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* Graduando em Engenharia Elétrica, victorquinteiro@hotmail.com
** Prof. Orientador. Mestre em Energia, Universidade Salvador, paulo.andrade@pro.unifacs.br
ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO
REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTEMA ELÉTRICO DA COELBA
Victor de Souza Quinteiro*
Paulo Andrade Souza**
Resumo
Os transformadores de distribuição são uns dos equipamentos mais importantes na rede de
distribuição. A aplicação deste equipamento é acompanhada por diversas perdas que acarretam custos
na operação da distribuição. Uma alternativa para redução das perdas de energia é investir em
transformadores que possuam perdas reduzidas, mantendo-se viáveis economicamente. A proposta
deste trabalho é analisar um transformador eficiente que reduza as perdas elétricas no sistema da
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) utilizando o cálculo de capitalização de perdas.
Palavras-chave: Transformador de distribuição, perdas, capitalização de perdas, Coelba.
Abstract
Distribution transformers are one of the most important equipment in the distribution network. The
application of this equipment is accompanied by various losses that have costs in the operation of
distribution. An alternative to reducing losses is to invest in transformers having low losses, while
remaining economically viable. The purpose of this paper is to analyze an efficient transformer that
reduces the electrical losses in Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) system using
the capitalization of losses calculation.
Keywords: Distribution transformer, losses, capitalization of losses, Coelba.
1. INTRODUÇÃO
Em 1885, George Westinghouse Jr. compra os direitos da patente de Goulard-
Gibbs, apresentados na Feira Internacional de Turim em 1884, para construir
transformadores de corrente alternada e encarrega William Stanley dessa tarefa, onde
o mesmo desenvolveu o primeiro modelo comercial do que, naquele momento,
nomeou-se de “transformador” (GUIMARÃES, 2009). Desde a sua criação até hoje, é
um dos mais importantes equipamentos, principalmente no sistema de potência, onde
o mesmo é aplicado em uma variedade de atividades.
O Brasil atualmente passa por um momento difícil no setor elétrico. Segundo o
presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, em 2014, a falta de chuvas elevou os preços de
energia de curto prazo, com acionamento de térmicas mais caras, enquanto as
distribuidoras tiveram que arcar com fortes gastos no mercado de energia de curto prazo
para atender a demanda. Com isso, tanto os consumidores como as distribuidoras saem
prejudicadas.
As soluções mais buscadas no momento para amenizar o alto consumo de
energia elétrica é a aplicação da eficiência energética em todo o sistema, desde as
residências até a geração primária de energia elétrica. Para atingir esse objetivo o
melhor a se fazer, além de adotar novas tecnologias mais eficientes, é mudar o hábito
no conceito de otimização do sistema elétrico para redução das perdas elétricas e a
conscientização da população em geral para diminuir o consumo excessivo da energia
elétrica.
Na rede de distribuição, somente os transformadores são responsáveis por
33,3% das perdas onde o mesmo atua (PICANÇO et. al., 2007). Além de acarretar
custos para a concessionária, a energia desperdiçada dessas perdas gera um impacto
considerável no sistema elétrico, onde essa energia perdida poderia ser utilizada de
modo eficiente e, também reduziria na conta dos consumidores. Portanto, uma das
soluções para a redução destas perdas é estudar a aplicação de transformadores
eficientes.
Segundo o estudo realizado em Paraisópolis, com o uso de transformadores
de alta eficiência, adequadamente projetados, é possível economizar 2 MWh por ano
por transformador de 100 kVA, só em redução de perdas, sem contar a melhoria dos
indicadores técnicos e a redução dos custos operacionais.
Este trabalho tem o objetivo de apresentar um estudo de caso do sistema de
distribuição da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) – Neoenergia
analisando a viabilidade econômica no investimento de transformadores de
distribuição (à óleo isolante mineral e vegetal) eficientes por meio da capitalização de
perdas, comparando a um projeto de transformador padrão adotado pela
Distribuidora, assim, provando que optar por equipamentos mais eficientes reduzirá
nas perdas elétricas do sistema da Companhia, obtendo um retorno financeiro.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em
novembro de 2015, 85% dos reservatórios das hidrelétricas está com nível menor do
que o registrado em 2001, que foi o ano de racionamento de energia no país. Isso
porque a estiagem atingiu 18 dos 21 principais reservatórios do país. Com a falta de
chuvas e o baixo nível das represas, as termelétricas foram incorporadas ao sistema
para manter a produção energética, elevando o custo do megawatt/hora (MWh) a
patamares recordes (VALE, 2015).
A eficiência energética é um dos meios de amenizar esta atual crise do sistema
elétrico. Estão sendo desenvolvidos programas de redução no consumo de energia,
desde o simples ato do uso consciente da eletricidade à desenvolvimento de
equipamentos de alta eficiência.
Os transformadores de potência aplicados em subestações e linhas de
transmissão são equipamentos de alta eficiência, pois seu papel tem uma importância
relevante onde será aplicado. Porém, os transformadores de rede de distribuição
padrão - segundo a NBR5440:2014, são determinados com nível de isolamento com
classe de tensão de 15 kV até 36,2 kV - são construídos com materiais de menor
qualidade (comparando aos transformadores acima de 36,2 kV) para atender a preços
compatíveis ao mercado.
Isso levou o Ministério de Minas e Energia a regulamentar a especificação de
Etiqueta de Eficiência Energética em transformadores de redes de distribuição em
líquido isolante. A etiqueta indica o grau de consumo do aparelho semelhante ao
aplicado em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos
elétricos (VARELA, 2013).
Essa iniciativa foi feita pelo Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica),
que iniciou essa discussão em 2005, e a pedido da Eletrobras, foi aberto um projeto
para o assunto. Desde então mais um novo produto foi aprovado no Programa
Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, portanto, vai receber a Etiqueta Nacional de
Conservação de Energia (ENCE). A partir de janeiro de 2014, com base na portaria
interministerial número 104, de 22 de março de 2013, somente poderão ser
comercializados no Brasil transformadores etiquetados com base no Programa
Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, no prazo de dois anos, novos níveis de
desempenho devem ser propostos, buscando os melhores desempenhos das
máquinas e das tecnologias disponíveis, para uma rede de distribuição eficiente
(PROCEL, 2013).
A ABNT atualizou a norma NBR 5440:2014 – Transformadores para redes
aéreas de distribuição, onde a errata acrescenta em todas as tabelas de ensaios de
perdas, os níveis de eficiência que vão de A até E, sendo do mais ao menos eficiente
respectivamente.
Geralmente, o hábito, especialmente das concessionárias, na compra de
transformadores é escolher o projeto de transformador que indica menor custo total,
sendo um projeto de transformador padrão (geralmente de nível E) que possui um
menor tempo de retorno do investimento. Porém, é importante visar que quando se
compara as perdas acumuladas ao longo de sua vida útil, o custo adicional destes
equipamentos mais eficientes pode compensar, além de reduzir o impacto de perda
de energia na rede de distribuição, resulta em uma economia energética e financeira
para ambos os lados: concessionária e consumidor (ARAUJO, 2007).
Estas perdas causam na quantidade de energia comprada e, por tanto, na
receita da distribuidora. Este impacto é refletido na revisão tarifária e no benefício
auferido aos consumidores. É atribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) estabelecer um valor de repasse das perdas de energia para as tarifas de
forma transparente e que incentive a eficiência (OLIVEIRA, 2009). Esse aumento da
eficiência beneficia tanto para a distribuidora que aumenta a receita reduzindo os
riscos de investimento, quanto para os consumidores através da modicidade tarifária
(EL-KHATTAM, 2005).
