu “bem-estar”, de acordo com valores, expectativas, necessidades, prioridades e crenças próprias.
Este documento apresenta um resumo de 13 capítulos sobre saúde e doença de uma perspectiva antropológica. Os capítulos abordam temas como religião e cura, representações da cura no catolicismo popular, medicinas populares, saúde mental, gênero e práticas terapêuticas. O documento reúne estudos de pesquisadores brasileiros e representa um momento atual da discussão sobre questões socioantropológicas da saúde e medicina no Brasil.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) A aula introduz conceitos psicológicos aplicados ao cuidado com pacientes, incluindo sofrimento psíquico e aspectos culturais e sociais relacionados ao adoecer.
2) As unidades discutem aspectos psicológicos na relação entre profissionais de saúde, pacientes e famílias, assim como humanização e cuidados paliativos.
3) O documento também critica o modelo biomédico de saúde e defende uma abordagem biopsicoss
Senhoras e senhores gestores da saúde, como a psicologia pode contribuir pata...marinaap
Sabendo da importância da realização deste XXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) preparou esta publicação, com o objetivo de fornecer informações sobre o papel que psicólogas e psicólogos podem desempenhar na
implementação e na consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil. Embasados com formação científica e profissional, capacitados para abordar as questões subjetivas, os psicólogos e as psicólogas têm contribuições importantes para as equipes multiprofissionais de saúde, qualificando o entendimento dos problemas – individuais e coletivos – da população e, assim, tornando mais efetivas as respostas a eles. Ao
atuar com elementos subjetivos, psicólogas e psicólogos contribuem com o entendimento da relação saúde-doença. Eles identificam como ideias, crenças, sentimentos e pensamentos são parte dos processos de prevenção e tratamento que precisam ser trabalhados nas Políticas
de Saúde. Atuam também na humanização do atendimento e na qualificação da relação entre as equipes, os usuários da saúde ou as comunidades inseridas em cada território.
A publicação deste documento é fruto de longa história de relação entre a Psicologia e a Saúde Pública no Brasil. A Psicologia, em nosso país, foi uma das profissões presentes na construção da reforma sanitária e, paralelamente, tem atuado pela consolidação de uma reforma psiquiátrica antimanicomial que valorize sujeitos e permita tratamento em liberdade, longe das prisões dos manicômios e com cidadania.
O documento discute as interfaces entre a psicologia e o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Primeiro, resume a evolução do sistema de saúde pública no Brasil antes da criação do SUS, destacando os princípios de universalidade, equidade e integralidade. Em seguida, debate como a psicologia pode contribuir para a formação de uma saúde pública de qualidade considerando o indivíduo em seu contexto social e político. Finalmente, propõe princípios éticos como a inseparabilidade entre sujeito e socied
Este documento discute a introdução à psicologia da saúde. A psicologia da saúde aplica princípios e pesquisas para melhorar, tratar e prevenir doenças, considerando condições sociais, fatores biológicos e traços da personalidade. Algumas questões estudadas incluem como as relações sociais, atitudes e ambientes afetam a saúde.
Este artigo discute como a participação da população vem produzindo inovações na clínica em saúde e na gestão do sistema de saúde brasileiro através de novas ideias surgidas nos espaços de participação popular. A análise desse material empírico sugere que a participação popular está reconfigurando a clínica e a gestão e interferindo no próprio conceito de controle social. Isso fortalece uma abordagem estética desses conceitos que questiona limites da ciência moderna.
1) O documento apresenta uma introdução sobre a elaboração de uma apostila para fornecer elementos do processo de enfermagem baseado em teorias de enfermagem.
2) A apostila está organizada em três partes: a primeira sobre teorias de enfermagem e modelo conceitual, a segunda sobre aspectos éticos e legais da sistematização da assistência de enfermagem, e a terceira sobre os passos do processo de enfermagem.
3) O texto apresenta detalhes sobre a evolução histórica da enfermagem e seu desen
1) Virgínia Henderson foi uma enfermeira norte-americana que definiu as funções dos enfermeiros em 1956 como assistir os indivíduos na realização das atividades que contribuem para a sua saúde ou recuperação.
