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FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS
GABRIEL CARVALHO ARAUJO RA: 6891508460
GEOVANE SANTOS CASTRO RA: 6452332665
AGRONOMIA- 7º SEMESTRE
CAIXA ENTOMOLOGICA
Entomologia II
RONDONÓPOLIS
2016
Percevejo-Verde
Nome cientifico: Nezara viridula
Biologia - O ciclo desse inseto de ovo a adulto varia de 30 a 35 dias conforme a
temperatura. Em condições adversas, como temperaturas mais baixas, pode chegar a 60
dias, e até entrar em diapausa na fase adulta. O período embrionário tem duração de três
dias e logo após a eclosão, as ninfas de primeiro ínstar ficam aglomeradas em cima da
postura, de onde sairão quando fizerem a primeira troca de pele, passando para o segundo
ínstar. A partir daí, começam a se alimentar sugando a seiva da planta.
Danos - Durante o ato da alimentação, os percevejos injetam toxinas nos grãos e
nos orifícios deixados pelo aparelho bucal dos insetos penetram microorganismos que
determinam o chochamento dos grãos causando depreciação do produto no ato da
comercialização. Além disso, as toxinas atingem as plantas determinando uma redução
em sua produtividade.
Métodos de Controle - O nível de ação, a partir do qual o controle químico dos
percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de
0,5cm, observados na média das amostragens pelo pano-de-batida. Para o caso de campos
de produção de semente, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de-
batida.
Outra alternativa é o controle biológico, utiliza-se a T. basalis, ocorrendo
naturalmente nas lavouras, sendo que o uso inadequado de inseticidas reduz
drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle do percevejo. O T.
basalis deve ser utilizado em áreas onde o controle de lagarta foi realizado com produtos
biológicos ou seletivos. Para manter altas populações do parasitóide nas lavouras e manter
a praga abaixo do nível de ação no período de desenvolvimento e formação das sementes,
recomenda-se a liberação do adulto de T. basalis na quantidade de 5000/ha. Podendo ser
realizado através de ovos parasitados, em cartelas de papelão, sendo neste caso 3 cartelas
por hectare, colocadas nas plantas dois dias antes da emergência do adulto.
Percevejo-manchador
Nome científico: Dysdercus spp
Biologia - O ciclo de ovo a adulto tem em média 45 dias. A fêmea coloca seus
ovos na superfície do solo, próximo a planta de algodão, cobrindo-os com uma camada
fina de terra. Os ovos são de coloração esbranquiçadas no início e posteriormente vão
amarelando. Após a eclosão, cerca de 10 dias, as ninfas de cor rósea, sobem na planta e
vão se aglomerar sobre as maçãs do algodão. Essa fase dura cerca de 30 dias, até que se
transformem em adultos.
Danos - Os percevejos alimentam-se pela sucção de seiva em botões florais, flores,
maças e partes tenras do caule. Os botões e maças pequenas, quando picados, caem ao
solo. As maças maiores crescem defeituosas, as fibras ficam manchadas, com
intumescências na parte interna da casca, e geralmente apodrecem. No final do ciclo da
cultura, os adultos e as ninfas picam as sementes nos capulhos, depreciando-as, e
mancham as fibras com suas dejeções, tornando-as amareladas.
Métodos de Controle – Controle químico com o uso de inseticidas piretróides e
fosforados, em condições normais do aparecimento de populações, não se justificam
pulverizações específicas para esta praga.
Vaquinha Patriota
Nome cientifico: Diabrotica speciosa
Biologia - O adulto de D. speciosa é um besouro de coloração verde, com manchas
amarelas, com 5 mm de comprimento. As posturas são feitas normalmente no solo;
porém, quando o nível populacional é muito alto, pode colocar ovos na face inferior das
folhas. A fêmea de D. speciosa deposita os ovos, aderentes uns aos outros, no solo. As
larvas são cilíndricas, com cerca de 10 mm, corpo com coloração esbranquiçada, com a
cabeça e o ápice do abdome, de coloração preta, sendo conhecidas vulgarmente como
larva-alfinete. Após o período larval, as larvas transformam-se em pupas no solo.
Danos - Os adultos de D. speciosa alimentam-se de folhas e flores, enquanto que
as larvas se alimentam das raízes, inviabilizando-as para a comercialização, afetando
diretamente a produção.
Métodos de Controle - O nível de controle para as vaquinhas é de 20 insetos por
pano de batida ou em 2 m de linha. As espécies de vaquinhas D. speciosa são
naturalmente parasitadas por Celatoria bosqi (Diptera: Tachnidae), e os fungos Beauveria
bassiana e Metarhizium anisopliae infectam naturalmente larvas e adultos de D.
speciosa no campo. Outra alternativa de controle é o uso de inseticidas químicos
aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio.
Percevejo Marrom
Nome cientifico: Euschistus heros
Biologia - é um inseto sugador pertencente à família Pentatomidae. A soja é a
principal planta hospedeira desta praga e após sua colheita ela pode sobreviver,
alimentando-se de outras plantas hospedeiras (daninhas ou cultivadas). Além disso, nos
períodos mais frios entra em diapausa - redução do crescimento e do desenvolvimento de
insetos e outros animais - até o início da nova safra. O ciclo biológico compreende na
colocação dos ovos em forma de colunas, geralmente duas, de cor amarela, possuindo de
6 a 15 ovos. Na fase adulta se desenvolve expansões laterais, com formato de espinhos
pontiagudos.
Danos - Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de
vagens. Ao sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção
de soja, pois, devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção foliar"
ou soja louca, ou seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita mecânica.
No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a sucção de
seiva as vagens ficam marrons e "chochas".
Métodos de Controle - O nível de ação, a partir do qual o controle químico dos
percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de
0,5cm, observados na média das amostragens pelo pano-de-batida. Para o caso de campos
de produção de semente, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de-
batida.
Outra alternativa é o controle biológico, utiliza-se a T. basalis, ocorrendo
naturalmente nas lavouras, sendo que o uso inadequado de inseticidas reduz
drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle do percevejo. O T.
basalis deve ser utilizado em áreas onde o controle de lagarta foi realizado com produtos
biológicos ou seletivos. Para manter altas populações do parasitóide nas lavouras e manter
a praga abaixo do nível de ação no período de desenvolvimento e formação das sementes,
recomenda-se a liberação do adulto de T. basalis na quantidade de 5000/ha. Podendo ser
realizado através de ovos parasitados, em cartelas de papelão, sendo neste caso 3 cartelas
por hectare, colocadas nas plantas dois dias antes da emergência do adulto.
