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Aves de
Portugal
12
Todas as Fotos são
retiradas da Interne
Os textos são pesquisas na internet e em livros…..
Melro-azul
Monticola solitarius
Identificação
É um passeriforme de tamanho médio, um pouco mais pequeno que o melro-preto. O macho é
facilmente identificável pela sua cor azul, que é particularmente intensa durante a época de
reprodução e um pouco mais mortiça no Inverno. As asas são mais escuras e são frequentemente
mantidas em posição “descaída”. A fêmea é acinzentada e os juvenis apresentam frequentemente
manchas no peito
O melro-azul é residente em Portugal e pode ser
observado no nosso país durante todo o ano. É
geralmente uma ave solitária. Distribui-se de norte a sul
do país mas a sua distribuição é bastante fragmentada
e a espécie não pode ser considerada comum em
nenhuma zona do território. No entanto, apresenta um
grande sedentarismo e permanece durante todo o ano
junto aos seus locais de reprodução, o que faz com
que seja fácil de observar em certos locais.
Litoral centro a serra de Aire
Lisboa e Vale do Tejo na faixa costeira a
espécie observa-se no cabo da Roca e no
cabo Espichel, ao passo que mais para o
interior aparece na zona de Tomar.
Alentejo – distribui-se principalmente pelo interior da região
Algarve – a zona de Sagres / cabo de
São Vicente
Beira interior – ocorre nas Portas de
Ródão e na cidade de Castelo Branco.
Localmente também pode ser visto na
serra da Gardunha, na serra da Estrela
Trás-os-Montes – os melhores locais para
observar esta espécie situam-se no Douro
Internacional (por exemplo em Miranda do
Douro ou na zona de Barca d'Alva).
Abundância e calendário
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Muscicapidae
Género Monticola
Espécie M. solitarius
Nome binominal
Monticola solitarius ( Linnaeus, 1758 )
Melro-azul
Monticola solitarius
Classificação científica
Melro-d'água
Cinclus cinclus
Melro-d'água
Cinclus cinclus
Identificação
Pequeno e rechonchudo, com a cauda curta. A plumagem é
predominantemente castanha, saltando à vista a enorme
mancha branca no peito. É o único passeriforme que
mergulha. O seu voo é rápido e direto, como uma seta.
O melro-d’água é pouco comum em Portugal. Distribui-se
principalmente pelas terras altas do norte e do centro,
podendo ser visto na maioria das serras portuguesas. É
uma espécie residente, que pode ser observada nos locais
de reprodução durante todo o ano.
Entre Douro e Minho – a serra da Peneda
e as serras de Fafe
Trás-os-Montes – ocorre nas principais serras da
região, como a serra do Gerês, a serra de
Montesinho, a serra da Nogueira e a serra do
Alvão.
Litoral centro – a serra da Lousã e o rio
Paiva na zona de Castelo de Paiva
Beira interior – a serra da Estrela
A capacidade de mergulhar, nadar e caminhar debaixo de água permite ao melro-d’água vencer as suas duras batalhas de
procura de alimento, tornando este tímido habitante de rios e riachos de montanha um tesouro da avifauna Europeia.
Abundância e calendário
Melro-d'água
Cinclus cinclus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Cinclidae
Género Cinclus
Espécie C. cinclus
Nome binominal
Cinclus cinclus ( Linnaeus, 1758 )
Melro-das-rochas
Monticola saxatilis
Pouco comum e com uma distribuição localizada, o melro-das-rochas nidifica apenas nas zonas de
maior altitude das serras do norte e do centro do território. Fazendo jus ao seu nome,
ocorre quase sempre nas imediações de zonas rochosas, onde constrói o ninho. É uma espécie
estival, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro.
Entre Douro e Minho – pode ser
visto unicamente na serra da
Peneda.
Trás-os-Montes – a serra do Gerês, a serra de
Montesinho, a serra do Larouco e a serra da
Nogueira são os locais onde é mais fácil
observar esta espécie, que também ocorre
na serra do Alvão.
Litoral centro – poderá ocorrer
nas principais serras da região
Beira interior – a serra da Estrela
Mais pequeno que um melro-comum, mede 18-20 cm. O melro-da-rochas é uma ave colorida e muito difícil de
observar. O macho quando observado é facilmente identificável ao contrário da fêmea que pode suscitar mais
dúvidas. O macho apresenta a cabeça e pescoço azul-claro com o dorso mais escuro. Apresenta no dorso uma
mancha branca, muito visível em voo. O peito e parte inferior é alaranjado, contrastando com o pescoço azul. A
fêmea é castanho-claro, muito malhada, com crescentes claros na parte superior e crescentes escuros na parte
inferior. A cauda é curta e laranja.
Identificação
Abundância e calendário
Melro-das-rochas
Monticola saxatilis
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Turdidae
Género Monticola
Espécie M. saxatilis
Nome binominal
Monticola saxatilis ( Linnaeus, 1766 )
Melro-de-peito-branco
Turdus torquatus
Tal como o nome indica, é idêntico ao melro-preto, diferenciando-se sobretudo pela distinta
marca branca no peito em forma de crescente lunar. A intensidade da cor desta marca varia
conforme o sexo e idade da ave, sendo mais nítida nos machos adultos, e mais pálida nas
fêmeas e aves jovens. As asas dos exemplares desta espécie são um pouco mais pálidas que as
do melro-preto, sendo esta característica mais notada quando em voo
O melro-de-peito-branco é sobretudo um migrador de passagem
raro, ocorrendo também localmente como invernante, de
distribuição bastante localizada. É mais frequente em
determinadas zonas do litoral e nas terras altas no interior. Pode
ser observado no nosso território entre Outubro e Abril.
Beira interior – as zonas
mais altas da serra da
Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região ocorre sobretudo
durante as migrações; frequenta as falésias junto ao
cabo da Roca, o «castelo» da Peninha (serra de Sintra)
e o topo da serra da Arrábida
Algarve – esta espécie inverna com regularidade nos
vales e falésias da costa sudoeste e perto do cabo de
São Vicente. Ocorre também na Rocha da Pena e na
serra de Monchique
Identificação
Abundância e calendário
Melro-de-peito-branco
Turdus torquatus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Turdidae
Género Turdus
Espécie T. torquatus
Nome binominal
Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
Melro-preto
Turdus merula
Identificação
Não apresenta dificuldades de identificação, sobressaindo, no
caso dos machos, a coloração geral preta, bico alaranjado e
auréola amarelada em torno do olho. Tanto no macho como
na fêmea, as patas são compridas e a cauda também. O
padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com
algumas riscas ténues. Apesar das facilidades de
identificação, pode no entanto ser confundido com o
estorninho-preto, sobretudo em condições de luz fraca. Ainda
assim, a plumagem desta espécie é mate, enquanto a dos
estorninhos é brilhante.
Localmente abundante, o melro-preto é das
espécies mais bem distribuídas pelo território,
ocorrendo numa variedade enorme de
habitats, desde bosques e florestas, a zonas de
pastagens com sebes, parques e jardins urbanos,
matos densos e também galerias rípicolas. Está
presente no país durante todo o ano.
Douro e Minho – espécie comum na mata do
Camarido junto ao estuário do Minho, nas lagoas
de Bertiandos, no Parque da Cidade (Porto)
Litoral centro – em locais como o pinhal
de Mira, o pinhal de Leiria, as cidades de
Aveiro e Coimbra, o baixo Mondego .
Beira interior – é facilmente avistada
nos andares inferiores da serra da
Estrela, na zona do Sabugal.
Lisboa e vale do Tejo – facilmente
observada em qualquer parque ou jardim
da cidade de Lisboa, nomeadamente em
Monsanto, no jardim da Fundação
Gulbenkian e no Parque do Tejo. Também
pode ser visto no estuário do Tejo
Alentejo – em alguns locais desta região,
o melro-preto é bastante abundante,
sendo mais comum na metade norte.
Algarve – tal como nas regiões mais a
norte de Portugal, está é uma espécie
que é comum em zonas urbanas
Abundância e calendário
Melro-preto
Turdus merula
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Turdidae
Género Turdus
Espécie T. merula
Nome binominal
Turdus merula ( Linnaeus, 1758 )
Merganso-de-poupa
Mergus serrator
Identificação
O merganso-de-poupa é um pato diferente da
tipologia habitual deste grupo, sobretudo devido
ao bico fino e comprido. Esta espécie ostenta
uma característica poupa eriçada na nuca. Tal
como nos restantes patos, o macho e
a fêmea diferem substancialmente. O macho,
mais colorido, apresenta cabeça verde escura, o
característico bico fino avermelhado, um colar
branco, e padrão no dorso claro/escuro com
uma larga banda branca nos flancos. Já
a fêmea, de tonalidade mais baça, apresenta o
bico da mesma cor, cabeça castanho-fulvo e
restante corpo acinzentado.
O número de aves que visita o nosso território é
relativamente reduzido, sendo esta uma espécie
pouco comum. Como invernante, a melhor
época de observação decorre de Novembro a
Março, sendo uma espécie típica de águas
abertas de estuários e lagoas amplas, podendo
também ser encontrada em ambientes marinhos
junto ao litoral.
Entre Douro e Minho – pode ser
visto em números reduzidos no
estuário do Cávado e no Minho
Litoral centro – pouco comum
na região, sendo a ria de Aveiro
Lisboa e vale do Tejo – pode ser visto, em
pequenos números, no estuário do Tejo
Alentejo – o melhor local para a
observação deste pato é o estuário do
Sado
Abundância e calendário
Merganso-de-poupa
Mergus serrator
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Género Mergus
Espécie M. serrator
Nome binominal
Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
Merganso-de-poupa
Mergus serrator
Mergulhão-de-crista
Podiceps cristatus
Identificação
Do tamanho de um pato, mas com um longo pescoço mantido verticalmente. Na
Primavera exibe uma longo pescoço branco é a característica que mais se destaca.
Como o seu nome indica, esta é uma ave que mergulha e que desaparece
frequentemente da vista, podendo reaparecer num ponto diferente do plano de água.
O mergulhão-de-crista está presente em Portugal ao longo de todo o ano, embora nalguns locais,
especialmente no litoral, apareça unicamente como invernante. É geralmente pouco abundante e
só ocasionalmente podem ser vistas mais de duas ou três dezenas de aves juntas. Contudo, nos
seus locais tradicionais de ocorrência é surpreendentemente regular e fácil de encontrar.