2) Ela desenvolveu um modelo conceptual de enfermagem baseado em 14 necessidades básicas dos pacientes e no objetivo de torná-los independentes o mais rápido possível.
3) Seu modelo foca na satisfação das necessidades básicas dos pacientes para restaurar sua independência e compleição.
O documento trata de um evento sobre bioética realizado em Salvador em 2011. O evento contou com uma palestra sobre ética e legislação na área da saúde ministrada por Alexandre Juan Lucas. O documento também apresenta trechos de obras literárias e conceitos-chave da bioética.
O documento discute as diferentes definições de saúde adotadas pela Organização Mundial da Saúde e por outros pensadores. A OMS definiu saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, o que foi criticado por ser idealizado e dar poder excessivo ao Estado. Outros propuseram definições mais restritas, como a ausência de doença ou o bom funcionamento do organismo.
O documento discute a Psicologia na Saúde, uma área que estuda a inter-relação entre comportamento e saúde/doença. Ela visa compreender como as pessoas experienciam a saúde e doença e promover atitudes que levem à saúde e prevenção de doença. Os psicólogos da saúde focam em como fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e doença.
O documento discute conceitos de bioética no contexto da ética hospitalar. Aborda princípios como beneficência, não-maleficência e autonomia, além de temas como reprodução medicamente assistida, esterilização, eugenia e medicina preditiva, destacando os desafios éticos envolvidos.
Determinantes Sociais da Saúde_processo saúde-doençaRafaela Vieira
(1) O documento discute a história da medicina e conceitos de saúde ao longo do tempo, desde explicações mágicas e religiosas na antiguidade até definições mais atuais. (2) Também aborda diferentes modelos para entender o processo saúde-doença, como o biopsicossocial. (3) Defende que saúde deve ser vista como algo dinâmico construído ativamente pelo indivíduo em interação com o meio social e não apenas como ausência de doença.
O documento discute a evolução do conceito de saúde ao longo do tempo, desde a ausência de doença até um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Também aborda a importância da saúde mental e dos métodos epidemiológicos para a promoção e prevenção da saúde nas populações.
O documento discute bioética em situações de urgência e emergência médica. Aborda conceitos como beneficência, respeito às pessoas e justiça que guiam a tomada de decisões nesses cenários. Também menciona dilemas como critérios de atendimento e limites do tratamento quando os recursos são escassos.
Este documento apresenta o planejamento de um curso de Psicologia Clínica e Saúde Coletiva com 19 aulas ao longo de um semestre. As aulas abordarão noções básicas de saúde mental, o Sistema Único de Saúde brasileiro, e a reforma psiquiátrica, com atividades como apresentações, debates e avaliações.
O documento discute a Luta Antimanicomial no Brasil, que busca transformar os serviços psiquiátricos e transferir o foco do tratamento da saúde mental dos hospitais psiquiátricos para uma rede de atenção psicossocial comunitária e aberta, visando a desinstitucionalização e os direitos dos pacientes. A data de 18 de maio é lembrada como o início deste movimento no país.
O documento apresenta uma introdução à psicologia da saúde, discutindo como psicólogos da saúde buscam entender a influência de fatores psicológicos, sociais e comportamentais na saúde das pessoas. Também resume a evolução histórica da compreensão das causas da doença e do tratamento médico, além de perspectivas e desafios atuais da psicologia da saúde.
O documento apresenta as principais teorias de enfermagem, incluindo suas origens, objetivos, visões sobre o homem, saúde e ambiente. As teorias discutidas incluem a Teoria Ambiental de Florence Nightingale, a Teoria das Necessidades Básicas de Virginia Henderson, e a Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem.
Este documento discute as noções de saúde e doença. Argumenta-se que tratar saúde e doença como opostos é limitante, e que na verdade se referem a coisas diferentes. Enquanto a doença se refere a aspectos instrumentais e de controle, a saúde se refere a interesses práticos vividos de forma mais ampla. Defende-se uma abordagem hermenêutica que reconheça essas distinções.
Autonomia significa autodeterminação, autogoverno, o poder da pessoa humana de tomar decisões que afetem sua vida, sua integridade físico-psíquica, sua relações sociais. Refere-se à capacidade do ser humano de decidir o que é “bom”, o que é seu “bem-estar”, de acordo com valores, expectativas, necessidades, prioridades e crenças próprias.
