O documento discute o problema dos rumores e fofocas no ambiente de trabalho. Apresenta o "Teste do Filtro Triplo", que consiste em fazer três perguntas antes de repetir algo sobre outra pessoa: 1) É verdade? 2) É bom? 3) É útil? Também enfatiza a importância dos gestores darem o exemplo filtrando informações para desmotivar rumores.
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espaço qualidade
comunicação, informação ou rumores…
Em todos os contextos mundanos estamos perfeitamente habituados a ouvir falar
de uma forma mais ou menos constante sobre os outros. Fala-se dos seus com-
portamentos, das suas atitudes, do que vivem, do que decidem, entre outros.
Em contexto organizativo também vivemos esta cultura do “rumor” ou, de
forma mais directa a cultura do “cochicho”. Julgo que esta tendência natural e
humana é também um traço cultural e, em particular dos “latinos”.
Tudo começa quando acedemos a informações restritas, quando ouvimos con-
versas que interpretamos de forma descontextualizada e, pior que isso é, quando
contamos a alguém alguma coisa que nós próprios não sabemos para que serve,
sobre quem é e, porque é que o estamos a fazer.
Uma lição curativa e pertinente para este mal “humano” é, o chamado “Teste
do Filtro Triplo”, que julgo já ter referenciado num artigo anterior, o qual relembro
como forma de “chamada de atenção”.
Consiste na colocação de três perguntas simples e directas quando alguém
vem ter connosco para nos contar algo sobre uma terceira pessoa. As perguntas
são:
1 Tens a certeza absoluta de que aquilo que me vais dizer é verdadeiro?
2 O que me vais dizer é bom?
3 O que me vais dizer será útil para mim?
Considerando o contexto do rumor, estas perguntas terão uma resposta ne-
gativa logo, quem tinha a intenção de me falar sobre alguém, para além de ficar
sem vontade de o fazer, certamente lembrar-se-á da próxima vez que tencionar
fazê-lo com qualquer outra pessoa.
Um outro aspecto que me parece pertinente referir é, o papel dos gestores e
chefias para “bloquear” esta “onda” de ineficiência.
Este bloqueio, deverá ser feito através do “dar o exemplo”, filtrar alguns
conteúdos que surjam com um aspecto aparente de informação útil e necessá-
ria, desmascarando-os com a colocação e interposição de algumas dúvidas ou
questões, que vão fazer cair por “terra” a intenção “tóxica” do meu emissor.
Com esta exposição não pretendo dissuadir os leitores para deixarem de opi-
nar e “achar” algo sobre qualquer coisa, até porque se não fosse por mais nenhum
motivo, vivemos num país democrático que nos concede esse direito como cida-
dãos. Contudo e isso sim, parece-me fundamental focar que, devemos ter uma
consciência alargada sobre as criticas que tecemos aos mais variados assuntos, à
forma como o fazemos, a quem nos dirigimos, e à intenção verdadeira das mes-
mas. Importa também salientar que todas as nossas acções (verbais, comporta-
mentais, não verbais, entre outras) tem um impacto nas pessoas que nos rodeiam,
por isso de hoje em diante, eu decido ter uma atitude Positiva, Evolutiva, Respon-
sável e, o mais Justa possível sobre os tantos e tantos assuntos que nos invadem
todos os dias quer nos locais de trabalho, quer nos nossos lares ou em qualquer
contexto em que nos encontremos!
Maria Manuel Costa,
mane1976@hotmail.com
Uma lição curativa e
pertinente para este
mal “humano” é, o
chamado “Teste do
Filtro Triplo”, (...) o
qual relembro como
forma de “chamada
de atenção”.