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EDIÇÃO ESPECIAL
COMÊNIO:
A ARTE DE ENSINAR
E APRENDER
ISSN 1982 - 0283
Ano XX Boletim 15 - Outubro 2010
Sumário
Edição Especial
Comênio: a arte de ensinar e aprender
Proposta da edição especial
Comênio: a obra de uma vida e a vitalidade de uma obra ..........................................	 3
Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
3
PropOSTA DA EDIÇÃO ESPECIAL
Comênio: a obra de uma vida e a vitalidade de uma obra
				 			 Francisco Marques (Chico dos Bonecos)1
João Amós Comênio nasceu no dia 28 de
março de 1592, na região da Morávia, no
coração da Europa, atualmente República
Tcheca. O seu falecimento ocorreu no dia 15
de novembro de 1670, na cidade de Amster-
dã, na Holanda.
Seu nome de batismo era Jan Amos Ko-
mensky. Internacionalmente, seu nome é
conhecido na versão latinizada: Comenius.
Em Portugal, usa-se Coménio. Aqui, usa-se
também uma versão abrasileirada: Comê-
nio.
Sua vida está concentrada no século XVII,
mas precisamos sobrevoar também os sécu-
los XV e XVI para compreender as ações e as
ideias do nosso professor.
Nesse período, a Europa vive a agitada pas-
sagem da Idade Média para a Idade Mo-
derna: a expansão do comércio, as grandes
navegações, o crescimento das cidades, a
centralização do poder, as novas formas de
trabalho, os progressos técnicos...
Alimentando-se dessas transformações e
fornecendo novos alimentos a essas mesmas
transformações, surgem dois movimentos
vigorosos: o Renascimento e a Reforma.
Os pais de Comênio e toda a sua comunidade
participavam de uma das igrejas precursoras
da Reforma: a Unidade dos Irmãos Morávios.
Essas novas igrejas apresentavam muitos
pontos em comum. Por exemplo: promover
a leitura da Bíblia nas línguas nacionais.
Já nos primeiros anos de 1500, a Unidade dos
Irmãos Morávios publicou vários livros para
auxiliar o trabalho de evangelização. Em
1593, lançou a Bíblia totalmente traduzida
para a língua tcheca.
Para a Unidade dos Irmãos Morávios, por-
tanto, a educação das crianças era um com-
1	 Poeta e professor, formado em Letras pela UFMG. Desenvolve oficinas para professores em torno do tema
dos brinquedos e das brincadeiras. É autor, com Estêvão Marques, da peça radiofônica “Muitas coisas, poucas
palavras (A oficina do professor Comênio e a arte de ensinar e aprender)”, lançada pela Editora Peirópolis – de onde
foram extraídos vários trechos que compõem este texto. Consultor da edição especial.
4
promisso que se fortalecia na própria con-
cepção religiosa.
É por isso que a educação pública – e muito
especialmente o ensino fundamental público
– se fortalece com o movimento da Reforma.
Aluno e professor
Em 1608, aos dezesseis anos, Comênio vai
estudar em Prerov, na escola mantida pela
Unidade dos Irmãos Morávios. Da sua traje-
tória de aluno, Comênio reuniu experiências
e reflexões que fortaleceram o seu projeto
de mudar radicalmente a maneira de ensi-
nar:
Eu próprio, mísero homúnculo, sou um
desses muitos milhares que passaram e
gastaram miseravelmente a ameníssima
primavera da vida e os anos florescentes
da juventude nas banalidades da escola.
Ah! Quantas vezes, mais tarde, quando
comecei a ver as coisas um pouco me-
lhor, a recordação do tempo perdido me
arrancou suspiros do peito, lágrimas dos
olhos e gritos de dor do coração (Capí-
tulo XI, 13).
Em 1614, Comênio foi nomeado professor da
escola em que estudou. E promoveu grandes
mudanças: além de eliminar todos os casti-
gos corporais, incluiu novas disciplinas, in-
troduziu conversas, passeios, teatros, brin-
cadeiras e canções.
Em 1628, em plena Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), Comênio foi obrigado a deixar a
sua terra e se transformou num homem em
permanente exílio, mas sempre pensando,
escrevendo e trabalhando pela melhoria da
educação em diversos países: Polônia, Ingla-
terra, Suécia, Hungria e Holanda.
Comênio escreveu mais de duzentas obras.
Em 1631, publicou a obra que espalhou o seu
nome por muitos países: A porta aberta das
línguas. Em 1658, lançou uma obra inovado-
ra: O mundo sensível das imagens. Associando
as palavras às gravuras, esta obra é um dos
primeiros livros didáticos ilustrados para
criança.
Em 1632, em Leszno, na Polônia, Comênio
concluiu a obra Didática Tcheca. Em 1638,
concluiu a tradução da Didática Tcheca para
o latim – quando foi batizada com o nome
de Didática Magna.
