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Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa




   Correção dos erros cometidos na Bacia do Recôncavo

	        Quando se estuda detalhadamente a Bacia do Recôncavo nota-se que há um erro a ser cor-
rigido o qual foi impossível de ser evitado pelos seus primeiros pesquisadores. Ele não pôde ser
evitado devido a três circunstâncias da época:
         •	 O tempo histórico em que foi cometido,
         •	 Pela urgente necessidade de achar-se o petróleo do Brasil e
         •	 Pelo método de trabalho na determinação da idade dos sedimentos que a Bacia continha.
	        Até o meio do século passado não havia informações, tanto em qualidade como em quanti-
dade, para uma definição correta da estratigrafia das bacias brasileiras. Fora este aspecto, havia uma
pressa muito grande em descobrir o petróleo, que até 1960 (tempo do Relatório Link) se pensava
não existir no território brasileiro. Era urgente furarem-se mais e mais poços fazendo fluir cada dia
mais petróleo do Recôncavo. Havia um açodamento no serviço de perfuração dos poços, pois era voz
corrente que “quem descobre óleo é a sonda”. Era uma esperança válida. Finalmente, a datação foi
feita usando o método paleontológico, sem que se soubesse que os fósseis existentes na subsuperfí-
cie da Bacia eram re-deposições e por isso sem valor para datar sedimentos onde eles ocorrem. Era
uma coincidência de fatos, que impediram que houvesse um sucesso espetacular para a produção de
petróleo no Brasil.
	        A situação atual reflete os erros cometidos no passado. É preciso corrigir a datação da Bacia
do Recôncavo para obter novos números na produção da mesma.

                     História da Datação dos Sedimentos da Bacia
	        Antes de 1942, os geólogos brasileiros já falavam em rochas em Primárias, Secundárias, Ter-
ciárias etc. Entretanto era apenas um modismo, pois não passavam de idealizações e tentativas feitas
lá na Europa, sem qualquer base científica para as idades atribuídas aos sedimentos que ocorriam,
tanto lá como aqui no Brasil. As rochas que formavam o arcabouço do território brasileiro só tiveram
uma datação mais “científica” com o aparecimento do Conselho Nacional do Petróleo em 1942. Foi
incumbido da missão, aqui no Brasil, um paleontólogo alemão contratado pelo CNP chamado Rolf
Weber18. Ele mandou amostras de um poço construído na Bacia do Recôncavo, o Itaparica-2-Ba
(antes chamado de B-23), do intervalo entre 625-730m de profundidade. Essas amostras foram estu-
dadas pelo geólogo I.Gregory Sohn do American Geological Survey e consideradas como Jurássico
superior (Late Jurassic).
	        Posteriormente repetiu-se a ação quando foram mandadas amostras aos Estados Unidos,
onde a Dra HJ Plummer concluiu que do Itaparica para cima as rochas foram depositadas no Cretá-
ceo inferior, e daí para baixo, isto é, Aliança e Sergi ficaram datadas do Late Jurassic. De novo, em
1956, já na era Petrobras, uma nova datação e as rochas do Itaparica ficaram datadas no Cretáceo,
nome que tinha surgido na Europa para designar sedimentos gredosos ocorrentes na Bélgica e Ho-
landa.

