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ANALISE DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARTICULADOS EM UMA
EMPRESA DE FORRO DE PVC
Camila Albuquerque; Eduardo Lucas Gontijo Cesário2
; Elizangela Maria de Queiroga3
;
Gabriela Almeida4
; Lidiane Prado5
; Mayra Trevizoli6
; Pedro Henrique Cardoso7
; Pedro
Henrique Navarro8
; Viviane Coelho Ferreira9
RESUMO:
ABSTRACT:
____________________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
As duas últimas décadas foram palco de alertas cada vez
mais contundentes da comunidade científica internacional a
respeito dos riscos que a intensificação das atividades
humanas vêm oferecendo ao planeta. Tais atividades,
apoiadas no binômio produção-consumo, têm como
consequências, de um lado a devastação incontrolada dos
recursos naturais e, de outro, a contaminação da atmosfera,
das águas e do solo com todos os tipos de resíduos,
resultantes da produção ou do consumo. A escalada da
contaminação passa a exigir esforços crescentes dos
governos, das empresas e da sociedade como um todo,
para o manejo dos crescentes volumes e da grande
variedade de resíduos gerados (NETO, 2010).
Conforme Radonjic (2007), a capacidade de algumas
empresas em explorar a questão ambiental como uma
vantagem competitiva mudou a prevenção da poluição, que
passou a ser uma oportunidade de melhorar o desempenho
do processo de produção.
A atividade industrial, por muito tempo, vista como
impactante começa a despontar para um cenário de
alternativas racionais de gestão, em que a variável
ambiental insere-se sem, contudo, frear o seu
desenvolvimento e sua própria sustentabilidade
(MERCADO, 2005; PIMENTA, 2007).
É do senso comum que os plásticos são responsáveis
por inúmeros problemas ambientais, correspondendo
a uma grande percentagem dos resíduos que são
depositados, diariamente, em aterro sanitário (Dias, S.
et al. 2006). O fato de apresentarem baixa taxa de
biodegradabilidade contribui para consequências
nefastas na sua eliminação final (Mancini, S. et al.
1998). Se pensarmos na sua origem, a indústria
petroquímica, não é apenas a sua deposição final que
origina problemas no que concerne à proteção
ambiental.
Dentro dos materiais poliméricos, destaca-se o PVC
(Policloreto de Vinila), por ser o que apresenta maior
risco para o ambiente, principalmente durante a sua
reciclagem. Alguns dos contaminantes que mais
preocupam na atualidade são libertados durante a
produção e deposição final de PVC ou de resíduos
com PVC na sua composição (Greenpeace, 1997).
A reparação do dano, na maioria dos casos, é muito mais
complicada tecnicamente e envolve muito mais recursos
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
financeiros do que a prevenção, isto é, do que os
investimentos técnico-financeiros na gestão adequada de
resíduos (FIRJAN, 2006). Mas para prevenir é necessário
identificar onde estão os impactos das atividades. É nessa
conjuntura que entram as ferramentas de avaliação de
impacto ambiental.
Avaliar os aspectos e impactos ambientais visa
principalmente identificar as ações humanas e as
decorrentes consequências. A avaliação e
hierarquização destas ações gerarão subsídios para a
definição e elaboração de programas e projetos,
focando as ações que precisam ser monitoradas,
mitigadas e ou evitadas. (SCHNEIDER, 2011).
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar maneiras de redução dos resíduos
particulados oriundos do processo de fabricação de
forros de PVC de uma determinada empresa, para
obter uma melhoria na qualidade de trabalho.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Os objetivos específicos são:
• Descrever o processo produtivo da empresa;
• Identificar um impacto para propor melhoria;
• Analisar as possíveis melhorias;
• Estudar formas de melhoria do impacto;
• Apontar soluções para a melhoria do
problema.
3 METODOLOGIA
A metodologia usada neste trabalho é o estudo de
caso, que permite o amplo e detalhado conhecimento
do assunto tratado (YIN, 2001). O estudo de caso
possui uma metodologia de pesquisa classificada
como Aplicada, na qual se busca a aplicação prática
de conhecimentos para a solução de problemas
sociais (BOAVENTURA, 2004). Gil (2008)
complementa afirmando que as pesquisas com esse
tipo de natureza estão voltadas mais para a aplicação
imediata de conhecimentos em uma realidade
circunstancial, relevando o desenvolvimento de
teorias.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 INDÚSTRIA DE PLÁSTICO
A indústria de transformação de materiais
plásticos é composta por empresas que utilizam
principalmente resinas plásticas como suas matérias-
primas e fabricam produtos semiacabados ou
acabados de diferentes formatos, cores e finalidades,
para um amplo número de mercados de indústrias e
de consumo, tais como: agrícola, alimentício,
automobilístico, cosméticos, construção civil,
eletroeletrônico, embalagens, farmacêutico e médico-
hospitalar. (BNDES, 2010).
O nome “plástico” é originário da palavra
grega plassein, que exprime a característica de
moldabilidade, ou de mudança de forma física, desse
tipo de material. Esse nome foi adotado para
identificar os materiais que podiam ser moldados ao
serem submetidos a alterações de condições de
pressão, calor ou por reações químicas (BNDES,
2010).
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
3
O primeiro plástico, a baquelite, um polímero
sintético, foi obtido em 1909, por Leo Baekeland, por
meio da reação entre o fenol e o formaldeído.
Encontraram-se rapidamente diversas aplicações
industriais para a baquelite em função de suas
características de dureza e resistência ao calor e à
eletricidade (BNDES, 2010).
