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1
AULA 1 – Introdução à
Contabilidade Social
Sílvia Helena Galvão de Miranda
Profa. Associada LES-ESALQ
Vice- coordenadora Cepea
Agosto/2016
LES 200 – Contabilidade Social
2
Bibliografia básica
1) Paulani, L.M.; Braga, M.B. A nova
contabilidade social. Ed. Saraiva. 2000. Cap. 1 e
2
2) Feijó, C.A. Contabilidade social – o novo sistema
de Contas Nacionais do Brasil. Ed. Campus.
2003. Capítulo 1 e 2
3) Vasconcellos, M. A. S.; Garcia M. E.
Fundamentos de economia. São Paulo:
Saraiva, 2003. Cap. 9
4) Rossetti, J.P. Contabilidade Social. 7a. Ed.
revisada. Ed. Atlas. 1995. Cap.1
3
Roteiro de aula
1. Introdução à Contabilidade Social
2. Fluxo circular de renda
3. As 3 óticas de mensuração do PIB
4. Economia com 3 setores
5. Economia com 4 setores
4
O que é a Contabilidade Social?
E a Contabilidade Nacional?
5
Contabilidade Social
Feijó (2003, p. 3): Contabilidade Social “trata da mensuração
da atividade econômica e social, em seus múltiplos aspectos.
É matéria que define e sistematiza regras para a produção e a
organização contínua de informações relevantes (agregados
macroeconômicos, indicadores de desenvolvimento) para a
economia como um todo, orientando assim a tomada de
decisões públicas e privadas”.
Por se tratar de um sistema contábil, as relações deduzidas,
apesar de contabilmente corretas, não explicitam relações
de causa e efeito entre as variáveis econômicas. A Teoria
macro é que vai explicar estas relações.
6
Componentes da Contabilidade
Social:
1 – Contas Nacionais
2 – Contas Satélites
3 - Integram a contabilidade social também:
– indicadores de distribuição de renda
– indicadores de desenvolvimento humano (IDH)
- Indicadores ambientais!
7
Contabilidade Nacional
• Sistema contábil que permite a avaliação da atividade
econômica em um certo período, em seus múltiplos
aspectos.
– Volume de produção e geração de renda
• Fornece as principais medidas macroeconômicas que
viabilizam os estudos econômicos – os agregados
macroeconômicos.
• Organiza a forma de seu levantamento e de seu cômputo.
• Registra transações monetárias.
• Subsidiar a tomada de decisões de governo e da sociedade
civil como um todo: a produção de estatísticas
sistematizadas das macrovariáveis permite verificar
empiricamente proposições teóricas da macroeconomia
8
Componentes da Contabilidade
Nacional
– Sistemas contábeis de estatísticas
econômicas oficiais: Contas Nacionais,
Balanço de Pagamentos, Contas
Monetárias e Financeiras
– Instrumentos de análise das estatísticas
oficiais: Matriz Insumo-Produto e
Números Índice
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contas
nacionais/2013/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contas
nacionais/2008/default.shtm
9
Histórico
• 1936: Crítica ao pensamento marginalista – Teoria
Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro de John
Maynard Keynes – berço da macroeconomia!!!
– A revolução keynesiana gerou condições de verificar o
comportamento e evolução da economia de um país,
sistemicamente, ou seja, não só medindo produção,
renda e consumo, mas compreendendo a relação entre
estes agregados e a lógica do sistema todo.
• Keynes – How to pay for the War (1940):
inspirou o desenvolvimento do Sistema de Contas
Nacionais: Propôs um sistema contábil, baseado no
método das partidas dobradas, para chegar à Renda
Nacional e sua distribuição por setores institucionais.
10
No Brasil
• Início das Contas Nacionais: 1947 pela Fundação Getúlio
Vargas – RJ
• Em 1986: passou para o IBGE
• 1996: mudança no Sistema Consolidado de Contas
Nacionais
• Março de 2007: publicação das Contas Integradas pelo
IBGE (com ano base passando de 1990 para 2000)
– CNAE: Classificação Nacional das Atividades Econômicas
• Em 2015: publicação das CEIs, referência 2010: período
de 2010 a 2013
Referência atual para os países: Banco Mundial,
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), FMI, ONU, Comissão de Estatística da Comunidade
Européia (Eurostat): System of National Accounts (2008)
Recapitulando….
1) Como explica o Fluxo Circular de Renda?
2) Quais são alguns dos agregados
macroeconômicos mais importantes de
serem estudados?
3) Quais os órgãos responsáveis pelo
levantamento e monitoramento dos
agregados macroeconômicos?
4) Quais as três óticas do PIB?
11
12
Modelo simplificado da
economia: fluxo circular da renda
13
Fluxograma empresas-família (com fluxos
monetários) – Fluxo circular da renda
Trabalho e capital
Empresas
(produção)
Famílias
(consumo)
Salários e lucros ($)
Bens e serviços finais
Renda despendida ($)
14
Fluxo Circular da Renda
• Além de perceber a identidade entre produto,
dispêndio e renda, outra forma de considerar o
conjunto de atividades e transações em uma
economia é verificar o movimento dos bens e
serviços concretos e do dinheiro, orquestrado
pelas trocas = fluxo circular da renda.
