Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Cristo, o Filho de Deus
1. LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
- Lição 4 -
23 de Julho de 2017
O Senhor e Salvador Jesus Cristo
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim." (Jo 14.6)
Cremos no Senhor Jesus Cristo, o
Filho Unigênito de Deus, plenamente
Deus, plenamente Homem e o único
Salvador do mundo.
.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.16-18
Jesus é o Filho Unigênito de Deus
Terça - Rm 1.3,4
Jesus é o verdadeiro Deus e o
verdadeiro homem
Quarta - Is 7.14; Mt 1.20,23
Jesus foi concebido pelo Espírito Santo
e nasceu da virgem Maria
Quinta - Hb 10.12
A morte de Jesus foi expiatória
Sexta - Rm 8.34
Jesus ressuscitou dentre os mortos e
intercede por nós
Sábado - At 1.9
Jesus subiu aos céus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-14
1 NO princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as
trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo
nome era João.
7 Este veio para testemunho, para que
testificasse da luz, para que todos cressem
por ele.
8 Não era ele a luz, mas para que
testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a
todo o homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito
por ele, e o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não
o receberam.
12 Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, aos que creem no seu nome;
13 Os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade
do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre
nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.
HINOS SUGERIDOS: 41, 124, 533 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar porque cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus
e plenamente homem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2. Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus
respectivos subtópicos.
• (I) Compreender que Jesus é o Filho Unigênito de Deus;
• (II) Mostrar a deidade do Filho de Deus;
• (III) Apresentar a humanidade do Filho de Deus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, nesta lição estudaremos a respeito do Homem mais importante que
já viveu nesta terra, Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus. O seu nascimento foi e é um
marco na história da humanidade. Depois da sua vinda ao mundo a História passou a ser
dividida em antes de Cristo e depois dEle. É importante lembrar que quando Jesus veio ao
mundo, a Palestina estava debaixo do jugo romano. César Augusto era o imperador e os
imperadores romanos eram visto por todos como um deus. Porém, o Rei dos reis veio
habitar entre nós. Ele nasceu em um lugar simples, em um estábulo. Seu berço não foi de
ouro, mas foi uma simples manjedoura. Ele abriu mão de toda a sua glória para vir ao
mundo salvar todos os perdidos e revelar-se aos piedosos e às minorias.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Há inúmeros pontos da cristologia dignos de ocupar a mente e o coração de todos
os seres humanos. O nosso espaço aqui é exíguo para um estudo completo.
Temos de nos contentar com alguns pontos relevantes sobre a verdadeira
Identidade de Jesus. A provisão do Antigo Testamento sobre a obra redentora de
Deus em Cristo é rica em detalhes. Os escritores do Novo Testamento
reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção, nas suas
instituições e festas. O nosso enfoque aqui é a verdadeira identidade Jesus.
[Comentário:
“Quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15). Pedro confessou Jesus como o
“Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16) João falou de Jesus como “o Verbo” que
se fez carne (Jo 1.14). Paulo descreve Jesus não só como “a imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), mas também como “Cristo
Jesus, homem” (1Tm 2.5). Da mesma forma, o autor de Hebreus identifica Jesus
tanto como “o resplendor da glória de Deus” (Hb 1.3) e aquele que participou da
carne e do sangue (2.14). Depois de tocar em Cristo, Tomé memoravelmente
afirmou Jesus como seu “Senhor” e seu “Deus” (Jo 20.28). No Antigo Testamento,
Isaías teve uma visão de Cristo em que ele o chama de “o Rei, o Senhor dos
Exércitos” (Jo 12.41; ver Is 6.5), mas também é chamado de o Rei, o servo do
Senhor que tinha “nenhuma beleza havia que nos agradasse” (Is 53.2). Cristologia
é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a
natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma
particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida de Jesus de
Nazaré, visto que estas origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido
objeto de estudo e discussão desde os primórdios do cristianismo. ‘Jesus’ quer
dizer ‘YAHWEH é Salvador’; é a forma grega de ‘Josué’ (Mt 1.21). ‘Cristo’ quer
dizer ‘Ungido’; é o mesmo que o termo hebraico Messias.Toda a cristologia é digna
de ocupar a mente e o coração de todos os homens, não apenas ‘inúmeros
pontos’, contudo, já que o espaço é pouco, resta-nos uma pergunta a fim de
resumir esta doutrina: Quem é Jesus Cristo? Ele é a segunda pessoa da Trindade.