                                                  148
Correção dos Erros Cometidos na Bacia do Recônc

	        Finalmente, em 1956, ficou crismada a idade dos sedimentos da Bacia do Recôncavo como
do Jurássico terminal e do Cretáceo inferior. A sequência bioestratigráfica foi feita pelos técnicos
brasileiros em magnífico trabalho.
	        Entretanto, a exploração do petróleo tinha começado bem antes. Desde 1920 já se buscava
petróleo em Mallet, no Paraná, Garça Torta, em Alagoas, Corurupe, na Bahia, etc. e os cientistas
brasileiros e estrangeiros que a estudaram já tinham dado nome aos sedimentos, nomes que acaba-
ram por se firmar no léxico estratigráfico tanto nacional como internacional. Na Bahia procurou-se
“casar” a seqüência litoestratigráfica com a bioestratigráfica, o que de fato foi feito. Os geólogos de
superfície ao fazerem seus mapas procuravam afloramentos onde pudessem ser colhidas amostras
com ostracóides, os fósseis mais importantes no estudo do Recôncavo. Em muitos casos cavavam-se
trincheiras para melhor amostragem, de maneira pudessem ser achados os fósseis necessários para
definir a estratigrafia. Havia razão muito forte para isso, desde que aos olhos dos geólogos de campo
os contatos entre as diversas “formações” da alegada estratigrafia, simplesmente não existiam. Só os
fósseis podiam ajudar na definição das diversas “formações”. Quando o mapeamento ficava proble-
mático arranjavam-se falhas inexistentes, apenas para ajustar os contatos mais absurdos.
	        Nos trabalhos da perfuração de poços o procedimento era exatamente o mesmo, e as dis-
cussões sobre onde deveriam ser traçados tais ou quais contatos gerou situações desagradáveis para
todos os que participavam das reuniões técnicas. Nem naquele tempo, nem hoje, os contatos entre as
formações que se supõe existir nos sedimentos da Bacia podem ser identificados tanto paleontologi-
camente como com a ajuda do perfil elétrico. Até porque, de fato, eles não existem.
	        Finalmente, decidiu-se abandonar as informações paleontológicas e o próprio laboratório
desapareceu de cena ficando a estratigrafia da Bacia mais órfã ainda, adotando-se daí por diante os
palpites absurdos admitidos dos perfis elétricos. A confusão entre fósseis e formações geológicas
perdura até hoje e enquanto não for adotada uma solução para o problema, não será possível uma
pesquisa do petróleo no Brasil (e de outras partes do globo) de maneira mais fácil e econômica.
	        A conseqüência imediata deste erro preliminar é aquele que se comete nos trabalhos geo-
físicos incluídos aí os perfis elétricos. A estratigrafia errada se transmite às outras técnicas, auto-
maticamente, como doença contagiosa. O erro dos intérpretes dos sinais sísmicos e das curvas dos
perfis elétricos é fatal. A tendência natural é procurar “formações” que não existem, o que equivale a
procurar fantasmas. Se elas não existem, impossível determinar-lhes os contatos, fato que se verifica
também nos estudos da superfície. O resultado das pesquisas é tão precário que é impossível distin-
guir o que é uma rocha feita de sedimentos e o que é o embasamento onde elas se assentam e tiveram
origem. Contatos, falhas, profundidades, espessura dos sedimentos etc, são sonhos e resvalam para a
antieconomia.

                        Paleontologia e as Leis da Sedimentação
	        Os erros cometidos durante a exploração da Bacia do Recôncavo, na segunda metade do
século passado, podem ser facilmente corrigidos, bastando para isso conceber-se a Bacia como um
corpo rochoso único cuja unidade dependeu do movimento que lhe deu origem.
	        Tradicionalmente, dentro da Geologia, os fósseis servem tanto para datar como para caracte-
rizar as formações geológicas. São eles classificados dentro da litologia de uma formação geológica
como suas estruturas orgânicas e obedecem rigidamente a 2a Lei da Sedimentação.
	        Acontece que dentro da Bacia do Recôncavo, por razões geológicas, os fósseis estão mistu-
rados e não obedecem as leis acima mencionadas. Os fósseis característicos das diversas formações
encontram-se misturados devido à origem da Bacia. Dessa maneira não podem servir para qualquer
espécie de datação, e muito menos para reconhecer ou caracterizar qualquer formação geológica

                                               149
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

como se procedeu durante toda a exploração de petróleo feita no século passado. Se eles estão mistu-
rados eles são refossilizações, como se diz geologicamente. Eles formam um conglomerado orgânico
ou ainda, são o fácies orgânico do conglomerado que forma a Bacia, e só o seu conjunto pode ser
interpretado corretamente.
	        Histórica e geologicamente falando existiram duas bacias de clásticos na região onde se for-
maria o Recôncavo. O embaciamento da primeira formação (Alpha), a mais antiga ou mais velha da
coluna estratigráfica global, deu origem à Formação Beta que é a segunda formação geológica sobre
a superfície da Terra. Nesta formação proliferaram os fósseis classificados como do Paleozóico. A
segunda Bacia, que gerou Epsilon, forneceu os fósseis classificados como do Cretáceo.
	        Cada uma dessas bacias teve suas respectiva fauna associada, ou seja, tiveram fósseis sincrô-
nicos à sua deposição. Quando da gênese da Bacia do Recôncavo, que foi formada com os remanes-
centes das duas bacias anteriores, esses fósseis foram misturados pela redeposição daqueles clásticos,
e perderam a sua originalidade de fósseis (Fig. 4.8). Eles foram redepositados, ou seja, passaram à
condição de fósseis de segunda deposição. Esses fósseis não serviriam mais de parâmetros datativos
ou de reconhecimento das formações geológicas originais. O seu conjunto só serve para caracterizar
os acontecimentos da terceira bacia que deu origem à Formação Eta, a sétima formação geológica a
surgir sobre a face da Terra.
	        Este é um fato raro na natureza e é a evidência factual da separação continental.
	        A Bacia não é um rift, mas uma evidência do rift atlântico.