Trás-os-Montes – a espécie pode ser vista na
albufeira do rio Salas, perto de Tourém (serra do
Gerês) e também na barragem do Azibo.
Beira interior – na Beira Alta o melhor local
é a albufeira de Santa Maria de Aguiar
Beira Baixa - este mergulhão está presente
na albufeira da Marateca e na albufeira da
Toulica.
Alentejo - ocorre em inúmeras
barragens e açudes
Algarve - a Ria Formosa (Ludo), a vizinha Quinta do
Lago e a zona de Vilamoura
Abundância e calendário
Mergulhão-de-crista
Podiceps cristatus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Podicipedidae
Género Podiceps
Espécie P. cristatus
Nome binominal
Podiceps cristatus ( Linnaeus, 1758 )
Mergulhão-de-pescoço-
preto
Podiceps nigricollis
Identificação
É um mergulhão de pequena dimensão, com as partes inferiores brancas, e da nuca ao dorso e cauda,
pretos, e com plumas esbranquiçadas nos flancos. Possui bochechas brancas, e olho vermelho muito
característico e chamativo, isto durante o Inverno. Na Primavera, muda a plumagem para tons mais
garridos, com o corpo em tons acastanhados, e o pescoço e cabeça pretos, donde sobressaem do olho
penas amarelas longas lindíssimas. Bastante ativo, pode ser de difícil localização em águas mexidas dos
estuários, devido às suas pequenas dimensões.
Este mergulhão é pouco abundante no nosso país, raramente produzindo bandos de dimensões
superiores a cem exemplares. Ocorre quase exclusivamente como invernante, tendo sido recentemente
descoberto um casal a nidificar no Alto Alentejo. Pode ser encontrado entre Setembro e Março, embora
alguns indivíduos possam permanecer algum tempo mais na Primavera.
Entre Douro e Minho – ocorre
regularmente no estuário do Cávado
Lisboa e vale do Tejo – observa-se nalgumas antigas
salinas do estuário do Tejo, exemplo em Vasa Sacos
ou nas salinas de Alverca.
Alentejo – o estuário do Sado é o melhor
local do país para ver este mergulhão, que
frequenta sobretudo a zona do Zambujal e foz
da ribeira da Marateca. Ocorre igualmente na
lagoa de Santo André
Algarve – ocorre com regularidade no sapal de
Castro Marim, na ria Formosa e na lagoa dos
Salgados.
Abundância e calendário
Mergulhão-de-pescoço-
preto
Podiceps nigricollis Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Podicipedidae
Género Podiceps
Espécie P. nigricollis
Nome binominal
Podiceps nigricollis ( Brehm , 1831 )
Mergulhão-pequeno
Tachybaptus ruficollis
Identificação
Tem a forma padronizada de um mergulhão de pequenas dimensões, de pescoço proeminente e em
forma de S, bico curto, corpo comprido e patas com dedos grandes e palmados.
O mergulhão-pequeno assemelha-se ao mergulhão-de-pescoço-preto, possuindo uma plumagem
menos marcada e contrastante, dominada sobretudo pelos tons de castanho. A plumagem nupcial
difere da plumagem de Inverno sobretudo na presença de uma mancha amarela
conspícua junto à base do bico, pelo pescoço ruivo e bico escuro.
O mergulhão-pequeno é uma espécie essencialmente residente, estando presente no território durante todo
o ano. No entanto, durante o Inverno concentra-se em alguns locais em maior número, dispersando-se mais
durante a Primavera e o Verão, pelo que é mais fácil encontrar grupos de pequena/média dimensão entre
Novembro e Março. Trata-se de uma ave relativamente comum mas pouco abundante, mais frequente na
metade sul do território.
Trás-os-Montes – localizado nas zonas baixas
de alguns rios, como o Sabor, e nas águas
calmas de algumas Douro Internacional
Litoral Centro – é regular nos pauis do
Baixo Mondego, podendo também ser
observado no paul de Tornada
Beira interior – as melhores observações
são proporcionadas pelas albufeiras de
Santa Maria de Aguiar e de Idanha
Lisboa e Vale do Tejo – esta espécie está presente nas
Marinhas da Saragoça (Ponta da Erva), nas salinas de Alverca
Abundância e calendário
Alentejo – esta é a região onde o mergulhão-
pequeno se encontra mais distribuído, ocorrendo
no estuário do Sado, nos açudes de São Cristóvão,
na albufeira do Caia, na lagoa de Santo André e
na lagoa dos Patos
Algarve – os melhores locais de observação situam-
se na parte central do Algarve, nomeadamente na
Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa do Garrão, na
lagoa das Dunas Douradas, na foz do Almargem.
Mergulhão-pequeno
Tachybaptus ruficollis
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Podicipedidae
Género Tachybaptus
Espécie T. ruficollis
Nome binominal
Tachybaptus ruficollis ( Pallas, 1764 )
Milhafre-preto
Milvus migrans
Identificação
O milhafre-preto é uma ave de rapina de tamanho médio, que se caracteriza pela plumagem castanha e
pela sua cauda bifurcada. O facto de caçar frequentemente ao longo das estradas ou sobre planos de
água torna-o bastante conspícuo. pode confundir-se com o milhafre-real (distinguindo-se deste pela
plumagem mais escura e pela cauda castanha e não ruiva) ou com a águia-calçada .
De uma forma geral, o milhafre-preto pode ser considerado bastante comum, embora a sua
abundância varie de umas regiões para outras. É particularmente comum nas Beiras e em
certas zonas do interior alentejano. O milhafre-preto é uma espécie migradora, que está presente
no nosso território de Março a Agosto.
Trás-os-Montes – a melhor zona para encontrar
este milhafre é a região de Miranda do Douro
Litoral Centro – a cidade de Coimbra, onde se
situa a maior colónia de milhafres-pretos do país
Beira interior – o milhafre-preto é comum na
maior parte da Beira Alta, podendo ser visto na
zona de Celorico da Beira, na albufeira de Vilar,
na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na região
do Sabugal e ainda em Vilar Formoso
Abundância e calendário
Lisboa e Vale do Tejo – ocorre principalmente
ao longo do vale do Tejo, podendo ser visto por
exemplo no estuário do Tejo
Alentejo – tem uma distribuição ampla na
região, sendo mais fácil de observar na metade
interior; pode ser visto com frequência junto às
principais barragens (Póvoa, Montargil,
Maranhão, Odivelas e Monte da Rocha).
Algarve – pouco comum durante a época reprodutora,
mas durante a passagem migratória outonal pode ser
visto com regularidade junto ao Cabo de São Vicente
Milhafre-preto
Milvus migrans
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Accipitridae
Género Milvus
Espécie M.migrans
Nome binominal
Milvus migrans ( Boddaert,1783 )
Milhafre-real
Milvus milvus
Como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro em
Portugal, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada. Distribui-se quase exclusivamente pelo interior
norte. Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efetivos são
reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então
relativamente frequente no interior sul.
Trás-os-Montes – pode ser visto com
regularidade na zona do Douro Internacional,
nomeadamente junto a Miranda do Douro
Beira interior - planalto de
Vilar Formoso e na região do
Sabugal.
Alentejo - barragem da Póvoa, Elvas, albufeira do
Caia, albufeira do
Alqueva, Arraiolos, Mourão, Barrancos e Castro
Verde são os melhores locais para
observar esta espécie, que também ocorre em Alter
do Chão, na albufeira do Roxo, na
lagoa dos Patos e no aterro sanitário de Beja.
 A cabeça é de cor clara e a cauda, em
forma de forquilha, é de cor avermelhada.
 É habitual em áreas de cultivo e caça.
Prefere áreas húmidas e de pouca altitude.
 Alimenta-se de vertebrados de pequena
dimensão (répteis e anfíbios). Tal como o
milhafre-preto, alimenta-se de restos
encontrados em lixeiras.
Identificação
Abundância e calendário
Milhafre-real
Milvus milvus
Classificação científica
Nome binominal
Milvus milvus ( Linneu, 1758 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Accipitridae
Género Milvus
Espécie M.milvus
Mocho-galego
Athene noctua
Identificação
Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta
arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As
suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários
indivíduos a responder uns aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum.
O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie
residente, que está presente no país durante todo o ano . É particularmente frequente em terrenos agrícolas
com algumas árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou amontoados de pedras, que
usa para nidificar. Está ausente em zonas de altitude, bem como em áreas densamente
florestadas.
Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta
região. Pode ser observado junto ao parque da
cidade, em Guimarães
Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é
mais fácil de detetar. Pode ser visto, por exemplo,
na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados,
na zona de Sagres-cabo de São Vicente
Alentejo – os mochos-galegos são
comuns no Alentejo, especialmente em
zonas mais abertas do interior e
podemos observá-lo na região de
Castro Verde.
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se
a zona de Pancas (no estuário do Tejo)
Beira interior – trata-se de um mocho comum
nesta região, nomeadamente no Tejo
Internacional e no planalto de Vilar Formoso.
Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa
de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de Mira.
Trás-os-Montes – espécie pouco comum
nesta região, onde pode ser observada com
relativa facilidade em zonas como Miranda do
Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves.
Abundância e calendário
Mocho-galego
Athene noctua
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Strigiformes
Família Strigidae
Género Athene
Espécie A.noctua
Nome binominal
Athene noctua ( Scopoli, 1769 )
Mocho-pequeno-d’orelhas
Otus scops
Identificação
Ligeiramente menor que o mocho-galego,
caracteriza-se pelos pequenos tufos que possui
sobre a cabeça, que se assemelham a
“orelhas”. Tal como a maioria dos membros da
sua família, tem hábitos noturnos e só
raramente se vê de dia. O seu canto monótono,
que na Primavera se faz ouvir durante horas a
fio, é geralmente a melhor forma de localizar
esta espécie. Contudo, é importante lembrar
que o canto do sapo parteiro é muito
semelhante, podendo causar confusão.
De uma forma geral é pouco comum,
exceto no nordeste onde é claramente
mais numeroso. Este pequeno mocho é
estival e pode ser observado sobretudo de
Março a Setembro. Frequenta zonas de
árvores velhas com cavidades onde possa
nidificar, por vezes também ocorre em
zonas habitadas, nidificando em jardins
públicos.
