Paulo Freire nasceu em 1921 no Recife. De origem humilde, aprendeu a ler com os pais e teve que interromper os estudos após a morte do pai. Formou-se em Direito e se envolveu com o movimento de cultura popular, onde desenvolveu seu método de alfabetização. Freire alfabetizou 300 trabalhadores em 45 dias, mas o golpe militar de 1964 o levou ao exílio por 16 anos. Foi um importante educador brasileiro e autor de obras fundamentais sobre educação popular e pedagogia do opri
Paulo Freire escreve esta carta aos professores para discutir a importância da leitura crítica do mundo e da palavra no processo de ensinar e aprender. Ele afirma que ensinar e aprender estão interligados, de modo que quem ensina também aprende ao observar como os alunos aprendem. Freire defende que os professores devem se preparar continuamente por meio da análise crítica de sua própria prática pedagógica.
O documento discute a importância da leitura do mundo e da leitura da palavra no processo de ensinar e aprender. Aprender envolve ler o mundo sensorialmente e também ler textos e conceitos de forma crítica para compreender melhor o mundo. Um bom professor aprende continuamente ao ensinar, observando como os alunos aprendem e fazendo novas descobertas.
O documento discute a concepção de aprendizagem da autora Telma Weisz, baseada em suas experiências como professora e nos estudos de Jean Piaget e Emília Ferreiro. A autora defende uma visão construtivista de aprendizagem, na qual o aluno constrói ativamente o conhecimento por meio da interação com o meio. Ela critica abordagens "adultocêntricas" que não consideram a perspectiva do aluno, e defende que os professores devem considerar o conhecimento prévio do aluno e criar situa
1) As pesquisas de Emilia Ferreiro nos anos 1970 mostraram que as metodologias de alfabetização baseadas em cartilhas contribuíam para o fracasso escolar, pois não consideravam o que as crianças já sabiam sobre a escrita.
2) É possível identificar o conhecimento prévio das crianças a partir do que elas produzem e pensar em como ensiná-las de forma a ampliar esse conhecimento.
3) Para interpretar corretamente o processo de aprendizagem, os professores precisam considerar tanto o con
O documento discute a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensino e aprendizagem. Ensinar exige que o professor aprenda constantemente ao ensinar, e aprender envolve ler criticamente textos e o mundo para compreender conceitos. A leitura deve associar experiências cotidianas e conceitos escolares para promover uma compreensão profunda.
O documento resume o conteúdo de 10 cartas sobre questões pedagógicas. A primeira carta trata da reciprocidade entre professor e aluno. A segunda discute os medos do desconhecido e como superá-los. A nona carta argumenta que a mudança requer embasamento teórico para criar novas práticas dialeticamente.
O documento discute o papel da professora na educação, desde ser vista como uma figura materna até as limitações impostas pelo sistema educacional. A professora é pressionada a obedecer ordens em vez de inovar e tem pouca autonomia. Uma possível solução é a conscientização dos professores sobre a importância humanizadora de seu trabalho.
Este documento resume os principais pontos da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Ele defende que educar é construir conhecimento de forma conjunta entre professor e aluno, rejeitando a mera transmissão de informações. Também enfatiza a importância da ética, coerência, respeito e afetividade no processo educativo.
Paulo Freire escreve esta carta aos professores para discutir a importância da leitura crítica do mundo e da palavra no processo de ensinar e aprender. Ele afirma que ensinar e aprender estão interligados, de modo que quem ensina também aprende ao observar como os alunos aprendem. Freire defende que os professores devem se preparar continuamente por meio da análise crítica de sua própria prática pedagógica.
O documento discute a importância da leitura do mundo e da leitura da palavra no processo de ensinar e aprender. Aprender envolve ler o mundo sensorialmente e também ler textos e conceitos de forma crítica para compreender melhor o mundo. Um bom professor aprende continuamente ao ensinar, observando como os alunos aprendem e fazendo novas descobertas.
O documento discute a concepção de aprendizagem da autora Telma Weisz, baseada em suas experiências como professora e nos estudos de Jean Piaget e Emília Ferreiro. A autora defende uma visão construtivista de aprendizagem, na qual o aluno constrói ativamente o conhecimento por meio da interação com o meio. Ela critica abordagens "adultocêntricas" que não consideram a perspectiva do aluno, e defende que os professores devem considerar o conhecimento prévio do aluno e criar situa
1) As pesquisas de Emilia Ferreiro nos anos 1970 mostraram que as metodologias de alfabetização baseadas em cartilhas contribuíam para o fracasso escolar, pois não consideravam o que as crianças já sabiam sobre a escrita.
2) É possível identificar o conhecimento prévio das crianças a partir do que elas produzem e pensar em como ensiná-las de forma a ampliar esse conhecimento.
3) Para interpretar corretamente o processo de aprendizagem, os professores precisam considerar tanto o con
O documento discute a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensino e aprendizagem. Ensinar exige que o professor aprenda constantemente ao ensinar, e aprender envolve ler criticamente textos e o mundo para compreender conceitos. A leitura deve associar experiências cotidianas e conceitos escolares para promover uma compreensão profunda.
O documento resume o conteúdo de 10 cartas sobre questões pedagógicas. A primeira carta trata da reciprocidade entre professor e aluno. A segunda discute os medos do desconhecido e como superá-los. A nona carta argumenta que a mudança requer embasamento teórico para criar novas práticas dialeticamente.
O documento discute o papel da professora na educação, desde ser vista como uma figura materna até as limitações impostas pelo sistema educacional. A professora é pressionada a obedecer ordens em vez de inovar e tem pouca autonomia. Uma possível solução é a conscientização dos professores sobre a importância humanizadora de seu trabalho.
Este documento resume os principais pontos da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Ele defende que educar é construir conhecimento de forma conjunta entre professor e aluno, rejeitando a mera transmissão de informações. Também enfatiza a importância da ética, coerência, respeito e afetividade no processo educativo.
1) O documento discute formas metodológicas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula com alunos do EJA. 2) Ele descreve a metodologia de Paulo Freire de usar a realidade dos alunos para tornar a aprendizagem mais significativa e contextualizada. 3) Também discute a importância de usar diferentes tipos de leitura e atividades interdisciplinares para motivar os alunos.
O documento discute a dinâmica das escolas e as relações entre as pessoas nesse ambiente, incluindo gestores, professores e alunos. A autora descreve suas experiências pessoais na escola e como certos professores a afetaram emocionalmente, seja de forma positiva ou negativa. Ela defende que as escolas devem ser lugares de diálogo, compreensão e respeito, em vez de exclusão e repressão.
O documento discute os conceitos de docência e discência segundo Paulo Freire. Freire acreditava que não há docência sem discência, ou seja, os professores precisam ser constantemente alunos para ensinar. Ele também enfatizou a importância da pesquisa, da reflexão crítica sobre a prática e do respeito pelos saberes dos estudantes.
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...christianceapcursos
Este documento discute a importância da afetividade na educação de jovens e adultos. A afetividade é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, pois ajuda a conquistar a atenção dos alunos e estimular sua participação. O professor deve usar estratégias afetivas para estabelecer uma relação de confiança com os alunos e compreendê-los melhor. A afetividade cria um ambiente favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento pessoal dos alunos.
