[1] O documento apresenta conceitos básicos sobre infecção hospitalar, classificação, modos de transmissão e programas de controle de infecção hospitalar. [2] É descrito os tipos de precauções e isolamentos utilizados para prevenir a disseminação de agentes infecciosos, incluindo precauções padrão, de contato, respiratórias para gotículas e aerossóis. [3] São apresentadas recomendações sobre o uso correto de equipamentos de proteção individual como luvas, máscaras, a
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalarGrupo Ivan Ervilha
Aula do curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar - Hospital Santa Rita - 2013
Professora: Dra Elisa Caroline Assad
Especialista em Infectologia
Mestre em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical pela UFMG.
Organização: PCare - Fisioterapeutas Associados e Grupo Ivan Ervilha
Saiba Mais em www.grupoivanervilha.com.br
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalarGrupo Ivan Ervilha
Aula do curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar - Hospital Santa Rita - 2013
Professora: Dra Elisa Caroline Assad
Especialista em Infectologia
Mestre em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical pela UFMG.
Organização: PCare - Fisioterapeutas Associados e Grupo Ivan Ervilha
Saiba Mais em www.grupoivanervilha.com.br
Prevenção e controle de infecções- Tópico 9_Guia curricular da OMSProqualis
Objetivos pedagógicos:
* Demonstrar os efeitos devastadores de uma inadequada realização de prevenção & controle de infecção;
* Mostrar aos estudantes como eles, enquanto membros de uma equipe de saúde, podem ajudar a minimizar os riscos de contaminação & infecção para melhoria da
segurança do paciente
A infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa que o indivíduo adquire após a sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. A legislação nacional prevê que os hospitais devem desenvolver programas de prevenção e controle de infecções hospitalares, que representam grandes riscos para os pacientes. As Comissões de Controle de Infecções Hospitalares devem ser compostas por membros consultores e executores, sendo esses últimos representantes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e responsáveis pela operacionalização das ações programadas do controle de infecção hospitalar.
Prevenção e controle de infecções- Tópico 9_Guia curricular da OMSProqualis
Objetivos pedagógicos:
* Demonstrar os efeitos devastadores de uma inadequada realização de prevenção & controle de infecção;
* Mostrar aos estudantes como eles, enquanto membros de uma equipe de saúde, podem ajudar a minimizar os riscos de contaminação & infecção para melhoria da
segurança do paciente
A infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa que o indivíduo adquire após a sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. A legislação nacional prevê que os hospitais devem desenvolver programas de prevenção e controle de infecções hospitalares, que representam grandes riscos para os pacientes. As Comissões de Controle de Infecções Hospitalares devem ser compostas por membros consultores e executores, sendo esses últimos representantes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e responsáveis pela operacionalização das ações programadas do controle de infecção hospitalar.
Speaking at the 2015 CCIH Annual Conference, Adrian Kerrigan, Senior Vice President, Partnerships for Catholic Medical Mission Board explores the organizations partnerships with local communities and governments to improve health and well-being and examines what makes a partnership successful.
2. Conceitos Básicos no Controle de
Infecção Hospitalar
Infecção Hospitalar: Infecção adquirida dentro do ambiente
hospitalar
e que se manifestam 48h após a admissão do paciente no hospital.
Trabalhadores da área de saúde e visitantes
Doenças adquiridas na comunidade podem manifestar-se após a
internação hospitalar. Ex: varicela
Paciente que recebe sangue em um hospital e 06 meses depois
apresenta hepatite por vírus B – Infecção Hospitalar
Infecção do sítio cirúrgico (até 30 dias após o ato cirúrgico ou até 01 ano
após colocação da prótese), detectada após a alta hospitalar
Infecção Associada à Assistência à saúde:
Home care; Hemodiálise; assistência domiciliar
3. Classificação das IH ( Modo de aquisição)
Exógenas: Adquiridas a partir de microrganismos
externos ao paciente. Geralmente responsáveis por
surtos. Ex: instrumentos contaminados,
inoculação através de cateteres pelas mãos dos
profissionais de saúde; lotes de medicamentos ou
soros contaminados.