                      A Repercussão dos Erros nas Interpretações
	        Os primeiros erros aparecidos na estratigrafia da Bacia foram introduzidos pelos geólogos
pioneiros ao mapearem a superfície limitados que estavam pelas condições materiais próprias do fim
do século XIX. Foram aqueles homens que legaram o que deveria ser chamado de formação Aliança,
as argilas vermelhas das vizinhanças do lugarejo de Mata da Aliança, no Recôncavo; formação Sergi
para os arenitos cortados pelo Rio Sergi; formação das Ilhas porque a formação seria formada com as
mesmas rochas que formavam as ilhas existentes dentro da Baía de Todos os Santos. Era o início do
erro: a descrição da textura da rocha como se fosse a sua litologia. A escala do trabalho, a confusão
entre litologia e textura, a classificação da estrutura da Bacia como se fosse um rift, tudo conduziu ao
erro, e até hoje, os geólogos mais jovens continuam a laborar no mesmo, conduzindo a economia da
Bacia para o desastre.
	        A prática da perfuração dos poços para obter petróleo demonstrou não ser possível, tan-
to em superfície como em subsuperfície, a distinção das diversas formações. Aventou-se então a
possibilidade de pedir ajuda aos paleontólogos, que também, supostamente, poderiam ajudar nessa
identificação. Foram mandadas amostras colhidas em poços perfurados na Bacia para especialistas,
tanto nos EUA como na Alemanha. Voltaram respostas parciais e interessantes, mas sem resolver o
problema. Os fósseis foram identificados como do Cretáceo, mas não foi possível dizer se eram ou
não refossilizações, pois esta é uma conclusão estatística. Dessa maneira foi datada a Bacia como
um todo. Ela seria de idade Cretácea. Posteriormente, foi organizada a bioestratigrafia existente na
Bacia e feita uma correlação com as supostas formações. Nunca funcionou. Jamais foi encontrada a
solução para o contato Ilhas/Candeias e de resto para todo o pacote estratigráfico (v. “Evidências do
Erro Paleontológico”).
	        Os intérpretes da sísmica também foram induzidos pelo erro estratigráfico quando procura-
vam os contatos de formações inexistentes na Bacia. Além disso, havia as tradições e crendices, que
levavam a pensar que petróleo é gerado em folhelhos (“rocha geradora”), e que ocorria em estruturas
altas limitadas por falhamentos, o que complicava mais ainda as interpretações. As variações da ve-

                                                   150
Correção dos Erros Cometidos na Bacia do Recônc

locidade das ondas sísmicas eram e são fortemente influenciadas pela textura da rocha da Bacia, as
quais foram interpretadas como falhamentos normais, gerando, no papel, idéias de altos e baixos que
as perfurações mostravam não existir (v. “Evidências do Erro Geofísico”).
	       Os geólogos de superfície não mapeavam rochas, preferindo colher amostras em aflora-
mentos ou covas mandadas fazer com essa específica finalidade, encaminhá-las ao Laboratório de
Paleontologia e esperar o resultado das análises. Os mapas eram naturalmente natimortos e para nada
serviam. Os especialistas em perfis elétricos inventaram uma espécie de picografia esotérica em si
mesma e muito pessoal, mas que também não servia para determinar os contatos entre as formações,
sendo constantes as contradições entre os métodos.
	       Nas curvas dos perfis elétricos também se procurava petróleo e às vezes era até encontrado
devido à abundância dessa substância na Bacia. Apenas que em outros poços as curvas com as mes-
mas características forneciam, nos testes de formação, água abundante e/ou absolutamente nada nos
intervalos fechadíssimos.
                                     Estratigrafia da Bacia
	        Dessa maneira, o pacote clástico existente dentro da Bacia não pode ser dividido em dezes-
seis formações como postulado entre os geólogos e mostrado nos esquemas estratigráficos tradicio-
nais. O que foi descrito como formações geológicas é fácies de uma única formação que preenche a
Bacia e não há correlação entre os fósseis e esses fácies.
	        Os fósseis ocorrem em qualquer das três dimensões da Bacia e por isso não permitem pros-
péctos baseados em estudos paleontológicos. Qualquer mapa que tenha sido feito com base na análi-
se paleontológica é preliminarmente falso e de modo algum serve para fins exploratórios.
	        Como admitida atualmente, a Carta Estratigráfica da Bacia do Recôncavo gera uma grande
confusão, que não permite qualquer raciocínio equilibrado para servir de guia exploratório e deve ser
abandonada por conter distorções (Fig. 4.9). Observe-se:
         •	 As formações ficam flutuando sem contato entre si;
         •	 Não sedimentam umas sobre as outras como acontece na natureza (Primeira Lei da Se-
            dimentação), mas uma ao lado da outra, configurando um absurdo (observar a formação
            Salvador);
         •	 Apresenta dois canais verticais sem qualquer explicação teórica sobre sua ocorrência,
         •	 Ocorrem formações jovens dentro (no interior) das mais antigas e vice-versa, algo com-
            pletamente inconcebível e sem qualquer amparo teórico.
	        Veja-se na Carta o quadro confuso porque baseado em erro. Descobrir petróleo com esta
coluna estratigráfica, de fato, somente com muita sorte.
	        Resumidamente, pode-se dizer que a coluna estratigráfica usada para servir de guia na ex-
ploração está errada porque a bioestratigrafia aparece organizada. Em outras palavras, quando se
organiza a coluna bioestratigráfica o resultado é a desorganização da coluna litoestratigráfica e isso
a torna confusa e inoperante, resultando na antieconomia (Fig.4.10).
	        A remodelação do raciocínio ao fim da pesquisa diz que além do embasamento há o grosso
dos clásticos como um corpo solitário, o qual é o objetivo da pesquisa do petróleo, e mais uma for-
mação delgada, horizontal, que a recobre quase totalmente, mas sem importância para pesquisa de
hidrocarbonetos.
	        Em palavras outras, uma nova Coluna Estratigráfica da Bacia do Recôncavo é necessária
para substituir a atual e ela se torna muito simples, se levada em conta a Coluna Estratigráfica Global
(Fig.4.11).
	        A correção deste erro consiste em juntar todas as antigas formações em um pacote só (Fig.
4.8) e generalizá-las com um novo nome: Formação Eta.

