Este documento fornece informações sobre diversas espécies de aves encontradas em Portugal, incluindo suas características de identificação, distribuição geográfica e abundância. São descritas espécies como o melro-azul, o melro-d'água, e o melro-preto, fornecendo detalhes sobre sua aparência, hábitos e onde podem ser encontradas no território português.
4. Identificação
É um passeriforme de tamanho médio, um pouco mais pequeno que o melro-preto. O macho é
facilmente identificável pela sua cor azul, que é particularmente intensa durante a época de
reprodução e um pouco mais mortiça no Inverno. As asas são mais escuras e são frequentemente
mantidas em posição “descaída”. A fêmea é acinzentada e os juvenis apresentam frequentemente
manchas no peito
O melro-azul é residente em Portugal e pode ser
observado no nosso país durante todo o ano. É
geralmente uma ave solitária. Distribui-se de norte a sul
do país mas a sua distribuição é bastante fragmentada
e a espécie não pode ser considerada comum em
nenhuma zona do território. No entanto, apresenta um
grande sedentarismo e permanece durante todo o ano
junto aos seus locais de reprodução, o que faz com
que seja fácil de observar em certos locais.
Litoral centro a serra de Aire
Lisboa e Vale do Tejo na faixa costeira a
espécie observa-se no cabo da Roca e no
cabo Espichel, ao passo que mais para o
interior aparece na zona de Tomar.
Alentejo – distribui-se principalmente pelo interior da região
Algarve – a zona de Sagres / cabo de
São Vicente
Beira interior – ocorre nas Portas de
Ródão e na cidade de Castelo Branco.
Localmente também pode ser visto na
serra da Gardunha, na serra da Estrela
Trás-os-Montes – os melhores locais para
observar esta espécie situam-se no Douro
Internacional (por exemplo em Miranda do
Douro ou na zona de Barca d'Alva).
Abundância e calendário
5. REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Muscicapidae
Género Monticola
Espécie M. solitarius
Nome binominal
Monticola solitarius ( Linnaeus, 1758 )
Melro-azul
Monticola solitarius
Classificação científica
7. Melro-d'água
Cinclus cinclus
Identificação
Pequeno e rechonchudo, com a cauda curta. A plumagem é
predominantemente castanha, saltando à vista a enorme
mancha branca no peito. É o único passeriforme que
mergulha. O seu voo é rápido e direto, como uma seta.
O melro-d’água é pouco comum em Portugal. Distribui-se
principalmente pelas terras altas do norte e do centro,
podendo ser visto na maioria das serras portuguesas. É
uma espécie residente, que pode ser observada nos locais
de reprodução durante todo o ano.
Entre Douro e Minho – a serra da Peneda
e as serras de Fafe
Trás-os-Montes – ocorre nas principais serras da
região, como a serra do Gerês, a serra de
Montesinho, a serra da Nogueira e a serra do
Alvão.
Litoral centro – a serra da Lousã e o rio
Paiva na zona de Castelo de Paiva
Beira interior – a serra da Estrela
A capacidade de mergulhar, nadar e caminhar debaixo de água permite ao melro-d’água vencer as suas duras batalhas de
procura de alimento, tornando este tímido habitante de rios e riachos de montanha um tesouro da avifauna Europeia.
Abundância e calendário
10. Pouco comum e com uma distribuição localizada, o melro-das-rochas nidifica apenas nas zonas de
maior altitude das serras do norte e do centro do território. Fazendo jus ao seu nome,
ocorre quase sempre nas imediações de zonas rochosas, onde constrói o ninho. É uma espécie
estival, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro.
Entre Douro e Minho – pode ser
visto unicamente na serra da
Peneda.
Trás-os-Montes – a serra do Gerês, a serra de
Montesinho, a serra do Larouco e a serra da
Nogueira são os locais onde é mais fácil
observar esta espécie, que também ocorre
na serra do Alvão.
Litoral centro – poderá ocorrer
nas principais serras da região
Beira interior – a serra da Estrela
Mais pequeno que um melro-comum, mede 18-20 cm. O melro-da-rochas é uma ave colorida e muito difícil de
observar. O macho quando observado é facilmente identificável ao contrário da fêmea que pode suscitar mais
dúvidas. O macho apresenta a cabeça e pescoço azul-claro com o dorso mais escuro. Apresenta no dorso uma
mancha branca, muito visível em voo. O peito e parte inferior é alaranjado, contrastando com o pescoço azul. A
fêmea é castanho-claro, muito malhada, com crescentes claros na parte superior e crescentes escuros na parte
inferior. A cauda é curta e laranja.
Identificação
Abundância e calendário
13. Tal como o nome indica, é idêntico ao melro-preto, diferenciando-se sobretudo pela distinta
marca branca no peito em forma de crescente lunar. A intensidade da cor desta marca varia
conforme o sexo e idade da ave, sendo mais nítida nos machos adultos, e mais pálida nas
fêmeas e aves jovens. As asas dos exemplares desta espécie são um pouco mais pálidas que as
do melro-preto, sendo esta característica mais notada quando em voo
O melro-de-peito-branco é sobretudo um migrador de passagem
raro, ocorrendo também localmente como invernante, de
distribuição bastante localizada. É mais frequente em
determinadas zonas do litoral e nas terras altas no interior. Pode
ser observado no nosso território entre Outubro e Abril.