Para obter uma noção de como as perdas são elevadas no país, foi realizado
um estudo pela Cepel, em 2007, onde mostra que a perda técnica total é de 22.169,3
MWh por dia nos transformadores de sistema de distribuição do Brasil. O que
corresponde a um custo de R$ 6.847.206,08 por dia, considerando a tarifa média de
energia elétrica no valor de 1 MWh = R$ 308,86 com base no ano do estudo.
2.1 Perdas de Energia
No transformador, as perdas são de natureza elétrica e magnética. Tais perdas
podem parecer insignificantes quando comparadas com a potência nominal do
equipamento, porém, numa opção para escolha, elas definem qual será o
transformador a ser adquirido (PRINZ, 2000).
As perdas no setor de distribuição são separadas em “perdas técnicas” e
“perdas não técnicas ou comerciais”. Pela definição da ANEEL: A perda técnica
decorre das leis da física, podendo ser de origem térmica, magnética ou dielétrica,
sendo a energia elétrica dissipada proveniente dos suprimentos de energia da
distribuidora e os pontos de entrega nas instalações das unidades consumidoras ou
distribuidoras supridas. Já a perda comercial está relacionada à gestão comercial da
distribuidora, sendo causado pelo furto de energia e erros de medição, onde é
contabilizada pela diferença entre as perdas técnicas e as perdas totais.
Segundo a Procobre (International Copper Association, 2010), num
esclarecimento sobre as perdas, tem-se:
Perdas em Vazio (ocorrem no núcleo de ferro):
 Histerese: se refere à energia perdida durante a inversão do campo
magnético no núcleo quando aplicada uma tensão alternada no
enrolamento primário.
 Foucault: é uma perda de potência causada pelas correntes circulantes que
surgem em percursos fechados dentro do corpo de um material
ferromagnético devido à ação do fluxo variável.
Perdas em Carga (ocorrem nos enrolamentos):
 Perdas Joule: ocorre devida a resistência ôhmica dos condutores que
compõe os enrolamentos.
 Perdas do fluxo de dispersão: são relacionadas à parcela do fluxo produzido
pelo enrolamento primário e que não é aproveitado pelo secundário.
Estas perdas dependem do material utilizado, da corrente elétrica, do
carregamento do transformador e das características construtivas.
A seguir, a Tabela 1 mostra claramente que as perdas técnicas de
transformadores estão concentradas no subgrupo A4 e grupo B no sistema da Coelba,
onde são definidas as variáveis de tarifas referentes a esses grupos no cálculo de
capitalização de perdas, como segue no item 2.3.
Tabela 1 - Perdas técnicas nos transformadores da Coelba discriminadas entre ferro e cobre. Fonte:
Nota Técnica n° 0085/2013-SRD/ANEEL
A Tabela 2 mostra o total de perdas técnicas (de todos os equipamentos)
contabilizada na Concessionária.
Tabela 2 - Montante de perdas no sistema de distribuição da Coelba. Fonte:
Nota Técnica n° 0085/2013-SRD/ANEEL
Analisando as Tabelas 1 e 2, percebe-se que somente as perdas dos
transformadores compõem 27,21% de todas as perdas técnicas do sistema da
Coelba.
2.2 Capitalização de perdas
A descrição do texto a seguir retrata o que é definido no Anexo F (informativo)
da norma ABNT NBR 5440:2014 e do normativo da Coelba VR01.02-00.001 –
Especificação de Transformadores de Distribuição – 2014 sobre as perdas
capitalizadas para o entendimento no processo do estudo.
O preço final de um transformador consiste em várias parcelas, incluindo o
preço de compra, o valor das perdas de energia, os custos de manutenção e reparos
e de alienação.
Geralmente, o fabricante tem interesse em fornecer o transformador mais
barato, isto é, com menor custo final, que atenda aos requisitos de uma dada
aplicação, fato baseado em compras da Coelba e nas demais distribuidoras.
Na comparação de dois transformadores com preços e/ou perdas diferentes,
recomenda-se levar em consideração que o valor do transformador é desembolsado
no momento da aquisição enquanto as perdas ocorrem durante a vida útil do
equipamento. Usualmente os custos são convertidos para o momento da compra
determinando seu valor presente. Quando os transformadores são comparados com
relação às perdas de energia, o processo é denominado avaliação ou capitalização
de perdas.
No processo de avaliação de perdas, três dados são necessários: preço de
compra, perdas em carga e perdas em vazio.
Para uma determinada perda em carga do transformador, convém que o
comprador determine o custo por quilowatt, ou seja, o valor capitalizado das perdas
(valor presente líquido) em carga durante a vida útil do transformador ou por um
período menor, 5 a 10 anos (antes definido em 25 anos, mas recentemente foi provado
pelo estudo da LACTEC, em 2012, que a média é de 10 anos, assumido pela Coelba).
Este custo é baseado na carga esperada do transformador no tempo e no valor médio
do quilowatt-hora.
De forma similar, para uma determinada perda em vazio do transformador,
recomenda-se que o comprador determine o valor capitalizado das perdas em vazio.
Convém que este custo se baseie no custo médio do quilowatt-hora e na taxa de
desconto definida pelo comprador. Como os transformadores permanecem ligados à
rede por praticamente 100% do tempo, e as perdas em vazio independem da carga,
a curva de carga não é relevante. O preço médio do quilowatt-hora tende a ser menor
do que para as perdas em carga, uma vez que as perdas em carga tendem a ser
coincidentes com o pico de carga do sistema, momento em que a energia é muito
cara.
Se valores elevados para capitalização das perdas são escolhidos,
transformadores com baixas perdas e custo de investimento mais elevado tendem a
ser favorecidos. Entretanto, se o valor da capitalização for zero, o comprador
efetivamente elimina a avaliação de perdas da decisão de compra, o que favorece o
transformador mais barato.
Assim, o custo total (CTotal) de um transformador pode ser expresso pela soma
do custo de aquisição (CAquisição), o custo das perdas em vazio e o custo das perdas
em carga, de acordo com a equação abaixo:
CTotal = CAquisição + Cw0 + CwL (1)
Onde:
Cw0 é o custo das perdas capitalizadas em vazio (R$);
CwL é o custo das perdas capitalizadas em carga (R$).
Cw0 e CwL dependem da expectativa de carga do transformador e do preço da
energia, além de outros fatores.
A escolha dos fatores Cw0 e CwL são difíceis, uma vez que a carga futura do
transformador não é conhecida. O valor do quilowatt-hora a ser utilizado também é
difícil de ser previsto durante a vida útil do transformador. Finalmente, a taxa de
desconto, durante a vida útil do transformador, pode ser difícil de determinar.
A seguir, é mostrado um método simples de determinação dos fatores Cw0 e
CwL. Aqui é considerado apenas o preço do transformador e das perdas durante sua
vida útil. Mas será realizado o cálculo com todas suas variáveis de acordo com a
norma VR01.02-00.001 (2014) da Coelba, só que por motivo das fórmulas serem
extensas, será indicado a fórmula base já considerando todos os custo das perdas
durante a vida útil do transformador. Os fatores Cw0 e CwL são calculados a seguir:
𝐶 𝑤0 =
(1+𝑖) 𝑛
𝑖(1+𝑖) 𝑛 . 𝐶 𝑘𝑊ℎ. 𝑊0. 8760 (2)
𝐶 𝑤𝐿 =
(1+𝑖) 𝑛−1
𝑖(1+𝑖) 𝑛 . 𝐶 𝑘𝑊ℎ. 𝑊𝑐𝑢. 8760. (
𝐼 𝐿
𝐼 𝑅
)2
(3)
Onde:
i é a taxa de desconto, expressa em percentagem por ano (%/ano);
n é a vida útil, expressa em anos;
CkWh é o preço do quilowatt-hora (R$/kWh);
8760 é o número de horas do ano (h/ano);
W0 é a perda em vazio (W);
Wcu é a perda em carga (W);
IL é a corrente média de carga (A);
IR é a a corrente nominal (A).