O documento resume os principais pontos discutidos no Capítulo 2 do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. O capítulo argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas exige humildade, tolerância, apreensão da realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível. A curiosidade do educador e do educando é essencial para o ato de ensinar.
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITAcefaprodematupa
Este documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita em crianças. A leitura é essencial para a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e a resolução de problemas como o fracasso escolar. Professores devem incentivar a leitura de forma prazerosa para despertar o interesse das crianças, ao invés de torná-la uma obrigação. A leitura compartilhada é uma estratégia eficaz para aproximar crianças do mundo da leitura e da escrita.
- Paulo Freire defende uma pedagogia que cria autonomia nos educandos, respeitando suas culturas e conhecimentos prévios.
- O educador deve ensinar pensando criticamente e servir de exemplo, não apenas transmitir conteúdo de forma "bancária".
- Ensinar e aprender são processos dialógicos onde tanto educador quanto educando aprendem e ensinam mutuamente buscando compreender a realidade.
Este documento resume os principais pontos da obra "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute como os educadores devem conduzir a educação de forma consciente, possuindo humildade e ética para estimular a liberdade dos alunos por meio da disciplina. Ele também enfatiza que a autonomia é um processo contínuo de amadurecimento ao longo da vida.
O documento fornece instruções sobre como estudar 28 livros e documentos para uma parte geral, listando 6 etapas como ler na íntegra, fazer resumos, sínteses e anotações. A lista inclui 8 documentos sobre educação brasileira e resenhas de 20 livros de pensadores sobre temas como aprendizagem, desenvolvimento, educação e professores.
O documento discute a importância de reconhecer a existência de múltiplas culturas e a necessidade de respeitar as diferenças culturais. Defende que igualdade não significa uniformidade e que é preciso considerar as particularidades de cada grupo ao invés de impor padrões unitários. Também reflete sobre como levar essa perspectiva para o ambiente escolar, valorizando as diversas culturas trazidas pelos alunos.
Este documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, no qual ele apresenta propostas de práticas pedagógicas que estimulem a autonomia dos estudantes. Freire discute princípios como respeitar a diversidade de saberes, estimular a autonomia e a criatividade dos alunos, e enxergar os estudantes como protagonistas de sua aprendizagem. Ele também critica práticas autoritárias e defende que o conhecimento seja construído de forma colaborativa entre professores e alunos.
O documento discute os princípios da pedagogia crítica de Paulo Freire. Ele argumenta que docência e discência são processos dialógicos e interdependentes onde tanto professores quanto alunos aprendem e ensinam mutuamente. Freire defende uma educação problematizadora, crítica e transformadora que respeita a experiência dos alunos e os envolve como sujeitos ativos na construção do conhecimento.
1. O documento discute a dimensão ética da aula, argumentando que uma aula é algo que professores e alunos constroem juntos através de uma relação intersubjetiva, e não algo que apenas o professor dá.
2. Defende que embora professores e alunos tenham papéis diferentes, existe uma igualdade e horizontalidade na relação, na medida em que ambos ensinam e aprendem mutuamente.
3. Aponta que ao fazer a aula, professores não apenas ensinam conteúdos, mas constroem e reconstruém
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaJoka Luiz
1. O documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que discute a importância da reflexão crítica na prática docente e da relação entre ensinar e aprender. 2. Freire argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. 3. Uma pedagogia democrática exige respeito aos saberes dos alunos, pesquisa, criticidade e a corporeização da palavra pelo exemplo.
O documento discute os saberes necessários à prática educativa de acordo com Paulo Freire. Ele descreve que ensinar exige: pesquisa, respeito aos saberes do educando, criticidade, estética e ética, segurança profissional, compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, e reconhecer o caráter ideológico da educação.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativ...Carolina Cândido
O documento discute a importância da formação de professores segundo Paulo Freire em seu livro "Pedagogia da Autonomia". Ele argumenta que a formação deve enfatizar a aquisição de saberes essenciais para favorecer a autonomia dos alunos, como o respeito aos saberes dos estudantes, a reflexão crítica, a pesquisa contínua e o compromisso com a mudança e a justiça social.
Ler e escrever na escola o real o possivel e o necessario delia lernerMonica Oliveira
1. O documento discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma a formar estudantes como praticantes da cultura escrita.
2. É difícil conciliar os propósitos didáticos da escola com as práticas sociais de leitura e escrita fora da escola.
3. É necessário transformar a escola em uma comunidade de leitores e escritores para preservar o sentido e propósito destas práticas.
1. O documento resume a vida e obra de Paulo Freire, importante pedagogo brasileiro que desenvolveu uma pedagogia crítica e libertadora. 2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, respeito aos saberes dos alunos, e reflexão crítica sobre a prática pedagógica. 3. Para Freire, educar significa formar sujeitos capazes de pensar criticamente e transformar o mundo.
Carta de paulo freire aos professores de guine bissaupolianamilhomem
Este documento é uma carta de Paulo Freire aos professores sobre a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensinar e aprender. Em 3 frases:
1) Ensinar e aprender são processos dialéticos onde quem ensina também aprende ao reconhecer seus acertos e erros, e quem aprende ensina ao professor.
2) Ler é um ato criativo e complexo que envolve compreender o mundo concreto e abstrato, associando conceitos da experiência cotidiana aos da escola.
3) Tanto professores quanto alun
Este documento é uma carta de Paulo Freire aos professores discutindo a relação entre ensinar e aprender. Ele argumenta que (1) ensinar e aprender são processos interligados onde quem ensina também aprende e (2) o ato de estudar envolve ler criticamente o mundo e a palavra para adquirir compreensão.
1 Carta Paulo Freire aos Professores.pdfmilanezligia
Paulo Freire discute a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensino e aprendizagem. Ele argumenta que ensinar e aprender estão interligados e que os professores aprendem ao ensinar, reconhecendo novas perspectivas através da curiosidade dos alunos. Freire defende uma abordagem crítica no ato de estudar, onde a leitura do mundo sensorial não é desprezada em favor da leitura abstrata de conceitos, mas sim associada a ela.
1) O documento discute formas metodológicas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula com alunos do EJA. 2) Ele descreve a metodologia de Paulo Freire de usar a realidade dos alunos para tornar a aprendizagem mais significativa e contextualizada. 3) Também discute a importância de usar diferentes tipos de leitura e atividades interdisciplinares para motivar os alunos.
O documento discute a dinâmica das escolas e as relações entre as pessoas nesse ambiente, incluindo gestores, professores e alunos. A autora descreve suas experiências pessoais na escola e como certos professores a afetaram emocionalmente, seja de forma positiva ou negativa. Ela defende que as escolas devem ser lugares de diálogo, compreensão e respeito, em vez de exclusão e repressão.
O documento discute os conceitos de docência e discência segundo Paulo Freire. Freire acreditava que não há docência sem discência, ou seja, os professores precisam ser constantemente alunos para ensinar. Ele também enfatizou a importância da pesquisa, da reflexão crítica sobre a prática e do respeito pelos saberes dos estudantes.