Beira interior – as zonas
mais altas da serra da
Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região ocorre sobretudo
durante as migrações; frequenta as falésias junto ao
cabo da Roca, o «castelo» da Peninha (serra de Sintra)
e o topo da serra da Arrábida
Algarve – esta espécie inverna com regularidade nos
vales e falésias da costa sudoeste e perto do cabo de
São Vicente. Ocorre também na Rocha da Pena e na
serra de Monchique
Identificação
Abundância e calendário
16. Identificação
Não apresenta dificuldades de identificação, sobressaindo, no
caso dos machos, a coloração geral preta, bico alaranjado e
auréola amarelada em torno do olho. Tanto no macho como
na fêmea, as patas são compridas e a cauda também. O
padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com
algumas riscas ténues. Apesar das facilidades de
identificação, pode no entanto ser confundido com o
estorninho-preto, sobretudo em condições de luz fraca. Ainda
assim, a plumagem desta espécie é mate, enquanto a dos
estorninhos é brilhante.
Localmente abundante, o melro-preto é das
espécies mais bem distribuídas pelo território,
ocorrendo numa variedade enorme de
habitats, desde bosques e florestas, a zonas de
pastagens com sebes, parques e jardins urbanos,
matos densos e também galerias rípicolas. Está
presente no país durante todo o ano.
Douro e Minho – espécie comum na mata do
Camarido junto ao estuário do Minho, nas lagoas
de Bertiandos, no Parque da Cidade (Porto)
Litoral centro – em locais como o pinhal
de Mira, o pinhal de Leiria, as cidades de
Aveiro e Coimbra, o baixo Mondego .
Beira interior – é facilmente avistada
nos andares inferiores da serra da
Estrela, na zona do Sabugal.
Lisboa e vale do Tejo – facilmente
observada em qualquer parque ou jardim
da cidade de Lisboa, nomeadamente em
Monsanto, no jardim da Fundação
Gulbenkian e no Parque do Tejo. Também
pode ser visto no estuário do Tejo
Alentejo – em alguns locais desta região,
o melro-preto é bastante abundante,
sendo mais comum na metade norte.
Algarve – tal como nas regiões mais a
norte de Portugal, está é uma espécie
que é comum em zonas urbanas
Abundância e calendário
18. Merganso-de-poupa
Mergus serrator
Identificação
O merganso-de-poupa é um pato diferente da
tipologia habitual deste grupo, sobretudo devido
ao bico fino e comprido. Esta espécie ostenta
uma característica poupa eriçada na nuca. Tal
como nos restantes patos, o macho e
a fêmea diferem substancialmente. O macho,
mais colorido, apresenta cabeça verde escura, o
característico bico fino avermelhado, um colar
branco, e padrão no dorso claro/escuro com
uma larga banda branca nos flancos. Já
a fêmea, de tonalidade mais baça, apresenta o
bico da mesma cor, cabeça castanho-fulvo e
restante corpo acinzentado.
O número de aves que visita o nosso território é
relativamente reduzido, sendo esta uma espécie
pouco comum. Como invernante, a melhor
época de observação decorre de Novembro a
Março, sendo uma espécie típica de águas
abertas de estuários e lagoas amplas, podendo
também ser encontrada em ambientes marinhos
junto ao litoral.
Entre Douro e Minho – pode ser
visto em números reduzidos no
estuário do Cávado e no Minho
Litoral centro – pouco comum
na região, sendo a ria de Aveiro
Lisboa e vale do Tejo – pode ser visto, em
pequenos números, no estuário do Tejo
Alentejo – o melhor local para a
observação deste pato é o estuário do
Sado
Abundância e calendário
22. Identificação
Do tamanho de um pato, mas com um longo pescoço mantido verticalmente. Na
Primavera exibe uma longo pescoço branco é a característica que mais se destaca.
Como o seu nome indica, esta é uma ave que mergulha e que desaparece
frequentemente da vista, podendo reaparecer num ponto diferente do plano de água.
O mergulhão-de-crista está presente em Portugal ao longo de todo o ano, embora nalguns locais,
especialmente no litoral, apareça unicamente como invernante. É geralmente pouco abundante e
só ocasionalmente podem ser vistas mais de duas ou três dezenas de aves juntas. Contudo, nos
seus locais tradicionais de ocorrência é surpreendentemente regular e fácil de encontrar.
Trás-os-Montes – a espécie pode ser vista na
albufeira do rio Salas, perto de Tourém (serra do
Gerês) e também na barragem do Azibo.
Beira interior – na Beira Alta o melhor local
é a albufeira de Santa Maria de Aguiar
Beira Baixa - este mergulhão está presente
na albufeira da Marateca e na albufeira da
Toulica.
