Este documento resume um estudo sobre cardiopatias congênitas em adultos realizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP. O estudo avaliou 600 pacientes com cardiopatias congênitas entre 19-86 anos, 55% em evolução natural e 45% pós-operatórios. As cardiopatias acianogênicas com desvio de sangue para a direita foram as mais comuns em evolução natural, enquanto as cardiopatias acianogênicas com obstrução ao fluxo sanguíneo e as cianogênicas
1) O documento discute as principais emergências médicas encontradas em adultos com cardiopatias congênitas, incluindo arritmias, síncopes, complicações hipoxêmicas e endocardite infecciosa.
2) As cardiopatias mais comuns nesses pacientes são a Tetralogia de Fallot, a Transposição das Grandes Artérias e a Coarctação da Aorta. Essas condições requerem vigilância contínua devido ao risco de sequelas e complicações tardias.
3) O texto fornece recomenda
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primáriagisa_legal
Este documento discute a importância do exame cardiológico inicial em pediatria para a detecção precoce de cardiopatias congênitas. O autor descreve os principais achados clínicos e exames subsidiários que podem identificar as cardiopatias mais comuns, como comunicações interatriais e interventriculares, persistência do canal arterial, estenoses valvares e tetralogia de Fallot. Ele enfatiza que mais de 90% das cardiopatias significativas podem ser detectadas no exame físico, eletrocardiogra
Cardiopatias complexas do conceito à evoluçãogisa_legal
Este documento discute o conceito de cardiopatias complexas e sua evolução. Define cardiopatias complexas como aquelas com associações de defeitos cardíacos difíceis de corrigir cirurgicamente ou com evolução pós-operatória inadequada. Descreve exemplos de cardiopatias complexas e discute as abordagens cirúrgicas paliativas e corretivas funcionais, destacando a importância do tratamento precoce nestas patologias.
1. Uma criança de 2 anos com Síndrome de Down foi diagnosticada com defeito do septo atrioventricular total e tetralogia de Fallot.
2. Ela passou por cirurgia cardíaca para correção dos defeitos, que envolveu ampliação da via de saída do ventrículo direito e correção dos defeitos de septo com placas de pericárdio.
3. Os resultados pós-operatórios foram bons, porém apresentou insuficiência valvar pulmonar moderada devido à técnica cirúrg
1. O documento relata um caso de febre reumática com doença cardíaca reumática em um paciente acompanhado no Hospital Regional da Asa Sul em Brasília.
2. Apresenta também uma revisão sobre febre reumática, focando na cardiopatia reumática que é a principal causa de morbimortalidade da doença.
3. Aborda aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da febre reumática e sua complicação cardíaca.
1) O documento relata um caso de endocardite fúngica neonatal diagnosticado em um recém-nascido que necessitou de um cateter venoso central.
2) Uma grande massa foi detectada no átrio direito do coração por exame ecocardiográfico e removida cirurgicamente, confirmando o diagnóstico de endocardite por fungo.
3) Apesar do tratamento com anfotericina, o paciente faleceu devido a complicações pulmonares, destacando a gravidade dessa infecção.
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
O documento discute o papel do pediatra no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas na infância. É destacado que cerca de 1% dos recém-nascidos apresentam algum tipo de cardiopatia congênita e requerem atenção do cardiologista pediátrico. Algumas situações clínicas comuns são descritas, como insuficiência cardíaca, cianose grave e arritmias cardíacas. O tratamento envolve medidas clínicas, cirurgia e medicações, variando de acordo com o tipo de card
Este documento relata o caso de uma paciente com Arterite de Takayasu que desenvolveu hipertensão arterial pulmonar grave e acidente vascular encefálico. A paciente apresentava estenoses múltiplas nas artérias pulmonares e cerebrais. O resumo descreve como a inflamação vascular causada pela doença pode levar a complicações cardiovasculares e neurológicas.
1) O documento discute as principais emergências médicas encontradas em adultos com cardiopatias congênitas, incluindo arritmias, síncopes, complicações hipoxêmicas e endocardite infecciosa.
2) As cardiopatias mais comuns nesses pacientes são a Tetralogia de Fallot, a Transposição das Grandes Artérias e a Coarctação da Aorta. Essas condições requerem vigilância contínua devido ao risco de sequelas e complicações tardias.
3) O texto fornece recomenda
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primáriagisa_legal
Este documento discute a importância do exame cardiológico inicial em pediatria para a detecção precoce de cardiopatias congênitas. O autor descreve os principais achados clínicos e exames subsidiários que podem identificar as cardiopatias mais comuns, como comunicações interatriais e interventriculares, persistência do canal arterial, estenoses valvares e tetralogia de Fallot. Ele enfatiza que mais de 90% das cardiopatias significativas podem ser detectadas no exame físico, eletrocardiogra
Cardiopatias complexas do conceito à evoluçãogisa_legal
Este documento discute o conceito de cardiopatias complexas e sua evolução. Define cardiopatias complexas como aquelas com associações de defeitos cardíacos difíceis de corrigir cirurgicamente ou com evolução pós-operatória inadequada. Descreve exemplos de cardiopatias complexas e discute as abordagens cirúrgicas paliativas e corretivas funcionais, destacando a importância do tratamento precoce nestas patologias.
1. Uma criança de 2 anos com Síndrome de Down foi diagnosticada com defeito do septo atrioventricular total e tetralogia de Fallot.
2. Ela passou por cirurgia cardíaca para correção dos defeitos, que envolveu ampliação da via de saída do ventrículo direito e correção dos defeitos de septo com placas de pericárdio.
3. Os resultados pós-operatórios foram bons, porém apresentou insuficiência valvar pulmonar moderada devido à técnica cirúrg
1. O documento relata um caso de febre reumática com doença cardíaca reumática em um paciente acompanhado no Hospital Regional da Asa Sul em Brasília.
2. Apresenta também uma revisão sobre febre reumática, focando na cardiopatia reumática que é a principal causa de morbimortalidade da doença.
3. Aborda aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da febre reumática e sua complicação cardíaca.
1) O documento relata um caso de endocardite fúngica neonatal diagnosticado em um recém-nascido que necessitou de um cateter venoso central.
2) Uma grande massa foi detectada no átrio direito do coração por exame ecocardiográfico e removida cirurgicamente, confirmando o diagnóstico de endocardite por fungo.
3) Apesar do tratamento com anfotericina, o paciente faleceu devido a complicações pulmonares, destacando a gravidade dessa infecção.
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
O documento discute o papel do pediatra no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas na infância. É destacado que cerca de 1% dos recém-nascidos apresentam algum tipo de cardiopatia congênita e requerem atenção do cardiologista pediátrico. Algumas situações clínicas comuns são descritas, como insuficiência cardíaca, cianose grave e arritmias cardíacas. O tratamento envolve medidas clínicas, cirurgia e medicações, variando de acordo com o tipo de card
Este documento relata o caso de uma paciente com Arterite de Takayasu que desenvolveu hipertensão arterial pulmonar grave e acidente vascular encefálico. A paciente apresentava estenoses múltiplas nas artérias pulmonares e cerebrais. O resumo descreve como a inflamação vascular causada pela doença pode levar a complicações cardiovasculares e neurológicas.
O documento relata o caso de uma paciente com janela aorto-pulmonar e interrupção do arco aórtico diagnosticadas por ecocardiograma. O ecocardiograma mostrou detalhes anatômicos que confirmaram os achados cirúrgicos e ajudaram no tratamento cirúrgico em tempo único com sucesso. O ecocardiograma é o método de escolha para o diagnóstico dessas cardiopatias devido à sua precisão e não invasividade.
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo comunicações interatriais, comunicações interventriculares e persistência do canal arterial. Essas condições causam shunts de sangue que podem levar a insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar se não tratadas. O documento fornece detalhes sobre os sinais e sintomas, exames e tratamentos para cada uma dessas cardiopatias.
1) O artigo discute a importância da correlação clínico-radiográfica no diagnóstico de cardiopatias congênitas em face dos avanços da ecocardiografia.
2) A radiografia de tórax ainda pode fornecer informações funcionais úteis, como o tipo de vascularidade pulmonar, que reflete a dinâmica cardiovascular.
3) A análise conjunta dos achados clínicos, radiográficos e ecocardiográficos é fundamental para o diagnóstico e conduta corretos.
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacagisa_legal
1) O documento discute as considerações fisiopatológicas e modificações decorrentes da correção cirúrgica das principais cardiopatias congênitas. 2) É importante conhecer essas alterações para entender os riscos perioperatórios destas crianças submetidas a cirurgias não cardíacas. 3) A avaliação pré-anestésica é essencial para identificar fatores de risco como hipoxemia, insuficiência cardíaca e arritmias.