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho...christianceapcursos
Este documento discute a importância da afetividade na educação de jovens e adultos. A afetividade é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, pois ajuda a conquistar a atenção dos alunos e estimular sua participação. O professor deve usar estratégias afetivas para estabelecer uma relação de confiança com os alunos e compreendê-los melhor. A afetividade cria um ambiente favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento pessoal dos alunos.
O documento resume os principais pontos discutidos no Capítulo 2 do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. O capítulo argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas exige humildade, tolerância, apreensão da realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível. A curiosidade do educador e do educando é essencial para o ato de ensinar.
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITAcefaprodematupa
Este documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita em crianças. A leitura é essencial para a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e a resolução de problemas como o fracasso escolar. Professores devem incentivar a leitura de forma prazerosa para despertar o interesse das crianças, ao invés de torná-la uma obrigação. A leitura compartilhada é uma estratégia eficaz para aproximar crianças do mundo da leitura e da escrita.
- Paulo Freire defende uma pedagogia que cria autonomia nos educandos, respeitando suas culturas e conhecimentos prévios.
- O educador deve ensinar pensando criticamente e servir de exemplo, não apenas transmitir conteúdo de forma "bancária".
- Ensinar e aprender são processos dialógicos onde tanto educador quanto educando aprendem e ensinam mutuamente buscando compreender a realidade.
Este documento resume os principais pontos da obra "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute como os educadores devem conduzir a educação de forma consciente, possuindo humildade e ética para estimular a liberdade dos alunos por meio da disciplina. Ele também enfatiza que a autonomia é um processo contínuo de amadurecimento ao longo da vida.
O documento fornece instruções sobre como estudar 28 livros e documentos para uma parte geral, listando 6 etapas como ler na íntegra, fazer resumos, sínteses e anotações. A lista inclui 8 documentos sobre educação brasileira e resenhas de 20 livros de pensadores sobre temas como aprendizagem, desenvolvimento, educação e professores.
O documento discute a importância de reconhecer a existência de múltiplas culturas e a necessidade de respeitar as diferenças culturais. Defende que igualdade não significa uniformidade e que é preciso considerar as particularidades de cada grupo ao invés de impor padrões unitários. Também reflete sobre como levar essa perspectiva para o ambiente escolar, valorizando as diversas culturas trazidas pelos alunos.
Este documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, no qual ele apresenta propostas de práticas pedagógicas que estimulem a autonomia dos estudantes. Freire discute princípios como respeitar a diversidade de saberes, estimular a autonomia e a criatividade dos alunos, e enxergar os estudantes como protagonistas de sua aprendizagem. Ele também critica práticas autoritárias e defende que o conhecimento seja construído de forma colaborativa entre professores e alunos.
O documento discute os princípios da pedagogia crítica de Paulo Freire. Ele argumenta que docência e discência são processos dialógicos e interdependentes onde tanto professores quanto alunos aprendem e ensinam mutuamente. Freire defende uma educação problematizadora, crítica e transformadora que respeita a experiência dos alunos e os envolve como sujeitos ativos na construção do conhecimento.
1. O documento discute a dimensão ética da aula, argumentando que uma aula é algo que professores e alunos constroem juntos através de uma relação intersubjetiva, e não algo que apenas o professor dá.
2. Defende que embora professores e alunos tenham papéis diferentes, existe uma igualdade e horizontalidade na relação, na medida em que ambos ensinam e aprendem mutuamente.
3. Aponta que ao fazer a aula, professores não apenas ensinam conteúdos, mas constroem e reconstruém
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaJoka Luiz
1. O documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que discute a importância da reflexão crítica na prática docente e da relação entre ensinar e aprender. 2. Freire argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. 3. Uma pedagogia democrática exige respeito aos saberes dos alunos, pesquisa, criticidade e a corporeização da palavra pelo exemplo.
O documento discute os saberes necessários à prática educativa de acordo com Paulo Freire. Ele descreve que ensinar exige: pesquisa, respeito aos saberes do educando, criticidade, estética e ética, segurança profissional, compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, e reconhecer o caráter ideológico da educação.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativ...Carolina Cândido
O documento discute a importância da formação de professores segundo Paulo Freire em seu livro "Pedagogia da Autonomia". Ele argumenta que a formação deve enfatizar a aquisição de saberes essenciais para favorecer a autonomia dos alunos, como o respeito aos saberes dos estudantes, a reflexão crítica, a pesquisa contínua e o compromisso com a mudança e a justiça social.
Ler e escrever na escola o real o possivel e o necessario delia lernerMonica Oliveira
1. O documento discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma a formar estudantes como praticantes da cultura escrita.
2. É difícil conciliar os propósitos didáticos da escola com as práticas sociais de leitura e escrita fora da escola.
3. É necessário transformar a escola em uma comunidade de leitores e escritores para preservar o sentido e propósito destas práticas.
1. O documento resume a vida e obra de Paulo Freire, importante pedagogo brasileiro que desenvolveu uma pedagogia crítica e libertadora. 2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, respeito aos saberes dos alunos, e reflexão crítica sobre a prática pedagógica. 3. Para Freire, educar significa formar sujeitos capazes de pensar criticamente e transformar o mundo.
Carta de paulo freire aos professores de guine bissaupolianamilhomem
Este documento é uma carta de Paulo Freire aos professores sobre a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensinar e aprender. Em 3 frases:
1) Ensinar e aprender são processos dialéticos onde quem ensina também aprende ao reconhecer seus acertos e erros, e quem aprende ensina ao professor.
2) Ler é um ato criativo e complexo que envolve compreender o mundo concreto e abstrato, associando conceitos da experiência cotidiana aos da escola.
3) Tanto professores quanto alun
Este documento é uma carta de Paulo Freire aos professores discutindo a relação entre ensinar e aprender. Ele argumenta que (1) ensinar e aprender são processos interligados onde quem ensina também aprende e (2) o ato de estudar envolve ler criticamente o mundo e a palavra para adquirir compreensão.
1 Carta Paulo Freire aos Professores.pdfmilanezligia
Paulo Freire discute a importância da leitura do mundo e da palavra no processo de ensino e aprendizagem. Ele argumenta que ensinar e aprender estão interligados e que os professores aprendem ao ensinar, reconhecendo novas perspectivas através da curiosidade dos alunos. Freire defende uma abordagem crítica no ato de estudar, onde a leitura do mundo sensorial não é desprezada em favor da leitura abstrata de conceitos, mas sim associada a ela.
O documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita nas crianças e como incentivar a leitura em sala de aula. A leitura é essencial para reduzir o fracasso escolar, mas as crianças precisam ser motivadas a gostar de ler através de técnicas como contar histórias e tornar a leitura uma atividade prazerosa, não obrigatória. A leitura compartilhada é uma estratégia eficaz para aproximar as crianças do mundo letrado.
1) O documento resume o livro "Professor, sim; tia, não" de Paulo Freire, que defende que ensinar requer militância e profissionalismo, não se encaixando no papel passivo de "tia".