– Circular = associado ao lado monetário das transações!
Por isto “da renda”
– Fluxo = dimensão do tempo!
– Diferentes óticas = diferentes momentos do fluxo
– Quanto maior a intensidade do fluxo: maior a produção,
renda e consumo da economia = seu aumento significa
crescimento econômico
15
Produtores
Mercado de
Bens
Mercado de
Fatores
Resto do
Mundo
Famílias Governo Poupança/INV
Custos
dos
fatores
Salários
e
aluguéis
Demanda por
insumos
intermediários
Receitas
de vendas
Consumo
privado
Impostos
Poupança privada
doméstica
Gastos do
Governo
Poupança do
Governo
Demanda de
investimento
Importações
Exportações Poupança externa
Demanda por bens finais
Fluxo Circular da Renda
Transf.
Fonte: Haddad (2005)
16
Quais são as 3 óticas de
mensuração do Produto
Nacional?
17
Associando o fluxo circular de renda
com as 3 óticas de medida do produto:
• A ótica do produto (da produção) refere-se à
atividade dos membros da sociedade como
produtores, ou seja, das empresas.
• A ótica do dispêndio (ou gasto ou demanda)
refere-se à atuação dos consumidores, ou seja,
como famílias.
• A ótica da renda: refere-se à geração de renda
decorrente da remuneração dos fatores de
produção da economia, necessários para produzir
PRODUTO ≡ RENDA ≡ DISPÊNDIO
18
Ótica do Produto
• Considera apenas o valor dos bens finais em seu
cômputo
– O que são Bens finais para a Contabilidade Nacional?
– não se pode considerar apenas a natureza do bem para
classificá-lo como intermediário ou final!
• O que é chamado de valor total da produção é, na verdade,
Valor Bruto da Produção = valor de tudo que foi produzido,
inclusive do que foi usado como insumo, ou seja, inclusive o
consumo intermediário
• Para chegar ao valor do PRODUTO da economia, ou
PRODUTO AGREGADO, é preciso deduzir do valor bruto de
produção, o valor do consumo intermediário.
19
• Pela ótica do produto ou do valor
adicionado: a avaliação do
produto total da economia
considera o valor efetivamente
adicionado pelo processo de
produção em cada unidade
produtiva
20
Forma de medir a atividade econômica
(Produto agregado): pelo Valor adicionado
• Valor adicionado (ou Valor agregado) = é o valor que
se adiciona ao produto em cada estágio de produção, ou
seja, é a renda adicionada por setor produtivo.
VA = Valor bruto da produção (receita de vendas) –
compra de bens e serviços intermediários
• Obtido a partir de notas fiscais (controle dos órgãos de
arrecadação);
• Outra forma de apurar seria usar a informação do
Imposto de Renda (ótica da renda) – é menos acurada
21
• Considera a soma dos valores de todos os bens e serviços
produzidos no período que não foram destruídos (ou
absorvidos como insumos) na produção de outros bens e
serviços.
• Despesa Nacional (DN) = é o gasto dos agentes econômicos com o
produto nacional. Revela os setores compradores do produto
nacional agregado:
DN = C + I + G + (X-M)
- C = despesas das famílias com bens de consumo
– I = despesas das empresas com investimentos
– G = despesas do governo
– (X – M) = despesas líquidas do setor externo, sendo X exportações e
M, importações
Observação: DN + M = oferta global
Medida do produto agregado pela
Ótica do dispêndio ou da despesa
22
Pela ótica da Renda Nacional (RN)
• RN = é a soma dos rendimentos pagos
aos fatores de produção no período:
RN = w + j + a + l
– w = salários
– j = juros
– a = aluguéis
– l = lucros
As remunerações são, em verdade, uma divisão
do produto entre estes fatores.
23
• Conclusão geral = a identidade
Produto ≡ Dispêndio ≡ Renda significa
que para avaliar o produto de uma
economia num determinado período, é
possível somar o valor de todos os bens
finais produzidos, ou, somar os valores
adicionados em cada unidade produtiva ou,
ainda, somar as remunerações pagas a todos
os fatores de produção.
24
Agregados macroeconômicos
• São construções estatísticas que
sintetizam aspectos relevantes da
atividade econômica em um período de
tempo.
• Principais agregados derivados das Contas
Nacionais:
– Produto, Renda e Dispêndio;
– Consumo, Investimento, Poupança.
• Começando com uma economia fechada....
25
Produto Nacional
• Pela ótica da produção ou do Valor adicionado = é o
valor que se adiciona ao produto em cada estágio de
produção, ou seja, é a renda adicionada por setor
produtivo.
• Pela ótica do dispêndio ou da despesa = Considera a
soma dos valores de todos os bens e serviços
produzidos no período que não foram destruídos (ou
absorvidos como insumos) na produção de outros bens
e serviços.