O documento relata o caso de uma criança de 6 anos com isomerismo atrial esquerdo que apresentou disfunção do nó sinusal com pausas sinusais de até 2,4 segundos durante monitoramento cardíaco de 24 horas. Um marcapasso definitivo foi implantado com sucesso para tratar a disfunção sinusal.
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
O documento discute quando suspeitar de cardiopatia congênita no recém-nascido. Os principais achados clínicos que levantam a suspeita são sopro cardíaco, cianose, taquipnéia e arritmia. Embora um sopro rude não necessariamente signifique uma cardiopatia grave, é importante realizar exames complementares para estabelecer o diagnóstico, mesmo em bebês assintomáticos ou sem sopro, devido ao risco de evolução para insuficiência cardíaca.
Anatomia de um caso de dextrocardia com situs solitusgisa_legal
Este documento apresenta o caso raro de uma criança do sexo feminino com um ano de idade que apresentava dextrocardia com situs solitus. Embora a dextrocardia esteja normalmente associada a outras malformações cardíacas e extracardíacas, neste caso não foram encontradas outras anomalias além de um grande ducto arterial e da posição anômala da parte direita do coração.
O documento revisa a avaliação cardiovascular do recém-nascido, enfatizando a importância do exame clínico e da ecocardiografia no diagnóstico de cardiopatias congênitas. As cardiopatias congênitas representam uma importante causa de morbimortalidade neonatal, sendo necessário diagnóstico precoce para conduta imediata em casos como persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e outras patologias dependentes do canal arterial. O exame físico minucioso é fundamental para o diagnóstico diferencial com outras doen
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Displasia arritmogênica do ventrículo direitogisa_legal
A displasia arritmogênica do ventrículo direito (DAVD) é uma doença cardíaca caracterizada por substituição do músculo cardíaco por tecido fibroso e gorduroso, principalmente no ventrículo direito. Os sintomas incluem palpitações, tonturas e síncope devido a arritmias cardíacas como taquicardia ventricular. O diagnóstico é feito através de exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, ressonância magnética e angiografia, que identificam an
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs epgisa_legal
O documento relata o caso raro de uma criança de 21 meses com comunicação interatrial do tipo seio coronário associada a comunicação interventricular perimembranosa e ausência de veia cava superior esquerda. O diagnóstico foi confirmado por ecocardiografia e angiografia. A cirurgia para fechar os defeitos ocorreu com sucesso e o pós-operatório foi bom.
Este documento discute a insuficiência cardíaca em adultos com cardiopatias congênitas. Apresenta os principais mecanismos que levam à insuficiência cardíaca nestes pacientes, incluindo disfunção contrátil, alterações na pré e pós-carga ventricular e ativação neuro-hormonal. Também aborda a classificação funcional da insuficiência cardíaca nestes pacientes e as opções de tratamento, como o uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
O documento discute a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito, uma doença genética que causa substituição do músculo cardíaco por tecido fibrogorduroso e predispõe a arritmias ventriculares. O diagnóstico é feito através de exames como ECG, ecocardiograma e ressonância magnética. O tratamento envolve medicação antiarrítmica e ablação a cateter pode ser necessária em casos graves.
Este documento descreve o caso de um lactente de 3 meses com uma cardiopatia congênita complexa chamada criss-cross heart, que é caracterizada por discordância atrioventricular e dupla saída do ventrículo direito. O lactente apresentava cansaço ao mamar e dificuldade em ganhar peso. Exames revelaram a cardiopatia e o lactente recebeu uma bandagem pulmonar com boa evolução, controlando a insuficiência cardíaca. Anos depois, apresentou discretamente cianose apenas, com a bandagem pulmonar efetiva.
O documento relata o caso raro de drenagem anômala parcial de quatro veias pulmonares no átrio direito e veia cava superior em uma criança de 5 anos, com septo interatrial íntegro. Apesar de poucos sintomas inicialmente, o paciente desenvolveu hipertensão pulmonar no pós-operatório, aliviada por uma comunicação interatrial. Após a cirurgia, o paciente teve boa evolução com cavidades cardíacas normais.
1) O documento discute vários defeitos cardíacos congênitos, incluindo defeitos do septo atrial e ventricular, transposição das grandes artérias, tetralogia de Fallot e ducto arterial persistente.
2) Os principais sinais e sintomas discutidos incluem cianose, dispnéia e intolerância ao exercício.
3) O documento fornece detalhes sobre o diagnóstico desses defeitos por meio de ausculta cardíaca, radiografia de tórax e ecocardiograma.
O documento discute a conduta clínica na criança em sofrimento hipóxico devido a cardiopatias congênitas. Primeiro, destaca a importância de realizar exames como gasometria arterial, raio-x e ecocardiograma para identificar a causa da cianose. Em seguida, discute medidas gerais como determinar se a cianose é estável ou aguda, e tratamentos como manutenção da patência do canal arterial com prostaglandinas em recém-nascidos. Por fim, aborda complicações e medidas preventivas como sangria para redu
1. O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos que determinam os sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca.
2. Revisa as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras, características da percepção sonora humana e o papel do estetoscópio para auxiliar na ausculta.
3. Tem como objetivo auxiliar estudantes de medicina a compreenderem melhor os achados da ausculta cardíaca
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
O documento descreve um estudo prospectivo de 21 pacientes adultos com AIDS que foram acompanhados até o óbito. Muitos pacientes apresentaram alterações cardíacas como pericardite e miocardiopatia dilatada. Quatro pacientes morreram devido a complicações cardíacas como endocardite bacteriana e miocardite. Houve boa correlação entre os achados clínicos, ecocardiográficos e anatomopatológicos na maioria dos casos.
Malformações cardíacas fetais diagnóstico e condutagisa_legal
1. O documento discute o diagnóstico pré-natal de malformações cardíacas fetais por meio de ecocardiografia fetal.
2. As principais cardiopatias fetais abordadas são aquelas sem comprometimento funcional fetal significativo, como comunicações interventriculares e defeitos septais.
3. O reconhecimento ecocardiográfico dessas malformações é importante para o planejamento do acompanhamento cardiológico pós-natal, mesmo sem necessidade de intervenção imediata.
Este documento discute várias formas raras de vasculite pulmonar, incluindo a poliangeíte microscópica, a arterite de Takayasu, a síndrome de Behçet e a púrpura de Henoch-Schönlein. O diagnóstico é feito através da análise dos sintomas clínicos juntamente com achados radiológicos e anatomopatológicos. Tratamentos como corticosteróides e imunossupressores podem ser usados para controlar a doença.
O documento resume os principais aspectos da avaliação cardiovascular do recém-nascido, incluindo a fisiologia cardiovascular neonatal, sinais e sintomas de cardiopatias congênitas e a importância do diagnóstico precoce por meio da ecocardiografia.
O documento relata o caso de uma paciente com janela aorto-pulmonar e interrupção do arco aórtico diagnosticadas por ecocardiograma. O ecocardiograma mostrou detalhes anatômicos que confirmaram os achados cirúrgicos e ajudaram no tratamento cirúrgico em tempo único com sucesso. O ecocardiograma é o método de escolha para o diagnóstico dessas cardiopatias devido à sua precisão e não invasividade.
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo comunicações interatriais, comunicações interventriculares e persistência do canal arterial. Essas condições causam shunts de sangue que podem levar a insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar se não tratadas. O documento fornece detalhes sobre os sinais e sintomas, exames e tratamentos para cada uma dessas cardiopatias.
1) O artigo discute a importância da correlação clínico-radiográfica no diagnóstico de cardiopatias congênitas em face dos avanços da ecocardiografia.
2) A radiografia de tórax ainda pode fornecer informações funcionais úteis, como o tipo de vascularidade pulmonar, que reflete a dinâmica cardiovascular.
3) A análise conjunta dos achados clínicos, radiográficos e ecocardiográficos é fundamental para o diagnóstico e conduta corretos.
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacagisa_legal
1) O documento discute as considerações fisiopatológicas e modificações decorrentes da correção cirúrgica das principais cardiopatias congênitas. 2) É importante conhecer essas alterações para entender os riscos perioperatórios destas crianças submetidas a cirurgias não cardíacas. 3) A avaliação pré-anestésica é essencial para identificar fatores de risco como hipoxemia, insuficiência cardíaca e arritmias.
O documento relata o caso de uma criança de 6 anos com isomerismo atrial esquerdo que apresentou disfunção do nó sinusal com pausas sinusais de até 2,4 segundos durante monitoramento cardíaco de 24 horas. Um marcapasso definitivo foi implantado com sucesso para tratar a disfunção sinusal.
