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CONTABILIDADE SOCIAL
Hélio MAIRATA
Prof. Adjunto IV da Faculdade de Ciências Econômicas da
UFPA, bloco Macroeconômico e de Economia Brasileira
I - CONCEITOS MACROECONÔMICOS
IDENTIDADES MACROECONÔMICAS FUNDAMENTAIS:
Valor Bruto da Produção (VBP) ou simplesmente PRODUÇÃO: é a
somatória dos valores de tudo o que foi produzido em uma economia
em dado período.
Contudo, Produto é diferente disso: é a soma dos valores dos bens e
serviços FINAIS produzidos por uma economia em dado período.
Confunde-se um tanto com Valor Adicionado ou Agregado: Este, é a
contribuição que cada unidade produtiva acrescenta sobre o input para
repassar o bem ou serviço para frente. É idêntico à RENDA em valor.
Há três maneiras de se achar o PRODUTO:
PELA ÓTICA DO VALOR AGREGADO:
•Nas Contas Nacionais, acha-se por diferença:
•Produção – Consumo Intermediário = Valor Agregado = Produto
PRODUTO PELA ÓTICA DA RENDA
•RENDA: é o total das remunerações pagas aos proprietários dos
fatores produtivos em cada etapa de produção.
Renda = Salários + Juros + Lucros + Aluguéis + Royalties + Lucros
Nas Contas Nacionais do Brasil:
R = Rendimentos do trabalho + Excedente Operacional Bruto
Antigamente, adicionava-se a Depreciação, passando do PIL a custo
de fatores para o PIB a custo de fatores. E também:
•Mais os Impostos Indiretos e Menos os Subsídios (ou seja, mais os
impostos indiretos LÍQUIDOS) = PIB a preços de mercado.
Obs.: O IBGE atualmente NÃO está mais indicando valores para a
Depreciação.
PRODUTO PELA ÓTICA DE: DISPÊNDIO (DEMANDA ou
DESPESA) AGREGADO(A):
•É o total de despesas efetuadas pelos agentes econômicos em dado
período, a saber:
•DA = Consumo +Investimento + Demanda Externa Líquida
(Exportações – Importações).
•Este é outro método de se achar o valor do produto, visto que o item
Investimentos inclui as Variações de Estoques.
Na terminologia das Contas Nacionais:
•Produto = Consumo (Famílias + Governos) + FBK (FBKF + VE)
privada e pública + Exportações líquidas de bens e serviços.
• PRODUTO NOMINAL X PRODUTO
REAL
O Produto real ou “a preços constantes” é o
valor do Produto de um ano a preços de
um ano-base, de modo a eliminar-se a
variação causada unicamente pela
inflação, a qual distorce o Produto quando
obtido “a preços correntes” do ano.
• Sobre o Produto real:
• O IBGE possui uma metodologia pela qual apura a
VARIAÇÃO na produção (quantidade) de cada bem/serviço
final;
• Pondera essa variação pela participação relativa que esse
item teve no Produto no ano anterior e soma esses
produtórios, chegando assim à variação no que eles chamam
de VOLUME (quantum) do Produto no ano.
• A seguir, joga esse percentual sobre o Produto (nominal) do
ano anterior e assim acha o PIB real, mas a preços do ano
anterior. Mas como ele, IBGE, têm também o PIB a preços
atuais (correntes), divide este segundo pelo obtido no
processo acima e desse modo obtém a inflação anual do
Produto, à qual chama de “Deflator” (antigamente Deflator
Implícito), que é a medida mais completa da inflação.
• Exemplo:
• PIB 2000 = 1.000,00
• PIB 2001 = 1.100,00
• Variação apurada pelo IBGE no VOLUME entre 2001/2000 =
5%
• PIB 2001 a preços do ano anterior (2000)
• = 1.000,00 x 1,05 = 1.050,00
• Deflator (=inflação) = 1.100,00/1.050,00 = 1,0476
• 1.047,62/1.000,00 = 1.047,62 ou seja inflação de 4,76%
• Temos assim que os 10% de aumento do Produto
nominal (a preços correntes) entre 2001 e 2000 foram
resultado de duas forças: a) aumento do produto físico
(volume) em 5% e; b) mais aumento de preços em
4,76%.
• De fato:
• 1.000,00 x 1,05 = 1.050,00 (ou seja: o PIB corrente
anterior x incremento no volume)
• e
• 1.050,00 x 1,0476 = 1.100,00 (o PIB 2000 + crescimento
real, incorporando-se a taxa de aumento nos preços ou
Deflator) = PIB 2001 a preços correntes.
O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS – CONTAS NACIONAIS DO BRASIL
O novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil está centrado nas CONTAS
ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEIs); e nas TABELAS DE RECURSOS E
USOS (TRUs). As CEIs são formadas por um conjunto de contas de operações
e também de contas de ativos e passivos dos setores institucionais e do Resto
do Mundo.
As TRUs apresentam os agregados macros de Produto, Renda e Despesas,
por setores de atividades.
As CEIs estão estruturadas em três subconjuntos de contas: Contas Correntes,
Contas de Acumulação; e Contas de Patrimônio.
As TRUs vinculam-se às CEIs por apresentar os resultados agregados de
Oferta e Demanda total e renda por setores de atividades. Nelas as unidades
produtivas são classificadas segundo as atividades permitindo visualizar as
trocas entre os setores.
As TRUs são a base de construção das matrizes de insumo-produto.
