1. Saúde
Na Declaração dos Direitos do Homem,
aprovada pela ONU e assinada por
todos os países membros (1948) diz:
“Todo o Homem tem o direito a um padrão
de vida capaz de assegurar saúde e
bem-estar a si mesmo e à sua família”
2. Saúde ?
Não é fácil de definir.
Primeiramente, era entendida como
ausência de doença.
Com o tempo e com as mudanças
sócio-culturais o conceito foi evoluindo.
3. Saúde?
Em 7 de Abril de 1947, a Organização de Saúde
(OMS) propôs na sua Carta Magna, o seguinte
conceito:
“ Saúde é um estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não apenas ausência de doença ou
enfermidade.”
considerado por muitos como reducionista e
utópico.
4. Saúde?
Alguns chegam a pensar que é
essencial haver uma reformulação no
conceito de saúde.
Saúde como um estado de relativo
equilíbrio do homem na sua tripla
dimensão (física, mental, social)
6. Saúde
Na Declaração dos Direitos do Homem,
aprovada pela ONU e assinada por
todos os países membros (1948) diz:
“Todo o Homem tem o direito a um padrão
de vida capaz de assegurar saúde e
bem-estar a si mesmo e à sua família”
8. Saúde ?
Não é fácil de definir.
Primeiramente, era entendida como
ausência de doença.
Com o tempo e com as mudanças
sócio-culturais o conceito foi evoluindo.
9. Saúde?
Em 7 de Abril de 1947, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) propôs na sua Carta Magna, o seguinte
conceito:
“ Saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas
ausência de doença ou enfermidade.”
10. Ou seja, a saúde é o equilíbrio
entre:
Social
Físico
Mental
Saúde
Caso um destes factores se encontre diminuído surge a
doença.
A qual vai afectar o indivíduo, o que interfere
negativamente no seu trabalho, porque baixa a sua
produtividade.
12. Saúde?
Esta definição foi considerada por
muitos como reducionista e utópica.
Pois dificilmente teremos
conhecido uma pessoa
saudável.
13. Saúde?
Muitos pensam que é essencial haver
uma reformulação no conceito de saúde.
Saúde como um estado de relativo
equilíbrio do homem na sua tripla
dimensão (física, mental, social)
14. Saúde e doença formam um
continuum.
Constituem dois extremos.
Descreve-se uma condição como a
ausência da outra.
Saúde ______________Doença
(equilíbrio) (desequilíbrio)
15. Doença
Consiste no desequilíbrio de uma das
três dimensões do Homem (física,
psíquica, social).
surgem sintomas/sinais deste
desequilíbrio, que nos permite
identificar a doença e tratar.
16. Causas (o que conduz à
doença):
Infecções;
Inflamação;
Isquémia;
Hemorragias;
Disfunções orgânicas;
Sequelas de traumas;
Etc.
17. Sintomas:
É um indício de doença que o próprio
indivíduo sente.
Sintoma ≠ Sinal
É aquilo que pode É a queixa relatada
ser percebido sem pelo paciente.
relato. Ex: dor
ex: erupções
cutâneas
18. Doenças, Sintomas, Sinais (Ex):
Doença Sintoma Sinal
Gripe Tosse, fadiga,
arrepios,
corrimento nasal.
Febre, dores no
corpo, cefaleias,
perda de apetite,
mal estar.
Constipaçã
o
“entupimento” e
corrimento nasal,
lacrimejo,
espirros.
Cefaleias,
sensação de
cabeça “inchada”.
Diabetes Perda de peso,
fadiga.
Urinar
frequentemente,
sede intensa,
19. Consequências:
Deterioração da qualidade de vida do
indivíduo;
Conforme a doença o indivíduo poderá ficar
incapacitado, totalmente ou parcialmente,
para o resto da sua vida (ex. devido a AVC);
Medicação e tratamentos regulares para o
resto da vida;
Alteração das normas de comportamento do
indivíduo;
21. Saúde Mental
As situações da sociedade moderna acabam
gerando, com muita frequência, ansiedades e
alterações mentais, transitórias ou
permanentes, suficientes para retirar a
serenidade mental e/ou a capacidade de
decisão necessária aos actos da vida civil a
algumas pessoas .