Este documento apresenta um resumo de 13 capítulos sobre saúde e doença de uma perspectiva antropológica. Os capítulos abordam temas como religião e cura, representações da cura no catolicismo popular, medicinas populares, saúde mental, gênero e práticas terapêuticas. O documento reúne estudos de pesquisadores brasileiros e representa um momento atual da discussão sobre questões socioantropológicas da saúde e medicina no Brasil.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) A aula introduz conceitos psicológicos aplicados ao cuidado com pacientes, incluindo sofrimento psíquico e aspectos culturais e sociais relacionados ao adoecer.
2) As unidades discutem aspectos psicológicos na relação entre profissionais de saúde, pacientes e famílias, assim como humanização e cuidados paliativos.
3) O documento também critica o modelo biomédico de saúde e defende uma abordagem biopsicoss
Senhoras e senhores gestores da saúde, como a psicologia pode contribuir pata...marinaap
Sabendo da importância da realização deste XXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) preparou esta publicação, com o objetivo de fornecer informações sobre o papel que psicólogas e psicólogos podem desempenhar na
implementação e na consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil. Embasados com formação científica e profissional, capacitados para abordar as questões subjetivas, os psicólogos e as psicólogas têm contribuições importantes para as equipes multiprofissionais de saúde, qualificando o entendimento dos problemas – individuais e coletivos – da população e, assim, tornando mais efetivas as respostas a eles. Ao
atuar com elementos subjetivos, psicólogas e psicólogos contribuem com o entendimento da relação saúde-doença. Eles identificam como ideias, crenças, sentimentos e pensamentos são parte dos processos de prevenção e tratamento que precisam ser trabalhados nas Políticas
de Saúde. Atuam também na humanização do atendimento e na qualificação da relação entre as equipes, os usuários da saúde ou as comunidades inseridas em cada território.
A publicação deste documento é fruto de longa história de relação entre a Psicologia e a Saúde Pública no Brasil. A Psicologia, em nosso país, foi uma das profissões presentes na construção da reforma sanitária e, paralelamente, tem atuado pela consolidação de uma reforma psiquiátrica antimanicomial que valorize sujeitos e permita tratamento em liberdade, longe das prisões dos manicômios e com cidadania.
O documento discute as interfaces entre a psicologia e o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Primeiro, resume a evolução do sistema de saúde pública no Brasil antes da criação do SUS, destacando os princípios de universalidade, equidade e integralidade. Em seguida, debate como a psicologia pode contribuir para a formação de uma saúde pública de qualidade considerando o indivíduo em seu contexto social e político. Finalmente, propõe princípios éticos como a inseparabilidade entre sujeito e socied
Este documento discute a introdução à psicologia da saúde. A psicologia da saúde aplica princípios e pesquisas para melhorar, tratar e prevenir doenças, considerando condições sociais, fatores biológicos e traços da personalidade. Algumas questões estudadas incluem como as relações sociais, atitudes e ambientes afetam a saúde.
Este artigo discute como a participação da população vem produzindo inovações na clínica em saúde e na gestão do sistema de saúde brasileiro através de novas ideias surgidas nos espaços de participação popular. A análise desse material empírico sugere que a participação popular está reconfigurando a clínica e a gestão e interferindo no próprio conceito de controle social. Isso fortalece uma abordagem estética desses conceitos que questiona limites da ciência moderna.
1) O documento apresenta uma introdução sobre a elaboração de uma apostila para fornecer elementos do processo de enfermagem baseado em teorias de enfermagem.
2) A apostila está organizada em três partes: a primeira sobre teorias de enfermagem e modelo conceitual, a segunda sobre aspectos éticos e legais da sistematização da assistência de enfermagem, e a terceira sobre os passos do processo de enfermagem.
3) O texto apresenta detalhes sobre a evolução histórica da enfermagem e seu desen
1) Virgínia Henderson foi uma enfermeira norte-americana que definiu as funções dos enfermeiros em 1956 como assistir os indivíduos na realização das atividades que contribuem para a sua saúde ou recuperação.
