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AVES DE
PORTUGAL
TODAS AS FOTOS SÃO RETIRADAS DA
INTERNET
OS TEXTOS SÃO PESQUISAS NA INTERNET E EM LIVROS…..
Garça-branca-grande
Egretta alba
Identificação
Embora semelhante à garça-branca-pequena pela plumagem branca, esta ave é muito maior, com patas e
pescoço mais compridos que a sua parente mais pequena, sendo praticamente da mesma dimensão da
garça-real. Quando em plumagem de Inverno, apresenta o bico todo amarelo e as patas escuras, e corpo
inteiramente branco. Na plumagem nupcial, ostenta um bico mais escuro, amarelo junto aos loros, e patas
com tonalidades amareladas, assim como tufos de penas no dorso. Em voo apresenta as patas bastante
estendidas para trás, deslocando-se com batimentos lentos tal como a garça-real.
Ocorrência: em terrenos húmidos com
águas pouco profundas, margens de rios e
lagos, lagoas costeiras ou mesmo em
zonas alagadas, arrozais e lameiros
Algarve – pouco frequente nesta região
Alentejo
Lisboa e vale do Tejo
Litoral centro
Entre Douro e Minho
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Egretta
Espécie E.alba
Nome binominal
Casmerodius alba( Linnaeus, 1758 )
Garça-branca-grande
Egretta alba
Foi mudado o nome
para Egretta alba
Garça-branca-pequena
Egretta garzetta
Descrição
É uma garça de dimensão média, esguia e
elegante.
A plumagem é branca, possui o bico direito e
negro, patas negras e dedos amarelos.
Durante a época de reprodução exibe duas
penas alongadas na nuca. Abundância e calendário
A garça-branca-pequena é sobretudo
residente e pode ser vista em
Portugal durante todo o ano. É mais
abundante no litoral, especialmente na
metade sul do território e é relativamente
rara no interior norte, especialmente em
zonas de altitude. Nidifica colonialmente
havendo colónias importantes no Ribatejo,
no Alentejo e no Algarve.
Alentejo – no litoral é comum e
observa-se facilmente no estuário do
Sado, na lagoa de Santo André e na
ribeira de Moinhos
Algarve – é regular nas principais zonas húmidas
da região, nomeadamente na ria de Alvor, no Ludo,
na ria Formosa e também no sapal de Castro
Marim.
Litoral centro – pode ser
vista com facilidade na ria de
Aveiro, no estuário do
Mondego
Garça-branca-pequena
Egretta garzetta Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Egretta
Espécie E.garzetta
Nome binominal
Egretta garzetta( Linnaeus, 1766 )
Garça-real
Ardea cinerea
É maior garça que pode ser observada em Portugal. Tem o
corpo robusto, grande, com coloração cinzenta nas partes
superiores e branca acinzentada nas partes inferiores.
O pescoço é longo, o bico é direito, forte e em forma de
punhal com tonalidade amarela acinzentada, ficando
laranja durante a época de reprodução.
As patas são amarelas acinzentadas e a face superior das
penas são cinzentas e pretas.
Os adultos apresentam o centro e ambos os lados da
cabeça brancos com uma pluma negra, longa e estreita até
à nuca.
Algarve – é frequente nas principais
zonas húmidas da região, como a
ria Formosa, o Ludo, a ria de Alvor
Alentejo – o estuário do Sado, a lagoa
de Santo André e a ribeira de Moinhos
Lisboa e Vale do Tejo – abundante e fácil de
encontrar, a garça-real é particularmente
numerosa no estuário do Tejo
Beira interior – as albufeiras de Vilar
e de Santa Maria de AguiarLitoral centro – bastante frequente e fácil de observar nas
zonas húmidas costeiras como a ria de Aveiro, e lagoa de
óbidos
Entre Douro e Minho – pode ser vista com
facilidade no estuário do Minho e no estuário do
Cávado e também na baía de São Paio (estuário
do Douro). Ocorre igualmente no estuário do Lima
Abundância e calendário
Ocorre em Portugal ao longo de todo o ano, mas
é mais numerosa fora da época de nidificação.
Surge associada a todo o tipo de zonas húmidas,
sendo particularmente abundante nos grandes
estuários e lagoas costeiras.
Descrição
Garça-real
Ardea cinerea
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Ardea
Espécie A.cinerea
Nome binominal
Ardea cinérea ( Linnaeus, 1758 )
Classificação científica
Garça-vermelha
Ardea purpurea
Alentejo – pode ser vista no estuário do Sado,
nas lagoas de Melides, de Santo André
Lisboa e vale do Tejo – é outra das boas zonas para observar
a espécie em particular no estuário do Tejo (a espécie frequenta
a Ponta da Erva e as salinas de Alverca)
Litoral centro – é uma das melhores zonas para
observar a espécie sendo que na Ria de Aveiro,
pode observar-se em quase toda a sua área,
Localmente abundante em algumas regiões como o Estuário do Tejo e a Ria de Aveiro. Apenas ocorre em
Portugal durante a época estival começando a ser avistada em inícios de Março e ficando por cá até finais de
Julho no caso dos adultos ou Setembro nos juvenis. Num passado recente era no estuário do Tejo que se
concentrava a maioria do efetivo nidificante da espécie. Este cenário tem vindo a mudar e os núcleos
principais de nidificação tem vindo a deslocar-se para norte. Assim, atualmente é na zona Centro e em
particular na Ria de Aveiro que se localiza grande parte das colónias reprodutoras.
Identificação
De tamanho ligeiramente menor que uma garça-real, a
garça-vermelha identifica-se com alguma facilidade
pela plumagem de tons gerais cinzento variando de mais
escuros até rosados e pela característica mancha
de tons púrpura que possui debaixo da asa e que se vê
bem em voo. Durante o voo recolhe o pescoço o que
é uma característica desta família. Distingue-se da garça-
real pelo o seu bico amarelo mais comprido, tipo
baioneta e posição do pescoço em voo mais angular.
Majestosa, a garça-vermelha, também
conhecida por garça-imperial, é uma
das mais interessantes espécies da
família das Garças que ocorre em
Portugal.
Abundância e calendário
Garça-vermelha
Ardea purpurea
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Ardea
Espécie A.purpurea
Nome binominal
Ardea purpurea ( Linnaeus, 1766 )
Garçote
Ixobrychus minutus
Identificação
Esta pequena garça caracteriza-se
pela combinação de preto e bege. Em
voo, a característica mais evidente
são as duas enormes manchas beges
visíveis sobre as partes superiores.
Abundância e calendário
O garçote é estival em Portugal e está
presente principalmente desde o início de
Abril até ao mês de Setembro, sendo
ocasionalmente observado no Inverno.
. Ocorre principalmente em manchas de
água com abundante vegetação emergente,
como lagoas, pauis e certos troços de rios.
Litoral Centro – em conjunto com o
Algarve, é uma das melhores regiões para
ver o garçote
Lisboa e Vale do Tejo – ocorre
regularmente na várzea de Loures,
no paul da BarrocaAlentejo – no Alentejo o garçote pode
ser visto regularmente na lagoa de
Santo André e na região de Elvas
Algarve – o Algarve é uma das
melhores zonas para observar o
garçote, que pode ser observado
principalmente na parte central da
região
É parecida com o abetouro-comum, mas é
muito mais pequena, parecendo uma versão
em miniatura dessa espécie. O macho tem a
plumagem preta por cima e bege por baixo;
em voo, destacam-se duas enormes ovais
nas asas abertas, que correspondem às
coberturas, também elas beges. A fêmea
tem um padrão semelhante ao do macho,
mas é mais acastanhada.
Garçote
Ixobrychus minutus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Ixobrychus
Espécie I.minutus
Nome binominal
Ixobrychus minutus ( Linnaeus, 1766 )
Goraz ou Garça-noturna
Nycticorax nycticorax
Identificação
É uma garça de dimensão intermédia.
O seu pescoço curto confere-lhe um ar
atarracado. As asas e o barrete preto
contrastam com o dorso cinzento e
com o ventre esbranquiçado. As patas
são amarelas e os olhos são
vermelhos. Os juvenis são malhados
de castanho e também têm as patas
amarelas.
Abundância e calendário
Atualmente o goraz é uma espécie
muito escassa em Portugal, com uma
distribuição muito fragmentada.
O litoral centro e o vale do Tejo, onde
se conhecem algumas colónias,
constituem as suas principais áreas
de ocorrência. Nidifica colonialmente
em árvores, nas imediações de zonas
húmidas, em associação com
outras espécies de garças.
É uma espécie estival, que está
presente no país sobretudo de Abril a
Setembro.
Litoral Centro – Os pauis do Baixo
Mondego
Lisboa e Vale do Tejo – é a principal
zona de ocorrência desta espécie em
Portugal, que tem colónias no paul do
Boquilobo e na zona de Escaroupim.
Alentejo – Recentemente
colonizou a albufeira do Alqueva
Goraz ou Garça-noturna
Nycticorax nycticorax
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Nycticorax
Espécie N.nycticorax
Nome binominal
Nycticorax nycticorax ( Linnaeus, 1758 )
Gavião da Europa
Accipiter nisus
Descrição
Assemelha-se ao açor mas é muito menor. É uma das aves de rapina mais pequenas, possuindo,
contudo, uma cauda comprida e um voo enérgico.
Na parte inferior, o macho tem listas ruivas e a fêmea cinzentas. Na parte superior, o macho é
cinzento-acastanhado e a fêmea castanha. Além disso, a fêmea é maior que o macho.
Algarve – durante a época reprodutora o
melhor local é a serra do Caldeirão
Litoral centro – no litoral centro a espécie pode ser
vista com relativa facilidade, por exemplo no Pinhal
de Mira assim como nas serras de Aire e Candeeiros
Trás-os-Montes – a serra do Gerês
serras do Alvão e do Larouco e
a zona de Miranda do Douro.
Entre Douro e Minho – observa-se na
serra da Peneda.
Espécie pouco abundante, o gavião é principalmente residente, podendo contudo ver os
seus números aumentados durante o Outono e Inverno com a chegada de aves
invernantes vindas do norte da Europa. Como nidificante, distribui-se sobretudo pelo
norte do país, acompanhando as zonas florestadas.