Alentejo - ocorre em inúmeras
barragens e açudes
Algarve - a Ria Formosa (Ludo), a vizinha Quinta do
Lago e a zona de Vilamoura
Abundância e calendário
25. Identificação
É um mergulhão de pequena dimensão, com as partes inferiores brancas, e da nuca ao dorso e cauda,
pretos, e com plumas esbranquiçadas nos flancos. Possui bochechas brancas, e olho vermelho muito
característico e chamativo, isto durante o Inverno. Na Primavera, muda a plumagem para tons mais
garridos, com o corpo em tons acastanhados, e o pescoço e cabeça pretos, donde sobressaem do olho
penas amarelas longas lindíssimas. Bastante ativo, pode ser de difícil localização em águas mexidas dos
estuários, devido às suas pequenas dimensões.
Este mergulhão é pouco abundante no nosso país, raramente produzindo bandos de dimensões
superiores a cem exemplares. Ocorre quase exclusivamente como invernante, tendo sido recentemente
descoberto um casal a nidificar no Alto Alentejo. Pode ser encontrado entre Setembro e Março, embora
alguns indivíduos possam permanecer algum tempo mais na Primavera.
Entre Douro e Minho – ocorre
regularmente no estuário do Cávado
Lisboa e vale do Tejo – observa-se nalgumas antigas
salinas do estuário do Tejo, exemplo em Vasa Sacos
ou nas salinas de Alverca.
Alentejo – o estuário do Sado é o melhor
local do país para ver este mergulhão, que
frequenta sobretudo a zona do Zambujal e foz
da ribeira da Marateca. Ocorre igualmente na
lagoa de Santo André
Algarve – ocorre com regularidade no sapal de
Castro Marim, na ria Formosa e na lagoa dos
Salgados.
Abundância e calendário
26. Mergulhão-de-pescoço-
preto
Podiceps nigricollis Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Podicipedidae
Género Podiceps
Espécie P. nigricollis
Nome binominal
Podiceps nigricollis ( Brehm , 1831 )
28. Identificação
Tem a forma padronizada de um mergulhão de pequenas dimensões, de pescoço proeminente e em
forma de S, bico curto, corpo comprido e patas com dedos grandes e palmados.
O mergulhão-pequeno assemelha-se ao mergulhão-de-pescoço-preto, possuindo uma plumagem
menos marcada e contrastante, dominada sobretudo pelos tons de castanho. A plumagem nupcial
difere da plumagem de Inverno sobretudo na presença de uma mancha amarela
conspícua junto à base do bico, pelo pescoço ruivo e bico escuro.
O mergulhão-pequeno é uma espécie essencialmente residente, estando presente no território durante todo
o ano. No entanto, durante o Inverno concentra-se em alguns locais em maior número, dispersando-se mais
durante a Primavera e o Verão, pelo que é mais fácil encontrar grupos de pequena/média dimensão entre
Novembro e Março. Trata-se de uma ave relativamente comum mas pouco abundante, mais frequente na
metade sul do território.
Trás-os-Montes – localizado nas zonas baixas
de alguns rios, como o Sabor, e nas águas
calmas de algumas Douro Internacional
Litoral Centro – é regular nos pauis do
Baixo Mondego, podendo também ser
observado no paul de Tornada
Beira interior – as melhores observações
são proporcionadas pelas albufeiras de
Santa Maria de Aguiar e de Idanha
Lisboa e Vale do Tejo – esta espécie está presente nas
Marinhas da Saragoça (Ponta da Erva), nas salinas de Alverca
Abundância e calendário
Alentejo – esta é a região onde o mergulhão-
pequeno se encontra mais distribuído, ocorrendo
no estuário do Sado, nos açudes de São Cristóvão,
na albufeira do Caia, na lagoa de Santo André e
na lagoa dos Patos
Algarve – os melhores locais de observação situam-
se na parte central do Algarve, nomeadamente na
Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa do Garrão, na
lagoa das Dunas Douradas, na foz do Almargem.
31. Identificação
O milhafre-preto é uma ave de rapina de tamanho médio, que se caracteriza pela plumagem castanha e
pela sua cauda bifurcada. O facto de caçar frequentemente ao longo das estradas ou sobre planos de
água torna-o bastante conspícuo. pode confundir-se com o milhafre-real (distinguindo-se deste pela
plumagem mais escura e pela cauda castanha e não ruiva) ou com a águia-calçada .
De uma forma geral, o milhafre-preto pode ser considerado bastante comum, embora a sua
abundância varie de umas regiões para outras. É particularmente comum nas Beiras e em
certas zonas do interior alentejano. O milhafre-preto é uma espécie migradora, que está presente
no nosso território de Março a Agosto.