Bombachudo
Nome Cientifico: Leptoglossus zonatus
Biologia - Medindo cerca de 2 cm de comprimento quando adulto, apresenta
coloração marrom-escura. Algumas características morfológicas facilitam sua
identificação, como antenas amareladas, duas manchas amarelas circulares no pronoto,
presença de uma linha transversal amarelada, em ziguezague, nos hemiélitros, e
expansões em formato de folha no último par de pernas.
O ciclo biológico desse percevejo é muito variável, sendo de 40 a 60 dias,
dependendo das condições climáticas. Os ovos de Leptoglossus zonatus eclodem em
cerca de nove dias, e em aproximadamente 30 dias as ninfas atingem o período adulto
(Matrangolo e Waquil, 1994).
De forma geral, as fêmeas apresentam tamanho superior ao machos.
Danos - Os danos são causados por ninfas ou adultos, os quais sugam os grãos das
espigas, causando murchamento e apodrecimento, favorecendo a possível contaminação
por doenças como Fusarium, Penicillium e Cephalosporium.
Métodos de Controle - O controle natural é feito por parasitóides de ovos,
entretanto, a população desse tipo de praga tem se tornado cada vez mais freqüente no
campo. O controle químico fica limitado pela dificuldade de entrar com o trator no campo.
Quando é possível utilizar outros métodos de aplicação (água de irrigação ou pulverização
aérea), recomenda-se iniciar o controle quando os levantamentos indicarem 12 percevejos
pequenos ou quatro percevejos grandes/panícula . O controle dos percevejos pode ser
feito com inseticidas fosforados ou carbamatos. Outra alternativa é a pulverização com
inseticidas do grupo dos neonicotinoides apresenta boa eficiência no controle do
percevejo.
Formiga-cortadeira
Nome Cientifico: Atta sexdens
Biologia - É caracterizada por possuir três pares de espinhos em seu dorso, ter
coloração marrom-avermelhada sem brilho e pelos na cabeça e no abdome. Dentro de
cada formigueiro, existem diferentes grupos de insetos, cada um com sua
responsabilidade. Entre os grupos, destacam-se a rainha, as operárias, com suas
subdivisões, e os insetos alados, responsáveis pela formação de novas colônias. A
formação de novas colônias ocorre geralmente no início da estação chuvosa. Nesse
período, observa-se a revoada dos espécimes alados que partem para realizar a cópula e
iniciar a formação de novos ninhos.
Danos - As formigas cortadeiras causam maiores prejuízos em plantas jovens, com
poucas folhas, pois elas são menos resistentes ao ataque. Já as plantas adultas,
dependendo da intensidade do ataque, podem se recuperar. Os danos são caracterizados
pelo corte das folhas e hastes, as quais são transportadas e utilizadas como substrato para
o fungo que cultivam em seus ninhos.
Métodos de Controle - Dentre os métodos existentes para o controle de formigas
cortadeiras, as iscas granuladas têm sido preferidas por sua facilidade de aplicação.
Lagarta das Folhas
Nome Cientifico: Spodoptera eridania
Biologia - As lagartas são inicialmente verdes, depois tornam-se cinzas com três
linhas avermelhadas ou amareladas no dorso. Nas linhas laterais, existem vários
triângulos de cor escura que apontam para a linha central. Nessa fase, o inseto possui três
pares de pernas torácicas, quatro abdominais e um anal. As pupas são avermelhadas e
encontradas no solo a poucos centímetros de profundidade.
Danos - Os danos são causados pelas lagartas que inicialmente apenas raspam a
superfície das folhas e depois passam a devorar, principalmente, vagens e grãos.
Métodos de Controle:
Controle químico: É uma importante ferramenta, porém, existem poucos
inseticidas registrados, uma vez que as pragas são secundárias com ocorrência esporádica.
Cabe ressaltar que o controle químico se faz necessário quando a infestação atinge, pelo
menos, 20% de plantas com nota ≥ a 3, pela escala Davis.
Controle biológico: O predador Doru luteipes - (tesourinha), o parasitoide
Trichogramma spp., os fungos entomopatogênicos, como Nomuraea rileyii, Botrytis
rileyi, Beauveria globulifera, e o vírus Baculovirus são importantes agentes de controle
biológico do gênero Spodoptera.
Biotecnologia: Soja Intacta RR2PRO: espécie emergente, praga não alvo da
tecnologia.
Percevejo-verde-pequeno
Nome Cientifico: Piezodorus guildinii
Biologia - Um percevejo verde pequeno, com cerca de 10mm de comprimento e
na forma adulta apresenta-se de cor verde amarelada, apresenta uma listra transversal
marrom avermelhada na parte dorsal do tórax, próximo da cabeça, é o pronoto. As ninfas
apresentam, medindo apenas 1mm, com abdome volumoso, com a metade anterior do
corpo pardo-escura ou negra e o abdome amarelo-avermelhado, com várias manchas
negras.
As posturas são bem características, com fileiras duplas de ovos pretos, sobre as
vagens e folhas também e possível encontrar, em número de 10 a 32.
Danos - Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de
vagens. Ao sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção
da cultura, pois, devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção
foliar" ou soja louca, ou seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita
mecânica. No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a
sucção de seiva as vagens ficam marrons e "chochas". Os danos causados pelas ninfas
aumentam de intensidade com o desenvolvimento do inseto, prejudicando a cultura do 3º
ao 5º instar, atingindo 8mm.
Métodos de Controle – Controle Químico: aplicar inseticidas sistêmicos com o princípio
ativo a base de endosulflan para o percevejo verde pequeno.
Controle biológico: parasitóides Trissolcus basalis (Scelionidae), Telenomus mormidae
(Scelionidae) e Trichopoda nitens (Tachinidae).
Lagarta Preta
Nome Cientifico: Spodoptera cosmioides
Biologia - Ovos: São de cor esverdeada-clara, agrupados de forma irregular, são postos
em duas ou três camadas e recobertos por escamas e pelos para proteção dos mesmos.
Larvas: no início do desenvolvimento possuem corpo com coloração marrom,
cabeça preta, apresentam três linhas longitudinais de coloração alaranjada e triângulos
pretos voltados para o dorso do inseto. Ao decorrer do desenvolvimento, tornam-se pardas
e nota-se uma faixa mais escura entre o 3° par de pernas torácicas e o 1° par de falsas-
pernas abdominais
Pupas: glabras, possuem coloração castanha, medem em torno de 15 a 30 mm de
comprimento e largura entre 4 e 5 mm.