Embora os materiais plásticos já existam há
mais de cem anos, ainda são considerados modernos
ao se compararem a outros materiais. Ao longo dos
últimos anos, estiveram presentes em inúmeros
projetos inovadores, como nos campos aeroespacial,
da construção e automobilístico, destinados a:
redução de pesos, melhoria no desempenho
mecânico, no isolamento térmico etc. Portanto, esses
materiais são importantes para o desenvolvimento da
sociedade, ao viabilizar inovações destinadas à
melhoria da qualidade de vida das pessoas e da
eficiência na utilização de recursos naturais (BNDES,
2010).
A indústria de transformação de plásticos,
que também é chamada de terceira geração da
indústria petroquímica, está no centro de uma cadeia
industrial que se inicia com os processos de
exploração e produção de petróleo e gás,
principalmente, e integra fabricantes de equipamentos
de transformação, fabricantes de ferramentas de
moldagem e clientes de diferentes mercados,
estendendo-se até o consumidor final (BNDES, 2010).
Dois importantes setores para as empresas
transformadoras de plásticos são: o de fabricação de
equipamentos como injetoras, sopradoras e
extrusoras; e o de fabricação de moldes – ambas
importantes fontes de inovação e de ganhos de
produtividade para a indústria de transformação de
plásticos (BNDES, 2010).
Os produtos transformados podem ser
vendidos diretamente a clientes localizados em uma
ampla diversidade de indústrias, como: construção
civil, alimentos, bebidas, automóveis, autopeças,
papel, celulose e impressão, ou alcançar o
consumidor final, por meio de canais de distribuição
como o setor de varejo (BNDES, 2010).
Depois de sua utilização pelo consumidor
final, os materiais plásticos podem ser descartados em
aterros sanitários, constituírem-se em fonte de
energia, ou mesmo retornarem para o próprio
consumo dos processos de transformação, após uma
etapa de triagem e reciclagem. A reciclagem de
plásticos é uma atividade efetuada por empresas
recicladoras, que recuperam esses materiais por meio
de processos mecânicos como: separação, moagem,
lavagem, secagem, regranulação e composição,
produzindo materiais reciclados que podem ser
convertidos em novos produtos plásticos, muitas
vezes substituindo os plásticos produzidos pelas
empresas químicas, chamados de resinas virgens.
(BNDES, 2010).
Os produtos transformados plásticos
contribuem para uma significativa agregação de valor
na cadeia produtiva do petróleo. A comparação dos
preços do petróleo tipo Brent com os preços locais da
nafta, eteno e de uma cesta de commodities plásticas,
com os valores médios de transformados plásticos
comercializados no Brasil, permite observar essa
dimensão de adição de valor, como indicado no
Gráfico 1. Nele, observa-se que o produto
transformado plástico chega a apresentar um valor de
mercado cerca de sete vezes superior ao do petróleo.
(BNDES, 2010).
Figura 1: Evolução do valor na cadeia produtiva da
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
transformação de plásticos
Nota: Evolução de valor por kg (petróleo=100)
Fonte: Quimax Report e AliceWeb - http://www.bndes.gov.br
Embora o consumo per capita de produtos
plásticos no Brasil possa ser considerado modesto em
comparação ao consumo dos países desenvolvidos, já
que em 2005 o consumo local per capita era de cerca
de 25% do consumo per capita dos habitantes do
Nafta e da Europa, sua perspectiva de crescimento
entre 2005 e 2015, de 100%, é igualada apenas à dos
países da Europa Oriental, como indicado na Tabela
3. Porém, mesmo após esse crescimento ocorrer, o
consumo per capita brasileiro deverá alcançar apenas
33% do consumo nos países desenvolvidos. (BNDES,
2010).
Figura 2: Consumo per capita mundial de plásticos
(kg/habitante)
Fonte: Abiplast (2013) e Plastics Europe (2012)
No Brasil, a indústria de transformação de
plásticos compreende 11.690 empresas que
empregaram 348 mil trabalhadores diretos em 2012
[Abiplast 137 Química (2013)]. Essas empresas foram
responsáveis por vendas que totalizaram R$ 56
bilhões, correspondentes a um consumo aparente de
7,1 milhões de toneladas de transformados plásticos e
6,6 milhões de toneladas de resinas plásticas em 2012
no país [Abiplast (2013)].
4.1 O USO DO PVC
O PVC, Policloreto de Vinila, é um polímero não
integralmente originado do petróleo, que está entre os
três tipos de plástico mais produzidos no mundo. É
obtido através de uma combinação de cloro (57%) e
etileno (43%), e tem se mostrado muito atrativo por
ser reciclável, auto extinguível e possuir uma série de
aplicações (INSTITUTO DO PVC, 2008).
No seu estado original, o PVC é um pó
esbranquiçado, inodoro e quimicamente estável. Foi
descoberto em 1872, por Baumann, um cientista que
observou a formação de um pó branco ao expor um
gás, o Cloreto de Vinila à ação de raios solares
durante vários meses em recipiente fechado. Porém,
somente em 1931, na Alemanha, o interesse
comercial por este novo polímero surgiu e
consequentemente levou ao início de sua produção
industrial (INSTITUTO DO PVC, 2008).
Segundo ALMEIDA (2002), o uso de estabilizantes e
plastificantes (principalmente ftalatos) em quantidades
bastante elevadas constitui uma característica
específica da fabricação do PVC, em comparação
com outros tipos de plástico. Todos os outros tipos de
aditivos são igualmente utilizados, em graus variáveis,
nos outros materiais.
O PVC é um plástico largamente utilizado tanto na
área alimentícia e médica quanto na construção civil,
indústria automobilística, de revestimentos, calçados,
etc. Isto se deve às suas propriedades de
impermeabilidade, durabilidade e resistência, além de
ser um isolante térmico e acústico, que não corrói e
não propaga fogo, podendo ser produzido desde o
transparente até o opaco e de rígido a flexível
(INSTITUTO DO PVC, 2003).