Através dele o universo foi criado e tem a garantia de sua existência (Jo 1.3; Cl
1.16-17). Ele é o Anjo do Senhor que aparece no Antigo Testamento (Gn 18).
Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-
11). Ele é o Deus Encarnado; Foi certamente uma coisa maravilhosa para Deus vir
3. para dentro do homem e nascer da humanidade por meio de uma virgem. O nosso
Deus tornou-se um homem! Na criação, Ele era o Criador. Mas embora tivesse
criado todas as coisas, Ele não entrou em nenhuma das coisas que Ele criara.
Mesmo ao criar o homem, Ele somente soprou o fôlego de vida para dentro dele
(Gn 2.7). Ele ainda estava fora do homem. Seu sopro, de acordo com Jó 33.4, deu
vida ao homem; entretanto, Ele próprio não veio para dentro do homem. Até a
encarnação, Ele estava separado do homem. Mas com a encarnação, Ele
pessoalmente entrou no homem. Ele foi concebido e então permaneceu no ventre
da virgem por nove meses, após o que Ele nasceu. Segundo Romanos 8.3, Deus
enviou Seu Filho ‘na semelhança da carne do pecado’.] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e plenamente
homem.
I - O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
1. O Filho de Deus. O apóstolo João explica o motivo que o levou a escrever o
seu evangelho com as seguintes palavras: "Estes, porém, foram escritos para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em
seu nome" (Jo 20.31). Temos aqui dois pontos importantes. O primeiro é sobre a
identidade de Jesus: Ele é o Cristo e o Filho de Deus; o outro é o motivo dessa
revelação, a redenção de todo aquele que crê nessa verdade. É de toda
importância saber o significado do título "Filho de Deus". A profecia de Isaías
anuncia: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (Is 9.6). Note que o
menino nasceu, mas o Filho, segundo a palavra profética, não nasceu, mas "se
nos deu". O nascimento desse menino aconteceu em Belém, mas o Filho foi
gerado desde a eternidade (Jo 17.5,24), pois transcende a criação: "E ele é antes
de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). É como disse
Atanásio, em resposta aos arianistas, referindo-se à eternidade de Jesus: "o Pai
não seria Pai se não existisse o Filho". [Comentário:
‘Filho de Deus’ é o título
cristológico muitas vezes negligenciado, às vezes mal compreendido e atualmente
questionado. Embora a identidade de Jesus como ‘Filho de Deus’ seja uma
confissão de base para todo cristão, boa parte de sua importância é muitas vezes
negligenciada ou mal compreendida. ‘Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao
mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?’ (Jo 10.36).
Jesus é chamado de 'ho huios tou theou', 'o Filho de Deus' e não 'theou huios', um
'filho de Deus'. Jesus não é apenas "um filho de Deus", mas "o Filho de Deus", o
único (ver At 8.37; 9.20; 1Jo 4.15; 5.5; Jo 20.31); isso implica em igualdade em
essência com Deus Pai e revelação completa de Deus. “Responderam-lhe os
judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez
Filho de Deus” (Jo 19.7). Por que o fato de se afirmar como ‘Filho de Deus’ seria
considerado blasfêmia e digno de uma sentença de morte? Os líderes judeus
entenderam exatamente o que Jesus quis dizer com a expressão ‘Filho de Deus’.
Ser ‘Filho de Deus’ é ser da mesma natureza de Deus. O ‘Filho de Deus’ é “de
Deus”. A afirmação em ser da mesma natureza de Deus, e de fato “ser Deus” era
blasfêmia para os líderes judeus; então exigiram a morte de Jesus. Hebreus 1.3
expressa isto muito claramente: “O qual (O Filho) sendo o resplendor da sua glória,
e a expressa imagem da sua pessoa...” Jesus não é Filho de Deus no sentido
como concebemos um pai e um filho. Deus não se casou e teve um filho. Jesus é
4. Filho de Deus no sentido que Ele é Deus manifestado em forma humana (Jo
1.1,14).]