Em 1657, em Amsterdã, na Holanda, a Didá-
tica Magna foi publicada, seguindo a reda-
ção de 1638.
Esta obra é um marco na história da edu-
cação. Um marco, também, na história das
reformas sociais: a ideia de “escola pública”,
uma escola para todos, nasce sob a forte ins-
piração deste autor. Esta obra clássica deu a
Comênio os títulos de “o precursor da peda-
gogia moderna” e “o pai da didática”.
5
As ideias fundadoras
Em 1957, em comemoração aos trezentos
anos da publicação da Didática Magna, a
UNESCO lançou a obra Jean Amos Comenius
(1592-1670) – Páginas escolhidas. Na introdu-
ção dessa coletânea, Jean Piaget aponta o
critério fundamental de uma “pedagogia
ativa”:
(...) quando o aluno redescobre ou re-
constrói a verdade através de ações ma-
teriais ou interiorizadas que consistem
em experimentar ou raciocinar por si
mesmo. Ora, este critério decisivo nos
parece ter sido claramente percebido
por Comênio.
Dirigindo-se sempre aos pais e aos profes-
sores, o autor da Didática Magna parte da
seguinte observação:
Quando nascemos, trazemos no corpo
a semente do movimento: pegar, puxar,
engatinhar, andar... Quando nascemos,
trazemos na inteligência a semente do
conhecimento: investigar, experimentar,
falar, cantar... A natureza dá a semente
do movimento, mas não dá os movimen-
tos. A natureza dá a semente do conhe-
cimento, mas não dá os conhecimentos.
Ainda se dirigindo aos professores e aos pais,
Comênio arquiteta, a partir desta constata-
ção, o seu desafio central:
Em se tratando do corpo e dos movimen-
tos, a criança aprende tantas coisas, e
tão rapidamente, com tanta imaginação
e energia! Em se tratando da inteligên-
cia e dos conhecimentos, a criança não
poderia aprender assim também: tantas
coisas, e tão rapidamente, com tanta
imaginação e energia?
Assim, ele inicia a sua investigação sobre a
arte de ensinar e aprender: a criança apren-
de com o auxílio dos “cinco mensageiros”:
ver, ouvir, saborear, cheirar e pegar; a inteli-
gência da criança se desenvolve em diferen-
tes tempos e em diferentes formas.
A sua conclusão é clara: se a criança não
tem vontade de aprender, o problema está
no professor, ou seja, o problema está na
sua maneira de ensinar.
Antes de expor em detalhes a sua arte, Co-
mênio salienta a importância do profundo
envolvimento do professor: Quanto mais ar-
doroso ele for, tanto mais atento tornará os
alunos (XIX, 16).
A partir daí, Comênio estabelece os passos
da prática docente:
Levar a criança a conhecer as coisas, e
só depois falar sobre as coisas; ensinar
a fazer fazendo; misturar aquilo que é
divertido com aquilo que é o tema do
estudo; mostrar a utilidade daquele co-
6
nhecimento no cotidiano das crianças;
ensinar a perguntar; ensinar a ensinar;
ensinar a criança a descobrir a própria
fonte do conhecimento.
Perto do final da obra, Comênio dedica o pe-
queno e precioso capítulo XXVI ao tema da
“disciplina escolar”. A clareza das suas pala-
vras e a beleza de suas imagens atualizam e
rejuvenescem as ideias:
Para a disciplina crescer e se desenvol-
ver, nós, pais e professores, devemos ser,
sempre!, exemplos constantes de todos
os bons comportamentos. Nós, pais e
professores, devemos ser, sempre!, mo-
delos vivos de todas as boas atitudes.
Ele compreende que, muitas vezes, esta pos-
tura fundamental não é suficiente. Nestes
casos, o professor vai repreender o aluno
que cometeu um erro de comportamento. O
professor, entretanto, vai repreender o alu-
no para que ele não erre mais.
Por isso, a repreensão deve ser feita com
simplicidade e sinceridade, para que a crian-
ça perceba que é para o seu bem e para o
bem de todos – para que a criança perceba
que a repreensão é movida pelo afeto. As-
sim, a postura afetuosa não exclui a postura
severa – e a severidade não elimina o afeto.
Arte da palavra
Além da arte de ensinar e aprender, Comênio
tem grande habilidade na arte da palavra.
A sua arquitetura literária está em harmonia
com a sua proposta pedagógica: o conheci-
mento deve necessariamente principiar pelos
sentidos (Capítulo XX, 7. I).
Por isso, as ideias se desenvolvem, sempre,
através de comparações: semente, planta,
flor, árvore, pomar, fruto, jardim, vento,
chuva, raios, trovões, sol, relógio, tipografia,
navio...
Muitas vezes, as comparações se transfor-
mam em pequenas imagens que povoam o
tecido literário: palavras de vento e linguagem
de papagaio (XI, 10); sem dúvida que andamos
a transportar água com crivo (XVIII, 2); expli-
cado tão claramente, que o tenham presente
como os cinco dedos das próprias mãos (XVII,
41-II); seja como um fogo na medula dos vossos
ossos” (XXXIII, 12).