Segundo BRASKEN (2002), a vida útil de grande parte
dos produtos de PVC é superior a 50 anos. Logo,
estima-se que o volume de resíduos de PVC cresça
em torno de 80% em 2020, já que a sua grande
utilização começou entre os anos 60 e 70. Estima-se
que somente 0,25% do suprimento mundial de gás e
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
5
petróleo são consumidos na produção do PVC. Esta é
uma das grandes vantagens do polímero em relação
aos outros plásticos.
4.2 OS RESIDUOS DO PVC
De acordo com Everard, Monaghan e Ray (2000), o
PVC é um material polêmico, muitas vezes defendido
e elogiado, outras vezes atacado e apontado como
vilão, principalmente pelo Greenpeace, que o
considera “inerentemente insustentável”.
Segundo o próprio Greenpeace (1997), o processo de
fabricação do PVC é uma ampla fonte de químicos
carcinogênicos, causadores de disfunções hormonais
e outros químicos tóxicos. A organização alega que
durante o ciclo de vida do produto são emitidas duas
famílias de químicos: as dioxinas e os ftalatos, embora
alerte ainda para outras emissões, como metais
pesados, organoclorados e furanos, presentes tanto
nas matérias-primas e intermediários quanto na
incineração. Estas substâncias são suspeitas de
causar graves problemas de saúde, em alguns casos
em doses extremamente baixas, incluindo: câncer,
disfunção do sistema endócrino, lesões no aparelho
reprodutivo, neurotoxicidade (lesões ao cérebro ou em
suas funções) e supressão do sistema
imunológico. Além disso, os plastificantes utilizados
na fabricação de PVC flexível, podem sofrer ações
biológicas e contaminar o meio ambiente,
especialmente a água, sendo suspeitos de produzirem
efeitos tóxicos na reprodução e disfunções hormonais.
De acordo com Blass (1985), o uso de estabilizantes a
base de chumbo e cádmio na produção de PVC, são
motivo de preocupação em relação aos resíduos
gerados, já que durante a incineração deste polímero
e de outros resíduos, o chumbo e o cádmio acabam,
praticamente na totalidade, nas cinzas residuais e nas
cinzas volantes das instalações de incineração.
Devido à elevada contaminação com metais pesados,
as cinzas volantes e os resíduos, que se encontram
geralmente misturados, têm de ser depositados em
aterros controlados. As cinzas residuais são
reutilizadas, ou depositadas em aterro. Por
conseguinte, uma dispersão de metais pesados no
ambiente não pode ser excluída, mesmo que pareça
improvável a curto prazo.
Os resíduos do PVC podem ser classificados em pré-
consumo ou pós-industriais, que provêm
principalmente de sobras e aparas do processo
industrial, e os pós-consumo, que são resíduos
provenientes do descarte de produtos pelos
consumidores O reaproveitamento de resíduos pós-
industriais em outros processos da linha de produção,
aliado a reciclagem pós-consumo, são alternativas
que contribuem de maneira significativa para a
solução do acúmulo do resíduo sólido urbano
(INSTITUTO DO PVC, 2008).
4.3 NORMA REGULAMENTADORA NBR- 25
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à
segurança e medicina do trabalho, são de
responsabilidade das empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos da administração direta e
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT. O não cumprimento das disposições legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
penalidades previstas na legislação pertinente.
Constitui ato faltoso a recusa injustificada do
empregado ao cumprimento de suas obrigações com
a segurança do trabalho.
O órgão responsável pela fiscalização ambiental é o
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
uso das atribuições que lhe confere a Lei Federal n o
6.938 (31/08/81), é o órgão competente para elaborar
as diretrizes técnicas para implementação da Política
Nacional de Meio Ambiente. Dependendo da
competência de cada caso, a fiscalização ambiental
ficará a cargo do IBAMA, Secretarias Estaduais de
Meio Ambiente e respectivos órgãos estaduais de
controle ambiental. O papel dos Auditores Fiscais do
Trabalho (AFTs) na fiscalização ambiental, embora
não seja da competência direta dos mesmos, a
fiscalização ambiental, eles podem denunciar a
empresa aos órgãos ambientais competentes caso
seja constatado visível descaso no gerenciamento de
resíduos industriais. A responsabilidade do
empregador com relação aos aspectos ambientais
está contida na Lei Federal no 9.605/98 introduz a
criminalidade da conduta do empregador e determina
as penas previstas para as condutas danosas ao
patrimônio ambiental. Vale ressaltar que cada Estado
possui um órgão ambiental competente para emitir
licença ambiental, realizar as fiscalizações, emitir
multa e, até mesmo, processar os empregadores que
desrespeitarem as leis ambientais vigentes.
É de extrema importância a aplicação das NR de
forma correta para a saúde e bem-estar do
empregador para com o trabalhador e para que o
serviço, independentemente de qual seja, venha ser
realizado com segurança. Algumas NR possuem
relações entre-se e é de extrema importância que
estas relações sejam levadas em consideração para a
correta aplicação de uma NR.
De acordo com o estudo em pauta pode-se destacar a
NR que possui grande significância dentro do assunto
abordado, que é a NR-25 – Resíduos Industriais, esta
NR estabelece todas as medidas preventivas a serem
observadas e tratadas pelas empresas sobre a
destinação correta final a ser dada aos resíduos
industriais resultantes dos ambientes de trabalho,
visando à prevenção da saúde e da integridade física
dos trabalhadores.