2. Significado. O significado do termo "filho" nas Escrituras é amplo, e uma das
acepções diz respeito à mesma natureza do pai (Jo 14.8,9). Quando Jesus se
declarou Filho de Deus, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus
entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o Pai
somos um" (Jo 10.30). E, mais adiante, no mesmo debate com os judeus, Jesus
esclareceu o que significa ser Filho de Deus: "àquele a quem o Pai santificou e
enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo
10.36). Alegar que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus, como fazem alguns, é
uma contradição. [Comentário:
Esse nome é parte da verdade bíblica de que Jesus
Cristo é Deus, igual em todas as coisas ao Pai. Embora muitos hoje neguem isso,
mesmo os judeus incrédulos dos dias de Jesus entenderam o que ele estava
alegando. Quando ele se chamou de o ‘Filho de Deus’, eles pegaram pedras para
matá-lo por blasfêmia (Jo 8.59; Jo 10.30-42). Eles entendiam muito mais que a
maioria hoje. As seitas, a doutrina da unicidade, e outros ensinos anti-trinitariamos
lêem o nome o ‘Filho unigênito de Deus’ e nem mesmo reconhecem o que ele
significa. Ele deveria ser a verdade para eles, ou a mais horrível blasfêmia, pois o
nome o ‘Filho unigênito de Deus’ ensina sua divindade ainda mais poderosamente
que o nome ‘Filho de Deus’. Ele mostra que entre todos os filhos de Deus, Jesus é
único, o Filho eterno e natural de Deus. [...] Devemos entender que não somente
esse nome é uma tradução exata e literal do grego, mas é o nome com o qual a
igreja de Cristo tem defendido a verdade de sua divindade contra todos os
inimigos. Ele não deveria, portanto, ser tocado por aqueles que alegam estar
retraduzindo a Palavra de Deus mesmo que seus esforços sejam legítimos –
embora não creiamos que o sejam. Outro aspecto da grande verdade que Jesus é
o Filho unigênito de Deus é que sua filiação é a base e a razão para a nossa. Por
essa razão, ele é chamado também de o “primogênito” (Hb 1.6,12.23). Na
Escritura o primogênito é aquele que abre o ventre (Ex. 13.2). Como primogênito
na família de Deus, Jesus é aquele que abre o caminho do “ventre” da morte e da
sepultura para todos os seus irmãos, quando eles nascem de novo para a família
de Deus como filhos e filhas. Sem ele seríamos como filhos que na hora do parto
não podem nascer. Antecipando a sua obra como primogênito, todo primogênito
era especialmente dedicado a Deus no Antigo Testamento. Fonte (original): Doctrine according to
Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 124-125.]
3. Significado de "unigênito" (v.14b). A etimologia do termo "unigênito",
monogenés, em grego, indica a deidade do Filho. Essa palavra só aparece nove
vezes no Novo Testamento, sendo três em Lucas (7.12; 8.42; 9.38), uma em
Hebreus (11.17) e as outras cinco em referência a Jesus nos escritos joaninos (Jo
1.14,18; 3.16,18; 1Jo 4.9). O vocábulo vem de monos, "único", e de genes, que
nos parece derivar de genós, "raça, tipo", e não necessariamente do verbo
gennao, "gerar". Então, unigênito, quando empregado em relação a Jesus,
transmite a ideia de consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo
Niceno: "E [cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do
Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de
verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai". [Comentário:
O
termo ‘filho unigênito’ ocorre em João 3.16: ‘Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna’ (NVI). A expressão "unigênito" é a tradução da
palavra grega monogenes. Ele não é um ser criado em Sua natureza divina como
5. o Filho. O Filho uniu-se à carne criada de Jesus Cristo. A Bíblia não propõe um
Arianismo. Jesus não é o primeiro ser criado – pelo contrário, Ele é o único Ser
auto-suficiente; o Deus sempiterno, infinito e ilimitado. Como os outros nomes de
Cristo, esse não é um nome que pode ser confessado de maneira abstrata. A
única forma de eu confessar esse nome é dizer que o Filho unigênito de Deus é
meu Deus. E dizer que ele é meu Deus é achar em sua divindade, como ela é
expressa de maneira única nesse nome, um fundamento seguro para crer nele e
esperar em sua misericórdia. No site Got Questions?Org Temos o seguinte: “É
este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres têm se
agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que Jesus
Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus como a
Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e dizem que Jesus
é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo momento pode
ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é que "unigênito" é uma
tradução de uma palavra grega. Como tal, temos de avaliar o significado original
da palavra grega, e não transferir o significado da nossa língua ao texto. Então, o
que monogenes significa? De acordo com o Greek-English Lexicon of the New
Testament and Other Early Christian Literature (Léxico Grego-Inglês do Novo