As contas econômicas integradas, primeiro bloco, constituem o núcleo
central do Sistema de Contas Nacionais oferecendo uma visão do
conjunto da economia. Estas contas estão estruturadas em três
subconjuntos:
Contas correntes, contas de acumulação e contas patrimoniais,
detalhadas pelas respectivas operações, saldos e ativos e passivos.
As contas correntes registram a produção, a distribuição e a
redistribuição da renda, mostrando como a renda disponível é repartida
entre consumo final e poupança.
As contas de acumulação evidenciam todas as alterações nos ativos eAs contas de acumulação evidenciam todas as alterações nos ativos e
passivos e, consequentemente, no patrimônio líquido (diferença entrepassivos e, consequentemente, no patrimônio líquido (diferença entre
ativo e passivo).ativo e passivo).
As contas de patrimônio de abertura, de variação e de fechamentoAs contas de patrimônio de abertura, de variação e de fechamento
registram os estoques e as variações dos ativos, dos passivos e doregistram os estoques e as variações dos ativos, dos passivos e do
patrimônio líquido no início e no fim do período.patrimônio líquido no início e no fim do período.
OO segundo blocosegundo bloco, representado pela, representado pela tabela de recursos e usos,tabela de recursos e usos, apresentaapresenta
uma análise detalhada da produção por setor de atividade e fluxos deuma análise detalhada da produção por setor de atividade e fluxos de
bens e serviços por tipo de produto. Compreende as contas de oferta ebens e serviços por tipo de produto. Compreende as contas de oferta e
demanda de bens e serviços, de produção e de geração da renda.demanda de bens e serviços, de produção e de geração da renda.
OO terceiro blocoterceiro bloco mostra para um dado setor devedor/credor e para cadamostra para um dado setor devedor/credor e para cada
tipo de instrumento financeiro quais os setores que, no períodotipo de instrumento financeiro quais os setores que, no período
considerado, mudaram de posição creditícia/devedora.considerado, mudaram de posição creditícia/devedora.
AA tabela tridimensionaltabela tridimensional reúne um conjunto de tabelas de relações entrereúne um conjunto de tabelas de relações entre
setores, uma para cada tipo de instrumento financeiro (de quem a quem).setores, uma para cada tipo de instrumento financeiro (de quem a quem).
OO quarto blocoquarto bloco apresenta tabelas com umaapresenta tabelas com uma classificação cruzada paraclassificação cruzada para
certos setores, por funções e tipos de operaçõescertos setores, por funções e tipos de operações. A classificação. A classificação
utilizada é compatível com a do setor em estudo, mas diferente de contasutilizada é compatível com a do setor em estudo, mas diferente de contas
nacionais como, por, exemplo, gastos por função das diversas esferas denacionais como, por, exemplo, gastos por função das diversas esferas de
governo.governo.
AA tabela de população e empregotabela de população e emprego,, quinto blocoquinto bloco, permite o cálculo dos, permite o cálculo dos
agregados per capita e estudos de produtividade por setor.agregados per capita e estudos de produtividade por setor.
A lógica contábil do sistema de contas nacionais está centrada na idéia deA lógica contábil do sistema de contas nacionais está centrada na idéia de
reproduzir o circuito econômico, cujo esquema pode ser representadoreproduzir o circuito econômico, cujo esquema pode ser representado
através de equações. O SCN do Brasil apresenta as seguintes equações :através de equações. O SCN do Brasil apresenta as seguintes equações :
Produto Interno Bruto: PIB a preços de mercado = valor da produção +
impostos, líquidos de subsídios sobre produtos – consumo intermediário;
Produto Interno Bruto: PIB a preços de mercado = despesa de consumo final
+ formação bruta de capital fixo + variação de estoques + exportação de
bens e serviços – importação de bens e serviços;
Renda Nacional Bruta: RNB a preços de mercado = PIB + ordenados e
salários (líquidos, recebidos do exterior) + rendas de propriedade (líquidas,
recebidas do exterior);
Renda Nacional Disponível Bruta: RNDB = RNB + outras transferências
correntes (líquidas, recebidas do exterior);
Renda Nacional Disponível Bruta: RNDB = despesa de consumo final +
poupança bruta;
CONTA DE CAPITAL
Poupança bruta + transferências de capital (líquidas, recebidas do exterior) =
formação bruta de capital fixo + variação de estoques + aquisições líquidas de
cessões de ativos não-financeiros não-produzidos =
= capacidade/necessidade líquida de financiamento
CONTA DE OPERAÇÕES CORRENTES COM O RESTO DO MUNDO
Exportação de bens e serviços – importação de bens e serviços + ordenados e
salários (líquidos, recebidos do exterior) + rendas de propriedade (líquidas,
recebidas do exterior) + outras transferências correntes (líquidas, recebidas do
exterior) + transferências de capital (líquidas, recebidas
do exterior) – aquisições líquidas de cessões de ativos não-financeiros não-
produzidos =
= capacidade/necessidade líquida de financiamento
Contas Econômicas Integradas – CEIs
O SCN apresenta, por setor institucional, as contas correntes e a conta de
capital, primeiro segmento das contas de acumulação.
A visão de conjunto da economia é fornecida pelas CEIs onde, numa única
tabela, são dispostas, em colunas, as contas dos setores institucionais do
resto do mundo e de bens e serviços. Inclui, também, uma coluna para a
soma dos setores institucionais, isto é, o total da economia onde os
macroagregados são diretamente visíveis.
Nas linhas figuram as operações, saldos e alguns agregados, descritos na
coluna central da tabela. Visando a torná-la simples, mas compreensiva,
asclassificações do sistema correspondem ao mais elevado nível de
agregação.