• Resíduos gasosos - Devem ser eliminados
dos locais de trabalho, as medidas de controle
devem ser submetidas à aprovação do MTE,
os parâmetros de emanações são os definidos
na NR-15 e o lançamento externo fica sujeito
as legislações competentes.
• Resíduos líquidos e sólido – Devem ser
tratados, dispostos e retirados dos limites da
indústria, a disposição nos recursos naturais
estarão sujeitas as legislações pertinentes, os
de alta toxicidade deverão ser dispostos com
o conhecimento das entidades competentes.
A definição de resíduos para fins de aplicação da NR
25, é risco à saúde, provocando ou acentuando, de
forma significativa, um aumento da mortalidade ou
incidência de doenças; Risco ao meio ambiente,
quando manuseado ou destinado de forma
inadequada.
Existe uma relação entre a NR 25 com a NR 6 - EPl,
NR 7 - PCMSO, NR 9 - PPRA e NR 15 - Atividades e
Operações Insalubres. A preocupação principal desta
NR é garantir a proteção dos trabalhadores sobre os
efeitos provocados pela exposição aos produtos
químicos e biológicos presentes nos resíduos
industriais e hospitalares tóxicos, dentro do campo da
higiene ocupacional. As demais NR e suas respectivas
pautas estão citadas abaixo.
• NR 6 – EPI - A NR 6 obriga as empresas a
fornecer aos empregados, gratuitamente, o
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
7
conservação e funcionamento.
• NR 7 – PCMSO - estabelece as necessidades
da realização do PCMSO – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional.
Através do PCMSO se realizam os controles
de saúde dos empregados, bem como o
monitoramento de eventuais exposições a
riscos ocupacionais, ou seja, controla-se e
previne-se o aparecimento de eventuais
doenças ocasionadas ou agravadas pelo
trabalho. Além disso, é possível monitorar
outras doenças, não relacionadas ao trabalho,
mas que podem ocasionar problemas quando
não controladas (diabetes, hipertensão, entre
outros). O PCMSO determinará, ainda, a
necessidade da realização de exames
médicos e laboratoriais e sua periodicidade,
bem como a realização de campanhas de
prevenção ou palestras de orientação sobre
determinados assuntos.
• NR 9 – PPRA - A Norma Regulamentadora 9,
também chamada de NR9, da Consolidação
das Leis Trabalhistas (CLT) tem relação direta
com o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais — PPRA. Isso porque é a NR9
que estabelece a obrigatoriedade do PPRA
para empresas que trabalham em atividades
consideradas de risco à saúde do funcionário.
Para uma empresa se enquadrar dentro das
diretrizes da NR9, a mesma deve antecipar,
reconhecer e adequar todos os possíveis
riscos ambientais do local de trabalho. Para
atender as regulamentações da NR9, a
empresa precisa implantar o PPRA no espaço
físico e também em todos os métodos de
trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais é essencial para garantir um
ambiente mais confortável e seguro para
todos os profissionais, uma vez que identifica,
analisa e ajusta todos os riscos a que o
funcionário está exposto. São considerados
agentes biológicos, físicos e químicos:
elevados níveis de ruídos e vibrações no local
e em equipamentos de trabalho; pressões fora
do comum; temperaturas muito altas;
radiações ionizantes e não-ionizantes;
infrassom e ultrassom; bactérias e fungos;
gases e vapores, entre vários outros.
• NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
- A NR-15 descreve as atividades, operações
e agentes insalubres, inclusive seus limites de
tolerância, define as situações que,
vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos
trabalhadores, demonstrem a caracterização
do exercício insalubre e também os meios de
os proteger das exposições nocivas à saúde.
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH.
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
____________________________________________________________________________
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http://www.epi-tuiuti.com.br/blog/conheca-norma-nr9-
programa-de-prevencao-de-riscos-ambientais/.
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insalubres. 2015. Disponível em:
http://vitorpecora.jusbrasil.com.br/artigos/153309652/n
r-15-atividade-e-operacoes-insalubres. Acesso em:
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  • 1. ANALISE DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARTICULADOS EM UMA EMPRESA DE FORRO DE PVC Camila Albuquerque; Eduardo Lucas Gontijo Cesário2 ; Elizangela Maria de Queiroga3 ; Gabriela Almeida4 ; Lidiane Prado5 ; Mayra Trevizoli6 ; Pedro Henrique Cardoso7 ; Pedro Henrique Navarro8 ; Viviane Coelho Ferreira9 RESUMO: ABSTRACT: ____________________________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃO As duas últimas décadas foram palco de alertas cada vez mais contundentes da comunidade científica internacional a respeito dos riscos que a intensificação das atividades humanas vêm oferecendo ao planeta. Tais atividades, apoiadas no binômio produção-consumo, têm como consequências, de um lado a devastação incontrolada dos recursos naturais e, de outro, a contaminação da atmosfera, das águas e do solo com todos os tipos de resíduos, resultantes da produção ou do consumo. A escalada da contaminação passa a exigir esforços crescentes dos governos, das empresas e da sociedade como um todo, para o manejo dos crescentes volumes e da grande variedade de resíduos gerados (NETO, 2010). Conforme Radonjic (2007), a capacidade de algumas empresas em explorar a questão ambiental como uma vantagem competitiva mudou a prevenção da poluição, que passou a ser uma oportunidade de melhorar o desempenho do processo de produção. A atividade industrial, por muito tempo, vista como impactante começa a despontar para um cenário de alternativas racionais de gestão, em que a variável ambiental insere-se sem, contudo, frear o seu desenvolvimento e sua própria sustentabilidade (MERCADO, 