• Pela ótica da renda (Renda Nacional – RN) = é a
soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no
período
26
Formação de capital: poupança,
investimento e depreciação
• Supondo que as famílias não gastem toda sua
renda em bens de consumo – elas poupam e que
• As empresas não produzem apenas bens de
consumo, mas também bens de capital – que
aumentam a capacidade produtiva da economia
• Estas novas hipóteses introduzem os conceitos de
poupança, investimento e depreciação na
economia
27
O QUE É A POUPANÇA?
28
Poupança Agregada (S)
• É a parcela da renda nacional que não é
consumida no período:
S = RN - C
• RN = renda nacional
• C = consumo agregado (parcela da renda consumida
no período)
• Poupança é o ato de não consumir no
período, deixando parte da renda para
consumo futuro.
29
O QUE É INVESTIMENTO?
E DEPRECIAÇÃO?
30
Investimento Agregado (I)
• É o gasto com bens que foram produzidos, mas não
foram consumidos no período, e que aumentam a
capacidade produtiva da economia nos períodos
seguintes.
• Investimento = Gasto em bens de capital (máquinas
e imóveis) + Variação de estoques de produtos que
não foram consumidos (ou seja, diferença entre o
início e o fim do período)
– Obs: Investimento em bens de capital = Formação bruta de
capital fixo (FBKF)
• Não são incluídos como investimento:
• Ações (somente produtos físicos)
• Ativos de segunda mão (máquinas, equipamentos, imóveis)
31
Depreciação
• Depreciação é a parte do produto que se
destina à reposição daquelas máquinas,
equipamentos que se tornaram obsoletos
IL = IB – D
IL = Investimento líquido
IB = Investimento bruto
D= Depreciação
Produto Nacional Líquido (PNL) = Produto Nacional Bruto
(PNB) – Depreciação (D)
O conceito de líquido se aplica à ótica de mensuração do
produto, por que a depreciação representa um custo de
produção e não uma renda de fator.
Como os agregados
macroeconômicos são afetados
quando se adiciona o terceiro setor
– Governo?
32
33
Economia a três setores: agrega-se
o setor público...
• Setor público: municipal, estadual,
federal
– Receita fiscal e gastos públicos
– Déficit público e dívida pública
– Renda a custo de fatores e Produto a
preços de mercado
– Renda disponível
– Carga tributária
Receita Fiscal
– Impostos indiretos: incidem sobre transações
de bens e serviços – IPI, ICMS
– Impostos diretos: incidem sobre P.F. e P.J. Ex:
Imposto de Renda, Imposto Territorial Rural,
imposto sobre herança
– Contribuições previdenciárias: INSS
– Outras receitas: taxas, multas, pedágios,
aluguéis
34
Gastos do governo
• Gastos dos ministérios (Federal) e da
administração pública estadual e municipal; e
autarquias* (ex: Universidades federais)
• Gastos das empresas estatais: públicas (Caixa
Econômica Federal, Embrapa, BNDES) e
sociedades de economia mista (Petrobrás, Banco
do Brasil);
• Gastos com transferências e subsídios
35
36
Definições
• Empresa pública é a pessoa jurídica de capital público,
instituído por um ente estatal, com finalidade prevista em Lei.
A finalidade é sempre de natureza econômica (lucro, em prol
da comunidade).
• Quanto ao capital, difere das sociedades de economia mista,
porquanto nestas, ainda que a titularidade também seja do
Poder Público, o capital social é dividido também entre
particulares, que adquirem suas quotas por meios da compra
de ações.
• Autarquia: Na administração pública brasileira, é uma
entidade auxiliar da administração pública estatal autônoma e
descentralizada. Seu patrimônio e receita são próprios,
porém, tutelados pelo Estado. Ex: Universidades
37
Renda nacional a custo de fatores e
produto nacional a preços de mercado
• Custo de fatores = é o que a unidade de produção
remunera aos fatores de produção - salários, juros,
aluguéis e lucros
• Preço de mercado = é o preço final pago na
venda: adicionam-se aos custos de fatores, os
impostos e subtraem-se os subsídios
– Subsídio: possibilita que os preços de mercado dos
produtos sejam inferiores ao seu valor a custo de
fatores
38
Renda pessoal disponível (RD)
Renda pessoal disponível = RNLcf –
lucros retidos – impostos diretos -
contribuições previdenciárias - outras
receitas correntes do governo +
transferências do governo às famílias
Mede o quanto “sobra” para as famílias
decidirem gastar na compra de bens e
serviços ou, então, para poupar.
39
RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG) E
RENDA PRIVADA DISPONÍVEL (RPD)
• Renda Líquida do Governo (RLG):
• RLG = (Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados
pelo governo e outras receitas correntes) – (transferências e
subsídios pagos pelo governo)
• Renda Privada Disponível (RPD):
 salários, juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos,
transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre
renda e patrimônio e lucros retidos nas empresas e
reserva para depreciação
40
Como chegar à Renda
Disponível Bruta (RDB)?