2) Freire argumenta que o analfabetismo é uma violência que limita a capacidade humana de pensar criticamente.
3) Uma boa avaliação da prática docente busca aprimorá-la, não punir, por meio de uma reflexão crítica e dialética sobre a teoria e a prática pedagógica
1. O documento resume a vida e obra do educador brasileiro Paulo Freire, conhecido por seu método de alfabetização de adultos e sua pedagogia crítica. 2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, pesquisa, respeito aos saberes dos alunos, criticidade, ética e estética. 3. Para ele, a educação deve promover a autonomia e identidade cultural dos alunos através do diálogo e da reflexão crítica sobre a prática pedagógica.
1. O documento descreve a vida e obra do educador brasileiro Paulo Freire, conhecido por seu método de alfabetização de adultos e livro Pedagogia do Oprimido.
2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, pesquisa, respeito pelos saberes dos alunos, criticidade, ética e estética.
3. Ele também argumenta que ensinar requer ouvir os alunos, ter esperança no processo de aprendizagem e reconhecer que nenhum conhecimento é definitivo.
Este documento discute as ideias educacionais de Paulo Freire e a Escola da Ponte em Portugal. Freire defendia uma educação baseada no diálogo e na realidade dos alunos, visando desenvolver estudantes pensantes. A Escola da Ponte promove autonomia dos alunos, que constroem o próprio conhecimento em grupos. Ambos visam uma educação que ajude os alunos a refletir sobre a própria existência.
1) O documento discute estratégias efetivas para ensinar crianças a ler rápido, incluindo o uso de atividades lúdicas e considerando o desenvolvimento individual de cada criança.
2) É importante que as crianças entendam o que estão escrevendo antes de começar a escrever.
3) A aprendizagem da leitura e escrita deve ocorrer de forma gradual ao longo dos anos escolares, não apenas no ensino fundamental.
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] This document discusses Paulo Freire's view of schools and teaching. It presents the school as a special place of hope and struggle, and emphasizes Freire's view that education must be focused on utopia and dreams of a better world. The formation of teachers, according to Freire's perspective, should support the development of a passionate commitment to teaching and social transformation through education.
O documento discute a importância da leitura na 3a série do ensino fundamental. Aborda conceitos de leitura, como um processo de compreensão que envolve fatores cognitivos e sociais. Também apresenta a leitura como pré-requisito para a escrita e discute habilidades e estratégias de leitura que devem ser desenvolvidas na escola, como estabelecer objetivos e monitorar a compreensão. A leitura deve ser incentivada desde cedo para se tornar um hábito prazeroso.
Este documento é um portfólio reflexivo de uma estudante de pedagogia sobre sua jornada acadêmica. Ela descreve como descobriu seu amor pela profissão de professora e fala sobre diferentes tipos de educação, incluindo a educação popular. Ela relata uma observação em um centro comunitário que fornece educação não formal e reflete sobre como a educação popular, embora menos reconhecida, pode ser significativa. Ela também resume a influência do educador Paulo Freire no pensamento sobre educação popular.
Este documento fornece um resumo biográfico do educador brasileiro Paulo Freire e descreve algumas de suas principais obras e ideias pedagógicas. Freire nasceu em 1921 em Recife e defendeu uma pedagogia libertadora e diálogo entre educadores e estudantes. Suas obras mais conhecidas incluem Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia.
Paulo Freire foi um educador brasileiro nascido em 1921 no Recife. Ele desenvolveu um método de alfabetização de adultos baseado na conscientização dos oprimidos através da discussão de temas e palavras significativas para suas vidas. Seu método foi aplicado no Brasil mas foi reprimido com o golpe militar de 1964, forçando Freire ao exílio. Ele defendia uma escola cidadã que promove liberdade e construção da cidadania através do diálogo e produção comum do saber.
O documento discute vários processos de aprendizagem da língua portuguesa, incluindo a atenção, formação de conceitos, habituação, memória, percepção, raciocínio e solução de problemas. Também aborda diferentes modalidades de aprendizagem e o papel fundamental do professor nesse processo.
Paulo Freire (1921-1997) foi um educador brasileiro conhecido por seu método de alfabetização de adultos e por sua obra "Pedagogia do Oprimido". Ele defendeu uma educação libertadora e centrada no diálogo entre professores e alunos. Sua teoria enfatizou a aprendizagem significativa e a educação para a cidadania.
O documento discute a organização do trabalho pedagógico na educação básica, com foco nos primeiros anos. Aponta a importância de considerar as características individuais das crianças e a necessidade de continuidade entre a educação infantil e ensino fundamental. Também destaca o papel social da escola em promover a aprendizagem, autonomia e cidadania das crianças.
[1] O documento discute as memórias da autora de sua infância e experiências na escola, incluindo aprender a ler e escrever com cartilhas. [2] Ele também aborda suas expectativas ao se formar em Pedagogia e sua visão de que educação é o processo de transmitir valores entre gerações. [3] Por fim, o documento define Pedagogia como a ciência que estuda a educação com o objetivo de melhorar o aprendizado.
O documento discute a importância da leitura na educação de crianças e estudantes. Ele argumenta que a escola deve incentivar o hábito da leitura e proporcionar experiências que despertem o interesse dos alunos, já que a realidade atual os afasta da leitura. A leitura é vista como essencial para o desenvolvimento dos estudantes e para que possam compreender melhor o mundo.
Este documento discute o processo de ensino-aprendizagem durante um curso de mestrado em ciências da educação. Aborda temas como a importância da didática para os professores, os objetivos da educação, e como o portfólio pode ser usado para apoiar a aprendizagem dos estudantes. O documento também resume discussões da turma sobre vários tópicos relacionados à docência.
Semelhante a Carta de paulo freire aos professores 2ª versão (20)
Este documento presenta la propuesta para un curso de especialización sobre docencia en la educación superior con énfasis en la educación médica y el uso de tecnologías de información y comunicación, incluyendo recursos educativos abiertos. El curso de 13 meses sería híbrido, con instrucción presencial y a distancia enfocada en capacitar profesores para utilizar nuevas tecnologías y recursos educativos abiertos en el aula.
El documento describe un proyecto de capacitación para profesores en el uso de recursos educativos abiertos. El proyecto consiste en un curso blended para profesores de la FAMENE en Brasil enfocado en incorporar recursos educativos abiertos en la enseñanza. El curso se basa en teorías constructivistas y busca despertar interés en nuevos paradigmas educativos centrados en el estudiante a través del uso de varios sitios y recursos de calidad.
O documento discute Hipertensão Pulmonar, definindo-a como uma condição caracterizada pela elevação da pressão arterial pulmonar acima de 25mmHg. Apresenta subgrupos da doença, epidemiologia, sinais e sintomas, exames para diagnóstico e classificação, além de abordar o tratamento da Hipertensão Pulmonar.
O documento fornece informações sobre hipertensão pulmonar, definindo-a, discutindo sua epidemiologia, classificação, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Aborda os subgrupos da condição, sinais e sintomas, exames complementares e estratégias terapêuticas.