Outras vezes, Comênio assume o papel de
um contador de casos: o ovo de Colombo
(XII, 4); Alexandre Magno e seu cavalo (XII,
21); os preços das aulas do professor Timó-
teo (XXV, 23).
Comênio transforma as páginas da Didática
Magna num permanente diálogo com um
leitor imaginário:
Se todas estas coisas são verdadeiras,
como é que nós ousamos prometer um
método de estudos tão universal, tão
certo, tão fácil e seguro? Respondo: que
7
estas coisas são absolutamente verda-
deiras, mostra-o a experiência; mas que,
para estas coisas, há remédios eficacís-
simos, mostra-o também a experiência
(Capítulo XIV, 9).
O capítulo XII, por exemplo, é especialmente
construído em torno deste jogo de pergun-
tas e respostas.
O humor comeniano se expressa também
através das perguntas:
E havemos de admirar-nos que haja
quem critique e fuja de semelhante mé-
todo de educação? Devemos antes admi-
rar-nos que haja ainda quem se entregue
a tais educadores (Capítulo XII, 17).
Para concluir, deixo para vocês, amigos lei-
tores, pais e professores, a belíssima com-
paração do relógio – conforme consta do
capítulo XIV, 6.
E vou apresentar esta comparação devida-
mente recriada ao sabor comeniano:
(...) que todas as coisas, mesmo as mais
sérias, sejam apresentadas num tom fa-
miliar e agradável, isto é, sob a forma
de conversas ou de charadas, que os
alunos, em competição, procurem adivi-
nhar; e, enfim, sob a forma de parábolas
e apólogos (Capítulo XVII, 19).
O presente
Heitor, o inventor, inventou um drama nada original: o inventor Heitor amava a bela Estela, mas
Estela, a bela, não amava Heitor, o inventor.
Melodramático, isbroglótico, sorumbático, Heitor contemplava a natureza: o espetáculo de uma
noite estrelada.
Observando apaixonadamente o movimento dos astros no firmamento, Heitor imaginou, finalmen-
te, uma invenção original: o relógio, um aparelho dedicado a medir o tempo, o tempo todo. Essa
máquina, complexa e delicadíssima, traria em seu coração uma roda dentada, a roda-mestra, que
giraria incessantemente sobre o seu próprio eixo e ainda faria girar outras rodas dentadas.
De repente, de rompante, nesse instante de puf-puf, uma estrela cadente, que ouvia tudo atenta-
mente, riscou no céu uma pergunta surpreendente:
- Ora, ora, senhor Heitor! Aqui, no firmamento, nós, os astros, nos movimentamos, perpetuamente,
8
a partir de uma energia própria. Onde o senhor pretende buscar essa infinita energia capaz de ofe-
recer o mesmo movimento perpétuo à roda-mestra, à grande roda dentada? Heim? Heim? Onde?
Como?
O inventor Heitor, atingido por essa celestial pergunta, desabou em si, muito silencioso, proparoxi-
tonamente desanimoso: melodramático, isbroglótico, sorumbático...
Já estava caindo de sono, muito sono, quando, de repente, de rompante, nesse instante de puf-puf...
A corda!
O que fez o nosso inventor?
Numa ponta da corda amarrou um peso. Amarrou a outra ponta no eixo da roda-mestra – e enrolou
a corda neste eixo.
O que aconteceu?
O peso, naturalmente, pesou. A corda, naturalmente, desenrolou. E a roda-mestra, naturalmente,
girou. E fez girar as outras rodas dentadas – naturalmente...
Assim, o relógio, máquina complexa e delicadíssima, funcionou, na verdade verdadeira, a partir de
um simples impulso da natureza: a força da gravidade.
Podemos comparar esse relógio com a arte de ensinar...
A educação da criança, arte complexa e delicadíssima, funciona, na verdade verdadeira, a partir de
um simples impulso da natureza: o desejo de aprender.
Como? Quem?
Dizem que Heitor, o inventor, construiu o primeiro relógio e deu de presente para Estela, a bela.
Não! Não me digam que vocês estão pensando isso que eu estou pensando que vocês estão pensan-
do.
Dizem que Heitor e Estela viveram felizes cada hora de suas vidas – só interrompiam a felicidade
para dar corda ao relógio...
9
Bibliografia
Obras de Comênio
Didáctica Magna – Tratado da arte universal
de ensinar tudo a todos. Introdução, tradu-
ção e notas: Joaquim Ferreira Gomes. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1966. Esta
tradução está disponível em www.ebooks-
brasil.org/nacionais/ebookpro.html
Didática Magna. Tradução: Ivone Castilho
Benedetti. Aparelho crítico: Marta Fattori. 2.
ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2002.
