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AULA01 - HISTÓRICO DA
ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO.
PROFº. LUCIO EVANGELISTA
A função produção pode ser entendida como um conjunto de
atividades desenvolvidas para transformar um bem tangível em
outro com maior valor ou utilidade. Esta ideia tem acompanhado
a humanidade desde os seus primórdios, quando
transformávamos pedras em ferramentas. Neste período não
havia a noção de comercialização e tudo era produzido para o
consumo próprio.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Numa evolução deste processo, algumas pessoas
demonstraram um talento especial na atividade produtiva que
realizavam e passaram a produzir para terceiros, conforme as
especificações passadas por estes. Era o surgimento da
produção organizada, na figura dos artesãos.
Corrêa e Corrêa (2006) argumentam que em 1764 James
Watt inventou a máquina a vapor, começando um
processo de substituição da força humana pela das
máquinas. Este foi o gatilho para a Revolução Industrial,
que levou à decadência a produção artesanal. Em função
dos maiores volumes produzidos, surgiram as primeiras
fábricas. Com isto vieram também os primeiros conceitos
de padronização de produtos e processos, preparação da
mão de obra, técnicas de planejamento financeiro e da
produção, além do desenvolvimento das técnicas de venda.
Estes conceitos, que hoje nos parecem óbvios, não o eram
naquela época. Padronização de componentes, por exemplo, foi
um conceito introduzido por Eli Whitney em 1790 na produção
de mosquetões com peças intercambiáveis. Antes disto ele já
havia inventado a cotton-gin, equipamento destinado ao
processamento do algodão, que revolucionou a produção deste
setor. A função projeto também surgiu neste período, com os
primeiros registros sobre os produtos, processos, instalações e
equipamentos, normalmente feitos através de desenhos e
croquis.
DE ACORDO COM MARTINS E LAUGENI (2005), ESTES CONCEITOS PREDOMINARAM ATÉ MEADOS DA
DÉCADA DE 1960, QUANDO, NUMA EVOLUÇÃO NATURAL DO JIT, NOVAS TÉCNICAS PRODUTIVAS
SURGIRAM, CARACTERIZANDO AQUILO QUE HOJE CHAMAMOS DE PRODUÇÃO ENXUTA OU LEAN
MANUFACTURING. SURGIRAM CONCEITOS COMO
• Engenharia simultânea: participação de todas as áreas funcionais da empresa no
desenvolvimento do projeto do produto, com a intenção de reduzir prazos, custos e
problemas operacionais de fabricação e comercialização.
• Tecnologia de grupo: identificação de similaridades físicas dos componentes, com
roteiros de fabricação semelhantes, agrupando-os em processos produtivos
comuns. Facilita a definição de células de produção, através da criação das famílias
de produtos.
• Consórcio modular: diversas empresas trabalham juntas em uma mesma planta,
com o objetivo de reduzir custos de produção e investimentos. • Células de
produção: estações de trabalho, baseadas no trabalho em equipe, que combinam
fatores técnicos (leiaute, tecnologia de grupo etc.) e comportamentais
(comprometimento, cooperação, espírito de equipe etc.) para dar maior velocidade
e flexibilidade ao processo produtivo
DE ACORDO COM MARTINS E LAUGENI (2005), ESTES CONCEITOS PREDOMINARAM ATÉ MEADOS DA
DÉCADA DE 1960, QUANDO, NUMA EVOLUÇÃO NATURAL DO JIT, NOVAS TÉCNICAS PRODUTIVAS
SURGIRAM, CARACTERIZANDO AQUILO QUE HOJE CHAMAMOS DE PRODUÇÃO ENXUTA OU LEAN
MANUFACTURING. SURGIRAM CONCEITOS COMO
Desdobramento da função qualidade: também conhecido como Quality Function
Deployment – QFD, é uma metodologia que leva em conta, no projeto do produto,
todas as exigências do consumidor, buscando atendê-las e superá-las.
Comakership: numa tradução livre poderia ser “coprodução”. Cliente e fornecedor
têm relação profunda, baseada em confiança, participação e fornecimento com
qualidade assegurada.
• Sistemas flexíveis de manufatura: conjunto de máquinas de controle numérico
interligadas por um sistema central de controle e por um sistema automático de
transporte.
• Manufatura integrada por computador: integração total da organização, por
meio de sistemas gerenciais e de informação, com o objetivo de aumentar a
eficácia da organização
Benchmarking: processo em que uma organização se compara com líderes de seu
setor, ou mesmo de outro, com o objetivo de identificar práticas bem sucedidas
aplicáveis a ela própria.
A evolução das tecnologias de produção e a consolidação dos
conceitos de qualidade deixaram os produtos de empresas
concorrentes em um nível de similaridade tal que dificulta a
percepção de diferenças por parte do consumidor. São comuns
as empresas que se referem à prestação de serviço como
sendo o seu “diferencial” em relação à concorrência
O produto oferecido pelas empresas passou a incorporar os
serviços, a ponto de se tornarem imprescindíveis ao cliente.
Você conseguiria se imaginar comprando um carro novo
sem que a concessionária ofereça um serviço de garantia,
por exemplo?