Endógenas: Causadas por microrganismos que já
colonizam previamente o paciente (flora própria).
São mais graves e de controle e prevenção mais
difíceis. Fatores de riscos.
4. Modos de Transmissão dos Microrganismos:
1. Contato direto: Contato direto entre pessoas. Ex: escabiose
2. Contato indireto: Objetos ou mãos de profissionais de saúde.
3. Fonte Comum: Objeto, produto ou medicamento contaminado
que é utilizado por um ou mais pacientes. Responsável por surtos.
4. Gotículas: Produção de gotículas por um paciente, que atingem
outro paciente. As gotículas têm alcance de 01 metro. Ex: IVAS
5. Aerossóis: Eliminação de gotículas, que após o ressecamento, se
transformam em núcleos de gotículas com dimensão menor que 5
micras. Ex: TB; sarampo; varicela
6. Vetores: Raro. Ex: aquisição hospitalar da dengue.
5. Programa de controle de Infecção
Hospitalar
CCIH
Regulamentação: 1983/1992 ( portaria MS: 196/83; 930/92)
Lei 9431 de 1997: Obrigatoriedade da existência de Programa de Controle
de Infecção Hospitalar em todos os hospitais do pais.
Constituição da CCIH para executar as ações do programa
Conceito: Conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente
com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das
infecções hospitalares.
Único para cada instituição, baseado nas particularidades da mesma.
Participação em processos de compras de artigos de impacto sobre as IH;
Planejamento de obras; Política de proteção do trabalhador(medicina do
trabalho).
6. CCIH
Escrever um PCIH que deve ser atualizado periodicamente
(anualmente) e que contém as metas que o serviço tem
para a instituição com respeito ao controle das IH.
PCIH devem constar o tipo de trabalho a ser
desenvolvido, parcerias a serem estabelecidas e o que se
pretende atingir (metas) com os trabalhos desenvolvidos.
A tarefa de reduzir a incidência e a gravidade das IH deve
ser uma meta abrangente a todo hospital, com a
participação de seus colaboradores, usuários e voluntários.
NÃO HÁ PCIH EFICAZ SEM A INTEGRAÇÃO DOS
DIVERSOS SERVIÇOS DA INSTITUIÇÃO
7. Precauções e Isolamentos
Cadeia Epidemiológica de Transmissão de Microrganismos:
Agente Infeccioso Fonte
Hospedeiro
susceptível Porta de
saída
Porta de Forma de
entrada transmissão
8. Agente Infeccioso: bactérias, fungos, parasitas, vírus, protozoários.
Fonte: Local (reservatório)onde o agente infeccioso se encontra.
Pessoas, água, soluções, medicamentos, equipamentos
Porta de Saída: Via pela qual o agente infeccioso deixa a fonte ou
reservatório humano. Excreções, secreções, gotículas, outros fluidos
Formas de Transmissão: Forma pela qual o agente infeccioso
atinge um hospedeiro susceptível. Contato (direto e indireto),
gotículas, aérea
Porta de Entrada: Via pela qual o agente infeccioso atinge o
hospedeiro susceptível. TGI; TGU; Trato respiratório; pele não íntegra;
mucosas
Hospedeiro Susceptível: Pessoa que com 01 ou mais mecanismos
de defesa comprometidos (pacientes ou PS). Imunossuprimidos,
idosos, RN, queimados, cirúrgicos.
9. Quebra dos elos da cadeia epidemiológica de transmissão de
microrganismos:
Identificação rápida do microrganismo; Tratamento
Agente
antimicrobiano adequado; descontaminação seletiva
infeccioso
Boas condições de saúde e higiene pessoal; Limpeza
Fonte
ambiental; desinfecção, esterilização, preparo e
administração adequada de medicamentos
Porta de
saída Uso adequado de EPI, Descarte adequado de
resíduos, Contenção das secreções e excreções.