As contas do resto do mundo são apresentadas do ponto de vista do resto
do mundo.
Na montagem da tabela-síntese as colunas de bens e serviços são colunas
especiais, funcionando como uma conta espelho da conta dos setores
institucionais. No lado dos usos (esquerdo) aparece a oferta de bens e
serviços, enquanto no de recursos (direito) aparece a demanda de bens e
serviços.
A conta de produção mostra o resultado do processo de produção – valorA conta de produção mostra o resultado do processo de produção – valor
de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado.de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado.
A conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duasA conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duas
subcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da rendasubcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da renda
primária.primária.
As rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionaisAs rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionais
por sua participação no processo produtivo ou pela posse de ativospor sua participação no processo produtivo ou pela posse de ativos
necessários à produção.necessários à produção.
A conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionadoA conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionado
entre os fatores de produção, trabalho e capital, e as administraçõesentre os fatores de produção, trabalho e capital, e as administrações
públicas.públicas.
Esta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações deEsta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações de
distribuição diretamente ligadas ao processo de produção.distribuição diretamente ligadas ao processo de produção.
A conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuiçãoA conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuição
primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber,primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber,
bem como a remuneração dos empregados e os impostos, líquidos dosbem como a remuneração dos empregados e os impostos, líquidos dos
subsídios, a receber, respectivamente, pelas famílias e administraçõessubsídios, a receber, respectivamente, pelas famílias e administrações
públicas.públicas.
Esta conta centra-se nas unidades institucionais residentes, comoEsta conta centra-se nas unidades institucionais residentes, como
recebedoras de rendas primárias mais do que como produtores, cujasrecebedoras de rendas primárias mais do que como produtores, cujas
atividades geram rendas primárias.atividades geram rendas primárias.
A conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do saldoA conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do saldo
da renda primária de um setor para renda disponível, após o recebimento eda renda primária de um setor para renda disponível, após o recebimento e
pagamento de transferências correntes, exclusive as transferências sociaispagamento de transferências correntes, exclusive as transferências sociais
em espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo deem espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo de
distribuição da renda.distribuição da renda.
A conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte doA conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte do
processo de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível dasprocesso de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível das
famílias, das instituições sem fins lucrativos e das administraçõesfamílias, das instituições sem fins lucrativos e das administrações
públicas se transforma em renda disponível ajustada, pela receita epúblicas se transforma em renda disponível ajustada, pela receita e
pagamento de transferências sociais em espécie. As empresaspagamento de transferências sociais em espécie. As empresas
financeiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse processo porfinanceiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse processo por
não receberem transferências em espécie.não receberem transferências em espécie.
A conta de uso da renda desdobra-se em duas contas, com objetivosA conta de uso da renda desdobra-se em duas contas, com objetivos
analíticos distintos: conta de uso da renda disponível e conta de uso daanalíticos distintos: conta de uso da renda disponível e conta de uso da
renda disponível ajustada pelo valor das transferências em espécie.renda disponível ajustada pelo valor das transferências em espécie.
A primeira tem como objetivo mostrar quanto foi gasto pelas famílias,A primeira tem como objetivo mostrar quanto foi gasto pelas famílias,
pelas instituições sem fins lucrativos e pelas administrações públicas empelas instituições sem fins lucrativos e pelas administrações públicas em
consumo. As despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelosconsumo. As despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelos
setores que efetivamente despenderam os recursos.setores que efetivamente despenderam os recursos.
A segunda evidencia o quanto estes setores efetivamente consumiram,A segunda evidencia o quanto estes setores efetivamente consumiram,
independente de terem ou não efetuado gastos, como, por exemplo, aindependente de terem ou não efetuado gastos, como, por exemplo, a
utilização pelas famílias dos serviços de educação pública e saúdeutilização pelas famílias dos serviços de educação pública e saúde
pública. A conta do uso da renda ajustada mostra as transferênciaspública. A conta do uso da renda ajustada mostra as transferências
sociais recebidas pelas famílias das administrações públicas e dassociais recebidas pelas famílias das administrações públicas e das
instituições privadas sem fins lucrativos.instituições privadas sem fins lucrativos.
Do lado de usos, o consumo das famílias está acrescido das transferênciasDo lado de usos, o consumo das famílias está acrescido das transferências
sociais em espécie, obtendo-se o registro do consumo final efetivo.sociais em espécie, obtendo-se o registro do consumo final efetivo.
Deve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não seDeve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não se
altera em função de seu desdobramento.altera em função de seu desdobramento.
Sendo a poupança o saldo final das operações correntes, constitui,Sendo a poupança o saldo final das operações correntes, constitui,
naturalmente, o ponto de partida das contas de acumulação.naturalmente, o ponto de partida das contas de acumulação.
A conta de capital, primeira deste conjunto, registra as operações relativasA conta de capital, primeira deste conjunto, registra as operações relativas
às aquisições de ativos não-financeiros e às transferências de capital queàs aquisições de ativos não-financeiros e às transferências de capital que
implicam redistribuição de riqueza; seu saldo é a capacidade/necessidadeimplicam redistribuição de riqueza; seu saldo é a capacidade/necessidade
líquida de financiamento.líquida de financiamento.
As operações entre residentes e não-residentes, chamadas de operaçõesAs operações entre residentes e não-residentes, chamadas de operações
externas da economia, são agrupadas na conta do resto do mundo.externas da economia, são agrupadas na conta do resto do mundo.