O documento discute Hipertensão Pulmonar, definindo-a como uma condição caracterizada pela elevação da pressão arterial pulmonar acima de 25mmHg. Apresenta subgrupos da doença, epidemiologia, sinais e sintomas, exames para diagnóstico e classificação, além de abordar o tratamento da Hipertensão Pulmonar.
O documento fornece informações sobre hipertensão pulmonar, definindo-a, discutindo sua epidemiologia, classificação, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Aborda os subgrupos da doença, sinais e sintomas, exames complementares como ecocardiograma e cateterismo cardíaco, e as opções terapêuticas disponíveis.
Espessamento medio intimal carótidal trialsJorge Garcia
Carotid intima-media thickness (CIMT) is a measure of subclinical atherosclerosis that can be assessed noninvasively using ultrasound. CIMT has been shown to be related to traditional cardiovascular risk factors and predicts future cardiovascular events. Several studies have found that therapies which slow the progression of CIMT, such as statins, antihypertensives, and lifestyle changes, can reduce cardiovascular risk. However, CIMT is an imperfect surrogate and definitive outcomes trials are still needed to determine the clinical impact of therapies that affect CIMT progression.
Álcoois: compostos que contêm um grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono saturado.
Aldeídos: possuem o grupo carbonila (C=O) no final de uma cadeia carbônica.
Cetonas: também contêm o grupo carbonila, mas no meio da cadeia carbônica.
Ácidos carboxílicos: caracterizados pelo grupo carboxila (-COOH).
Éteres: compostos com um átomo de oxigênio ligando duas cadeias carbônicas.
Ésteres: derivados dos ácidos carboxílicos, onde o hidrogênio do grupo carboxila é substituído por um radical alquila ou arila.
Aminas: contêm o grupo amino (-NH2) ligado a um ou mais átomos de carbono.
Esses são apenas alguns exemplos. Existem muitos outros grupos funcionais que definem as propriedades químicas e físicas dos compostos orgânicas.
Conversaremos sobre como trabalhar no Mundo da Arquitetura Técnica e de Solução em Salesforce.
- Suas diferenças
- Seus requisitos
- Suas particularidades
- Quais conhecimentos e aptidões teremos que ter para cada tipo
- Suas tarefas básicas
- Empregabilidade Global
- Caminhos a trilhar no Trailhead
E tiraremos duvidas sobre ambos os tipos de trabalho.
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança: A Marca do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 09 de junho de 2024, Portugal voltou a eleger 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2024-2029).
Para saber mais, consulte o portal Eurocid em:
- https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias-2024-2029
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=56528&img=11604
Data: junho 2024.
Conheça também outros recursos sobre as Eleições Europeias 2024-2029 desenvolvidos pelo CIEJD:
Infografias (resultados e geral)
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-resultados-das-eleicoes-europeias-2024-2029-cf00/269810513
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-eleies-europeias-20242029/266850232
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Sopa de letras
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Apresentação
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Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
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Carta de paulo freire aos professores 2ª versão
1. Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921 em Recife, Pernambuco. Aprendeu a ler e a escrever com os pais, à
sombra das árvores do quintal da casa em que nasceu. Tinha oito anos quando a família teve que se mudar para Jaboatão, a 18 km de Recife.
Aos 13 anos perdeu o pai e seus estudos tiveram que ser adiados. Entrou no ginásio com 16 anos. Aos 20 conseguiu uma vaga na Faculdade
de Direito do Recife.
O estudo da linguagem do povo foi um dos pontos de partida da elaboração pedagógica de Paulo Freire, para o que também foi muito
significativo o seu envolvimento com o Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife. Foi um dos fundadores do Serviço de Extensão
Cultural da Universidade do Recife e seu primeiro diretor. Através desse trabalho elaborou os primeiros estudos de um novo método de
alfabetização, que expôs em 1958. As primeiras experiências do Método Paulo Freire começaram na cidade de Angicos, no Rio Grande do
Norte, em 1962, onde 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias. No ano seguinte, foi convidado pelo presidente João Goulart para
repensar a alfabetização de adultos em âmbito nacional. O golpe militar interrompeu os trabalhos e reprimiu toda a mobilização popular.
Paulo Freire foi preso, acusado de comunista. Foram 16 anos de exílio, dolorosos, mas também muito produtivos: uma estadia de cinco
anos no Chile como consultor da Unesco no Instituto de Capacitação e Investigação em Reforma Agrária; uma mudança para Genebra, na
Suíça em 1970, para trabalhar como consultor do Conselho Mundial de Igrejas, onde desenvolveu programas de alfabetização para a
Tanzânia e Guiné-Bissau, e ajudou em campanhas no Peru e Nicarágua; em 1980, voltou definitivamente ao país, passando a ser professor
da PUCSP e da Universidade de Campinas (Unicamp). Uma das experiências significativas de Paulo Freire foi ter trabalhado como
secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão Luiza Erundina (PT), entre 1989 e 1991. Paulo Freire morreu no dia 2 de maio
de 1997, aos 76 anos de idade, em plena atividade de educador e de pensador. Estava casado com Ana Maria (Nita) Araújo Freire, também
educadora.
É autor dos livros Educação como prática da libedade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967; Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz
e Terra, 1970; Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1971; Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1976; Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977; Educação
e mudança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979; A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo, Cortez, 1982; A
Educação na cidade. São Paulo, Cortez, 1991; Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz
e Terra, 1992; Política e educação. São Paulo, Cortez, 1993; Professora sim, Tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo, Olho D’Água,
1993; Cartas a Cristina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994; À sombra desta mangueira. São Paulo, Olho D’Água, 1995. Pedagogia de
2. Esta carta foi retirada do livro Professora sim, tia não. Cartas a
quem ousa ensinar (Editora Olho D’Água, 10ª ed., p. 27-38) no
qual Paulo Freire dialoga sobre questões da construção de uma
escola democrática e popular. Escreve especialmente aos
professores, convocando-os ao engajamento nesta mesma luta.
Este livro foi escrito durante dois meses do ano de 1993, pouco
tempo depois de sua experiência na condução da Secretaria de
Educação de São Paulo.
3. Carta de Paulo Freire aos professores
PAULO FREIRE
Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra
Nenhum tema mais adequado para constituir-se em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do que a significação crítica
desse ato, assim como a significação igualmente crítica de aprender. É que não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais
do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende. Quero dizer que ensinar e aprender se vão
dando de tal maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque,
observado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que não o aprende, o ensinante se
ajuda a descobrir incertezas, acertos, equívocos.
O aprendizado do ensinante ao ensinar não se dá necessariamente através da retificação que o aprendiz lhe faça de erros cometidos.
O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica à medida em que o ensinante, humilde, aberto, se ache permanentemente disponível a
repensar o pensado, rever-se em suas posições; em que procura envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e
veredas, que ela os faz percorrer. Alguns desses caminhos e algumas dessas veredas, que a curiosidade às vezes quase virgem dos alunos
percorre, estão grávidas de sugestões, de perguntas que não foram percebidas antes pelo ensinante. Mas agora, ao ensinar, não como um
burocrata da mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade – razão por que seu corpo consciente, sensível, emocionado, se abre
às adivinhações dos alunos, à sua ingenuidade e à sua criatividade – o ensinante que assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu
aprender. O ensinante aprende primeiro a ensinar mas aprende a ensinar ao ensinar algo que é reaprendido por estar sendo ensinado.