2) Ela desenvolveu um modelo conceptual de enfermagem baseado em 14 necessidades básicas dos pacientes e no objetivo de torná-los independentes o mais rápido possível.
3) Seu modelo foca na satisfação das necessidades básicas dos pacientes para restaurar sua independência e compleição.
O documento trata de um evento sobre bioética realizado em Salvador em 2011. O evento contou com uma palestra sobre ética e legislação na área da saúde ministrada por Alexandre Juan Lucas. O documento também apresenta trechos de obras literárias e conceitos-chave da bioética.
O documento discute as diferentes definições de saúde adotadas pela Organização Mundial da Saúde e por outros pensadores. A OMS definiu saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, o que foi criticado por ser idealizado e dar poder excessivo ao Estado. Outros propuseram definições mais restritas, como a ausência de doença ou o bom funcionamento do organismo.
O documento discute a Psicologia na Saúde, uma área que estuda a inter-relação entre comportamento e saúde/doença. Ela visa compreender como as pessoas experienciam a saúde e doença e promover atitudes que levem à saúde e prevenção de doença. Os psicólogos da saúde focam em como fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e doença.
O documento discute conceitos de bioética no contexto da ética hospitalar. Aborda princípios como beneficência, não-maleficência e autonomia, além de temas como reprodução medicamente assistida, esterilização, eugenia e medicina preditiva, destacando os desafios éticos envolvidos.
Determinantes Sociais da Saúde_processo saúde-doençaRafaela Vieira
(1) O documento discute a história da medicina e conceitos de saúde ao longo do tempo, desde explicações mágicas e religiosas na antiguidade até definições mais atuais. (2) Também aborda diferentes modelos para entender o processo saúde-doença, como o biopsicossocial. (3) Defende que saúde deve ser vista como algo dinâmico construído ativamente pelo indivíduo em interação com o meio social e não apenas como ausência de doença.
O documento discute a evolução do conceito de saúde ao longo do tempo, desde a ausência de doença até um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Também aborda a importância da saúde mental e dos métodos epidemiológicos para a promoção e prevenção da saúde nas populações.
O documento discute a evolução do conceito de saúde e doença ao longo da história. Inicialmente, saúde era vista como ausência de doença, mas hoje é definida pela OMS como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. O documento também descreve os principais modelos que influenciaram o entendimento de saúde ao longo do tempo, como o modelo biomédico e as revoluções da saúde pública.
O documento discute a bioética e o ser humano no processo saúde-doença. Aborda os princípios da bioética de Beauchamp e Childress, incluindo não-maleficência, beneficência, autonomia e justiça. Também discute a definição de saúde e doença, o direito à saúde, a história do processo saúde-doença e os determinantes sociais da saúde.
1) O documento discute os conceitos de saúde, direito à saúde e seus determinantes sociais, argumentando que entender esses conceitos é fundamental para políticas de saúde pública efetivas.
2) Determinantes sociais da saúde, como estilo de vida, redes sociais e condições socioeconômicas, influenciam significativamente a saúde das pessoas e devem ser considerados em políticas públicas.
3) Políticas de saúde eficazes devem visar a promoção da saúde de forma holística
O documento discute os conceitos de saúde e promoção da saúde. Ele define saúde segundo a Organização Mundial da Saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Promoção da saúde é o processo de capacitar indivíduos e comunidades a melhorar sua qualidade de vida e saúde.
Este documento discute o processo saúde-doença e sua determinação social e histórica. Apresenta conceitos de saúde e doença, explicando que a doença não deve ser vista apenas como um fenômeno biológico, mas também social e subjetivo. Discorre sobre diferentes planos para entender a saúde: subindividual, individual e coletivo. Conclui que a saúde e a doença devem ser compreendidas como um processo que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que ocorre de
O documento discute a importância da saúde para a longevidade da vida. Ele define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Além disso, destaca que determinantes como biologia humana, ambiente, estilo de vida e atenção primária à saúde influenciam a saúde das pessoas. Finalmente, discute a importância de profissões regulamentadas como medicina, odontologia e enfermagem para a promoção da saúde pública e pessoal.