10. Forma de
transmissão Higiene das mãos, Sistema especial de ventilação de ar,
precauções específicas, cuidado no preparo e manuseio de alimentos, desinfecção/
esterilização
Porta de
Entrada Higiene das mãos, técnicas assépticas, cuidado com
feridas, cuidado com dispositivos invasivos
Hospedeiro
susceptível
Tratamento das doenças de base, reconhecer os
pacientes de risco
11. Precauções e Isolamentos
Medidas técnicas estabelecidas com o intuito de impedir a
disseminação de agentes infecciosos de um paciente a
outro, pacientes a funcionários, a visitantes e ao meio
ambiente
Pacientes hospitalizados são considerados fontes potenciais de
patógenos veiculados pelo sangue, líquidos corporais e vias
respiratórias
Todo profissional de saúde deve evitar contato com
sangue, líquidos corporais, mucosas, pele não íntegra e
também com secreções respiratórias
12. Barreiras de proteção
Lavagem das mãos:
Proteção individual e coletiva
Antes e depois de: realização do turno de trabalho diário; atos e funções
fisiológicas normais; contato com doentes; após contato com sangue ou
líquidos corporais (mesmo não havendo evidência de contaminação);
ministrar medicamentos por via oral e parenteral; manusear materiais e
equipamentos hospitalares; uso de luvas
Preferencial: lavatório com torneira acionada com o pé
Na falta: fechar a torneira manualmente com o papel toalha que foi
utilizado na secagem das mãos
Usar preferencialmente sabão
Álcool: pode ser usado na ausência de sujidade visível
13. • Uso de luvas não estéreis
Possibilidade de contato direto ou indireto com sangue ou outros fluidos
corporais, membranas mucosas, pele não íntegra, pele intacta
potencialmente contaminada e na realização de venopunção.
Trocadas após o atendimento de cada paciente e as mãos lavadas antes de
colocá-las e retirá-las
Não substitui a lavagem das mãos
14. Máscaras:
Respingos de sangue ou líquidos corporais na face
Proteção contra infecções que possam ser transmitidas por via respiratória
(gotículas e aerossóis)
Uso pessoal e único
Não pode ficar dependurada no pescoço
Cobrir a boca e o nariz e desprezar em local apropriado, quando
descartável
N95 ou PFF2 pode ser usada por períodos mais longos
Perdem a eficácia quando umedecidas
15. Avental:
Proteger a pele e prevenir a contaminação ou sujidade da roupa sempre
que houver risco de contato com sangue, fluidos corporais, secreções e/ou
excreções
Retirar o avental e higienizar as mãos antes de deixar o ambiente próximo
ao paciente
Não reutilizar avental, mesmo no contato com o mesmo paciente
Avental plástico impermeável: grande quantidade de secreções ou
sangue, principalmente em procedimentos cirúrgicos. Deve ser estéril e
pode ser usado por cima de outro avental
16. Calçados fechados:
Proteger os pés contra respingos de secreções e produtos
Atenuar e amortecer possíveis traumas ou acidentes com material
contaminado, inclusive perfurocortantes
• Óculos de proteção e protetor facial:
Todos os procedimentos que apresentem risco de respingos de sangue ou
líquidos corporais na face.
17. Recomendações específicas
• Agulhas e instrumentos cortantes:
Não de devem ser reencapadas, entortadas e nem quebradas com as mãos
Devem ser desprezadas em recipientes próprio e resistentes
• Envio de amostras ao laboratório:
As amostras de sangue e líquidos corporais devem ser enviadas dentro de
saco plástico transparente e manuseadas com luvas
• Profissionais de saúde com lesões exsudativas ou
dermatite: Devem evitar contato com os pacientes bem como o
manuseio de instrumentos
• EPI: Contato com sangue e líquidos corpóreos e remover antes de sair do
quarto ou box.
18. Precauções/Isolamentos
Precauções Padrão: Indicadas a todos os pacientes quando previsto o
contato com sangue e todos os líquidos, secreções ou excreções corporais,
pele não íntegra ou mucosa.