Portanto o PIB pode ser expresso por três óticas:Portanto o PIB pode ser expresso por três óticas:
Produção : o PIB é igual ao valor da produção menos o consumoProdução : o PIB é igual ao valor da produção menos o consumo
intermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtosintermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos
não incluídos no valor da produção;não incluídos no valor da produção;
Demanda (ou Dispêndio; ou Gasto): o PIB é igual à despesa de consumoDemanda (ou Dispêndio; ou Gasto): o PIB é igual à despesa de consumo
final; mais a formação bruta de capital fixo;. mais a variação definal; mais a formação bruta de capital fixo;. mais a variação de
estoques ;mais as exportações de bens e serviços; menos asestoques ;mais as exportações de bens e serviços; menos as
importações de bens e serviços; eimportações de bens e serviços; e
- Renda: o PIB é igual à remuneração dos empregados mais o total dos- Renda: o PIB é igual à remuneração dos empregados mais o total dos
impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importaçãoimpostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação
mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto.mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto.
Renda Nacional Bruta – RNB
A Renda Nacional Bruta a preços de mercado, ou Produto Nacional
Bruto – PNB, é a soma das rendas primárias a receber pelos setores
institucionais residentes.
Assim, a RNB é igual ao PIB menos as rendas primárias a pagar,
líquidas das a receber, das unidades não-residentes (resto do
mundo).
• Renda Nacional Disponível Bruta - RNDB
A Renda Nacional Disponível Bruta expressa a renda disponível da
nação para consumo final e para poupança. É igual à RNB mais os
impostos correntes sobre a renda e o patrimônio, líquidos, recebidos
do exterior, mais as contribuições e benefícios sociais e outras
transferências correntes líquidas, recebidos do exterior.
• Poupança Bruta• Poupança Bruta
A poupança bruta é igual à RNDB menos o consumo final.A poupança bruta é igual à RNDB menos o consumo final.
A poupança bruta é, também, igual à formação bruta de capital fixoA poupança bruta é, também, igual à formação bruta de capital fixo
mais a variação de estoques mais a variação de ativos, líquida demais a variação de estoques mais a variação de ativos, líquida de
passivos, financeiros.passivos, financeiros.
• Despesa Nacional Bruta – DNB• Despesa Nacional Bruta – DNB
A Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital mais oA Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital mais o
consumo final.consumo final.
•• Capacidade/Necessidade Líquida de FinanciamentoCapacidade/Necessidade Líquida de Financiamento
A capacidade/necessidade líquida de financiamento é igual àA capacidade/necessidade líquida de financiamento é igual à
poupança bruta mais as transferências de capital líquidas apoupança bruta mais as transferências de capital líquidas a
receber do exterior menos a formação bruta de capital fixo menosreceber do exterior menos a formação bruta de capital fixo menos
a variação de estoques.a variação de estoques.
A capacidade/necessidade líquida de financiamento é, também,A capacidade/necessidade líquida de financiamento é, também,
igual à aquisição líquida de ativos financeiros menos a variaçãoigual à aquisição líquida de ativos financeiros menos a variação
líquida dos passivos.líquida dos passivos.
Os agregados podem ser definidos como brutos ou líquidos,Os agregados podem ser definidos como brutos ou líquidos,
conforme incluam ou não o consumo de capital fixo (depreciação).conforme incluam ou não o consumo de capital fixo (depreciação).
Em função da dificuldade de se estimar a depreciação efetivaEm função da dificuldade de se estimar a depreciação efetiva
(não-contábil) do capital fixo, o sistema de contas nacionais(não-contábil) do capital fixo, o sistema de contas nacionais
brasileiro apresenta os agregados somente em termos brutos.brasileiro apresenta os agregados somente em termos brutos.
Paridade do poder de compra (PPC), é um método para se calcular o poder 
de compra de dois países. A PPC mede o quanto uma 
determinada moeda pode comprar em termos internacionais 
(normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país 
para outro, ou seja, relaciona o poder aquisitivo de tal pessoa com o custo de 
vida do local, se ele consegue comprar tudo que necessita com seu salário.
A PPC é necessária porque a comparação dos produtos internos brutos (PIB) 
em uma moeda comum não descreve com precisão as diferenças em 
prosperidade material. A PPC, ao revés, leva em conta tanto as diferenças de 
rendimentos como também as diferenças no custo de vida.
Organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial possuem tabelas de 
conversão das taxas de câmbio nacionais em PPC.
Usando essas tabelas, ajustam-se os PIBs em dólar de cada país de modo a 
que tais valores possam ser comparáveis em termos de poder de compra dos 
cidadãos desses países.
NÚMEROS ÍNDICES
Um número-índice é uma ferramenta estatística usada para medir variações 
relativas em agregados de preços ou de quantidades em períodos definidos.
 
Os índices mais conhecidos são: Laspeyres; Paasche; Geométrico. Para o 
interesse da Economia, são mais usados os índices de preços, EMBORA ÀS 
VEZES USEM-SE ÍNDICES DE QUANTUM.