                                               151
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

                                       Estrutura da Bacia
	        A Bacia do Recôncavo é definida atualmente como um rift, uma definição completamente
equivocada.
	        Rift é o Oceano Atlântico ou a Bacia Atlântica, uma estrutura fendida aparecida da separação
de suas bordas (Fig. 4.6). A Bacia do Recôncavo nada tem a ver com esta feição. Na sua estruturação
não há separação das suas bordas. A Bacia surgiu como conseqüência do levantamento, seguido de
basculamento de sua borda oriental, depois do falhamento reverso resultante dos movimentos iniciais
que levaram a fragmentação do supercontinente existente até então (v. “História Geológica”).
	         Dessa maneira, a falha geológica que limita o pacote clástico do Recôncavo pela sua borda
leste, é uma falha reversa. Não é nem pode ser uma falha normal como pensam os geólogos da
Estatal. Corrige-se este erro abandonando a palavra rift, porque inadequada, e admitindo que a falha
geológica que limita a Bacia pela borda oriental é uma falha de natureza REVERSA!

                               Textura dos Clásticos da Bacia
	        Grosso modo, o conteúdo da Bacia pode ser descrito como um conglomerado gigantesco,
geneticamente ligado à fragmentação continental ou, ao levantamento e basculamento da sua mar-
gem oriental. Tal conglomerado é evidente em superfície na margem oriental e menos conspícuo na
margem ocidental. O movimento que lhe deu origem determinou uma variação textural em todas as
dimensões, variação esta que é o principal fator selante dos reservatórios da subsuperfície.
	        Seu reconhecimento é essencial para determinação do volume de petróleo nos reservatórios.
Não existe o emaranhado de falhas desenhadas sobre o papel a título de “mapa geofísico”. Corrige-
se o erro admitindo uma variação textural acentuada, raciocínio que dispensa as supostas “falhas”,
“altos e baixos”, “grabens”, “horsts” etc. O petróleo da Bacia é estratigráfico pela origem, e aquelas
idéias atrapalham mais do que ajudam a exploração.
	        Outra correção que deve ser feita neste item consiste em separar ou distinguir textura de lito-
logia, que não são nem representam a mesma coisa. Observa-se em todos os relatórios apresentados
na Empresa, que se descreve sob o título de litologia a textura das amostras, e isso é um erro preli-
minar em ciência geológica e que tem de ser corrigido, não somente dentro do âmbito Petrobras, mas
também em outras entidades governamentais e acadêmicas dedicadas à Geologia. Excelente exemplo
do erro pode ser observado em um trabalho coletivo por título Revisão Estratigráfica da Bacia do
Recôncavo19.
	        Finalmente, um exame a posterior pode ser resumido: nada deu certo na exploração da Bacia
do Recôncavo, porque de um lado, a paleontologia mapeava refossilizações e do outro, a sísmica
mapeava variação de textura da rocha. Tais informações atrapalham mais do que ajudam no trabalho
da exploração.
	        Mesmo assim, a Bacia chegou a produzir 170.000 bpd (barris de petróleo por dia) e definhou
em seguida encaminhando-se no momento para o fim. Produz em 2008 menos de 25% daquela pro-
dução. Esse petróleo produzido foi o petróleo da sorte ou o produto da fortuna. Quem o “descobriu”
foram os engenheiros de perfuração. Essa descrição nos conduz ao raciocínio de que a Bacia está mal
explorada e que ainda não produziu o que pode, podendo vir a ser uma das melhores opções a ser
disputada por novos exploradores. Estes, para obter sucesso, não podem ser guiados pelos métodos
usados até aqui (uso de mapas sísmicos; uso de mapas geológicos antigos; avaliação dos poços pelo
perfil elétrico; análises paleontológicas para datações geológicas etc.). Esses métodos produzem ma-
pas errados e o desastre exploratório é inevitável.
	        Se insistirem, os novos investidores estarão fora do mercado dentro de pouco tempo depois
de dilapidado seu tempo e capital, como aconteceu com as contratistas de risco nos anos 1970.

