2. Introdução
• Controle extremamente preciso
• Na UTI, são muito prevalentes e se associam
com o desfecho dos pacientes
• Podem ser diretamente lesivos aos doentes ou se
apresentarem como mecanismos
compensatórios.
• São mantidos pela excreção normal de CO2 e
pela excreção renal de ácidos não voláteis.
3. Conceitos
• Ácido é qualquer substância capaz de liberar
íons H + em solução aquosa ( ânion )
• Base é qualquer substancia capaz de liberar íons
OH – em solução aquosa ( cátion )
4. Conceitos
• Acidemia : pH < 7,35
• Alcalemia : pH > 7,45
• Acidose : Processo que tende a reduzir o pH do
LEC ( aumento H + )
• Alcalose : Processo que tende a elevar o pH do
LEC ( redução H + )
5. Conceitos
• Distúrbios simples: presença
de uma alteração isolada com
uma adequada resposta
compensatória
• Distúrbio mistos: mais de uma
alteração ácido-básica
presente ao mesmo tempo com
resposta nao ideal
6. Princípios do equilíbrio ácido-base
• Ácidos são produzidos diariamente e devem ser
expirados, excretados, metabolizados e/ou
tamponados para evitar acidemias fatais.
1. Dióxido de carbono ( forma ácido carbônico em
contato com agua)
2. Ácidos orgânicos ( cítrico, láctico …)
3. Ácidos não voláteis ( sulfúrico )
7. Princípios do equilíbrio ácido-base
• Bases são produzidas a partir:
1. Metabolismo de aminoácidos aniônicos
2. Oxidação de substâncias orgânicas como lactato
e citrato
8. Manutenção do equilíbrio ácido-base
• Sistema tampão
• Regulação renal
• Regulação pulmonar
• É mensurado pelos
componentes dos
tampões bic-co2 :
CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔
HCO3- + H+
9. Sistemas tampão
• Resposta rápida do organismo
• Atenuam as variações dos valores do pH
1. Bicarbonato e CO2 ( 64%)
2. Outros: fosfato, albumina, hemoglobina
• Equação de Henderson- Hasselbach
13. Compensação Renal
• Secreção de H+ no túbulo
coletor ( para cada H+
secretado, um HCO3 – é
regenerado )
• Excreção de H+ no túbulo
proximal ( ligado a amônia, que
se liga ao H+ formando o cátion
amônio )
• A secreção de H+ a partir do
túbulo coletor cortical está
indiretamente ligada à
reabsorção de Na+.
• O potássio intracelular é
trocado por sódio nas células
principais, enquanto o H+ é
transportado por uma ATPase
pelas células alfaintercalares.
• O HCO3 é devolvido para o
sangue através da membrana
peritubular, em troca de Cl–,
mantendo assim a
eletroneutralidade.
14. Compensação Renal
• A amônia usada no
tamponamento dos íons
hidrogênio na urina é
sintetizada no túbulo
contornado proximal
• a amônia combina-se ao H+
secretado e forma amônio. O
NH4+ então é excretado como
NH4Cl para manter a
eletroneutralidade.