• A RDB pode ser subdividida em dois
componentes:
– Renda Líquida do Governo (RLG) e
– Renda Privada Disponível (RPD)
RDB = RLG + RPD  RPD = RDB – RLG
41
Carga tributária
• Carga tributária bruta (CTB) = total da
arrecadação fiscal do governo
• Carga tributária líquida (CTL) = CTB –
Transferências e subsídios
Índice de carga tributária bruta e líquida:
ICTB = (CTB x 100)/ PIBpm
ICTL = (CTL x 100)/ PIBpm
42
Superávit ou Déficit Público
• Quando total de arrecadação > gastos públicos:
superávit das contas públicas
• Quando total arrecadação < gastos públicos =
déficit ou necessidade de financiamento do setor
público
• Déficit ou superávit: representam variáveis fluxo – É
expresso ao longo de um certo tempo
• Dívida pública = saldo (variável estoque) acumulado até
certo instante do tempo
43
Economia a quatro setores:
incluindo setor externo
• Exportação
• Importação
• Renda líquida do exterior (RLE)
• Produto interno x Produto nacional
44
PIB, PNB e RLE
• Produto Interno Bruto (PIB) = é o somatório de todos
os bens e serviços finais produzidos dentro do território
nacional num dado período, valorados a preço de
mercado, sem levar em consideração se os fatores de
produção são de propriedade de residentes ou não
residentes*
– Para gerar o PIB, são usados fatores de não-residentes cuja
remuneração é remetida ao exterior.
• Ex1: Juros – pagamento pelo uso do capital externo
• Ex2: Royalties – pagamento pelo uso da tecnologia estrangeira
– Também há residentes brasileiros que têm fatores de produção
no exterior e recebem renda por eles deles (ex: Petrobrás,
construtoras)
45
*Residentes e não-residentes
• Diferenciação associada ao local onde se
produz e consome bens e serviços.
• Residente = pessoa física ou jurídica domiciliada
em um país: indivíduos com residência fixa,
mesmo imigrantes, filiais de empresas
estrangeiras sediadas no país, funcionários em
serviço no exterior, indivíduos que se encontram
transitoriamente no exterior* etc.
– * Leva-se em consideração o período que pessoas físicas ou
jurídicas permanecem fora do país (Carvalho e Silva, 2007)
46
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
– Manual das Nações Unidas de 1993 - Produção
para as Contas Nacionais: toda produção de bens e
serviços empresas + produção por conta própria +
produção de serviços pessoais e domésticos quando
remunerados.
• PIB a preços de mercado = contabilizado
como as transações econômicas com valor de
mercado (observado ou imputado).
47
• Excluem-se do cálculo do produto agregado alguns
aspectos da atividade econômica:
– Atividades econômicas não-declaradas (sonegação de
impostos) ou por serem ilegais;
– Produção de bens e serviços sem valor de mercado.
Exemplo: serviços domésticos não-remunerados;
– Transações de compra e venda envolvendo a transferência
de bens produzidos em períodos anteriores. Exemplo:
vendas de propriedades já construídas;
– Exaustão de recursos naturais não-renováveis.
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
48
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)
• Renda ou Produto Nacional Bruto (PNB) = renda que
efetivamente pertence aos residentes do país. Soma-se
ao PIB a renda recebida do exterior e subtrai-se a renda
enviada ao exterior
• A diferença entre a Renda recebida do exterior (RRE) e
a renda enviada ao exterior (REE) = Renda líquida do
exterior (RLE)
PNB = PIB + RRE – REE
PNB = PIB + RLE
49
Renda Enviada ou Recebida do
Exterior
Recebimentos por residentes de
pagamentos de fatores ou Pagamento
a estrangeiros pelos fatores, na forma
de: dividendos, juros, lucros,
royalties, aluguéis e salários
50
Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda
Disponível Bruta (RDB)
• RNB engloba: rendas dos setores público e
privado e as transferências de recursos entre o
país e o resto do mundo.
• Renda Disponível Bruta (RDB): considera
o saldo das transferências correntes recebidas
e enviadas ao exterior.
• RDB = RNB + Tr
Sendo: Tr = transferências correntes, sem contrapartida, destinadas a gastos
correntes
51
Transferências correntes
Tr = Transferências correntes líquidas recebidas:
toda movimentação de recursos entre agentes
econômicos e países, sem contrapartida com o
processo de produção.
Exemplos: aposentadorias, bolsas
País onde Tr > 0 recebedor líquido ou
Tr < 0 pagador líquido
52
• Em resumo, o conceito de Renda Nacional considera as rendas
auferidas pelos fatores de produção em contrapartida a serviços
prestados ao processo de produção.
• Como transferências são pagamentos sem contrapartida com o
processo de produção, o seu saldo deve ser considerado para se
chegar à estimativa da Renda Disponível. Esta equivale ao
montante que os agentes têm para gastar.