Esta equação assume que o preço da energia e a carga são constantes durante
a vida útil do transformador.
Usualmente, os valores Cw0 e CwL são informados aos fabricantes de
transformador quando do pedido de cotação. Assim, eles podem iniciar um processo
de projeto do transformador de modo a obter o transformador que apresenta o melhor
desempenho utilizando a equação. O resultado deste processo aponta o
transformador economicamente viável, isto é, o transformador que apresenta o menor
custo durante a vida útil (BOUWMAN et. al., 2003).
3. O PROJETO
Consiste em uma análise dos dados de perdas entre dois transformadores de
distribuição isolados a óleo mineral (um padrão de “nível E” e um eficiente de “nível
D”), através da capitalização de perdas, para indicar qual o melhor equipamento em
termos de eficiência e justificar se o mesmo é viável economicamente.
Ressaltando que o transformador de nível D foi escolhido para este estudo
devido à Coelba investir nestes para os próximos lotes de compra, sendo um
experimento para analisar seu comportamento no sistema e avaliá-lo.
De acordo com o Engenheiro de análise técnica de equipamentos elétricos da
Coelba, José Humberto, tecnicamente seria viável o uso de transformadores de nível
A ou B para redução das perdas elétricas no sistema de distribuição da Coelba, mas
o elevado custo do equipamento que provém da melhor qualidade do material (como
o núcleo amorfo) inviabiliza no investimento para aplicação em cargas urbanas, pois
o tempo de vida útil não possui retorno financeiro, podendo até trazer prejuízo à
distribuidora. Somente seria viável o nível A ou B em determinadas cargas rurais, pois
pela análise feita da curva de carga durante um mês prova que durante o período
noturno o consumo é reduzido mais da metade em comparação ao consumo diurno.
Esse fenômeno gera altas perdas em vazio que são contabilizadas para a rede da
Coelba. Com o transformador de núcleo amorfo (sua característica é a redução das
perdas em vazio) seria o mais indicado a esse tipo de projeto. Humberto ainda afirma
que se o retorno do transformador nível D for positivo durante observação de um ano,
possivelmente, no próximo ano, será feita a compra do nível C para avaliação.
3.1 Metodologia Aplicada
É importante ressaltar que, para transformadores de propriedade Coelba, os
dados de perdas informado pelo fabricante tem tolerância de mais 10% para perdas
em vazio e mais 6% para perdas totais.
Por sigilo comercial da Coelba, este estudo não indicará os dados de perdas e
preço unitário informado pelo fabricante. Desse modo foi feita uma estimativa do preço
entre dois fabricantes e os valores de perdas máximas para cada nível (apresentadas
em negrito nas tabelas dos próximos itens) para obter uma noção dos valores
capitalizados.
Por haver diversos valores de potência para este tipo de equipamento, serão
analisados três projetos de transformador mais utilizados na Coelba, de potências 10
kVA, 30 kVA e 45 kVA dispostos a seguir:
3.1.1 Transformador de 10 kVA
Primeiro, será definido 10 kVA devido ao grande investimento dos mesmos
para o “Projeto Luz para Todos” que pelo Decreto nº 8.387 alterou o Decreto nº 7.520
prorrogando o prazo do programa até 2018. Os dados de perdas estão apresentados
na Tabela 3:
Tabela 3 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de
curto-circuito para transformador monofásico com tensão de 10 kV com tensões máximas de 15 kV.
Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada)
Potência do
transformador
kVA
Eficiência
Perda
em
vazio
Perda
total
Rendimento
mínimo C=0,5
e FP=0,92
Corrente
de
excitação
Tensão de
curto-
circuito
Nível W W % % %
10
A 30 160 98,66
2,7 2,5
B 35 180 98,47
C 40 200 98,29
D 45 225 98,08
E 50 245 97,9
Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue
na Tabela 4:
Tabela 4 – Preço final capitalizado para transformador de 10 kVA. Fonte: Autoria própria
Transformador
10 kVA
Perdas
durante
10 anos
(R$)
Preço
médio
unitário
(R$)
Preço
Final (R$)
Nº de
transformadores
TOTAL (R$)
Nível E 639,36 1.500,00 2.139,36
111.624
238.803.796,26
Nível D 576,36 1.522,50 2.098,86 234.283.194,76
A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 1,89%. E supondo que a
quantidade de transformadores de 10 kVA em operação (com 111.624 até outubro de
2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$
4.520.601,50.
3.1.2 Transformador de 30 kVA
Segundo, será definido 30 kVA devido a potência média atual da
Concessionária. Através da potência média, pode-se obter uma noção da
capitalização de perdas médio para um investimento futuro. Os dados de perdas estão
apresentados na Tabela 5:
Tabela 5 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de
curto-circuito para transformador trifásico com tensão de 30 kV com tensões máximas de 15 kV.
Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada)
Potência do
transformador
kVA
Eficiência
Perda
em
vazio
Perda
total
Rendimento
mínimo
C=0,5 e
FP=0,92
Corrente de
excitação
Tensão de
curto-circuito
Nível W W % % %
30
A 75 445 98,8
3,6 3,5
B 90 495 98,63
C 110 560 98,41
D 130 630 98,19
E 150 695 97,97
Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue na
Tabela 6:
Tabela 6 – Preço final capitalizado para transformador de 30 kVA. Fonte: Autoria própria
Transformador
30 kVA
Perdas
durante
10 anos
(R$)
Preço
médio
unitário
(R$)
Preço
Final (R$)
Nº de
transformadores
TOTAL (R$)
Nível E 3.319,27 3.500,00 6.819,27
20.035
136.624.030,80
Nível D 2.954,02 3.552,50 6.506,52 130.358.047,18
A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 4,59%. E supondo que a
quantidade de transformadores de 30 kVA em operação (com 20.035 até outubro de
2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$
6.265.983,62.
3.1.3 Transformador de 45 kVA
Por último, será definido 45 kVA devido ao maior número de compras do
mesmo em comparação a outras potências da Concessionária. Os dados de perdas
estão apresentados na Tabela 7:
Tabela 7 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de
curto-circuito para transformador trifásico com tensão de 45 kV com tensões máximas de 15 kV.
Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada)
Potência do
transformador
kVA
Eficiência
Perda
em
vazio
Perda
total
Rendimento
mínimo C=0,5
e FP=0,92
Corrente
de
excitação
Tensão de
curto-circuito
Nível W W % % %
45
A 100 610 98,91
3,2 3,5
B 115 670 98,79
C 140 760 98,59
D 170 855 98,38
E 195 945 98,19
Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue na
Tabela 8:
Tabela 8 – Preço final capitalizado para transformador de 45 kVA. Fonte: Autoria própria
Transformador
45 kVA
Perdas
durante
10 anos
(R$)
Preço
médio
unitário
(R$)
Preço
Final (R$)
Nº de
transformadores
TOTAL (R$)
Nível E 4.431,02 4.374,68 8.805,70
20.061
176.651.226,62
Nível D 3.950,01 4.440,30 8.390,31 168.317.940,31
A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 4,72%. E supondo que a
quantidade de transformadores de 45 kVA em operação (com 20.061 até outubro de
2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$
8.333.286,31.