4. O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se
aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza a ensinar o que não sabe. A responsabilidade ética, política e profissional do
ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige
que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem
vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática.
Partamos da experiência de aprender, de conhecer, por parte de quem se prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente
estudar. Obviamente, minha intenção não é escrever prescrições que devam ser rigorosamente seguidas, o que significaria uma chocante
contradição com tudo o que falei até agora. Pelo contrário, o que me interessa aqui, de acordo com o espírito mesmo deste livro, é desafiar
seus leitores e leitoras em torno de certos pontos ou aspectos, insistindo em que há sempre algo diferente a fazer na nossa cotidianidade
educativa, quer dela participemos como aprendizes, e portanto ensinantes, ou como ensinantes e, por isso, aprendizes também.
Não gostaria, assim, sequer, de dar a impressão de estar deixando absolutamente clara a questão do estudar, do ler, do observar, do
reconhecer as relações entre os objetos para conhecê-los. Estarei tentando clarear alguns dos pontos que merecem nossa atenção na
compreensão crítica desses processos.
Comecemos por estudar, que envolvendo o ensinar do ensinante, envolve também de um lado, a aprendizagem anterior e
concomitante de quem ensina e a aprendizagem do aprendiz que se prepara para ensinar amanhã ou refaz seu saber para melhor ensinar hoje
ou, de outro lado, aprendizagem de quem, criança ainda, se acha nos começos de sua escolarização.
5. Enquanto preparação do sujeito para aprender, estudar é, em primeiro lugar, um que-fazer crítico, criador, recriador, não importa que eu
nele me engaje através da leitura de um texto que trata ou discute um certo conteúdo que me foi proposto pela escola ou se o realizo partindo de
uma reflexão crítica sobre um certo acontecimentos social ou natural e que, como necessidade da própria reflexão, me conduz à leitura de textos
que minha curiosidade e minha experiência intelectual me sugerem ou que me são sugeridos por outros.
Assim, em nível de uma posição crítica, a que não dicotomiza o saber do senso comum do outro saber, mais sistemático, de maior
exatidão, mas busca uma síntese dos contrários, o ato de estudar implica sempre o de ler, mesmo que neste não se esgote. De ler o mundo, de ler
a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. Mas ler não é puro entretenimento nem tampouco um exercício de memorização
mecânica de certos trechos do texto.
Se, na verdade, estou estudando e estou lendo seriamente, não posso ultrapassar uma página se não consegui com relativa clareza, ganhar
sua significação. Minha saída não está em memorizar porções de períodos lendo mecanicamente duas, três, quatro vezes pedaços do texto
fechando os olhos e tentando repeti-las como se sua fixação puramente maquinal me desse o conhecimento de que preciso.
Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto
ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em
que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí, entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e
da escrita. É que ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação.
6. E a experiência da compreensão será tão mais profunda quanto sejamos nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os conceitos
emergentes da experiência escolar aos que resultam do mundo da cotidianidade. Um exercício crítico sempre exigido pela leitura e
necessariamente pela escuta é o de como nos darmos facilmente à passagem da experiência sensorial que caracteriza a cotidianidade à
generalização que se opera na linguagem escolar e desta ao concreto tangível. Uma das formas de realizarmos este exercício consiste na
prática que me venho referindo como “leitura da leitura anterior do mundo”, entendendo-se aqui como “leitura do mundo” a “leitura” que
precede a leitura da palavra e que perseguindo igualmente a compreensão do objeto se faz no domínio da cotidianidade. A leitura da palavra,
fazendo-se também em busca da compreensão do texto e, portanto, dos objetos nele referidos, nos remete agora à leitura anterior do mundo.
O que me parece fundamental deixar claro é que a leitura do mundo que é feita a partir da experiência sensorial não basta. Mas, por outro
lado, não pode ser desprezada como inferior pela leitura feita a partir do mundo abstrato dos conceitos que vai da generalização ao tangível.
Certa vez, uma alfabetizanda nordestina discutia, em seu círculo de cultura, uma codificação (1) que representava um homem que,
trabalhando o barro, criava com as mãos, um jarro. Discutia-se, através da “leitura” de uma série de codificações que, no fundo, são
representações da realidade concreta, o que é cultura. O conceito de cultura já havia sido apreendido pelo grupo através do esforço da
compreensão que caracteriza a leitura do mundo e/ou da palavra. Na sua experiência anterior, cuja memória ela guardava no seu corpo, sua
compreensão do processo em que o homem, trabalhando o barro, criava o jarro, compreensão gestada sensorialmente, lhe dizia que fazer o
jarro era uma forma de trabalho com que, concretamente, se sustentava. Assim como o jarro era apenas o objeto, produto do trabalho que,
vendido, viabilizava sua vida e a de sua família.
7. Agora, ultrapassando a experiência sensorial, indo mais além dela, dava um passo fundamental: alcançava a capacidade de
generalizar que caracteriza a “experiência escolar”. Criar o jarro como o trabalho transformador sobre o barro não era apenas a forma de
sobreviver, mas também de fazer cultura, de fazer arte. Foi por isso que, relendo sua leitura anterior do mundo e dos que-fazeres no mundo,
aquela alfabetizanda nordestina disse segura e orgulhosa: “Faço cultura. Faço isto”.
Noutra ocasião presenciei experiência semelhante do ponto de vista da inteligência do comportamento das pessoas. Já me referi a
este fato em outro trabalho mas não faz mal que o retome agora. Me achava na Ilha de São Tomé, na África Ocidental, no Golfo da Guiné.
Participava com educadores e educadoras nacionais, do primeiro curso de formação para alfabetizadores.
Havia sido escolhido pela equipe nacional um pequeno povoado, Porto Mont, região de pesca, para ser o centro das atividades de
formação. Havia sugerido aos nacionais que a formação dos educadores e educadoras se fizesse não seguindo certos métodos tradicionais
que separam prática de teoria. Nem tampouco através de nenhuma forma de trabalho essencialmente dicotomizante de teoria e prática e que
ou menospreza a teoria, negando-lhe qualquer importância, enfatizando exclusivamente a prática, a única a valer, ou negando a prática
fixando-se só na teoria. Pelo contrário, minha intenção era que, desde o começo do curso, vivêssemos a relação contraditória entre prática e
teoria, que será objeto de análise de uma de minhas cartas.
Recusava, por isso mesmo, uma forma de trabalho em que fossem reservados os primeiros momentos do curso para exposições ditas
teóricas sobre matéria fundamental de formação dos futuros educadores e educadoras. Momento para discursos de algumas pessoas, as
consideradas mais capazes para falar aos outros.
8. Minha convicção era outra. Pensava numa forma de trabalho em que, numa única manhã, se falasse de alguns conceitos-chave –
codificação, decodificação, por exemplo – como se estivéssemos num tempo de apresentações, sem, contudo, nem de longe imaginar que as
apresentações de certos conceitos fossem já suficientes para o domínio da compreensão em torno deles. A discussão crítica sobre a prática
em que se engajariam é o que o faria.