1) O documento discute o processo saúde-doença, incluindo definições de saúde e doença, a história dos conceitos, e o papel da equipe de saúde na abordagem deste processo;
2) Ao longo da história, os conceitos de saúde e doença evoluíram de visões religiosas para médicas, com foco atual na multicausalidade;
3) A prevenção é definida em três níveis: primária, secundária e terciária, com foco na promoção da saúde
1) O documento discute os determinantes sociais da saúde, incluindo como as condições sociais influenciam a saúde e doença.
2) Ao longo da história, diferentes paradigmas explicaram essa relação, do enfoque nas condições de vida no século XIX ao modelo bacteriológico no século XX.
3) Recentemente, houve avanços no estudo das desigualdades sociais na saúde e seus mecanismos.
Processo saúde-doença - Material de apoio.pdfMayrlaBarbosa1
O documento discute o processo saúde-doença, abordando sua história, conceitos e papel da equipe de saúde. Ao longo da história, as visões sobre saúde e doença mudaram de uma perspectiva religiosa para modelos socioambientais e biológicos. Atualmente enfatiza-se uma abordagem mais ampla e complexa, considerando fatores individuais e sociais. A equipe de saúde deve promover saúde de forma integral.
O documento discute as definições de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao longo do tempo. A OMS originalmente definiu saúde em 1946 como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Em 1986, a OMS acrescentou que a saúde também envolve a capacidade de identificar e realizar aspirações e satisfazer necessidades. O documento também lista e descreve várias dimensões interligadas da saúde, incluindo saúde física, mental, emocional, social, espiritual e
O documento discute o conceito de enfermagem, saúde e doença. A enfermagem é definida como uma ciência e arte que assiste o ser humano em suas necessidades básicas e promove sua independência através do autocuidado. Saúde e doença são conceitos dinâmicos que decorrem da interação entre fatores do hospedeiro, agentes e meio ambiente. O hospital é definido como um estabelecimento que presta assistência médica completa de forma curativa e preventiva à população.
O documento discute o conceito de saúde e doença, abordando os seguintes pontos: 1) Doença é definida como um conjunto de sinais e sintomas que afetam o estado normal de saúde de um ser vivo; 2) Diferentes ciências estudam as doenças em diferentes seres vivos; 3) A doença envolve fatores fisiológicos e subjetivos como dor e sofrimento; 4) Saúde é definida pela OMS como um estado completo de bem-estar; 5) Existe uma relação dinâmica
Este artigo discute como o Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil tem ajudado a reduzir as desigualdades sociais, especialmente as altas taxas de mortalidade materna e infantil. O artigo explora como o PSF promove uma abordagem mais holística da saúde ao se concentrar na atenção básica e na família. Resultados de estudos mostram que o PSF tem contribuído para melhorar os indicadores de saúde no Brasil.
O documento discute diferentes conceitos de saúde ao longo da história, incluindo a definição da OMS e propostas de autores como Ralph Andy e Bruhn e Cordova. Também aborda a evolução das políticas de saúde no Brasil e os principais pontos da Reforma Sanitária iniciada na década de 1980 que levaram à criação do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição de 1988.
1) O documento contém vários textos sobre relacionamentos amorosos e felicitações de aniversário.
2) Uma das citações reflete sobre a dificuldade de se encontrar um "namorado de verdade".
3) A dinâmica descrita propõe uma reflexão sobre a importância de apoiar os outros.
1. Desconstruindo a definição de saúde
Luis Salvador de Miranda Sá Junior
Jornal do Conselho Federal de Medicina (CFM) jul/ago/set de 2004, pg 15-16
Em: http://www.portalmedico.org.br/index.asp?opcao=bibliotecaJornalJulAgoSet2004#
(acesso 27/06/2005)
A OrganizaçãoMundial da Saúde(OMS),organismosanitário internacionalintegranteda Organizaçãodas NaçõesUnidas, fundado
em 1948, define saúde como“estado de completo bem- estar físico, mental e social, e não somentea ausência de enfermidadeou
invalidez”. A referência à ausência de enfermidadeou invalidez é componente essencial deste conceito de saúde e dele não deve
ser separadosob penade reduzi-lo à total utopia. Principalmentedo pontode vista médico.