Adultos: medem, aproximadamente, 40 mm de envergadura. As fêmeas possuem
coloração parda com desenhos brancos nas asas anteriores e as asas posteriores são
brancas. Os machos tem as asas anteriores amareladas com desenhos escuros. O padrão
de asas do inseto é considerado fator de diferenciação sexual entre machos e fêmeas.
Danos - Na cultura do algodoeiro, ocorrem a partir da fase inicial da emissão dos
botões florais e durante o pleno florescimento. Suas lagartas são desfolhadoras, mas
também perfuram botões florais e maçãs macias. Na soja, causa elevados prejuízos na
região dos cerrados. Além do hábito desfolhador, alimentam-se de vagens (fase
reprodutiva da cultura), danificando os grãos e permitindo a entrada de microrganismos.
Métodos de Controle – Controle biológico: Em razão dos relatos de resistência
das lagartas, tem-se optado pela utilização de bioinseticidas à base de Baculovirus
spodoptera ou Bacillus thuringiensis ou a liberação de parasitoides como o Trichogramma
spp.
Percevejo-do-grão
Nome Cientifico: Oebalus ypsilongriseus
Biologia- O ciclo biológico completa-se em cerca de 45 dias, sendo o período
ninfal em torno de 40 dias e cinco dias a incubação dos ovos. As ninfas passam por cinco
estágios de desenvolvimento, sendo o primeiro estágio completado em três dias e os
seguintes em 7, 8, 9 e 13 dias, respectivamente. Fêmeas adultas têm um período de pré-
oviposição de 8 a 16 dias e podem por 200 ovos durante a vida.
O percevejo-do-grão passam o período de entressafra (outono/inverno) em
hibernação, abrigados em refúgios em áreas próximas às lavouras. Estes refúgios são
normalmente o interior de touceiras de capim alto ou então fendas do solo, montes de
palha, folhedo de bambu, coberturas de sapé, fendas nos galpões ou outros esconderijos.O
estímulo que leva à diferenciação morfológica dos adultos são as horas de luz do dia
(fotoperíodo) e as ninfas dos três primeiros estágios é que captam este estímulo. Assim,
ninfas expostas a dias longos (primavera e início do verão) originam adultos sexualmente
ativos ou não hibernantes nas gerações estivais. Ninfas expostas a dias curtos (final do
verão e outono) transformam-se em adultos sexualmente inativos ou hibernantes, que
permanecerão em repouso durante o inverno.
Danos - A infestação no campo tem início na floração das plantas, mas os
percevejos preferem se alimentar nas espiguetas que se encontram na fase leitosa, o que
provoca perda qualitativa e quantitativa. Ataques severos resultam na formação de
sementes com manchas no endosperma, menor massa e reduzido poder germinativo. Os
grãos atacados (Figura 19) apresentam aparência “gessada”, de tamanho irregular e,
geralmente, se quebram durante o beneficiamento. Além dos danos diretos, os percevejos-
do-grão, ao se alimentarem nas espiguetas, também podem transmitir fungos causadores
de manchas-de-grãos.
Métodos de Controle - O monitoramento dos percevejos nas lavouras de terras
altas deve ser feito a partir da floração até o amadurecimento das panículas. As
amostragens devem ser realizadas no período da manhã, até às 10 horas, iniciando nas
margens da lavoura e nas partes onde as plantas estiverem mais vigorosas. Por meio de
uma rede entomológica, deve-se caminhar ao acaso no campo, retirar uma amostra de dez
redadas em cada ponto de amostragem e contar os percevejos capturados na rede. O
controle químico é recomendado quando forem encontrados, em média, cinco percevejos
adultos, por dez redadas, na fase leitosa, e dez percevejos adultos, a cada dez redadas, na
fase de grão pastoso.
Bicudo do Algodoeiro
Nome Cientifico: Anthonomus grandis
Biologia - O bicudo é um inseto da ordem Coleoptera, considerado um besouro, com
tamanho entre 4 a 9 mm de comprimento. O tamanho diminuto do inseto favorece a
proliferação pelo fato dos seus 3 primeiros estágios de desenvolvimento acontecerem no
interior de estruturas de frutificação do algodão, como botões florais, flores e maçãs. Com
isso, consegue se proteger do ataque de inimigos naturais, da aplicação de inseticidas e
de condições ambientais adversas que interferem no desenvolvimento, como
temperaturas extremas, abaixo de 4ºC ou acima de 35ºC, sendo que temperaturas médias
de 25ºC e umidade relativa entre 60 e 98% são ideais.
Outra característica muito importante desse inseto é a alta capacidade de
reprodução, podendo ocorrer de 3 a 7 gerações num mesmo ciclo de produção de algodão,
que normalmente possui entre 150 e 170 dias. As fêmeas são atraídas pelo feromônio dos
machos e a oviposição ocorre após 3 a 5 dias da cópula. Os ovos medem 0,8 mm de
comprimento e tem coloração branco-brilhante, são depositados em orifícios da base do
botão floral e cobertos por uma substância cerosa que os protege da desidratação e do
ataque de predadores naturais. Eclodem após 3 ou 4 dias, e as larvas iniciam o ataque ao
botão floral se alimentando do seu interior até evoluírem para a fase de pupa e
posteriormente para a forma adulta. Os danos ocasionados nas estruturas do botão floral
impedem a abertura das maçãs, danificam as fibras, provocam o amarelecimento das
brácteas e queda do fruto, ou seja, queda da maçã.
Lagarta da Maçã
Nome Cientifico: Heliothis virescens
Biologia - As lagartas recém eclodidas alimentam-se de tecidos novos, folhas ou
botões florais, neste estágio atacam as maçãs, destruindo uma ou mais lojas, atingindo
também as sementes. Finda a fase larval, transformam-se em pupas, no solo, originando
os adultos.
Danos - As lagartas se movimentam em sentido descendente das plantas,
danificando os botões florais e flores a partir do ponteiro, atingindo posteriormente maçãs
pequenas e grandes existentes nos estratos inferiores. Uma lagarta poderá destruir 06
botões florais e uma maçã provocando orifícios nos botões que abrem as brácteas e caem.
Nos últimos ínstares as lagartas atacam maçãs, devorando o conteúdo das mesmas. Os
orifícios expostos favorecem a penetração de microrganismos, causando o apodrecimento
das maçãs.