Trás-os-Montes – a melhor zona para encontrar
este milhafre é a região de Miranda do Douro
Litoral Centro – a cidade de Coimbra, onde se
situa a maior colónia de milhafres-pretos do país
Beira interior – o milhafre-preto é comum na
maior parte da Beira Alta, podendo ser visto na
zona de Celorico da Beira, na albufeira de Vilar,
na albufeira de Santa Maria de Aguiar, na região
do Sabugal e ainda em Vilar Formoso
Abundância e calendário
Lisboa e Vale do Tejo – ocorre principalmente
ao longo do vale do Tejo, podendo ser visto por
exemplo no estuário do Tejo
Alentejo – tem uma distribuição ampla na
região, sendo mais fácil de observar na metade
interior; pode ser visto com frequência junto às
principais barragens (Póvoa, Montargil,
Maranhão, Odivelas e Monte da Rocha).
Algarve – pouco comum durante a época reprodutora,
mas durante a passagem migratória outonal pode ser
visto com regularidade junto ao Cabo de São Vicente
34. Como nidificante, o milhafre-real encontra-se em declínio acentuado e tornou-se bastante raro em
Portugal, sendo hoje uma ave extremamente ameaçada. Distribui-se quase exclusivamente pelo interior
norte. Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efetivos são
reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então
relativamente frequente no interior sul.
Trás-os-Montes – pode ser visto com
regularidade na zona do Douro Internacional,
nomeadamente junto a Miranda do Douro
Beira interior - planalto de
Vilar Formoso e na região do
Sabugal.
Alentejo - barragem da Póvoa, Elvas, albufeira do
Caia, albufeira do
Alqueva, Arraiolos, Mourão, Barrancos e Castro
Verde são os melhores locais para
observar esta espécie, que também ocorre em Alter
do Chão, na albufeira do Roxo, na
lagoa dos Patos e no aterro sanitário de Beja.
A cabeça é de cor clara e a cauda, em
forma de forquilha, é de cor avermelhada.
É habitual em áreas de cultivo e caça.
Prefere áreas húmidas e de pouca altitude.
Alimenta-se de vertebrados de pequena
dimensão (répteis e anfíbios). Tal como o
milhafre-preto, alimenta-se de restos
encontrados em lixeiras.
Identificação
Abundância e calendário
37. Identificação
Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta
arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As
suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários
indivíduos a responder uns aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum.
O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie
residente, que está presente no país durante todo o ano . É particularmente frequente em terrenos agrícolas
com algumas árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou amontoados de pedras, que
usa para nidificar. Está ausente em zonas de altitude, bem como em áreas densamente
florestadas.
Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta
região. Pode ser observado junto ao parque da
cidade, em Guimarães
Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é
mais fácil de detetar. Pode ser visto, por exemplo,
na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados,
na zona de Sagres-cabo de São Vicente
Alentejo – os mochos-galegos são
comuns no Alentejo, especialmente em
zonas mais abertas do interior e
podemos observá-lo na região de
Castro Verde.
Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se
a zona de Pancas (no estuário do Tejo)
Beira interior – trata-se de um mocho comum
nesta região, nomeadamente no Tejo
Internacional e no planalto de Vilar Formoso.
Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa
de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de Mira.
Trás-os-Montes – espécie pouco comum
nesta região, onde pode ser observada com
relativa facilidade em zonas como Miranda do
Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves.
Abundância e calendário
40. Identificação
Ligeiramente menor que o mocho-galego,
caracteriza-se pelos pequenos tufos que possui
sobre a cabeça, que se assemelham a
“orelhas”. Tal como a maioria dos membros da
sua família, tem hábitos noturnos e só
raramente se vê de dia. O seu canto monótono,
que na Primavera se faz ouvir durante horas a
fio, é geralmente a melhor forma de localizar
esta espécie. Contudo, é importante lembrar
que o canto do sapo parteiro é muito
semelhante, podendo causar confusão.
De uma forma geral é pouco comum,
exceto no nordeste onde é claramente
mais numeroso. Este pequeno mocho é
estival e pode ser observado sobretudo de
Março a Setembro. Frequenta zonas de
árvores velhas com cavidades onde possa
nidificar, por vezes também ocorre em
zonas habitadas, nidificando em jardins
públicos.
Beira interior – pode ser visto com
regularidade nas zonas de Figueira de
Castelo Rodrigo, Sabugal e também no Tejo
Internacional
Alentejo –Mourão, Castro Verde e Mértola
Trás-os-Montes – é a melhor região do país
para encontrar este mocho, que pode ser
visto com facilidade em Miranda do Douro e
Barca dÁlva
Abundância e calendário
43. Identificação
Ave marinha poderosa, de corpo compacto
assemelhando-se a um barril, cabeça e bico
grandes e fortes, cauda curta, e característicos
painéis alares brancos que contrastam bastante
com o padrão castanho escuro do corpo. De tal
forma são contrastantes que podem ser visíveis de
bastante longe. Os adultos apresentam marcas
pálidas na cabeça e dorso, enquanto os juvenis
apresentam o corpo arruivado. Estas aves
apresentam um batimento de asas poderoso e
pouco amplo, voando retilineamente quando em
trânsito, ao contrário das gaivotas que possuem
um tipo de voo mais pendulado (com oscilações). É
o maior dos moleiros, sendo do tamanho de uma
gaivota de dimensão grande
O moleiro-grande é frequente ao longo de toda a
costa portuguesa, podendo ser localmente comum
ao largo. Pode ser observado próximo da costa na
passagem outonal, especialmente em Setembro e
Outubro, onde por vezes ocorre em fluxos de
poucas centenas de aves. No entanto, é observável
durante a maior parte do ano, entre Agosto e Maio.
