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ENGT 141 – SANEAMENTO
Aula 5 – Caracterização dos esgotos
Prof.ª Aruana Rocha Barros Lopes
aruana.barros@ufvjm.edu.br
Teófilo Otoni - MG
Junho de 2017
Introdução
 Características do esgotos:
Dependem da atividade geradora  tipo de uso da água
 Esgotos domésticos: possuem características bem
definidas
 Esgotos industriais  características dependem de:
 Tipo de atividade
 Processos industriais envolvidos
 Consumo de água
 Matéria-prima utilizada
2
Introdução
 Importância da caracterização dos esgotos:
 Conhecer as características do efluente
 Identificação dos possíveis impactos ambientais a
serem causados pelo lançamento do efluente em
corpos d’água
 Determinação do tipo de tratamento mais
adequado
 Adoção de medidas para conter a geração do
efluente e minimizar os impactos ambientais
3
Introdução
Caracterização dos esgotos:
 Qualitativa: parâmetros de qualidade
(características físicas, químicas e biológicas)
 Quantitativa: vazão, carga poluidora
4
Caracterização qualitativa
dos esgotos
5
Caracterização qualitativa
Principais parâmetros de caracterização dos
esgotos sanitários
 Sólidos
 Indicadores de matéria orgânica
 Nitrogênio
 Fósforo
 Indicadores de contaminação fecal 6
Sólidos
Importância da determinação:
 Contribuem para degradação estética do
efluente
 Constituídos basicamente por matéria orgânica
 Podem causar impactos nos corpos d’água
 Classificação por tamanho e estado
sólidos em suspensão
sólidos coloidais
sólidos dissolvidos
7
Sólidos
 Classificação pelas características químicas
sólidos voláteis (matéria orgânica)
sólidos fixos
 Classificação pela sedimentabilidade
sólidos em suspensão sedimentáveis
sólidos em suspensão não sedimentáveis
8
Sólidos
9
Indicadores de matéria
orgânica
As substâncias orgânicas presentes nos esgotos são
constituídas principalmente por:
 compostos de proteínas (40% a 60%)
 carboidratos (25% a 50%)
 gordura e óleos (8% a 12%)
 ureia, surfactantes, fenóis, pesticidas, metais e
outros (menor quantidade)
10
Indicadores de matéria
orgânica
 Classificação quanto à forma e tamanho
em suspensão (particulada)
dissolvida (solúvel)
 Classificação quanto à biodegradabilidade
inerte
biodegradável (mais importante no tratamento de
esgotos)
11
Determinação dos teores de
matéria orgânica nos esgotos
12
Métodos indiretos: medição do consumo de
oxigênio
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
 Demanda Última de Oxigênio (DBOU)
 Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Métodos diretos: medição do carbono orgânico
 Carbono Orgânico Total (COT)
Determinação dos teores de
matéria orgânica nos esgotos
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5)
Mede o consumo de oxigênio, realizado por
microrganismos, para degradar a parcela de
matéria orgânica presente em uma amostra,
durante 5 dias
Demanda Última de Oxigênio (DBOU)
Mede o consumo de oxigênio para degradação total
da matéria orgânica
presente em uma amostra (20 dias)
13
Determinação dos teores de
matéria orgânica nos esgotos
14
DBO
Vantagens:
 Indicação aproximada da fração
biodegradável do despejo
 Indicação da taxa de degradação do
despejo
 Indicação da taxa de consumo de oxigênio
em função do tempo
 Determinação aproximada da quantidade
de oxigênio requerido para a estabilização
biológica da matéria orgânica presente
15
DBO
Limitações
 Pode-se encontrar baixos valores de DBO caso
os microrganismos responsáveis pela
decomposição não estejam adaptados ao
despejo
 Metais e outras substâncias tóxicas podem
matar ou inibir os microrganismos
 Há a necessidade da inibição dos organismos
responsáveis pela oxidação da amônia, para
se evitar que o consumo de oxigênio para a
nitrificação (demanda nitrogenada) interfira
com a demanda carbonácea 16
DBO
Limitações