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
O documento discute quando suspeitar de cardiopatia congênita no recém-nascido. Os principais achados clínicos que levantam a suspeita são sopro cardíaco, cianose, taquipnéia e arritmia. Embora um sopro rude não necessariamente signifique uma cardiopatia grave, é importante realizar exames complementares para estabelecer o diagnóstico, mesmo em bebês assintomáticos ou sem sopro, devido ao risco de evolução para insuficiência cardíaca.
Anatomia de um caso de dextrocardia com situs solitusgisa_legal
Este documento apresenta o caso raro de uma criança do sexo feminino com um ano de idade que apresentava dextrocardia com situs solitus. Embora a dextrocardia esteja normalmente associada a outras malformações cardíacas e extracardíacas, neste caso não foram encontradas outras anomalias além de um grande ducto arterial e da posição anômala da parte direita do coração.
O documento revisa a avaliação cardiovascular do recém-nascido, enfatizando a importância do exame clínico e da ecocardiografia no diagnóstico de cardiopatias congênitas. As cardiopatias congênitas representam uma importante causa de morbimortalidade neonatal, sendo necessário diagnóstico precoce para conduta imediata em casos como persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e outras patologias dependentes do canal arterial. O exame físico minucioso é fundamental para o diagnóstico diferencial com outras doen
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Displasia arritmogênica do ventrículo direitogisa_legal
A displasia arritmogênica do ventrículo direito (DAVD) é uma doença cardíaca caracterizada por substituição do músculo cardíaco por tecido fibroso e gorduroso, principalmente no ventrículo direito. Os sintomas incluem palpitações, tonturas e síncope devido a arritmias cardíacas como taquicardia ventricular. O diagnóstico é feito através de exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, ressonância magnética e angiografia, que identificam an
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs epgisa_legal
O documento relata o caso raro de uma criança de 21 meses com comunicação interatrial do tipo seio coronário associada a comunicação interventricular perimembranosa e ausência de veia cava superior esquerda. O diagnóstico foi confirmado por ecocardiografia e angiografia. A cirurgia para fechar os defeitos ocorreu com sucesso e o pós-operatório foi bom.
Este documento discute a insuficiência cardíaca em adultos com cardiopatias congênitas. Apresenta os principais mecanismos que levam à insuficiência cardíaca nestes pacientes, incluindo disfunção contrátil, alterações na pré e pós-carga ventricular e ativação neuro-hormonal. Também aborda a classificação funcional da insuficiência cardíaca nestes pacientes e as opções de tratamento, como o uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
O documento discute a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito, uma doença genética que causa substituição do músculo cardíaco por tecido fibrogorduroso e predispõe a arritmias ventriculares. O diagnóstico é feito através de exames como ECG, ecocardiograma e ressonância magnética. O tratamento envolve medicação antiarrítmica e ablação a cateter pode ser necessária em casos graves.
Este documento descreve o caso de um lactente de 3 meses com uma cardiopatia congênita complexa chamada criss-cross heart, que é caracterizada por discordância atrioventricular e dupla saída do ventrículo direito. O lactente apresentava cansaço ao mamar e dificuldade em ganhar peso. Exames revelaram a cardiopatia e o lactente recebeu uma bandagem pulmonar com boa evolução, controlando a insuficiência cardíaca. Anos depois, apresentou discretamente cianose apenas, com a bandagem pulmonar efetiva.
O documento relata o caso raro de drenagem anômala parcial de quatro veias pulmonares no átrio direito e veia cava superior em uma criança de 5 anos, com septo interatrial íntegro. Apesar de poucos sintomas inicialmente, o paciente desenvolveu hipertensão pulmonar no pós-operatório, aliviada por uma comunicação interatrial. Após a cirurgia, o paciente teve boa evolução com cavidades cardíacas normais.
1) O documento discute vários defeitos cardíacos congênitos, incluindo defeitos do septo atrial e ventricular, transposição das grandes artérias, tetralogia de Fallot e ducto arterial persistente.
2) Os principais sinais e sintomas discutidos incluem cianose, dispnéia e intolerância ao exercício.
3) O documento fornece detalhes sobre o diagnóstico desses defeitos por meio de ausculta cardíaca, radiografia de tórax e ecocardiograma.
O documento discute a conduta clínica na criança em sofrimento hipóxico devido a cardiopatias congênitas. Primeiro, destaca a importância de realizar exames como gasometria arterial, raio-x e ecocardiograma para identificar a causa da cianose. Em seguida, discute medidas gerais como determinar se a cianose é estável ou aguda, e tratamentos como manutenção da patência do canal arterial com prostaglandinas em recém-nascidos. Por fim, aborda complicações e medidas preventivas como sangria para redu
1. O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos que determinam os sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca.
2. Revisa as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras, características da percepção sonora humana e o papel do estetoscópio para auxiliar na ausculta.
3. Tem como objetivo auxiliar estudantes de medicina a compreenderem melhor os achados da ausculta cardíaca
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
O documento descreve um estudo prospectivo de 21 pacientes adultos com AIDS que foram acompanhados até o óbito. Muitos pacientes apresentaram alterações cardíacas como pericardite e miocardiopatia dilatada. Quatro pacientes morreram devido a complicações cardíacas como endocardite bacteriana e miocardite. Houve boa correlação entre os achados clínicos, ecocardiográficos e anatomopatológicos na maioria dos casos.
Malformações cardíacas fetais diagnóstico e condutagisa_legal
1. O documento discute o diagnóstico pré-natal de malformações cardíacas fetais por meio de ecocardiografia fetal.
2. As principais cardiopatias fetais abordadas são aquelas sem comprometimento funcional fetal significativo, como comunicações interventriculares e defeitos septais.
3. O reconhecimento ecocardiográfico dessas malformações é importante para o planejamento do acompanhamento cardiológico pós-natal, mesmo sem necessidade de intervenção imediata.
Este documento discute várias formas raras de vasculite pulmonar, incluindo a poliangeíte microscópica, a arterite de Takayasu, a síndrome de Behçet e a púrpura de Henoch-Schönlein. O diagnóstico é feito através da análise dos sintomas clínicos juntamente com achados radiológicos e anatomopatológicos. Tratamentos como corticosteróides e imunossupressores podem ser usados para controlar a doença.
O documento resume os principais aspectos da avaliação cardiovascular do recém-nascido, incluindo a fisiologia cardiovascular neonatal, sinais e sintomas de cardiopatias congênitas e a importância do diagnóstico precoce por meio da ecocardiografia.
Diretriz sobre dor torácica - papel do ECOgisa_legal
1) O documento discute as diretrizes para o uso da ecocardiografia na avaliação de pacientes com dor torácica, incluindo seu papel no diagnóstico de isquemia miocárdica.
2) A ecocardiografia pode identificar alterações na motilidade da parede do ventrículo esquerdo que sugerem isquemia aguda ou prévia, e também pode diagnosticar outras causas de dor torácica.
3) A detecção precoce de alterações na motilidade segmentar pelo ecocardiografia na sala de
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalgisa_legal
O documento relata o caso de uma paciente com insuficiência cardíaca restritiva causada por endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal. Exames como ecocardiograma e biópsia miocárdica confirmaram o diagnóstico de fibrose extensa no endocárdio e miocárdio de ambos os ventrículos. A paciente apresentava também comprometimento renal devido à amiloidose.
1) As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil, sendo responsáveis por quase 32% dos óbitos.
2) O infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de morbidade e mortalidade, apesar dos avanços terapêuticos das últimas décadas.
3) A reperfusão coronariana precoce através de fibrinolíticos ou angioplastia primária é crucial para um bom prognóstico do infarto do miocárdio.
O documento discute as estratégias de tratamento para pacientes com doença coronariana e carotídea concomitante. Há três abordagens tradicionais: endarterectomia carotídea seguida de cirurgia de revascularização miocárdica, os procedimentos combinados ou a cirurgia miocárdica seguida da endarterectomia. Recomenda-se tratar o território sintomático primeiro e procedimentos combinados apenas em casos específicos devido ao maior risco de complicações. Uma abordagem ideal permanece controversa sem estudos
Este documento discute várias valvulopatias cardíacas, incluindo estenose e insuficiência aórtica e valvulopatia pulmonar. A estenose aórtica é causada principalmente pelo estreitamento anormal da válvula aórtica e causa hipertrofia ventricular compensatória. O caso clínico apresentado sugere estenose aórtica severa devido aos achados no ecocardiograma. A opção de tratamento seria cirurgia de substituição da válvula aórtica.
As três principais cardiopatias congênitas diagnosticadas no recém-nascido são:
1) Comunicação interatrial, caracterizada por uma abertura entre os átrios que permite fluxo do sangue do átrio esquerdo para o direito.
2) Comunicação interventricular, a cardiopatia congênita mais frequente, caracterizada por uma abertura entre os ventrículos.