3.2 Plano de Investimento
Com base nas informações obtidas nos cálculos de capitalização de perdas, do
item anterior, além de cálculos de transformadores acima de 45 kVA não
demonstrados neste trabalho, mas apresentados na Figura 1, percebe-se que mesmo
em maior quantidade de transformadores em operação, o de 10 kVA não tem
significância em relação aos demais apresentados.
O mais recomendado seria investir a partir de 30 kVA, principalmente o de 75
kVA que teria o maior retorno financeiro, onde a diferença entre os dois níveis (E e D)
é de 11,27%, e supondo que a quantidade de transformadores em operação (com
20.166 até outubro de 2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a
economia seria de R$ 15.013.117,43.
Para melhor entendimento dessa análise, os gráficos da Figura 1 e Figura 2 a
seguir demonstram detalhadamente o estudo:
Figura 1 - Diferença do Preço Final entre Transformadores de Nível E e D e suas respectivas
potências.
Fonte: Autoria própria
1,89%
4,59% 4,72%
11,27% 11,16% 11,18%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
10kVA 30kVA 45kVA 75kVA 150kVA 300kVA
PERCENTUAL
POTÊNCIA
Diferença do Preço Final entre Transformadores de Nível
E e D e suas respectivas potências
Figura 2 - Prioridade no investimento com base na Quantidade de transformadores instalados x
Economia na substituição do Nível E para o D.
Fonte: Autoria própria
4. RESULTADOS ALCANÇADOS
Este trabalho demonstrou como é feito o cálculo de capitalização de perdas
para determinar o melhor projeto de transformador para um investimento que obtenha
um payback e que haja redução de perdas elétricas no sistema da Coelba.
Segundo o Engenheiro Especialista da Coelba, Marcus Vinícius A. Alves,
entrevistado no dia 14 de setembro de 2015, isto pode facilitar o emprego de
transformadores eficientes na Coelba e demais distribuidoras, desde que seja feito um
estudo aprofundado para a aplicação de cada projeto dependendo de outras variáveis,
como locais propícios a descargas atmosféricas por exemplo, onde o investimento
possui riscos capitalizando as perdas baseando na vida útil de 10 anos, podendo
haver avaria do equipamento muito antes do planejado se não realizar manutenções
periódicas e possuir instalado para-raios para proteção do mesmo.
Foi comprovado que é viável técnico e financeiramente o investimento em
transformadores eficientes de nível D, principalmente para transformadores de
potência de 75 kVA por conter perdas elétricas mais consideráveis no nível E em
relação ao nível D.
Por questões da crise do setor elétrico atualmente, é necessário investir em
eficiência energética e, teoricamente, se fosse investido somente na compra de
transformadores nível D e os mesmos fossem substituídos pelos transformadores de
nível E, por exemplo, haveria uma eficiência no sistema da distribuidora onde somente
com essa redução já seria suficiente para evitar de gerar 16,15% dos 65 MW médios
da Termopernambuco - Termope (empresa do grupo Neoenergia) para a Coelba
(sendo este o contrato de venda de energia feito entre as duas empresas).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O preço final de um transformador consiste em várias parcelas, incluindo o
preço de compra, o valor das perdas de energia, os custos de manutenção e reparos
e de alienação. O preço de compra e o valor das perdas de energia são os fatores-
chave para comparação de projetos de transformadores diferentes.
Usualmente os custos são convertidos para o momento da compra
determinando seu valor presente através do uso de capitalização de perdas.
No estudo, foi realizado a comparação entre transformadores de nível de
perdas E e D, categorizado por suas respectivas potências. Separando por classe de
potência, mostrou-se mais nítido em qual transformador deve ser investido para obter
o melhor retorno financeiro e redução de perdas elétricas no sistema da Companhia,
podendo trazer diversos benefícios. Foi provado que mesmo em maior quantidade em
relação aos demais, os transformadores de 10 kVA não são tão relevantes para o
investimento do nível D, diferente dos transformadores de 75 kVA que seriam os mais
viáveis economicamente. Porém, seria viável a substituição de transformadores de 10
kVA de nível D por equipamentos de nível E ao longo do tempo em que o último fosse
avariado.
A redução de perdas em transformadores de distribuição pode contribuir para
minimizar o efeito da emissão de gases de efeito estufa, no caso das termelétricas, e
a energia economizada com a substituição de transformadores eficientes representa
vantagens à Coelba, demais concessionárias e à sociedade em geral.
REFERÊNCIAS
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Cálculo das perdas na
distribuição referentes ao 3º Ciclo de Revisão Tarifária Periódica da
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Coelba. Nota Técnica n°
0085/2013-SRD/ANEEL. Abril, 2013.
ARAUJO, A. C. M., 2007, Perdas e Inadimplência na Atividade de Distribuição
de Energia Elétrica no Brasil. Tese de D.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5440:
Transformadores para redes aéreas de distribuição – Requisitos. Rio de Janeiro,
2014.
BOUWMAN, S. et. al. Cost savings by low-loss distribution transformers: the
influence of fluctuating loads and energy price on the economic optimum.
KEMA T&D, September 2003.
COELBA - NEOENERGIA – Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Grupo
Neoenergia. VR01.02-00.001: Especificação de Transformadores de
distribuição. Salvador, 2014.
EL-KHATTAM, W. et. al. An Integrated Distributed Generation Optimization
Model for Distribution System Planning. IEEE Transactions on Power Systems,
v.20, n.2, pp. 1158-1165.
FITZGERALD, A.E. et. al. Máquinas elétricas – Introdução aos transformadores.
Bookman, v.6, n.2, pp.69-70, 2006.
GUIMARÃES, Hanny. O SETOR ELÉTRICO – Mudança de tensão e hábitos
(Radiografia de transformadores). Disponível em:
<http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/74-mudanca-de-tensao-e-
habitos-radiografia-de-transformadores-.html> Acesso em: 20 mar 2015.
LACTEC. Redução da Taxa de Falhas de Transformadores de Distribuição de
classes 15kV e 36,2kV na COELBA. Instituto de Tecnologia para o
Desenvolvimento, UFPR – Centro Politécnico, Curitiba, 2012.
OLIVEIRA, L.W. Reconfiguração e Alocação Ótima de Capacitores em Sistemas
de Distribuição. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, 2009.
PICANÇO, A. F. Avaliação Econômica de Transformadores de Distribuição com
Base no Carregamento e Eficiência Energética. Dissertação – Universidade
Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009.
PICANÇO, A.F. Desenvolvimento de uma Metodologia para a Aplicação de
Transformadores Eficientes com Base nos Perfis de Carregamento. Tese
(Doutorado) – Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009.
PICANÇO, A.F. et. al. Uma Metodologia de Busca Otimizada de
Transformadores de Distribuição Eficiente para qualquer Demanda.
Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Federal de Itajubá, Minas
Gerais, 2009.
PICANÇO, A.F. et. al. Perdas Oriundas em Transformadores Operando em
Sobrecarga. XII ERIAC, Décimo Segundo Encontro Regional Ibero-Americano do
CIGRÉ, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, maio de 2007.
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Catarina, p 12-14, out. 2000.
SALUSTIANO, R.; MARTÍNEZ, M. L. B. Estado da Arte Sobre o Uso de
Condutores em Cobre e Alumínio na Fabricação de Transformadores de
Distribuição. Artigo - Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2012.
TAVARES, E.E.; ZAMPOLLI, M. PROCOBRE. Otimização da transformação em
redes de distribuição aérea. Instituto Brasileiro do Cobre, International Copper
Association, São Paulo, 2010.
VALE, Thaís. FEA USP. Energia hidrelétrica no Brasil: Crise de investimentos e
estiagem. Disponível em: < https://www.portalfea.fea.usp.br/fea/noticias/energia-
hidreletrica-no-brasil-crise-de-investimentos-e-estiagem> Acesso em: 20 nov 2015.