A definição consta no preâmbulo da Constitui-ção da Assembléia Mundial da Saúde, adotada pela Conferência Sanitária
Internacional realizada em Nova York (19/22 de junho de 1946) e assinada em 22 de julho de 1946 pelos representantes de 61
Estados, com vigor a partir de abril de 1948, não emendada desde então. (O que se pode encontrar no sítio
http://www.who.int/home- age/index.es.shtml .
p )
Da Antiguidadeao século XXI, superada a concepçãosobrenatural de saúde e enfermidade, concebia- saúde como a ausência
se
de enfermidade (doença, deficiência, invalidez). Estado que se re-velava equilíbrio do organismo, com referência aos seus meios
interno e externo. Gozar saúde significava não padecer enfermidade, estar em harmonia consigo mesmo e com o meio. Tão-
somente.
Já ia avançado o século XX quando a concepção de saúde foi mudada para bem- estar, além de ausência de enfermidade. É
inegável que tal mudança constituiu um avanço. No plano formal, porque é uma proposição positiva; no plano essencial, porque
superouas dicotomiasentre corpo e mente, natural e social, saúde e enfermidade, promoçãoe profila-xia, profilaxia e terapêutica,
terapêutica e reabilita-ção; mas também porque possibilitou a emergência de políticas sanitárias mais úteis e eficazes. Além de
situar a saúdecomoum estadopositivoque podiaser promovido,buscado,cultivadoe aperfeiçoado.
Salta aos olhosque o objeto deste esforçocognitivoé a saúdehumanae não a saúdedos seres vivos em geral. Depreendendo- e,
s
portanto,que a definiçãode saúdeda OMSnão é de saúde.
A despeitodas vantagens,sobretudopolíticas, a assimchamadadefiniçãode saúdeda OMSnão encerraumaconcepçãogenérica
de saúde.Nãotem comoobjeto a saúdeem todo o seu significado.
Embora se proponha a definir saúde (sem qualquer delimitação ou condicionamento), este não é seu definiendum. É impossível
identificar bem-estar ou mal-estar psicossocial nos estados de saúde ou de não-saúde em animais não-humanosou em ve-getais.
Pois não se podenegara existênciade
outras qualidadesde saúde (e sanidade), como a saúde animal e a saúde vegetal. Uma definiçãogenérica de saúde, mesmonão
científica, deve definir saúde e não outra coisa, por mais próxima que seja, como a saúde humana, como se deu neste caso. A
definição de saúde da OMS não tem como objeto uma concepção genérica de saúde, limita-se a enfocar a saúde humana.
Tampoucodeveser chamadade definição.Pois não o é. Se não, veja-se.
O que é uma definição?
Definição, palavra originadado latim definire, definitio, provenientesdo substantivo finis (fim, limite, fronteira, linha divisória). Definir
é delimitar. Significa a expressãobreve e completa do que há de essencial em um vocábulo (definição nominal) ou o que se deve
entenderpela essênciade algumacoisa(definiçãoreal).
Uma definição deve resumir o que se conhece de essencial sobre a coisa ou o termo definido. Qualquer definição, vulgar ou
científica, implicaem situar o definidoem dois planos:um, genérico,denotativo(ou intensivo), que apontaa classede objetosà qual
o termopode ser aplicado; e outro, conotativo (ou extensivo), que expressaa(s) sua(s) propriedade(s)específica(s) considerada(s)
comomaiscaracterísti-ca(s). Exemploclássico:o homemé um animalracional. Isto não ocorrena “definição”de saúdeda OMS.
As definiçõesdo sensocomumdiferenciam- e das científicasporqueestas são exatas, isto é, formuladascomconceitosprecisose
s
em obediência aos critérios vigentes de cientificidade. Inclusive os critérios da ciência parti-cular na qual ou para a qual forem
elaboradas.Ao menosem tese, pode-se aceitar aqui os critériosde cientificidadeformuladospor MarilenaChaui.