• Numa economia fechada e sem governo, as estimativas de Renda
(ou Produto) Interna, Renda Nacional, Renda Disponível e Renda
Disponível Privada são iguais.
• Numa economia fechada e com governo, as estimativas da Renda
(ou Produto) Interna e Renda Nacional são idênticas.
Algumas observações adicionais:
53
Exemplos de variáveis fluxo x
estoque
• Fluxo = variação do estoque ao longo do
tempo
– Ex: Variáveis fluxo = PIB, investimento,
déficit público, exportação
• Variável estoque = Riqueza, capital, dívida
pública, reservas
Para as próximas 4 aulas – leitura
obrigatória
• Capítulo 3 – Feijó et al
54

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  • 1. 1 AULA 1 – Introdução à Contabilidade Social Sílvia Helena Galvão de Miranda Profa. Associada LES-ESALQ Vice- coordenadora Cepea Agosto/2016 LES 200 – Contabilidade Social
  • 2. 2 Bibliografia básica 1) Paulani, L.M.; Braga, M.B. A nova contabilidade social. Ed. Saraiva. 2000. Cap. 1 e 2 2) Feijó, C.A. Contabilidade social – o novo sistema de Contas Nacionais do Brasil. Ed. Campus. 2003. Capítulo 1 e 2 3) Vasconcellos, M. A. S.; Garcia M. E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2003. Cap. 9 4) Rossetti, J.P. Contabilidade Social. 7a. Ed. revisada. Ed. Atlas. 1995. Cap.1
  • 3. 3 Roteiro de aula 1. Introdução à Contabilidade Social 2. Fluxo circular de renda 3. As 3 óticas de mensuração do PIB 4. Economia com 3 setores 5. Economia com 4 setores
  • 4. 4 O que é a Contabilidade Social? E a Contabilidade Nacional?
  • 5. 5 Contabilidade Social Feijó (2003, p. 3): Contabilidade Social “trata da mensuração da atividade econômica e social, em seus múltiplos aspectos. É matéria que define e sistematiza regras para a produção e a organização contínua de informações relevantes (agregados macroeconômicos, indicadores de desenvolvimento) para a economia como um todo, orientando assim a tomada de decisões públicas e privadas”. Por se tratar de um sistema contábil, as relações deduzidas, apesar de contabilmente corretas, não explicitam relações de causa e efeito entre as variáveis econômicas. A Teoria macro é que vai explicar estas relações.
  • 6. 6 Componentes da Contabilidade Social: 1 – Contas Nacionais 2 – Contas Satélites 3 - Integram a contabilidade social também: – indicadores de distribuição de renda – indicadores de desenvolvimento humano (IDH) - Indicadores ambientais!
  • 7. 7 Contabilidade Nacional • Sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um certo período, em seus múltiplos aspectos. – Volume de produção e geração de renda • Fornece as principais medidas macroeconômicas que viabilizam os estudos econômicos – os agregados macroeconômicos. • Organiza a forma de seu levantamento e de seu cômputo. • Registra transações monetárias. • Subsidiar a tomada de decisões de governo e da sociedade civil como um todo: a produção de estatísticas sistematizadas das macrovariáveis permite verificar empiricamente proposições teóricas da macroeconomia
  • 8. 8 Componentes da Contabilidade Nacional – Sistemas contábeis de estatísticas econômicas oficiais: Contas Nacionais, Balanço de Pagamentos, Contas Monetárias e Financeiras – Instrumentos de análise das estatísticas oficiais: Matriz Insumo-Produto e Números Índice http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contas nacionais/2013/default.shtm http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contas nacionais/2008/default.shtm
  • 9. 9 Histórico • 1936: Crítica ao pensamento marginalista – Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro de John Maynard Keynes – berço da macroeconomia!!! – A revolução keynesiana gerou condições de verificar o comportamento e evolução da economia de um país, sistemicamente, ou seja, não só medindo produção, renda e consumo, mas compreendendo a relação entre estes agregados e a lógica do sistema todo. • Keynes – How to pay for the War (1940): inspirou o desenvolvimento do Sistema de Contas Nacionais: Propôs um sistema contábil, baseado no método das partidas dobradas, para chegar à Renda Nacional e sua distribuição por setores institucionais.