Métodos de Controle – Controle Biologico: Parasitóides – Trichogramma
spp. parasitando ovos de H. virescens.
Lagarta do Maracujazeiro
Nome Cientifico: Dione juno juno
Biologia - A borboleta possui coloração laranja-avermelhada, com manchas e
venação das asas pretas e envergadura das asas em torno de 60 a 75 mm . O ovo tem
comprimento em torno de 1 mm, sendo amarelado quando recentemente posto, com
formato alongado, afilando-se para a extremidade distal. A fêmea coloca os ovos
isoladamente sobre as folhas ou caules da planta, sendo constatados até nos tutores de
bambu e sobre os fios usados para a condução do maracujazeiro
Danos - A largata alimenta-se de folhas e ramos, chegando a danificar os ramos
ponteiros e consequentemente atrasando seu desenvolvimento vegetativo, ficando com
menor vigor em relação as plantas não-par. Em plantas adultas e vigorosas a importância
da lagarta vai depender do grau de infestação. Em ataques intensos, as lagartas devoram
as folhas, causando um desfolhamento completo da plata. A maior incidência destas
pragas ocorre no período seco do ano, de abril a agosto.
Métodos de Controle - Em culturas pequenas, recomenda-se a catação manual
dos ovos ou lagartinhas, já que ficam agrupadas. Em culturas extensivas recomenda-se a
aplicação de inseticidas fosforados registrados para a cultura, que sejam seletivos aos
inimigos naturais e aos polinizadores. Estes produtos devem ter ação de contato e curto
poder residual, em função do longo período de colheita da cultura do maracujá. Como a
cultura é altamente dependente do polinizador, representados principalmente pelas
mamangavas (Xylocopaspp.), aconselha-se dfetuar as aplicações dos inseticidas antes da
abertura das flores, que ocorre a partir do meio-dia.
A utilização do Bacillus thuringiensis e o Baculovirus (NPV) específico, quando
bem aplicados, tem-se mostrado eficiência no controle da praga.
Caruncho
Nome Cientifico: Sitophilus zeamais
Biologia - Adultos são cerca de 3-5mm de comprimento com bocais alongados e
aparelho bucal de mastigação. Dependendo dos grãos de cereais, os tamanhos variam.
Em pequenos grãos, tais como milheto ou milho sorgo, eles são de tamanho pequeno, mas
são maiores no milho. Os adultos são de cor castanha-avermelhada sem marcas
distintivas. Os adultos não são capazes de voar. As larvas não têm pernas, são corcundas
e brancas com cabeça bronzeada. No estágio de pupa, têm focinhos como os adultos. As
fêmeas põem entre 36 e 254 ovos.
Danos - Normalmente, um ovo é depositado dentro de cada grão. Todas as fases
de larva e pupa ocorrem dentro do grão. As larvas alimentam-se do interior do grão até à
pupação, após a qual abrem um buraco e emergem.
Métodos de Controle
Controle químico: aos inseticidas organosintéticos para o manejo da praga.
A Fumigação ou expurgo é uma técnica empregada para eliminar qualquer
infestação de praga em grãos mediante uso de gás tóxico. Deve ser realizada sempre que
houver infestação, seja no produto recém colhido ou mesmo após o período de
armazenamento em que haja ataque no armazém.
Gafanhoto
Biologia - A grande maioria dos gafanhotos são polífagos. Muitos alimentam-se
a partir de várias plantas hospedeiras durante um dia, enquanto outros preferem alimentar-
se na mesma planta hospedeira. Apresentam antenas muito mais curtas que o corpo, três
pares de patas ligadas ao abdome, sendo o último par de patas posterior muito musculoso
e adaptado ao salto. As asas estão presentes aos pares e o primeiro par de asas é do tipo
tegmina (igual das baratas) e o segundo par é do tipo membranoso. Apresentam um par
de órgãos auditivos localizados nos lados do primeiro segmento abdominal.
Danos- - Esta praga remove grandes quantidades de área foliar, deixando as
plantas completamente desfolhadas.
Métodos de Controle – Controle Biologico: Com fungos de várias espécies tem
sido testados para controlar essa espécie, como Metharizum anipolidae, Beauveria
bassiana, e o que vem apresentando melhores resultados é o Methairum flavoride.
Lagarta-do-Cartucho
Nome cientifico: Spodoptera frugiperda
Biologia - A mariposa fêmea, de coloração geral acinzentada, com cerca de 25
mm de envergadura, coloca seus ovos em massa, em média cerca de cem a cada vez. Em
temperaturas ao redor de 25oC, ocorre a eclosão das lagartas em três dias. Os insetos
recém-nascidos geralmente permanecem juntos nas primeiras horas de vida, iniciando sua
alimentação pela casca dos próprios ovos.
Danos - no início do ataque, as lagartas raspam as folhas deixando áreas
transparentes. Com o seu desenvolvimento, a lagarta localiza-se no cartucho da planta
destruindo-o.
Métodos de controle – Controle Biológico: o predador Doru luteipes e os
parasitóides Trichogramma spp., Telenomus sp., Chelonus insularis e Campoletis
flavicincta, são importante agentes de controle biológico dessa praga. Várias doenças
também atacam a lagarta, como os fungos Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria
globulifera; virus, Baculovirus; bactérias, Bacillus thuringiensis e outros agentes de
menor importância como nematóides e protozoários.
REFERENCIAS BLIBLIOGRAFICAS
FREIRE, E.C Algodão no Cerrado do Brasil, 3o Edição revisada e ampliada, ed. Editora
Positiva Brasília – DF, 2015.
http://www.den.ufla.br/attachments/article/75/ApostilaCB%20(final).pdf
https://www.embrapa.br/documents/1355054/1527012/4a+-
+Guia+para+o+reconhecimento+de+inimigos+naturais+de+pragas+agr%C3%ADcolas.