Na estruturadas definições, denomina- e definiendumao símboloou coisa ideal ou material que estiver sendodefinido; e definiens
s
aos termos empregadosem sua definição. Para definir, primeiro situa-se o definiendumem uma categoria geral na qual ele esteja
contido; depois, se lhe atribui uma diferença específica (uma qualidade ou característica que individualize o objeto da definição
2. dentro da classe geral em que foi ordenado). Tome- a clássica definição aristotélica de homem, mencionadaacima e que pode
se
ser consideradacomomodelode definiçãocientífica: o homemé um animal político. Definiendum,o homem(objeto da definição)e
definiens, animal (a classe geral mais próxima) político (a qualidade especificadora que distingue o homem dos outros animais).
Deixa-se de lado a definição
operacional,por não vir ao casoaqui.
Critérios de cientificidade das definições: a) haver coerência (ausência de contradições factuais ou lógicas entre os princípios
teóricos de apoio); b) os modelos dos objetos factuais ou nominaisdevemser construídoscom base em recursos metodológicose
técnicosaceitáveispela comunidadecientífica; c) os resultadosobtidoscomseu empregodevempoder corrigir os modelosteóricos
e práticosnela empregados.
E mais duas condições:1) que a definiçãode uma coisa ou termose refira ao definidoe só a ele; 2) que um gênero taxonômicoou
classe taxonômica só seja denominado natural quando o seu critério taxonômico for uma qualidade essencial da coisa ou termo
definido. Só se consideracientíficaumadefiniçãoda qual emerjaumaclassificaçãonatural.
Sobre o conceito de saúde
Etimologicamente, saúde procededo latim sanitas, referindo- à integridadeanátomo-uncional dos organismosvivos (sanidade).
se f
Não se trata de conceito unívoco, contém mais de uma significação, que podem ser confundidas. Deve- estar atento, não se
se
deixarconfundir.
Destas significações, todas empregadascom alguma freqüência, destacam- e: a) sanidade, ausência de enfermidade em um ser
s
vivo (o mais antigo significado,comoem: estevedoente, recuperoua saúde); b) saudaçãoamistosa(à modados romanosantigos);
c) rito verbal exclamativo, quandoalguémespirra; d) estado de capacidade, energia, disposiçãoe vigor físico ou mental (comoem
não tenho saúde para esse trabalho), sentido figurado e metafórico; e) sentir-se bem ou, ao menos, não se sentir mal (a saúde se
manifesta no silêncio dos órgãos, diziam os antigos); f) área do conhecimento e campo de estudo sobre a saúde, as ciências da
saúde(enfim,todosos estudossanitáriosque se interessampelos indivíduose comunidades,as ciênciasda saúde); g) de-signação
sintética dos programas,estabelecimentos, agênciasou organismossociais públicosou privadosdestinadosa cuidar da saúdedos
indivíduos e comunidades; h) atividade política pública ou programasocial governamental voltado para os cuidados com a saúde
individual ou coletiva e para a administração destes serviços (como em funcionário da saúde, profissão de saúde, Ministério da
Saúdee secretariade Saúde).
Neste último sentido, saúde (melhor seria dizer ação, estabelecimentoou sistema de cuidados com a saúde), quer dizer atividade
sanitária consubstanciadanas ações e serviços de saúde; na atividade dos trabalhadorese dos estabelecimentosou agências de
saúde, nos programase planos de saúdee nas açõesde saúdepúblicasou privadas. Quandose diz: a saúdeé direito do cidadão
e dever do Estado, funcionário da saúde, profissional da saúdeou orçamentoda saúde, é com o sentido de assistênciaou cuidado
coma saúdeque o termoé utilizado.
Ninguém,commínimainformaçãoe boa-fé, entendea noçãode saúdecomqualquerdos outrossentidosda palavra. De fato, como
seria possível um orçamento do bem- estar físico, mental e social, ou ser um funcionário da ausência de doença, ou o Estado
garantir a sanidade de alguémou de algum animal ou vegetal? O que a Constituição chama de saúde? Exatamente o último dos
sentidosapontadospara o termo. A Constituiçãobrasileira declara a saúdecomodireito social (art. 6º). E direito de todo cidadãoe,
conseqüentemente, dever do Estado (art. 196). Quem se debruçar sobre a Constituição do Brasil verificará que, nela, saúde
significa “políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitárioàs açõese serviçospara sua promoção,proteçãoe recuperação”(art. 196).