Assim, a idéia básica, aceita e posta em prática, é que os jovens que se preparariam para a tarefa de educadoras e educadores
populares deveriam coordenar a discussão em torno de codificações num círculo de cultura com 25 participantes. Os participantes do círculo
de cultura estavam cientes de que se tratava de um trabalho de afirmação de educadores. Discutiu-se com eles antes sua tarefa política de nos
ajudar no esforço de formação, sabendo que iam trabalhar com jovens em pleno processo de sua formação. Sabiam que eles, assim como os
jovens a serem formados, jamais tinham feito o que iam fazer. A única diferença que os marcava é que os participantes liam apenas o mundo
enquanto os jovens a serem formados para a tarefa de educadores liam já a palavra também. Jamais, contudo, haviam discutido uma
codificação assim como jamais haviam tido a mais mínima experiência alfabetizando alguém.
Em cada tarde do curso com duas horas de trabalho com os 25 participantes, quatro candidatos assumiam a direção dos debates. Os
responsáveis pelo curso assistiam em silêncio, sem interferir, fazendo suas notas. No dia seguinte, no seminário de avaliação de formação, de
quatro horas, se discutiam os equívocos, os erros e os acertos dos candidatos, na presença do grupo inteiro, desocultandose com eles a teoria
que se achava na sua prática.
Dificilmente se repetiam os erros e os equívocos que haviam sido cometidos e analisados. A teoria emergia molhada da prática
vivida.
9. Foi exatamente numa das tardes de formação que, durante a discussão de uma codificação que retratava Porto Mont, com suas
casinhas alinhadas à margem da praia, em frente ao mar, com um pescador que deixava seu barco com um peixe na mão, que dois dos
participantes, como se houvessem combinado, se levantaram, andaram até a janela da escola em que estávamos e olhando Porto Mont lá
longe, disseram, de frente novamente para a codificação que representava o povoado: “É. Porto Mont é assim e não sabíamos”.
Até então, sua “leitura” do lugarejo, de seu mundo particular, uma “leitura” feita demasiadamente próxima do “texto”, que era o
contexto do povoado, não lhes havia permitido ver Porto Mont como ele era. Havia uma certa “opacidade” que cobria e encobria Porto
Mont. A experiência que estavam fazendo de “tomar distância” do objeto, no caso, da codificação de Porto Mont, lhes possibilitava uma
nova leitura mais fiel ao “texto”, quer dizer, ao contexto de Porto Mont. A “tomada de distância” que a “leitura” da codificação lhes
possibilitou os aproximou mais de Porto Mont como “texto” sendo lido. Esta nova leitura refez a leitura anterior, daí que hajam dito: “É.
Porto Mont é assim e não sabíamos”. Imersos na realidade de seu pequeno mundo, não eram capazes de vê-la. “Tomando distância” dela,
emergiram e, assim, a viram como até então jamais a tinham visto.
Estudar é desocultar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber suas relações com outros objetos. Implica que o
estudioso, sujeito do estudo, se arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recria.
Por isso também é que ensinar não pode ser um puro processo, como tanto tenho dito, de transferência de conhecimento do ensinante
ao aprendiz. Transferência mecânica de que resulte a memorização maquinal que já critiquei. Ao estudo crítico corresponde um ensino
igualmente crítico que demanda necessariamente uma forma crítica de compreender e de realizar a leitura da palavra e a leitura do mundo,
leitura do contexto.
10. A forma crítica de compreender e de realizar a leitura da palavra e a leitura do mundo está, de um lado, na não negação da linguagem
simples, “desarmada”, ingênua, na sua não desvalorização por constituir-se de conceitos criados na cotidianidade, no mundo da experiência
sensorial; de outro, na recusa ao que se chama de “linguagem difícil”, impossível, porque desenvolvendo-se em torno de conceitos abstratos.
Pelo contrário, a forma crítica de compreender e de realizar a leitura do texto e a do contexto não exclui nenhuma da duas formas de
linguagem ou de sintaxe. Reconhece, todavia, que o escritor que usa a linguagem científica, acadêmica, ao dever procurar tornar-se
acessível, menos fechado, mais claro, menos difícil, mais simples, não pode ser simplista.
Ninguém que lê, que estuda, tem o direito de abandonar a leitura de um texto como difícil porque não entendeu o que significa, por
exemplo, a palavra epistemologia.
Assim como um pedreiro não pode prescindir de um conjunto de instrumentos de trabalho, sem os quais não levanta as paredes da
casa que está sendo construída, assim também o leitor estudioso precisa de instrumentos fundamentais, sem os quais não pode ler ou escrever
com eficácia. Dicionários (2), entre eles o etimológico, o de regimes de verbos, o de regimes de substantivos e adjetivos, o filosófico, o de
sinônimos e de antônimos, enciclopédias. A leitura comparativa de texto, de outro autor que trate o mesmo tema cuja linguagem seja menos
complexa.
Usar esses instrumentos de trabalho não é, como às vezes se pensa, uma perda de tempo. O tempo que eu uso quando leio ou escrevo
ou escrevo e leio, na consulta de dicionários e enciclopédias, na leitura de capítulos, ou trechos de livros que podem me ajudar na análise
mais crítica de um tema – é tempo fundamental de meu trabalho, de meu ofício gostoso de ler ou de escrever.
11. Enquanto leitores, não temos o direito de esperar, muito menos de exigir, que os escritores façam sua tarefa, a de escrever, e quase a
nossa, a de compreender o escrito, explicando a cada passo, no texto ou numa nota ao pé da página, o que quiseram dizer com isto ou aquilo.
Seu dever, como escritores, é escrever simples, escrever leve, é facilitar e não dificultar a compreensão do leitor, mas não dar a ele as coisas
feitas e prontas.
A compreensão do que se está lendo, estudando, não estala assim, de repente, como se fosse um milagre. A compreensão é
trabalhada, é forjada, por quem lê, por quem estuda que, sendo sujeito dela, se deve instrumentar para melhor fazê-la. Por isso mesmo, ler,
estudar, é um trabalho paciente, desafiador, persistente.
Não é tarefa para gente demasiado apressada ou pouco humilde que, em lugar de assumir suas deficiências, as transfere para o autor
ou autora do livro, considerado como impossível de ser estudado.
É preciso deixar claro, também, que há uma relação necessária entre o nível do conteúdo do livro e o nível da atual formação do
leitor. Estes níveis envolvem a experiência intelectual do autor e do leitor. A compreensão do que se lê tem que ver com essa relação.
Quando a distância entre aqueles níveis é demasiado grande, quanto um não tem nada que ver com o outro, todo esforço em busca da
compreensão é inútil. Não está havendo, neste caso, uma consonância entre o indispensável tratamento dos temas pelo autor do livro e a
capacidade de apreensão por parte do leitor da linguagem necessária àquele tratamento. Por isso mesmo é que estudar é uma preparação para
conhecer, é um exercício paciente e impaciente de quem, não pretendendo tudo de uma vez, luta para fazer a vez de conhecer.