pdf/a6d5b61d-9e03-4331-9db9-3d3d1fbcaa8e
https://www.embrapa.br/documents/1344498/2767789/controle-biologico-e-o-manejo-
de-pragas-do-algodoeiro.pdf/62c54c53-3b8f-4b4c-9e01-84ce0413d758
http://www.revistacampoenegocios.com.br/cresce-o-uso-de-inseticidas-biologicos-na-
agricultura/
http://www.insetario.uem.br/colecao/pragas/coleoptera/chrysomelidae/diabrotica_specio
sa.htm
http://www.percevejos.com.br/?page_id=91
http://www.sementesagroceres.com.br/pages/BaixarArquivo.aspx?i=manualPragas.pdf
&t=pdf
http://www.agrolink.com.br/downloads/manual%20de%20pragas%20do%20milho.pdf
http://pragasarroz.xpg.uol.com.br/ArrozPGrao.htm

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  • 1. FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS GABRIEL CARVALHO ARAUJO RA: 6891508460 GEOVANE SANTOS CASTRO RA: 6452332665 AGRONOMIA- 7º SEMESTRE CAIXA ENTOMOLOGICA Entomologia II RONDONÓPOLIS 2016
  • 2. Percevejo-Verde Nome cientifico: Nezara viridula Biologia - O ciclo desse inseto de ovo a adulto varia de 30 a 35 dias conforme a temperatura. Em condições adversas, como temperaturas mais baixas, pode chegar a 60 dias, e até entrar em diapausa na fase adulta. O período embrionário tem duração de três dias e logo após a eclosão, as ninfas de primeiro ínstar ficam aglomeradas em cima da postura, de onde sairão quando fizerem a primeira troca de pele, passando para o segundo ínstar. A partir daí, começam a se alimentar sugando a seiva da planta. Danos - Durante o ato da alimentação, os percevejos injetam toxinas nos grãos e nos orifícios deixados pelo aparelho bucal dos insetos penetram microorganismos que determinam o chochamento dos grãos causando depreciação do produto no ato da comercialização. Além disso, as toxinas atingem as plantas determinando uma redução em sua produtividade. Métodos de Controle - O nível de ação, a partir do qual o controle químico dos percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5cm, observados na média das amostragens pelo pano-de-batida. Para o caso de campos de produção de semente, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de- batida. Outra alternativa é o controle biológico, utiliza-se a T. basalis, ocorrendo naturalmente nas lavouras, sendo que o uso inadequado de inseticidas reduz drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle do percevejo. O T. basalis deve ser utilizado em áreas onde o controle de lagarta foi realizado com produtos biológicos ou seletivos. Para manter altas populações do parasitóide nas lavouras e manter a praga abaixo do nível de ação no período de desenvolvimento e formação das sementes, recomenda-se a liberação do adulto de T. basalis na quantidade de 5000/ha. Podendo ser realizado através de ovos parasitados, em cartelas de papelão, sendo neste caso 3 cartelas por hectare, colocadas nas plantas dois dias antes da emergência do adulto.
  • 3. Percevejo-manchador Nome científico: Dysdercus spp Biologia - O ciclo de ovo a adulto tem em média 45 dias. A fêmea coloca seus ovos na superfície do solo, próximo a planta de algodão, cobrindo-os com uma camada fina de terra. Os ovos são de coloração esbranquiçadas no início e posteriormente vão amarelando. Após a eclosão, cerca de 10 dias, as ninfas de cor rósea, sobem na planta e vão se aglomerar sobre as maçãs do algodão. Essa fase dura cerca de 30 dias, até que se transformem em adultos. Danos - Os percevejos alimentam-se pela sucção de seiva em botões florais, flores, maças e partes tenras do caule. Os botões e maças pequenas, quando picados, caem ao solo. As maças maiores crescem defeituosas, as fibras ficam manchadas, com intumescências na parte interna da casca, e geralmente apodrecem. No final do ciclo da cultura, os adultos e as ninfas picam as sementes nos capulhos, depreciando-as, e mancham as fibras com suas dejeções, tornando-as amareladas. Métodos de Controle – Controle químico com o uso de inseticidas piretróides e fosforados, em condições normais do aparecimento de populações, não se justificam pulverizações específicas para esta praga. Vaquinha Patriota Nome cientifico: Diabrotica speciosa Biologia - O adulto de D. speciosa é um besouro de coloração verde, com manchas amarelas, com 5 mm de comprimento. As posturas são feitas normalmente no solo; porém, quando o nível populacional é muito alto, pode colocar ovos na face inferior das folhas. A fêmea de D. speciosa deposita os ovos, aderentes uns aos outros, no solo. As larvas são cilíndricas, com cerca de 10 mm, corpo com coloração esbranquiçada, com a cabeça e o ápice do abdome, de coloração preta, sendo conhecidas vulgarmente como larva-alfinete. Após o período larval, as larvas transformam-se em pupas no solo. Danos - Os adultos de D. speciosa alimentam-se de folhas e flores, enquanto que as larvas se alimentam das raízes, inviabilizando-as para a comercialização, afetando diretamente a produção.
  • 4. Métodos de Controle - O nível de controle para as vaquinhas é de 20 insetos por pano de batida ou em 2 m de linha. As espécies de vaquinhas D. speciosa são naturalmente parasitadas por Celatoria bosqi (Diptera: Tachnidae), e os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae infectam naturalmente larvas e adultos de D. speciosa no campo. Outra alternativa de controle é o uso de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio. Percevejo Marrom Nome cientifico: Euschistus heros Biologia - é um inseto sugador pertencente à família Pentatomidae. A soja é a principal planta hospedeira desta praga e após sua colheita ela pode sobreviver, alimentando-se de outras plantas hospedeiras (daninhas ou cultivadas). Além disso, nos períodos mais frios entra em diapausa - redução do crescimento e do desenvolvimento de insetos e outros animais - até o início da nova safra. O ciclo biológico compreende na colocação dos ovos em forma de colunas, geralmente duas, de cor amarela, possuindo de 6 a 15 ovos. Na fase adulta se desenvolve expansões laterais, com formato de espinhos pontiagudos. Danos - Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Ao sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção de soja, pois, devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção foliar" ou soja louca, ou seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita mecânica. No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a sucção de seiva as vagens ficam marrons e "chochas". Métodos de Controle - O nível de ação, a partir do qual o controle químico dos percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5cm, observados na média das amostragens pelo pano-de-batida. Para o caso de campos de produção de semente, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de- batida. Outra alternativa é o controle biológico, utiliza-se a T. basalis, ocorrendo naturalmente nas lavouras, sendo que o uso inadequado de inseticidas reduz drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle do percevejo. O T. basalis deve ser utilizado em áreas onde o controle de lagarta foi realizado com produtos
  • 5. biológicos ou seletivos. Para manter altas populações do parasitóide nas lavouras e manter a praga abaixo do nível de ação no período de desenvolvimento e formação das sementes, recomenda-se a liberação do adulto de T. basalis na quantidade de 5000/ha. Podendo ser realizado através de ovos parasitados, em cartelas de papelão, sendo neste caso 3 cartelas por hectare, colocadas nas plantas dois dias antes da emergência do adulto. Bombachudo Nome Cientifico: Leptoglossus zonatus Biologia - Medindo cerca de 2 cm de comprimento quando adulto, apresenta coloração marrom-escura. Algumas características morfológicas facilitam sua identificação, como antenas amareladas, duas manchas amarelas circulares no pronoto, presença de uma linha transversal amarelada, em ziguezague, nos hemiélitros, e expansões em formato de folha no último par de pernas. O ciclo biológico desse percevejo é muito variável, sendo de 40 a 60 dias, dependendo das condições climáticas. Os ovos de Leptoglossus zonatus eclodem em cerca de nove dias, e em aproximadamente 30 dias as ninfas atingem o período adulto (Matrangolo e Waquil, 1994). De forma geral, as fêmeas apresentam tamanho superior ao machos. Danos - Os danos são causados por ninfas ou adultos, os quais sugam os grãos das espigas, causando murchamento e apodrecimento, favorecendo a possível contaminação por doenças como Fusarium, Penicillium e Cephalosporium. Métodos de Controle - O controle natural é feito por parasitóides de ovos, entretanto, a população desse tipo de praga tem se tornado cada vez mais freqüente no campo. O controle químico fica limitado pela dificuldade de entrar com o trator no campo. Quando é possível utilizar outros métodos de aplicação (água de irrigação ou pulverização aérea), recomenda-se iniciar o controle quando os levantamentos indicarem 12 percevejos pequenos ou quatro percevejos grandes/panícula . O controle dos percevejos pode ser feito com inseticidas fosforados ou carbamatos. Outra alternativa é a pulverização com inseticidas do grupo dos neonicotinoides apresenta boa eficiência no controle do percevejo.