Entre Douro e Minho – pode ser
observado ao largo do litoral de
Esposende e da foz do rio Lima
Litoral Centro – ocorre com frequência
ao largo de todo o litoral desta região
Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso
Algarve – frequenta o litoral algarvio,
embora se aproxime pouco da costa.
Abundância e calendário
46. Identificação
Tal como as restantes espécies de moleiros de menores dimensões,
esta é mais facilmente distinguível quando em plumagem de adulto
nupcial, com as penas centrais da cauda afiladas como característica
mais marcante. No entanto, as plumagens de imaturos e juvenis são
extremamente difíceis de separar dos congéneres moleiro do Ártico e
moleiro-de-cauda-comprida. Neste caso, a forma do corpo e das asas é
a melhor ajuda. O moleiro-pequeno tem o corpo mais pequeno que o
moleiro do Ártico, tendo maior projeção do peito e bico mais curto.
Este último é praticamente uniforme em termos de coloração,
contrastando com o bico bicolor dos seus congéneres. Tal como as
outras espécies, possui um barrete escuro que contrasta com o claro
do pescoço, no caso dos adultos. Possui um voo ágil, com batimentos
amplos, que lhes permite perseguir algumas das aves marinhas mais
bem adaptadas ao voo rápido, como é o caso dos garajaus-comuns. O
moleiro-pequeno ocorre em variações de plumagem que podem ir do
totalmente escuro, a indivíduos claros, com o pescoço amarelado, com
todas as plumagens intermédias possíveis.
Este moleiro é pouco comum no nosso território, sendo
pouco frequente a sua observação junto a terra. A
melhor época de observação ocorre entre o início de
Setembro e o final de Outubro, período da passagem
pós-nupcial, durante o qual a espécie é um pouco mais
comum. Existem alguns exemplares que
permanecem junto à nossa costa durante o Inverno, mas por
norma são aves isoladas.
Entre Douro e Minho - águas
frente à foz do Lima e do Cávado.
Litoral Centro – o cabo Carvoeiro e
a costa entre Ovar e Quiaios
Lisboa e Vale do Tejo cabo Raso e
ao cabo Espichel.
Algarve – O cabo de
São Vicente e o cabo
de Santa Maria (ria
Formosa )
Abundância e calendário
49. Cauda longa e bolbosa é a imagem de marca destes
artistas do ar. A sua manobrabilidade em voo é
notável quando em perseguição de outras espécies de
aves. Quando em migração ou em trânsito,
apresenta batimentos fortes e amplos, e voo retilíneo.
Migrador de passagem frequente, é raro como
invernante. Ocorre ao longo de toda a costa
portuguesa continental, sendo mais frequente na
passagem outonal, entre finais de Agosto e Novembro.
Durante o Inverno, é mais regular ao largo da costa sul,
mas sempre em números reduzidos.
Litoral Centro – espécie
avistada com regularidade
frente ao cabo Carvoeiro
Identificação
Alentejo - no litoral entre
Tróia e a lagoa de Santo André
Algarve – alguns exemplares são
observados todos os anos em passagem
pelo cabo de São Vicente e pela ponta de
Sagres.
Abundância e calendário
50. Moleiro-pomarino
ou Moleiro do Árctico
Stercorarius pomarinus
Classificação científica
Nome binominal
Stercorarius pomarinus ( Temminck, 1815 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Stercorariidae
Género Stercorarius
Espécie S. pomarinus
51.
52. Uma invernante comum, ocorrendo de norte a
sul, potencialmente em todas as zonas húmidas,
preferindo arrozais, pauis, terrenos alagados e
lameiros. Ocorre sobretudo entre Setembro e
início de Abril. Outrora, embora localizada, era
uma nidificante relativamente abundante,
estendendo-se a sua área de distribuição, desde
a zona leste do Gerês até à Veiga de Chaves.
Atualmente apenas existe uma pequena
população reprodutora no Planalto da Mourela
e em alguns lameiros da zona de Montalegre.
Entre Douro e Minho estuário
do Cávado
Trás-os-Montes nos planaltos da
vertente oriental da serra do Gerês
Litoral centro – a ria de Aveiro e os
pauis e arrozais do baixo Mondego
(como o paul da Madriz
Lisboa e Vale do Tejo – é
uma espécie comum no
estuário do Tejo, sobretudo
na Ponta da Erva
Alentejo – ocorre no estuário do
Sado, na lagoa de Santo André, e
em albufeiras do interior, como a
lagoa dos Patos, as zonas de São
Cristóvão e Elvas
Algarve – pode ser observada na Quinta do
Lago e no Ludo, assim como nos arrozais de
Estômbar, na ria de Alvor
Caracteriza-se pelo seu longo bico direito,
plumagem castanha com listras claras na
cabeça e pelo corpo, patas relativamente
curtas e corpo compacto. No seu voo nupcial
produz um "tamborilar sonoro" que faz
lembrar um motor.