Beira interior – pode ser visto com
regularidade nas zonas de Figueira de
Castelo Rodrigo, Sabugal e também no Tejo
Internacional
Alentejo –Mourão, Castro Verde e Mértola
Trás-os-Montes – é a melhor região do país
para encontrar este mocho, que pode ser
visto com facilidade em Miranda do Douro e
Barca dÁlva
Abundância e calendário
Mocho-pequeno-d’orelhas
Otus scops
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Strigiformes
Família Strigidae
Género Otus
Espécie O. scops
Nome binominal
Otus scops ( Linnaeus, 1758 )
Moleiro-grande
Stercorarius skua
Identificação
Ave marinha poderosa, de corpo compacto
assemelhando-se a um barril, cabeça e bico
grandes e fortes, cauda curta, e característicos
painéis alares brancos que contrastam bastante
com o padrão castanho escuro do corpo. De tal
forma são contrastantes que podem ser visíveis de
bastante longe. Os adultos apresentam marcas
pálidas na cabeça e dorso, enquanto os juvenis
apresentam o corpo arruivado. Estas aves
apresentam um batimento de asas poderoso e
pouco amplo, voando retilineamente quando em
trânsito, ao contrário das gaivotas que possuem
um tipo de voo mais pendulado (com oscilações). É
o maior dos moleiros, sendo do tamanho de uma
gaivota de dimensão grande
O moleiro-grande é frequente ao longo de toda a
costa portuguesa, podendo ser localmente comum
ao largo. Pode ser observado próximo da costa na
passagem outonal, especialmente em Setembro e
Outubro, onde por vezes ocorre em fluxos de
poucas centenas de aves. No entanto, é observável
durante a maior parte do ano, entre Agosto e Maio.
Entre Douro e Minho – pode ser
observado ao largo do litoral de
Esposende e da foz do rio Lima
Litoral Centro – ocorre com frequência
ao largo de todo o litoral desta região
Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso
Algarve – frequenta o litoral algarvio,
embora se aproxime pouco da costa.
Abundância e calendário
Moleiro-grande
Stercorarius skua
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Stercorariidae
Género Stercorarius
Espécie S. skua
Nome binominal
Stercorarius ( Brunnich, 1764 )
Moleiro-pequeno
Stercorarius parasiticus
Identificação
Tal como as restantes espécies de moleiros de menores dimensões,
esta é mais facilmente distinguível quando em plumagem de adulto
nupcial, com as penas centrais da cauda afiladas como característica
mais marcante. No entanto, as plumagens de imaturos e juvenis são
extremamente difíceis de separar dos congéneres moleiro do Ártico e
moleiro-de-cauda-comprida. Neste caso, a forma do corpo e das asas é
a melhor ajuda. O moleiro-pequeno tem o corpo mais pequeno que o
moleiro do Ártico, tendo maior projeção do peito e bico mais curto.
Este último é praticamente uniforme em termos de coloração,
contrastando com o bico bicolor dos seus congéneres. Tal como as
outras espécies, possui um barrete escuro que contrasta com o claro
do pescoço, no caso dos adultos. Possui um voo ágil, com batimentos
amplos, que lhes permite perseguir algumas das aves marinhas mais
bem adaptadas ao voo rápido, como é o caso dos garajaus-comuns. O
moleiro-pequeno ocorre em variações de plumagem que podem ir do
totalmente escuro, a indivíduos claros, com o pescoço amarelado, com
todas as plumagens intermédias possíveis.
Este moleiro é pouco comum no nosso território, sendo
pouco frequente a sua observação junto a terra. A
melhor época de observação ocorre entre o início de
Setembro e o final de Outubro, período da passagem
pós-nupcial, durante o qual a espécie é um pouco mais
comum. Existem alguns exemplares que
permanecem junto à nossa costa durante o Inverno, mas por
norma são aves isoladas.
Entre Douro e Minho - águas
frente à foz do Lima e do Cávado.
Litoral Centro – o cabo Carvoeiro e
a costa entre Ovar e Quiaios
Lisboa e Vale do Tejo cabo Raso e
ao cabo Espichel.
Algarve – O cabo de
São Vicente e o cabo
de Santa Maria (ria
Formosa )
Abundância e calendário
Moleiro-pequeno
Stercorarius parasiticus
Classificação científica
Nome binominal
Stercorarius parasiticus ( Scopoli, 1758 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Stercorariidae
Género Stercorarius
Espécie S. parasiticus
Moleiro-pomarino
ou Moleiro do Árctico
Stercorarius pomarinus
Cauda longa e bolbosa é a imagem de marca destes
artistas do ar. A sua manobrabilidade em voo é
notável quando em perseguição de outras espécies de
aves. Quando em migração ou em trânsito,
apresenta batimentos fortes e amplos, e voo retilíneo.
Migrador de passagem frequente, é raro como
invernante. Ocorre ao longo de toda a costa
portuguesa continental, sendo mais frequente na
passagem outonal, entre finais de Agosto e Novembro.
Durante o Inverno, é mais regular ao largo da costa sul,
mas sempre em números reduzidos.
Litoral Centro – espécie
avistada com regularidade
frente ao cabo Carvoeiro
Identificação
Alentejo - no litoral entre
Tróia e a lagoa de Santo André
Algarve – alguns exemplares são
observados todos os anos em passagem
pelo cabo de São Vicente e pela ponta de
Sagres.
Abundância e calendário
Moleiro-pomarino
ou Moleiro do Árctico
Stercorarius pomarinus
Classificação científica
Nome binominal
Stercorarius pomarinus ( Temminck, 1815 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Stercorariidae
Género Stercorarius
Espécie S. pomarinus
Uma invernante comum, ocorrendo de norte a
sul, potencialmente em todas as zonas húmidas,
preferindo arrozais, pauis, terrenos alagados e
lameiros. Ocorre sobretudo entre Setembro e
início de Abril. Outrora, embora localizada, era
uma nidificante relativamente abundante,
estendendo-se a sua área de distribuição, desde
a zona leste do Gerês até à Veiga de Chaves.
Atualmente apenas existe uma pequena
população reprodutora no Planalto da Mourela
e em alguns lameiros da zona de Montalegre.
Entre Douro e Minho estuário
do Cávado
Trás-os-Montes nos planaltos da
vertente oriental da serra do Gerês
Litoral centro – a ria de Aveiro e os
pauis e arrozais do baixo Mondego
(como o paul da Madriz
Lisboa e Vale do Tejo – é
uma espécie comum no
estuário do Tejo, sobretudo
na Ponta da Erva
Alentejo – ocorre no estuário do
Sado, na lagoa de Santo André, e
em albufeiras do interior, como a
lagoa dos Patos, as zonas de São
Cristóvão e Elvas
Algarve – pode ser observada na Quinta do
Lago e no Ludo, assim como nos arrozais de
Estômbar, na ria de Alvor
Caracteriza-se pelo seu longo bico direito,
plumagem castanha com listras claras na
cabeça e pelo corpo, patas relativamente
curtas e corpo compacto. No seu voo nupcial
produz um "tamborilar sonoro" que faz
lembrar um motor.
Identificação
Abundância e calendário
Nome binominal
Gallinago gallinago ( Linnaeus, 1758)
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Gallinago
Espécie G. gallinago
Classificação científica
Narceja-galega
Lymnocryptes minimus
Identificação
É uma limícola pequena muito difícil de observar, pois
possui um mimetismo que a torna “invisível”, mesmo
para o mais treinado dos olhares. Embora se
assemelhe à narceja-comum é muito mais pequena
(cerca de metade do tamanho); o padrão da
plumagem, em tons de castanho, é semelhante ao das
outras narcejas, apresentando porém, no dorso,
reflexos de verde-arroxeado; tem um bico e patas mais
curtos, um voo mais lento (por vezes «borboleante»),
levantando a poucos metros de distância do intruso.
Além do mais é silenciosa e, quase sempre, pousa «à
vista» do observador, a 100-200 metros de distância no
máximo.
No nosso país é uma espécie invernante, chegando as
primeiras aves a partir de Outubro e podendo ser
observadas entre nós até final de Março/início de Abril.
Frequenta os mesmos habitats da narceja-comum,
tendo no entanto uma nítida preferência por arrozais e
zonas de paul. Ocorre de norte a sul, sobretudo nas
zonas húmidas do litoral, sempre em número escasso,
desde que encontre zonas alagadiças favoráveis e
onde o nível de água não seja muito alto. No interior, a
norte do Tejo, a sua ocorrência é muito rara.
Litoral centro – Os melhores locais
para encontrar esta espécie
situam-se na ria de Aveiro
(particularmente a zona de Salreu)
Lisboa e vale do Tejo – pode ser
observada em bons números no
estuário do Tejo , nomeadamente nos
arrozais da Ponta da Erva
Alentejo – na bacia do Sado pode
ser vista nas várzeas de Alcácer do
Sal, Santa Catarina, Rio de
Moinhos, Moinho da Ordem,
Comporta e Alvalade e, junto ao
estuário do Sado
Abundância e calendário
Narceja-galega
Lymnocryptes minimus
Nome binominal
Lymnocryptes minimus ( Brunnich, 1764)
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Lymnocryptes
Espécie L. minimus
Classificação científica
Noitibó da Europa
Caprimulgus europaeus
Misteriosos e simultaneamente
fascinantes, os noitibós são aves
insectívoras de hábitos
crepusculares. O noitibó da Europa
faz-se notar principalmente pelo
seu canto que faz lembrar um
inseto.
A distribuição do noitibó da Europa é, em certa
medida, complementar da do noitibó-de-nuca-
vermelha e abrange principalmente a região a
norte do Tejo. Embora não possa ser
considerado abundante, é relativamente comum
em certas zonas, principalmente na confluência
de zonas florestais com terrenos mais abertos.
É uma espécie estival, que chega bastante
tarde – o seu canto raramente se faz ouvir antes
do final de Abril. Assim, é nos meses de Maio e
Junho que este noitibó pode ser observado com
mais facilidade.
Entre Douro e Minho – ocorre
na serra da Peneda e na zona
de Guimarães
Litoral centro – é relativamente
comum nesta região, podendo ser
observado em zonas de pinhal,
nomeadamente na região de Mira.Beira interior – ocorre um
pouco por toda a região,
sendo a serra da Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – pode
ser observado na zona de
Pancas (estuário do Tejo)
Alentejo - estuário do Sado e
na zona da lagoa de Santo
André.