  • 6. Formiga-cortadeira Nome Cientifico: Atta sexdens Biologia - É caracterizada por possuir três pares de espinhos em seu dorso, ter coloração marrom-avermelhada sem brilho e pelos na cabeça e no abdome. Dentro de cada formigueiro, existem diferentes grupos de insetos, cada um com sua responsabilidade. Entre os grupos, destacam-se a rainha, as operárias, com suas subdivisões, e os insetos alados, responsáveis pela formação de novas colônias. A formação de novas colônias ocorre geralmente no início da estação chuvosa. Nesse período, observa-se a revoada dos espécimes alados que partem para realizar a cópula e iniciar a formação de novos ninhos. Danos - As formigas cortadeiras causam maiores prejuízos em plantas jovens, com poucas folhas, pois elas são menos resistentes ao ataque. Já as plantas adultas, dependendo da intensidade do ataque, podem se recuperar. Os danos são caracterizados pelo corte das folhas e hastes, as quais são transportadas e utilizadas como substrato para o fungo que cultivam em seus ninhos. Métodos de Controle - Dentre os métodos existentes para o controle de formigas cortadeiras, as iscas granuladas têm sido preferidas por sua facilidade de aplicação. Lagarta das Folhas Nome Cientifico: Spodoptera eridania Biologia - As lagartas são inicialmente verdes, depois tornam-se cinzas com três linhas avermelhadas ou amareladas no dorso. Nas linhas laterais, existem vários triângulos de cor escura que apontam para a linha central. Nessa fase, o inseto possui três pares de pernas torácicas, quatro abdominais e um anal. As pupas são avermelhadas e encontradas no solo a poucos centímetros de profundidade. Danos - Os danos são causados pelas lagartas que inicialmente apenas raspam a superfície das folhas e depois passam a devorar, principalmente, vagens e grãos.
  • 7. Métodos de Controle: Controle químico: É uma importante ferramenta, porém, existem poucos inseticidas registrados, uma vez que as pragas são secundárias com ocorrência esporádica. Cabe ressaltar que o controle químico se faz necessário quando a infestação atinge, pelo menos, 20% de plantas com nota ≥ a 3, pela escala Davis. Controle biológico: O predador Doru luteipes - (tesourinha), o parasitoide Trichogramma spp., os fungos entomopatogênicos, como Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera, e o vírus Baculovirus são importantes agentes de controle biológico do gênero Spodoptera. Biotecnologia: Soja Intacta RR2PRO: espécie emergente, praga não alvo da tecnologia. Percevejo-verde-pequeno Nome Cientifico: Piezodorus guildinii Biologia - Um percevejo verde pequeno, com cerca de 10mm de comprimento e na forma adulta apresenta-se de cor verde amarelada, apresenta uma listra transversal marrom avermelhada na parte dorsal do tórax, próximo da cabeça, é o pronoto. As ninfas apresentam, medindo apenas 1mm, com abdome volumoso, com a metade anterior do corpo pardo-escura ou negra e o abdome amarelo-avermelhado, com várias manchas negras. As posturas são bem características, com fileiras duplas de ovos pretos, sobre as vagens e folhas também e possível encontrar, em número de 10 a 32. Danos - Os danos podem resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Ao sugarem ramos ou hastes, os percevejos podem ser limitantes para a produção da cultura, pois, devido provavelmente a toxinas que injetam, provocam a "retenção foliar" ou soja louca, ou seja, as folhas não caem normalmente e dificultam a colheita mecânica. No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois com a sucção de seiva as vagens ficam marrons e "chochas". Os danos causados pelas ninfas aumentam de intensidade com o desenvolvimento do inseto, prejudicando a cultura do 3º ao 5º instar, atingindo 8mm.