VARELA, Ivana. Procel. Transformadores de rede de distribuição terão etiqueta
de eficiência energética. Disponível em:
<http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View={8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD-
CAF4CDD2BC34}&Team=&params=itemID={ABAE3669-1646-41EE-92B9-
C6E6D7D1D80E};&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}>
Acesso em: 20 mar 2015.

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Análise de transformadores de distribuição visando redução de perdas no sistema elétrico da Coelba

  • 1. * Graduando em Engenharia Elétrica, victorquinteiro@hotmail.com ** Prof. Orientador. Mestre em Energia, Universidade Salvador, paulo.andrade@pro.unifacs.br ANÁLISE DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO VISANDO REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTEMA ELÉTRICO DA COELBA Victor de Souza Quinteiro* Paulo Andrade Souza** Resumo Os transformadores de distribuição são uns dos equipamentos mais importantes na rede de distribuição. A aplicação deste equipamento é acompanhada por diversas perdas que acarretam custos na operação da distribuição. Uma alternativa para redução das perdas de energia é investir em transformadores que possuam perdas reduzidas, mantendo-se viáveis economicamente. A proposta deste trabalho é analisar um transformador eficiente que reduza as perdas elétricas no sistema da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) utilizando o cálculo de capitalização de perdas. Palavras-chave: Transformador de distribuição, perdas, capitalização de perdas, Coelba. Abstract Distribution transformers are one of the most important equipment in the distribution network. The application of this equipment is accompanied by various losses that have costs in the operation of distribution. An alternative to reducing losses is to invest in transformers having low losses, while remaining economically viable. The purpose of this paper is to analyze an efficient transformer that reduces the electrical losses in Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) system using the capitalization of losses calculation. Keywords: Distribution transformer, losses, capitalization of losses, Coelba. 1. INTRODUÇÃO Em 1885, George Westinghouse Jr. compra os direitos da patente de Goulard- Gibbs, apresentados na Feira Internacional de Turim em 1884, para construir transformadores de corrente alternada e encarrega William Stanley dessa tarefa, onde o mesmo desenvolveu o primeiro modelo comercial do que, naquele momento, nomeou-se de “transformador” (GUIMARÃES, 2009). Desde a sua criação até hoje, é um dos mais importantes equipamentos, principalmente no sistema de potência, onde o mesmo é aplicado em uma variedade de atividades. O Brasil atualmente passa por um momento difícil no setor elétrico. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia
  • 2. Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, em 2014, a falta de chuvas elevou os preços de energia de curto prazo, com acionamento de térmicas mais caras, enquanto as distribuidoras tiveram que arcar com fortes gastos no mercado de energia de curto prazo para atender a demanda. Com isso, tanto os consumidores como as distribuidoras saem prejudicadas. As soluções mais buscadas no momento para amenizar o alto consumo de energia elétrica é a aplicação da eficiência energética em todo o sistema, desde as residências até a geração primária de energia elétrica. Para atingir esse objetivo o melhor a se fazer, além de adotar novas tecnologias mais eficientes, é mudar o hábito no conceito de otimização do sistema elétrico para redução das perdas elétricas e a conscientização da população em geral para diminuir o consumo excessivo da energia elétrica. Na rede de distribuição, somente os transformadores são responsáveis por 33,3% das perdas onde o mesmo atua (PICANÇO et. al., 2007). Além de acarretar custos para a concessionária, a energia desperdiçada dessas perdas gera um impacto considerável no sistema elétrico, onde essa energia perdida poderia ser utilizada de modo eficiente e, também reduziria na conta dos consumidores. Portanto, uma das soluções para a redução destas perdas é estudar a aplicação de transformadores eficientes. Segundo o estudo realizado em Paraisópolis, com o uso de transformadores de alta eficiência, adequadamente projetados, é possível economizar 2 MWh por ano por transformador de 100 kVA, só em redução de perdas, sem contar a melhoria dos indicadores técnicos e a redução dos custos operacionais. Este trabalho tem o objetivo de apresentar um estudo de caso do sistema de distribuição da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) – Neoenergia analisando a viabilidade econômica no investimento de transformadores de distribuição (à óleo isolante mineral e vegetal) eficientes por meio da capitalização de perdas, comparando a um projeto de transformador padrão adotado pela Distribuidora, assim, provando que optar por equipamentos mais eficientes reduzirá nas perdas elétricas do sistema da Companhia, obtendo um retorno financeiro.
  • 3. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em novembro de 2015, 85% dos reservatórios das hidrelétricas está com nível menor do que o registrado em 2001, que foi o ano de racionamento de energia no país. Isso porque a estiagem atingiu 18 dos 21 principais reservatórios do país. Com a falta de chuvas e o baixo nível das represas, as termelétricas foram incorporadas ao sistema para manter a produção energética, elevando o custo do megawatt/hora (MWh) a patamares recordes (VALE, 2015). A eficiência energética é um dos meios de amenizar esta atual crise do sistema elétrico. Estão sendo desenvolvidos programas de redução no consumo de energia, desde o simples ato do uso consciente da eletricidade à desenvolvimento de equipamentos de alta eficiência. Os transformadores de potência aplicados em subestações e linhas de transmissão são equipamentos de alta eficiência, pois seu papel tem uma importância relevante onde será aplicado. Porém, os transformadores de rede de distribuição padrão - segundo a NBR5440:2014, são determinados com nível de isolamento com classe de tensão de 15 kV até 36,2 kV - são construídos com materiais de menor qualidade (comparando aos transformadores acima de 36,2 kV) para atender a preços compatíveis ao mercado. Isso levou o Ministério de Minas e Energia a regulamentar a especificação de Etiqueta de Eficiência Energética em transformadores de redes de distribuição em líquido isolante. A etiqueta indica o grau de consumo do aparelho semelhante ao aplicado em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos elétricos (VARELA, 2013). Essa iniciativa foi feita pelo Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), que iniciou essa discussão em 2005, e a pedido da Eletrobras, foi aberto um projeto para o assunto. Desde então mais um novo produto foi aprovado no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, portanto, vai receber a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). A partir de janeiro de 2014, com base na portaria interministerial número 104, de 22 de março de 2013, somente poderão ser comercializados no Brasil transformadores etiquetados com base no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, no prazo de dois anos, novos níveis de
  • 4. desempenho devem ser propostos, buscando os melhores desempenhos das máquinas e das tecnologias disponíveis, para uma rede de distribuição eficiente (PROCEL, 2013). A ABNT atualizou a norma NBR 5440:2014 – Transformadores para redes aéreas de distribuição, onde a errata acrescenta em todas as tabelas de ensaios de perdas, os níveis de eficiência que vão de A até E, sendo do mais ao menos eficiente respectivamente. Geralmente, o hábito, especialmente das concessionárias, na compra de transformadores é escolher o projeto de transformador que indica menor custo total, sendo um projeto de transformador padrão (geralmente de nível E) que possui um menor tempo de retorno do investimento. Porém, é importante visar que quando se compara as perdas acumuladas ao longo de sua vida útil, o custo adicional destes equipamentos mais eficientes pode compensar, além de reduzir o impacto de perda de energia na rede de distribuição, resulta em uma economia energética e financeira para ambos os lados: concessionária e consumidor (ARAUJO, 2007). Estas perdas causam na quantidade de energia comprada e, por tanto, na receita da distribuidora. Este impacto é refletido na revisão tarifária e no benefício auferido aos consumidores. É atribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabelecer um valor de repasse das perdas de energia para as tarifas de forma transparente e que incentive a eficiência (OLIVEIRA, 2009). Esse aumento da eficiência beneficia tanto para a distribuidora que aumenta a receita reduzindo os riscos de investimento, quanto para os consumidores através da modicidade tarifária (EL-KHATTAM, 2005). Para obter uma noção de como as perdas são elevadas no país, foi realizado um estudo pela Cepel, em 2007, onde mostra que a perda técnica total é de 22.169,3 MWh por dia nos transformadores de sistema de distribuição do Brasil. O que corresponde a um custo de R$ 6.847.206,08 por dia, considerando a tarifa média de energia elétrica no valor de 1 MWh = R$ 308,86 com base no ano do estudo. 2.1 Perdas de Energia No transformador, as perdas são de natureza elétrica e magnética. Tais perdas podem parecer insignificantes quando comparadas com a potência nominal do