Identificação
Abundância e calendário
Trás-os-Montes – pode ser
visto na serra de Montesinho e
na zona de Miranda do Douro
Noitibó da Europa
Caprimulgus europaeus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Strigiformes
Família Caprimuleidae
Género Caprimulgus
Espécie C. europaeus
Nome binominal
Caprimulgus europaeus ( Linnaeus, 1758)
Noitibó-de-nuca-vermelha
Caprimulgus ruficollis
Uma das mais misteriosas aves da nossa avifauna,
faz ecoar o seu canto prolongado durante as noites,
sendo incrivelmente mimética quando pousada no
solo durante o dia.
Identificação
Raramente observado durante o dia, o noitibó-de-nuca-
vermelha é uma ave com uma capacidade de se
camuflar absolutamente notável. Mais facilmente
reconhecido pelas vocalizações, pode ainda assim ser
observado durante a noite nos seus voos de prospeção
de insetos, que captura em voo. Trata-se de uma
ave semelhante na silhueta ao gavião, embora os seus
hábitos noturnos e as janelas brancas na cauda e
asas permitam de imediato separar as duas espécies.
No entanto, a separação entre este noitibó e o
noitibó da Europa é bastante difícil, sendo necessária
uma observação atenta quando a ave é surpreendida
pousada. Neste caso, a observação dos lados da
cabeça, garganta e nucas cor-de-ferrugem, permitem
distinguir ambas as espécies
Embora comum na metade sul do território, pode
parecer bastante raro pelas dificuldades de
observação. Exclusivamente estival, este é um
nidificante tardio, chegando ao nosso território a
partir de meados ou finais de Abril, permanecendo
até meados de Setembro. Ocorre sobretudo em
zonas florestadas e bosquetes, especialmente
aquelas zonas situadas nas proximidades de zonas
abertas que procura para caçar. A sua área de
distribuição abrange principalmente as zonas de
influência mediterrânica
Tras-os-Montes – embora seja raro nesta
região, pode ser visto com alguma regularidade
junto à cidade de Miranda do Douro
Beira interior – o melhor local
para ver este noitibó é o Tejo
Internacional
Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais
situam-se em Pancas (no estuário do Tejo) e
nas zonas de Coruche e Chamusca.
Alentejo – na parte litoral estes noitibós ocorrem
sobretudo na Herdade do Pinheiro (estuário do
Sado), e na Serra de Grândola; mais para o
interior, podem ser vistos em Arraiolos.
Algarve – sem dúvida, os melhores locais para a
observação do noitibó-de-nuca-vermelha em Portugal
situam-se nesta região, nomeadamente no Ludo ena vizinha
Quinta do Lago, na reserva de Castro Marim, na ria de Alvor,
mas também na Serra do Caldeirão.
Abundância e calendário
Noitibó-de-nuca-vermelha
Caprimulgus ruficollis
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Strigiformes
Família Caprimuleidae
Género Caprimulgus
Espécie C. ruficollis
Nome binominal
Caprimulgus ruficollis ( Temminck, 1820)
Ógea
Falco subbuteo
Identificação
Pequeno falcão, de tons escuros, cauda longa e
asas longas e muito pontiagudas. As partes
superiores das asas e do dorso são cor de ardósia,
ao passo que as partes inferiores são claras. O
peito é riscado e no ventre tem uma mancha
avermelhada que apenas é visível a pequena
distância. A face é branca apresentando um bigode
preto que faz lembrar o padrão do falcão-peregrino.
A ógea é uma ave estival em Portugal, que pode ser
vista desde finais de Abril até Setembro ou Outubro.
Distribui-se de norte a sul do país, mas de uma
forma geral é uma espécie pouco comum, que
ocorre em densidades baixas. Frequenta meios
florestais, o que dificulta a sua deteção e acentua a
impressão de escassez
Entre Douro e Minho – aparece
ocasionalmente junto ao estuário
do Minho, bem como na serra do
Gerês
Trás-os-Montes – raro na
região, tem sido registado
com alguma regularidade no
Douro Internacional, podendo
também ser visto na zona de
Chaves e na serra do Alvão.
Litoral centro – observa-se por
vezes na zona do Baixo Mondego
(por exemplo junto ao paul da
Madriz) e na serra de Aire
Beira interior – a Beira Alta é talvez a
melhor região do país para observar esta
espécie, nomeadamente as zonas de
Vilar Formoso, Sabugal e Celorico da
Beira; mais para sul, pode por vezes ser
observado nas Portas de Ródão.
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do
Boquilobo
Algarve – ocorre principalmente
durante a passagem migratória
outonal, sendo o cabo de São Vicente
Abundância e calendário
Ógea
Falco subbuteo
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Falconidae
Género Falco
Espécie F. subbuteo
Nome binominal
Falco subbuteo( Linnaeus, 1758)
Ógea
Falco subbuteo
Ostraceiro
Haematopus ostralegus
Identificação
O ostraceiro é fácil de identificar: preto e branco,
com as patas e o bico de um tom laranja
avermelhado muito intenso. Em voo é visível
uma risca branca na asa e quando em plumagem
de Inverno as aves apresentam também um meio-
colar branco.
Em Portugal, esta limícola de hábitos costeiros é
uma espécie pouco comum e com uma distribuição
muito fragmentada. No entanto, a sua ocorrência
parece ser regular nalguns locais do território
nacional. Embora a espécie seja principalmente
invernante em Portugal, existem observações de
ostraceiros em todos os meses do ano. As
observações feitas na Primavera e no Verão
deverão envolver indivíduos não nidificantes. De
uma forma geral é pouco abundante, embora
localmente possam ocorrer concentrações de
algumas centenas de indivíduos
Entre Douro e Minho – o ostraceiro
observa-se regularmente na Ínsua,
junto ao estuário do Minho
Litoral centro – a lagoa de Óbidos
Lisboa e vale do Tejo
nas praias rochosas da
Ericeira e da costa do
Estoril
Alentejo – o estuário do Sado
Algarve – existem dois locais principais
de observação de ostraceiros no Algarve:
a ria de Alvor e a ria Formosa
Abundância e calendário
Ostraceiro
Haematopus ostralegus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Haematopodidae
Género Haematopus
Espécie H. ostralegus
Nome binominal
Haematopus ostralegus ( Linnaeus, 1758)
Painho-casquilho
Oceanites oceanicus
Como dito acima, podem ser observados em
grande número, mas estas são situações
pontuais e raras. Embora o painho-casquilho
seja comum na época de passagem outonal,
entre Agosto e finais de Outubro,
raramente se aproxima de terra.
Litoral centro – existem registos
desta espécie feitos a partir das
Berlengas e do cabo Carvoeiro
Lisboa e Vale do Tejo – as
maiores probabilidades de
observação centram-se no cabo
Raso.
Algarve – nesta região já foi
detetada frente ao cabo de São
Vicente
Painho-casquilho (Oceanites
oceanicus) . Esta pequena ave é de
difícil observação pois passa a
maior parte do tempo no mar,
literalmente "caminhando sobre a
água".
Identificação
Abundância e calendário
Painho-casquilho
Oceanites oceanicus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Hydrobatidae
Género Oceanites
Espécie O. oceanicus
Nome binominal
Oceanites oceanicus ( Kuhl, 1820)
Classificação científica
Painho-de-cauda-forcada
Oceanodroma leucorhoa
Identificação
Estamos na presença do maior dos painhos que ocorre
nas águas portuguesas. Embora a diferença
relativamente às outras espécies não seja muita, ela
pode permitir a distinção relativamente ao
painho-de-cauda-quadrada e ao painho-casquilho.
Entre as duas espécies congéneres do género
Oceanodroma, a distinção cinge-se à forma da banda
branca uropigial (mais pequena e em forma de 'W'
nesta espécie), e à existência de barras alares
visivelmente pálidas, nas partes superiores. O
painho-de-cauda-forcada ocorre com alguma
frequência junto a terra, sobretudo durante ou logo
após grandes temporais, embora também surja noutras
ocasiões.
Dado que se trata de um migrador de passagem junto
à costa continental portuguesa, pode ser encontrado
principalmente no período que decorre entre Setembro
e Novembro. No entanto, esta espécie raramente se
aproxima de terra, fazendo-o com mais frequência
durante a passagem de frentes. Ao largo, pode ser uma
espécie localmente comum, agregando-se em bandos
de dimensão apreciável.
Litoral centro – as melhores
opções são o cabo Carvoeiro e o
cabo Mondego
Lisboa e Vale do Tejo – frente ao cabo
Raso
Algarve –no cabo de São Vicente
Abundância e calendário
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Hydrobatidae
Género Oceanodroma
Espécie O. leucorhoa
Nome binominal
Oceanodroma leucorhoa ( Vieillat, 1818 )
Papa-amoras-comum
Sylvia communis
Identificação
Como características mais marcantes nesta
espécie temos a cabeça cinzento-azulada e
as terciárias arruivadas, no caso dos
machos, que contrasta com a garganta
pálida (faz lembrar uma versão grande da
toutinegra-tomilheira. O olho amarelo
destaca-se na coloração descrita. As fêmeas
são quase uniformemente acastanhadas,
com as partes inferiores mais pálidas.
Em Portugal, trata-se de uma espécie típica de matos
de altitude, sendo um nidificante estival. Resulta que
ocorre quase exclusivamente na metade norte do
território, sendo os melhores períodos de observação
nessa região entre Abril e Setembro. No
final do Verão e principio do Outono, esta espécie pode
ser encontrada em locais distintos das zonas de
nidificação, pois tratam-se de aves em migração.
Entre Douro e Minho – ocorre na
serra da Peneda e na serra Amarela
Trás-os-Montes – presente em
locais como as serras da Coroa, de
Montesinho, do Alvão e do Larouco
Litoral centro – ocorre sobretudo nas
passagens migratórias, onde pode ser
vista por exemplo na ria de Aveiro
Beira interior – um dos melhores locais de
observação encontra-se na serra da Estrela
Lisboa e vale do Tejo estuário do
Tejo ,cabo Espichel, ocorrendo
também na serra da Arrábida.
Algarve – presente durante a
Primavera na serra de Monchique.
Abundância e calendário
Papa-amoras-comum
Sylvia communis
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Sylviidae
Género Sylvia
Espécie S. communis
Nome binominal
Sylvia communis ( Latham, 1787 )
Papa-figos
Oriolus oriolus
Identificação
O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e
dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A
fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode
confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de
raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir
com frequência o seu canto aflautado, sendo este
muitas vezes o primeiro sinal da sua presença.
Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se
tratar de um estorninho-preto, que imita
bem o canto do papa-figos.