Abundância e calendário
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Accipitriformes
Família Accipitridae
Género Accipiter
Espécie A.nisus
Nome binominal
Accipiter nisus ( Linnaeus, 1758 )
Gavião da Europa
Accipiter nisus
Classificação científica
Gralha-de-bico-vermelho
Pyrrhocorax pyrrhocorax
A gralha-de-bico-vermelho distingue-se pelo seu bico vermelho, longo e curvo, característico
das aves adultas (os juvenis apresentam o bico amarelo e mais curto). A plumagem é negra com
reflexos azul-esverdeados e as patas vermelhas. No nosso país, a gralha-de-bico-vermelho
mede cerca de 38 cm de comprimento no estado adulto. Alimentam-se no solo utilizando o
bico, longo e curvo, para escavar, virar pedras e remexer no interior dos excrementos de gado,
sendo a sua dieta relativamente especializada: escaravelhos, gafanhotos, formigas, aranhas,
etc., ingerindo por vezes sementes e grãos. Embora se alimente em bando, as gralhas-de-bico-
vermelho são geralmente reprodutores solitários, que acasalam para toda a vida.
Algarve – o cabo de São
Vicente é talvez o melhor
local de observação
Litoral centro – distribui-se
pelas serras de Aire e
Candeeiros.
Trás-os-Montes – pode ser encontrada nos
vales do Douro Internacional,
nomeadamente junto a Miranda do Douro e
na barragem do Picote. Também ocorre na
serra do Alvão.
A gralha-de-bico-vermelho é rara e localizada, estando presente em algumas zonas
de falésias costeiras, em zonas montanhosas rochosas e vales fluviais escarpados.
Sendo uma espécie essencialmente residente, pode ser encontrada durante todo o
ano nos locais onde ocorre. É uma espécie bastante fiel aos locais de cria, sendo
raramente observada fora da área normal de distribuição.
Descrição
Abundância e calendário
Gralha-de-bico-vermelho
Pyrrhocorax pyrrhocorax
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Corvidae
Género Pyrrhocorax
Espécie P.pyrrhocorax
Nome binominal
Pyrrhocorax pyrrohocorax ( Linnaeus, 1758 )
Gralha-de-nuca-cinzenta
Corvus monedula
Algarve – pode ser observada no litoral
rochoso, nomeadamente junto à cidade de
Lagos
Alentejo – esta espécie ocorre localmente
pelo litoral alentejano, sendo
particularmente fácil de observar junto a
Porto Covo e no cabo Sardão. No interior
da província observa-se nas zonas de
Mértola e Moura, no castelo de Mourão.
Trás-os-Montes – o melhor local de
observação é o Douro Internacional,
especialmente junto a Miranda do
Douro.
Espécie de distribuição localizada, podendo ser relativamente comum junto aos seus
locais de cria. Pode ser encontrada a criar em falésias costeiras, arribas fluviais, e
zonas históricas de cidades onde encontra muros com cavidades adequadas,
alimentando-se sobretudo em zonas agricultadas.
Identificação
Relativamente fácil de distinguir dos restantes corvídeos, pois é mais pequena que o corvo e
a gralha-preta, e não possui o bico colorido da gralha-de-bico-vermelho.. A curta distância, a
sua nuca com reflexos cinza são bastante visíveis. As vocalizações produzidas, como um
grasnar metálico, são inconfundíveis e são ouvidas a distâncias consideráveis,
especialmente quando se agregam em bandos de algumas dezenas de aves, em busca de
alimento.
Abundância e calendário
Gralha-de-nuca-cinzenta
Corvus monedula
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Corvidae
Género Corvus
Espécie C. monedula
Nome binominal
Corvus monedula ( Linnaeus, 1758 )
Gralha-preta
Corvus corone
A gralha-preta possui uma dieta constituída sobretudo por invertebrados e grãos de
cereais, incluindo também com frequência ovos e crias de outras aves, carne em
decomposição, pequenos vertebrados e desperdícios gerados pelas atividades humanas.
De cor preta com um brilho azul moderado, é muitas vezes confundida com um corvo,
distinguindo-se deste pelo menor tamanho, bico mais pequeno e cauda cortada em
quadrado. Juntam-se muitas vezes em bandos e possuem um chamamento semelhante a um
cacarejo áspero.
Trás-os-Montes – é frequente nas serras do
Gerês, do Alvão e da Coroa e ainda na região
de Miranda do Douro
A gralha-preta é um dos corvídeos mais abundantes da nossa fauna. Pode ser vista
em quase todos os tipos de habitats, exceto as zonas urbanizadas. Forma
frequentemente pequenos bandos. Distribui-se por todo o território, embora seja
relativamente rara na parte meridional do Alentejo e no Algarve. É uma espécie
residente que pode ser vista durante todo o ano.
Identificação
Abundância e calendário
Gralha-preta
Corvus corone
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Corvidae
Género Corvus
Espécie C. corone
Nome binominal
Corvus corone ( Linnaeus, 1758 )
Grifo
Gyps fulvus
O abutre-fouveiro
Algarve – pouco comum na época
reprodutora, mas no Outono é
frequente observarem-se grandes
concentrações junto ao cabo de São
Vicente
Alentejo – as zonas de
Marvão e Barrancos
Beira interior – o Tejo
Internacional, a zona de Segura e
as Portas de Ródão
Trás-os-Montes – pode ser visto com
facilidade ao longo do Douro Internacional,
por exemplo em Miranda do Douro, no
Penedo Durão ou na zona de Barca d'Alva.
Identificação
Muito grande, maior que as águias. Voa grandes distâncias planando e quase sem bater as asas. A
plumagem é acastanhada. Os “dedos” das asas são facilmente visíveis. Pode confundir-se com o
abutre-preto, que por vezes se lhe associa, distinguindo-se desta espécie principalmente pelas
tonalidades castanho-cremes das coberturas, pelo pescoço claro e pela extremidade das asas
claramente revirada para cima.
Em Portugal nidificam algumas centenas de casais de grifos, mas a sua distribuição é
fortemente assimétrica. O grifo distribui-se sobretudo pela metade interior do território
nacional, sendo mais comum junto à fronteira. As principais zonas de reprodução
situam-se no nordeste transmontano, que alberga mais de metade da população
portuguesa.A espécie está presente no nosso país ao longo de todo o ano, mas efetua
movimentos amplos fora da época de reprodução, surgindo então noutras zonas do
território.
Abundância e calendário
Grifo
Gyps fulvus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Accipitridae
Género Gyps
Espécie G. fulvus
Nome binominal
Gyps fulvus ( Hablzi, 1783 )
Classificação científica
Grou-comum
Grus grus
Identificação
Grande ave, do tamanho de uma cegonha-branca. Caracteriza-se pela plumagem
cinzenta, destacando-se o enorme tufo de penas sobre a cauda. O padrão da
cabeça é preto, branco e com uma pequena mancha vermelha. Em voo
destaca-se o enorme pescoço, que é mantido esticado.
O grou é uma espécie invernante, que pode
ser observada principalmente entre
Novembro e Fevereiro. Com uma
população invernante de cerca de 2000
indivíduos, não pode ser considerado raro,
contudo a sua distribuição muito
fragmentada e localizada faz com que a sua
abundância varie fortemente: localmente
pode ser comum e chegam a ser vistos
bandos com muitas centenas de indivíduos,
mas na maior parte do país é muito raro.
É nas planícies do interior
alentejano que existem as
melhores hipóteses de observar
os bandos de grous.
Alentejo – existem quatro zonas
onde a espécie se pode considerar
regular: as planícies de Castro
Verde, as zonas de Moura e
Mourão, (bem como junto à vizinha
albufeira de Alqueva), as planícies
de Évora e a área de Campo Maior
Abundância e calendário
Grou-comum
Grus grus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Gruiformes
Família Gruidae
Género Grus
Espécie Grus grus
Nome binominal
Grus grus ( Linnaeus, 1758 )
Guarda-rios
Alcedo atthis
Algarve –está presente na ria de Alvor, no
estuário do Arade, na Quinta do Lago, no
Parque Ambiental de Vilamoura.
Alentejo – é frequente nesta região. Exemplos de locais importantes
para a observação do guarda-rios são o estuário do Sado, a ribeira do
Divor, o vale do Guadiana na zona de Mértola
Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo,
particularmente as lezírias da Ponta da Erva e as
salinas de Alverca.
Beira interior – ocorre em locais como o Tejo
Internacional, as Portas de Ródão, as albufeiras de
Vilar e de Santa Maria de Aguiar
Litoral centro – o guarda-rios está presente na
lagoa de Óbidos, no estuário do Mondego e
ainda na barrinha de Mira.
Trás-os-Montes – ocorre ao
longo do Douro Internacional,
podendo ser observado também na
albufeira do Azibo e no baixo Sabor.
Entre Douro e Minho – os estuários desta região
são bons locais para detetar esta espécie, de
que são exemplo os estuários do
Minho, do Lima, do Cávado e do Douro.
Identificação
Inconfundível. Muitas vezes é detetado quando faz o seu voo rasante e direto. Quando
pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e
ventre cor-de-laranja. Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que
por isso batizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns
deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios,
pica-peixe.
Ocorre em Portugal durante todo o ano, mas a
sua abundância varia fortemente de umas
regiões para outras. É claramente mais
comum no litoral que no interior e mais comum
em planície que em montanha, sendo raro
acima dos 1000 metros. Nos grandes
estuários e lagoas costeiras parece ocorrer
sobretudo fora da época de nidificação, estando
presente sobretudo de Agosto a Abril.
Abundância e calendário
Guarda-rios
Alcedo atthis
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Género Alcedo
Espécie A. atthis
Nome binominal
Alcedo atthis ( Linnaeus, 1758 )
Guincho-comum
Larus ridibundus
Algarve – sendo bastante comum nesta região, a sua
deteção é fácil em locais como o Ludo, a Quinta do
Lago, a ria Formosa, a reserva de Castro Marim
Alentejo – espécie regularmente observada no
litoral, sobretudo no estuário do Sado, na lagoa
de Santo André e no estuário do Mira. No interior,
é frequente nas albufeiras do Caia e do Alqueva.
Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observada na
cidade de Lisboa, sobretudo na zona ribeirinha . O
estuário do Tejo alberga a maior população
invernante, sendo facilmente avistada nesta zona.
Beira interior – ocorre regularmente
em locais como as Portas de Ródão
Litoral centro – comum nesta região,
sobretudo no estuário do Mondego,
no baixo Mondego e na ria de Aveiro.
Entre Douro e Minho – espécie
facilmente observável nos estuários
do Minho, do Lima e do Cávado
O guincho-comum ocorre em Portugal principalmente como invernante e pode ser observado sobretudo de
Julho a Março. A partir do fim de Junho os primeiros adultos regressam, por vezes
ainda em plumagem de Verão e em Julho aparecem os primeiros juvenis. Como nidificante é claramente
raro, havendo registos isolados de nidificação nos estuários do Mondego e do Sado.
Identificação
É uma gaivota relativamente pequena. Por baixo é branca e por cima é prateada. As asas são cinzentas
com um triângulo branco nas primárias. O bico e as patas são vermelhos. A partir de Março os adultos
envergam a plumagem nupcial, facilmente reconhecível pelo capuz castanho, cor de chocolate. Pode
formar bandos de centenas ou mesmo milhares de indivíduos e mistura-se frequentemente com outras
espécies de gaivotas. Pode confundir-se com a gaivota-de-cabeça-preta, distinguindo-se desta última
espécie pela ponta preta das asas e, quando em plumagem nupcial, pelo capuz preto, e não castanho.
Abundância e calendário
Guincho-comum
Larus ridibundus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. ridibundus
Nome binominal
Larus ridibundus ( Linnaeus, 1766 )
Íbis-preta
Plegadis falcinellus
Algarve – observa-se ocasionalmente
nas zonas húmidas costeiras do Algarve
central, particularmente em Vilamoura,
na lagoa das Dunas Douradas
Alentejo – o estuário do Sado é um dos
melhores locais para observar a íbis-preta,
que também ocorre, mas em menores
números, na lagoa de Santo André.
Lisboa e Vale do Tejo – espécie regular e
relativamente fácil de encontrar no estuário do Tejo
Litoral centro – conhecem-se alguns
registos recentes do baixo Mondego
Espécie presente no nosso país durante o ano todo, sendo mais
abundante nos meses de Inverno, entre Setembro e Março. Como nidificante, apenas
são conhecidas duas tentativas recentes de reprodução, ambas no vale do Tejo. Pode
formar bandos de algumas centenas de aves, embora o mais comum é
encontrarem-se aglomerados de algumas dezenas, tratando-se de uma espécie pouco
comum e de distribuição muito localizada.
Identificação
Inconfundível, pela forma curvada e longa do bico, e pelo tom
uniformemente castanho-escuro. Por vezes, conseguem-se observar os
reflexos esverdeados nas asas dos adultos. Ave de dimensão média-grande,
pode desaparecer facilmente por entre a vegetação nos locais onde se
alimenta, possuindo um pescoço comprido como se fosse o prolongamento
do bico longo e encurvado para baixo. As patas compridas e
escuras permitem-lhe caminhar sobre a vegetação e na água.
Abundância e calendário
Íbis-preta
Plegadis falcinellus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Threskiornithidae
Género Plegadis
Espécie P. falcinellus
Nome binominal
Plegadis falcinellus ( Linnaeus, 1766 )
Laverca (Cotovia)
Alauda arvensis
Laverca, calandra ou calhandra
(Alauda arvensis) é a cotovia mais
vulgar na Europa por isso muitas
vezes chamada apenas cotovia
A plumagem da laverca é pouco vistosa, de cor castanha listrada de preto e castanho escuro na parte superior, com um
barrete um pouco mais escuro e garganta amarelada, com estrias finas castanhas escuras. A crista do barrete levanta
em certos momentos. Os olhos castanhos escuros são realçados por uma sobrancelha branca amarelada, e o bico é
curto, grosso e de cor acastanhada. A parte inferior do corpo é creme e o peito castanho claro com estrias castanhas
escuras. A cauda é alongada e quase negra, com as retrizes externas brancas. As patas são castanhas claras, e o dedo
posterior é maior que os outros.
Algarve – ocorre principalmente como
invernante, podendo ser vista na ria
de Alvor, no sapal de Castro Marim
Alentejo – pode ser vista
um pouco por toda a região
Lisboa e Vale do Tejo – é comum no estuário do
Tejo (lezírias da Ponta da Erva e também na
vizinha zona de Pancas), onde ocorre durante
todo o ano.
Beira interior – a serra da Estrela
Litoral centro – durante a época de cria
pode ser vista nas zonas mais altas da
serra de Sicó e da serra de Aire
Trás-os-Montes – pode ser vista na
terras altas, nomeadamente nas serras
do Gerês, do Larouco, do Alvão, da
Coroa e de Montesinho.
Entre Douro e Minho –
a serra da Peneda
Embora possa ser observada em Portugal durante todo o ano, a laverca apresenta distribuições
diferentes consoante a época do ano. Durante a Primavera e o Verão, ocorre sobretudo a norte do
Tejo. Privilegia as terras altas, sendo especialmente comum acima dos 800 ou 900 metros de altitude.
Contudo, também ocorre ao nível do mar, como acontece na lezíria do Tejo. No Inverno pode ser
vista, por vezes em bandos muito numerosos, nas terras baixas do sul do país, especialmente em
terrenos cultivados.
Identificação
Abundância e calendário
Laverca (Cotovia)
Alauda arvensis Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Alaudidae
Género Alauda
Espécie A. arvensis
Nome binominal
Alauda arvensis ( Linnaeus, 1758 )
Lugre
Carduelis spinus
Identificação
A plumagem é preta e amarela, sendo o bico cónico, característico das aves
granívoras. No caso dos machos, é visível a coroa preta, que se estende até à
testa; a fêmea é menos contrastada; ambos os sexos apresentam na asa uma
risca amarela orlada de preto.
O lugre é um invernante que surge em números muito variáveis de ano
para ano: em certos anos (por vezes chamados “anos de lugres”) a
espécie é muito abundante, enquanto que noutros é particularmente
escassa.
Surge muitas vezes em bandos numerosos, que podem juntar dezenas ou
mesmo centenas de aves. Frequenta zonas de folhosas, desde parques
até matas ripícolas. Observa-se de meados de Outubro a meados de Abril.
Alentejo – a zona de Marvão
Lisboa e vale do Tejo – a serra da
Arrábida, o cabo Espichel (em Novembro)
e o paul do Boquilobo e a cidade de Tomar
Beira interior – o lugre parece ser regular no
covão da Ametade (serra da Estrela) e
também, já foi visto na serra da Gardunha
Litoral Centro - observa-se
na zona de Estarreja-Salreu.
Trás-os-Montes - pode ser visto em Pedras
Salgadas, no Parque do Corgo em Vila Real
Abundância e calendário
Lugre
Carduelis spinus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Fringillidae
Género Carduelis
Espécie C. spinus
Nome binominal
Carduelis spinus ( Linnaeus, 1758 )
Classificação científica
Maçarico-bastardo
Tringa glareola
Identificação
O maçarico-bastardo é uma pequena limícola do mesmo tamanho
que o maçarico-bique-bique, como o qual pode facilmente ser
confundido. Distingue-se desta espécie sobretudo pela parte
inferior das asas mais clara, pelos tons mais claros da plumagem,
pelas pintas maiores sobre as asas e pelas suas vocalizações
diferentes.
Muitos guias de campo assinalam o maçarico-bastardo como sendo raro em Portugal, mas
esta espécie surge regularmente durante a passagem migratória. Pode assim ser
observado principalmente em Março e Abril e novamente em Agosto e
Setembro, surgindo por vezes em pequenos bandos. Também pode ser observado no
período de invernada, embora nesta época seja claramente mais escasso. É uma espécie
associada às grandes zonas húmidas do litoral, embora evite lodos estuarinos e prefira os
locais de águas paradas, como arrozais e açudes.
Lisboa e Vale do Tejo – os arrozais
da Ponta da Erva (estuário do Tejo)
Alentejo – no estuário do Sado este maçarico pode
ser observado durante as passagens. Mais para sul,
observa-se igualmente na lagoa de Santo André
Algarve – a Ria de Alvor e a
lagoa dos Salgados
Abundância e calendário
Maçarico-bastardo
Tringa glareola
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Tringa
Espécie T. glareola
Nome binominal
Tringa glareola ( Linnaeus, 1758 )
Maçarico-bique-bique
Tringa ochropus
Algarve – qualquer zona
húmida junto ao litoral
Alentejo – na metade litoral pode ser
visto com relativa facilidade no estuário
do Sado e na lagoa de Santo André
Lisboa e Vale do Tejo – observa-se
regularmente na várzea de Loures,
na Ponta da Erva (estuário do Tejo)
Litoral centro - aparece na
zona de Estarreja-Salreu
Pouco abundante mas bem distribuído,
pode ver-se um pouco por todo o território,
tanto em zonas de água doce (barragens,
açudes e ribeiros) como em áreas de água
salobra. Geralmente solitário, embora por
vezes forme pequenos bandos. Pode ser
visto em Portugal durante quase todo o
ano, exceto num curto
período de dois meses durante a
Primavera: a partir de meados de Junho as
observações tornam-se regulares, sendo
esta uma das primeiras limícolas a
regressar do norte da Europa.
Identificação
O uropígio branco, contrastando com o dorso e as
asas pretas tornam este maçarico relativamente
fácil de identificar. O bico e as patas são
esverdeados. Quando está pousado assemelha-se
vagamente ao maçarico-das-rochas, distinguindo-
se pelo maior tamanho, pela plumagem mais
escura e pela ausência de reentrância branca no
peito. Pode confundir-se com o maçarico-bastardo,
do qual se distingue pela ausência de pintas
brancas no dorso e pela contra-asa escura.