3) Tetralogia de Fallot, caracterizada por comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e cavalgamento da
Estenose supra VP após cirurgia de Jatenegisa_legal
Este artigo descreve um estudo sobre a prevalência e abordagem cirúrgica da estenose supravalvar pulmonar após a operação de Jatene para transposição das grandes artérias. Os principais achados são: 1) A prevalência da estenose supravalvar pulmonar foi de 20,9% entre os pacientes estudados. 2) 21 pacientes necessitaram de tratamento cirúrgico, que foi realizado com sucesso em 20 casos utilizando diferentes técnicas como ampliação das áreas estenóticas. 3) A correção cirú
Este caso clínico descreve uma mulher de 38 anos com hipertensão arterial severa e acometimento vascular difuso. Exames revelaram estenose da artéria renal direita e lesões em outras artérias. Isso levantou a suspeita de arterite de Takayasu, uma vasculite rara que causa inflamação e estreitamento dos vasos.
O documento discute várias cardiopatias congênitas cianogênicas, incluindo suas características fisiopatológicas, manifestações clínicas e abordagens de diagnóstico e tratamento. As principais condições descritas são transposição de grandes artérias, atresia pulmonar com septo interventricular íntegro, drenagem anômala total de veias pulmonares e tronco arterioso.
O documento descreve o caso de uma criança de 6 anos com origem anômala da artéria coronariana esquerda do tronco pulmonar e insuficiência mitral moderada. Exames de imagem como ecocardiograma e cateterismo cardíaco confirmaram o diagnóstico e mostraram circulação colateral entre as artérias coronarianas. A criança passou por cirurgia para corrigir a anomalia coronariana e reduzir a dilatação do anel mitral.
O documento discute a pericardite aguda, uma inflamação do pericárdio que pode ser causada por infecções virais ou outras causas. Apresenta-se clinicamente com dor torácica piorada pela respiração. Exames iniciais como eletrocardiograma, raio-x de tórax e ecocardiograma podem ajudar no diagnóstico. O tratamento envolve anti-inflamatórios não esteroidais e, opcionalmente, colchicina, com internação indicada em alguns casos graves.
O documento discute a importância da avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos na infância pelo pediatra geral, que geralmente é o primeiro a detectar este achado. É essencial que o pediatra saiba diferenciar sopros inocentes de possíveis cardiopatias para direcionar corretamente os casos. A anamnese e exame físico detalhado do sistema cardiovascular são fundamentais neste processo.
O documento descreve a hipertensão pulmonar, definindo-a, classificando suas causas e estágios funcionais, e explicando sua fisiopatologia, que envolve vasoconstrição e remodelamento vascular, levando a lesões como lesões plexiformes. Também aborda o diagnóstico clínico e exames complementares como ECG, radiografia de tórax e prova ventilatória para avaliar a função pulmonar.
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaLaped Ufrn
Este documento discute a importância do exame cardiológico inicial em pediatria para a detecção precoce de cardiopatias congênitas. O autor descreve os principais achados clínicos e exames subsidiários que podem identificar as cardiopatias mais comuns, como comunicações interatriais e interventriculares, persistência do canal arterial, estenoses valvares e tetralogia de Fallot. Ele enfatiza que mais de 90% das cardiopatias significativas podem ser detectadas no exame físico, eletrocardiogra
A tetralogia de Fallot é caracterizada por quatro anormalidades: comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta. É a cardiopatia congênita cianótica mais comum em crianças maiores, com prevalência de 0,21 casos por 1000 nascidos vivos. Clinicamente pode se manifestar com cianose que piora com o esforço, perda de consciência e cansaço.
Este documento relata o caso de uma criança de 4 meses com endomiocardiofibrose, doença caracterizada por fibrose no endocárdio que pode acometer os ventrículos cardíacos. A criança apresentou desde os primeiros dias de vida sintomas de hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca progressiva. Exames identificaram importante fibrose nos ventrículos direito e esquerdo, com ressecção cirúrgica realizada. Porém, a criança evoluiu desfavoravelmente após a cirurgia, vindo a falecer.
O documento discute as técnicas de inspeção, palpação e percussão para avaliação do sistema cardiovascular. Descreve as características do ictus cardíaco como localização, extensão, duração e intensidade e como essas características podem fornecer informações sobre distúrbios cardíacos como miocardiopatias e estenose valvar aórtica. O objetivo é fornecer uma base sólida para estudantes de semiologia médica.
Semelhante a Cardiopatias congênitas na idade adulta (20)
1. Arq Bras Cardiol
2001; 76: 423-9.
Atik et al
Cardiopatias congênitas na idade adulta
423423423423423
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas - FMUSP
Correspondência: Edmar Atik – InCor - Av. Dr. Enéas C. Aguiar 44 - 05403-000
- São Paulo, SP
Recebido para publicação em 12/4/00
Aceito em 12/7/00
Edmar Atik, Fernando Antibas Atik
São Paulo, SP
CardiopatiasCongênitasnaIdadeAdulta.Consideraçõesacerca
da Evolução Natural e da Evolução de Pacientes Operados
Atualização
Osavançosdiagnósticos,terapêuticosecirúrgicostêm
possibilitado, ao paciente pediátrico com cardiopatia con-
gênita,alcançaraidadeadultacomfreqüênciacadavezmaior.
Daí,hoje,ointeressedestaespecialidadeentreoscar-
diologistas gerais, quer para o aprimoramento obrigatório
do conhecimento, como principalmente, para a adoção da
conduta mais correta possível.
Este interesse crescente de cardiologistas de adultos
decorredanecessáriacontinuidadedomanejoadequadodas
cardiopatiascongênitas,iniciadacertamentenainfância.
Afimdemelhorcompreenderoassunto,importainici-
almenteesboçarumaclassificaçãoquepossaorientarquan-
to ao diagnóstico e manejo corretos.
As cardiopatias congênitas no adulto se apresentam
geralmentededuasformas,asemevoluçãonaturaleasque
sobreviveramàcirurgiarealizadaemetapasanteriores,quer
no lactente, na infância ou mesmo na adolescência.
Aprimeiraformadeapresentaçãodascardiopatiascon-
gênitasnoadulto,adeevoluçãonatural,ésubdivididaemdois
tipos: a de diagnóstico não estabelecido anteriormente, com
defeitosdiscretosoumesmodegrande repercussãohemodi-
nâmicaeadediagnósticopreviamenteestabelecido,masque
não sofreu intervenção cirúrgica, quer por contra-indicação,
querporfaltadecritériosdeindicaçãooperatóriaprévia.
A segunda forma de apresentação, a de evolução pós-
cirúrgicaequealcançaavidaadulta,correspondeacardio-
patiassubmetidasatrêstiposdeoperações:aspaliativas,as
corretivas funcionais e as corretivas anatomofuncionais.
Evoluçãonatural,semdiagnósticoprévio
Lesões discretas - As cardiopatias sem diagnóstico
anterior,emevoluçãonatural,comdefeitosdediscretareper-
cussão hemodinâmica, continuam passíveis de conduta
expectante não cirúrgica, no adulto. Formam um grupo de
defeitos que necessita de reconhecimento clínico, a fim de
poderdiferenciá-lodeoutrasdoençasqueomimetiza.Sãore-
presentadas por anomalias do arco aórtico sem obstruções
aofluxosangüíneoequepodem,eventualmente,simulartu-
moresmediastinaise,inadvertidamente,culminaratéemtora-
cotomias.Pertencemaessegrupo,acomunicaçãointeratrial
discreta e a drenagem anômala parcial de veias pulmonares
que,mesmocomdiscretohiperfluxopulmonar,deveserafas-
tadaahipertensãoarterialpulmonarcomodiagnósticodife-
rencial,emfacedadilataçãodoarcomédiovisibilizadanara-
diografiadetórax.Cita-se,também,acoartaçãodaaortaque,
mesmoquandodiscreta,podeexteriorizar-seatravésdeleve
hipertensãoarterialsistêmicaemmembrossuperioresoucom
hipertensão mais acentuada e em surtos.
Avalvaaórticabivalvulada,porexteriorizar-seatravés
desoprosistólicocomestalidoprotossistólicoe,porvezes,
até por sopro diastólico de insuficiência aórtica discreta,
deve ser distinguida da estenose aórtica valvar.
Acomunicaçãointerventricularpequenadeveserco-
nhecida previamente, pois em casos associada a infarto
agudo do miocárdio pode ser confundida como causa is-
quêmica,podendoacarretarcondutascirúrgicasdesneces-
sárias e de alto risco.
A transposição corrigida das grandes artérias com al-
teraçãodoritmocardíacoecomgrausvariadosdebloqueio
atrioventricular,comsilhuetacardíacadistorcidaàradiogra-
fiadetóraxecommorfologiaeletrocardiográfica,também
alterada com QS em V1 e V2, pode suscitar dúvidas diag-
nósticas com presumíveis cardiopatias isquêmicas.