  • 5. equipamento, porém, numa opção para escolha, elas definem qual será o transformador a ser adquirido (PRINZ, 2000). As perdas no setor de distribuição são separadas em “perdas técnicas” e “perdas não técnicas ou comerciais”. Pela definição da ANEEL: A perda técnica decorre das leis da física, podendo ser de origem térmica, magnética ou dielétrica, sendo a energia elétrica dissipada proveniente dos suprimentos de energia da distribuidora e os pontos de entrega nas instalações das unidades consumidoras ou distribuidoras supridas. Já a perda comercial está relacionada à gestão comercial da distribuidora, sendo causado pelo furto de energia e erros de medição, onde é contabilizada pela diferença entre as perdas técnicas e as perdas totais. Segundo a Procobre (International Copper Association, 2010), num esclarecimento sobre as perdas, tem-se: Perdas em Vazio (ocorrem no núcleo de ferro):  Histerese: se refere à energia perdida durante a inversão do campo magnético no núcleo quando aplicada uma tensão alternada no enrolamento primário.  Foucault: é uma perda de potência causada pelas correntes circulantes que surgem em percursos fechados dentro do corpo de um material ferromagnético devido à ação do fluxo variável. Perdas em Carga (ocorrem nos enrolamentos):  Perdas Joule: ocorre devida a resistência ôhmica dos condutores que compõe os enrolamentos.  Perdas do fluxo de dispersão: são relacionadas à parcela do fluxo produzido pelo enrolamento primário e que não é aproveitado pelo secundário. Estas perdas dependem do material utilizado, da corrente elétrica, do carregamento do transformador e das características construtivas. A seguir, a Tabela 1 mostra claramente que as perdas técnicas de transformadores estão concentradas no subgrupo A4 e grupo B no sistema da Coelba, onde são definidas as variáveis de tarifas referentes a esses grupos no cálculo de capitalização de perdas, como segue no item 2.3.
  • 6. Tabela 1 - Perdas técnicas nos transformadores da Coelba discriminadas entre ferro e cobre. Fonte: Nota Técnica n° 0085/2013-SRD/ANEEL A Tabela 2 mostra o total de perdas técnicas (de todos os equipamentos) contabilizada na Concessionária. Tabela 2 - Montante de perdas no sistema de distribuição da Coelba. Fonte: Nota Técnica n° 0085/2013-SRD/ANEEL
  • 7. Analisando as Tabelas 1 e 2, percebe-se que somente as perdas dos transformadores compõem 27,21% de todas as perdas técnicas do sistema da Coelba. 2.2 Capitalização de perdas A descrição do texto a seguir retrata o que é definido no Anexo F (informativo) da norma ABNT NBR 5440:2014 e do normativo da Coelba VR01.02-00.001 – Especificação de Transformadores de Distribuição – 2014 sobre as perdas capitalizadas para o entendimento no processo do estudo. O preço final de um transformador consiste em várias parcelas, incluindo o preço de compra, o valor das perdas de energia, os custos de manutenção e reparos e de alienação. Geralmente, o fabricante tem interesse em fornecer o transformador mais barato, isto é, com menor custo final, que atenda aos requisitos de uma dada aplicação, fato baseado em compras da Coelba e nas demais distribuidoras. Na comparação de dois transformadores com preços e/ou perdas diferentes, recomenda-se levar em consideração que o valor do transformador é desembolsado no momento da aquisição enquanto as perdas ocorrem durante a vida útil do equipamento. Usualmente os custos são convertidos para o momento da compra determinando seu valor presente. Quando os transformadores são comparados com relação às perdas de energia, o processo é denominado avaliação ou capitalização de perdas. No processo de avaliação de perdas, três dados são necessários: preço de compra, perdas em carga e perdas em vazio. Para uma determinada perda em carga do transformador, convém que o comprador determine o custo por quilowatt, ou seja, o valor capitalizado das perdas (valor presente líquido) em carga durante a vida útil do transformador ou por um período menor, 5 a 10 anos (antes definido em 25 anos, mas recentemente foi provado pelo estudo da LACTEC, em 2012, que a média é de 10 anos, assumido pela Coelba). Este custo é baseado na carga esperada do transformador no tempo e no valor médio do quilowatt-hora.
  • 8. De forma similar, para uma determinada perda em vazio do transformador, recomenda-se que o comprador determine o valor capitalizado das perdas em vazio. Convém que este custo se baseie no custo médio do quilowatt-hora e na taxa de desconto definida pelo comprador. Como os transformadores permanecem ligados à rede por praticamente 100% do tempo, e as perdas em vazio independem da carga, a curva de carga não é relevante. O preço médio do quilowatt-hora tende a ser menor do que para as perdas em carga, uma vez que as perdas em carga tendem a ser coincidentes com o pico de carga do sistema, momento em que a energia é muito cara. Se valores elevados para capitalização das perdas são escolhidos, transformadores com baixas perdas e custo de investimento mais elevado tendem a ser favorecidos. Entretanto, se o valor da capitalização for zero, o comprador efetivamente elimina a avaliação de perdas da decisão de compra, o que favorece o transformador mais barato. Assim, o custo total (CTotal) de um transformador pode ser expresso pela soma do custo de aquisição (CAquisição), o custo das perdas em vazio e o custo das perdas em carga, de acordo com a equação abaixo: CTotal = CAquisição + Cw0 + CwL (1) Onde: Cw0 é o custo das perdas capitalizadas em vazio (R$); CwL é o custo das perdas capitalizadas em carga (R$). Cw0 e CwL dependem da expectativa de carga do transformador e do preço da energia, além de outros fatores. A escolha dos fatores Cw0 e CwL são difíceis, uma vez que a carga futura do transformador não é conhecida. O valor do quilowatt-hora a ser utilizado também é difícil de ser previsto durante a vida útil do transformador. Finalmente, a taxa de desconto, durante a vida útil do transformador, pode ser difícil de determinar. A seguir, é mostrado um método simples de determinação dos fatores Cw0 e CwL. Aqui é considerado apenas o preço do transformador e das perdas durante sua vida útil. Mas será realizado o cálculo com todas suas variáveis de acordo com a norma VR01.02-00.001 (2014) da Coelba, só que por motivo das fórmulas serem
  • 9. extensas, será indicado a fórmula base já considerando todos os custo das perdas durante a vida útil do transformador. Os fatores Cw0 e CwL são calculados a seguir: 𝐶 𝑤0 = (1+𝑖) 𝑛 𝑖(1+𝑖) 𝑛 . 𝐶 𝑘𝑊ℎ. 𝑊0. 8760 (2) 𝐶 𝑤𝐿 = (1+𝑖) 𝑛−1 𝑖(1+𝑖) 𝑛 . 𝐶 𝑘𝑊ℎ. 𝑊𝑐𝑢. 8760. ( 𝐼 𝐿 𝐼 𝑅 )2 (3) Onde: i é a taxa de desconto, expressa em percentagem por ano (%/ano); n é a vida útil, expressa em anos; CkWh é o preço do quilowatt-hora (R$/kWh); 8760 é o número de horas do ano (h/ano); W0 é a perda em vazio (W); Wcu é a perda em carga (W); IL é a corrente média de carga (A); IR é a a corrente nominal (A). Esta equação assume que o preço da energia e a carga são constantes durante a vida útil do transformador. Usualmente, os valores Cw0 e CwL são informados aos fabricantes de transformador quando do pedido de cotação. Assim, eles podem iniciar um processo de projeto do transformador de modo a obter o transformador que apresenta o melhor desempenho utilizando a equação. O resultado deste processo aponta o transformador economicamente viável, isto é, o transformador que apresenta o menor custo durante a vida útil (BOUWMAN et. al., 2003). 3. O PROJETO Consiste em uma análise dos dados de perdas entre dois transformadores de distribuição isolados a óleo mineral (um padrão de “nível E” e um eficiente de “nível D”), através da capitalização de perdas, para indicar qual o melhor equipamento em termos de eficiência e justificar se o mesmo é viável economicamente.