Abundância e calendário
Maçarico-bique-bique
Tringa ochropus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Tringa
Espécie T. ochropus
Nome binominal
Tringa ochropus ( Linnaeus, 1758 )
Classificação científica
Maçarico-das-rochas
Actitis hypoleucos
Maçarico-das-rochas é uma ave ligada a ecossistemas aquático que
mede cerca de 18-21cm. Apresenta a parte superior castanha e a parte
inferior branca. As malhas castanhas nos lados do peito formam uma
linha clara ao longo das dobras das asas. Têm umas listas oculares e
superciliar bem marcadas. As suas patas podem ir de verde a quase
castanho e são sempre curtas. O seu uropígio é castanho-amarelado.
Algarve – presente na ria de Alvor, no estuário do
Arade, na lagoa dos Salgados e na lagoa das Dunas
Douradas, assim como na reserva de Castro Marim
Alentejo – encontra-se bem distribuída pelos cursos de
água e albufeiras desta região, nomeadamente no
estuário do Sado, na lagoa de Santo André
Lisboa e Vale do Tejo – é comum em locais como o paul da
Barroca, o parque do Tejo e o estuário do Tejo
(nomeadamente a Ponta da Erva, as salinas de Alverca).
Beira interior – os melhores locais de observação desta
espécie são as albufeiras de Santa Maria de Aguiar, Marateca
e Toulica, assim como a zona do Tejo Internacional.
Litoral centro – encontra-se na ria de Aveiro
(incluindo a zona de Salreu) e na lagoa de Óbidos,
assim como no estuário do Mondego e no porto de
Peniche
Pode-se ver nas margens do baixo Sabor
e do rio Tua, assim como na albufeira do
Azibo
Entre Douro e Minho – trata-se de uma límicola
frequente nos estuários do Minho e do Cávado, assim
como no estuário do Douro, sobretudo no Inverno
O maçarico-das-rochas é uma espécie relativamente comum em Portugal e distribui-se um
pouco por todo o país, mas como raramente forma grandes bandos não pode ser
considerado uma espécie abundante. Frequenta todo o tipo de zonas húmidas, sejam elas
de água doce, salobra ou salgada . Pode ser observado ao longo de todo o ano. Na época
de reprodução é relativamente escasso e ocorre sobretudo na metade interior do território..
Trás-os-Montes – é pouco comum na
região.
Identificação
Abundância e calendário
Maçarico-das-rochas
Actitis hypoleucos
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Actitis
Espécie A. hypoleucos
Nome binominal
Actitis hypoleucos ( Linnaeus, 1758 )
Maçarico-de-bico-direito
Limosa limosa
Identificação
Limícola de médio porte, acastanhada, de bico comprido e direito. A barra preta na cauda em contraste
com o uropígio branco e a banda alar branca larga dão-lhe um ar inconfundível em voo.
A espécie com que mais facilmente se pode confundir é o fuselo, do qual se diferencia por possuir um
porte mais elegante derivado do pescoço, bico e pernas mais compridas. No entanto, as características
que os distinguem mais facilmente são a ausência de riscas na cauda e o branco do uropígio não se
prolongar para o dorso nos maçaricos-de-bico-direito. Na plumagem de inverno o dorso é mais liso do
que o do fuselo, possuindo este último o bico levemente curvado para cima.
O maçarico-de-bico-direito ocorre em Portugal como migrador de passagem e invernante.
Durante a migração pré-nupcial, que nesta espécie é precoce ocorrendo nos meses de Janeiro e
Fevereiro, é comum a presença de mais de 50 mil aves em Portugal, a maioria em arrozais. No
inverno e durante a migração pós-nupcial, que se inicia em finais de Junho, a espécie é menos
comum.
Entre Douro e Minho – tem sido
registado com regularidade no estuário
do Douro.
Lisboa e Vale do Tejo – toda a
área do estuário do Tejo.
Alentejo – o estuário do Sado
Algarve – nesta região, o maçarico-de-bico-
direito ocorre sobretudo nas salinas de Tavira,
na ria Formosa e na reserva de Castro Marim
Abundância e calendário
Maçarico-de-bico-direito
Limosa limosa
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Limosa
Espécie L. limosa
Nome binominal
Limosa limosa ( Linnaeus, 1758 )
Maçarico-galego
Numenius phaeopus
Algarve – é frequente na ria
Formosa, na ria de Alvor e no
sapal de Castro Marim.
Alentejo – observa-se
habitualmente no estuário do Sado
Lisboa e Vale do Tejo – frequenta as
zonas de costa rochosa e pode ser
observado junto ao cabo Raso, na costa
do Estoril e na zona de Ericeira.
Litoral Centro – é regular na
ria de Aveiro
Entre Douro e Minho -estuários do
Minho , do Cávado e do Douro.
O maçarico-galego é principalmente um migrador
de passagem, que pode ser visto ao longo de todo
o litoral durante os meses de Abril e Maio e
novamente em Setembro e Outubro. A sua
abundância é muito variável, podendo
ocasionalmente ser vistos bandos de algumas
centenas de migradores. Adicionalmente,
existe uma pequena população invernante, que se
distribui de forma esparsa pelas zonas costeiras do
sul do país. No Inverno frequenta praias com zonas
rochosas, mas durante as migrações
pode ser visto em estuários, lagoas e até em
pastagens. É muito raro no interior do território.
Identificação
Um pouco mais pequeno que o maçarico-real, ao
qual se assemelha no aspeto geral. A plumagem é
acastanhada, o bico é comprido e recurvado para
baixo. A coroa tem duas grandes riscas escuras,
sendo esta uma característica que permite
distingui-lo do seu congénere.
Abundância e calendário
Maçarico-galego
Numenius phaeopus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Numenius
Espécie N. phaeopus
Nome binominal
Numenius phaeopus ( Linnaeus, 1758 )
Maçarico-real
Numenius arquata
Algarve – para além da ria Formosa
Alentejo – no estuário do Sado
Lisboa e Vale do Tejo – o
estuário do Tejo
Litoral Centro – o maçarico-real ocorre na
ria de Aveiro e no estuário do Mondego
Entre Douro e Minho - o estuários do
Minho e do Douro
É um migrador de passagem e invernante
pouco comum, cujos efetivos se
concentram principalmente nos grandes
estuários, onde pode ser localmente
numeroso, e noutras pequenas zonas
húmidas junto à orla costeira. A melhor
época de observação incide nos meses de
Setembro a Novembro, podendo ainda ser
encontrado durante a migração pré-nupcial,
entre Abril e Maio. Nas zonas onde inverna
está presente de Outubro a Março.
Identificação
O maçarico-real é uma limícola de grande tamanho,
saltando à vista as enormes dimensões do seu bico
encurvado e fino. O corpo é todo barrado e
acastanhado, podendo ser facilmente confundido
com o seu congénere maçarico-galego. Distingue-
se sobretudo pelas maiores dimensões, pelo bico
proporcionalmente mais longo, pela lista
superciliar menos marcada e pelo menor contraste
entre o padrão das asas e o abdómen. Quando em
voo, as diferenças de dimensão são mais
facilmente percetíveis, assim como a forma da
mancha branca no uropígio, que é maior no
maçarico-real.
Abundância e calendário
Maçarico-real
Numenius arquata
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Numenius
Espécie N. arquata
Nome binominal
Numenius arquata ( Linnaeus, 1758 )
Mainá-de-crista
Acridotheres cristatellus
Ave semelhante ao melro, de cor preta
e bico amarelo. A sua característica
principal é um pequeno tufo de plumas
que exibe sobre o bico. Possui ainda
umas grandes manchas brancas nas
asas.
O mainá-de-crista possui uma distribuição
muito localizada, que se resume a alguns
locais na região da Grande Lisboa, que
entretanto colonizou e onde se
estabeleceram populações nidificantes. Nas
zonas onde ocorre pode ser observado
durante todo o ano.
Lisboa e Vale do Tejo – na margem norte do Tejo, a costa do Estoril, particularmente a zona do Forte de São Julião da
Barra, é desde há muitos anos olocal do país onde é mais fácil observar este mainá. Na margem sul, a espécie pode
ser vista na zona de Corroios, junto ao Moinho de Maré – nesta zona as observações são feitas a maior distância, mas
por vezes já aqui foram vistos bandos de algumas dezenas. No entanto, conhecem-se outras observações na Península
de Setúbal, nomeadamente na zona do Barreiro, na Costa de Caparica, em Azeitão e no cabo Espichel.
Identificação
Abundância e calendário
Mainá-de-crista
Acridotheres cristatellus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Sturnidae
Género Acridotheres
Espécie A. cristatellus
Nome binominal
Acridotheres cristatellus ( Linnaeus, 1766 )
Marreco
Anas querquedula
É um pato de pequena dimensão. O macho caracteriza-se pela cabeça castanha com
uma longa lista supraciliar branca e, em voo, pelas coberturas azuis-claras. A fêmea é
muito semelhante à de marrequinha, sendo apenas ligeiramente maior que esta e
distinguindo-se pela mancha pálida quase circular junto à base do bico.
Embora já tenham sido registados casos de nidificação, o marreco é principalmente um
migrador de passagem. Deteta-se sobretudo na Primavera, época em que os machos em
plumagem nupcial são facilmente detetados, por vezes formando bandos de
algumas dezenas de indivíduos. O período ótimo de observação vai de meados de Fevereiro a
meados de Abril. No final do Verão poderá não ser raro, mas passa normalmente despercebido
Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo
(em particular as lezírias da Ponta da Edra).
Alentejo – o marreco surge com
regularidade no estuário do Sado
Algarve – a lagoa dos Salgados,
o Ludo e a Quinta do Lago
Identificação
Abundância e calendário
Marreco
Anas querquedula
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Género Anas
Espécie A. querquedula
Nome binominal
Anas querquedula ( Linnaeus, 1758 )
Marrequinha-comum
Anas crecca
A marrequinha, como outros patos que se alimentam em
águas pouco profundas, levanta voo quase na vertical.
A fêmea tem o bico castanho (amarelo na parte inferior),
corpo também castanho com espelho (barra colorida na
parte superior da asa, mais visível durante o voo) verde.