Lesões acentuadas - Por sua vez, as lesões acentua-
das,aocontráriodascardiopatiasanteriormenteconsidera-
das, constituem indicação cirúrgica, apesar do diagnóstico
estabelecido tardiamente, decorrente, provavelmente, da
maiortolerânciadopacienteàsobrecargaimpostapelode-
feito congênito. São, principalmente, representadas pela
comunicaçãointeratrialecomunicaçãointerventricular,de-
feitoparcialdoseptoatrioventricular,canalarterialpérvio,
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coartação da aorta e estenose aórtica. Não são considera-
dasnessascardiopatias,asquepossuemfenômenosadqui-
ridos adversos que não regridem mesmo após a correção,
como na presença de hipertensão arterial pulmonar, hiper-
tensãoarterialsistêmicamaligna,miocardiopatiasecundária
e disfunção ventricular acentuadas, além de outras altera-
ções vasculares.
Evoluçãonatural,comdiagnósticodacardio-
patiaconhecidoanteriormente.
Contra-indicaçãocirúrgica-Noscasosemqueahiper-
tensãopulmonarjáestáemestágioevolutivoesuaregressão
nãoocorramesmocomacorreçãoadequadadosdefeitos.
Sem indicação cirúrgica atual - Conduta adotada
quandoobenefícioobtidopelaoperaçãosejapossívelmen-
te discreto, em cardiopatias discretas ou de acentuada re-
percussão,emidadesacimade60ou70anos,ondesesoma
riscocirúrgicomaiselevado.
Ascardiopatiascomdesviodesanguesistêmico-pulmonar,
comoemcomunicaçãointeratrial,comunicaçãointerventriculare
canalarterialpérvio,sãoasquemaisseenquadramnessecontex-
to,estendendo-setambémàscardiopatiasobstrutivas.
Estacondutaestende-seàscardiopatiascujacorreção
é impossibilitada por alterações vasculares pulmonares,
tanto pela diminuição da árvore arterial suficiente para a
adequada função pulmonar, como pela fragilidade de suas
paredes e por outras alterações evolutivas, como ocorre,
por exemplo, na atresia pulmonar com comunicação inter-
ventricular e vasos colaterais sistêmico-pulmonares.
Evoluçãopós-cirúrgica
No segundo grupo de anomalias apresentado na idade
adulta, figura um contingente importante relacionado a pa-
cientesquesobreviveramaoperaçõesrealizadaspreviamente.
De modo geral, após operações paliativas tipo Blalock-
Taussig, sobrevêm ao longo do tempo, complicações rela-
cionadas à sobrecarga de volume cardíaco com insuficiência
cardíaca, podendo haver dilatação de artérias pulmonares e
atéhipertensãopulmonar,alémdegrausvariadosdehipoxemia
na dependência da perviabilidade da anastomose sistêmico-
pulmonar.Abandagempulmonartambémseexterioriza,nessa
faixaetária,porinsuficiênciacardíacaouporhipoxemia.
Nas correções cirúrgicas funcionais, como na opera-
ção de Fontan, predominam a congestão venosa sistêmica,
as arritmias cardíacas, a insuficiência cardíaca, as trombo-
seseemboliaspulmonares,alémdeoutrasmaisgraves,ain-
da como alterações da absorção entérica e da digestão.
NaoperaçãodeSenningedeMustard,alongoprazoe
na idade adulta, surgem com freqüência variável de 20 a
50%doscasos,arritmiassupraventriculares,alémdeinsufi-
ciênciacardíacadireitaeinsuficiênciatricúspide.
Nas correções através de interposições de tubos e de
valvasentreasestruturascardíacas,comonotroncoarterial
comum, atresia pulmonar associada à comunicação inter-
ventricular, tetralogia de Fallot extrema, transposição das
grandesartériascomestenosepulmonarecomunicaçãoin-
terventricular, as obstruções e degeneração tecidual com
calcificação,responsáveisporemboliaseinsuficiênciacar-
díacasurgemcomaltaincidência.
Nascirurgiascorretivas,implicaconhecerapresençaou
não de lesões residuais, de seqüelas e de complicações que,
sensivelmente,influemnaevoluçãoalongoprazo.Assim,por
exemplo,aobrigatóriainsuficiênciapulmonarapósampliação
da via de saída de ventrículo direito na tetralogia de Fallot,
quandopronunciada,ocasionadilataçãodeventrículodireito
com sinais de insuficiência cardíaca direita. Na coartação da
aortaresidualsurgemahipertensãoarterialsistêmica,osaneu-
rismas, a miocardiopatia secundária e a coronariopatia. Na
estenosepulmonarsurgeainsuficiênciapulmonar,naesteno-
seaórticaainsuficiênciaaórtica,eassimpordiante.
Nesse contexto, que pode ser desfavorável na depen-
dência da magnitude desses defeitos residuais, devem ser
considerados os pacientes operados e que podem alcançar a
curaanatomofuncional,comoocorrecomacomunicaçãoin-
teratrial,comunicaçãointerventricularecanalarterialpérvio,
dentre as cardiopatias acianogênicas e em duas anomalias
cianogênicas, antes temidas, a transposição das grandes ar-
tériaseadrenagemanômalatotaldeveiaspulmonares,desde
que as cirurgias sejam realizadas muito precocemente na
vida, na ausência de fenômenos adquiridos irreversíveis.
ExperiênciadoInCor-FMUSP-Ematendimentocon-
secutivo de 600 pacientes com cardiopatias congênitas na
idade adulta, com variação de 19 a 86 anos, os casos em
evolução natural corresponderam a 55% (333 pacientes) e
osemevoluçãopós-operatóriaa45%(267pacientes)1
.Nos
primeiros, houve nítido predomínio das cardiopatias acia-
nogênicascomdesviodesanguedaesquerdaàdireita(203
pacientes-60,9%)emrelaçãoàscardiopatiasacianogênicas
com obstrução ao fluxo de sangue (60 pacientes-18%) e às
cianogênicas (70 pacientes-21%), sendo 57-17,1% destas
com estenose pulmonar associada e apenas 13-3,9% sem
estenose pulmonar.
Dentreos203pacientescomcardiopatiasacianogêni-
cas com shunt, houve predomínio da comunicação intera-
trial(135pacientes-66,5%)emrelaçãoàcomunicaçãointer-
ventricular (30 pacientes-14,7%), e ao defeito do septo
atrioventricular(27pacientes-13,3%).Entreos60pacientes
com defeitos obstrutivos, a estenose pulmonar valvar (26
pacientes-43,3%) predominou sobre a coartação da aorta
(15pacientes-25%),aestenoseaórticavalvar(10pacientes-
16,6%) e a transposição corrigida das grandes artérias (9
pacientes-15%).Emrelaçãoàscardiopatiascianogênicas,a
tetralogia de Fallot (34 pacientes-48,5%) e a anomalia de
Ebstein(21pacientes-30%)foramasmaisfreqüentes,sendo
as menos comuns a dupla via de saída de ventrículo direito
(5pacientes-7,1%),aatresiapulmonarcomcomunicaçãoin-
terventricular(4pacientes-5,7%),atransposiçãodasgran-
des artérias (2 pacientes-2,8%), o ventrículo único (2 paci-
entes-2,8%)eaatresiatricúspide(2pacientes-2,8%).
Nogrupodecardiopatiasoperadasnaidadeadulta,as
acianogênicas com shunt (106 pacientes-54,9%) também
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predominaramsobreasacianogênicasobstrutivas(47paci-
entes-24,3%)eascianogênicas(40pacientes-20,7%).
Édeinteressenotarqueamaioriadascardiopatiasem
evolução natural se mostra com repercussão hemodinâmi-
ca,excetoem8-5,9%de135pacientescomcomunicaçãoin-
teratrial, em 10-33,3% dos 30 pacientes com comunicação
interventricular,em2-18,1%dos11pacientescomcanalar-
terial pérvio, em 8-30,7% dos 26 pacientes com estenose
pulmonarvalvareem2-22,2%dos9pacientescomtranspo-
siçãocorrigidadasgrandesartérias,alémdos7-33,3%de21
pacientescomanomaliadeEbstein.
Experiênciadaliteratura–Naevoluçãonaturaldos
defeitosatéaidadeadulta,naliteratura,osprincipaisdefei-
tos cardíacos apresentam, os mesmos aspectos encontra-
dos em nossa instituição.