2005; PIMENTA, 2007). É do senso comum que os plásticos são responsáveis por inúmeros problemas ambientais, correspondendo a uma grande percentagem dos resíduos que são depositados, diariamente, em aterro sanitário (Dias, S. et al. 2006). O fato de apresentarem baixa taxa de biodegradabilidade contribui para consequências nefastas na sua eliminação final (Mancini, S. et al. 1998). Se pensarmos na sua origem, a indústria petroquímica, não é apenas a sua deposição final que origina problemas no que concerne à proteção ambiental. Dentro dos materiais poliméricos, destaca-se o PVC (Policloreto de Vinila), por ser o que apresenta maior risco para o ambiente, principalmente durante a sua reciclagem. Alguns dos contaminantes que mais preocupam na atualidade são libertados durante a produção e deposição final de PVC ou de resíduos com PVC na sua composição (Greenpeace, 1997). A reparação do dano, na maioria dos casos, é muito mais complicada tecnicamente e envolve muito mais recursos e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 2. financeiros do que a prevenção, isto é, do que os investimentos técnico-financeiros na gestão adequada de resíduos (FIRJAN, 2006). Mas para prevenir é necessário identificar onde estão os impactos das atividades. É nessa conjuntura que entram as ferramentas de avaliação de impacto ambiental. Avaliar os aspectos e impactos ambientais visa principalmente identificar as ações humanas e as decorrentes consequências. A avaliação e hierarquização destas ações gerarão subsídios para a definição e elaboração de programas e projetos, focando as ações que precisam ser monitoradas, mitigadas e ou evitadas. (SCHNEIDER, 2011). 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar maneiras de redução dos resíduos particulados oriundos do processo de fabricação de forros de PVC de uma determinada empresa, para obter uma melhoria na qualidade de trabalho. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Os objetivos específicos são: • Descrever o processo produtivo da empresa; • Identificar um impacto para propor melhoria; • Analisar as possíveis melhorias; • Estudar formas de melhoria do impacto; • Apontar soluções para a melhoria do problema. 3 METODOLOGIA A metodologia usada neste trabalho é o estudo de caso, que permite o amplo e detalhado conhecimento do assunto tratado (YIN, 2001). O estudo de caso possui uma metodologia de pesquisa classificada como Aplicada, na qual se busca a aplicação prática de conhecimentos para a solução de problemas sociais (BOAVENTURA, 2004). Gil (2008) complementa afirmando que as pesquisas com esse tipo de natureza estão voltadas mais para a aplicação imediata de conhecimentos em uma realidade circunstancial, relevando o desenvolvimento de teorias. 4 REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 INDÚSTRIA DE PLÁSTICO A indústria de transformação de materiais plásticos é composta por empresas que utilizam principalmente resinas plásticas como suas matérias- primas e fabricam produtos semiacabados ou acabados de diferentes formatos, cores e finalidades, para um amplo número de mercados de indústrias e de consumo, tais como: agrícola, alimentício, automobilístico, cosméticos, construção civil, eletroeletrônico, embalagens, farmacêutico e médico- hospitalar. (BNDES, 2010). O nome “plástico” é originário da palavra grega plassein, que exprime a característica de moldabilidade, ou de mudança de forma física, desse tipo de material. Esse nome foi adotado para identificar os materiais que podiam ser moldados ao serem submetidos a alterações de condições de pressão, calor ou por reações químicas (BNDES, 2010). e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 3. 3 O primeiro plástico, a baquelite, um polímero sintético, foi obtido em 1909, por Leo Baekeland, por meio da reação entre o fenol e o formaldeído. Encontraram-se rapidamente diversas aplicações industriais para a baquelite em função de suas características de dureza e resistência ao calor e à eletricidade (BNDES, 2010). Embora os materiais plásticos já existam há mais de cem anos, ainda são considerados modernos ao se compararem a outros materiais. Ao longo dos últimos anos, estiveram presentes em inúmeros projetos inovadores, como nos campos aeroespacial, da construção e automobilístico, destinados a: redução de pesos, melhoria no desempenho mecânico, no isolamento térmico etc. Portanto, esses materiais são importantes para o desenvolvimento da sociedade, ao viabilizar inovações destinadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas e da eficiência na utilização de recursos naturais (BNDES, 2010). A indústria de transformação de plásticos, que também é chamada de terceira geração da indústria petroquímica, está no centro de uma cadeia industrial que se inicia com os processos de exploração e produção de petróleo e gás, principalmente, e integra fabricantes de equipamentos de transformação, fabricantes de ferramentas de moldagem e clientes de diferentes mercados, estendendo-se até o consumidor final (BNDES, 2010). Dois importantes setores para as empresas transformadoras de plásticos são: o de fabricação de equipamentos como injetoras, sopradoras e extrusoras; e o de fabricação de moldes – ambas importantes fontes de inovação e de ganhos de produtividade para a indústria de transformação de plásticos (BNDES, 2010). Os produtos transformados podem ser vendidos diretamente a clientes localizados em uma ampla diversidade de indústrias, como: construção civil, alimentos, bebidas, automóveis, autopeças, papel, celulose e impressão, ou alcançar o consumidor final, por meio de canais de distribuição como o setor de varejo (BNDES, 2010). Depois de sua utilização pelo consumidor final, os materiais plásticos podem ser descartados em aterros sanitários, constituírem-se em fonte de energia, ou mesmo retornarem para o próprio consumo dos processos de