15. Compensação Pulmonar
• A concentração de CO2 é
regulada basicamente pela FR
e VC
• Corrige o pH de maneira eficaz
em cerca de 50 a 70% dos
casos
16. Distúrbios Ácido- Base
• Simples
1. Acidose metabólica
2. Alcalose metabólica
3. Acidose respiratória
4. Alcalose respiratória
• Misto
1. Compensação não adequada
2. Resposta maior do que a
esperada
18. Anion Gap
• diferenciação de etiologias para as acidoses
metabólicas
• Concentração de anions não mensurados
• Com a diminuição do bicarbonato,
automaticamente aumenta o cloro ou o AG
• AG corrigido: AG + 0,25 X ( 45 – Albumina)
19. Acidose metabólica
• Perda de fluidos contendo bicarbonato
• Produção aumentada de ácidos
• Retenção ou redução da excreção renal de H+
20. Acidose metabólica
AG NORMAL - hiperclorêmica AG ALTO - normoclorêmica
• Diarréia
• Fístulas entéricas
• Derivações intestinais
• Acidose tubular renal
• Diuréticos poupadores de K
• Nefropatias intersticiais
• Inibidores da anidrase carb
• Hiperaparatireoidismo
• Acidose lática
• Cetoacidose diabética
• Cetoacidose alcoólica
• Intoxicações
• IRA
• IRC
21. Acidose metabólica
• Náuseas, vômitos
• Taquipneia com hiperventilação ( Kussmaul)
• Disfunção microcirculatória com choque
• Resposta pró inflamatória
• Alterações de condução eletrica miocárdica
• Transporte alterado de co2
• Coagulopatias
• Reduz a afinidade da hb pelo oxigênio
22. Tratamento
• Baseado na etiologia do quadro.
• Ao corrigir a causa, a acidose é revertida
pricipalmente nas acidoses com AG aumentado.
• Uso de bicarbonato é extremamente controverso
e na maioria das condições os malefícios
superam os possíveis benefícios.
23. Alcalose metabólica
• Perda de H+ para o extracelular ( TGI, rins)
• Adição de bicarbonato
• Perda de líquido extracelular contendo cloro em
proporção maior do que a concentração de
bicarbonato
24. Alcalose metabólica
• Vômitos, aspiração gástrica
• Diuréticos
• Estados de edema
• Recuperação de acidoses lática ou cetoacidose
• Hipocalemia, hipomagnesemia
25. Alcalose metabólica
• Astenia
• Hipotensão postural
• Parestesias
• Poliúria
• Polidipsia
• Alteração de nível de consciência
• Convulsões
• Aumenta a afinidade da hb pelo oxigênio
26. Tratamento
• Buscar a etiologia do quadro
• A principal medida terapêutica é a
administração de cloreto
• Suspensão do uso de diuréticos
• Uso de antieméticos
• Bloqueadores da secreção gátrica
27. Acidose respiratória
• Aumento da PaCO2
• Mecanismo base: hipoventilação alveolar
• Retenção de CO2 cursa com acidose que
estimula retenção de bicarbonato ( inicio 12-
24s)
• Podem ser agudas ou crônicas
29. Acidose respiratória
Agudo Crônico
• Cefaléia
• Confusão mental
• Rebaixamento do nível de
consciência
• Coma
• Distúrbios do sono
• Perda de memória
• Alterações de coordenação
• Distúrbios motores
• Sintomas de HIC
30. Tratamento
• Em casos agudos:
reversão imediata!
• Identificar etiologia
• Remoção de fatores
desencadeantes
31. Alcalose Respiratória
• Redução na PaCO2
• Mecanismo: hiperventilação
• Para cada queda de 10 mmHg, existe uma queda
no bicarbonato entre 2-5 mEq/L.
32. Alcalose Respiratória
Agudo Crônico
• AVC
• Cirrose
• Dor / ansiedade
• Sepse
• TEP
• EAP
• Hipóxia
• Febre
• Anemia grave
• Trauma
• Doença hepática crônica
• Gravidez ( progesterona
estimula centro resp.)
• Infecção de SNC
• Alta altitude
33. Alcalose Respiratória
• Confusão mental
• Convulsões
• Tetania
• Síncope
• Desloca sódio, potássio, para o intracelular
• Reduz o cácio ionizado
36. Distúrbios mistos
• Coexistência de dois ou mais distúrbios primários
• Após identificação da alteração primária, calcular a
resposta compensatória esperada
• Se houver correspondência: secundário
• Se a resposta for maior/menor: misto
• Uso de fórmulas
39. Conclusão
• É fundamental identificar e saber corrigir os
distúrbios ácido-base, especialmente na UTI.
• Ficar atento as causas.
• Avaliar a resposta ao tratamento instituído para
minimizar o tempo de permanência do paciente
na UTI e seu retorno as atividades habituais.