O macho tem bico preto, corpo acinzentado com uma lista
branca horizontal, cabeça avermelhada com uma mancha
verde em torno do olho, e um triângulo amarelo pálido na
parte posterior do corpo.
Algarve – ocorre um pouco por todas as zonas
húmidas da região, com especial destaque para a
Quinta do Lago.
Alentejo – no estuário do Sado a
marrequinha é comum, bem
como na lagoa de Santo André.
Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo
Beira interior -Santa Maria de Aguiar e da
Marateca.
Litoral centro – as pateiras de São
Jacinto e de Fermentelos, assim como
o baixo Mondego (paul da Madriz)
Entre Douro e Minho – trata-se de um pato
frequente nesta região, nomeadamente nas lagoas
de Bertiandos
A marrequinha é uma espécie invernante e
que está presente no nosso país
principalmente de Setembro a Março, embora
possa ser vista, em pequenos números,
noutros meses do ano. Durante a época fria é
um dos patos mais abundantes, formando
muitas vezes bandos que podem reunir
centenas ou mesmo milhares de indivíduos.
Identificação
Abundância e calendário
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Anseriformes
Família Anatiidae
Género Anas
Espécie A. crecca
Nome binominal
Anas crecca ( Linnaeus, 1758 )
Marrequinha-comum
Anas crecca

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  • 2. TODAS AS FOTOS SÃO RETIRADAS DA INTERNET OS TEXTOS SÃO PESQUISAS NA INTERNET E EM LIVROS…..
  • 4. Identificação Embora semelhante à garça-branca-pequena pela plumagem branca, esta ave é muito maior, com patas e pescoço mais compridos que a sua parente mais pequena, sendo praticamente da mesma dimensão da garça-real. Quando em plumagem de Inverno, apresenta o bico todo amarelo e as patas escuras, e corpo inteiramente branco. Na plumagem nupcial, ostenta um bico mais escuro, amarelo junto aos loros, e patas com tonalidades amareladas, assim como tufos de penas no dorso. Em voo apresenta as patas bastante estendidas para trás, deslocando-se com batimentos lentos tal como a garça-real. Ocorrência: em terrenos húmidos com águas pouco profundas, margens de rios e lagos, lagoas costeiras ou mesmo em zonas alagadas, arrozais e lameiros Algarve – pouco frequente nesta região Alentejo Lisboa e vale do Tejo Litoral centro Entre Douro e Minho
  • 5. Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Egretta Espécie E.alba Nome binominal Casmerodius alba( Linnaeus, 1758 ) Garça-branca-grande Egretta alba Foi mudado o nome para Egretta alba
  • 7. Descrição É uma garça de dimensão média, esguia e elegante. A plumagem é branca, possui o bico direito e negro, patas negras e dedos amarelos. Durante a época de reprodução exibe duas penas alongadas na nuca. Abundância e calendário A garça-branca-pequena é sobretudo residente e pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É mais abundante no litoral, especialmente na metade sul do território e é relativamente rara no interior norte, especialmente em zonas de altitude. Nidifica colonialmente havendo colónias importantes no Ribatejo, no Alentejo e no Algarve. Alentejo – no litoral é comum e observa-se facilmente no estuário do Sado, na lagoa de Santo André e na ribeira de Moinhos Algarve – é regular nas principais zonas húmidas da região, nomeadamente na ria de Alvor, no Ludo, na ria Formosa e também no sapal de Castro Marim. Litoral centro – pode ser vista com facilidade na ria de Aveiro, no estuário do Mondego
  • 8. Garça-branca-pequena Egretta garzetta Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Egretta Espécie E.garzetta Nome binominal Egretta garzetta( Linnaeus, 1766 )
  • 10. É maior garça que pode ser observada em Portugal. Tem o corpo robusto, grande, com coloração cinzenta nas partes superiores e branca acinzentada nas partes inferiores. O pescoço é longo, o bico é direito, forte e em forma de punhal com tonalidade amarela acinzentada, ficando laranja durante a época de reprodução. As patas são amarelas acinzentadas e a face superior das penas são cinzentas e pretas. Os adultos apresentam o centro e ambos os lados da cabeça brancos com uma pluma negra, longa e estreita até à nuca. Algarve – é frequente nas principais zonas húmidas da região, como a ria Formosa, o Ludo, a ria de Alvor Alentejo – o estuário do Sado, a lagoa de Santo André e a ribeira de Moinhos Lisboa e Vale do Tejo – abundante e fácil de encontrar, a garça-real é particularmente numerosa no estuário do Tejo Beira interior – as albufeiras de Vilar e de Santa Maria de AguiarLitoral centro – bastante frequente e fácil de observar nas zonas húmidas costeiras como a ria de Aveiro, e lagoa de óbidos Entre Douro e Minho – pode ser vista com facilidade no estuário do Minho e no estuário do Cávado e também na baía de São Paio (estuário do Douro). Ocorre igualmente no estuário do Lima Abundância e calendário Ocorre em Portugal ao longo de todo o ano, mas é mais numerosa fora da época de nidificação. Surge associada a todo o tipo de zonas húmidas, sendo particularmente abundante nos grandes estuários e lagoas costeiras. Descrição
  • 11. Garça-real Ardea cinerea REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Ardea Espécie A.cinerea Nome binominal Ardea cinérea ( Linnaeus, 1758 ) Classificação científica
  • 13. Alentejo – pode ser vista no estuário do Sado, nas lagoas de Melides, de Santo André Lisboa e vale do Tejo – é outra das boas zonas para observar a espécie em particular no estuário do Tejo (a espécie frequenta a Ponta da Erva e as salinas de Alverca) Litoral centro – é uma das melhores zonas para observar a espécie sendo que na Ria de Aveiro, pode observar-se em quase toda a sua área, Localmente abundante em algumas regiões como o Estuário do Tejo e a Ria de Aveiro. Apenas ocorre em Portugal durante a época estival começando a ser avistada em inícios de Março e ficando por cá até finais de Julho no caso dos adultos ou Setembro nos juvenis. Num passado recente era no estuário do Tejo que se concentrava a maioria do efetivo nidificante da espécie. Este cenário tem vindo a mudar e os núcleos principais de nidificação tem vindo a deslocar-se para norte. Assim, atualmente é na zona Centro e em particular na Ria de Aveiro que se localiza grande parte das colónias reprodutoras. Identificação De tamanho ligeiramente menor que uma garça-real, a garça-vermelha identifica-se com alguma facilidade pela plumagem de tons gerais cinzento variando de mais escuros até rosados e pela característica mancha de tons púrpura que possui debaixo da asa e que se vê bem em voo. Durante o voo recolhe o pescoço o que é uma característica desta família. Distingue-se da garça- real pelo o seu bico amarelo mais comprido, tipo baioneta e posição do pescoço em voo mais angular. Majestosa, a garça-vermelha, também conhecida por garça-imperial, é uma das mais interessantes espécies da família das Garças que ocorre em Portugal. Abundância e calendário
  • 14. Garça-vermelha Ardea purpurea Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Ardea Espécie A.purpurea Nome binominal Ardea purpurea ( Linnaeus, 1766 )
  • 16. Identificação Esta pequena garça caracteriza-se pela combinação de preto e bege. Em voo, a característica mais evidente são as duas enormes manchas beges visíveis sobre as partes superiores. Abundância e calendário O garçote é estival em Portugal e está presente principalmente desde o início de Abril até ao mês de Setembro, sendo ocasionalmente observado no Inverno. . Ocorre principalmente em manchas de água com abundante vegetação emergente, como lagoas, pauis e certos troços de rios. Litoral Centro – em conjunto com o Algarve, é uma das melhores regiões para ver o garçote Lisboa e Vale do Tejo – ocorre regularmente na várzea de Loures, no paul da BarrocaAlentejo – no Alentejo o garçote pode ser visto regularmente na lagoa de Santo André e na região de Elvas Algarve – o Algarve é uma das melhores zonas para observar o garçote, que pode ser observado principalmente na parte central da região É parecida com o abetouro-comum, mas é muito mais pequena, parecendo uma versão em miniatura dessa espécie. O macho tem a plumagem preta por cima e bege por baixo; em voo, destacam-se duas enormes ovais nas asas abertas, que correspondem às coberturas, também elas beges. A fêmea tem um padrão semelhante ao do macho, mas é mais acastanhada.