Papa-figos
Oriolus oriolus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Corvidae
Género Oriolus
Espécie O. oriolus
Nome binominal
Oriolus oriolus ( Linnaeus, 1758 )
O papa-figos distribui-se de norte a sul e pode ser
considerado comum na metade interior do território
e pouco comum na metade ocidental.
É um visitante estival que chega bastante tarde ao
nosso país: a maioria dos machos faz-se ouvir a
partir de finais de Abril ou início de Maio e canta até
ao princípio de Julho. Parte para África em
Agosto, sendo já raro a partir de Setembro
Abundância e calendário Trás-os-Montes – bastante
comum, pode ser observado na
serra do Larouco e Douro
Internacional (concretamente em
Miranda do Douro e Barca d’Alva)
Algarve – ocorre por toda a região
durante a época reprodutora
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do
Boquilobo e a serra da Arrábida
Beira interior – o papa-figos é
bastante comum ao longo da faixa
raiana e pode ser observado na
albufeira de Santa Maria de Aguiar, na
zona deVilar Formoso, na região do
Sabugal e no Tejo Internacional. Mais
para oeste, ocorre também em
Celorico da Beira, nas serras de
Montemuro e da Gardunha e na
albufeira da Marateca.
Alentejo – comum e localmente
abundante, pode ser visto com
facilidade na região de Castro Verde,
na zona de Mértola e na vizinha Mina
de São Domingos; também ocorre em
Barrancos; mais para norte, observa-
se junto à barragem da
Póvoa e na zona de Castelo de Vide.

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  • 2. Todas as Fotos são retiradas da Interne Os textos são pesquisas na internet e em livros…..
  • 4. Identificação É um passeriforme de tamanho médio, um pouco mais pequeno que o melro-preto. O macho é facilmente identificável pela sua cor azul, que é particularmente intensa durante a época de reprodução e um pouco mais mortiça no Inverno. As asas são mais escuras e são frequentemente mantidas em posição “descaída”. A fêmea é acinzentada e os juvenis apresentam frequentemente manchas no peito O melro-azul é residente em Portugal e pode ser observado no nosso país durante todo o ano. É geralmente uma ave solitária. Distribui-se de norte a sul do país mas a sua distribuição é bastante fragmentada e a espécie não pode ser considerada comum em nenhuma zona do território. No entanto, apresenta um grande sedentarismo e permanece durante todo o ano junto aos seus locais de reprodução, o que faz com que seja fácil de observar em certos locais. Litoral centro a serra de Aire Lisboa e Vale do Tejo na faixa costeira a espécie observa-se no cabo da Roca e no cabo Espichel, ao passo que mais para o interior aparece na zona de Tomar. Alentejo – distribui-se principalmente pelo interior da região Algarve – a zona de Sagres / cabo de São Vicente Beira interior – ocorre nas Portas de Ródão e na cidade de Castelo Branco. Localmente também pode ser visto na serra da Gardunha, na serra da Estrela Trás-os-Montes – os melhores locais para observar esta espécie situam-se no Douro Internacional (por exemplo em Miranda do Douro ou na zona de Barca d'Alva). Abundância e calendário
  • 5. REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Muscicapidae Género Monticola Espécie M. solitarius Nome binominal Monticola solitarius ( Linnaeus, 1758 ) Melro-azul Monticola solitarius Classificação científica
  • 7. Melro-d'água Cinclus cinclus Identificação Pequeno e rechonchudo, com a cauda curta. A plumagem é predominantemente castanha, saltando à vista a enorme mancha branca no peito. É o único passeriforme que mergulha. O seu voo é rápido e direto, como uma seta. O melro-d’água é pouco comum em Portugal. Distribui-se principalmente pelas terras altas do norte e do centro, podendo ser visto na maioria das serras portuguesas. É uma espécie residente, que pode ser observada nos locais de reprodução durante todo o ano. Entre Douro e Minho – a serra da Peneda e as serras de Fafe Trás-os-Montes – ocorre nas principais serras da região, como a serra do Gerês, a serra de Montesinho, a serra da Nogueira e a serra do Alvão. Litoral centro – a serra da Lousã e o rio Paiva na zona de Castelo de Paiva Beira interior – a serra da Estrela A capacidade de mergulhar, nadar e caminhar debaixo de água permite ao melro-d’água vencer as suas duras batalhas de procura de alimento, tornando este tímido habitante de rios e riachos de montanha um tesouro da avifauna Europeia. Abundância e calendário
  • 8. Melro-d'água Cinclus cinclus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Cinclidae Género Cinclus Espécie C. cinclus Nome binominal Cinclus cinclus ( Linnaeus, 1758 )
  • 10. Pouco comum e com uma distribuição localizada, o melro-das-rochas nidifica apenas nas zonas de maior altitude das serras do norte e do centro do território. Fazendo jus ao seu nome, ocorre quase sempre nas imediações de zonas rochosas, onde constrói o ninho. É uma espécie estival, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro. Entre Douro e Minho – pode ser visto unicamente na serra da Peneda. Trás-os-Montes – a serra do Gerês, a serra de Montesinho, a serra do Larouco e a serra da Nogueira são os locais onde é mais fácil observar esta espécie, que também ocorre na serra do Alvão. Litoral centro – poderá ocorrer nas principais serras da região Beira interior – a serra da Estrela Mais pequeno que um melro-comum, mede 18-20 cm. O melro-da-rochas é uma ave colorida e muito difícil de observar. O macho quando observado é facilmente identificável ao contrário da fêmea que pode suscitar mais dúvidas. O macho apresenta a cabeça e pescoço azul-claro com o dorso mais escuro. Apresenta no dorso uma mancha branca, muito visível em voo. O peito e parte inferior é alaranjado, contrastando com o pescoço azul. A fêmea é castanho-claro, muito malhada, com crescentes claros na parte superior e crescentes escuros na parte inferior. A cauda é curta e laranja. Identificação Abundância e calendário
  • 11. Melro-das-rochas Monticola saxatilis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Turdidae Género Monticola Espécie M. saxatilis Nome binominal Monticola saxatilis ( Linnaeus, 1766 )
  • 13. Tal como o nome indica, é idêntico ao melro-preto, diferenciando-se sobretudo pela distinta marca branca no peito em forma de crescente lunar. A intensidade da cor desta marca varia conforme o sexo e idade da ave, sendo mais nítida nos machos adultos, e mais pálida nas fêmeas e aves jovens. As asas dos exemplares desta espécie são um pouco mais pálidas que as do melro-preto, sendo esta característica mais notada quando em voo O melro-de-peito-branco é sobretudo um migrador de passagem raro, ocorrendo também localmente como invernante, de distribuição bastante localizada. É mais frequente em determinadas zonas do litoral e nas terras altas no interior. Pode ser observado no nosso território entre Outubro e Abril. Beira interior – as zonas mais altas da serra da Estrela Lisboa e Vale do Tejo – nesta região ocorre sobretudo durante as migrações; frequenta as falésias junto ao cabo da Roca, o «castelo» da Peninha (serra de Sintra) e o topo da serra da Arrábida Algarve – esta espécie inverna com regularidade nos vales e falésias da costa sudoeste e perto do cabo de São Vicente. Ocorre também na Rocha da Pena e na serra de Monchique Identificação Abundância e calendário
  • 14. Melro-de-peito-branco Turdus torquatus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Turdidae Género Turdus Espécie T. torquatus Nome binominal Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
  • 16. Identificação Não apresenta dificuldades de identificação, sobressaindo, no caso dos machos, a coloração geral preta, bico alaranjado e auréola amarelada em torno do olho. Tanto no macho como na fêmea, as patas são compridas e a cauda também. O padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com algumas riscas ténues. Apesar das facilidades de identificação, pode no entanto ser confundido com o estorninho-preto, sobretudo em condições de luz fraca. Ainda assim, a plumagem desta espécie é mate, enquanto a dos estorninhos é brilhante. Localmente abundante, o melro-preto é das espécies mais bem distribuídas pelo território, ocorrendo numa variedade enorme de habitats, desde bosques e florestas, a zonas de pastagens com sebes, parques e jardins urbanos, matos densos e também galerias rípicolas. Está presente no país durante todo o ano. Douro e Minho – espécie comum na mata do Camarido junto ao estuário do Minho, nas lagoas de Bertiandos, no Parque da Cidade (Porto) Litoral centro – em locais como o pinhal de Mira, o pinhal de Leiria, as cidades de Aveiro e Coimbra, o baixo Mondego . Beira interior – é facilmente avistada nos andares inferiores da serra da Estrela, na zona do Sabugal. Lisboa e vale do Tejo – facilmente observada em qualquer parque ou jardim da cidade de Lisboa, nomeadamente em Monsanto, no jardim da Fundação Gulbenkian e no Parque do Tejo. Também pode ser visto no estuário do Tejo Alentejo – em alguns locais desta região, o melro-preto é bastante abundante, sendo mais comum na metade norte. Algarve – tal como nas regiões mais a norte de Portugal, está é uma espécie que é comum em zonas urbanas Abundância e calendário
  • 17. Melro-preto Turdus merula Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Turdidae Género Turdus Espécie T. merula Nome binominal Turdus merula ( Linnaeus, 1758 )
  • 18. Merganso-de-poupa Mergus serrator Identificação O merganso-de-poupa é um pato diferente da tipologia habitual deste grupo, sobretudo devido ao bico fino e comprido. Esta espécie ostenta uma característica poupa eriçada na nuca. Tal como nos restantes patos, o macho e a fêmea diferem substancialmente. O macho, mais colorido, apresenta cabeça verde escura, o característico bico fino avermelhado, um colar branco, e padrão no dorso claro/escuro com uma larga banda branca nos flancos. Já a fêmea, de tonalidade mais baça, apresenta o bico da mesma cor, cabeça castanho-fulvo e restante corpo acinzentado. O número de aves que visita o nosso território é relativamente reduzido, sendo esta uma espécie pouco comum. Como invernante, a melhor época de observação decorre de Novembro a Março, sendo uma espécie típica de águas abertas de estuários e lagoas amplas, podendo também ser encontrada em ambientes marinhos junto ao litoral. Entre Douro e Minho – pode ser visto em números reduzidos no estuário do Cávado e no Minho Litoral centro – pouco comum na região, sendo a ria de Aveiro Lisboa e vale do Tejo – pode ser visto, em pequenos números, no estuário do Tejo Alentejo – o melhor local para a observação deste pato é o estuário do Sado Abundância e calendário