E mais, aqui saúde quer dizer assistência à saúde ou “atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízodos serviçosassisten- ciais”, “comparticipaçãoda comunidade”(art. 198,
incisos II e III). Donde se depreende que a legislação brasileira chama de saúde ao sistema social de atendimento à saúde das
pessoase das comunidades. Ninguém,honestamente, tem o direito de pretender outra coisa para este significante neste contexto
particular.
O conceito de bem-estar
O primeiro significado de bem- estar pode ser a noção subjetiva de sentir-se bem, não ter queixas, não apresentar sofrimento
somático ou psíquico, nem ter consciênciade qualquer lesão estrutural ou de prejuízo do desempenhopessoal ou social (inclusive
familiar e laboral). Aí, bem-
estar significasentir-se beme não apenasnão se sentir mal.
Mas bem- estar também significa condição de satisfação das necessidades (conscientes ou incons- cientes, naturais ou
psicossociais). Nos seres humanos, implica na satisfação das necessidades biológicas, o bem- estar físico; das necessidades
psicológicas, o bem- estar mental; e das necessidades sociais, o bem- estar social. E não apenas satisfeitas todas essas
necessidades, mas perfeitamente (ou completamente) atendidas, como explicita a OMS. A identificação da saúde com bem- estar
3. pode ter tido a finalidadede superar as dificuldadesmetafísicas da definiçãonegativaou o propósito estratégicode dissociá- dos
la
conceitos de enfermidade e invalidez. E estes dois propósitos foram obtidos. Tem o mérito de incluir as condições psicossociais
comode saúde,mas, na prática, re-velouseu caráter utópicoe sua inoperacionalidade.
Comose vê, o conceito de bem- estar não tem a univocidadeexigida pelo pensamentocientífico. Pode significar não se sentir mal,
sentir-se bemou ter satisfeitas suas necessidades.Por isso, o conceito de saúdeda definiçãoda OMS,mesmoque estivessebem
construído, dependeria do significado do conceito de bem- estar, ausente dele. A rigor, a proposição da OMS significa que o ente
nela caracterizado deve ter perfeita ou completamente atendidas todas as suas necessidades. Isto é, para ser conside- rado
saudávelo ser vivo deve ter satisfeitastodas as suas necessidades,quandoos humanoscriamsemprenovasnecessidades.O que
configurao caráter utópicodesta caracterizaçãode saúde.
Em termos de satisfação das necessidadesou com referência a sentir-se bem, para os seres humanos, desfrutar completo bem-
estar é, no mínimo,algo impossívelmesmode se cogitar comoutopia distante, na qual as pessoasem geral (ou algumapessoaem
particular) possam ter satisfeitas todas as suas necessidades individuais e sociais, em todos os planos de sua existência (o
biológico,o psicológicoe o social).
Por esta conceituação, saúde implica em perfeito bem-
estar ou completo bem- estar (dependendoda tradução). Por outro lado, a
insatisfação resultante de um estado de mal-estar pode ser positiva, isto é, um fator de saúde, na medida em que pode ser
condição de desenvolvimento e aperfeiçoamento. Estado de insatisfação que costuma ser condicionante poderoso na conduta de
indivíduose coletividades.Podendo,mesmo,ser enca-rado comofator essencialda evoluçãode indivíduose da espécie.
Considerando- e a menor possibilidade, pode- pretender que o mal-estar constitua componenteessencial da condição humana.
s se
Pareceser característicados humanosse mostrareminsatisfeitos;
incapazes de completa satisfação e isto, repita-se, tem sido importante componente de sua identidade e de seus mecanismos
adaptativos. Porque sempre que o ser humano vê satisfeitas suas necessidades num momento, no seguinte cria outras. Por isto,
tem sido definidocomohomoinsatisfactus.
Em conclusão
A “definição” de saúde adotada pela OMS não é definição vulgar e nem definição científica, pois discorda das exigências
contemporâneas referentes à elaboração das definições (científicas ou não); tampouco é uma concepção ampla de saúde, mas
apenasumaconcepçãode saúdehumana.
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