  • 10. 10 No Brasil • Início das Contas Nacionais: 1947 pela Fundação Getúlio Vargas – RJ • Em 1986: passou para o IBGE • 1996: mudança no Sistema Consolidado de Contas Nacionais • Março de 2007: publicação das Contas Integradas pelo IBGE (com ano base passando de 1990 para 2000) – CNAE: Classificação Nacional das Atividades Econômicas • Em 2015: publicação das CEIs, referência 2010: período de 2010 a 2013 Referência atual para os países: Banco Mundial, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), FMI, ONU, Comissão de Estatística da Comunidade Européia (Eurostat): System of National Accounts (2008)
  • 11. Recapitulando…. 1) Como explica o Fluxo Circular de Renda? 2) Quais são alguns dos agregados macroeconômicos mais importantes de serem estudados? 3) Quais os órgãos responsáveis pelo levantamento e monitoramento dos agregados macroeconômicos? 4) Quais as três óticas do PIB? 11
  • 12. 12 Modelo simplificado da economia: fluxo circular da renda
  • 13. 13 Fluxograma empresas-família (com fluxos monetários) – Fluxo circular da renda Trabalho e capital Empresas (produção) Famílias (consumo) Salários e lucros ($) Bens e serviços finais Renda despendida ($)
  • 14. 14 Fluxo Circular da Renda • Além de perceber a identidade entre produto, dispêndio e renda, outra forma de considerar o conjunto de atividades e transações em uma economia é verificar o movimento dos bens e serviços concretos e do dinheiro, orquestrado pelas trocas = fluxo circular da renda. – Circular = associado ao lado monetário das transações! Por isto “da renda” – Fluxo = dimensão do tempo! – Diferentes óticas = diferentes momentos do fluxo – Quanto maior a intensidade do fluxo: maior a produção, renda e consumo da economia = seu aumento significa crescimento econômico
  • 15. 15 Produtores Mercado de Bens Mercado de Fatores Resto do Mundo Famílias Governo Poupança/INV Custos dos fatores Salários e aluguéis Demanda por insumos intermediários Receitas de vendas Consumo privado Impostos Poupança privada doméstica Gastos do Governo Poupança do Governo Demanda de investimento Importações Exportações Poupança externa Demanda por bens finais Fluxo Circular da Renda Transf. Fonte: Haddad (2005)
  • 16. 16 Quais são as 3 óticas de mensuração do Produto Nacional?
  • 17. 17 Associando o fluxo circular de renda com as 3 óticas de medida do produto: • A ótica do produto (da produção) refere-se à atividade dos membros da sociedade como produtores, ou seja, das empresas. • A ótica do dispêndio (ou gasto ou demanda) refere-se à atuação dos consumidores, ou seja, como famílias. • A ótica da renda: refere-se à geração de renda decorrente da remuneração dos fatores de produção da economia, necessários para produzir PRODUTO ≡ RENDA ≡ DISPÊNDIO
  • 18. 18 Ótica do Produto • Considera apenas o valor dos bens finais em seu cômputo – O que são Bens finais para a Contabilidade Nacional? – não se pode considerar apenas a natureza do bem para classificá-lo como intermediário ou final! • O que é chamado de valor total da produção é, na verdade, Valor Bruto da Produção = valor de tudo que foi produzido, inclusive do que foi usado como insumo, ou seja, inclusive o consumo intermediário • Para chegar ao valor do PRODUTO da economia, ou PRODUTO AGREGADO, é preciso deduzir do valor bruto de produção, o valor do consumo intermediário.
  • 19. 19 • Pela ótica do produto ou do valor adicionado: a avaliação do produto total da economia considera o valor efetivamente adicionado pelo processo de produção em cada unidade produtiva
  • 20. 20 Forma de medir a atividade econômica (Produto agregado): pelo Valor adicionado • Valor adicionado (ou Valor agregado) = é o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção, ou seja, é a renda adicionada por setor produtivo. VA = Valor bruto da produção (receita de vendas) – compra de bens e serviços intermediários • Obtido a partir de notas fiscais (controle dos órgãos de arrecadação); • Outra forma de apurar seria usar a informação do Imposto de Renda (ótica da renda) – é menos acurada
  • 21. 21 • Considera a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens e serviços. • Despesa Nacional (DN) = é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela os setores compradores do produto nacional agregado: DN = C + I + G + (X-M) - C = despesas das famílias com bens de consumo – I = despesas das empresas com investimentos – G = despesas do governo – (X – M) = despesas líquidas do setor externo, sendo X exportações e M, importações Observação: DN + M = oferta global Medida do produto agregado pela Ótica do dispêndio ou da despesa
  • 22. 22 Pela ótica da Renda Nacional (RN) • RN = é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período: RN = w + j + a + l – w = salários – j = juros – a = aluguéis – l = lucros As remunerações são, em verdade, uma divisão do produto entre estes fatores.
  • 23. 23 • Conclusão geral = a identidade Produto ≡ Dispêndio ≡ Renda significa que para avaliar o produto de uma economia num determinado período, é possível somar o valor de todos os bens finais produzidos, ou, somar os valores adicionados em cada unidade produtiva ou, ainda, somar as remunerações pagas a todos os fatores de produção.
  • 24. 24 Agregados macroeconômicos • São construções estatísticas que sintetizam aspectos relevantes da atividade econômica em um período de tempo. • Principais agregados derivados das Contas Nacionais: – Produto, Renda e Dispêndio; – Consumo, Investimento, Poupança. • Começando com uma economia fechada....