Lavar as mãos antes e após tocar o paciente ou objeto potencialmente
contaminado
Usar luvas não estéreis para o manuseio de material não infectante e a
higienização do paciente
Usar avental não estéril para o manuseio de material não infectante e a
higienização do paciente
Usar máscara, óculos e protetor facial (respingo de sangue ou outros
líquidos corpóreos na face)
19. Manusear com cuidado os artigos sujos de sangue ou outro fluido
corpóreo para evitar a disseminação
Cuidado com o transporte de material perfurocortante: conduzido
preferencialmente em bandejas, para prevenir acidentes e a transferência
de microrganismos para o ambiente ou para outro paciente
Etiqueta de tosse
20.
21. Precauções de contato: Indicados para pacientes que possam ser
colonizados ou infectados por microrganismos epidemiologicamente
importantes, passíveis de transmissão por contato direto ou indireto
(superfícies).
Quarto privativo individual ou com pacientes que apresentem a mesma
doença ou o mesmo microrganismo (coorte)
Utilizar luvas na realização de qualquer procedimento que exija contato
direto e indireto com o paciente, desprezando-as ao concluir a assistência
Usar avental limpo não estéril, se previsto contato direto com o paciente
ou com equipamentos / superfícies potencialmente contaminadas
Restringir a movimentação e o transporte do paciente
Sempre que possível, usar para um único paciente materiais não críticos
(estetoscópio, aparelho de pressão, criado-mudo) ao lado do paciente.
Caso não seja possível proceder a adequada desinfecção do material antes
de usar em outro paciente
22. Manter recomendações de precauções padrão
Fazer limpeza e desinfecção dos equipamentos utilizados no transporte do
paciente após o uso
Restringir e orientar visitas
23. Precauções Respiratórias para Gotículas: Indicada nos casos de
infecções causadas por microrganismos transmitidos por gotículas
liberadas na tosse, espirros, escarros.
Usar quarto privativo, de preferência, mantendo a porta fechada ou coorte
Usar máscara comum (tipo cirúrgica) para todas as pessoas que entrar no
quarto, incluindo as visitas, e orientá-las a desprezar a máscara ao sair do
quarto
Utilizar avental para o manuseio do paciente
Manter recomendações de precauções padrão
Reduzir movimentação e transporte do paciente e orientá-lo a usar
máscara comum quando precisar sair do quarto
Realizar a troca da paramentação e higiene das mãos entre o atendimento
de diferentes pacientes
24.
25. Precauções Respiratórias para Aerossóis: Indicada para pacientes
suspeitos ou com infecção por microrganismos transmitidos por aerossóis,
ou seja, por partículas iguais ou menores que 5 mícrons, que permanecem
suspensos no ar e podem ser dispersadas a longa distância
Usar quarto privativo, mantendo a porta fechada e com pressão negativa
em relação às áreas vizinhas
Utilizar máscara N95 (capacidade de filtragem para 95% das partículas com
diâmetro igual ou superior a 0,3 mícrons e 99% das bactérias)
Profissionais não imunes (sarampo; varicela) não devem entrar no quarto
Limitar ao máximo a movimentação e o transporte do paciente, mas se
necessário, ele deve utilizar máscara comum
Manter recomendações de precauções padrão
Sarampo, Varicela, TB Pulmonar ou laríngea
26.
27. Ambiente Protetor: Destinado a pacientes de alto risco (transplante de
medula óssea), com o objetivo de impedir a aquisição de infecções
fúngicas do ambiente.
Quarto com pressão positiva em relação aos corredores e filtragem
entrante com filtro HEPA
Quartos bem lacrados
Utilizar superfícies lisas e laváveis
Proibir flores e vasos dentro dos quartos
Evitar uso de carpetes e tapetes
Transporte limitado. Quando houver necessidade utilizar máscara N95 para
o paciente, principalmente quando houver reforma ou construção
Reforçar as práticas de precauções padrão