 LASPEYRES: no qual o numerador é a soma dos preços correntes 
ponderados pelas quantidades de um período-base, e o denominador é a 
soma dos preços do período-base ponderados da mesma forma:
I.L. = ∑ Pn. Qo / ∑ Po. Qo
 
 PAASCHE, por sua vez, usa como ponderação não as quantidades do 
período-base, mas sim as do próprio período analisado:
 
 I.P. = ∑ Pn. Qn /  ∑ Po. Qn
 
 Finalmente, FISCHER, também conhecido como índice geométrico ou “ideal”: 
tem por finalidade eliminar o viés para cima do índice de Laspeyres e o viés 
para baixo do índice de Paasche, calculando a média geométrica dos produtos 
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Contabilidade social: conceitos macroeconômicos

  • 1. CONTABILIDADE SOCIAL Hélio MAIRATA Prof. Adjunto IV da Faculdade de Ciências Econômicas da UFPA, bloco Macroeconômico e de Economia Brasileira
  • 2. I - CONCEITOS MACROECONÔMICOS IDENTIDADES MACROECONÔMICAS FUNDAMENTAIS: Valor Bruto da Produção (VBP) ou simplesmente PRODUÇÃO: é a somatória dos valores de tudo o que foi produzido em uma economia em dado período. Contudo, Produto é diferente disso: é a soma dos valores dos bens e serviços FINAIS produzidos por uma economia em dado período. Confunde-se um tanto com Valor Adicionado ou Agregado: Este, é a contribuição que cada unidade produtiva acrescenta sobre o input para repassar o bem ou serviço para frente. É idêntico à RENDA em valor.
  • 3. Há três maneiras de se achar o PRODUTO: PELA ÓTICA DO VALOR AGREGADO: •Nas Contas Nacionais, acha-se por diferença: •Produção – Consumo Intermediário = Valor Agregado = Produto PRODUTO PELA ÓTICA DA RENDA •RENDA: é o total das remunerações pagas aos proprietários dos fatores produtivos em cada etapa de produção. Renda = Salários + Juros + Lucros + Aluguéis + Royalties + Lucros Nas Contas Nacionais do Brasil: R = Rendimentos do trabalho + Excedente Operacional Bruto
  • 4. Antigamente, adicionava-se a Depreciação, passando do PIL a custo de fatores para o PIB a custo de fatores. E também: •Mais os Impostos Indiretos e Menos os Subsídios (ou seja, mais os impostos indiretos LÍQUIDOS) = PIB a preços de mercado. Obs.: O IBGE atualmente NÃO está mais indicando valores para a Depreciação.
  • 5. PRODUTO PELA ÓTICA DE: DISPÊNDIO (DEMANDA ou DESPESA) AGREGADO(A): •É o total de despesas efetuadas pelos agentes econômicos em dado período, a saber: •DA = Consumo +Investimento + Demanda Externa Líquida (Exportações – Importações). •Este é outro método de se achar o valor do produto, visto que o item Investimentos inclui as Variações de Estoques. Na terminologia das Contas Nacionais: •Produto = Consumo (Famílias + Governos) + FBK (FBKF + VE) privada e pública + Exportações líquidas de bens e serviços.
  • 6. • PRODUTO NOMINAL X PRODUTO REAL O Produto real ou “a preços constantes” é o valor do Produto de um ano a preços de um ano-base, de modo a eliminar-se a variação causada unicamente pela inflação, a qual distorce o Produto quando obtido “a preços correntes” do ano.
  • 7. • Sobre o Produto real: • O IBGE possui uma metodologia pela qual apura a VARIAÇÃO na produção (quantidade) de cada bem/serviço final; • Pondera essa variação pela participação relativa que esse item teve no Produto no ano anterior e soma esses produtórios, chegando assim à variação no que eles chamam de VOLUME (quantum) do Produto no ano. • A seguir, joga esse percentual sobre o Produto (nominal) do ano anterior e assim acha o PIB real, mas a preços do ano anterior. Mas como ele, IBGE, têm também o PIB a preços atuais (correntes), divide este segundo pelo obtido no processo acima e desse modo obtém a inflação anual do Produto, à qual chama de “Deflator” (antigamente Deflator Implícito), que é a medida mais completa da inflação.
  • 8. • Exemplo: • PIB 2000 = 1.000,00 • PIB 2001 = 1.100,00 • Variação apurada pelo IBGE no VOLUME entre 2001/2000 = 5% • PIB 2001 a preços do ano anterior (2000) • = 1.000,00 x 1,05 = 1.050,00 • Deflator (=inflação) = 1.100,00/1.050,00 = 1,0476 • 1.047,62/1.000,00 = 1.047,62 ou seja inflação de 4,76%
  • 9. • Temos assim que os 10% de aumento do Produto nominal (a preços correntes) entre 2001 e 2000 foram resultado de duas forças: a) aumento do produto físico (volume) em 5% e; b) mais aumento de preços em 4,76%. • De fato: • 1.000,00 x 1,05 = 1.050,00 (ou seja: o PIB corrente anterior x incremento no volume) • e • 1.050,00 x 1,0476 = 1.100,00 (o PIB 2000 + crescimento real, incorporando-se a taxa de aumento nos preços ou Deflator) = PIB 2001 a preços correntes.
  • 10. O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS – CONTAS NACIONAIS DO BRASIL O novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil está centrado nas CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEIs); e nas TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRUs). As CEIs são formadas por um conjunto de contas de operações e também de contas de ativos e passivos dos setores institucionais e do Resto do Mundo. As TRUs apresentam os agregados macros de Produto, Renda e Despesas, por setores de atividades. As CEIs estão estruturadas em três subconjuntos de contas: Contas Correntes, Contas de Acumulação; e Contas de Patrimônio. As TRUs vinculam-se às CEIs por apresentar os resultados agregados de Oferta e Demanda total e renda por setores de atividades. Nelas as unidades produtivas são classificadas segundo as atividades permitindo visualizar as trocas entre os setores. As TRUs são a base de construção das matrizes de insumo-produto.