transformação, após uma etapa de triagem e reciclagem. A reciclagem de plásticos é uma atividade efetuada por empresas recicladoras, que recuperam esses materiais por meio de processos mecânicos como: separação, moagem, lavagem, secagem, regranulação e composição, produzindo materiais reciclados que podem ser convertidos em novos produtos plásticos, muitas vezes substituindo os plásticos produzidos pelas empresas químicas, chamados de resinas virgens. (BNDES, 2010). Os produtos transformados plásticos contribuem para uma significativa agregação de valor na cadeia produtiva do petróleo. A comparação dos preços do petróleo tipo Brent com os preços locais da nafta, eteno e de uma cesta de commodities plásticas, com os valores médios de transformados plásticos comercializados no Brasil, permite observar essa dimensão de adição de valor, como indicado no Gráfico 1. Nele, observa-se que o produto transformado plástico chega a apresentar um valor de mercado cerca de sete vezes superior ao do petróleo. (BNDES, 2010). Figura 1: Evolução do valor na cadeia produtiva da e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 4. transformação de plásticos Nota: Evolução de valor por kg (petróleo=100) Fonte: Quimax Report e AliceWeb - http://www.bndes.gov.br Embora o consumo per capita de produtos plásticos no Brasil possa ser considerado modesto em comparação ao consumo dos países desenvolvidos, já que em 2005 o consumo local per capita era de cerca de 25% do consumo per capita dos habitantes do Nafta e da Europa, sua perspectiva de crescimento entre 2005 e 2015, de 100%, é igualada apenas à dos países da Europa Oriental, como indicado na Tabela 3. Porém, mesmo após esse crescimento ocorrer, o consumo per capita brasileiro deverá alcançar apenas 33% do consumo nos países desenvolvidos. (BNDES, 2010). Figura 2: Consumo per capita mundial de plásticos (kg/habitante) Fonte: Abiplast (2013) e Plastics Europe (2012) No Brasil, a indústria de transformação de plásticos compreende 11.690 empresas que empregaram 348 mil trabalhadores diretos em 2012 [Abiplast 137 Química (2013)]. Essas empresas foram responsáveis por vendas que totalizaram R$ 56 bilhões, correspondentes a um consumo aparente de 7,1 milhões de toneladas de transformados plásticos e 6,6 milhões de toneladas de resinas plásticas em 2012 no país [Abiplast (2013)]. 4.1 O USO DO PVC O PVC, Policloreto de Vinila, é um polímero não integralmente originado do petróleo, que está entre os três tipos de plástico mais produzidos no mundo. É obtido através de uma combinação de cloro (57%) e etileno (43%), e tem se mostrado muito atrativo por ser reciclável, auto extinguível e possuir uma série de aplicações (INSTITUTO DO PVC, 2008). No seu estado original, o PVC é um pó esbranquiçado, inodoro e quimicamente estável. Foi descoberto em 1872, por Baumann, um cientista que observou a formação de um pó branco ao expor um gás, o Cloreto de Vinila à ação de raios solares durante vários meses em recipiente fechado. Porém, somente em 1931, na Alemanha, o interesse comercial por este novo polímero surgiu e consequentemente levou ao início de sua produção industrial (INSTITUTO DO PVC, 2008). Segundo ALMEIDA (2002), o uso de estabilizantes e plastificantes (principalmente ftalatos) em quantidades bastante elevadas constitui uma característica específica da fabricação do PVC, em comparação com outros tipos de plástico. Todos os outros tipos de aditivos são igualmente utilizados, em graus variáveis, nos outros materiais. O PVC é um plástico largamente utilizado tanto na área alimentícia e médica quanto na construção civil, indústria automobilística, de revestimentos, calçados, etc. Isto se deve às suas propriedades de impermeabilidade, durabilidade e resistência, além de ser um isolante térmico e acústico, que não corrói e não propaga fogo, podendo ser produzido desde o transparente até o opaco e de rígido a flexível (INSTITUTO DO PVC, 2003). Segundo BRASKEN (2002), a vida útil de grande parte dos produtos de PVC é superior a 50 anos. Logo, estima-se que o volume de resíduos de PVC cresça em torno de 80% em 2020, já que a sua grande utilização começou entre os anos 60 e 70. Estima-se que somente 0,25% do suprimento mundial de gás e e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 5. 5 petróleo são consumidos na produção do PVC. Esta é uma das grandes vantagens do polímero em relação aos outros plásticos. 4.2 OS RESIDUOS DO PVC De acordo com Everard, Monaghan e Ray (2000), o PVC é um material polêmico, muitas vezes defendido e elogiado, outras vezes atacado e apontado como vilão, principalmente pelo Greenpeace, que o considera “inerentemente insustentável”. Segundo o próprio Greenpeace (1997), o processo de fabricação do PVC é uma ampla fonte de químicos carcinogênicos, causadores de disfunções hormonais e outros químicos tóxicos. A organização alega que durante o ciclo de vida do produto são emitidas duas famílias de químicos: as dioxinas e os ftalatos, embora alerte ainda para outras emissões, como metais pesados, organoclorados e furanos, presentes tanto nas matérias-primas e intermediários quanto na incineração. Estas substâncias são suspeitas de causar graves problemas de saúde, em alguns casos em doses extremamente baixas, incluindo: câncer, disfunção do sistema endócrino, lesões no aparelho reprodutivo, neurotoxicidade (lesões ao cérebro ou em suas funções) e supressão do sistema imunológico. Além disso, os plastificantes utilizados na fabricação de PVC flexível, podem sofrer ações biológicas e contaminar o meio ambiente, especialmente a água, sendo suspeitos de produzirem efeitos tóxicos na reprodução e disfunções hormonais. De acordo com Blass (1985), o uso de estabilizantes a base de chumbo e cádmio na produção de PVC, são motivo de preocupação em relação aos resíduos gerados, já que durante a incineração deste polímero e de outros resíduos, o chumbo