Jean Amos Comenius (1592-1670) – Pages choi-
sies. Hommenage de l’Unesco à l’occasion
du trois centième anniversaire de la publi-
cation des Opera Didactica Omnia (1657-
1957). Introduction de Jean Piaget – direc-
teur du Bureau International d’Éducation:
“L’actualité de Jean Amos Comenius”. Unes-
co, Paris, 1957.
Obras sobre Comênio
Comenius – O pai da pedagogia moderna. Oli-
vier Cauly. Trad. Maria João Batalha Reis. Lis-
boa: Instituto Piaget, 1999.
Comenius: a persistência da utopia em educa-
ção. Wojciech A. Kulesza. Campinas: Editora
da Unicamp, 1992.
Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos.
João Luiz Gasparin. Campinas: Editora Papi-
rus, 1994.
Comênio – A emergência da modernidade na
educação. João Luiz Gasparin. 2. ed. Petrópo-
lis: Editora Vozes, 1998.
Comenius: A construção da pedagogia. Sergio
Carlos Covello. 3. ed. São Paulo: Editora Co-
menius, 1999.
Comenius. Alaíde Lisboa de Oliveira. Revista
da Universidade Federal de Minas Gerais –
UFMG. Belo Horizonte, 1968.
Comenius & a educação. Mariano Narodo-
wski. Belo Horizonte: Editora Autêntica,
2004.
O conceito de teologia e pedagogia na Didáti-
ca Magna de Comenius. Edson Pereira Lopes.
São Paulo: Editora Mackenzie, 2003.
Comenius, a Educação e o Ciberespaço. Luis
Augusto Beraldi Colombo. Bragança Paulis-
ta: Editora Comenius, 2006.
Outras obras
História da educação e da pedagogia. Lorenzo
Luzuriaga. Trad. e notas Luiz Damasco Pen-
na e J. B. Damasco Penna. 9. edição. São Pau-
lo: Companhia Editora Nacional, 1977.
História do brinquedo e dos jogos – brincar
através dos tempos. Michel Manson. Trad.
Carlos Correia Monteiro de Oliveira. Lisboa:
Editorial Teorema, 2002. (Capítulo VIII: A
entrada dos brinquedos nos tratados sobre
educação)
10
História da leitura. Steven Roger Fischer.
Trad. Claudia Freire. São Paulo: Editora
Unesp, 2006.
As fábulas de Esopo. Tradução direta do gre-
go, prefácio, introdução e notas de Manuel
Aveleza de Sousa. Rio de Janeiro: Thex Edito-
ra, 1999.
Internetografia
Site oficial da República Tcheca:
www.czech.cz
Site oficial da União Européia:
www.europa.eu
Site da Rádio Praga:
www.radio.cz
Comenius e a internacionalização do ensino.
Maria Fernanda Martins Gonçalves. Mille-
nium – Revista do Instituto Politécnico de
Viseu, n. 11, julho de 1998. Portugal.
www.ipv.pt/millenium
El juego y el juguete en la herencia cultural de
una nación. Viera Zbirková. Correo del Maes-
tro – Revista para profesores de educación
básica, n. 43, dez. de 1999. México.
www.correodelmaestro.com
Enseñar com textos e imágenes. Una de las
aportaciones de Juan Amós Comenio. Maria
Esther Aguirre Lora. Revista Electrónica de In-
vestigación Educativa. 2001, v. 3, n. 1, México.
http://redie.uabc.mx
Orbis Sensualim Pictus. John A. Comenius.
The Virtual Museum Education Iconics. Mu-
seum Directory. The Galleries. The College of
Education & Human Development. Estados
Unidos: University of Minnesota.
http://education.umn.edu/EdPA/iconics/Orbis/
Orbis_Text.htm
Edição especial – Comênio: a arte de ensi-
nar e aprender
A Edição especial – Comênio: a arte de ensinar
e aprender, a ser veiculada no programa Salto
para o Futuro/TV Escola no dia 15 de outubro
de 2010, em homenagem ao Dia do Professor,
tem como proposta apresentar a vida de Comê-
nio e a vitalidade de sua obra e, ainda, mostrar
a importância do seu legado para a educação.
Comênio escreveu mais de duzentos livros. Sua
obra mais famosa é a Didática Magna, consi-
derada um marco na história da educação e na
história das reformas sociais. A ideia de esco-
la pública, uma escola para todos, nasce sob a
forte inspiração desse autor. Esta obra clássica
deu a Comênio os títulos de precursor da peda-
gogia moderna e pai da didática.
11
Presidência da República
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Direção de Produção de Conteúdos e Formação em Educação a Distância
TV ESCOLA/ SALTO PARA O FUTURO
Coordenação-geral da TV Escola
Coordenação Pedagógica
Supervisão Pedagógica
Rosa Helena Mendonça
Acompanhamento Pedagógico
Ana Maria Miguel
Coordenação de Utilização e Avaliação
Mônica Mufarrej
Fernanda Braga
Copidesque e Revisão
Magda Frediani Martins
Diagramação e Editoração
Equipe do Núcleo de Produção Gráfica de Mídia Impressa – TV Brasil
Gerência de Criação e Produção de Arte
Consultor especialmente convidado
Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
E-mail: salto@mec.gov.br
Home page: www.tvbrasil.org.br/salto
Rua da Relação, 18, 4o
andar – Centro.