  • 19. Merganso-de-poupa Mergus serrator Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Anseriformes Família Anatidae Género Mergus Espécie M. serrator Nome binominal Turdus torquatus ( Linnaeus, 1758 )
  • 22. Identificação Do tamanho de um pato, mas com um longo pescoço mantido verticalmente. Na Primavera exibe uma longo pescoço branco é a característica que mais se destaca. Como o seu nome indica, esta é uma ave que mergulha e que desaparece frequentemente da vista, podendo reaparecer num ponto diferente do plano de água. O mergulhão-de-crista está presente em Portugal ao longo de todo o ano, embora nalguns locais, especialmente no litoral, apareça unicamente como invernante. É geralmente pouco abundante e só ocasionalmente podem ser vistas mais de duas ou três dezenas de aves juntas. Contudo, nos seus locais tradicionais de ocorrência é surpreendentemente regular e fácil de encontrar. Trás-os-Montes – a espécie pode ser vista na albufeira do rio Salas, perto de Tourém (serra do Gerês) e também na barragem do Azibo. Beira interior – na Beira Alta o melhor local é a albufeira de Santa Maria de Aguiar Beira Baixa - este mergulhão está presente na albufeira da Marateca e na albufeira da Toulica. Alentejo - ocorre em inúmeras barragens e açudes Algarve - a Ria Formosa (Ludo), a vizinha Quinta do Lago e a zona de Vilamoura Abundância e calendário
  • 23. Mergulhão-de-crista Podiceps cristatus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Podicipedidae Género Podiceps Espécie P. cristatus Nome binominal Podiceps cristatus ( Linnaeus, 1758 )
  • 25. Identificação É um mergulhão de pequena dimensão, com as partes inferiores brancas, e da nuca ao dorso e cauda, pretos, e com plumas esbranquiçadas nos flancos. Possui bochechas brancas, e olho vermelho muito característico e chamativo, isto durante o Inverno. Na Primavera, muda a plumagem para tons mais garridos, com o corpo em tons acastanhados, e o pescoço e cabeça pretos, donde sobressaem do olho penas amarelas longas lindíssimas. Bastante ativo, pode ser de difícil localização em águas mexidas dos estuários, devido às suas pequenas dimensões. Este mergulhão é pouco abundante no nosso país, raramente produzindo bandos de dimensões superiores a cem exemplares. Ocorre quase exclusivamente como invernante, tendo sido recentemente descoberto um casal a nidificar no Alto Alentejo. Pode ser encontrado entre Setembro e Março, embora alguns indivíduos possam permanecer algum tempo mais na Primavera. Entre Douro e Minho – ocorre regularmente no estuário do Cávado Lisboa e vale do Tejo – observa-se nalgumas antigas salinas do estuário do Tejo, exemplo em Vasa Sacos ou nas salinas de Alverca. Alentejo – o estuário do Sado é o melhor local do país para ver este mergulhão, que frequenta sobretudo a zona do Zambujal e foz da ribeira da Marateca. Ocorre igualmente na lagoa de Santo André Algarve – ocorre com regularidade no sapal de Castro Marim, na ria Formosa e na lagoa dos Salgados. Abundância e calendário
  • 26. Mergulhão-de-pescoço- preto Podiceps nigricollis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Podicipedidae Género Podiceps Espécie P. nigricollis Nome binominal Podiceps nigricollis ( Brehm , 1831 )
  • 28. Identificação Tem a forma padronizada de um mergulhão de pequenas dimensões, de pescoço proeminente e em forma de S, bico curto, corpo comprido e patas com dedos grandes e palmados. O mergulhão-pequeno assemelha-se ao mergulhão-de-pescoço-preto, possuindo uma plumagem menos marcada e contrastante, dominada sobretudo pelos tons de castanho. A plumagem nupcial difere da plumagem de Inverno sobretudo na presença de uma mancha amarela conspícua junto à base do bico, pelo pescoço ruivo e bico escuro. O mergulhão-pequeno é uma espécie essencialmente residente, estando presente no território durante todo o ano. No entanto, durante o Inverno concentra-se em alguns locais em maior número, dispersando-se mais durante a Primavera e o Verão, pelo que é mais fácil encontrar grupos de pequena/média dimensão entre Novembro e Março. Trata-se de uma ave relativamente comum mas pouco abundante, mais frequente na metade sul do território. Trás-os-Montes – localizado nas zonas baixas de alguns rios, como o Sabor, e nas águas calmas de algumas Douro Internacional Litoral Centro – é regular nos pauis do Baixo Mondego, podendo também ser observado no paul de Tornada Beira interior – as melhores observações são proporcionadas pelas albufeiras de Santa Maria de Aguiar e de Idanha Lisboa e Vale do Tejo – esta espécie está presente nas Marinhas da Saragoça (Ponta da Erva), nas salinas de Alverca Abundância e calendário Alentejo – esta é a região onde o mergulhão- pequeno se encontra mais distribuído, ocorrendo no estuário do Sado, nos açudes de São Cristóvão, na albufeira do Caia, na lagoa de Santo André e na lagoa dos Patos Algarve – os melhores locais de observação situam- se na parte central do Algarve, nomeadamente na Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa do Garrão, na lagoa das Dunas Douradas, na foz do Almargem.
  • 29. Mergulhão-pequeno Tachybaptus ruficollis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Podicipedidae Género Tachybaptus Espécie T. ruficollis Nome binominal Tachybaptus ruficollis ( Pallas, 1764 )
  • 31. Identificação O milhafre-preto é uma ave de rapina de tamanho médio, que se caracteriza pela plumagem castanha e pela sua cauda bifurcada. O facto de caçar frequentemente ao longo das estradas ou sobre planos de água torna-o bastante conspícuo. pode confundir-se com o milhafre-real (distinguindo-se deste pela plumagem mais escura e pela cauda castanha e não ruiva) ou com a águia-calçada . De uma forma geral, o milhafre-preto pode ser considerado bastante comum, embora a sua abundância varie de umas regiões para outras. É particularmente comum nas Beiras e em certas zonas do interior alentejano. O milhafre-preto é uma espécie migradora, que está presente no nosso território de Março a Agosto. Trás-os-Montes – a melhor zona para encontrar este milhafre é a região de Miranda do Douro Litoral Centro – a cidade de Coimbra, onde se situa a maior colónia de milhafres-pretos do país Beira interior – o milhafre-preto é comum na maior parte da Beira Alta, podendo ser visto na zona de Celorico da Beira, na albufeira de Vilar, na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na região do Sabugal e ainda em Vilar Formoso Abundância e calendário Lisboa e Vale do Tejo – ocorre principalmente ao longo do vale do Tejo, podendo ser visto por exemplo no estuário do Tejo Alentejo – tem uma distribuição ampla na região, sendo mais fácil de observar na metade interior; pode ser visto com frequência junto às principais barragens (Póvoa, Montargil, Maranhão, Odivelas e Monte da Rocha). Algarve – pouco comum durante a época reprodutora, mas durante a passagem migratória outonal pode ser visto com regularidade junto ao Cabo de São Vicente
  • 32. Milhafre-preto Milvus migrans Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Accipitridae Género Milvus Espécie M.migrans Nome binominal Milvus migrans ( Boddaert,1783 )
  • 34. Como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro em Portugal, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada. Distribui-se quase exclusivamente pelo interior norte. Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efetivos são reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então relativamente frequente no interior sul. Trás-os-Montes – pode ser visto com regularidade na zona do Douro Internacional, nomeadamente junto a Miranda do Douro Beira interior - planalto de Vilar Formoso e na região do Sabugal. Alentejo - barragem da Póvoa, Elvas, albufeira do Caia, albufeira do Alqueva, Arraiolos, Mourão, Barrancos e Castro Verde são os melhores locais para observar esta espécie, que também ocorre em Alter do Chão, na albufeira do Roxo, na lagoa dos Patos e no aterro sanitário de Beja.  A cabeça é de cor clara e a cauda, em forma de forquilha, é de cor avermelhada.  É habitual em áreas de cultivo e caça. Prefere áreas húmidas e de pouca altitude.  Alimenta-se de vertebrados de pequena dimensão (répteis e anfíbios). Tal como o milhafre-preto, alimenta-se de restos encontrados em lixeiras. Identificação Abundância e calendário
  • 35. Milhafre-real Milvus milvus Classificação científica Nome binominal Milvus milvus ( Linneu, 1758 ) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Accipitridae Género Milvus Espécie M.milvus
  • 37. Identificação Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários indivíduos a responder uns aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum. O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie residente, que está presente no país durante todo o ano . É particularmente frequente em terrenos agrícolas com algumas árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou amontoados de pedras, que usa para nidificar. Está ausente em zonas de altitude, bem como em áreas densamente florestadas. Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região. Pode ser observado junto ao parque da cidade, em Guimarães Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é mais fácil de detetar. Pode ser visto, por exemplo, na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados, na zona de Sagres-cabo de São Vicente Alentejo – os mochos-galegos são comuns no Alentejo, especialmente em zonas mais abertas do interior e podemos observá-lo na região de Castro Verde. Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se a zona de Pancas (no estuário do Tejo) Beira interior – trata-se de um mocho comum nesta região, nomeadamente no Tejo Internacional e no planalto de Vilar Formoso. Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de Mira. Trás-os-Montes – espécie pouco comum nesta região, onde pode ser observada com relativa facilidade em zonas como Miranda do Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves. Abundância e calendário
  • 38. Mocho-galego Athene noctua Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Strigiformes Família Strigidae Género Athene Espécie A.noctua Nome binominal Athene noctua ( Scopoli, 1769 )
  • 40. Identificação Ligeiramente menor que o mocho-galego, caracteriza-se pelos pequenos tufos que possui sobre a cabeça, que se assemelham a “orelhas”. Tal como a maioria dos membros da sua família, tem hábitos noturnos e só raramente se vê de dia. O seu canto monótono, que na Primavera se faz ouvir durante horas a fio, é geralmente a melhor forma de localizar esta espécie. Contudo, é importante lembrar que o canto do sapo parteiro é muito semelhante, podendo causar confusão. De uma forma geral é pouco comum, exceto no nordeste onde é claramente mais numeroso. Este pequeno mocho é estival e pode ser observado sobretudo de Março a Setembro. Frequenta zonas de árvores velhas com cavidades onde possa nidificar, por vezes também ocorre em zonas habitadas, nidificando em jardins públicos. Beira interior – pode ser visto com regularidade nas zonas de Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e também no Tejo Internacional Alentejo –Mourão, Castro Verde e Mértola Trás-os-Montes – é a melhor região do país para encontrar este mocho, que pode ser visto com facilidade em Miranda do Douro e Barca dÁlva Abundância e calendário
