O documento discute os perigos da reutilização doméstica de embalagens de produtos químicos, notando que sua reutilização pode trazer consequências para a saúde das pessoas. Ele revisa literatura sobre os riscos à saúde humana dessa prática e a falta de informações sobre esses riscos. Além disso, destaca a importância da fiscalização e orientação para evitar contaminações.

1. PERIGOS DA REUTILIZAÇÃO DOMÉSTICA DE EMBALAGENS DE PRODUTOS QUIMICOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
CURSO DE NUTRIÇÃO
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS – TRANSVERSAL
Turma: Nutrição - 5º período Noturno
INTRODUÇÃO
A intoxicação é problema que causa preocupação a
Saúde Pública, segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS,2004). A princípio a reutilização de embalagens de
produtos químicos é um perigo para o ser humano, pois
todo e qualquer vasilhame tem suas advertências indicando
sobre os riscos e pouco se leva em consideração, uma
simples lata de tinta, até uma ‘bombona’, qualquer
recipiente anteriormente usado para armazenamento de
substâncias químicas deve ter a reutilização evitada
(BRASIL,2018).
De acordo com a NBR-10004 resíduos perigosos são
aqueles que apresentam substancial periculosidade real ou
potencial à saúde humana ou aos organismos vivos e que se
caracterizam pela letalidade, não degrabilidade e pelos
efeitos cumulativos diversos, ou ainda, por uma das
características seguintes: inflamabilidade; reatividade;
corrosidade; e/ou toxidade (ABNT, 2004).
Da mesma maneira a NBR 9198 conceitua
embalagem como um elemento ou conjunto de elementos a
envolver, conter e proteger produtos durante sua
movimentação, transporte, armazenamento,
comercialização e consumo, bem como, quando requerido,
transmitir as informações necessárias sobre seu conteúdo
nacional (NBR 9198, 2010, apud VIEIRA, 2018, p. 21).
Dessa forma, têm-se as embalagens de produtos
químicos que com sua reutilização em ambientes
domésticos podem trazer consequências para a saúde das
pessoas.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
C ONCLUSÃO
O uso inadequado das embalagens de produtos
químicos a partir da sua reutilização e a falta de
informações quanto aos possíveis danos advindos dessa
prática, podem gerar sérios problemas de Saúde Pública.
Além disso, a fiscalização e orientação seriam de suma
importância para evitar eventuais tipos de contaminação ao
ser humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA/RDC 10/2008; ANVISA/RDC 34/2009;
ANVISA/RDC 28/2010; ANVISA/RDC 37/2010;
ANVISA/RDC 01/2011.
GAZZI, T.; SECCO, P. E. (coord.) O que fazer com as
embalagens dos agrotóxicos. São Paulo: Projeto 3, 2002.
Acesso em: março 2023
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR
GOMES DA SILVA. Exposição no trabalho e no meio
ambiente. Agrotóxico. Rio de Janeiro: INCA, 2021.
INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE
EMBALAGENS DE AGROTOXICOS VAZIAS - INPEV.
Relatório anual 2006, 2006. p 3-121. Acesso em: Março de
2023.
MONTORO, A.E.P.; CASTELLO BRANCO, A. Perfil de
produtores rurais quanto ao uso de defensivos agrícolas no
interior do estado de São paulo. In: Congresso Brasileiro
de Gestão Ambiental, IV, 2013, Salvador/BA. Anais. Ibeas,
Salvador. Acesso em:. Março 2023.
PELISSARI, Adelino et al. Tríplice lavagem e destinação
das embalagens de defensivos agrícolas: Programa Terra
Limpa. Londrina: SEAB/ANDEF, 1999. Acesso em:. Março
2023.
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE. Os riscos à saúde
humana, na reutilização de recipiente de produto químico
2018. (https://www.feiradesantana.ba.gov.br). Acesso
em:. Março 2023.
SILVA, R. F. et. al. Destinação final de embalagens vazias
de agrotóxicos: estudo de caso na microbacia do Córrego
Cabeceira do Jacutinga – Caratinga/MG. 2016. Acesso
em:. Março 2023
FONTE: https://feiradesantana.ba.gov.br/imagens/noticias/1232018121738.jpg
Foram buscados artigos e livros que abordam a
questão. Nesta pesquisa bibliográfica, algumas escolhas e
critérios foram elaborados para orientar o levantamento dos
trabalhos e, não obstante, garantir o rigor metodológico.
Foram excluídos todos os estudos repetidos, os não
encontrados na íntegra e os que não se enquadravam nos
critérios básicos de inclusão na pesquisa, ou seja, estar em
formato de artigo, na língua portuguesa e dentro do período
de publicação.
Para critérios de inclusão foram utilizados referencias
entre 1999 a 2023, através fontes e artigos com periódicos,
sites e artigos acadêmicos que se enquadrem ao tema
proposto, com objetivo de proporcionar uma melhor
compreensão do estudo realizado.
OBJETIVO GERAL
O objetivo do presente trabalho é verificar o perigo da
reutilização doméstica de embalagens de produtos
químicos .
Fonte: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, 2019.
https://www.feiradesantana.ba.gov.br/fts_secom/fts/images/Sergio%20Aras.jpeg
Trata-se de revisão bibliográfica, utilizando fontes
secundárias, a partir de dados foram coletados em sites
especializados, tais como Scielo, Google, Pubmed e
periódicos capes.
Os resultados obtidos através da pesquisa realizada
mostram que de acordo com orientação federal, o agricultor
pode armazenar embalagens vazias lavadas e furadas por
até um ano na propriedade (MAPA,2023). Conforme
Montoro e Castelo Branco, (2013), o revendedor de
agrotóxicos tem obrigação de indicar postos de
recolhimento na própria nota fiscal. Cabe ao fabricante
recolher estas embalagens no posto de recolhimento e dar a
destinação final correta ao material.
Além disso, algumas pessoas reutilizam embalagens
para armazenar alimentos e ração de animais (INPEV,
2006), aumentando o perigo para sua saúde e familiares.
Segundo uma pesquisa realizada por Silva et al., (2016), os
entrevistados relataram utilizar as embalagens de
agrotóxicos para outras finalidades, como o armazenamento
de combustível e transporte de água. Para Rocha e Oliveira,
(2016), foi avaliada a percepção dos riscos relacionados ao
uso de agroquímicos, grupo de substâncias químicas
perigosas largamente utilizadas nas atividades agrícolas, à
saúde humana e ao meio ambiente. Vale ressaltar que, a
maiorias dessas substâncias perigosas são cancerígenas ou
suspeitas (WHO, 2014).
O uso inadequado das embalagens de produtos
químicos a partir da sua reutilização e a falta de
informações quanto aos possíveis danos advindos dessa
prática, podem gerar sérios problemas de Saúde Pública.
Além disso, a fiscalização e orientação seriam de suma
importância para evitar eventuais tipos de contaminação ao
ser humano.