  • 11. As contas econômicas integradas, primeiro bloco, constituem o núcleo central do Sistema de Contas Nacionais oferecendo uma visão do conjunto da economia. Estas contas estão estruturadas em três subconjuntos: Contas correntes, contas de acumulação e contas patrimoniais, detalhadas pelas respectivas operações, saldos e ativos e passivos. As contas correntes registram a produção, a distribuição e a redistribuição da renda, mostrando como a renda disponível é repartida entre consumo final e poupança. As contas de acumulação evidenciam todas as alterações nos ativos eAs contas de acumulação evidenciam todas as alterações nos ativos e passivos e, consequentemente, no patrimônio líquido (diferença entrepassivos e, consequentemente, no patrimônio líquido (diferença entre ativo e passivo).ativo e passivo). As contas de patrimônio de abertura, de variação e de fechamentoAs contas de patrimônio de abertura, de variação e de fechamento registram os estoques e as variações dos ativos, dos passivos e doregistram os estoques e as variações dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido no início e no fim do período.patrimônio líquido no início e no fim do período.
  • 12. OO segundo blocosegundo bloco, representado pela, representado pela tabela de recursos e usos,tabela de recursos e usos, apresentaapresenta uma análise detalhada da produção por setor de atividade e fluxos deuma análise detalhada da produção por setor de atividade e fluxos de bens e serviços por tipo de produto. Compreende as contas de oferta ebens e serviços por tipo de produto. Compreende as contas de oferta e demanda de bens e serviços, de produção e de geração da renda.demanda de bens e serviços, de produção e de geração da renda. OO terceiro blocoterceiro bloco mostra para um dado setor devedor/credor e para cadamostra para um dado setor devedor/credor e para cada tipo de instrumento financeiro quais os setores que, no períodotipo de instrumento financeiro quais os setores que, no período considerado, mudaram de posição creditícia/devedora.considerado, mudaram de posição creditícia/devedora. AA tabela tridimensionaltabela tridimensional reúne um conjunto de tabelas de relações entrereúne um conjunto de tabelas de relações entre setores, uma para cada tipo de instrumento financeiro (de quem a quem).setores, uma para cada tipo de instrumento financeiro (de quem a quem). OO quarto blocoquarto bloco apresenta tabelas com umaapresenta tabelas com uma classificação cruzada paraclassificação cruzada para certos setores, por funções e tipos de operaçõescertos setores, por funções e tipos de operações. A classificação. A classificação utilizada é compatível com a do setor em estudo, mas diferente de contasutilizada é compatível com a do setor em estudo, mas diferente de contas nacionais como, por, exemplo, gastos por função das diversas esferas denacionais como, por, exemplo, gastos por função das diversas esferas de governo.governo. AA tabela de população e empregotabela de população e emprego,, quinto blocoquinto bloco, permite o cálculo dos, permite o cálculo dos agregados per capita e estudos de produtividade por setor.agregados per capita e estudos de produtividade por setor.
  • 13. A lógica contábil do sistema de contas nacionais está centrada na idéia deA lógica contábil do sistema de contas nacionais está centrada na idéia de reproduzir o circuito econômico, cujo esquema pode ser representadoreproduzir o circuito econômico, cujo esquema pode ser representado através de equações. O SCN do Brasil apresenta as seguintes equações :através de equações. O SCN do Brasil apresenta as seguintes equações : Produto Interno Bruto: PIB a preços de mercado = valor da produção + impostos, líquidos de subsídios sobre produtos – consumo intermediário; Produto Interno Bruto: PIB a preços de mercado = despesa de consumo final + formação bruta de capital fixo + variação de estoques + exportação de bens e serviços – importação de bens e serviços; Renda Nacional Bruta: RNB a preços de mercado = PIB + ordenados e salários (líquidos, recebidos do exterior) + rendas de propriedade (líquidas, recebidas do exterior); Renda Nacional Disponível Bruta: RNDB = RNB + outras transferências correntes (líquidas, recebidas do exterior); Renda Nacional Disponível Bruta: RNDB = despesa de consumo final + poupança bruta;
  • 14. CONTA DE CAPITAL Poupança bruta + transferências de capital (líquidas, recebidas do exterior) = formação bruta de capital fixo + variação de estoques + aquisições líquidas de cessões de ativos não-financeiros não-produzidos = = capacidade/necessidade líquida de financiamento CONTA DE OPERAÇÕES CORRENTES COM O RESTO DO MUNDO Exportação de bens e serviços – importação de bens e serviços + ordenados e salários (líquidos, recebidos do exterior) + rendas de propriedade (líquidas, recebidas do exterior) + outras transferências correntes (líquidas, recebidas do exterior) + transferências de capital (líquidas, recebidas do exterior) – aquisições líquidas de cessões de ativos não-financeiros não- produzidos = = capacidade/necessidade líquida de financiamento
  • 15. Contas Econômicas Integradas – CEIs O SCN apresenta, por setor institucional, as contas correntes e a conta de capital, primeiro segmento das contas de acumulação. A visão de conjunto da economia é fornecida pelas CEIs onde, numa única tabela, são dispostas, em colunas, as contas dos setores institucionais do resto do mundo e de bens e serviços. Inclui, também, uma coluna para a soma dos setores institucionais, isto é, o total da economia onde os macroagregados são diretamente visíveis. Nas linhas figuram as operações, saldos e alguns agregados, descritos na coluna central da tabela. Visando a torná-la simples, mas compreensiva, asclassificações do sistema correspondem ao mais elevado nível de agregação. As contas do resto do mundo são apresentadas do ponto de vista do resto do mundo. Na montagem da tabela-síntese as colunas de bens e serviços são colunas especiais, funcionando como uma conta espelho da conta dos setores institucionais. No lado dos usos (esquerdo) aparece a oferta de bens e serviços, enquanto no de recursos (direito) aparece a demanda de bens e serviços.