Em função desta visão mais abrangente da produção, que inicialmente se
referia exclusivamente à produção de bens, é que tem se tornado mais
corrente o uso da expressão gestão de operações, em substituição à
gestão da produção. Assim como alguns autores que preferem manter
caracterizadas essas duas vertentes e preferem a expressão
Administração da Produção e Operações (APO), nós também seguiremos
esta linha
Obviamente que colocar todos os recursos organizacionais em marcha, de
forma que gerem os resultados esperados pela organização e atendam as
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próximo tópico lhe apresentará os conceitos fundamentais de estratégia

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  • 2. A função produção pode ser entendida como um conjunto de atividades desenvolvidas para transformar um bem tangível em outro com maior valor ou utilidade. Esta ideia tem acompanhado a humanidade desde os seus primórdios, quando transformávamos pedras em ferramentas. Neste período não havia a noção de comercialização e tudo era produzido para o consumo próprio. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
  • 3. Numa evolução deste processo, algumas pessoas demonstraram um talento especial na atividade produtiva que realizavam e passaram a produzir para terceiros, conforme as especificações passadas por estes. Era o surgimento da produção organizada, na figura dos artesãos.
  • 4. Corrêa e Corrêa (2006) argumentam que em 1764 James Watt inventou a máquina a vapor, começando um processo de substituição da força humana pela das máquinas. Este foi o gatilho para a Revolução Industrial, que levou à decadência a produção artesanal. Em função dos maiores volumes produzidos, surgiram as primeiras fábricas. Com isto vieram também os primeiros conceitos de padronização de produtos e processos, preparação da mão de obra, técnicas de planejamento financeiro e da produção, além do desenvolvimento das técnicas de venda.
  • 5. Estes conceitos, que hoje nos parecem óbvios, não o eram naquela época. Padronização de componentes, por exemplo, foi um conceito introduzido por Eli Whitney em 1790 na produção de mosquetões com peças intercambiáveis. Antes disto ele já havia inventado a cotton-gin, equipamento destinado ao processamento do algodão, que revolucionou a produção deste setor. A função projeto também surgiu neste período, com os primeiros registros sobre os produtos, processos, instalações e equipamentos, normalmente feitos através de desenhos e croquis.
  • 6. DE ACORDO COM MARTINS E LAUGENI (2005), ESTES CONCEITOS PREDOMINARAM ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1960, QUANDO, NUMA EVOLUÇÃO NATURAL DO JIT, NOVAS TÉCNICAS PRODUTIVAS SURGIRAM, CARACTERIZANDO AQUILO QUE HOJE CHAMAMOS DE PRODUÇÃO ENXUTA OU LEAN MANUFACTURING. SURGIRAM CONCEITOS COMO • Engenharia simultânea: participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto, com a intenção de reduzir prazos, custos e problemas operacionais de fabricação e comercialização. • Tecnologia de grupo: identificação de similaridades físicas dos componentes, com roteiros de fabricação semelhantes, agrupando-os em processos produtivos comuns. Facilita a definição de células de produção, através da criação das famílias de produtos. • Consórcio modular: diversas empresas trabalham juntas em uma mesma planta, com o objetivo de reduzir custos de produção e investimentos. • Células de produção: estações de trabalho, baseadas no trabalho em equipe, que combinam fatores técnicos (leiaute, tecnologia de grupo etc.) e comportamentais (comprometimento, cooperação, espírito de equipe etc.) para dar maior velocidade e flexibilidade ao processo produtivo
  • 7. DE ACORDO COM MARTINS E LAUGENI (2005), ESTES CONCEITOS PREDOMINARAM ATÉ MEADOS DA DÉCADA DE 1960, QUANDO, NUMA EVOLUÇÃO NATURAL DO JIT, NOVAS TÉCNICAS PRODUTIVAS SURGIRAM, CARACTERIZANDO AQUILO QUE HOJE CHAMAMOS DE PRODUÇÃO ENXUTA OU LEAN MANUFACTURING. SURGIRAM CONCEITOS COMO Desdobramento da função qualidade: também conhecido como Quality Function Deployment – QFD, é uma metodologia que leva em conta, no projeto do produto, todas as exigências do consumidor, buscando atendê-las e superá-las. Comakership: numa tradução livre poderia ser “coprodução”. Cliente e fornecedor têm relação profunda, baseada em confiança, participação e fornecimento com qualidade assegurada. • Sistemas flexíveis de manufatura: conjunto de máquinas de controle numérico interligadas por um sistema central de controle e por um sistema automático de transporte. • Manufatura integrada por computador: integração total da organização, por meio de sistemas gerenciais e de informação, com o objetivo de aumentar a eficácia da organização
  • 8. Benchmarking: processo em que uma organização se compara com líderes de seu setor, ou mesmo de outro, com o objetivo de identificar práticas bem sucedidas aplicáveis a ela própria. A evolução das tecnologias de produção e a consolidação dos conceitos de qualidade deixaram os produtos de empresas concorrentes em um nível de similaridade tal que dificulta a percepção de diferenças por parte do consumidor. São comuns as empresas que se referem à prestação de serviço como sendo o seu “diferencial” em relação à concorrência
  • 9. O produto oferecido pelas empresas passou a incorporar os serviços, a ponto de se tornarem imprescindíveis ao cliente. Você conseguiria se imaginar comprando um carro novo sem que a concessionária ofereça um serviço de garantia, por exemplo?
  • 10. Em função desta visão mais abrangente da produção, que inicialmente se referia exclusivamente à produção de bens, é que tem se tornado mais corrente o uso da expressão gestão de operações, em substituição à gestão da produção. Assim como alguns autores que preferem manter caracterizadas essas duas vertentes e preferem a expressão Administração da Produção e Operações (APO), nós também seguiremos esta linha
  • 11. Obviamente que colocar todos os recursos organizacionais em marcha, de forma que gerem os resultados esperados pela organização e atendam as necessidades/desejos dos clientes requer coerência e objetividade. O próximo tópico lhe apresentará os conceitos fundamentais de estratégia