Assim,nacoartaçãodaaorta,apesardosobreviventede
maioridadetersidode92anos2
,verificou-sequemaisde75%
dospacientesnãooperadosfaleceramaoredorde50anosem
decorrência de alterações cardiovasculares dependentes da
hipertensãoarterialsistêmica,comohemorragiacerebral,rotura
da aorta ou aneurisma dissecante, obstruções coronarianas e
miocardiopatiasecundáriacominsuficiênciacardíaca3
.
Na estenose pulmonar valvar, a causa mais comum de
mortefoiainsuficiênciaventriculardireita,usualmenteapósa
4a
década da vida. A metade desses pacientes faleceu até 27
anosdeidade,masérelatadasobrevidalongadeaté78anos4
.
Na comunicação interatrial, a segunda anomalia con-
gênita mais comumente encontrada na idade adulta, cerca
de 40% dos casos sobrevivem além dos 40 anos. A metade
falece entre 40 e 50 anos com perda subseqüente de 6% a
cadaanoporinsuficiênciacardíaca.Noentanto,podeocor-
rersobrevidaacimade80oumesmode90anos5
.
Ocanalarterial,raramenteencontradonaidadeadulta,
desenvolveinsuficiênciacardíacaeendocarditeinfecciosa,
causas mais freqüentes de morte nessa faixa etária, ao lado
dearritmias,comoafibrilaçãoatrialcomconseqüentesfenô-
menostromboembólicos.
Outrascomplicações,comooaneurismaductal,emes-
pecialquandoocanalarterialérestritivonabocaanastomó-
ticapulmonar,éresponsávelporemboliassistêmicas,para-
lisiadonervolaríngeo,compressãodotroncopulmonar,ro-
tura do aneurisma para o esôfago ou para a árvore tráqueo-
brônquica.Osobreviventedemaioridadeemevoluçãona-
tural tinha 91 anos, em associação a defeitos obstrutivos
nasvalvasaórticaemitral6
.
A comunicação interventricular é também raramente
encontradanoadultoapesardeser,dentretodas,asegunda
anomalia congênita mais freqüente. Fato que se deve a
ocorrênciadofechamentoespontâneoemcercade50a75%
dos defeitos pequenos nos dois primeiros anos de vida e,
por outro lado, à necessidade de operação precoce em de-
feitoscommaiorrepercussão.
Ademais,menciona-senaliteraturaqueofechamento
espontâneopodeocorrermesmonaidadeadulta,apesarde
raro,comooscasosdepacientesde23anos7
ede46anos 8
.
Contrariando essa assertiva, há autores que relatam fecha-
mento espontâneo do defeito em número maior de casos,
mesmonaidadeadulta,alcançadoem10%dos188pacien-
tes,comidadesentre17e72(médiade29,2)anos9
.
Naevoluçãododefeitoparcialdoseptoatrioventricu-
lar,soma-searepercussãodainsuficiênciamitralàcomuni-
caçãointeratrialtipoostiumprimum.Porisso,torna-serara
a sobrevida após 50 anos de idade, estimada em aproxima-
damente 10% dos casos 10
.
A anomalia mais comum continua sendo a valva aór-
ticabivalvulada,quenaidadeadultaexterioriza-seatravésde
estenose aórtica pela fusão comissural ou por degeneração
cálcicaouaindaporendocarditeinfecciosa.Estima-sequea
prevalência desta anomalia é da ordem de 2% em relação à
populaçãonormal.
A tetralogia de Fallot apresenta evolução desfavorá-
vel precoce, sendo que 50% dos pacientes falecem nos três
primeiros anos de vida e 75% até os 10 anos. Cerca de 11%
doscasosalcançamaidadede20anos,6%a30anoseape-
nas3%a40anos.Noadulto,éfreqüenteainsuficiênciaaór-
ticapordilataçãodoanelvalvaredaaortaascendenteeinsu-
ficiênciacardíacaporhipóxiacrônica.
NaanomaliadeEbstein,aocontrário,ametadedospa-
cientesalcançaa3a
décadadavida,masrara(5%)asobrevi-
daapós50anos.Amortedecorredeinsuficiênciacardíaca,
tromboembolismo,arritmiaehipóxia.Ossinaisdeprognós-
ticoreservadoconstituem-seemcardiomegaliaexagerada,
arritmias,principalmentetaquicardiaparoxísticasupraven-
tricularefibrilaçãoatrial,cianoseecansaço.
Maiorsobrevidadestaanomaliaérelatadaempaciente
de85anos11
eobserva-sequefoidescritapelaprimeiravez,
à necropsia, em paciente de 75 anos, que curiosamente se
manteve assintomático até a idade de 50 anos, apesar da
grande repercussão 12
.
A ocorrência natural das outras cardiopatias cianogê-
nicasnaidadeadultaéextremamenterara,sempredomínio
de uma sobre a outra.
Sobrevidaàidadeadultaapóscirurgiacardíaca-Emli-
nhasgerais,aevoluçãopós-operatóriaalongoprazodepende
de variáveis, como o tipo da anomalia congênita, a idade por
ocasiãodaintervenção,ograudeinvoluçãodasobrecargade
volume e/ou de pressão imposta ao miocárdio ventricular, a
proteçãomiocárdicaduranteaoperação,seqüelasecomplica-
çõescirúrgicas,principalmenteaseletrofisiológicaseadurabi-
lidadedemateriaisprotéticos,comovalvasetubos.
Aestenoseaórticavalvar,mesmoquandocorrigidapre-
cocemente na vida, constitui-se na anomalia que continua
requerendoatençãonoadulto,emfacedaprogressãodode-
feito,dadegeneraçãovalvar,doaparecimentodeinsuficiên-
ciaaórticaedeendocarditeinfecciosa.Nestaanomalia,esti-
ma-se sobrevida a longo prazo, após 20 anos de evolução
pós-operatória,decercade82%e,após22anosde77%13
.
A necessidade de reoperação cresce com o tempo
pós-operatório, sendo de 2% com 5 anos, 8% com 10 anos,
19%com15anos,35%com20anosede44%com22anos14
.
A morte súbita constitui-se na principal causa de morte a
longoprazo,ocorrendoem37%detodososcasos,em26%
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relacionada à reoperação, em 18% à endocardite, em 4% à
insuficiênciacardíacaeàinsuficiênciaaórtica14
.
Na estenose subaórtica, os resultados cirúrgicos têm
sido bons a longo prazo, uma vez que mudanças técnicas
têmdiminuídoaincidênciadereestenose,decomplicações,
como perfuração septal, de injúria ao feixe de Hiss, à valva
mitraletambémàvalvaaórtica15
.Aindicaçãoprecocedore-
paro da obstrução subvalvar tem evitado alterações mais
pronunciadasdavalvaaórtica,provocadaspeloimpactodo
jato sistólico.
Naestenosesupravalvaraórtica,amaioriaassociadaà
síndrome de Williams, guarda a evolução pós-operatória
relaçãocomdanospréviosàvalvaaórticaeàcirculaçãoco-
ronarianaemfacedadilataçãodaaortapréviaàobstruçãoe
àhipertensãomecânicaprovocadas.Temsidofavorávelem
94% após 10 anos e em 91% após 20 anos da operação 16
.
A estenose mitral congênita, anomalia rara nas várias
formas de apresentação anatômica, apresenta geralmente
evoluçãomaisdesfavorável,desdequeacorreçãooperató-
ria implique em lesões estenóticas obrigatórias ou mesmo
deinsuficiênciamitralequerequeramatésubstituiçãoval-
var futura por próteses mecânicas, acrescendo a possibili-
dadedegrausvariadosdehipertensãopulmonareaassoci-
açãocomoutrosdefeitoscardíacos.Sobrevidaapós10anos
da operação alcança de 30 a 60% dos casos 17
.
A evolução pós-operatória a longo prazo da estenose
pulmonarvalvarguardarelaçãocomograudodefeito,com
aidadeàoperaçãoe,principalmente,comafunçãopréviado
ventrículodireito.Emlinhasgerais,érotuladacomoexcelen-
te,desdequeaoperaçãooumesmoaintervençãopelocate-
ter-balão seja realizada precocemente no lactente ou nos
primeirosanosdevida 18
.Aoperaçãonoadultopodetrazer
conseqüências pós-operatórias, desde que o ventrículo di-
reitomostrealgumadisfunção19
.
Na comunicação interatrial, a preocupação quanto à
necessidade da indicação precoce nos primeiros anos de
vida, ainda que em pacientes assintomáticos, recai no fato
deque,alongoprazo,ocorreinvoluçãodadilataçãodasca-
vidades direitas, ao passo que, quando operados na idade
adulta, a mesma se sucede somente em 20% dos casos 20
.