  • 17. Garçote Ixobrychus minutus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Ixobrychus Espécie I.minutus Nome binominal Ixobrychus minutus ( Linnaeus, 1766 )
  • 19. Identificação É uma garça de dimensão intermédia. O seu pescoço curto confere-lhe um ar atarracado. As asas e o barrete preto contrastam com o dorso cinzento e com o ventre esbranquiçado. As patas são amarelas e os olhos são vermelhos. Os juvenis são malhados de castanho e também têm as patas amarelas. Abundância e calendário Atualmente o goraz é uma espécie muito escassa em Portugal, com uma distribuição muito fragmentada. O litoral centro e o vale do Tejo, onde se conhecem algumas colónias, constituem as suas principais áreas de ocorrência. Nidifica colonialmente em árvores, nas imediações de zonas húmidas, em associação com outras espécies de garças. É uma espécie estival, que está presente no país sobretudo de Abril a Setembro. Litoral Centro – Os pauis do Baixo Mondego Lisboa e Vale do Tejo – é a principal zona de ocorrência desta espécie em Portugal, que tem colónias no paul do Boquilobo e na zona de Escaroupim. Alentejo – Recentemente colonizou a albufeira do Alqueva
  • 20. Goraz ou Garça-noturna Nycticorax nycticorax Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Nycticorax Espécie N.nycticorax Nome binominal Nycticorax nycticorax ( Linnaeus, 1758 )
  • 22. Descrição Assemelha-se ao açor mas é muito menor. É uma das aves de rapina mais pequenas, possuindo, contudo, uma cauda comprida e um voo enérgico. Na parte inferior, o macho tem listas ruivas e a fêmea cinzentas. Na parte superior, o macho é cinzento-acastanhado e a fêmea castanha. Além disso, a fêmea é maior que o macho. Algarve – durante a época reprodutora o melhor local é a serra do Caldeirão Litoral centro – no litoral centro a espécie pode ser vista com relativa facilidade, por exemplo no Pinhal de Mira assim como nas serras de Aire e Candeeiros Trás-os-Montes – a serra do Gerês serras do Alvão e do Larouco e a zona de Miranda do Douro. Entre Douro e Minho – observa-se na serra da Peneda. Espécie pouco abundante, o gavião é principalmente residente, podendo contudo ver os seus números aumentados durante o Outono e Inverno com a chegada de aves invernantes vindas do norte da Europa. Como nidificante, distribui-se sobretudo pelo norte do país, acompanhando as zonas florestadas. Abundância e calendário
  • 23. REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Accipitriformes Família Accipitridae Género Accipiter Espécie A.nisus Nome binominal Accipiter nisus ( Linnaeus, 1758 ) Gavião da Europa Accipiter nisus Classificação científica
  • 25. A gralha-de-bico-vermelho distingue-se pelo seu bico vermelho, longo e curvo, característico das aves adultas (os juvenis apresentam o bico amarelo e mais curto). A plumagem é negra com reflexos azul-esverdeados e as patas vermelhas. No nosso país, a gralha-de-bico-vermelho mede cerca de 38 cm de comprimento no estado adulto. Alimentam-se no solo utilizando o bico, longo e curvo, para escavar, virar pedras e remexer no interior dos excrementos de gado, sendo a sua dieta relativamente especializada: escaravelhos, gafanhotos, formigas, aranhas, etc., ingerindo por vezes sementes e grãos. Embora se alimente em bando, as gralhas-de-bico- vermelho são geralmente reprodutores solitários, que acasalam para toda a vida. Algarve – o cabo de São Vicente é talvez o melhor local de observação Litoral centro – distribui-se pelas serras de Aire e Candeeiros. Trás-os-Montes – pode ser encontrada nos vales do Douro Internacional, nomeadamente junto a Miranda do Douro e na barragem do Picote. Também ocorre na serra do Alvão. A gralha-de-bico-vermelho é rara e localizada, estando presente em algumas zonas de falésias costeiras, em zonas montanhosas rochosas e vales fluviais escarpados. Sendo uma espécie essencialmente residente, pode ser encontrada durante todo o ano nos locais onde ocorre. É uma espécie bastante fiel aos locais de cria, sendo raramente observada fora da área normal de distribuição. Descrição Abundância e calendário
  • 26. Gralha-de-bico-vermelho Pyrrhocorax pyrrhocorax Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Corvidae Género Pyrrhocorax Espécie P.pyrrhocorax Nome binominal Pyrrhocorax pyrrohocorax ( Linnaeus, 1758 )
  • 28. Algarve – pode ser observada no litoral rochoso, nomeadamente junto à cidade de Lagos Alentejo – esta espécie ocorre localmente pelo litoral alentejano, sendo particularmente fácil de observar junto a Porto Covo e no cabo Sardão. No interior da província observa-se nas zonas de Mértola e Moura, no castelo de Mourão. Trás-os-Montes – o melhor local de observação é o Douro Internacional, especialmente junto a Miranda do Douro. Espécie de distribuição localizada, podendo ser relativamente comum junto aos seus locais de cria. Pode ser encontrada a criar em falésias costeiras, arribas fluviais, e zonas históricas de cidades onde encontra muros com cavidades adequadas, alimentando-se sobretudo em zonas agricultadas. Identificação Relativamente fácil de distinguir dos restantes corvídeos, pois é mais pequena que o corvo e a gralha-preta, e não possui o bico colorido da gralha-de-bico-vermelho.. A curta distância, a sua nuca com reflexos cinza são bastante visíveis. As vocalizações produzidas, como um grasnar metálico, são inconfundíveis e são ouvidas a distâncias consideráveis, especialmente quando se agregam em bandos de algumas dezenas de aves, em busca de alimento. Abundância e calendário
  • 29. Gralha-de-nuca-cinzenta Corvus monedula Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Corvidae Género Corvus Espécie C. monedula Nome binominal Corvus monedula ( Linnaeus, 1758 )
  • 31. A gralha-preta possui uma dieta constituída sobretudo por invertebrados e grãos de cereais, incluindo também com frequência ovos e crias de outras aves, carne em decomposição, pequenos vertebrados e desperdícios gerados pelas atividades humanas. De cor preta com um brilho azul moderado, é muitas vezes confundida com um corvo, distinguindo-se deste pelo menor tamanho, bico mais pequeno e cauda cortada em quadrado. Juntam-se muitas vezes em bandos e possuem um chamamento semelhante a um cacarejo áspero. Trás-os-Montes – é frequente nas serras do Gerês, do Alvão e da Coroa e ainda na região de Miranda do Douro A gralha-preta é um dos corvídeos mais abundantes da nossa fauna. Pode ser vista em quase todos os tipos de habitats, exceto as zonas urbanizadas. Forma frequentemente pequenos bandos. Distribui-se por todo o território, embora seja relativamente rara na parte meridional do Alentejo e no Algarve. É uma espécie residente que pode ser vista durante todo o ano. Identificação Abundância e calendário
  • 32. Gralha-preta Corvus corone REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Corvidae Género Corvus Espécie C. corone Nome binominal Corvus corone ( Linnaeus, 1758 )
  • 34. Algarve – pouco comum na época reprodutora, mas no Outono é frequente observarem-se grandes concentrações junto ao cabo de São Vicente Alentejo – as zonas de Marvão e Barrancos Beira interior – o Tejo Internacional, a zona de Segura e as Portas de Ródão Trás-os-Montes – pode ser visto com facilidade ao longo do Douro Internacional, por exemplo em Miranda do Douro, no Penedo Durão ou na zona de Barca d'Alva. Identificação Muito grande, maior que as águias. Voa grandes distâncias planando e quase sem bater as asas. A plumagem é acastanhada. Os “dedos” das asas são facilmente visíveis. Pode confundir-se com o abutre-preto, que por vezes se lhe associa, distinguindo-se desta espécie principalmente pelas tonalidades castanho-cremes das coberturas, pelo pescoço claro e pela extremidade das asas claramente revirada para cima. Em Portugal nidificam algumas centenas de casais de grifos, mas a sua distribuição é fortemente assimétrica. O grifo distribui-se sobretudo pela metade interior do território nacional, sendo mais comum junto à fronteira. As principais zonas de reprodução situam-se no nordeste transmontano, que alberga mais de metade da população portuguesa.A espécie está presente no nosso país ao longo de todo o ano, mas efetua movimentos amplos fora da época de reprodução, surgindo então noutras zonas do território. Abundância e calendário
  • 35. Grifo Gyps fulvus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Accipitridae Género Gyps Espécie G. fulvus Nome binominal Gyps fulvus ( Hablzi, 1783 ) Classificação científica
  • 37. Identificação Grande ave, do tamanho de uma cegonha-branca. Caracteriza-se pela plumagem cinzenta, destacando-se o enorme tufo de penas sobre a cauda. O padrão da cabeça é preto, branco e com uma pequena mancha vermelha. Em voo destaca-se o enorme pescoço, que é mantido esticado. O grou é uma espécie invernante, que pode ser observada principalmente entre Novembro e Fevereiro. Com uma população invernante de cerca de 2000 indivíduos, não pode ser considerado raro, contudo a sua distribuição muito fragmentada e localizada faz com que a sua abundância varie fortemente: localmente pode ser comum e chegam a ser vistos bandos com muitas centenas de indivíduos, mas na maior parte do país é muito raro. É nas planícies do interior alentejano que existem as melhores hipóteses de observar os bandos de grous. Alentejo – existem quatro zonas onde a espécie se pode considerar regular: as planícies de Castro Verde, as zonas de Moura e Mourão, (bem como junto à vizinha albufeira de Alqueva), as planícies de Évora e a área de Campo Maior Abundância e calendário
  • 38. Grou-comum Grus grus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Gruiformes Família Gruidae Género Grus Espécie Grus grus Nome binominal Grus grus ( Linnaeus, 1758 )
  • 40. Algarve –está presente na ria de Alvor, no estuário do Arade, na Quinta do Lago, no Parque Ambiental de Vilamoura. Alentejo – é frequente nesta região. Exemplos de locais importantes para a observação do guarda-rios são o estuário do Sado, a ribeira do Divor, o vale do Guadiana na zona de Mértola Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo, particularmente as lezírias da Ponta da Erva e as salinas de Alverca. Beira interior – ocorre em locais como o Tejo Internacional, as Portas de Ródão, as albufeiras de Vilar e de Santa Maria de Aguiar Litoral centro – o guarda-rios está presente na lagoa de Óbidos, no estuário do Mondego e ainda na barrinha de Mira. Trás-os-Montes – ocorre ao longo do Douro Internacional, podendo ser observado também na albufeira do Azibo e no baixo Sabor. Entre Douro e Minho – os estuários desta região são bons locais para detetar esta espécie, de que são exemplo os estuários do Minho, do Lima, do Cávado e do Douro. Identificação Inconfundível. Muitas vezes é detetado quando faz o seu voo rasante e direto. Quando pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e ventre cor-de-laranja. Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que por isso batizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios, pica-peixe. Ocorre em Portugal durante todo o ano, mas a sua abundância varia fortemente de umas regiões para outras. É claramente mais comum no litoral que no interior e mais comum em planície que em montanha, sendo raro acima dos 1000 metros. Nos grandes estuários e lagoas costeiras parece ocorrer sobretudo fora da época de nidificação, estando presente sobretudo de Agosto a Abril. Abundância e calendário