  • 25. 25 Produto Nacional • Pela ótica da produção ou do Valor adicionado = é o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção, ou seja, é a renda adicionada por setor produtivo. • Pela ótica do dispêndio ou da despesa = Considera a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram destruídos (ou absorvidos como insumos) na produção de outros bens e serviços. • Pela ótica da renda (Renda Nacional – RN) = é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período
  • 26. 26 Formação de capital: poupança, investimento e depreciação • Supondo que as famílias não gastem toda sua renda em bens de consumo – elas poupam e que • As empresas não produzem apenas bens de consumo, mas também bens de capital – que aumentam a capacidade produtiva da economia • Estas novas hipóteses introduzem os conceitos de poupança, investimento e depreciação na economia
  • 27. 27 O QUE É A POUPANÇA?
  • 28. 28 Poupança Agregada (S) • É a parcela da renda nacional que não é consumida no período: S = RN - C • RN = renda nacional • C = consumo agregado (parcela da renda consumida no período) • Poupança é o ato de não consumir no período, deixando parte da renda para consumo futuro.
  • 29. 29 O QUE É INVESTIMENTO? E DEPRECIAÇÃO?
  • 30. 30 Investimento Agregado (I) • É o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. • Investimento = Gasto em bens de capital (máquinas e imóveis) + Variação de estoques de produtos que não foram consumidos (ou seja, diferença entre o início e o fim do período) – Obs: Investimento em bens de capital = Formação bruta de capital fixo (FBKF) • Não são incluídos como investimento: • Ações (somente produtos físicos) • Ativos de segunda mão (máquinas, equipamentos, imóveis)
  • 31. 31 Depreciação • Depreciação é a parte do produto que se destina à reposição daquelas máquinas, equipamentos que se tornaram obsoletos IL = IB – D IL = Investimento líquido IB = Investimento bruto D= Depreciação Produto Nacional Líquido (PNL) = Produto Nacional Bruto (PNB) – Depreciação (D) O conceito de líquido se aplica à ótica de mensuração do produto, por que a depreciação representa um custo de produção e não uma renda de fator.
  • 32. Como os agregados macroeconômicos são afetados quando se adiciona o terceiro setor – Governo? 32
  • 33. 33 Economia a três setores: agrega-se o setor público... • Setor público: municipal, estadual, federal – Receita fiscal e gastos públicos – Déficit público e dívida pública – Renda a custo de fatores e Produto a preços de mercado – Renda disponível – Carga tributária
  • 34. Receita Fiscal – Impostos indiretos: incidem sobre transações de bens e serviços – IPI, ICMS – Impostos diretos: incidem sobre P.F. e P.J. Ex: Imposto de Renda, Imposto Territorial Rural, imposto sobre herança – Contribuições previdenciárias: INSS – Outras receitas: taxas, multas, pedágios, aluguéis 34
  • 35. Gastos do governo • Gastos dos ministérios (Federal) e da administração pública estadual e municipal; e autarquias* (ex: Universidades federais) • Gastos das empresas estatais: públicas (Caixa Econômica Federal, Embrapa, BNDES) e sociedades de economia mista (Petrobrás, Banco do Brasil); • Gastos com transferências e subsídios 35
  • 36. 36 Definições • Empresa pública é a pessoa jurídica de capital público, instituído por um ente estatal, com finalidade prevista em Lei. A finalidade é sempre de natureza econômica (lucro, em prol da comunidade). • Quanto ao capital, difere das sociedades de economia mista, porquanto nestas, ainda que a titularidade também seja do Poder Público, o capital social é dividido também entre particulares, que adquirem suas quotas por meios da compra de ações. • Autarquia: Na administração pública brasileira, é uma entidade auxiliar da administração pública estatal autônoma e descentralizada. Seu patrimônio e receita são próprios, porém, tutelados pelo Estado. Ex: Universidades
  • 37. 37 Renda nacional a custo de fatores e produto nacional a preços de mercado • Custo de fatores = é o que a unidade de produção remunera aos fatores de produção - salários, juros, aluguéis e lucros • Preço de mercado = é o preço final pago na venda: adicionam-se aos custos de fatores, os impostos e subtraem-se os subsídios – Subsídio: possibilita que os preços de mercado dos produtos sejam inferiores ao seu valor a custo de fatores
  • 38. 38 Renda pessoal disponível (RD) Renda pessoal disponível = RNLcf – lucros retidos – impostos diretos - contribuições previdenciárias - outras receitas correntes do governo + transferências do governo às famílias Mede o quanto “sobra” para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou, então, para poupar.