  • 41. Mocho-pequeno-d’orelhas Otus scops Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Strigiformes Família Strigidae Género Otus Espécie O. scops Nome binominal Otus scops ( Linnaeus, 1758 )
  • 43. Identificação Ave marinha poderosa, de corpo compacto assemelhando-se a um barril, cabeça e bico grandes e fortes, cauda curta, e característicos painéis alares brancos que contrastam bastante com o padrão castanho escuro do corpo. De tal forma são contrastantes que podem ser visíveis de bastante longe. Os adultos apresentam marcas pálidas na cabeça e dorso, enquanto os juvenis apresentam o corpo arruivado. Estas aves apresentam um batimento de asas poderoso e pouco amplo, voando retilineamente quando em trânsito, ao contrário das gaivotas que possuem um tipo de voo mais pendulado (com oscilações). É o maior dos moleiros, sendo do tamanho de uma gaivota de dimensão grande O moleiro-grande é frequente ao longo de toda a costa portuguesa, podendo ser localmente comum ao largo. Pode ser observado próximo da costa na passagem outonal, especialmente em Setembro e Outubro, onde por vezes ocorre em fluxos de poucas centenas de aves. No entanto, é observável durante a maior parte do ano, entre Agosto e Maio. Entre Douro e Minho – pode ser observado ao largo do litoral de Esposende e da foz do rio Lima Litoral Centro – ocorre com frequência ao largo de todo o litoral desta região Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso Algarve – frequenta o litoral algarvio, embora se aproxime pouco da costa. Abundância e calendário
  • 44. Moleiro-grande Stercorarius skua Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Stercorariidae Género Stercorarius Espécie S. skua Nome binominal Stercorarius ( Brunnich, 1764 )
  • 46. Identificação Tal como as restantes espécies de moleiros de menores dimensões, esta é mais facilmente distinguível quando em plumagem de adulto nupcial, com as penas centrais da cauda afiladas como característica mais marcante. No entanto, as plumagens de imaturos e juvenis são extremamente difíceis de separar dos congéneres moleiro do Ártico e moleiro-de-cauda-comprida. Neste caso, a forma do corpo e das asas é a melhor ajuda. O moleiro-pequeno tem o corpo mais pequeno que o moleiro do Ártico, tendo maior projeção do peito e bico mais curto. Este último é praticamente uniforme em termos de coloração, contrastando com o bico bicolor dos seus congéneres. Tal como as outras espécies, possui um barrete escuro que contrasta com o claro do pescoço, no caso dos adultos. Possui um voo ágil, com batimentos amplos, que lhes permite perseguir algumas das aves marinhas mais bem adaptadas ao voo rápido, como é o caso dos garajaus-comuns. O moleiro-pequeno ocorre em variações de plumagem que podem ir do totalmente escuro, a indivíduos claros, com o pescoço amarelado, com todas as plumagens intermédias possíveis. Este moleiro é pouco comum no nosso território, sendo pouco frequente a sua observação junto a terra. A melhor época de observação ocorre entre o início de Setembro e o final de Outubro, período da passagem pós-nupcial, durante o qual a espécie é um pouco mais comum. Existem alguns exemplares que permanecem junto à nossa costa durante o Inverno, mas por norma são aves isoladas. Entre Douro e Minho - águas frente à foz do Lima e do Cávado. Litoral Centro – o cabo Carvoeiro e a costa entre Ovar e Quiaios Lisboa e Vale do Tejo cabo Raso e ao cabo Espichel. Algarve – O cabo de São Vicente e o cabo de Santa Maria (ria Formosa ) Abundância e calendário
  • 47. Moleiro-pequeno Stercorarius parasiticus Classificação científica Nome binominal Stercorarius parasiticus ( Scopoli, 1758 ) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Stercorariidae Género Stercorarius Espécie S. parasiticus
  • 48. Moleiro-pomarino ou Moleiro do Árctico Stercorarius pomarinus
  • 49. Cauda longa e bolbosa é a imagem de marca destes artistas do ar. A sua manobrabilidade em voo é notável quando em perseguição de outras espécies de aves. Quando em migração ou em trânsito, apresenta batimentos fortes e amplos, e voo retilíneo. Migrador de passagem frequente, é raro como invernante. Ocorre ao longo de toda a costa portuguesa continental, sendo mais frequente na passagem outonal, entre finais de Agosto e Novembro. Durante o Inverno, é mais regular ao largo da costa sul, mas sempre em números reduzidos. Litoral Centro – espécie avistada com regularidade frente ao cabo Carvoeiro Identificação Alentejo - no litoral entre Tróia e a lagoa de Santo André Algarve – alguns exemplares são observados todos os anos em passagem pelo cabo de São Vicente e pela ponta de Sagres. Abundância e calendário
  • 50. Moleiro-pomarino ou Moleiro do Árctico Stercorarius pomarinus Classificação científica Nome binominal Stercorarius pomarinus ( Temminck, 1815 ) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Stercorariidae Género Stercorarius Espécie S. pomarinus
  • 51.
  • 52. Uma invernante comum, ocorrendo de norte a sul, potencialmente em todas as zonas húmidas, preferindo arrozais, pauis, terrenos alagados e lameiros. Ocorre sobretudo entre Setembro e início de Abril. Outrora, embora localizada, era uma nidificante relativamente abundante, estendendo-se a sua área de distribuição, desde a zona leste do Gerês até à Veiga de Chaves. Atualmente apenas existe uma pequena população reprodutora no Planalto da Mourela e em alguns lameiros da zona de Montalegre. Entre Douro e Minho estuário do Cávado Trás-os-Montes nos planaltos da vertente oriental da serra do Gerês Litoral centro – a ria de Aveiro e os pauis e arrozais do baixo Mondego (como o paul da Madriz Lisboa e Vale do Tejo – é uma espécie comum no estuário do Tejo, sobretudo na Ponta da Erva Alentejo – ocorre no estuário do Sado, na lagoa de Santo André, e em albufeiras do interior, como a lagoa dos Patos, as zonas de São Cristóvão e Elvas Algarve – pode ser observada na Quinta do Lago e no Ludo, assim como nos arrozais de Estômbar, na ria de Alvor Caracteriza-se pelo seu longo bico direito, plumagem castanha com listras claras na cabeça e pelo corpo, patas relativamente curtas e corpo compacto. No seu voo nupcial produz um "tamborilar sonoro" que faz lembrar um motor. Identificação Abundância e calendário
  • 53. Nome binominal Gallinago gallinago ( Linnaeus, 1758) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Gallinago Espécie G. gallinago Classificação científica
  • 55. Identificação É uma limícola pequena muito difícil de observar, pois possui um mimetismo que a torna “invisível”, mesmo para o mais treinado dos olhares. Embora se assemelhe à narceja-comum é muito mais pequena (cerca de metade do tamanho); o padrão da plumagem, em tons de castanho, é semelhante ao das outras narcejas, apresentando porém, no dorso, reflexos de verde-arroxeado; tem um bico e patas mais curtos, um voo mais lento (por vezes «borboleante»), levantando a poucos metros de distância do intruso. Além do mais é silenciosa e, quase sempre, pousa «à vista» do observador, a 100-200 metros de distância no máximo. No nosso país é uma espécie invernante, chegando as primeiras aves a partir de Outubro e podendo ser observadas entre nós até final de Março/início de Abril. Frequenta os mesmos habitats da narceja-comum, tendo no entanto uma nítida preferência por arrozais e zonas de paul. Ocorre de norte a sul, sobretudo nas zonas húmidas do litoral, sempre em número escasso, desde que encontre zonas alagadiças favoráveis e onde o nível de água não seja muito alto. No interior, a norte do Tejo, a sua ocorrência é muito rara. Litoral centro – Os melhores locais para encontrar esta espécie situam-se na ria de Aveiro (particularmente a zona de Salreu) Lisboa e vale do Tejo – pode ser observada em bons números no estuário do Tejo , nomeadamente nos arrozais da Ponta da Erva Alentejo – na bacia do Sado pode ser vista nas várzeas de Alcácer do Sal, Santa Catarina, Rio de Moinhos, Moinho da Ordem, Comporta e Alvalade e, junto ao estuário do Sado Abundância e calendário
  • 56. Narceja-galega Lymnocryptes minimus Nome binominal Lymnocryptes minimus ( Brunnich, 1764) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Lymnocryptes Espécie L. minimus Classificação científica
  • 58. Misteriosos e simultaneamente fascinantes, os noitibós são aves insectívoras de hábitos crepusculares. O noitibó da Europa faz-se notar principalmente pelo seu canto que faz lembrar um inseto. A distribuição do noitibó da Europa é, em certa medida, complementar da do noitibó-de-nuca- vermelha e abrange principalmente a região a norte do Tejo. Embora não possa ser considerado abundante, é relativamente comum em certas zonas, principalmente na confluência de zonas florestais com terrenos mais abertos. É uma espécie estival, que chega bastante tarde – o seu canto raramente se faz ouvir antes do final de Abril. Assim, é nos meses de Maio e Junho que este noitibó pode ser observado com mais facilidade. Entre Douro e Minho – ocorre na serra da Peneda e na zona de Guimarães Litoral centro – é relativamente comum nesta região, podendo ser observado em zonas de pinhal, nomeadamente na região de Mira.Beira interior – ocorre um pouco por toda a região, sendo a serra da Estrela Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observado na zona de Pancas (estuário do Tejo) Alentejo - estuário do Sado e na zona da lagoa de Santo André. Identificação Abundância e calendário Trás-os-Montes – pode ser visto na serra de Montesinho e na zona de Miranda do Douro
  • 59. Noitibó da Europa Caprimulgus europaeus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Strigiformes Família Caprimuleidae Género Caprimulgus Espécie C. europaeus Nome binominal Caprimulgus europaeus ( Linnaeus, 1758)