Testamento e outra Literatura Cristã Primitiva, 3ª Edição), monogenes tem duas
definições primárias. A primeira definição diz respeito a "ser o único de seu tipo
dentro de um relacionamento específico." Este é o significado ligado ao seu uso
em Hebreus 11:17, quando o escritor se refere a Isaque como o "filho unigênito" de
Abraão. Abraão tinha mais de um filho, mas Isaque era o único filho que tinha com
Sara e o único filho da aliança. A segunda definição diz respeito a "ser o único de
sua espécie ou classe, único no gênero." Este é o significado implícito em João
3:16. Na verdade, João é o único escritor do Novo Testamento que usa esta
palavra em referência a Jesus (veja João 1:14, 18; 3:16, 18; 1 João 4:9). João
estava mais preocupado em demonstrar que Jesus era o Filho de Deus (João
20:31), e usa esta palavra para destacar Jesus unicamente como o filho de Deus –
compartilhando da mesma natureza divina que Deus – ao contrário de crentes que
são filhos e filhas de Deus através da fé. No fim das contas, termos como "Pai" e
"Filho", descritivos de Deus e Jesus, são termos humanos utilizados para nos
ajudar a compreender a relação entre as diferentes pessoas da Trindade. Se você
puder entender a relação entre um pai humano e um filho humano, então você
pode entender, em parte, a relação entre a Primeira e a Segunda Pessoa da
Trindade. A analogia se desmorona se você tentar ir longe demais e ensinar, como
algumas seitas cristãs (tais como as Testemunhas de Jeová), que Jesus era
literalmente "unigênito", no mesmo sentido que "gerado" ou "criado" por Deus Pai.”
O que significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?, disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/filho-unigenito.html]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Monogenés é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus
como o Filho de Deus; em Hebreus 11,17 é traduzido por "unigênito", sobre a relação de
Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de
Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. No
original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto antes de 'Pai', e
sua ausência em cada caso serve para enfatizaras características referidas nos termos
usados.
6. O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros
apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com
as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de, proveniente de',
A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não implica um começo de Sua
filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é
aplicada aos homens.
Podemos apenas entender corretamente o termo 'unigénito' quando usados para se referir
ao Filho, no sentido de relação não originada. *A geração não é um evento no tempo,
embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas
necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura.
Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto Ele não é 'depois' do
Pai' (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e do
Novo Testamento. 14,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).
II- A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
1. O Verbo de Deus (Jo 1.1). O "Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo
"Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: "e
o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do relacionamento
intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. A
preposição grega pros, usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao
plano de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o
Pai e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo. A segunda referência, "e o
Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de mais um Deus
aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino
está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora seja Ele distinto do
Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa
verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para
quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e
nós por ele" (1Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão. [Comentário:
Ele é o Verbo
que está com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele também é
o Criador e tem o poder de criar do nada. Sua capacidade de criar prova Sua
Onipotência. Seus atributos são os mesmos de Deus porque Ele é Deus. Em João
1.1, Jesus é descrito com atributos de eternidade. Podemos dizer: No princípio era
a Autoexpressão de Deus. No princípio, Deus expressou a si mesmo. No princípio
era a Autoexpressão de Deus, e tal Autoexpressão estava com Deus; o
companheiro de Deus; e a Autoexpressão era Deus; o próprio ser de Deus.
Explicando o termo ‘sabelianismo’, a Wikipédia traz o seguinte: “Sabelianismo
(também conhecido como modalismo, patripassianismo, unicismo,
monarquianismo modalista ou monarquianismo modal) é a crença unicista de que
Deus se manifestou em carne (João 1:1; João 1:18) e não três pessoas distintas.