Identificação
Abundância e calendário
53. Nome binominal
Gallinago gallinago ( Linnaeus, 1758)
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Gallinago
Espécie G. gallinago
Classificação científica
55. Identificação
É uma limícola pequena muito difícil de observar, pois
possui um mimetismo que a torna “invisível”, mesmo
para o mais treinado dos olhares. Embora se
assemelhe à narceja-comum é muito mais pequena
(cerca de metade do tamanho); o padrão da
plumagem, em tons de castanho, é semelhante ao das
outras narcejas, apresentando porém, no dorso,
reflexos de verde-arroxeado; tem um bico e patas mais
curtos, um voo mais lento (por vezes «borboleante»),
levantando a poucos metros de distância do intruso.
Além do mais é silenciosa e, quase sempre, pousa «à
vista» do observador, a 100-200 metros de distância no
máximo.
No nosso país é uma espécie invernante, chegando as
primeiras aves a partir de Outubro e podendo ser
observadas entre nós até final de Março/início de Abril.
Frequenta os mesmos habitats da narceja-comum,
tendo no entanto uma nítida preferência por arrozais e
zonas de paul. Ocorre de norte a sul, sobretudo nas
zonas húmidas do litoral, sempre em número escasso,
desde que encontre zonas alagadiças favoráveis e
onde o nível de água não seja muito alto. No interior, a
norte do Tejo, a sua ocorrência é muito rara.
Litoral centro – Os melhores locais
para encontrar esta espécie
situam-se na ria de Aveiro
(particularmente a zona de Salreu)
Lisboa e vale do Tejo – pode ser
observada em bons números no
estuário do Tejo , nomeadamente nos
arrozais da Ponta da Erva
Alentejo – na bacia do Sado pode
ser vista nas várzeas de Alcácer do
Sal, Santa Catarina, Rio de
Moinhos, Moinho da Ordem,
Comporta e Alvalade e, junto ao
estuário do Sado
Abundância e calendário
58. Misteriosos e simultaneamente
fascinantes, os noitibós são aves
insectívoras de hábitos
crepusculares. O noitibó da Europa
faz-se notar principalmente pelo
seu canto que faz lembrar um
inseto.
A distribuição do noitibó da Europa é, em certa
medida, complementar da do noitibó-de-nuca-
vermelha e abrange principalmente a região a
norte do Tejo. Embora não possa ser
considerado abundante, é relativamente comum
em certas zonas, principalmente na confluência
de zonas florestais com terrenos mais abertos.
É uma espécie estival, que chega bastante
tarde – o seu canto raramente se faz ouvir antes
do final de Abril. Assim, é nos meses de Maio e
Junho que este noitibó pode ser observado com
mais facilidade.
Entre Douro e Minho – ocorre
na serra da Peneda e na zona
de Guimarães
Litoral centro – é relativamente
comum nesta região, podendo ser
observado em zonas de pinhal,
nomeadamente na região de Mira.Beira interior – ocorre um
pouco por toda a região,
sendo a serra da Estrela
Lisboa e Vale do Tejo – pode
ser observado na zona de
Pancas (estuário do Tejo)
Alentejo - estuário do Sado e
na zona da lagoa de Santo
André.
Identificação
Abundância e calendário
Trás-os-Montes – pode ser
visto na serra de Montesinho e
na zona de Miranda do Douro
59. Noitibó da Europa
Caprimulgus europaeus
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Strigiformes
Família Caprimuleidae
Género Caprimulgus
Espécie C. europaeus
Nome binominal
Caprimulgus europaeus ( Linnaeus, 1758)
61. Uma das mais misteriosas aves da nossa avifauna,
faz ecoar o seu canto prolongado durante as noites,
sendo incrivelmente mimética quando pousada no
solo durante o dia.
Identificação
Raramente observado durante o dia, o noitibó-de-nuca-
vermelha é uma ave com uma capacidade de se
camuflar absolutamente notável. Mais facilmente
reconhecido pelas vocalizações, pode ainda assim ser
observado durante a noite nos seus voos de prospeção
de insetos, que captura em voo. Trata-se de uma
ave semelhante na silhueta ao gavião, embora os seus
hábitos noturnos e as janelas brancas na cauda e
asas permitam de imediato separar as duas espécies.