  • 8. Métodos de Controle – Controle Químico: aplicar inseticidas sistêmicos com o princípio ativo a base de endosulflan para o percevejo verde pequeno. Controle biológico: parasitóides Trissolcus basalis (Scelionidae), Telenomus mormidae (Scelionidae) e Trichopoda nitens (Tachinidae). Lagarta Preta Nome Cientifico: Spodoptera cosmioides Biologia - Ovos: São de cor esverdeada-clara, agrupados de forma irregular, são postos em duas ou três camadas e recobertos por escamas e pelos para proteção dos mesmos. Larvas: no início do desenvolvimento possuem corpo com coloração marrom, cabeça preta, apresentam três linhas longitudinais de coloração alaranjada e triângulos pretos voltados para o dorso do inseto. Ao decorrer do desenvolvimento, tornam-se pardas e nota-se uma faixa mais escura entre o 3° par de pernas torácicas e o 1° par de falsas- pernas abdominais Pupas: glabras, possuem coloração castanha, medem em torno de 15 a 30 mm de comprimento e largura entre 4 e 5 mm. Adultos: medem, aproximadamente, 40 mm de envergadura. As fêmeas possuem coloração parda com desenhos brancos nas asas anteriores e as asas posteriores são brancas. Os machos tem as asas anteriores amareladas com desenhos escuros. O padrão de asas do inseto é considerado fator de diferenciação sexual entre machos e fêmeas. Danos - Na cultura do algodoeiro, ocorrem a partir da fase inicial da emissão dos botões florais e durante o pleno florescimento. Suas lagartas são desfolhadoras, mas também perfuram botões florais e maçãs macias. Na soja, causa elevados prejuízos na região dos cerrados. Além do hábito desfolhador, alimentam-se de vagens (fase reprodutiva da cultura), danificando os grãos e permitindo a entrada de microrganismos. Métodos de Controle – Controle biológico: Em razão dos relatos de resistência das lagartas, tem-se optado pela utilização de bioinseticidas à base de Baculovirus spodoptera ou Bacillus thuringiensis ou a liberação de parasitoides como o Trichogramma spp.
  • 9. Percevejo-do-grão Nome Cientifico: Oebalus ypsilongriseus Biologia- O ciclo biológico completa-se em cerca de 45 dias, sendo o período ninfal em torno de 40 dias e cinco dias a incubação dos ovos. As ninfas passam por cinco estágios de desenvolvimento, sendo o primeiro estágio completado em três dias e os seguintes em 7, 8, 9 e 13 dias, respectivamente. Fêmeas adultas têm um período de pré- oviposição de 8 a 16 dias e podem por 200 ovos durante a vida. O percevejo-do-grão passam o período de entressafra (outono/inverno) em hibernação, abrigados em refúgios em áreas próximas às lavouras. Estes refúgios são normalmente o interior de touceiras de capim alto ou então fendas do solo, montes de palha, folhedo de bambu, coberturas de sapé, fendas nos galpões ou outros esconderijos.O estímulo que leva à diferenciação morfológica dos adultos são as horas de luz do dia (fotoperíodo) e as ninfas dos três primeiros estágios é que captam este estímulo. Assim, ninfas expostas a dias longos (primavera e início do verão) originam adultos sexualmente ativos ou não hibernantes nas gerações estivais. Ninfas expostas a dias curtos (final do verão e outono) transformam-se em adultos sexualmente inativos ou hibernantes, que permanecerão em repouso durante o inverno. Danos - A infestação no campo tem início na floração das plantas, mas os percevejos preferem se alimentar nas espiguetas que se encontram na fase leitosa, o que provoca perda qualitativa e quantitativa. Ataques severos resultam na formação de sementes com manchas no endosperma, menor massa e reduzido poder germinativo. Os grãos atacados (Figura 19) apresentam aparência “gessada”, de tamanho irregular e, geralmente, se quebram durante o beneficiamento. Além dos danos diretos, os percevejos- do-grão, ao se alimentarem nas espiguetas, também podem transmitir fungos causadores de manchas-de-grãos. Métodos de Controle - O monitoramento dos percevejos nas lavouras de terras altas deve ser feito a partir da floração até o amadurecimento das panículas. As amostragens devem ser realizadas no período da manhã, até às 10 horas, iniciando nas margens da lavoura e nas partes onde as plantas estiverem mais vigorosas. Por meio de uma rede entomológica, deve-se caminhar ao acaso no campo, retirar uma amostra de dez redadas em cada ponto de amostragem e contar os percevejos capturados na rede. O
  • 10. controle químico é recomendado quando forem encontrados, em média, cinco percevejos adultos, por dez redadas, na fase leitosa, e dez percevejos adultos, a cada dez redadas, na fase de grão pastoso. Bicudo do Algodoeiro Nome Cientifico: Anthonomus grandis Biologia - O bicudo é um inseto da ordem Coleoptera, considerado um besouro, com tamanho entre 4 a 9 mm de comprimento. O tamanho diminuto do inseto favorece a proliferação pelo fato dos seus 3 primeiros estágios de desenvolvimento acontecerem no interior de estruturas de frutificação do algodão, como botões florais, flores e maçãs. Com isso, consegue se proteger do ataque de inimigos naturais, da aplicação de inseticidas e de condições ambientais adversas que interferem no desenvolvimento, como temperaturas extremas, abaixo de 4ºC ou acima de 35ºC, sendo que temperaturas médias de 25ºC e umidade relativa entre 60 e 98% são ideais. Outra característica muito importante desse inseto é a alta capacidade de reprodução, podendo ocorrer de 3 a 7 gerações num mesmo ciclo de produção de algodão, que normalmente possui entre 150 e 170 dias. As fêmeas são atraídas pelo feromônio dos machos e a oviposição ocorre após 3 a 5 dias da cópula. Os ovos medem 0,8 mm de comprimento e tem coloração branco-brilhante, são depositados em orifícios da base do botão floral e cobertos por uma substância cerosa que os protege da desidratação e do ataque de predadores naturais. Eclodem após 3 ou 4 dias, e as larvas iniciam o ataque ao botão floral se alimentando do seu interior até evoluírem para a fase de pupa e posteriormente para a forma adulta. Os danos ocasionados nas estruturas do botão floral impedem a abertura das maçãs, danificam as fibras, provocam o amarelecimento das brácteas e queda do fruto, ou seja, queda da maçã. Lagarta da Maçã Nome Cientifico: Heliothis virescens Biologia - As lagartas recém eclodidas alimentam-se de tecidos novos, folhas ou botões florais, neste estágio atacam as maçãs, destruindo uma ou mais lojas, atingindo também as sementes. Finda a fase larval, transformam-se em pupas, no solo, originando os adultos.