  • 41. Guarda-rios Alcedo atthis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Coraciiformes Família Alcedinidae Género Alcedo Espécie A. atthis Nome binominal Alcedo atthis ( Linnaeus, 1758 )
  • 43. Algarve – sendo bastante comum nesta região, a sua deteção é fácil em locais como o Ludo, a Quinta do Lago, a ria Formosa, a reserva de Castro Marim Alentejo – espécie regularmente observada no litoral, sobretudo no estuário do Sado, na lagoa de Santo André e no estuário do Mira. No interior, é frequente nas albufeiras do Caia e do Alqueva. Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observada na cidade de Lisboa, sobretudo na zona ribeirinha . O estuário do Tejo alberga a maior população invernante, sendo facilmente avistada nesta zona. Beira interior – ocorre regularmente em locais como as Portas de Ródão Litoral centro – comum nesta região, sobretudo no estuário do Mondego, no baixo Mondego e na ria de Aveiro. Entre Douro e Minho – espécie facilmente observável nos estuários do Minho, do Lima e do Cávado O guincho-comum ocorre em Portugal principalmente como invernante e pode ser observado sobretudo de Julho a Março. A partir do fim de Junho os primeiros adultos regressam, por vezes ainda em plumagem de Verão e em Julho aparecem os primeiros juvenis. Como nidificante é claramente raro, havendo registos isolados de nidificação nos estuários do Mondego e do Sado. Identificação É uma gaivota relativamente pequena. Por baixo é branca e por cima é prateada. As asas são cinzentas com um triângulo branco nas primárias. O bico e as patas são vermelhos. A partir de Março os adultos envergam a plumagem nupcial, facilmente reconhecível pelo capuz castanho, cor de chocolate. Pode formar bandos de centenas ou mesmo milhares de indivíduos e mistura-se frequentemente com outras espécies de gaivotas. Pode confundir-se com a gaivota-de-cabeça-preta, distinguindo-se desta última espécie pela ponta preta das asas e, quando em plumagem nupcial, pelo capuz preto, e não castanho. Abundância e calendário
  • 44. Guincho-comum Larus ridibundus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. ridibundus Nome binominal Larus ridibundus ( Linnaeus, 1766 )
  • 46. Algarve – observa-se ocasionalmente nas zonas húmidas costeiras do Algarve central, particularmente em Vilamoura, na lagoa das Dunas Douradas Alentejo – o estuário do Sado é um dos melhores locais para observar a íbis-preta, que também ocorre, mas em menores números, na lagoa de Santo André. Lisboa e Vale do Tejo – espécie regular e relativamente fácil de encontrar no estuário do Tejo Litoral centro – conhecem-se alguns registos recentes do baixo Mondego Espécie presente no nosso país durante o ano todo, sendo mais abundante nos meses de Inverno, entre Setembro e Março. Como nidificante, apenas são conhecidas duas tentativas recentes de reprodução, ambas no vale do Tejo. Pode formar bandos de algumas centenas de aves, embora o mais comum é encontrarem-se aglomerados de algumas dezenas, tratando-se de uma espécie pouco comum e de distribuição muito localizada. Identificação Inconfundível, pela forma curvada e longa do bico, e pelo tom uniformemente castanho-escuro. Por vezes, conseguem-se observar os reflexos esverdeados nas asas dos adultos. Ave de dimensão média-grande, pode desaparecer facilmente por entre a vegetação nos locais onde se alimenta, possuindo um pescoço comprido como se fosse o prolongamento do bico longo e encurvado para baixo. As patas compridas e escuras permitem-lhe caminhar sobre a vegetação e na água. Abundância e calendário
  • 47. Íbis-preta Plegadis falcinellus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Threskiornithidae Género Plegadis Espécie P. falcinellus Nome binominal Plegadis falcinellus ( Linnaeus, 1766 )
  • 48. Laverca (Cotovia) Alauda arvensis Laverca, calandra ou calhandra (Alauda arvensis) é a cotovia mais vulgar na Europa por isso muitas vezes chamada apenas cotovia
  • 49. A plumagem da laverca é pouco vistosa, de cor castanha listrada de preto e castanho escuro na parte superior, com um barrete um pouco mais escuro e garganta amarelada, com estrias finas castanhas escuras. A crista do barrete levanta em certos momentos. Os olhos castanhos escuros são realçados por uma sobrancelha branca amarelada, e o bico é curto, grosso e de cor acastanhada. A parte inferior do corpo é creme e o peito castanho claro com estrias castanhas escuras. A cauda é alongada e quase negra, com as retrizes externas brancas. As patas são castanhas claras, e o dedo posterior é maior que os outros. Algarve – ocorre principalmente como invernante, podendo ser vista na ria de Alvor, no sapal de Castro Marim Alentejo – pode ser vista um pouco por toda a região Lisboa e Vale do Tejo – é comum no estuário do Tejo (lezírias da Ponta da Erva e também na vizinha zona de Pancas), onde ocorre durante todo o ano. Beira interior – a serra da Estrela Litoral centro – durante a época de cria pode ser vista nas zonas mais altas da serra de Sicó e da serra de Aire Trás-os-Montes – pode ser vista na terras altas, nomeadamente nas serras do Gerês, do Larouco, do Alvão, da Coroa e de Montesinho. Entre Douro e Minho – a serra da Peneda Embora possa ser observada em Portugal durante todo o ano, a laverca apresenta distribuições diferentes consoante a época do ano. Durante a Primavera e o Verão, ocorre sobretudo a norte do Tejo. Privilegia as terras altas, sendo especialmente comum acima dos 800 ou 900 metros de altitude. Contudo, também ocorre ao nível do mar, como acontece na lezíria do Tejo. No Inverno pode ser vista, por vezes em bandos muito numerosos, nas terras baixas do sul do país, especialmente em terrenos cultivados. Identificação Abundância e calendário
  • 50. Laverca (Cotovia) Alauda arvensis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Alaudidae Género Alauda Espécie A. arvensis Nome binominal Alauda arvensis ( Linnaeus, 1758 )
  • 52. Identificação A plumagem é preta e amarela, sendo o bico cónico, característico das aves granívoras. No caso dos machos, é visível a coroa preta, que se estende até à testa; a fêmea é menos contrastada; ambos os sexos apresentam na asa uma risca amarela orlada de preto. O lugre é um invernante que surge em números muito variáveis de ano para ano: em certos anos (por vezes chamados “anos de lugres”) a espécie é muito abundante, enquanto que noutros é particularmente escassa. Surge muitas vezes em bandos numerosos, que podem juntar dezenas ou mesmo centenas de aves. Frequenta zonas de folhosas, desde parques até matas ripícolas. Observa-se de meados de Outubro a meados de Abril. Alentejo – a zona de Marvão Lisboa e vale do Tejo – a serra da Arrábida, o cabo Espichel (em Novembro) e o paul do Boquilobo e a cidade de Tomar Beira interior – o lugre parece ser regular no covão da Ametade (serra da Estrela) e também, já foi visto na serra da Gardunha Litoral Centro - observa-se na zona de Estarreja-Salreu. Trás-os-Montes - pode ser visto em Pedras Salgadas, no Parque do Corgo em Vila Real Abundância e calendário
  • 53. Lugre Carduelis spinus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Fringillidae Género Carduelis Espécie C. spinus Nome binominal Carduelis spinus ( Linnaeus, 1758 ) Classificação científica
  • 55. Identificação O maçarico-bastardo é uma pequena limícola do mesmo tamanho que o maçarico-bique-bique, como o qual pode facilmente ser confundido. Distingue-se desta espécie sobretudo pela parte inferior das asas mais clara, pelos tons mais claros da plumagem, pelas pintas maiores sobre as asas e pelas suas vocalizações diferentes. Muitos guias de campo assinalam o maçarico-bastardo como sendo raro em Portugal, mas esta espécie surge regularmente durante a passagem migratória. Pode assim ser observado principalmente em Março e Abril e novamente em Agosto e Setembro, surgindo por vezes em pequenos bandos. Também pode ser observado no período de invernada, embora nesta época seja claramente mais escasso. É uma espécie associada às grandes zonas húmidas do litoral, embora evite lodos estuarinos e prefira os locais de águas paradas, como arrozais e açudes. Lisboa e Vale do Tejo – os arrozais da Ponta da Erva (estuário do Tejo) Alentejo – no estuário do Sado este maçarico pode ser observado durante as passagens. Mais para sul, observa-se igualmente na lagoa de Santo André Algarve – a Ria de Alvor e a lagoa dos Salgados Abundância e calendário
  • 56. Maçarico-bastardo Tringa glareola Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Tringa Espécie T. glareola Nome binominal Tringa glareola ( Linnaeus, 1758 )
  • 58. Algarve – qualquer zona húmida junto ao litoral Alentejo – na metade litoral pode ser visto com relativa facilidade no estuário do Sado e na lagoa de Santo André Lisboa e Vale do Tejo – observa-se regularmente na várzea de Loures, na Ponta da Erva (estuário do Tejo) Litoral centro - aparece na zona de Estarreja-Salreu Pouco abundante mas bem distribuído, pode ver-se um pouco por todo o território, tanto em zonas de água doce (barragens, açudes e ribeiros) como em áreas de água salobra. Geralmente solitário, embora por vezes forme pequenos bandos. Pode ser visto em Portugal durante quase todo o ano, exceto num curto período de dois meses durante a Primavera: a partir de meados de Junho as observações tornam-se regulares, sendo esta uma das primeiras limícolas a regressar do norte da Europa. Identificação O uropígio branco, contrastando com o dorso e as asas pretas tornam este maçarico relativamente fácil de identificar. O bico e as patas são esverdeados. Quando está pousado assemelha-se vagamente ao maçarico-das-rochas, distinguindo- se pelo maior tamanho, pela plumagem mais escura e pela ausência de reentrância branca no peito. Pode confundir-se com o maçarico-bastardo, do qual se distingue pela ausência de pintas brancas no dorso e pela contra-asa escura. Abundância e calendário