Dependendo da extensão e do tempo da
doença, é impossível ao doente de
transtornos mentais praticar actos civis válidos
ou inteiramente hábeis a gerar efeitos
pessoais e patrimoniais diante de terceiros.
22. A saúde mental compõe-se das
seguintes vertentes:
Como nos vemos ou sentimos a nós
próprios;
Como vemos ou sentimos os outros;
Como enfrentamos as exigências da
vida.
23. Em termos operativos a
manutenção da saúde mental
envolve:
Ter em atenção o estilo de vida.
Equilíbrio entre o que fazemos. Não
fazer de mais nem de menos. É preciso
equilíbrio no trabalho, no lazer e no
descanso;
Preservar o contacto social.
Manter o contacto com quem
gostamos é fulcral para a saúde mental;
24. Rever periodicamente a nossa vida,
incluindo rever os nossos objectivos e a
adequação das nossas opções.
Adequar objectivos às nossas capacidades e
circunstancialismos.
Os problemas surgem quando sentimos que
a nossa vida não é gratificante e plena;
Ter consciência da interacção corpo-mente.
A mente pode afectar o corpo e vice-versa. A
alimentação, o exercício físico e o sono afectam
não só o nosso organismo mas, igualmente a
nossa mente;
25. Confiança nos outros.
Ter alguém em quem confiar o mais íntimo de
nós é fundamental para a preservação da saúde
mental;
Consciência do que pode correr mal.
A vida é em si um risco. Esse risco deve estar
presente na nossa mente para tomarmos as
devidas precauções mas, por mais precauções
que se tomem, as coisas sempre poderão correr
mal.
Importa que essa consciência não nos
paralise e nos impeça de viver.
Uma vez mais o equilíbrio: precaução versus
26. Tomar iniciativas para resolver
problemas. Adiar não é compatível com
saúde mental.
É preciso tomar a iniciativa de resolver
os problemas procurando ajuda sempre
que necessário.
Evitar, no entanto, a obsessão ou a
impulsividade.
27. Saúde Mental
A saúde mental é fulcral para a construção de uma
sociedade saudável, inclusiva e produtiva. No entanto,
na generalidade dos países, verifica-se uma grande
lacuna entre as necessidades de cuidados de saúde
mental e a oferta dos mesmos serviços.
70,5% dos países europeus possuem estruturas de
saúde mental para crianças e adolescentes piores que
as destinadas a adultos.
Em termos de saúde infanto-juvenil, o ênfase
mantém-se nos aspectos físicos. As perturbações
psiquiátricas e psicológicas e, muito mais, a saúde
mental, são relegadas para uma prioridade
dispensável e, assim, negligenciada.
28. Promover Saúde Mental
Passa por confiar na intuição dos
intervenientes, ajudá-los na construção da sua
auto-estima, a acreditarem em si próprios e
nas suas capacidades e a facilitar condições
para a sua auto-realização.
Esta é a grande tarefa dos profissionais de
saúde que, mais do que dar conselhos, devem
actuar como orientadores que ajudam à
tomada de consciência das próprias
capacidades e a tirar o melhor proveito delas,
para a «construção» de proles com elevada
capacidade de resistência.
29. Saúde Pública
É a ciência de promover a saúde,
prevenir as doenças e prolongar o
tempo de vida através do esforço
conjunto da sociedade.
30. Objectivos da Saúde Pública:
Melhoria do estado de saúde;
Aumentar a longevidade;
Melhoria da qualidade de vida da
comunidade através de estratégias de
promoção da saúde;
Prevenção da doença e outras formas
de interacção em saúde.
31. Epidemiologia
É a ciência que estuda os padrões da
ocorrência de doenças em populações
humanas e os factores determinantes
destes padrões.
(Lilienfeld, 1980)
32. Epidemiologia
Inicialmente, dedicava-se ao estudo das doenças
infecto-contagiosas (epidemias);
Actualmente, está vocacionada para qualquer tipo de
patologia presente na população (cancro, acidentes
de viação…), ou seja, trata de qualquer evento
relacionado à saúde (ou doença) da população.
A base de trabalho é a população e não o indivíduo
(Exemplo: estudantes portugueses, motoristas…).
33. Epidemiologia (cont.)
Dessa forma, a epidemiologia contribui
para o melhor entendimento da saúde da
população - partindo do conhecimento dos
factores que a determinam para prover a
prevenção das doenças.