  • 10. Ressaltando que o transformador de nível D foi escolhido para este estudo devido à Coelba investir nestes para os próximos lotes de compra, sendo um experimento para analisar seu comportamento no sistema e avaliá-lo. De acordo com o Engenheiro de análise técnica de equipamentos elétricos da Coelba, José Humberto, tecnicamente seria viável o uso de transformadores de nível A ou B para redução das perdas elétricas no sistema de distribuição da Coelba, mas o elevado custo do equipamento que provém da melhor qualidade do material (como o núcleo amorfo) inviabiliza no investimento para aplicação em cargas urbanas, pois o tempo de vida útil não possui retorno financeiro, podendo até trazer prejuízo à distribuidora. Somente seria viável o nível A ou B em determinadas cargas rurais, pois pela análise feita da curva de carga durante um mês prova que durante o período noturno o consumo é reduzido mais da metade em comparação ao consumo diurno. Esse fenômeno gera altas perdas em vazio que são contabilizadas para a rede da Coelba. Com o transformador de núcleo amorfo (sua característica é a redução das perdas em vazio) seria o mais indicado a esse tipo de projeto. Humberto ainda afirma que se o retorno do transformador nível D for positivo durante observação de um ano, possivelmente, no próximo ano, será feita a compra do nível C para avaliação. 3.1 Metodologia Aplicada É importante ressaltar que, para transformadores de propriedade Coelba, os dados de perdas informado pelo fabricante tem tolerância de mais 10% para perdas em vazio e mais 6% para perdas totais. Por sigilo comercial da Coelba, este estudo não indicará os dados de perdas e preço unitário informado pelo fabricante. Desse modo foi feita uma estimativa do preço entre dois fabricantes e os valores de perdas máximas para cada nível (apresentadas em negrito nas tabelas dos próximos itens) para obter uma noção dos valores capitalizados. Por haver diversos valores de potência para este tipo de equipamento, serão analisados três projetos de transformador mais utilizados na Coelba, de potências 10 kVA, 30 kVA e 45 kVA dispostos a seguir:
  • 11. 3.1.1 Transformador de 10 kVA Primeiro, será definido 10 kVA devido ao grande investimento dos mesmos para o “Projeto Luz para Todos” que pelo Decreto nº 8.387 alterou o Decreto nº 7.520 prorrogando o prazo do programa até 2018. Os dados de perdas estão apresentados na Tabela 3: Tabela 3 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de curto-circuito para transformador monofásico com tensão de 10 kV com tensões máximas de 15 kV. Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada) Potência do transformador kVA Eficiência Perda em vazio Perda total Rendimento mínimo C=0,5 e FP=0,92 Corrente de excitação Tensão de curto- circuito Nível W W % % % 10 A 30 160 98,66 2,7 2,5 B 35 180 98,47 C 40 200 98,29 D 45 225 98,08 E 50 245 97,9 Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue na Tabela 4: Tabela 4 – Preço final capitalizado para transformador de 10 kVA. Fonte: Autoria própria Transformador 10 kVA Perdas durante 10 anos (R$) Preço médio unitário (R$) Preço Final (R$) Nº de transformadores TOTAL (R$) Nível E 639,36 1.500,00 2.139,36 111.624 238.803.796,26 Nível D 576,36 1.522,50 2.098,86 234.283.194,76 A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 1,89%. E supondo que a quantidade de transformadores de 10 kVA em operação (com 111.624 até outubro de 2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$ 4.520.601,50.
  • 12. 3.1.2 Transformador de 30 kVA Segundo, será definido 30 kVA devido a potência média atual da Concessionária. Através da potência média, pode-se obter uma noção da capitalização de perdas médio para um investimento futuro. Os dados de perdas estão apresentados na Tabela 5: Tabela 5 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de curto-circuito para transformador trifásico com tensão de 30 kV com tensões máximas de 15 kV. Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada) Potência do transformador kVA Eficiência Perda em vazio Perda total Rendimento mínimo C=0,5 e FP=0,92 Corrente de excitação Tensão de curto-circuito Nível W W % % % 30 A 75 445 98,8 3,6 3,5 B 90 495 98,63 C 110 560 98,41 D 130 630 98,19 E 150 695 97,97 Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue na Tabela 6: Tabela 6 – Preço final capitalizado para transformador de 30 kVA. Fonte: Autoria própria Transformador 30 kVA Perdas durante 10 anos (R$) Preço médio unitário (R$) Preço Final (R$) Nº de transformadores TOTAL (R$) Nível E 3.319,27 3.500,00 6.819,27 20.035 136.624.030,80 Nível D 2.954,02 3.552,50 6.506,52 130.358.047,18 A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 4,59%. E supondo que a quantidade de transformadores de 30 kVA em operação (com 20.035 até outubro de 2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$ 6.265.983,62.
  • 13. 3.1.3 Transformador de 45 kVA Por último, será definido 45 kVA devido ao maior número de compras do mesmo em comparação a outras potências da Concessionária. Os dados de perdas estão apresentados na Tabela 7: Tabela 7 – Comparação entre Nível E e D em valores de perdas, correntes de excitação e tensões de curto-circuito para transformador trifásico com tensão de 45 kV com tensões máximas de 15 kV. Fonte: NBR 5440:2014 (adaptada) Potência do transformador kVA Eficiência Perda em vazio Perda total Rendimento mínimo C=0,5 e FP=0,92 Corrente de excitação Tensão de curto-circuito Nível W W % % % 45 A 100 610 98,91 3,2 3,5 B 115 670 98,79 C 140 760 98,59 D 170 855 98,38 E 195 945 98,19 Utilizando o cálculo de capitalização de perdas, o preço final capitalizado segue na Tabela 8: Tabela 8 – Preço final capitalizado para transformador de 45 kVA. Fonte: Autoria própria Transformador 45 kVA Perdas durante 10 anos (R$) Preço médio unitário (R$) Preço Final (R$) Nº de transformadores TOTAL (R$) Nível E 4.431,02 4.374,68 8.805,70 20.061 176.651.226,62 Nível D 3.950,01 4.440,30 8.390,31 168.317.940,31 A diferença entre os dois níveis (E e D) é de 4,72%. E supondo que a quantidade de transformadores de 45 kVA em operação (com 20.061 até outubro de 2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$ 8.333.286,31.