e o cádmio acabam, praticamente na totalidade, nas cinzas residuais e nas cinzas volantes das instalações de incineração. Devido à elevada contaminação com metais pesados, as cinzas volantes e os resíduos, que se encontram geralmente misturados, têm de ser depositados em aterros controlados. As cinzas residuais são reutilizadas, ou depositadas em aterro. Por conseguinte, uma dispersão de metais pesados no ambiente não pode ser excluída, mesmo que pareça improvável a curto prazo. Os resíduos do PVC podem ser classificados em pré- consumo ou pós-industriais, que provêm principalmente de sobras e aparas do processo industrial, e os pós-consumo, que são resíduos provenientes do descarte de produtos pelos consumidores O reaproveitamento de resíduos pós- industriais em outros processos da linha de produção, aliado a reciclagem pós-consumo, são alternativas que contribuem de maneira significativa para a solução do acúmulo do resíduo sólido urbano (INSTITUTO DO PVC, 2008). 4.3 NORMA REGULAMENTADORA NBR- 25 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de responsabilidade das empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de suas obrigações com a segurança do trabalho. O órgão responsável pela fiscalização ambiental é o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 6. uso das atribuições que lhe confere a Lei Federal n o 6.938 (31/08/81), é o órgão competente para elaborar as diretrizes técnicas para implementação da Política Nacional de Meio Ambiente. Dependendo da competência de cada caso, a fiscalização ambiental ficará a cargo do IBAMA, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e respectivos órgãos estaduais de controle ambiental. O papel dos Auditores Fiscais do Trabalho (AFTs) na fiscalização ambiental, embora não seja da competência direta dos mesmos, a fiscalização ambiental, eles podem denunciar a empresa aos órgãos ambientais competentes caso seja constatado visível descaso no gerenciamento de resíduos industriais. A responsabilidade do empregador com relação aos aspectos ambientais está contida na Lei Federal no 9.605/98 introduz a criminalidade da conduta do empregador e determina as penas previstas para as condutas danosas ao patrimônio ambiental. Vale ressaltar que cada Estado possui um órgão ambiental competente para emitir licença ambiental, realizar as fiscalizações, emitir multa e, até mesmo, processar os empregadores que desrespeitarem as leis ambientais vigentes. É de extrema importância a aplicação das NR de forma correta para a saúde e bem-estar do empregador para com o trabalhador e para que o serviço, independentemente de qual seja, venha ser realizado com segurança. Algumas NR possuem relações entre-se e é de extrema importância que estas relações sejam levadas em consideração para a correta aplicação de uma NR. De acordo com o estudo em pauta pode-se destacar a NR que possui grande significância dentro do assunto abordado, que é a NR-25 – Resíduos Industriais, esta NR estabelece todas as medidas preventivas a serem observadas e tratadas pelas empresas sobre a destinação correta final a ser dada aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. • Resíduos gasosos - Devem ser eliminados dos locais de trabalho, as medidas de controle devem ser submetidas à aprovação do MTE, os parâmetros de emanações são os definidos na NR-15 e o lançamento externo fica sujeito as legislações competentes. • Resíduos líquidos e sólido – Devem ser tratados, dispostos e retirados dos limites da indústria, a disposição nos recursos naturais estarão sujeitas as legislações pertinentes, os de alta toxicidade deverão ser dispostos com o conhecimento das entidades competentes. A definição de resíduos para fins de aplicação da NR 25, é risco à saúde, provocando ou acentuando, de forma significativa, um aumento da mortalidade ou incidência de doenças; Risco ao meio ambiente, quando manuseado ou destinado de forma inadequada. Existe uma relação entre a NR 25 com a NR 6 - EPl, NR 7 - PCMSO, NR 9 - PPRA e NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. A preocupação principal desta NR é garantir a proteção dos trabalhadores sobre os efeitos provocados pela exposição aos produtos químicos e biológicos presentes nos resíduos industriais e hospitalares tóxicos, dentro do campo da higiene ocupacional. As demais NR e suas respectivas pautas estão citadas abaixo. • NR 6 – EPI - A NR 6 obriga as empresas a fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 7. 7 conservação e funcionamento. • NR 7 – PCMSO - estabelece as necessidades da realização do PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Através do PCMSO se realizam os controles de saúde dos empregados, bem como o monitoramento de eventuais exposições a riscos ocupacionais, ou seja, controla-se e previne-se o aparecimento de eventuais doenças ocasionadas ou agravadas pelo trabalho. Além disso, é possível monitorar outras doenças, não relacionadas ao trabalho, mas que podem ocasionar problemas quando não controladas (diabetes, hipertensão, entre outros). O PCMSO determinará, ainda, a necessidade da realização de exames médicos e laboratoriais e sua periodicidade, bem como a realização de campanhas de prevenção ou palestras de orientação sobre determinados assuntos. • NR 9 – PPRA - A Norma Regulamentadora 9, também chamada de NR9, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) tem relação direta com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais — PPRA. Isso porque é a NR9 que estabelece a obrigatoriedade do PPRA para empresas que trabalham em atividades consideradas de risco à saúde do funcionário. Para uma empresa se enquadrar dentro das diretrizes da NR9, a mesma deve antecipar, reconhecer e adequar todos os possíveis riscos ambientais do local de trabalho. Para atender as regulamentações da NR9, a empresa precisa implantar o PPRA no espaço físico e também em