12. A questão do uso necessário de instrumentos indispensáveis à nossa leitura e ao nosso trabalho de escrever levanta o problema do
poder aquisitivo do estudante e das professoras e professores em face dos custos elevados para obter dicionários básicos da língua,
dicionários filosóficos etc. Poder consultar todo esse material é um direito que têm alunos e professores a que corresponde o dever das
escolas de fazer-lhes possível a consulta, equipando ou criando suas bibliotecas, com horários realistas de estudo. Reivindicar esse material é
um direito e um dever de professores e estudantes.
Gostaria de voltar a algo a que fiz referência anteriormente: a relação entre ler e escrever, entendidos como processos que não se
podem separar. Como processos que se devem organizar de tal modo que ler e escrever sejam percebidos como necessários para algo, como
sendo alguma coisa de que a criança, como salientou Vygotsky (3), necessita e nós também.
Em primeiro lugar, a oralidade precede a grafia mas a traz em si desde o primeiro momento em que os seres humanos se tornaram
socialmente capazes de ir exprimindo-se através de símbolos que diziam algo de seus sonhos, de seus medos, de sua experiência social, de
suas esperanças, de suas práticas.
Quando aprendemos a ler, o fazemos sobre a escrita de alguém que antes aprendeu a ler e a escrever. Ao aprender a ler, nos
preparamos para imediatamente escrever a fala que socialmente construímos.
Nas culturas letradas, sem ler e sem escrever, não se pode estudar, buscar conhecer, apreender a substantividade do objeto,
reconhecer criticamente a razão de ser do objeto.
13. Um dos equívocos que cometemos está em dicotomizar ler de escrever, desde o começo da experiência em que as crianças ensaiam
seus primeiros passos na prática da leitura e da escrita, tomando esses processos como algo desligado do processo geral de conhecer. Essa
dicotomia entre ler e escrever nos acompanha sempre, como estudantes e professores. “Tenho uma dificuldade enorme de fazer minha
dissertação. Não sei escrever”, é a afirmação comum que se ouve nos cursos de pós-graduação de que tenho participado. No fundo, isso
lamentavelmente revela o quanto nos achamos longe de uma compreensão crítica do que é estudar e do que é ensinar.
É preciso que nosso corpo, que socialmente vai se tornando atuante, consciente, falante, leitor e “escritor” se aproprie criticamente de
sua forma de vir sendo que faz parte de sua natureza, histórica e socialmente constituindo-se. Quer dizer, é necessário que não apenas nos
demos conta de como estamos sendo mas nos assumamos plenamente com estes “seres programados, mas para aprender”, de que nos fala
François Jacob (4). É necessário, então, que aprendamos a aprender, vale dizer, que entre outras coisas, demos à linguagem oral e escrita, a
seu uso, a importância que lhe vem sendo cientificamente reconhecida.
Aos que estudamos, aos que ensinamos e, por isso, estudamos também, se nos impõe, ao lado da necessária leitura de textos, a
redação de notas, de fichas de leitura, a redação de pequenos textos sobre as leituras que fazemos. A leitura de bons escritores, de bons
romancistas, de bons poetas, dos cientistas, dos filósofos que não temem trabalhar sua linguagem a procura da boniteza, da simplicidade e da
clareza (5).
Se nossas escolas, desde a mais tenra idade de seus alunos se entregassem ao trabalho de estimular neles o gosto da leitura e o da
escrita, gosto que continuasse a ser estimulado durante todo o tempo de sua escolaridade, haveria possivelmente um número bastante menor
de pós-graduandos falando de sua insegurança ou de sua incapacidade de escrever.
14. Se estudar, para nós, não fosse quase sempre um fardo, se ler não fosse uma obrigação amarga a cumprir, se, pelo contrário, estudar e
ler fossem fontes de alegria e de prazer, de que resulta também o indispensável conhecimento com que nos movemos melhor no mundo,
teríamos índices melhor reveladores da qualidade de nossa educação.
Este é um esforço que deve começar na pré-escola, intensificar-se no período da alfabetização e continuar sem jamais parar.
A leitura de Piaget, de Vygotsky, de Emilia Ferreiro, de Madalena F. Weffort, entre outros, assim como a leitura de especialistas que
tratam não propriamente da alfabetização mas do processo de leitura como Marisa Lajolo e Ezequiel T. da Silva é de indiscutível
importância.
Pensando na relação de intimidade entre pensar, ler e escrever e na necessidade que temos de viver intensamente essa relação,
sugeriria a quem pretenda rigorosamente experimentá-la que, pelo menos, três vezes por semana, se entregasse à tarefa de escrever algo.
Uma nota sobre uma leitura, um comentário em torno de um acontecimento de que tomou conhecimento pela imprensa, pela televisão, não
importa. Uma carta para destinatário inexistente. É interessante datar os pequenos textos e guardá-los e dois ou três meses depois submetê-
los a uma avaliação crítica.
Ninguém escreve se não escrever, assim como ninguém nada se não nadar.
Ao deixar claro que o uso da linguagem escrita, portanto o da leitura, está em relação com o desenvolvimento das condições
materiais da sociedade, estou sublimando que minha posição não é idealista.
Recusando qualquer interpretação mecanicista da História, recuso igualmente a idealista. A primeira reduz a consciência à pura cópia
das estruturas materiais da sociedade; a segunda submete tudo ao todo poderosismo da consciência. Minha posição é outra. Entendo que
estas relações entre consciência e mundo são dialéticas (6).
15. O que não é correto, porém, é esperar que as transformações materiais se processem para que depois comecemos a encarar
corretamente o problema da leitura e da escrita.
A leitura crítica dos textos e do mundo tem que ver com a sua mudança em processo.
NOTAS:
(1) Sobre codificação, leitura do mundo-leitura da palavra-senso comum-conhecimento exato, aprender, ensinar, veja-se: Freire, Paulo:
Educação como prática da liberdade – Educação e mudança – Ação cultural para a liberdade – Pedagogia do oprimido – Pedagogia da
esperança, Paz e Terra; Freire & Sérgio Guimarães, Sobre educação, Paz e Terra; Freire & Ira Schor, Medo e ousadia, o cotidiano do
educador, Paz e Terra; Freire & Donaldo Macedo, Alfabetização, leitura do mundo e leitura da palavra, Paz e Terra; Freire, Paulo, A
importância do ato de ler, Cortez. Freire & Márcio Campos; Leitura do mundo – Leitura da palavra, Courrier de L’Unesco, fev. 1991.
(2) Ver Freire, Paulo. Pedagogia da esperança – um reencontro com a Pedagogia do oprimido, Paz e Terra, 1992.
(3) Vygotsky and education. Instructional implications and applications of sociohistorical psychology. Luis C. Moll (ed.), Cambridge
University Press, First paper back edition, 1992.
(4) François Jacob, Nous sommes programmés mais pour aprendre. Le Courrier de L’Unesco, Paris, fev. 1991.
(5) Ver Freire, Paulo, Pedagogia da esperança, Paz e Terra, 1992.
(6) Id., ibid.