No entanto, a separação entre este noitibó e o
noitibó da Europa é bastante difícil, sendo necessária
uma observação atenta quando a ave é surpreendida
pousada. Neste caso, a observação dos lados da
cabeça, garganta e nucas cor-de-ferrugem, permitem
distinguir ambas as espécies
Embora comum na metade sul do território, pode
parecer bastante raro pelas dificuldades de
observação. Exclusivamente estival, este é um
nidificante tardio, chegando ao nosso território a
partir de meados ou finais de Abril, permanecendo
até meados de Setembro. Ocorre sobretudo em
zonas florestadas e bosquetes, especialmente
aquelas zonas situadas nas proximidades de zonas
abertas que procura para caçar. A sua área de
distribuição abrange principalmente as zonas de
influência mediterrânica
Tras-os-Montes – embora seja raro nesta
região, pode ser visto com alguma regularidade
junto à cidade de Miranda do Douro
Beira interior – o melhor local
para ver este noitibó é o Tejo
Internacional
Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais
situam-se em Pancas (no estuário do Tejo) e
nas zonas de Coruche e Chamusca.
Alentejo – na parte litoral estes noitibós ocorrem
sobretudo na Herdade do Pinheiro (estuário do
Sado), e na Serra de Grândola; mais para o
interior, podem ser vistos em Arraiolos.
Algarve – sem dúvida, os melhores locais para a
observação do noitibó-de-nuca-vermelha em Portugal
situam-se nesta região, nomeadamente no Ludo ena vizinha
Quinta do Lago, na reserva de Castro Marim, na ria de Alvor,
mas também na Serra do Caldeirão.
Abundância e calendário
63. Ógea
Falco subbuteo
Identificação
Pequeno falcão, de tons escuros, cauda longa e
asas longas e muito pontiagudas. As partes
superiores das asas e do dorso são cor de ardósia,
ao passo que as partes inferiores são claras. O
peito é riscado e no ventre tem uma mancha
avermelhada que apenas é visível a pequena
distância. A face é branca apresentando um bigode
preto que faz lembrar o padrão do falcão-peregrino.
A ógea é uma ave estival em Portugal, que pode ser
vista desde finais de Abril até Setembro ou Outubro.
Distribui-se de norte a sul do país, mas de uma
forma geral é uma espécie pouco comum, que
ocorre em densidades baixas. Frequenta meios
florestais, o que dificulta a sua deteção e acentua a
impressão de escassez
Entre Douro e Minho – aparece
ocasionalmente junto ao estuário
do Minho, bem como na serra do
Gerês
Trás-os-Montes – raro na
região, tem sido registado
com alguma regularidade no
Douro Internacional, podendo
também ser visto na zona de
Chaves e na serra do Alvão.
Litoral centro – observa-se por
vezes na zona do Baixo Mondego
(por exemplo junto ao paul da
Madriz) e na serra de Aire
Beira interior – a Beira Alta é talvez a
melhor região do país para observar esta
espécie, nomeadamente as zonas de
Vilar Formoso, Sabugal e Celorico da
Beira; mais para sul, pode por vezes ser
observado nas Portas de Ródão.
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do
Boquilobo
Algarve – ocorre principalmente
durante a passagem migratória
outonal, sendo o cabo de São Vicente
Abundância e calendário
64. Ógea
Falco subbuteo
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Falconidae
Género Falco
Espécie F. subbuteo
Nome binominal
Falco subbuteo( Linnaeus, 1758)
67. Identificação
O ostraceiro é fácil de identificar: preto e branco,
com as patas e o bico de um tom laranja
avermelhado muito intenso. Em voo é visível
uma risca branca na asa e quando em plumagem
de Inverno as aves apresentam também um meio-
colar branco.
Em Portugal, esta limícola de hábitos costeiros é
uma espécie pouco comum e com uma distribuição
muito fragmentada. No entanto, a sua ocorrência
parece ser regular nalguns locais do território
nacional. Embora a espécie seja principalmente
invernante em Portugal, existem observações de
ostraceiros em todos os meses do ano. As
observações feitas na Primavera e no Verão
deverão envolver indivíduos não nidificantes. De
uma forma geral é pouco abundante, embora
localmente possam ocorrer concentrações de
algumas centenas de indivíduos
Entre Douro e Minho – o ostraceiro
observa-se regularmente na Ínsua,
junto ao estuário do Minho
Litoral centro – a lagoa de Óbidos
Lisboa e vale do Tejo
nas praias rochosas da
Ericeira e da costa do
Estoril
Alentejo – o estuário do Sado
Algarve – existem dois locais principais
de observação de ostraceiros no Algarve:
a ria de Alvor e a ria Formosa
Abundância e calendário
70. Como dito acima, podem ser observados em
grande número, mas estas são situações
pontuais e raras. Embora o painho-casquilho
seja comum na época de passagem outonal,
entre Agosto e finais de Outubro,
raramente se aproxima de terra.
Litoral centro – existem registos
desta espécie feitos a partir das
Berlengas e do cabo Carvoeiro
Lisboa e Vale do Tejo – as
maiores probabilidades de
observação centram-se no cabo
Raso.