todos os métodos de trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é essencial para garantir um ambiente mais confortável e seguro para todos os profissionais, uma vez que identifica, analisa e ajusta todos os riscos a que o funcionário está exposto. São considerados agentes biológicos, físicos e químicos: elevados níveis de ruídos e vibrações no local e em equipamentos de trabalho; pressões fora do comum; temperaturas muito altas; radiações ionizantes e não-ionizantes; infrassom e ultrassom; bactérias e fungos; gases e vapores, entre vários outros. • NR 15 - Atividades e Operações Insalubres - A NR-15 descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, define as situações que, vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, demonstrem a caracterização do exercício insalubre e também os meios de os proteger das exposições nocivas à saúde. e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 8. ____________________________________________________________________________ REFERÊNCIAS BOAVENTURA, E. M. Metodologia da Pesquisa: monografia, dissertação e tese. São Paulo: Atlas, 2004. GIL, A.C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. Ed. Atlas. São Paulo - SP, 2008. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. . Dias, S.; Teodósio, A. Reciclagem do PET: desafios e possibilidades. XXVI ENEGEP – Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro, 2006. FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio De Janeiro. Manual de Gerenciamento de Resíduos: Guia de procedimento passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2006. Greenpeace, What’s wrong with PVC? The science behind a phase-out of polyvinyl chloride plastics. Written by Mark Strutt for Greenpeace UK, Canonbury Villas, London, N1 2PN, 1997. Mancini, S., Bezerra, M. e Zanin, M. Reciclagem de PET Advindo de Garrafas de Refrigerante Pós-Consumo. Polímeros: Ciência e Tecnologia - Abr/Jun – 1998. INSTITUTO DO PVC. Contribuição do PVC para o desenvolvimento sustentável. São Paulo, 2003. Blass, Arno. Processamento de Polímeros. Florianópolis: Editora da U.F.SC, 1985 BRASKEM. Tecnologia do PVC. São Paulo: pro editores, 2002. ALMEIDA, Fernando. O Bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. GREENPEACE. What’s wrong with PVC? The science behind a phase-out of polyvinylchloride plastics. [1997]. Disponível em: <http://www.Greenpeace.org>. Acesso em: 05 de abril de 2016. EVERARD, Mark; MONAGHAN, Mike; RAY, Diana. PVC: an evaluation using the natural step framework. Bristol: The natural Step UK and Environmental Agency, 2000. MERCADO, A. & CÓRDOVA, K. Desarrollo sustentable - industria: más controversias menos respuestas. Ambiente & Sociedade. Vol 8, n. 1, 2005. NETO, A.S.; et al. Contribuições para a inovação na gestão dos sistemas locais de coleta-reciclagem. In: XVIII Simpósio de Engenharia de Produção, São Paulo: Anais SIMPEP, 2010. PIMENTA, H.C.D & GOUVINHAS, R.P. Implementação da produção mais limpa na indústria de panificação de Natal-RN, In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu: Anais ABEPRO, 2007. e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 9. 9 RADONJIC, G. & TOMINC, P. The role of environmental management system on introduction of new technologies in the metal and chemical/paper/plastics industries. Journal of Cleaner Production. Vol. 15, p. 1482-1493, 2007. SCHNEIDER, V.E.; et al. Proposta metodológica para avaliação das ações antrópicas impactantes aplicada a elaboração de planos ambientais municipais. In: 26º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre, 2011. PAIVA, Mauricio Ferraz de. A Norma Regulamentadora n° 6 (NR 6) – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e as normas técnicas.2013. Disponível em: https://qualidadeonline.wordpress.com/2013/04/25/a- norma-regulamentadora-n-6-nr-6-equipamentos-de- protecao-individual-epi-e-as-normas-tecnicas/. Acesso em: 05/04/2016 PCMSO NR7.2013. Disponível em: http://www.prevenirsaude.com.br/wordpress/servicos- 2/medicina-do-trabalho/pcmso-nr7/. Acesso em: 05/04/2016 Conheça a norma NR9 do programa de prevenção de riscos ambientais.2015. Disponível em: http://www.epi-tuiuti.com.br/blog/conheca-norma-nr9- programa-de-prevencao-de-riscos-ambientais/. Acesso em: 05/04/2016 PECORA, Vitor. NR 15 - Atividade e operações insalubres. 2015. Disponível em: http://vitorpecora.jusbrasil.com.br/artigos/153309652/n r-15-atividade-e-operacoes-insalubres. Acesso em: 05/04/2016 e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
  • 10. 9 RADONJIC, G. & TOMINC, P. The role of environmental management system on introduction of new technologies in the metal and chemical/paper/plastics industries. Journal of Cleaner Production. Vol. 15, p. 1482-1493, 2007. SCHNEIDER, V.E.; et al. Proposta metodológica para avaliação das ações antrópicas impactantes aplicada a elaboração de planos ambientais municipais. In: 26º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre, 2011. PAIVA, Mauricio Ferraz de. A Norma Regulamentadora n° 6 (NR 6) – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e as normas técnicas.2013. Disponível em: https://qualidadeonline.wordpress.com/2013/04/25/a- norma-regulamentadora-n-6-nr-6-equipamentos-de- protecao-individual-epi-e-as-normas-tecnicas/. Acesso em: 05/04/2016 PCMSO NR7.2013. Disponível em: http://www.prevenirsaude.com.br/wordpress/servicos- 2/medicina-do-trabalho/pcmso-nr7/. Acesso em: 05/04/2016 Conheça a norma NR9 do programa de prevenção de riscos ambientais.2015. Disponível em: http://www.epi-tuiuti.com.br/blog/conheca-norma-nr9- programa-de-prevencao-de-riscos-ambientais/. Acesso em: 05/04/2016 PECORA, Vitor. NR 15 - Atividade e operações insalubres. 2015. Disponível em: http://vitorpecora.jusbrasil.com.br/artigos/153309652/n r-15-atividade-e-operacoes-insalubres. Acesso em: 05/04/2016 e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/