  • 39. 39 RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG) E RENDA PRIVADA DISPONÍVEL (RPD) • Renda Líquida do Governo (RLG): • RLG = (Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e outras receitas correntes) – (transferências e subsídios pagos pelo governo) • Renda Privada Disponível (RPD):  salários, juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos, transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda e patrimônio e lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação
  • 40. 40 Como chegar à Renda Disponível Bruta (RDB)? • A RDB pode ser subdividida em dois componentes: – Renda Líquida do Governo (RLG) e – Renda Privada Disponível (RPD) RDB = RLG + RPD  RPD = RDB – RLG
  • 41. 41 Carga tributária • Carga tributária bruta (CTB) = total da arrecadação fiscal do governo • Carga tributária líquida (CTL) = CTB – Transferências e subsídios Índice de carga tributária bruta e líquida: ICTB = (CTB x 100)/ PIBpm ICTL = (CTL x 100)/ PIBpm
  • 42. 42 Superávit ou Déficit Público • Quando total de arrecadação > gastos públicos: superávit das contas públicas • Quando total arrecadação < gastos públicos = déficit ou necessidade de financiamento do setor público • Déficit ou superávit: representam variáveis fluxo – É expresso ao longo de um certo tempo • Dívida pública = saldo (variável estoque) acumulado até certo instante do tempo
  • 43. 43 Economia a quatro setores: incluindo setor externo • Exportação • Importação • Renda líquida do exterior (RLE) • Produto interno x Produto nacional
  • 44. 44 PIB, PNB e RLE • Produto Interno Bruto (PIB) = é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorados a preço de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não residentes* – Para gerar o PIB, são usados fatores de não-residentes cuja remuneração é remetida ao exterior. • Ex1: Juros – pagamento pelo uso do capital externo • Ex2: Royalties – pagamento pelo uso da tecnologia estrangeira – Também há residentes brasileiros que têm fatores de produção no exterior e recebem renda por eles deles (ex: Petrobrás, construtoras)
  • 45. 45 *Residentes e não-residentes • Diferenciação associada ao local onde se produz e consome bens e serviços. • Residente = pessoa física ou jurídica domiciliada em um país: indivíduos com residência fixa, mesmo imigrantes, filiais de empresas estrangeiras sediadas no país, funcionários em serviço no exterior, indivíduos que se encontram transitoriamente no exterior* etc. – * Leva-se em consideração o período que pessoas físicas ou jurídicas permanecem fora do país (Carvalho e Silva, 2007)
  • 46. 46 PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB – Manual das Nações Unidas de 1993 - Produção para as Contas Nacionais: toda produção de bens e serviços empresas + produção por conta própria + produção de serviços pessoais e domésticos quando remunerados. • PIB a preços de mercado = contabilizado como as transações econômicas com valor de mercado (observado ou imputado).
  • 47. 47 • Excluem-se do cálculo do produto agregado alguns aspectos da atividade econômica: – Atividades econômicas não-declaradas (sonegação de impostos) ou por serem ilegais; – Produção de bens e serviços sem valor de mercado. Exemplo: serviços domésticos não-remunerados; – Transações de compra e venda envolvendo a transferência de bens produzidos em períodos anteriores. Exemplo: vendas de propriedades já construídas; – Exaustão de recursos naturais não-renováveis. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
  • 48. 48 PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) • Renda ou Produto Nacional Bruto (PNB) = renda que efetivamente pertence aos residentes do país. Soma-se ao PIB a renda recebida do exterior e subtrai-se a renda enviada ao exterior • A diferença entre a Renda recebida do exterior (RRE) e a renda enviada ao exterior (REE) = Renda líquida do exterior (RLE) PNB = PIB + RRE – REE PNB = PIB + RLE
  • 49. 49 Renda Enviada ou Recebida do Exterior Recebimentos por residentes de pagamentos de fatores ou Pagamento a estrangeiros pelos fatores, na forma de: dividendos, juros, lucros, royalties, aluguéis e salários
  • 50. 50 Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda Disponível Bruta (RDB) • RNB engloba: rendas dos setores público e privado e as transferências de recursos entre o país e o resto do mundo. • Renda Disponível Bruta (RDB): considera o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior. • RDB = RNB + Tr Sendo: Tr = transferências correntes, sem contrapartida, destinadas a gastos correntes
  • 51. 51 Transferências correntes Tr = Transferências correntes líquidas recebidas: toda movimentação de recursos entre agentes econômicos e países, sem contrapartida com o processo de produção. Exemplos: aposentadorias, bolsas País onde Tr > 0 recebedor líquido ou Tr < 0 pagador líquido
  • 52. 52 • Em resumo, o conceito de Renda Nacional considera as rendas auferidas pelos fatores de produção em contrapartida a serviços prestados ao processo de produção. • Como transferências são pagamentos sem contrapartida com o processo de produção, o seu saldo deve ser considerado para se chegar à estimativa da Renda Disponível. Esta equivale ao montante que os agentes têm para gastar. • Numa economia fechada e sem governo, as estimativas de Renda (ou Produto) Interna, Renda Nacional, Renda Disponível e Renda Disponível Privada são iguais. • Numa economia fechada e com governo, as estimativas da Renda (ou Produto) Interna e Renda Nacional são idênticas. Algumas observações adicionais:
  • 53. 53 Exemplos de variáveis fluxo x estoque • Fluxo = variação do estoque ao longo do tempo – Ex: Variáveis fluxo = PIB, investimento, déficit público, exportação • Variável estoque = Riqueza, capital, dívida pública, reservas
  • 54. Para as próximas 4 aulas – leitura obrigatória • Capítulo 3 – Feijó et al 54