Algarve – nesta região já foi
detetada frente ao cabo de São
Vicente
Painho-casquilho (Oceanites
oceanicus) . Esta pequena ave é de
difícil observação pois passa a
maior parte do tempo no mar,
literalmente "caminhando sobre a
água".
Identificação
Abundância e calendário
71. Painho-casquilho
Oceanites oceanicus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Hydrobatidae
Género Oceanites
Espécie O. oceanicus
Nome binominal
Oceanites oceanicus ( Kuhl, 1820)
Classificação científica
73. Identificação
Estamos na presença do maior dos painhos que ocorre
nas águas portuguesas. Embora a diferença
relativamente às outras espécies não seja muita, ela
pode permitir a distinção relativamente ao
painho-de-cauda-quadrada e ao painho-casquilho.
Entre as duas espécies congéneres do género
Oceanodroma, a distinção cinge-se à forma da banda
branca uropigial (mais pequena e em forma de 'W'
nesta espécie), e à existência de barras alares
visivelmente pálidas, nas partes superiores. O
painho-de-cauda-forcada ocorre com alguma
frequência junto a terra, sobretudo durante ou logo
após grandes temporais, embora também surja noutras
ocasiões.
Dado que se trata de um migrador de passagem junto
à costa continental portuguesa, pode ser encontrado
principalmente no período que decorre entre Setembro
e Novembro. No entanto, esta espécie raramente se
aproxima de terra, fazendo-o com mais frequência
durante a passagem de frentes. Ao largo, pode ser uma
espécie localmente comum, agregando-se em bandos
de dimensão apreciável.
Litoral centro – as melhores
opções são o cabo Carvoeiro e o
cabo Mondego
Lisboa e Vale do Tejo – frente ao cabo
Raso
Algarve –no cabo de São Vicente
Abundância e calendário
74. Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Hydrobatidae
Género Oceanodroma
Espécie O. leucorhoa
Nome binominal
Oceanodroma leucorhoa ( Vieillat, 1818 )
75. Papa-amoras-comum
Sylvia communis
Identificação
Como características mais marcantes nesta
espécie temos a cabeça cinzento-azulada e
as terciárias arruivadas, no caso dos
machos, que contrasta com a garganta
pálida (faz lembrar uma versão grande da
toutinegra-tomilheira. O olho amarelo
destaca-se na coloração descrita. As fêmeas
são quase uniformemente acastanhadas,
com as partes inferiores mais pálidas.
76. Em Portugal, trata-se de uma espécie típica de matos
de altitude, sendo um nidificante estival. Resulta que
ocorre quase exclusivamente na metade norte do
território, sendo os melhores períodos de observação
nessa região entre Abril e Setembro. No
final do Verão e principio do Outono, esta espécie pode
ser encontrada em locais distintos das zonas de
nidificação, pois tratam-se de aves em migração.
Entre Douro e Minho – ocorre na
serra da Peneda e na serra Amarela
Trás-os-Montes – presente em
locais como as serras da Coroa, de
Montesinho, do Alvão e do Larouco
Litoral centro – ocorre sobretudo nas
passagens migratórias, onde pode ser
vista por exemplo na ria de Aveiro
Beira interior – um dos melhores locais de
observação encontra-se na serra da Estrela
Lisboa e vale do Tejo estuário do
Tejo ,cabo Espichel, ocorrendo
também na serra da Arrábida.
Algarve – presente durante a
Primavera na serra de Monchique.
Abundância e calendário
78. Papa-figos
Oriolus oriolus
Identificação
O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e
dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A
fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode
confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de
raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir
com frequência o seu canto aflautado, sendo este
muitas vezes o primeiro sinal da sua presença.
Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se
tratar de um estorninho-preto, que imita
bem o canto do papa-figos.
80. O papa-figos distribui-se de norte a sul e pode ser
considerado comum na metade interior do território
e pouco comum na metade ocidental.
É um visitante estival que chega bastante tarde ao
nosso país: a maioria dos machos faz-se ouvir a
partir de finais de Abril ou início de Maio e canta até
ao princípio de Julho. Parte para África em
Agosto, sendo já raro a partir de Setembro
Abundância e calendário Trás-os-Montes – bastante
comum, pode ser observado na
serra do Larouco e Douro
Internacional (concretamente em
Miranda do Douro e Barca d’Alva)
Algarve – ocorre por toda a região
durante a época reprodutora
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do
Boquilobo e a serra da Arrábida
Beira interior – o papa-figos é
bastante comum ao longo da faixa
raiana e pode ser observado na
albufeira de Santa Maria de Aguiar, na
zona deVilar Formoso, na região do
Sabugal e no Tejo Internacional. Mais
para oeste, ocorre também em
Celorico da Beira, nas serras de
Montemuro e da Gardunha e na
albufeira da Marateca.
Alentejo – comum e localmente
abundante, pode ser visto com
facilidade na região de Castro Verde,
na zona de Mértola e na vizinha Mina
de São Domingos; também ocorre em
Barrancos; mais para norte, observa-
se junto à barragem da
Póvoa e na zona de Castelo de Vide.