Acresce-seque,empresençadeinsuficiênciatricúspide
e de disfunção de ventrículo direito, torna-se regra a con-
tinuidade desses fenômenos, quando o paciente é operado
emidadeavançada.Mesmoassim,naidadeadulta,acorreção
épreferívelàcondutamédica,emvistademelhoresresulta-
dos,tantodaqualidadedevidaquantodemenormorbidade.
Emacompanhamentodessespacientesoperados(mé-
dia de idade de 54±7 anos), a sobrevida pós-operatória em
10 anos foi de 95%, ao passo que, no mesmo período sob
tratamentomédico(médiadeidadede57±10anos),asobre-
vida correspondeu a 84% dos casos 21
. No entanto, as arrit-
miassupraventricularespersistemouatésurgemnaevolu-
çãopós-operatória,comofibrilaçãoatrial, flütteratrial,ex-
tra-sístoles, predispondo a riscos de tromboembolismo.
Dos tipos anatômicos de comunicação interventri-
cular, os de via de entrada e os perimembranosos são habi-
tualmente corrigidos por via atrial, os subarteriais por ven-
triculotomia direita e os musculares apicais por ventricu-
lotomiaesquerda.
Paraqualquerumadessascorreções,casosejarealiza-
da precocemente, em geral antes de dois anos de idade, ob-
serva-se evolução favorável a longo prazo, e os pacientes
tornam-seassintomáticosecomfunçãoventricularnormal
na vida adulta 22,23
.
Quando não há involução da dilatação cardíaca im-
posta por sobrecarga mais prolongada antes da operação,
podepersistircardiomegaliaedisfunçãoventricular,alémde
maior possibilidade ao desenvolvimento da hipertensão
pulmonar24
.Deveserlembradoqueasobrevidadepacien-
tesoperados,comreaçãoarteriolarpulmonarjáacentuada,
édaordemde75%em5anos25
.
Aevoluçãodocanalarterialobedeceosmesmosparâ-
metros estabelecidos para a comunicação interventricular,
guardando relação com a idade à operação, com o grau e
duração da sobrecarga de volume imposta ao ventrículo
esquerdo e do grau da hipertensão pulmonar.
Quanto à coartação da aorta, torna-se preocupação
constante após a correção até a idade adulta, em vista da
altaincidênciaderecoarctação,depersistênciadehiperten-
sãoarterialsistêmica,dapresençadavalvaaórticabivalvu-
lada, freqüentemente associada, e da formação de aneuris-
madaaorta.
Asobrevidatardiaéinfluenciadatambémporfreqüen-
tes complicações, como por doença arteriosclerótica
coronariana e por acidente vascular cerebral. Portanto, é
fácilimaginarquealongevidadenestaanomaliaéinfluenci-
ada pela idade à operação, nitidamente, em relação de
proporcionalidade inversa, e ao grau dos caracteres adqui-
ridos presentes, como a hipertensão arterial e hipertrofia
miocárdica26
.
Assim, quando a coartação da aorta é corrigida na in-
fância, a sobrevida a longo prazo alcança 92% dos casos;
quandoacorreçãoémaistardia,entre20a40anosdeidade,
diminui a sobrevida para 75%, cerca de 25 anos após, e em
pacientes com mais de 40 anos, cerca de 50% sobrevivem
após 15 anos da correção 17
.
Emrelaçãoàhipertensãoarterial,casoacorreçãoseja
feita acima de cinco anos de idade, os pacientes tornam-se
normotensos em 90% dos casos após cinco anos de evolu-
ção, diminuindo no entanto essa condição para 50% dos
casosapós20anosdeevoluçãoemaisaindapara25%após
25 anos da operação 17
. Quando a correção é realizada na
idade adulta, apenas em 20% dos casos, observa-se a nor-
malizaçãodapressãoarterial,correspondendoasobrevida
cercade67%,nestafaixaetária27
.
A valva aórtica bivalvulada constitui outro risco evo-
lutivo,umavezquepredispõeàfusãocomissuraleestenose
valvaraórtica,alémdaendocarditeinfecciosa.
Arecoarctaçãodaaorta,avaliadaatravésgradientede
pressãoemrepousoentreosmembrosacimade20mmHge
emexercícioacimade50mmHg,podeocorrercomqualquer
técnica corretiva e constitui substrato para se considerar
nova intervenção cirúrgica ou mesmo por angioplastia por
cateter-balão 17,26,27
.
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Observa-semelhorevoluçãoemportadoresdetetralo-
giadeFallot,operadosnaprimeiradécadadavida,comso-
brevidamédiaapós32anoscorrespondentea90%emcom-
paração a apenas 76% dos casos operados, no mesmo perí-
odo a longo prazo, em idades superiores a 12 anos28
, inclu-
indo-se intervenção na idade adulta 29
.
O risco maior da operação na idade adulta decorre da
hipertrofia do ventrículo direito, da sobrecarga de volume
do ventrículo esquerdo imposta por operações paliativas
prévias, acrescidas ainda de distúrbios do ritmo cardíaco.
AcorreçãodatetralogiadeFallottemsidofeitaeletiva-
mente em períodos cada vez mais precoces, nos primeiros
mesesemesmonoprimeiromêsdevida,quandoacorreção
torna-semaissimples,desdequeadistorçãodaviadesaída
do ventrículo direito seja menor, assim como a hipertrofia
ventricular,tendendoaárvorearterialpulmonarasedesen-
volvermaisrapidamentenoperíodopós-operatório,emface
dofluxopulsátilventricular30
.
Emqualquersituação,ofatorpreditivofavorece,além
daausênciadedefeitosresiduais,comoestenoseeinsufici-
ênciavalvarpulmonareaprópriacomunicaçãointerventri-
cular residual, é a relação da pressão sistólica entre os dois
ventrículos,quandomantidaabaixode0,530
.
A atresia pulmonar associada à comunicação inter-
ventricularéanomaliagravecujasobrevidaéraraatéaida-
deadulta,comousemoperaçãoprévia.
Estima-se que cerca de 16% dos pacientes alcancem a
terceira década 31
e com alta incidência de alterações anato-
mofuncionais,comoinsuficiênciaaórticaemcercade77%,
insuficiênciacardíacaem38%ecomacentuadahipoxemia32
.
Acresceaindaoaltoriscodehipertensãoarterialpulmonar.
Na transposição das grandes artérias, a correção ana-
tômica de Jatene propicia mudanças anatomofuncionais
significativas, a ponto de se identificar pacientes adultos,
operadosprecocementeaindano1ºmêsdevida,comfunção
ventricular esquerda preservada, além de características
normais dessa cavidade, quanto ao volume, pressão e es-
pessura parietal.
Oriscode2%pormortesúbita,emdecorrênciadecoro-
nariopatiaapóscorreçãodeJateneporobstruçãoe/ouacoto-
velamentoarterial,edecercade10%paraobstruçãoarterial
pulmonar,continuamsendoosproblemasevolutivos33
.
Quandoacorreçãoédirigidaaoredirecionamentoin-
tra-atrialdosfluxosdosangueatravésasoperaçõesdeSen-
ning e Mustard, observa-se índice de sobrevida de até 85%
na 1ª técnica e de 80% na 2ª, após 20 anos de evolução 34
.
Ascomplicaçõestêmsetornadomaisraras,comoesteno-
ses de veias cavas com conseqüente síndrome de enteropatia
perdedoradeproteínas,estenosedeveiaspulmonares,deinsu-
ficiênciatricúspideedeinsuficiênciadoventrículodireito.
Permanecem as arritmias supraventriculares, causa
principal da descompensação cardíaca a longo prazo 34
. A
disfunção do ventrículo direito sistêmico, decorrente de
perfusão inadequada coronariana em face da hipertrofia
crônicaobrigatória,tambémocorrecomocausaprimáriana
evolução tardia desfavorável. No entanto, a patogênese e
incidência desta disfunção ainda necessitam de estudos
maisacurados,comtécnicasmaissofisticadas,comooestu-
dodometabolismomiocárdicoatravésperfusãoradioisotó-
pica,porexemplo.
A anomalia de Ebstein, em evolução pós-operatória,
dependedotempodeduraçãodainsuficiênciatricúspidee,
portanto, da idade à operação, do estado funcional do ven-
trículodireitoedaslesõesresiduais,alémdatécnicaopera-
tória, se realizada por plástica ou por substituição valvar.
Mortalidadetardiadeaté15%érelatadaapóscorreçãosob
várias técnicas dessa anomalia 35,36
.
Reflexõesacercadaevoluçãotardiadepacien-
tesoperadoscomcardiopatiascongênitas.O
panoramaatualeanecessáriamudança
A evolução pós-operatória tardia de portadores de
cardiopatias congênitas tem suscitado inúmeras dúvidas,
emvistadavariabilidadedasinformaçõescientíficas37,38
.