                                                   152

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  • 1. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Correção dos erros cometidos na Bacia do Recôncavo Quando se estuda detalhadamente a Bacia do Recôncavo nota-se que há um erro a ser cor- rigido o qual foi impossível de ser evitado pelos seus primeiros pesquisadores. Ele não pôde ser evitado devido a três circunstâncias da época: • O tempo histórico em que foi cometido, • Pela urgente necessidade de achar-se o petróleo do Brasil e • Pelo método de trabalho na determinação da idade dos sedimentos que a Bacia continha. Até o meio do século passado não havia informações, tanto em qualidade como em quanti- dade, para uma definição correta da estratigrafia das bacias brasileiras. Fora este aspecto, havia uma pressa muito grande em descobrir o petróleo, que até 1960 (tempo do Relatório Link) se pensava não existir no território brasileiro. Era urgente furarem-se mais e mais poços fazendo fluir cada dia mais petróleo do Recôncavo. Havia um açodamento no serviço de perfuração dos poços, pois era voz corrente que “quem descobre óleo é a sonda”. Era uma esperança válida. Finalmente, a datação foi feita usando o método paleontológico, sem que se soubesse que os fósseis existentes na subsuperfí- cie da Bacia eram re-deposições e por isso sem valor para datar sedimentos onde eles ocorrem. Era uma coincidência de fatos, que impediram que houvesse um sucesso espetacular para a produção de petróleo no Brasil. A situação atual reflete os erros cometidos no passado. É preciso corrigir a datação da Bacia do Recôncavo para obter novos números na produção da mesma. História da Datação dos Sedimentos da Bacia Antes de 1942, os geólogos brasileiros já falavam em rochas em Primárias, Secundárias, Ter- ciárias etc. Entretanto era apenas um modismo, pois não passavam de idealizações e tentativas feitas lá na Europa, sem qualquer base científica para as idades atribuídas aos sedimentos que ocorriam, tanto lá como aqui no Brasil. As rochas que formavam o arcabouço do território brasileiro só tiveram uma datação mais “científica” com o aparecimento do Conselho Nacional do Petróleo em 1942. Foi incumbido da missão, aqui no Brasil, um paleontólogo alemão contratado pelo CNP chamado Rolf Weber18. Ele mandou amostras de um poço construído na Bacia do Recôncavo, o Itaparica-2-Ba (antes chamado de B-23), do intervalo entre 625-730m de profundidade. Essas amostras foram estu- dadas pelo geólogo I.Gregory Sohn do American Geological Survey e consideradas como Jurássico superior (Late Jurassic). Posteriormente repetiu-se a ação quando foram mandadas amostras aos Estados Unidos, onde a Dra HJ Plummer concluiu que do Itaparica para cima as rochas foram depositadas no Cretá- ceo inferior, e daí para baixo, isto é, Aliança e Sergi ficaram datadas do Late Jurassic. De novo, em 1956, já na era Petrobras, uma nova datação e as rochas do Itaparica ficaram datadas no Cretáceo, nome que tinha surgido na Europa para designar sedimentos gredosos ocorrentes na Bélgica e Ho- landa. 148
  • 2. Correção dos Erros Cometidos na Bacia do Recônc Finalmente, em 1956, ficou crismada a idade dos sedimentos da Bacia do Recôncavo como do Jurássico terminal e do Cretáceo inferior. A sequência bioestratigráfica foi feita pelos técnicos brasileiros em magnífico trabalho. Entretanto, a exploração do petróleo tinha começado bem antes. Desde 1920 já se buscava petróleo em Mallet, no Paraná, Garça Torta, em Alagoas, Corurupe, na Bahia, etc. e os cientistas brasileiros e estrangeiros que a estudaram já tinham dado nome aos sedimentos, nomes que acaba- ram por se firmar no léxico estratigráfico tanto nacional como internacional. Na Bahia procurou-se “casar” a seqüência litoestratigráfica com a bioestratigráfica, o que de fato foi feito. Os geólogos de superfície ao fazerem seus mapas procuravam afloramentos onde pudessem ser colhidas amostras com ostracóides, os fósseis mais importantes no estudo do Recôncavo. Em muitos casos cavavam-se trincheiras para melhor amostragem, de maneira pudessem ser achados os fósseis necessários para definir a estratigrafia. Havia razão muito forte para isso, desde que aos olhos dos geólogos de campo os contatos entre as diversas “formações” da alegada estratigrafia, simplesmente não existiam. Só os fósseis podiam ajudar na definição das diversas “formações”. Quando o mapeamento ficava proble- mático arranjavam-se falhas inexistentes, apenas para ajustar os contatos mais absurdos. Nos trabalhos da perfuração de poços o procedimento era exatamente o mesmo, e as dis- cussões sobre onde deveriam ser traçados tais ou quais contatos gerou situações