CEP: 20231-110 – Rio de Janeiro (RJ)
Outubro 2010

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  • 1. EDIÇÃO ESPECIAL COMÊNIO: A ARTE DE ENSINAR E APRENDER ISSN 1982 - 0283 Ano XX Boletim 15 - Outubro 2010
  • 2. Sumário Edição Especial Comênio: a arte de ensinar e aprender Proposta da edição especial Comênio: a obra de uma vida e a vitalidade de uma obra .......................................... 3 Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
  • 3. 3 PropOSTA DA EDIÇÃO ESPECIAL Comênio: a obra de uma vida e a vitalidade de uma obra Francisco Marques (Chico dos Bonecos)1 João Amós Comênio nasceu no dia 28 de março de 1592, na região da Morávia, no coração da Europa, atualmente República Tcheca. O seu falecimento ocorreu no dia 15 de novembro de 1670, na cidade de Amster- dã, na Holanda. Seu nome de batismo era Jan Amos Ko- mensky. Internacionalmente, seu nome é conhecido na versão latinizada: Comenius. Em Portugal, usa-se Coménio. Aqui, usa-se também uma versão abrasileirada: Comê- nio. Sua vida está concentrada no século XVII, mas precisamos sobrevoar também os sécu- los XV e XVI para compreender as ações e as ideias do nosso professor. Nesse período, a Europa vive a agitada pas- sagem da Idade Média para a Idade Mo- derna: a expansão do comércio, as grandes navegações, o crescimento das cidades, a centralização do poder, as novas formas de trabalho, os progressos técnicos... Alimentando-se dessas transformações e fornecendo novos alimentos a essas mesmas transformações, surgem dois movimentos vigorosos: o Renascimento e a Reforma. Os pais de Comênio e toda a sua comunidade participavam de uma das igrejas precursoras da Reforma: a Unidade dos Irmãos Morávios. Essas novas igrejas apresentavam muitos pontos em comum. Por exemplo: promover a leitura da Bíblia nas línguas nacionais. Já nos primeiros anos de 1500, a Unidade dos Irmãos Morávios publicou vários livros para auxiliar o trabalho de evangelização. Em 1593, lançou a Bíblia totalmente traduzida para a língua tcheca. Para a Unidade dos Irmãos Morávios, por- tanto, a educação das crianças era um com- 1 Poeta e professor, formado em Letras pela UFMG. Desenvolve oficinas para professores em torno do tema dos brinquedos e das brincadeiras. É autor, com Estêvão Marques, da peça radiofônica “Muitas coisas, poucas palavras (A oficina do professor Comênio e a arte de ensinar e aprender)”, lançada pela Editora Peirópolis – de onde foram extraídos vários trechos que compõem este texto. Consultor da edição especial.
  • 4. 4 promisso que se fortalecia na própria con- cepção religiosa. É por isso que a educação pública – e muito especialmente o ensino fundamental público – se fortalece com o movimento da Reforma. Aluno e professor Em 1608, aos dezesseis anos, Comênio vai estudar em Prerov, na escola mantida pela Unidade dos Irmãos Morávios. Da sua traje- tória de aluno, Comênio reuniu experiências e reflexões que fortaleceram o seu projeto de mudar radicalmente a maneira de ensi- nar: Eu próprio, mísero homúnculo, sou um desses muitos milhares que passaram e gastaram miseravelmente a ameníssima primavera da vida e os anos florescentes da juventude nas banalidades da escola. Ah! Quantas vezes, mais tarde, quando comecei a ver as coisas um pouco me- lhor, a recordação do tempo perdido me arrancou suspiros do peito, lágrimas dos olhos e gritos de dor do coração (Capí- tulo XI, 13). Em 1614, Comênio foi nomeado professor da escola em que estudou. E promoveu grandes mudanças: além de eliminar todos os casti- gos corporais, incluiu novas disciplinas, in- troduziu conversas, passeios, teatros, brin- cadeiras e canções. Em 1628, em plena Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), Comênio foi obrigado a deixar a sua terra e se transformou num homem em permanente exílio, mas sempre pensando, escrevendo e trabalhando pela melhoria da educação em diversos países: Polônia, Ingla- terra, Suécia, Hungria e Holanda. Comênio escreveu mais de duzentas obras. Em 1631, publicou a obra que espalhou o seu nome por muitos países: A porta aberta das línguas. Em 1658, lançou uma obra inovado- ra: O mundo sensível das imagens. Associando as palavras às gravuras, esta obra é um dos primeiros livros didáticos ilustrados para criança. Em 1632, em Leszno, na Polônia, Comênio concluiu a obra Didática Tcheca. Em 1638, concluiu a tradução da Didática Tcheca para o latim – quando foi batizada com o nome de Didática Magna. Em 1657, em Amsterdã, na Holanda, a Didá- tica Magna foi publicada, seguindo a reda- ção de 1638. Esta obra é um marco na história da edu- cação. Um marco, também, na história das reformas sociais: a ideia de “escola pública”, uma escola para todos, nasce sob a forte ins- piração deste autor. Esta obra clássica deu a Comênio os títulos de “o precursor da peda- gogia moderna” e “o pai da didática”.