  • 61. Uma das mais misteriosas aves da nossa avifauna, faz ecoar o seu canto prolongado durante as noites, sendo incrivelmente mimética quando pousada no solo durante o dia. Identificação Raramente observado durante o dia, o noitibó-de-nuca- vermelha é uma ave com uma capacidade de se camuflar absolutamente notável. Mais facilmente reconhecido pelas vocalizações, pode ainda assim ser observado durante a noite nos seus voos de prospeção de insetos, que captura em voo. Trata-se de uma ave semelhante na silhueta ao gavião, embora os seus hábitos noturnos e as janelas brancas na cauda e asas permitam de imediato separar as duas espécies. No entanto, a separação entre este noitibó e o noitibó da Europa é bastante difícil, sendo necessária uma observação atenta quando a ave é surpreendida pousada. Neste caso, a observação dos lados da cabeça, garganta e nucas cor-de-ferrugem, permitem distinguir ambas as espécies Embora comum na metade sul do território, pode parecer bastante raro pelas dificuldades de observação. Exclusivamente estival, este é um nidificante tardio, chegando ao nosso território a partir de meados ou finais de Abril, permanecendo até meados de Setembro. Ocorre sobretudo em zonas florestadas e bosquetes, especialmente aquelas zonas situadas nas proximidades de zonas abertas que procura para caçar. A sua área de distribuição abrange principalmente as zonas de influência mediterrânica Tras-os-Montes – embora seja raro nesta região, pode ser visto com alguma regularidade junto à cidade de Miranda do Douro Beira interior – o melhor local para ver este noitibó é o Tejo Internacional Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais situam-se em Pancas (no estuário do Tejo) e nas zonas de Coruche e Chamusca. Alentejo – na parte litoral estes noitibós ocorrem sobretudo na Herdade do Pinheiro (estuário do Sado), e na Serra de Grândola; mais para o interior, podem ser vistos em Arraiolos. Algarve – sem dúvida, os melhores locais para a observação do noitibó-de-nuca-vermelha em Portugal situam-se nesta região, nomeadamente no Ludo ena vizinha Quinta do Lago, na reserva de Castro Marim, na ria de Alvor, mas também na Serra do Caldeirão. Abundância e calendário
  • 62. Noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Strigiformes Família Caprimuleidae Género Caprimulgus Espécie C. ruficollis Nome binominal Caprimulgus ruficollis ( Temminck, 1820)
  • 63. Ógea Falco subbuteo Identificação Pequeno falcão, de tons escuros, cauda longa e asas longas e muito pontiagudas. As partes superiores das asas e do dorso são cor de ardósia, ao passo que as partes inferiores são claras. O peito é riscado e no ventre tem uma mancha avermelhada que apenas é visível a pequena distância. A face é branca apresentando um bigode preto que faz lembrar o padrão do falcão-peregrino. A ógea é uma ave estival em Portugal, que pode ser vista desde finais de Abril até Setembro ou Outubro. Distribui-se de norte a sul do país, mas de uma forma geral é uma espécie pouco comum, que ocorre em densidades baixas. Frequenta meios florestais, o que dificulta a sua deteção e acentua a impressão de escassez Entre Douro e Minho – aparece ocasionalmente junto ao estuário do Minho, bem como na serra do Gerês Trás-os-Montes – raro na região, tem sido registado com alguma regularidade no Douro Internacional, podendo também ser visto na zona de Chaves e na serra do Alvão. Litoral centro – observa-se por vezes na zona do Baixo Mondego (por exemplo junto ao paul da Madriz) e na serra de Aire Beira interior – a Beira Alta é talvez a melhor região do país para observar esta espécie, nomeadamente as zonas de Vilar Formoso, Sabugal e Celorico da Beira; mais para sul, pode por vezes ser observado nas Portas de Ródão. Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo Algarve – ocorre principalmente durante a passagem migratória outonal, sendo o cabo de São Vicente Abundância e calendário
  • 64. Ógea Falco subbuteo Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Falconidae Género Falco Espécie F. subbuteo Nome binominal Falco subbuteo( Linnaeus, 1758)
  • 67. Identificação O ostraceiro é fácil de identificar: preto e branco, com as patas e o bico de um tom laranja avermelhado muito intenso. Em voo é visível uma risca branca na asa e quando em plumagem de Inverno as aves apresentam também um meio- colar branco. Em Portugal, esta limícola de hábitos costeiros é uma espécie pouco comum e com uma distribuição muito fragmentada. No entanto, a sua ocorrência parece ser regular nalguns locais do território nacional. Embora a espécie seja principalmente invernante em Portugal, existem observações de ostraceiros em todos os meses do ano. As observações feitas na Primavera e no Verão deverão envolver indivíduos não nidificantes. De uma forma geral é pouco abundante, embora localmente possam ocorrer concentrações de algumas centenas de indivíduos Entre Douro e Minho – o ostraceiro observa-se regularmente na Ínsua, junto ao estuário do Minho Litoral centro – a lagoa de Óbidos Lisboa e vale do Tejo nas praias rochosas da Ericeira e da costa do Estoril Alentejo – o estuário do Sado Algarve – existem dois locais principais de observação de ostraceiros no Algarve: a ria de Alvor e a ria Formosa Abundância e calendário
  • 68. Ostraceiro Haematopus ostralegus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Haematopodidae Género Haematopus Espécie H. ostralegus Nome binominal Haematopus ostralegus ( Linnaeus, 1758)
  • 70. Como dito acima, podem ser observados em grande número, mas estas são situações pontuais e raras. Embora o painho-casquilho seja comum na época de passagem outonal, entre Agosto e finais de Outubro, raramente se aproxima de terra. Litoral centro – existem registos desta espécie feitos a partir das Berlengas e do cabo Carvoeiro Lisboa e Vale do Tejo – as maiores probabilidades de observação centram-se no cabo Raso. Algarve – nesta região já foi detetada frente ao cabo de São Vicente Painho-casquilho (Oceanites oceanicus) . Esta pequena ave é de difícil observação pois passa a maior parte do tempo no mar, literalmente "caminhando sobre a água". Identificação Abundância e calendário
  • 71. Painho-casquilho Oceanites oceanicus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Hydrobatidae Género Oceanites Espécie O. oceanicus Nome binominal Oceanites oceanicus ( Kuhl, 1820) Classificação científica
  • 73. Identificação Estamos na presença do maior dos painhos que ocorre nas águas portuguesas. Embora a diferença relativamente às outras espécies não seja muita, ela pode permitir a distinção relativamente ao painho-de-cauda-quadrada e ao painho-casquilho. Entre as duas espécies congéneres do género Oceanodroma, a distinção cinge-se à forma da banda branca uropigial (mais pequena e em forma de 'W' nesta espécie), e à existência de barras alares visivelmente pálidas, nas partes superiores. O painho-de-cauda-forcada ocorre com alguma frequência junto a terra, sobretudo durante ou logo após grandes temporais, embora também surja noutras ocasiões. Dado que se trata de um migrador de passagem junto à costa continental portuguesa, pode ser encontrado principalmente no período que decorre entre Setembro e Novembro. No entanto, esta espécie raramente se aproxima de terra, fazendo-o com mais frequência durante a passagem de frentes. Ao largo, pode ser uma espécie localmente comum, agregando-se em bandos de dimensão apreciável. Litoral centro – as melhores opções são o cabo Carvoeiro e o cabo Mondego Lisboa e Vale do Tejo – frente ao cabo Raso Algarve –no cabo de São Vicente Abundância e calendário
  • 74. Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Hydrobatidae Género Oceanodroma Espécie O. leucorhoa Nome binominal Oceanodroma leucorhoa ( Vieillat, 1818 )
  • 75. Papa-amoras-comum Sylvia communis Identificação Como características mais marcantes nesta espécie temos a cabeça cinzento-azulada e as terciárias arruivadas, no caso dos machos, que contrasta com a garganta pálida (faz lembrar uma versão grande da toutinegra-tomilheira. O olho amarelo destaca-se na coloração descrita. As fêmeas são quase uniformemente acastanhadas, com as partes inferiores mais pálidas.
  • 76. Em Portugal, trata-se de uma espécie típica de matos de altitude, sendo um nidificante estival. Resulta que ocorre quase exclusivamente na metade norte do território, sendo os melhores períodos de observação nessa região entre Abril e Setembro. No final do Verão e principio do Outono, esta espécie pode ser encontrada em locais distintos das zonas de nidificação, pois tratam-se de aves em migração. Entre Douro e Minho – ocorre na serra da Peneda e na serra Amarela Trás-os-Montes – presente em locais como as serras da Coroa, de Montesinho, do Alvão e do Larouco Litoral centro – ocorre sobretudo nas passagens migratórias, onde pode ser vista por exemplo na ria de Aveiro Beira interior – um dos melhores locais de observação encontra-se na serra da Estrela Lisboa e vale do Tejo estuário do Tejo ,cabo Espichel, ocorrendo também na serra da Arrábida. Algarve – presente durante a Primavera na serra de Monchique. Abundância e calendário
  • 77. Papa-amoras-comum Sylvia communis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Sylviidae Género Sylvia Espécie S. communis Nome binominal Sylvia communis ( Latham, 1787 )
  • 78. Papa-figos Oriolus oriolus Identificação O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir com frequência o seu canto aflautado, sendo este muitas vezes o primeiro sinal da sua presença. Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se tratar de um estorninho-preto, que imita bem o canto do papa-figos.
  • 79. Papa-figos Oriolus oriolus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Corvidae Género Oriolus Espécie O. oriolus Nome binominal Oriolus oriolus ( Linnaeus, 1758 )
  • 80. O papa-figos distribui-se de norte a sul e pode ser considerado comum na metade interior do território e pouco comum na metade ocidental. É um visitante estival que chega bastante tarde ao nosso país: a maioria dos machos faz-se ouvir a partir de finais de Abril ou início de Maio e canta até ao princípio de Julho. Parte para África em Agosto, sendo já raro a partir de Setembro Abundância e calendário Trás-os-Montes – bastante comum, pode ser observado na serra do Larouco e Douro Internacional (concretamente em Miranda do Douro e Barca d’Alva) Algarve – ocorre por toda a região durante a época reprodutora Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo e a serra da Arrábida Beira interior – o papa-figos é bastante comum ao longo da faixa raiana e pode ser observado na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na zona deVilar Formoso, na região do Sabugal e no Tejo Internacional. Mais para oeste, ocorre também em Celorico da Beira, nas serras de Montemuro e da Gardunha e na albufeira da Marateca. Alentejo – comum e localmente abundante, pode ser visto com facilidade na região de Castro Verde, na zona de Mértola e na vizinha Mina de São Domingos; também ocorre em Barrancos; mais para norte, observa- se junto à barragem da Póvoa e na zona de Castelo de Vide.