desagradáveis para todos os que participavam das reuniões técnicas. Nem naquele tempo, nem hoje, os contatos entre as formações que se supõe existir nos sedimentos da Bacia podem ser identificados tanto paleontologi- camente como com a ajuda do perfil elétrico. Até porque, de fato, eles não existem. Finalmente, decidiu-se abandonar as informações paleontológicas e o próprio laboratório desapareceu de cena ficando a estratigrafia da Bacia mais órfã ainda, adotando-se daí por diante os palpites absurdos admitidos dos perfis elétricos. A confusão entre fósseis e formações geológicas perdura até hoje e enquanto não for adotada uma solução para o problema, não será possível uma pesquisa do petróleo no Brasil (e de outras partes do globo) de maneira mais fácil e econômica. A conseqüência imediata deste erro preliminar é aquele que se comete nos trabalhos geo- físicos incluídos aí os perfis elétricos. A estratigrafia errada se transmite às outras técnicas, auto- maticamente, como doença contagiosa. O erro dos intérpretes dos sinais sísmicos e das curvas dos perfis elétricos é fatal. A tendência natural é procurar “formações” que não existem, o que equivale a procurar fantasmas. Se elas não existem, impossível determinar-lhes os contatos, fato que se verifica também nos estudos da superfície. O resultado das pesquisas é tão precário que é impossível distin- guir o que é uma rocha feita de sedimentos e o que é o embasamento onde elas se assentam e tiveram origem. Contatos, falhas, profundidades, espessura dos sedimentos etc, são sonhos e resvalam para a antieconomia. Paleontologia e as Leis da Sedimentação Os erros cometidos durante a exploração da Bacia do Recôncavo, na segunda metade do século passado, podem ser facilmente corrigidos, bastando para isso conceber-se a Bacia como um corpo rochoso único cuja unidade dependeu do movimento que lhe deu origem. Tradicionalmente, dentro da Geologia, os fósseis servem tanto para datar como para caracte- rizar as formações geológicas. São eles classificados dentro da litologia de uma formação geológica como suas estruturas orgânicas e obedecem rigidamente a 2a Lei da Sedimentação. Acontece que dentro da Bacia do Recôncavo, por razões geológicas, os fósseis estão mistu- rados e não obedecem as leis acima mencionadas. Os fósseis característicos das diversas formações encontram-se misturados devido à origem da Bacia. Dessa maneira não podem servir para qualquer espécie de datação, e muito menos para reconhecer ou caracterizar qualquer formação geológica 149
  • 3. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa como se procedeu durante toda a exploração de petróleo feita no século passado. Se eles estão mistu- rados eles são refossilizações, como se diz geologicamente. Eles formam um conglomerado orgânico ou ainda, são o fácies orgânico do conglomerado que forma a Bacia, e só o seu conjunto pode ser interpretado corretamente. Histórica e geologicamente falando existiram duas bacias de clásticos na região onde se for- maria o Recôncavo. O embaciamento da primeira formação (Alpha), a mais antiga ou mais velha da coluna estratigráfica global, deu origem à Formação Beta que é a segunda formação geológica sobre a superfície da Terra. Nesta formação proliferaram os fósseis classificados como do Paleozóico. A segunda Bacia, que gerou Epsilon, forneceu os fósseis classificados como do Cretáceo. Cada uma dessas bacias teve suas respectiva fauna associada, ou seja, tiveram fósseis sincrô- nicos à sua deposição. Quando da gênese da Bacia do Recôncavo, que foi formada com os remanes- centes das duas bacias anteriores, esses fósseis foram misturados pela redeposição daqueles clásticos, e perderam a sua originalidade de fósseis (Fig. 4.8). Eles foram redepositados, ou seja, passaram à condição de fósseis de segunda deposição. Esses fósseis não serviriam mais de parâmetros datativos ou de reconhecimento das formações geológicas originais. O seu conjunto só serve para caracterizar os acontecimentos da terceira bacia que deu origem à Formação Eta, a sétima formação geológica a surgir sobre a face da Terra. Este é um fato raro na natureza e é a evidência factual da separação continental. A Bacia não é um rift, mas uma evidência do rift atlântico. A Repercussão dos Erros nas Interpretações Os primeiros erros aparecidos na estratigrafia da Bacia foram introduzidos pelos geólogos pioneiros ao mapearem a superfície limitados que estavam pelas condições materiais próprias do fim do século XIX. Foram aqueles homens que legaram o que deveria ser chamado de formação Aliança, as argilas vermelhas das vizinhanças do lugarejo de Mata da Aliança, no Recôncavo; formação Sergi para os arenitos cortados pelo Rio