O termo sabelianismo deriva de Sabélio, um padre e teólogo do século III d.C. e
defensor da tese. Ele foi um discípulo de Noeto, motivo pelo qual os seguidores
desta crença são chamados nas fontes patrísticas de noecianos. Já Tertuliano
batizou-a de patripassianismo” https://pt.wikipedia.org/wiki/Sabelianismo. Don Carson afirma: “Este
que se torna carne, que toma identidade humana, é um com Deus, o agente do
próprio Deus na Criação, o próprio ser de Deus. Até mesmo o termo “Verbo” é uma
escolha interessante, não é? Como você pensa sobre… Como você pensa sobre
Jesus? Qual título é adequado para ele? Posso imaginar a mente de João
passando por vários títulos, nomes, expressões que poderiam ser usadas. E ele se
lembra, por exemplo, que no Antigo Testamento lemos constantemente: “A Palavra
do Senhor veio ao profeta dizendo…” Então Deus mostrou a si mesmo em
revelação. Ele pode ter se lembrado do Salmo 33: Deus falou e algo veio à
8. explicações adicionais para compreender a divindade de Jesus em declarações
como essas (2 Pe 1.1). [Comentário:
No relacionamento entre o Pai e o Filho é
importante descrever que as três pessoas da Trindade são distintas e cumprem
papéis diferentes em relação à criação e redenção. Porém, não há uma espécie de
hierarquia, ou cadeia de comando eterna no relacionamento intratrinitariano. Não
devemos confundir a ideia de distinção com submissão. Como todas as outras
ciências, na ciência da teologia alguns termos técnicos são necessários, mas.
deixando os termos pouco usuais “tripartidas, intratrinitariano, histórico-salvífico,
bipartidas” de lado, entendamos que a existência de três Pessoas distintas na
Deidade não significa que cada uma seja como que separada das outras, assim
como um ser humano é separado de outro. Embora os pronomes singulares, Eu,
Tu, e Ele sejam aplicados a cada uma das três Pessoas, os mesmos pronomes
singulares são aplicados ao Deus Triuno. O Pai, Filho e o Espírito Santo podem
ser distinguidos, mas eles não podem ser separados, pois cada um possui a
mesma substância ou essência idêntica. Uma Pessoa da Deidade não existe sem
as outras duas.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Cremos na deidade do Filho de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A deidade de Cristo inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o
Espírito Santo. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente, O
uso do termo 'Verbo' (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal
expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a
humanidade (1Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. Deus, falando, trouxe o
Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, 'sem ele nada do que
foi feito [na criação] se fez' (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que Cristo é a 'imagem do Deus
invisível'. E a passagem de Hebreus 1.1,2 também proclama a grande verdade: Cristo é a
mais completa e melhor revelação de Deus à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a
própria expressão de Deus, e continua a demonstrá-lo. E então, 'vindo a plenitude dos
tempos' (Gl 4.4), o 'Verbo se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1.14).
Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente
em existência como aquEle que revela a Deus. É bem provável que as teofanias do Antigo
Testamento fossem, na realidade, 'cristofanias', visto que em seu estado preexistente, os
encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus, estaria de pleno acordo
com seu ofício de Revelador" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica:
Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).
III - A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a). O prólogo do Evangelho de João começa
com a divindade de Jesus e conclui com a sua humanidade. O Senhor Jesus
Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A sua divindade está presente
na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta, nos ensinos e nas obras de Jesus,
com tal abundância de detalhes que infelizmente não é possível mencioná-los aqui
por absoluta falta de espaço. A encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a
forma humana. A concepção e o nascimento virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.123)
são obra do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35). Tal encarnação do Verbo é um
mistério (1Tm 3.16). [Comentário:
O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “1. Jesus é
verdadeiro Deus – Jesus é o verbo eterno. Ele pré-existe à criação. Ele não teve
origem, ele é a origem de todas as coisas. Antes que todas as coisas viessem a
9. existir, ele já existia eternamente em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo.
Mesmo se fazendo homem, não deixou de ser Deus. Ele não abdicou de sua
divindade ao tabernacular-se entre nós. Mesmo em seu estado de humilhação,
revelou seus atributos divinos. Jesus não foi a primeira criação de Deus como
ensinava Ário de Alexandria no século quarto e como prega ainda hoje a seita, “os
Testemunhas de Jeová”. Na verdade, Jesus é co-igual, co-eterno e consubstancial
com o Pai. Ele é auto-existente e imutável. Ele e o Pai são um. Jesus tem os
atributos da divindade: ele é o criador e sustentador da vida. Ele conhece todas as
coisas e pode todas as coisas. Nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade. Ele foi adorado como Deus. Ele reivindicou ser adorado como Deus. Ele
realizou obras milagrosas como Deus. Sua vida, seus ensinos e suas obras
provam, de forma irrefutável, sua divindade.