  • 16. A conta de produção mostra o resultado do processo de produção – valorA conta de produção mostra o resultado do processo de produção – valor de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado.de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado. A conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duasA conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duas subcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da rendasubcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da renda primária.primária. As rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionaisAs rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionais por sua participação no processo produtivo ou pela posse de ativospor sua participação no processo produtivo ou pela posse de ativos necessários à produção.necessários à produção. A conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionadoA conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionado entre os fatores de produção, trabalho e capital, e as administraçõesentre os fatores de produção, trabalho e capital, e as administrações públicas.públicas. Esta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações deEsta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações de distribuição diretamente ligadas ao processo de produção.distribuição diretamente ligadas ao processo de produção.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. A conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuiçãoA conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuição primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber,primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber, bem como a remuneração dos empregados e os impostos, líquidos dosbem como a remuneração dos empregados e os impostos, líquidos dos subsídios, a receber, respectivamente, pelas famílias e administraçõessubsídios, a receber, respectivamente, pelas famílias e administrações públicas.públicas. Esta conta centra-se nas unidades institucionais residentes, comoEsta conta centra-se nas unidades institucionais residentes, como recebedoras de rendas primárias mais do que como produtores, cujasrecebedoras de rendas primárias mais do que como produtores, cujas atividades geram rendas primárias.atividades geram rendas primárias. A conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do saldoA conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do saldo da renda primária de um setor para renda disponível, após o recebimento eda renda primária de um setor para renda disponível, após o recebimento e pagamento de transferências correntes, exclusive as transferências sociaispagamento de transferências correntes, exclusive as transferências sociais em espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo deem espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo de distribuição da renda.distribuição da renda.
  • 25. A conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte doA conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte do processo de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível dasprocesso de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível das famílias, das instituições sem fins lucrativos e das administraçõesfamílias, das instituições sem fins lucrativos e das administrações públicas se transforma em renda disponível ajustada, pela receita epúblicas se transforma em renda disponível ajustada, pela receita e pagamento de transferências sociais em espécie. As empresaspagamento de transferências sociais em espécie. As empresas financeiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse processo porfinanceiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse processo por não receberem transferências em espécie.não receberem transferências em espécie. A conta de uso da renda desdobra-se em duas contas, com objetivosA conta de uso da renda desdobra-se em duas contas, com objetivos analíticos distintos: conta de uso da renda disponível e conta de uso daanalíticos distintos: conta de uso da renda disponível e conta de uso da renda disponível ajustada pelo valor das transferências em espécie.renda disponível ajustada pelo valor das transferências em espécie. A primeira tem como objetivo mostrar quanto foi gasto pelas famílias,A primeira tem como objetivo mostrar quanto foi gasto pelas famílias, pelas instituições sem fins lucrativos e pelas administrações públicas empelas instituições sem fins lucrativos e pelas administrações públicas em consumo. As despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelosconsumo. As despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelos setores que efetivamente despenderam os recursos.setores que efetivamente despenderam os recursos. A segunda evidencia o quanto estes setores efetivamente consumiram,A segunda evidencia o quanto estes setores efetivamente consumiram, independente de terem ou não efetuado gastos, como, por exemplo, aindependente de terem ou não efetuado gastos, como, por exemplo, a utilização pelas famílias dos serviços de educação pública e saúdeutilização pelas famílias dos serviços de educação pública e saúde pública. A conta do uso da renda ajustada mostra as transferênciaspública. A conta do uso da renda ajustada mostra as transferências sociais recebidas pelas famílias das administrações públicas e dassociais recebidas pelas famílias das administrações públicas e das instituições privadas sem fins lucrativos.instituições privadas sem fins lucrativos.
  • 26. Do lado de usos, o consumo das famílias está acrescido das transferênciasDo lado de usos, o consumo das famílias está acrescido das transferências sociais em espécie, obtendo-se o registro do consumo final efetivo.sociais em espécie, obtendo-se o registro do consumo final efetivo. Deve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não seDeve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não se altera em função de seu desdobramento.altera em função de seu desdobramento. Sendo a poupança o saldo final das operações correntes, constitui,Sendo a poupança o saldo final das operações correntes, constitui, naturalmente, o ponto de partida das contas de acumulação.naturalmente, o ponto de partida das contas de acumulação. A conta de capital, primeira deste conjunto, registra as operações relativasA conta de capital, primeira deste conjunto, registra as operações relativas às aquisições de ativos não-financeiros e às transferências de capital queàs aquisições de ativos não-financeiros e às transferências de capital que implicam redistribuição de riqueza; seu saldo é a capacidade/necessidadeimplicam redistribuição de riqueza; seu saldo é a capacidade/necessidade líquida de financiamento.líquida de financiamento. As operações entre residentes e não-residentes, chamadas de operaçõesAs operações entre residentes e não-residentes, chamadas de operações externas da economia, são agrupadas na conta do resto do mundo.externas da economia, são agrupadas na conta do resto do mundo.