Sergi; formação das Ilhas porque a formação seria formada com as mesmas rochas que formavam as ilhas existentes dentro da Baía de Todos os Santos. Era o início do erro: a descrição da textura da rocha como se fosse a sua litologia. A escala do trabalho, a confusão entre litologia e textura, a classificação da estrutura da Bacia como se fosse um rift, tudo conduziu ao erro, e até hoje, os geólogos mais jovens continuam a laborar no mesmo, conduzindo a economia da Bacia para o desastre. A prática da perfuração dos poços para obter petróleo demonstrou não ser possível, tan- to em superfície como em subsuperfície, a distinção das diversas formações. Aventou-se então a possibilidade de pedir ajuda aos paleontólogos, que também, supostamente, poderiam ajudar nessa identificação. Foram mandadas amostras colhidas em poços perfurados na Bacia para especialistas, tanto nos EUA como na Alemanha. Voltaram respostas parciais e interessantes, mas sem resolver o problema. Os fósseis foram identificados como do Cretáceo, mas não foi possível dizer se eram ou não refossilizações, pois esta é uma conclusão estatística. Dessa maneira foi datada a Bacia como um todo. Ela seria de idade Cretácea. Posteriormente, foi organizada a bioestratigrafia existente na Bacia e feita uma correlação com as supostas formações. Nunca funcionou. Jamais foi encontrada a solução para o contato Ilhas/Candeias e de resto para todo o pacote estratigráfico (v. “Evidências do Erro Paleontológico”). Os intérpretes da sísmica também foram induzidos pelo erro estratigráfico quando procura- vam os contatos de formações inexistentes na Bacia. Além disso, havia as tradições e crendices, que levavam a pensar que petróleo é gerado em folhelhos (“rocha geradora”), e que ocorria em estruturas altas limitadas por falhamentos, o que complicava mais ainda as interpretações. As variações da ve- 150
  • 4. Correção dos Erros Cometidos na Bacia do Recônc locidade das ondas sísmicas eram e são fortemente influenciadas pela textura da rocha da Bacia, as quais foram interpretadas como falhamentos normais, gerando, no papel, idéias de altos e baixos que as perfurações mostravam não existir (v. “Evidências do Erro Geofísico”). Os geólogos de superfície não mapeavam rochas, preferindo colher amostras em aflora- mentos ou covas mandadas fazer com essa específica finalidade, encaminhá-las ao Laboratório de Paleontologia e esperar o resultado das análises. Os mapas eram naturalmente natimortos e para nada serviam. Os especialistas em perfis elétricos inventaram uma espécie de picografia esotérica em si mesma e muito pessoal, mas que também não servia para determinar os contatos entre as formações, sendo constantes as contradições entre os métodos. Nas curvas dos perfis elétricos também se procurava petróleo e às vezes era até encontrado devido à abundância dessa substância na Bacia. Apenas que em outros poços as curvas com as mes- mas características forneciam, nos testes de formação, água abundante e/ou absolutamente nada nos intervalos fechadíssimos. Estratigrafia da Bacia Dessa maneira, o pacote clástico existente dentro da Bacia não pode ser dividido em dezes- seis formações como postulado entre os geólogos e mostrado nos esquemas estratigráficos tradicio- nais. O que foi descrito como formações geológicas é fácies de uma única formação que preenche a Bacia e não há correlação entre os fósseis e esses fácies. Os fósseis ocorrem em qualquer das três dimensões da Bacia e por isso não permitem pros- péctos baseados em estudos paleontológicos. Qualquer mapa que tenha sido feito com base na análi- se paleontológica é preliminarmente falso e de modo algum serve para fins exploratórios. Como admitida atualmente, a Carta Estratigráfica da Bacia do Recôncavo gera uma grande confusão, que não permite qualquer raciocínio equilibrado para servir de guia exploratório e deve ser abandonada por conter distorções (Fig. 4.9). Observe-se: • As formações ficam flutuando sem contato entre si; • Não sedimentam umas sobre as outras como acontece na natureza (Primeira Lei da Se- dimentação), mas uma ao lado da outra, configurando um absurdo (observar a formação Salvador); • Apresenta dois canais verticais sem qualquer explicação teórica sobre sua ocorrência, • Ocorrem formações jovens dentro (no interior) das mais antigas e vice-versa, algo com- pletamente inconcebível e sem qualquer amparo teórico. Veja-se na Carta o quadro confuso porque baseado em erro. Descobrir petróleo com esta coluna estratigráfica, de fato, somente com muita sorte. Resumidamente, pode-se dizer que a coluna estratigráfica usada para servir de guia na ex- ploração está errada porque a bioestratigrafia aparece organizada. Em outras