2. Jesus é verdadeiro homem – O verbo divino fez-se carne. O eterno entrou no
tempo. O infinito tornou-se finito. O senhor se fez servo. Aquele que estava
entronizado acima dos querubins foi desprezado pelos homens. Aquele cujas
hostes celestes adoravam sem cessar foi cuspido pelos seus algozes. Aquele que
é bendito eternamente fez-se maldição por nós e foi traspassado na cruz pelas
nossas iniqüidades. Aquele que jamais conheceu pecado foi feito pecado por nós.
Aquele que nem os céus dos céus podem contê-lo esvaziou-se e humilhou-se
nascendo numa família pobre, num berço pobre, numa cidade pobre e viveu como
pobre, sem ter onde reclinar a cabeça. Ele foi verdadeiro homem. Como homem foi
sujeito a seus pais. Como homem aprendeu a obedecer. Como homem sofreu
cansaço, sede, fome e finalmente foi preso, açoitado e pregado na cruz, onde
morreu. Como homem ele se identificou conosco e morreu a nossa morte para
vivermos a sua vida.
Se Jesus não fosse Deus não poderia oferecer um sacrifício de valor infinito. Se
não fosse homem não poderia ser o nosso substituto. Porque é Deus e ao mesmo
tempo homem pode ser o mediador entre Deus e os homens. Porque é Deus-
homem pôde fazer um sacrifício perfeito, capaz de expiar a culpa de todo aquele
que nele crê.” Jesus: verdadeiro Deus, verdadeiro homem, Rev. Hernandes Dias Lopes, disponívelç em:
http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/jesus-verdadeiro-deus-verdadeiro-homem/]
2. Características humanas. Assim como as Escrituras revelam a deidade
absoluta de Jesus, da mesma forma elas ensinam que Ele é plenamente homem:
"Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). Há abundantes e incontestáveis provas de sua
humanidade, ou seja, de que Ele nasceu, cresceu e viveu entre nós. Seu
nascimento é contado com detalhes nos dois primeiros capítulos de Mateus e de
Lucas. Ele cresceu em estatura física e intelectual (Lc 2.52); e sentiu fome, sede,
sono e cansaço (Mt 4.2; 8.24; Jo 4.6; 19.28). [Comentário:
É importante ressaltar que
embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza
humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv.
7,8; Hb 4.15) – enquanto homem, Ele não deixou de ser Deus. Jesus é Deus e
Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o
teólogo contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um -
a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a
humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o
que acontece na verdade da Encarnação.” J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press,
1993 edition), p. 53. A verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a
verdade sobre a Sua Divindade. O apóstolo João fala claramente sobre qualquer
pessoa que nega que Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1Jo 4.2-3; 2Jo
1.7). A humanidade de Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um
bebê, de mãe humana (Lc 2.7; Gl 4.4); que Ele se cansava (Jo 4.6); tinha sede (Jo
10. 19.28); teve fome (Mt 4.2) e experimentou todas as emoções humanas, tais como
Se maravilhar (Mt 8.10), entristecer-Se e chorar (Jo 11.35). Ele viveu na Terra
exatamente como todos nós vivemos.]