Taisdiversidadesderesultadosemumamesmacardio-
patia,dependem, deumasériedevariáveis,quenecessitade
análisemaiscriteriosa,principalmente dotipodacardiopa-
tia congênita, do estado anatomofuncional pré-operatório,
dotipodecorreçãocirúrgica,seanatômicaoufuncional,de
eventuaiscomplicaçõespréepós-operatóriase,também,de
defeitos residuais cirúrgicos.
Dessas variáveis são considerados a complexidade do
assuntoeoentendimentodadifícilmissãodaanáliseevoluti-
va. Atualmente, serve de base para que possamos melhor
nosposicionarfrenteaumacardiopatiacongênita,estabele-
cendoaperspectivae,conseqüentemente,alteraraconduta.
Demodogeral,podemosdividiraevoluçãoatualpós-
operatóriadascardiopatiascongênitasemdoistiposprinci-
pais:o1ºrotuladocomofavorável,emvistadelongevidade
normaloupróximadaobtidapelapopulaçãonormal,eo2º,
como desfavorável, cuja longevidade é encurtada por uma
destaspossibilidades:1)presençadefatoresadquiridosad-
versospré-operatórios,quesetornamirreversíveismesmo
apósacorreçãocirúrgica;2)existênciadedefeitosresiduais
pós-operatórios,obrigatóriosounão;3)emcorreçõesope-
ratórias funcionais e não anatômicas. Estes fatores são res-
ponsáveispordiminuiçãodalongevidade,emmaioroume-
nor período de tempo, na dependência da sua magnitude.
Aevoluçãofavorávelrelaciona-sesempreacardiopa-
tias corrigíveis do ponto de vista anatômico, em geral em
idade precoce e na ausência de fenômenos anatômicos ad-
quiridos adversos, com função ventricular preservada e
sem complicações e/ou defeitos residuais oriundos da cor-
reçãooperatória.
Talnormalidadeanatomofuncionaléobtidaemcardio-
patias congênitas acianogênicas com desvios de sangue da
esquerdaparaadireita,tipocomunicaçõesinteratrialeinter-
ventricular,canalarterialemesmoemdefeitodoseptoatrio-
ventriculareaindaemfístulasarteriovenosas,comonaori-
gem de uma das artérias pulmonares da aorta ascendente,
desdequeacorreçãoanatômicasejarealizadaprecocemen-
te,nosprimeirosmesesdevida.
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Atik et al
Cardiopatias congênitas na idade adulta
Arq Bras Cardiol
2001; 76: 423-9.
Estende-setambémessaevoluçãofavorávelacardio-
patias congênitas acianogênicas obstrutivas (estenoses
aórtica e pulmonar e na coartação da aorta), desde que o
gradientedepressãoresidualsejapersistentementeinferior
a 20mmHg e ainda a duas cardiopatias cianogênicas, que
podemhojealcançaracurapelacirurgiacorretiva,represen-
tadas pela transposição das grandes artérias e pela drena-
gemanômalatotaldasveiaspulmonares.
A longevidade reduzida pela presença de fatores ad-
versosadquiridosdecorredehipertrofiaededilataçãocar-
díacas,alémdahipertensãoarterialpulmonar,irreversíveis
mesmo em cardiopatias congênitas corrigíveis, realizadas
tardiamente, principalmente na vida adulta ou a partir da
adolescência. Essa evolução ocorre tanto em cardiopatias
congênitas acianogênicas obstrutivas (estenoses aórtica e
pulmonar e na coartação da aorta) como em cardiopatias
comdesviosdesanguedeumaaoutracirculação(comuni-
caçõesinteratrialeinterventricularenocanalarterial),desde
que os mecanismos de compensação cardíaca ultrapassem
seus limites, ocorridos após determinado tempo de sobre-
carga de volume e/ou de pressão.
Defeitosresiduaiscirúrgicos,obrigatóriosounão,em
cardiopatiasoperadasemqualqueridade,constituem-seem
elementos que perpetuam sobrecargas, afetando sensivel-
menteaevoluçãotardia.
A insuficiência pulmonar, por exemplo, é rotulada
como obrigatória após a correção da tetralogia de Fallot,
ocasionando sobrecarga de volume de ventrículo direito,
proporcional ao grau do defeito e, como conseqüência, o
aparecimento da insuficiência cardíaca direita, arritmias e
baixodébitosistêmico.
Ressalta-se,também,adisfunçãodeventrículodireito
residualemportadoresdeanomaliadeEbstein,operadosna
idadeadulta,naqualessacavidadesofreudilataçãoexage-
rada em decorrência da insuficiência tricúspide por longo
tempo até a operação.
Comodefeitosresiduaiscirúrgicos,tambémobrigatóri-
os,menciona-seainsuficiênciadasvalvasatrioventriculares,
direitaeesquerda,queocorreemmaioroumenorgrauapósa
correçãododefeitodoseptoatrioventricular,emfacedamag-
nitudedamalformaçãodavalvaatrioventricularúnica.
Équaseobrigatórioodefeitoresidualemsituaçõesde
obstruçãosubvalvaremesmovalvaràdireitaouàesquerda
docoração,emfacedemalformações,quedificultamorepa-
roanatômicoe,portanto,anormalizaçãoanatomofuncional.
Estende-se essa assertiva a anomalias isoladas ou em
associações a outros defeitos, como na transposição das
grandesartérias,duplaviadesaídadeventrículodireitoena
transposição corrigida das grandes artérias.
Porfim,étambémdesfavorávelaevoluçãoemcardio-
patias cuja correção é funcional e não anatômica, predis-
pondoalongoprazo,determinadascomplicaçõescongesti-
vas,arrítmicas,embólicaseinfecciosas.
Salienta-se essa evolução em cardiopatias cuja corre-
çãoanatômicanãoéexeqüível,comonaatresiatricúspide,
conexãoatrioventricularuniventricular,hipoplasiadocora-
ção esquerdo, cardiopatias com hipoplasia de um dos dois
ventrículoseemdeterminadascardiopatiascongênitascu-
jacorreçãocirúrgicaémaisdificultada.Emtodas,aplica-seo
princípio Fontan, isto é, a conexão venosa sistêmica com a
árvorearterialpulmonar.
Ademais, a correção funcional se aplica também em
situaçõesemqueoventrículoesquerdoperdeacapacidade
de poder manter o débito sistêmico, como na transposição
das grandes artérias com septo ventricular íntegro.
A correção funcional na transposição das grandes ar-
tériaspeloredirecionamentointra-atrialdosfluxossangüí-
neos pelas técnicas de Mustard e de Senning conduz ao
ventrículoesquerdoosanguevenososistêmicoeaoventrí-
culodireitoosanguevenosopulmonar,favorecendoanor-
malização funcional sistêmica e pulmonar.
Talefetividadetambémseaplicaemoutrascondições,
como na discordância atrioventricular isolada, na qual o
átriodireitoconecta-secomoventrículoesquerdoeaortae
o átrio esquerdo com o ventrículo direito e as artérias pul-
monares.
Esse conceito corretivo funcional é também aplicado
em associação à troca arterial e coronária na transposição
corrigidadasgrandesartériascomacentuadainsuficiência
tricúspide.
A interposição de tubos e de valvas dentro do princí-
pioRastellinotroncoarterialcomumenaatresiapulmonar
com comunicação interventricular, na transposição das
grandes artérias com estenose pulmonar, restabelecendo
assim a comunicação ventrículo direito- tronco pulmonar
tambémfazpartedascorreçõesditasfuncionaiscomtodas
as conseqüências desfavoráveis de fenômenos de degene-
ração, obstrução e de infecção.
Nesta apresentação, fica patente que, apesar do pro-
gressointenso,aperfeiçãoaindaestálonge.Égrandeainda
hoje o desconhecimento dos aspectos etiológicos e pato-
genéticos,alémdostratamentosgenético,bioquímico,enzi-
máticoeatédemedidasprofiláticas,quecertamentedariam
passosmaisdecisivosparaacuradascardiopatiascongêni-
tas.Oprogressodemelhorperspectivadestaespecialidade,
exige hoje a necessidade de mudanças de conduta.
Assim, em cardiopatias corrigíveis, a fim de se evitar
todososcaracteresadquiridosadversos,éimperiosa,como
solução, a correção precoce nos primeiros meses de vida.
Emcardiopatiasnãocorrigíveis,emvistadaevolução
desfavoráveldasuamaioria,talvezemfuturobemmaispró-
ximo, a solução esteja em procedimentos mais radicais,
como o transplante cardíaco.
Do início difícil, atravessamos, ainda agora, período
de busca, visualizando melhores horizontes, desde que
permaneça o empenho na obtenção do objetivo principal,
ouseja,daràcriançacardiopataaevoluçãosimilaràquelade
umacriançanormal.
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2001; 76: 423-9.
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