  • 5. 5 As ideias fundadoras Em 1957, em comemoração aos trezentos anos da publicação da Didática Magna, a UNESCO lançou a obra Jean Amos Comenius (1592-1670) – Páginas escolhidas. Na introdu- ção dessa coletânea, Jean Piaget aponta o critério fundamental de uma “pedagogia ativa”: (...) quando o aluno redescobre ou re- constrói a verdade através de ações ma- teriais ou interiorizadas que consistem em experimentar ou raciocinar por si mesmo. Ora, este critério decisivo nos parece ter sido claramente percebido por Comênio. Dirigindo-se sempre aos pais e aos profes- sores, o autor da Didática Magna parte da seguinte observação: Quando nascemos, trazemos no corpo a semente do movimento: pegar, puxar, engatinhar, andar... Quando nascemos, trazemos na inteligência a semente do conhecimento: investigar, experimentar, falar, cantar... A natureza dá a semente do movimento, mas não dá os movimen- tos. A natureza dá a semente do conhe- cimento, mas não dá os conhecimentos. Ainda se dirigindo aos professores e aos pais, Comênio arquiteta, a partir desta constata- ção, o seu desafio central: Em se tratando do corpo e dos movimen- tos, a criança aprende tantas coisas, e tão rapidamente, com tanta imaginação e energia! Em se tratando da inteligên- cia e dos conhecimentos, a criança não poderia aprender assim também: tantas coisas, e tão rapidamente, com tanta imaginação e energia? Assim, ele inicia a sua investigação sobre a arte de ensinar e aprender: a criança apren- de com o auxílio dos “cinco mensageiros”: ver, ouvir, saborear, cheirar e pegar; a inteli- gência da criança se desenvolve em diferen- tes tempos e em diferentes formas. A sua conclusão é clara: se a criança não tem vontade de aprender, o problema está no professor, ou seja, o problema está na sua maneira de ensinar. Antes de expor em detalhes a sua arte, Co- mênio salienta a importância do profundo envolvimento do professor: Quanto mais ar- doroso ele for, tanto mais atento tornará os alunos (XIX, 16). A partir daí, Comênio estabelece os passos da prática docente: Levar a criança a conhecer as coisas, e só depois falar sobre as coisas; ensinar a fazer fazendo; misturar aquilo que é divertido com aquilo que é o tema do estudo; mostrar a utilidade daquele co-
  • 6. 6 nhecimento no cotidiano das crianças; ensinar a perguntar; ensinar a ensinar; ensinar a criança a descobrir a própria fonte do conhecimento. Perto do final da obra, Comênio dedica o pe- queno e precioso capítulo XXVI ao tema da “disciplina escolar”. A clareza das suas pala- vras e a beleza de suas imagens atualizam e rejuvenescem as ideias: Para a disciplina crescer e se desenvol- ver, nós, pais e professores, devemos ser, sempre!, exemplos constantes de todos os bons comportamentos. Nós, pais e professores, devemos ser, sempre!, mo- delos vivos de todas as boas atitudes. Ele compreende que, muitas vezes, esta pos- tura fundamental não é suficiente. Nestes casos, o professor vai repreender o aluno que cometeu um erro de comportamento. O professor, entretanto, vai repreender o alu- no para que ele não erre mais. Por isso, a repreensão deve ser feita com simplicidade e sinceridade, para que a crian- ça perceba que é para o seu bem e para o bem de todos – para que a criança perceba que a repreensão é movida pelo afeto. As- sim, a postura afetuosa não exclui a postura severa – e a severidade não elimina o afeto. Arte da palavra Além da arte de ensinar e aprender, Comênio tem grande habilidade na arte da palavra. A sua arquitetura literária está em harmonia com a sua proposta pedagógica: o conheci- mento deve necessariamente principiar pelos sentidos (Capítulo XX, 7. I). Por isso, as ideias se desenvolvem, sempre, através de comparações: semente, planta, flor, árvore, pomar, fruto, jardim, vento, chuva, raios, trovões, sol, relógio, tipografia, navio... Muitas vezes, as comparações se transfor- mam em pequenas imagens que povoam o tecido literário: palavras de vento e linguagem de papagaio (XI, 10); sem dúvida que andamos a transportar