palavras, quando se organiza a coluna bioestratigráfica o resultado é a desorganização da coluna litoestratigráfica e isso a torna confusa e inoperante, resultando na antieconomia (Fig.4.10). A remodelação do raciocínio ao fim da pesquisa diz que além do embasamento há o grosso dos clásticos como um corpo solitário, o qual é o objetivo da pesquisa do petróleo, e mais uma for- mação delgada, horizontal, que a recobre quase totalmente, mas sem importância para pesquisa de hidrocarbonetos. Em palavras outras, uma nova Coluna Estratigráfica da Bacia do Recôncavo é necessária para substituir a atual e ela se torna muito simples, se levada em conta a Coluna Estratigráfica Global (Fig.4.11). A correção deste erro consiste em juntar todas as antigas formações em um pacote só (Fig. 4.8) e generalizá-las com um novo nome: Formação Eta. 151
  • 5. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Estrutura da Bacia A Bacia do Recôncavo é definida atualmente como um rift, uma definição completamente equivocada. Rift é o Oceano Atlântico ou a Bacia Atlântica, uma estrutura fendida aparecida da separação de suas bordas (Fig. 4.6). A Bacia do Recôncavo nada tem a ver com esta feição. Na sua estruturação não há separação das suas bordas. A Bacia surgiu como conseqüência do levantamento, seguido de basculamento de sua borda oriental, depois do falhamento reverso resultante dos movimentos iniciais que levaram a fragmentação do supercontinente existente até então (v. “História Geológica”). Dessa maneira, a falha geológica que limita o pacote clástico do Recôncavo pela sua borda leste, é uma falha reversa. Não é nem pode ser uma falha normal como pensam os geólogos da Estatal. Corrige-se este erro abandonando a palavra rift, porque inadequada, e admitindo que a falha geológica que limita a Bacia pela borda oriental é uma falha de natureza REVERSA! Textura dos Clásticos da Bacia Grosso modo, o conteúdo da Bacia pode ser descrito como um conglomerado gigantesco, geneticamente ligado à fragmentação continental ou, ao levantamento e basculamento da sua mar- gem oriental. Tal conglomerado é evidente em superfície na margem oriental e menos conspícuo na margem ocidental. O movimento que lhe deu origem determinou uma variação textural em todas as dimensões, variação esta que é o principal fator selante dos reservatórios da subsuperfície. Seu reconhecimento é essencial para determinação do volume de petróleo nos reservatórios. Não existe o emaranhado de falhas desenhadas sobre o papel a título de “mapa geofísico”. Corrige- se o erro admitindo uma variação textural acentuada, raciocínio que dispensa as supostas “falhas”, “altos e baixos”, “grabens”, “horsts” etc. O petróleo da Bacia é estratigráfico pela origem, e aquelas idéias atrapalham mais do que ajudam a exploração. Outra correção que deve ser feita neste item consiste em separar ou distinguir textura de lito- logia, que não são nem representam a mesma coisa. Observa-se em todos os relatórios apresentados na Empresa, que se descreve sob o título de litologia a textura das amostras, e isso é um erro preli- minar em ciência geológica e que tem de ser corrigido, não somente dentro do âmbito Petrobras, mas também em outras entidades governamentais e acadêmicas dedicadas à Geologia. Excelente exemplo do erro pode ser observado em um trabalho coletivo por título Revisão Estratigráfica da Bacia do Recôncavo19. Finalmente, um exame a posterior pode ser resumido: nada deu certo na exploração da Bacia do Recôncavo, porque de um lado, a paleontologia mapeava refossilizações e do outro, a sísmica mapeava variação de textura da rocha. Tais informações atrapalham mais do que ajudam no trabalho da exploração. Mesmo assim, a Bacia chegou a produzir 170.000 bpd (barris de petróleo por dia) e definhou em seguida encaminhando-se no momento para o fim. Produz em 2008 menos de 25% daquela pro- dução. Esse petróleo produzido foi o petróleo da sorte ou o produto da fortuna. Quem o “descobriu” foram os engenheiros de perfuração. Essa descrição nos conduz ao raciocínio de que a Bacia está mal explorada e que ainda não produziu o que pode, podendo vir a ser uma das melhores opções a ser disputada por novos exploradores. Estes, para obter sucesso, não podem ser guiados pelos métodos usados até aqui (uso de mapas sísmicos; uso de mapas geológicos antigos; avaliação dos poços pelo perfil elétrico; análises paleontológicas para datações geológicas etc.). Esses métodos produzem ma- pas errados e o desastre exploratório é inevitável. Se insistirem, os novos investidores estarão fora do mercado dentro de pouco tempo depois de dilapidado seu tempo e capital, como aconteceu com as contratistas de risco nos anos 1970. 152