34. Métodos da Epidemiologia
A Epidemiologia utiliza vários métodos ou
instrumentos para estudar a Saúde Pública
(Stone et al, 1999).
Os 4 métodos básicos são:
1. Vigilância em Saúde Pública
2. Investigação da doença
3. Estudos analíticos
4. Avaliação de programas
35. Vigilância em Saúde Pública
Implica a recolha sistemática, a análise, a integração
e a difusão de dados de saúde numa base de
continuidade.
Servem para monitorizar a saúde das comunidades.
Fornecem uma base factual a partir da qual os
departamentos da Saúde Pública estabelecem
prioridades, planeiam programas e tomam as devidas
atitudes para proteger a saúde dos cidadãos.
36. Investigação da doença
O objectivo prioritário é controlar e prevenir a doença
adicional. Esta investigação envolve o cumprimento
dos seguintes objectivos:
Estabelecer ou verificar o diagnóstico dos casos
declarados e identificar o seu agente etiológico
específico responsável;
Confirmar a existência de um surto ou epidemia;
37. Investigação da doença (cont.)
Descrever os casos epidémicos ou do surto de
acordo com as variáveis tempo, lugar e pessoa;
Identificar fonte do agente e o seu modo de
transmissão, incluindo os veículos específicos, os
vectores e as vias que possam estar implicadas;
Identificar populações susceptíveis que estão em
risco aumentado de exposição ao agente.
38. Estudos analíticos
Requerem procedimentos especializados relacionados
com o desenho, condução, análise e interpretação
dos estudos analíticos:
Desenho, redacção, justificações, protocolos,
tamanhos amostrais, critérios de selecção,
questionários e outros itens apropriados, que fazem
parte do planeamento do estudo;
Autorizações, aprovações, interpretação de registos,
entrevistas e tratamento dos dados, adequados à
condução do estudo;
39. Estudos analíticos (cont.)
Descrição das características dos sujeitos, cálculo de
taxas, tabelas de comparação, etc.;
Análise estatística (testes de significância, intervalos
de confiança, regressão, modelação, etc.);
A interpretação envolve a perspectivação dos
resultados do estudo e o fornecimento de
recomendações apropriadas às autoridades
competentes.
40. Avaliação de programas
Avaliação da efectividade e da eficiência dos
programas de Saúde Pública no cumprimento dos
objectivos inicialmente propostos.
41. Utilizações da Epidemiologia
Planeamento de políticas e programas;
Tomar decisões individuais;
Completar o quadro clínico;
Procurar as causas;
Prevenir a doença.
42. Prevenção de doenças a 3 níveis distintos:
Prevenção primária (exercício, alimentação
saudável);
Prevenção secundária (rastreio de
hipertensão, colesterol, problemas de visão,
audição);
Prevenção terciária (alcoólicos anónimos,
reabilitação cardíaca).
Notas do Editor
Porém alguns indivíduos não são identificados como doentes, mas ou apresentam um nível de preocupação muito relevante ou não se conseguem adaptar à vida em grupo, sendo muito difícil aceitá-los como saudáveis.
Se nos seguirmos por este conceito dificilmente teremos conhecido alguém saudável. Porquê? Porque ainda que fisicamente estejamos bem, dificilmente o estado psíquico das pessoas está em completo bem-estar, mesmo que os conflitos e os confrontos emocionais possam não existir, mas as dificuldades emocionais são muito difíceis de subtrair. Porque quer queiramos ou não as adversidades físicas, psíquicas e sociais estão sempre presentes na nossa vida.
Porém alguns indivíduos não são identificados como doentes, mas ou apresentam um nível de preocupação muito relevante ou não se conseguem adaptar à vida em grupo, sendo muito difícil aceitá-los como saudáveis.
Se nos seguirmos por este conceito dificilmente teremos conhecido alguém saudável. Porquê? Porque ainda que fisicamente estejamos bem, dificilmente o estado psíquico das pessoas está em completo bem-estar, mesmo que os conflitos e os confrontos emocionais possam não existir, mas as dificuldades emocionais são muito difíceis de subtrair. Porque quer queiramos ou não as adversidades físicas, psíquicas e sociais estão sempre presentes na nossa vida.