água com crivo (XVIII, 2); expli- cado tão claramente, que o tenham presente como os cinco dedos das próprias mãos (XVII, 41-II); seja como um fogo na medula dos vossos ossos” (XXXIII, 12). Outras vezes, Comênio assume o papel de um contador de casos: o ovo de Colombo (XII, 4); Alexandre Magno e seu cavalo (XII, 21); os preços das aulas do professor Timó- teo (XXV, 23). Comênio transforma as páginas da Didática Magna num permanente diálogo com um leitor imaginário: Se todas estas coisas são verdadeiras, como é que nós ousamos prometer um método de estudos tão universal, tão certo, tão fácil e seguro? Respondo: que
  • 7. 7 estas coisas são absolutamente verda- deiras, mostra-o a experiência; mas que, para estas coisas, há remédios eficacís- simos, mostra-o também a experiência (Capítulo XIV, 9). O capítulo XII, por exemplo, é especialmente construído em torno deste jogo de pergun- tas e respostas. O humor comeniano se expressa também através das perguntas: E havemos de admirar-nos que haja quem critique e fuja de semelhante mé- todo de educação? Devemos antes admi- rar-nos que haja ainda quem se entregue a tais educadores (Capítulo XII, 17). Para concluir, deixo para vocês, amigos lei- tores, pais e professores, a belíssima com- paração do relógio – conforme consta do capítulo XIV, 6. E vou apresentar esta comparação devida- mente recriada ao sabor comeniano: (...) que todas as coisas, mesmo as mais sérias, sejam apresentadas num tom fa- miliar e agradável, isto é, sob a forma de conversas ou de charadas, que os alunos, em competição, procurem adivi- nhar; e, enfim, sob a forma de parábolas e apólogos (Capítulo XVII, 19). O presente Heitor, o inventor, inventou um drama nada original: o inventor Heitor amava a bela Estela, mas Estela, a bela, não amava Heitor, o inventor. Melodramático, isbroglótico, sorumbático, Heitor contemplava a natureza: o espetáculo de uma noite estrelada. Observando apaixonadamente o movimento dos astros no firmamento, Heitor imaginou, finalmen- te, uma invenção original: o relógio, um aparelho dedicado a medir o tempo, o tempo todo. Essa máquina, complexa e delicadíssima, traria em seu coração uma roda dentada, a roda-mestra, que giraria incessantemente sobre o seu próprio eixo e ainda faria girar outras rodas dentadas. De repente, de rompante, nesse instante de puf-puf, uma estrela cadente, que ouvia tudo atenta- mente, riscou no céu uma pergunta surpreendente: - Ora, ora, senhor Heitor! Aqui, no firmamento, nós, os astros, nos movimentamos, perpetuamente,
  • 8. 8 a partir de uma energia própria. Onde o senhor pretende buscar essa infinita energia capaz de ofe- recer o mesmo movimento perpétuo à roda-mestra, à grande roda dentada? Heim? Heim? Onde? Como? O inventor Heitor, atingido por essa celestial pergunta, desabou em si, muito silencioso, proparoxi- tonamente desanimoso: melodramático, isbroglótico, sorumbático... Já estava caindo de sono, muito sono, quando, de repente, de rompante, nesse instante de puf-puf... A corda! O que fez o nosso inventor? Numa ponta da corda amarrou um peso. Amarrou a outra ponta no eixo da roda-mestra – e enrolou a corda neste eixo. O que aconteceu? O peso, naturalmente, pesou. A corda, naturalmente, desenrolou. E a roda-mestra, naturalmente, girou. E fez girar as outras rodas dentadas – naturalmente... Assim, o relógio, máquina complexa e delicadíssima, funcionou, na verdade verdadeira, a partir de um simples impulso da natureza: a força da gravidade. Podemos comparar esse relógio com a arte de ensinar... A educação da criança, arte complexa e delicadíssima, funciona, na verdade verdadeira, a partir de um simples impulso da natureza: o desejo de aprender. Como? Quem? Dizem que Heitor, o inventor, construiu o primeiro relógio e deu de presente para Estela, a bela. Não! Não me digam que vocês estão pensando isso que eu estou pensando que vocês estão pensan- do. Dizem que Heitor e Estela viveram felizes cada hora de suas vidas – só interrompiam a felicidade para dar corda ao relógio...