  • 27. Portanto o PIB pode ser expresso por três óticas:Portanto o PIB pode ser expresso por três óticas: Produção : o PIB é igual ao valor da produção menos o consumoProdução : o PIB é igual ao valor da produção menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtosintermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção;não incluídos no valor da produção; Demanda (ou Dispêndio; ou Gasto): o PIB é igual à despesa de consumoDemanda (ou Dispêndio; ou Gasto): o PIB é igual à despesa de consumo final; mais a formação bruta de capital fixo;. mais a variação definal; mais a formação bruta de capital fixo;. mais a variação de estoques ;mais as exportações de bens e serviços; menos asestoques ;mais as exportações de bens e serviços; menos as importações de bens e serviços; eimportações de bens e serviços; e - Renda: o PIB é igual à remuneração dos empregados mais o total dos- Renda: o PIB é igual à remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importaçãoimpostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto.mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto.
  • 28. Renda Nacional Bruta – RNB A Renda Nacional Bruta a preços de mercado, ou Produto Nacional Bruto – PNB, é a soma das rendas primárias a receber pelos setores institucionais residentes. Assim, a RNB é igual ao PIB menos as rendas primárias a pagar, líquidas das a receber, das unidades não-residentes (resto do mundo). • Renda Nacional Disponível Bruta - RNDB A Renda Nacional Disponível Bruta expressa a renda disponível da nação para consumo final e para poupança. É igual à RNB mais os impostos correntes sobre a renda e o patrimônio, líquidos, recebidos do exterior, mais as contribuições e benefícios sociais e outras transferências correntes líquidas, recebidos do exterior. • Poupança Bruta• Poupança Bruta A poupança bruta é igual à RNDB menos o consumo final.A poupança bruta é igual à RNDB menos o consumo final. A poupança bruta é, também, igual à formação bruta de capital fixoA poupança bruta é, também, igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais a variação de ativos, líquida demais a variação de estoques mais a variação de ativos, líquida de passivos, financeiros.passivos, financeiros. • Despesa Nacional Bruta – DNB• Despesa Nacional Bruta – DNB A Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital mais oA Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital mais o consumo final.consumo final.
  • 29. •• Capacidade/Necessidade Líquida de FinanciamentoCapacidade/Necessidade Líquida de Financiamento A capacidade/necessidade líquida de financiamento é igual àA capacidade/necessidade líquida de financiamento é igual à poupança bruta mais as transferências de capital líquidas apoupança bruta mais as transferências de capital líquidas a receber do exterior menos a formação bruta de capital fixo menosreceber do exterior menos a formação bruta de capital fixo menos a variação de estoques.a variação de estoques. A capacidade/necessidade líquida de financiamento é, também,A capacidade/necessidade líquida de financiamento é, também, igual à aquisição líquida de ativos financeiros menos a variaçãoigual à aquisição líquida de ativos financeiros menos a variação líquida dos passivos.líquida dos passivos. Os agregados podem ser definidos como brutos ou líquidos,Os agregados podem ser definidos como brutos ou líquidos, conforme incluam ou não o consumo de capital fixo (depreciação).conforme incluam ou não o consumo de capital fixo (depreciação). Em função da dificuldade de se estimar a depreciação efetivaEm função da dificuldade de se estimar a depreciação efetiva (não-contábil) do capital fixo, o sistema de contas nacionais(não-contábil) do capital fixo, o sistema de contas nacionais brasileiro apresenta os agregados somente em termos brutos.brasileiro apresenta os agregados somente em termos brutos.
  • 30. Paridade do poder de compra (PPC), é um método para se calcular o poder  de compra de dois países. A PPC mede o quanto uma  determinada moeda pode comprar em termos internacionais  (normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país  para outro, ou seja, relaciona o poder aquisitivo de tal pessoa com o custo de  vida do local, se ele consegue comprar tudo que necessita com seu salário. A PPC é necessária porque a comparação dos produtos internos brutos (PIB)  em uma moeda comum não descreve com precisão as diferenças em  prosperidade material. A PPC, ao revés, leva em conta tanto as diferenças de  rendimentos como também as diferenças no custo de vida. Organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial possuem tabelas de  conversão das taxas de câmbio nacionais em PPC. Usando essas tabelas, ajustam-se os PIBs em dólar de cada país de modo a  que tais valores possam ser comparáveis em termos de poder de compra dos  cidadãos desses países.
  • 31. NÚMEROS ÍNDICES Um número-índice é uma ferramenta estatística usada para medir variações  relativas em agregados de preços ou de quantidades em períodos definidos.   Os índices mais conhecidos são: Laspeyres; Paasche; Geométrico. Para o  interesse da Economia, são mais usados os índices de preços, EMBORA ÀS  VEZES USEM-SE ÍNDICES DE QUANTUM.  LASPEYRES: no qual o numerador é a soma dos preços correntes  ponderados pelas quantidades de um período-base, e o denominador é a  soma dos preços do período-base ponderados da mesma forma: I.L. = ∑ Pn. Qo / ∑ Po. Qo    PAASCHE, por sua vez, usa como ponderação não as quantidades do  período-base, mas sim as do próprio período analisado:    I.P. = ∑ Pn. Qn /  ∑ Po. Qn    Finalmente, FISCHER, também conhecido como índice geométrico ou “ideal”:  tem por finalidade eliminar o viés para cima do índice de Laspeyres e o viés  para baixo do índice de Paasche, calculando a média geométrica dos produtos  dos mesmos.  I.F. = √IL.IP