3. Necessidade da encarnação do Verbo. Jesus foi revestido do corpo humano
porque o pecado entrou na humanidade por meio do casal Adão e Eva, seres
humanos, e pela justiça de Deus o pecado tinha de ser vencido também por um
ser humano (Rm 5.12, 17-19). Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao
pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm
8.3). A Bíblia mostra que todo o gênero humano está condenado; que o homem
está perdido e debaixo da maldição do pecado (SI 14.2,3; Rm 3.23). Todos são
devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia afirma que
somente Deus pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo Deus tornou-se homem,
trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que
promulgara (At 4.12; 1Tm 3.16; Cl 2.14). [Comentário:
No evangelho de João (1.14)
lemos: “O Verbo se fez carne”. João também disse: “Jesus Cristo veio em carne
[...] todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus,
mas este é o espírito do anticristo”. Paulo também, em 1 Timóteo 3.16, insiste que
“Deus se manifestou em carne”. Quase todos os versículos dos evangelhos
pressupõem a encarnação. Nas palavras do teólogo Louis Berkhof, a encarnação
do Verbo “é o milagre dos milagres”. A fé na Encarnação verdadeira do Filho de
Deus é o sinal distintivo da fé cristã: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo
espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus” (1Jo 4,2). Crer de
forma correta é importante, se não incorreremos nas heresias que tanto
incomodaram a Igreja e ainda persistem. Como Ário (250-336 d.C.), que fora
presbítero de Alexandria entre o fim do século 3 e inicio do século 4 depois de
Cristo, o qual não admitia que Jesus era Deus, o Verbo encarnado. Ele acreditava
que Jesus teve um começo, ou seja, que foi criado por Deus. Sua idéia é que
houve tempo em que Jesus não existiu, ou seja, que este fora criado por Deus,
isso implica que Jesus não é eterno. Foi Atanásio (296-373 d.C.) quem rebateu
esta heresia. Paulo em Cl 3.15 diz que Jesus é a imagem do Deus invisível,
apontando para a revelação do próprio Deus, pois a expressão imagem está ligada
também à encarnação, ou seja, é uma forma humana de se ver Deus.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Cremos na humanidade do Filho de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte
Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por
cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades
divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas
qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há dl retornar como 'esse mesmo Jesus'
(At 1.11). Numerosas passagens ensinar claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo
verdadeiramente humano uma alma racional. Eram características de seres humanos não-
caídos (isto ; é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente,
o Segundo Adão (1Co 15.45,47).
As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é
descrito como um bebé, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele
aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu ,
ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da
11. morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena
identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza
plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é,
verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável
de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M, Doutrinas Bíblica: Os
fundamentos da nossa fé, 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História
porque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua
verdadeira identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1Co 12.3). Isso
revela a sua divindade. [Comentário:
Uma lição como estas merece um tempo maior
para nos aprofundarmos neste assunto tão importante para a fé cristã. A doutrina
de Cristo hoje em dia é muitas vezes exposta de maneira completamente
naturalista. Quando João inicia seu evangelho com "No princípio" ele reflete
Gênesis 1.1 e também é usado em 1Jo 1.1 como uma referência para a
encarnação. Os Versículos 1 a 5 são uma afirmação da pré-existência divina de
Jesus Cristo antes da criação (Jo 1.15; 8.56-59; 16.28; 17.5; 2Co 8.9; Fp 2.6-7; Cl
1.17, Hb 1.3; 10.5-9). A Bíblia ensina que Jesus é tanto verdadeiro homem quanto
verdadeiro Deus, duas naturezas em uma só pessoa. Jesus assumiu uma
natureza humana em sua encarnação, e desde então possui uma perfeita
humanidade (Corpo e Alma) e uma Perfeita Divindade; duas naturezas completas
que, apesar de unidas, preservam suas propriedades, formando uma única
pessoa, Jesus Cristo.] “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus
sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para
todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2017
PARA REFLETIR
A respeito do Senhor e Salvador Jesus Cristo, responda:
• Que ideia transmite o termo "unigénito" em relação a Jesus?
A etimologia do termo "unigénito", monogenés, em grego, indica a deidade do
Filho. Unigénito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de
consubstancialidade.
• O que representa para o sabelianismo, "e o Verbo estava com Deus"?
Significa um golpe mortal, pois "o Verbo estava com Deus" é uma indicação do
relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da
fundação do mundo.
• O que identificam as construções bipartidas no Novo Testamento?
As construções bipartidas identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e
o Filho aparecem no mesmo nível de divindade. Essas expressões bipartidas
provam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância,
mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade.
• Como começa e termina o prólogo do evangelho de João?
12. O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com
a sua humanidade.
• Por que o Senhor Jesus é a personagem mais controvertida da História?
O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História
porque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua
verdadeira identidade só é possível pela revelação.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 3° trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação:
https://sub-ebd.blogspot.com.br/2017/05/licao-4-o-senhor-e-salvador-jesus-cristo.html