  • 9. 9 Bibliografia Obras de Comênio Didáctica Magna – Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos. Introdução, tradu- ção e notas: Joaquim Ferreira Gomes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966. Esta tradução está disponível em www.ebooks- brasil.org/nacionais/ebookpro.html Didática Magna. Tradução: Ivone Castilho Benedetti. Aparelho crítico: Marta Fattori. 2. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2002. Jean Amos Comenius (1592-1670) – Pages choi- sies. Hommenage de l’Unesco à l’occasion du trois centième anniversaire de la publi- cation des Opera Didactica Omnia (1657- 1957). Introduction de Jean Piaget – direc- teur du Bureau International d’Éducation: “L’actualité de Jean Amos Comenius”. Unes- co, Paris, 1957. Obras sobre Comênio Comenius – O pai da pedagogia moderna. Oli- vier Cauly. Trad. Maria João Batalha Reis. Lis- boa: Instituto Piaget, 1999. Comenius: a persistência da utopia em educa- ção. Wojciech A. Kulesza. Campinas: Editora da Unicamp, 1992. Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos. João Luiz Gasparin. Campinas: Editora Papi- rus, 1994. Comênio – A emergência da modernidade na educação. João Luiz Gasparin. 2. ed. Petrópo- lis: Editora Vozes, 1998. Comenius: A construção da pedagogia. Sergio Carlos Covello. 3. ed. São Paulo: Editora Co- menius, 1999. Comenius. Alaíde Lisboa de Oliveira. Revista da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Belo Horizonte, 1968. Comenius & a educação. Mariano Narodo- wski. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2004. O conceito de teologia e pedagogia na Didáti- ca Magna de Comenius. Edson Pereira Lopes. São Paulo: Editora Mackenzie, 2003. Comenius, a Educação e o Ciberespaço. Luis Augusto Beraldi Colombo. Bragança Paulis- ta: Editora Comenius, 2006. Outras obras História da educação e da pedagogia. Lorenzo Luzuriaga. Trad. e notas Luiz Damasco Pen- na e J. B. Damasco Penna. 9. edição. São Pau- lo: Companhia Editora Nacional, 1977. História do brinquedo e dos jogos – brincar através dos tempos. Michel Manson. Trad. Carlos Correia Monteiro de Oliveira. Lisboa: Editorial Teorema, 2002. (Capítulo VIII: A entrada dos brinquedos nos tratados sobre educação)
  • 10. 10 História da leitura. Steven Roger Fischer. Trad. Claudia Freire. São Paulo: Editora Unesp, 2006. As fábulas de Esopo. Tradução direta do gre- go, prefácio, introdução e notas de Manuel Aveleza de Sousa. Rio de Janeiro: Thex Edito- ra, 1999. Internetografia Site oficial da República Tcheca: www.czech.cz Site oficial da União Européia: www.europa.eu Site da Rádio Praga: www.radio.cz Comenius e a internacionalização do ensino. Maria Fernanda Martins Gonçalves. Mille- nium – Revista do Instituto Politécnico de Viseu, n. 11, julho de 1998. Portugal. www.ipv.pt/millenium El juego y el juguete en la herencia cultural de una nación. Viera Zbirková. Correo del Maes- tro – Revista para profesores de educación básica, n. 43, dez. de 1999. México. www.correodelmaestro.com Enseñar com textos e imágenes. Una de las aportaciones de Juan Amós Comenio. Maria Esther Aguirre Lora. Revista Electrónica de In- vestigación Educativa. 2001, v. 3, n. 1, México. http://redie.uabc.mx Orbis Sensualim Pictus. John A. Comenius. The Virtual Museum Education Iconics. Mu- seum Directory. The Galleries. The College of Education & Human Development. Estados Unidos: University of Minnesota. http://education.umn.edu/EdPA/iconics/Orbis/ Orbis_Text.htm Edição especial – Comênio: a arte de ensi- nar e aprender A Edição especial – Comênio: a arte de ensinar e aprender, a ser veiculada no programa Salto para o Futuro/TV Escola no dia 15 de outubro de 2010, em homenagem ao Dia do Professor, tem como proposta apresentar a vida de Comê- nio e a vitalidade de sua obra e, ainda, mostrar a importância do seu legado para a educação. Comênio escreveu mais de duzentos livros. Sua obra mais famosa é a Didática Magna, consi- derada um marco na história da educação e na história das reformas sociais. A ideia de esco- la pública, uma escola para todos, nasce sob a forte inspiração desse autor. Esta obra clássica deu a Comênio os títulos de precursor da peda- gogia moderna e pai da didática.
  • 11. 11 Presidência da República Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Direção de Produção de Conteúdos e Formação em Educação a Distância TV ESCOLA/ SALTO PARA O FUTURO Coordenação-geral da TV Escola Coordenação Pedagógica Supervisão Pedagógica Rosa Helena Mendonça Acompanhamento Pedagógico Ana Maria Miguel Coordenação de Utilização e Avaliação Mônica Mufarrej Fernanda Braga Copidesque e Revisão Magda Frediani Martins Diagramação e Editoração Equipe do Núcleo de Produção Gráfica de Mídia Impressa – TV Brasil Gerência de Criação e Produção de Arte Consultor especialmente convidado Francisco Marques (Chico dos Bonecos) E-mail: salto@mec.gov.br Home page: www.tvbrasil.org.br/salto Rua da Relação, 18, 4o andar – Centro. CEP: 20231-110 – Rio de Janeiro (RJ) Outubro 2010