  • 14. 3.2 Plano de Investimento Com base nas informações obtidas nos cálculos de capitalização de perdas, do item anterior, além de cálculos de transformadores acima de 45 kVA não demonstrados neste trabalho, mas apresentados na Figura 1, percebe-se que mesmo em maior quantidade de transformadores em operação, o de 10 kVA não tem significância em relação aos demais apresentados. O mais recomendado seria investir a partir de 30 kVA, principalmente o de 75 kVA que teria o maior retorno financeiro, onde a diferença entre os dois níveis (E e D) é de 11,27%, e supondo que a quantidade de transformadores em operação (com 20.166 até outubro de 2015) fossem substituídos para transformadores de nível D, a economia seria de R$ 15.013.117,43. Para melhor entendimento dessa análise, os gráficos da Figura 1 e Figura 2 a seguir demonstram detalhadamente o estudo: Figura 1 - Diferença do Preço Final entre Transformadores de Nível E e D e suas respectivas potências. Fonte: Autoria própria 1,89% 4,59% 4,72% 11,27% 11,16% 11,18% 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 10kVA 30kVA 45kVA 75kVA 150kVA 300kVA PERCENTUAL POTÊNCIA Diferença do Preço Final entre Transformadores de Nível E e D e suas respectivas potências
  • 15. Figura 2 - Prioridade no investimento com base na Quantidade de transformadores instalados x Economia na substituição do Nível E para o D. Fonte: Autoria própria 4. RESULTADOS ALCANÇADOS Este trabalho demonstrou como é feito o cálculo de capitalização de perdas para determinar o melhor projeto de transformador para um investimento que obtenha um payback e que haja redução de perdas elétricas no sistema da Coelba. Segundo o Engenheiro Especialista da Coelba, Marcus Vinícius A. Alves, entrevistado no dia 14 de setembro de 2015, isto pode facilitar o emprego de transformadores eficientes na Coelba e demais distribuidoras, desde que seja feito um estudo aprofundado para a aplicação de cada projeto dependendo de outras variáveis, como locais propícios a descargas atmosféricas por exemplo, onde o investimento possui riscos capitalizando as perdas baseando na vida útil de 10 anos, podendo haver avaria do equipamento muito antes do planejado se não realizar manutenções periódicas e possuir instalado para-raios para proteção do mesmo. Foi comprovado que é viável técnico e financeiramente o investimento em transformadores eficientes de nível D, principalmente para transformadores de
  • 16. potência de 75 kVA por conter perdas elétricas mais consideráveis no nível E em relação ao nível D. Por questões da crise do setor elétrico atualmente, é necessário investir em eficiência energética e, teoricamente, se fosse investido somente na compra de transformadores nível D e os mesmos fossem substituídos pelos transformadores de nível E, por exemplo, haveria uma eficiência no sistema da distribuidora onde somente com essa redução já seria suficiente para evitar de gerar 16,15% dos 65 MW médios da Termopernambuco - Termope (empresa do grupo Neoenergia) para a Coelba (sendo este o contrato de venda de energia feito entre as duas empresas). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O preço final de um transformador consiste em várias parcelas, incluindo o preço de compra, o valor das perdas de energia, os custos de manutenção e reparos e de alienação. O preço de compra e o valor das perdas de energia são os fatores- chave para comparação de projetos de transformadores diferentes. Usualmente os custos são convertidos para o momento da compra determinando seu valor presente através do uso de capitalização de perdas. No estudo, foi realizado a comparação entre transformadores de nível de perdas E e D, categorizado por suas respectivas potências. Separando por classe de potência, mostrou-se mais nítido em qual transformador deve ser investido para obter o melhor retorno financeiro e redução de perdas elétricas no sistema da Companhia, podendo trazer diversos benefícios. Foi provado que mesmo em maior quantidade em relação aos demais, os transformadores de 10 kVA não são tão relevantes para o investimento do nível D, diferente dos transformadores de 75 kVA que seriam os mais viáveis economicamente. Porém, seria viável a substituição de transformadores de 10 kVA de nível D por equipamentos de nível E ao longo do tempo em que o último fosse avariado. A redução de perdas em transformadores de distribuição pode contribuir para minimizar o efeito da emissão de gases de efeito estufa, no caso das termelétricas, e a energia economizada com a substituição de transformadores eficientes representa vantagens à Coelba, demais concessionárias e à sociedade em geral.
  • 17. REFERÊNCIAS ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Cálculo das perdas na distribuição referentes ao 3º Ciclo de Revisão Tarifária Periódica da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Coelba. Nota Técnica n° 0085/2013-SRD/ANEEL. Abril, 2013. ARAUJO, A. C. M., 2007, Perdas e Inadimplência na Atividade de Distribuição de Energia Elétrica no Brasil. Tese de D.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5440: Transformadores para redes aéreas de distribuição – Requisitos. Rio de Janeiro, 2014. BOUWMAN, S. et. al. Cost savings by low-loss distribution transformers: the influence of fluctuating loads and energy price on the economic optimum. KEMA T&D, September 2003. COELBA - NEOENERGIA – Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Grupo Neoenergia. VR01.02-00.001: Especificação de Transformadores de distribuição. Salvador, 2014. EL-KHATTAM, W. et. al. An Integrated Distributed Generation Optimization Model for Distribution System Planning. IEEE Transactions on Power Systems, v.20, n.2, pp. 1158-1165. FITZGERALD, A.E. et. al. Máquinas elétricas – Introdução aos transformadores. Bookman, v.6, n.2, pp.69-70, 2006. GUIMARÃES, Hanny. O SETOR ELÉTRICO – Mudança de tensão e hábitos (Radiografia de transformadores). Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/74-mudanca-de-tensao-e- habitos-radiografia-de-transformadores-.html> Acesso em: 20 mar 2015. LACTEC. Redução da Taxa de Falhas de Transformadores de Distribuição de classes 15kV e 36,2kV na COELBA. Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, UFPR – Centro Politécnico, Curitiba, 2012. OLIVEIRA, L.W. Reconfiguração e Alocação Ótima de Capacitores em Sistemas de Distribuição. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. PICANÇO, A. F. Avaliação Econômica de Transformadores de Distribuição com Base no Carregamento e Eficiência Energética. Dissertação – Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009.
  • 18. PICANÇO, A.F. Desenvolvimento de uma Metodologia para a Aplicação de Transformadores Eficientes com Base nos Perfis de Carregamento. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009. PICANÇO, A.F. et. al. Uma Metodologia de Busca Otimizada de Transformadores de Distribuição Eficiente para qualquer Demanda. Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2009. PICANÇO, A.F. et. al. Perdas Oriundas em Transformadores Operando em Sobrecarga. XII ERIAC, Décimo Segundo Encontro Regional Ibero-Americano do CIGRÉ, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, maio de 2007. PRINZ, C. WEG em revista. Matéria técnica. O melhor perde menos, Santa Catarina, p 12-14, out. 2000. SALUSTIANO, R.; MARTÍNEZ, M. L. B. Estado da Arte Sobre o Uso de Condutores em Cobre e Alumínio na Fabricação de Transformadores de Distribuição. Artigo - Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2012. TAVARES, E.E.; ZAMPOLLI, M. PROCOBRE. Otimização da transformação em redes de distribuição aérea. Instituto Brasileiro do Cobre, International Copper Association, São Paulo, 2010. VALE, Thaís. FEA USP. Energia hidrelétrica no Brasil: Crise de investimentos e estiagem. Disponível em: < https://www.portalfea.fea.usp.br/fea/noticias/energia- hidreletrica-no-brasil-crise-de-investimentos-e-estiagem> Acesso em: 20 nov 2015. VARELA, Ivana. Procel. Transformadores de rede de distribuição terão etiqueta de eficiência energética. Disponível em: <http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View={8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD- CAF4CDD2BC34}&Team=&params=itemID={ABAE3669-1646-41EE-92B9- C6E6D7D1D80E};&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}> Acesso em: 20 mar 2015.