  • 11. Danos - As lagartas se movimentam em sentido descendente das plantas, danificando os botões florais e flores a partir do ponteiro, atingindo posteriormente maçãs pequenas e grandes existentes nos estratos inferiores. Uma lagarta poderá destruir 06 botões florais e uma maçã provocando orifícios nos botões que abrem as brácteas e caem. Nos últimos ínstares as lagartas atacam maçãs, devorando o conteúdo das mesmas. Os orifícios expostos favorecem a penetração de microrganismos, causando o apodrecimento das maçãs. Métodos de Controle – Controle Biologico: Parasitóides – Trichogramma spp. parasitando ovos de H. virescens. Lagarta do Maracujazeiro Nome Cientifico: Dione juno juno Biologia - A borboleta possui coloração laranja-avermelhada, com manchas e venação das asas pretas e envergadura das asas em torno de 60 a 75 mm . O ovo tem comprimento em torno de 1 mm, sendo amarelado quando recentemente posto, com formato alongado, afilando-se para a extremidade distal. A fêmea coloca os ovos isoladamente sobre as folhas ou caules da planta, sendo constatados até nos tutores de bambu e sobre os fios usados para a condução do maracujazeiro Danos - A largata alimenta-se de folhas e ramos, chegando a danificar os ramos ponteiros e consequentemente atrasando seu desenvolvimento vegetativo, ficando com menor vigor em relação as plantas não-par. Em plantas adultas e vigorosas a importância da lagarta vai depender do grau de infestação. Em ataques intensos, as lagartas devoram as folhas, causando um desfolhamento completo da plata. A maior incidência destas pragas ocorre no período seco do ano, de abril a agosto. Métodos de Controle - Em culturas pequenas, recomenda-se a catação manual dos ovos ou lagartinhas, já que ficam agrupadas. Em culturas extensivas recomenda-se a aplicação de inseticidas fosforados registrados para a cultura, que sejam seletivos aos inimigos naturais e aos polinizadores. Estes produtos devem ter ação de contato e curto poder residual, em função do longo período de colheita da cultura do maracujá. Como a cultura é altamente dependente do polinizador, representados principalmente pelas mamangavas (Xylocopaspp.), aconselha-se dfetuar as aplicações dos inseticidas antes da abertura das flores, que ocorre a partir do meio-dia.
  • 12. A utilização do Bacillus thuringiensis e o Baculovirus (NPV) específico, quando bem aplicados, tem-se mostrado eficiência no controle da praga. Caruncho Nome Cientifico: Sitophilus zeamais Biologia - Adultos são cerca de 3-5mm de comprimento com bocais alongados e aparelho bucal de mastigação. Dependendo dos grãos de cereais, os tamanhos variam. Em pequenos grãos, tais como milheto ou milho sorgo, eles são de tamanho pequeno, mas são maiores no milho. Os adultos são de cor castanha-avermelhada sem marcas distintivas. Os adultos não são capazes de voar. As larvas não têm pernas, são corcundas e brancas com cabeça bronzeada. No estágio de pupa, têm focinhos como os adultos. As fêmeas põem entre 36 e 254 ovos. Danos - Normalmente, um ovo é depositado dentro de cada grão. Todas as fases de larva e pupa ocorrem dentro do grão. As larvas alimentam-se do interior do grão até à pupação, após a qual abrem um buraco e emergem. Métodos de Controle Controle químico: aos inseticidas organosintéticos para o manejo da praga. A Fumigação ou expurgo é uma técnica empregada para eliminar qualquer infestação de praga em grãos mediante uso de gás tóxico. Deve ser realizada sempre que houver infestação, seja no produto recém colhido ou mesmo após o período de armazenamento em que haja ataque no armazém. Gafanhoto Biologia - A grande maioria dos gafanhotos são polífagos. Muitos alimentam-se a partir de várias plantas hospedeiras durante um dia, enquanto outros preferem alimentar- se na mesma planta hospedeira. Apresentam antenas muito mais curtas que o corpo, três pares de patas ligadas ao abdome, sendo o último par de patas posterior muito musculoso e adaptado ao salto. As asas estão presentes aos pares e o primeiro par de asas é do tipo tegmina (igual das baratas) e o segundo par é do tipo membranoso. Apresentam um par de órgãos auditivos localizados nos lados do primeiro segmento abdominal.
  • 13. Danos- - Esta praga remove grandes quantidades de área foliar, deixando as plantas completamente desfolhadas. Métodos de Controle – Controle Biologico: Com fungos de várias espécies tem sido testados para controlar essa espécie, como Metharizum anipolidae, Beauveria bassiana, e o que vem apresentando melhores resultados é o Methairum flavoride. Lagarta-do-Cartucho Nome cientifico: Spodoptera frugiperda Biologia - A mariposa fêmea, de coloração geral acinzentada, com cerca de 25 mm de envergadura, coloca seus ovos em massa, em média cerca de cem a cada vez. Em temperaturas ao redor de 25oC, ocorre a eclosão das lagartas em três dias. Os insetos recém-nascidos geralmente permanecem juntos nas primeiras horas de vida, iniciando sua alimentação pela casca dos próprios ovos. Danos - no início do ataque, as lagartas raspam as folhas deixando áreas transparentes. Com o seu desenvolvimento, a lagarta localiza-se no cartucho da planta destruindo-o. Métodos de controle – Controle Biológico: o predador Doru luteipes e os parasitóides Trichogramma spp., Telenomus sp., Chelonus insularis e Campoletis flavicincta, são importante agentes de controle biológico dessa praga. Várias doenças também atacam a lagarta, como os fungos Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera; virus, Baculovirus; bactérias, Bacillus thuringiensis e outros agentes de menor importância como nematóides e protozoários.
  • 14. REFERENCIAS BLIBLIOGRAFICAS FREIRE, E.C Algodão no Cerrado do Brasil, 3o Edição revisada e ampliada, ed. Editora Positiva Brasília – DF, 2015. http://www.den.ufla.br/attachments/article/75/ApostilaCB%20(final).pdf https://www.embrapa.br/documents/1355054/1527012/4a+- +Guia+para+o+reconhecimento+de+inimigos+naturais+de+pragas+agr%C3%ADcolas. pdf/a6d5b61d-9e03-4331-9db9-3d3d1fbcaa8e https://www.embrapa.br/documents/1344498/2767789/controle-biologico-e-o-manejo- de-pragas-do-algodoeiro.pdf/62c54c53-3b8f-4b4c-9e01-84ce0413d758 http://www.revistacampoenegocios.com.br/cresce-o-uso-de-inseticidas-biologicos-na- agricultura/ http://www.insetario.uem.br/colecao/pragas/coleoptera/chrysomelidae/diabrotica_specio sa.htm http://www.percevejos.com.br/?page_id=91 http://www.sementesagroceres.com.br/pages/BaixarArquivo.aspx?i=manualPragas.pdf &t=pdf http://www.agrolink.com.br/downloads/manual%20de%20pragas%20do%20milho.pdf http://pragasarroz.xpg.uol.com.br/ArrozPGrao.htm