  • 59. Maçarico-bique-bique Tringa ochropus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Tringa Espécie T. ochropus Nome binominal Tringa ochropus ( Linnaeus, 1758 ) Classificação científica
  • 61. Maçarico-das-rochas é uma ave ligada a ecossistemas aquático que mede cerca de 18-21cm. Apresenta a parte superior castanha e a parte inferior branca. As malhas castanhas nos lados do peito formam uma linha clara ao longo das dobras das asas. Têm umas listas oculares e superciliar bem marcadas. As suas patas podem ir de verde a quase castanho e são sempre curtas. O seu uropígio é castanho-amarelado. Algarve – presente na ria de Alvor, no estuário do Arade, na lagoa dos Salgados e na lagoa das Dunas Douradas, assim como na reserva de Castro Marim Alentejo – encontra-se bem distribuída pelos cursos de água e albufeiras desta região, nomeadamente no estuário do Sado, na lagoa de Santo André Lisboa e Vale do Tejo – é comum em locais como o paul da Barroca, o parque do Tejo e o estuário do Tejo (nomeadamente a Ponta da Erva, as salinas de Alverca). Beira interior – os melhores locais de observação desta espécie são as albufeiras de Santa Maria de Aguiar, Marateca e Toulica, assim como a zona do Tejo Internacional. Litoral centro – encontra-se na ria de Aveiro (incluindo a zona de Salreu) e na lagoa de Óbidos, assim como no estuário do Mondego e no porto de Peniche Pode-se ver nas margens do baixo Sabor e do rio Tua, assim como na albufeira do Azibo Entre Douro e Minho – trata-se de uma límicola frequente nos estuários do Minho e do Cávado, assim como no estuário do Douro, sobretudo no Inverno O maçarico-das-rochas é uma espécie relativamente comum em Portugal e distribui-se um pouco por todo o país, mas como raramente forma grandes bandos não pode ser considerado uma espécie abundante. Frequenta todo o tipo de zonas húmidas, sejam elas de água doce, salobra ou salgada . Pode ser observado ao longo de todo o ano. Na época de reprodução é relativamente escasso e ocorre sobretudo na metade interior do território.. Trás-os-Montes – é pouco comum na região. Identificação Abundância e calendário
  • 62. Maçarico-das-rochas Actitis hypoleucos Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Actitis Espécie A. hypoleucos Nome binominal Actitis hypoleucos ( Linnaeus, 1758 )
  • 64. Identificação Limícola de médio porte, acastanhada, de bico comprido e direito. A barra preta na cauda em contraste com o uropígio branco e a banda alar branca larga dão-lhe um ar inconfundível em voo. A espécie com que mais facilmente se pode confundir é o fuselo, do qual se diferencia por possuir um porte mais elegante derivado do pescoço, bico e pernas mais compridas. No entanto, as características que os distinguem mais facilmente são a ausência de riscas na cauda e o branco do uropígio não se prolongar para o dorso nos maçaricos-de-bico-direito. Na plumagem de inverno o dorso é mais liso do que o do fuselo, possuindo este último o bico levemente curvado para cima. O maçarico-de-bico-direito ocorre em Portugal como migrador de passagem e invernante. Durante a migração pré-nupcial, que nesta espécie é precoce ocorrendo nos meses de Janeiro e Fevereiro, é comum a presença de mais de 50 mil aves em Portugal, a maioria em arrozais. No inverno e durante a migração pós-nupcial, que se inicia em finais de Junho, a espécie é menos comum. Entre Douro e Minho – tem sido registado com regularidade no estuário do Douro. Lisboa e Vale do Tejo – toda a área do estuário do Tejo. Alentejo – o estuário do Sado Algarve – nesta região, o maçarico-de-bico- direito ocorre sobretudo nas salinas de Tavira, na ria Formosa e na reserva de Castro Marim Abundância e calendário
  • 65. Maçarico-de-bico-direito Limosa limosa Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Limosa Espécie L. limosa Nome binominal Limosa limosa ( Linnaeus, 1758 )
  • 67. Algarve – é frequente na ria Formosa, na ria de Alvor e no sapal de Castro Marim. Alentejo – observa-se habitualmente no estuário do Sado Lisboa e Vale do Tejo – frequenta as zonas de costa rochosa e pode ser observado junto ao cabo Raso, na costa do Estoril e na zona de Ericeira. Litoral Centro – é regular na ria de Aveiro Entre Douro e Minho -estuários do Minho , do Cávado e do Douro. O maçarico-galego é principalmente um migrador de passagem, que pode ser visto ao longo de todo o litoral durante os meses de Abril e Maio e novamente em Setembro e Outubro. A sua abundância é muito variável, podendo ocasionalmente ser vistos bandos de algumas centenas de migradores. Adicionalmente, existe uma pequena população invernante, que se distribui de forma esparsa pelas zonas costeiras do sul do país. No Inverno frequenta praias com zonas rochosas, mas durante as migrações pode ser visto em estuários, lagoas e até em pastagens. É muito raro no interior do território. Identificação Um pouco mais pequeno que o maçarico-real, ao qual se assemelha no aspeto geral. A plumagem é acastanhada, o bico é comprido e recurvado para baixo. A coroa tem duas grandes riscas escuras, sendo esta uma característica que permite distingui-lo do seu congénere. Abundância e calendário
  • 68. Maçarico-galego Numenius phaeopus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Numenius Espécie N. phaeopus Nome binominal Numenius phaeopus ( Linnaeus, 1758 )
  • 70. Algarve – para além da ria Formosa Alentejo – no estuário do Sado Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo Litoral Centro – o maçarico-real ocorre na ria de Aveiro e no estuário do Mondego Entre Douro e Minho - o estuários do Minho e do Douro É um migrador de passagem e invernante pouco comum, cujos efetivos se concentram principalmente nos grandes estuários, onde pode ser localmente numeroso, e noutras pequenas zonas húmidas junto à orla costeira. A melhor época de observação incide nos meses de Setembro a Novembro, podendo ainda ser encontrado durante a migração pré-nupcial, entre Abril e Maio. Nas zonas onde inverna está presente de Outubro a Março. Identificação O maçarico-real é uma limícola de grande tamanho, saltando à vista as enormes dimensões do seu bico encurvado e fino. O corpo é todo barrado e acastanhado, podendo ser facilmente confundido com o seu congénere maçarico-galego. Distingue- se sobretudo pelas maiores dimensões, pelo bico proporcionalmente mais longo, pela lista superciliar menos marcada e pelo menor contraste entre o padrão das asas e o abdómen. Quando em voo, as diferenças de dimensão são mais facilmente percetíveis, assim como a forma da mancha branca no uropígio, que é maior no maçarico-real. Abundância e calendário
  • 71. Maçarico-real Numenius arquata Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Numenius Espécie N. arquata Nome binominal Numenius arquata ( Linnaeus, 1758 )
  • 73. Ave semelhante ao melro, de cor preta e bico amarelo. A sua característica principal é um pequeno tufo de plumas que exibe sobre o bico. Possui ainda umas grandes manchas brancas nas asas. O mainá-de-crista possui uma distribuição muito localizada, que se resume a alguns locais na região da Grande Lisboa, que entretanto colonizou e onde se estabeleceram populações nidificantes. Nas zonas onde ocorre pode ser observado durante todo o ano. Lisboa e Vale do Tejo – na margem norte do Tejo, a costa do Estoril, particularmente a zona do Forte de São Julião da Barra, é desde há muitos anos olocal do país onde é mais fácil observar este mainá. Na margem sul, a espécie pode ser vista na zona de Corroios, junto ao Moinho de Maré – nesta zona as observações são feitas a maior distância, mas por vezes já aqui foram vistos bandos de algumas dezenas. No entanto, conhecem-se outras observações na Península de Setúbal, nomeadamente na zona do Barreiro, na Costa de Caparica, em Azeitão e no cabo Espichel. Identificação Abundância e calendário
  • 74. Mainá-de-crista Acridotheres cristatellus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Sturnidae Género Acridotheres Espécie A. cristatellus Nome binominal Acridotheres cristatellus ( Linnaeus, 1766 )
  • 76. É um pato de pequena dimensão. O macho caracteriza-se pela cabeça castanha com uma longa lista supraciliar branca e, em voo, pelas coberturas azuis-claras. A fêmea é muito semelhante à de marrequinha, sendo apenas ligeiramente maior que esta e distinguindo-se pela mancha pálida quase circular junto à base do bico. Embora já tenham sido registados casos de nidificação, o marreco é principalmente um migrador de passagem. Deteta-se sobretudo na Primavera, época em que os machos em plumagem nupcial são facilmente detetados, por vezes formando bandos de algumas dezenas de indivíduos. O período ótimo de observação vai de meados de Fevereiro a meados de Abril. No final do Verão poderá não ser raro, mas passa normalmente despercebido Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo (em particular as lezírias da Ponta da Edra). Alentejo – o marreco surge com regularidade no estuário do Sado Algarve – a lagoa dos Salgados, o Ludo e a Quinta do Lago Identificação Abundância e calendário
  • 77. Marreco Anas querquedula Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Anseriformes Família Anatidae Género Anas Espécie A. querquedula Nome binominal Anas querquedula ( Linnaeus, 1758 )
  • 79. A marrequinha, como outros patos que se alimentam em águas pouco profundas, levanta voo quase na vertical. A fêmea tem o bico castanho (amarelo na parte inferior), corpo também castanho com espelho (barra colorida na parte superior da asa, mais visível durante o voo) verde. O macho tem bico preto, corpo acinzentado com uma lista branca horizontal, cabeça avermelhada com uma mancha verde em torno do olho, e um triângulo amarelo pálido na parte posterior do corpo. Algarve – ocorre um pouco por todas as zonas húmidas da região, com especial destaque para a Quinta do Lago. Alentejo – no estuário do Sado a marrequinha é comum, bem como na lagoa de Santo André. Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo Beira interior -Santa Maria de Aguiar e da Marateca. Litoral centro – as pateiras de São Jacinto e de Fermentelos, assim como o baixo Mondego (paul da Madriz) Entre Douro e Minho – trata-se de um pato frequente nesta região, nomeadamente nas lagoas de Bertiandos A marrequinha é uma espécie invernante e que está presente no nosso país principalmente de Setembro a Março, embora possa ser vista, em pequenos números, noutros meses do ano. Durante a época fria é um dos patos mais abundantes, formando muitas vezes bandos que podem reunir centenas ou mesmo milhares de indivíduos. Identificação Abundância e calendário
  • 80. Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Anseriformes Família Anatiidae Género Anas Espécie A. crecca Nome binominal Anas crecca ( Linnaeus, 1758 ) Marrequinha-comum Anas crecca