 O teste demora 5 dias, não sendo útil
para efeito de controle operacional de
uma ETE
17
Determinação dos teores de
matéria orgânica nos esgotos
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Mede o consumo de oxigênio realizado por meio da
oxidação química da matéria orgânica presente
em uma amostra
 Oxidante: mistura de ácidos crômico e sulfúrico
com dicromato de potássio
18
DQO
 Oxidação tanto da fração orgânica quanto da
fração inerte (não biodegradável): superestima o
valor do oxigênio consumido
 Utilização mais frequente: efluentes com
constituinte químicos (industriais)
 Importância: relação DQO/DBO pode nos dar
informações do tipo mais adequado de tratamento
para o efluente
19
DQO
Vantagens
 Teste gasta de 2 a 3 horas para ser
realizado
 Resultado do teste dá uma indicação do
oxigênio requerido para a estabilização da
MO
 Resultados do teste não é afetado pela
oxidação da amônia
20
DQO
Limitações
 No teste da DQO são oxidadas tanto a fração
biodegradável, quanto a fração inerte da MO
do despejo. O teste superestima, portanto, o
oxigênio a ser consumido no tratamento
biológico dos despejos
 Teste não fornece informações sobre a taxa
de consumo de MO ao longo do tempo
 Certos constituintes inorgânicos reduzidos
podem ser oxidados e interferir no resultado
21
Relação DQO/DBO
 Baixa (< cerca de 2,5):
A fração biodegradável aeróbia é elevada e o
tratamento biológico é aconselhável;
 Intermediária (entre cerca de 2,5 e 3,5) :
A fração biodegradável aeróbia não é elevada e
devem ser realizados estudos para verificar a
viabilidade do tratamento biológico;
 Elevada (> cerca de 3,5 ou 4,0):
A fração inerte (não biodegradável aerobiamente) é
elevada e a possível indicação é para o tratamento
físico-químico.
22
Nitrogênio
Formas presentes nos esgotos:
 Nitrogênio molecular (N2)
 Nitrogênio orgânico (Norg)
 Amônia
 Nitrito (NO2
-)
 Nitrato (NO3
-)
Importância da caracterização:
 Nitrogênio é essencial ao crescimento de
microrganismos que atuam no tratamento de
esgotos
23
Nitrogênio
 Formas de nitrogênio na água podem determinar o grau
de poluição
• Nitrogênio orgânico e amônia: poluição recente
• Nitrito e nitrato: poluição remota
 Nitrogênio (juntamente com o fósforo) causa a
eutrofização dos corpos d’água
 Transformação das formas de nitrogênio nos corpos
d’água causa consumo de oxigênio dissolvido
Norg → NO2
- → NO3
-
24
Fósforo
Formas presentes nos esgotos:
 ortofosfatos
 fósforo orgânico (Porg)
Importância da caracterização:
 Fósforo é essencial ao crescimento de
microrganismos que atuam no tratamento de
esgotos
 Nutriente limitante para ocorrência da
eutrofização 25
Indicadores de
contaminação fecal
 Coliformes totais (CT)
 Coliformes termotolerantes (CTL)
 Estreptococos fecais (EF): presentes no intestino de
bois, cavalos e porcos, por exemplo
Importância da caracterização:
 Adequação do efluente a padrões de lançamento
 Risco de presença de patógenos (contaminação das
águas)
 Informações sobre tipo de efluente 26
Indicadores de
contaminação fecal
Relação entre coliformes termotolerantes (fecais) e
estreptococos fecais (CTL/EF) pode ser um indicador do
tipo de contaminação:
 CTL / EF > 4:
Contaminação predominantemente humana
(esgotos domésticos são um componente importante)
 CTL / EF < 1:
Contaminação predominante de outros animais de sangue
quente
(escoamento superficial é um fator importante) 27
Caracterização quantitativa
dos esgotos
28
Caracterização quantitativa
dos esgotos
Para a avaliação do impacto da poluição e da eficácia das
medias de controle, é necessária a quantificação das cargas
poluidoras afluentes ao corpo d’água.
Fatores envolvidos na caracterização quantitativa:
 Uso e ocupação do solo: tipo; densidades; perspectivas de
crescimento; distritos industriais; etc.
 Caracterização socioeconômica: demografia;
desenvolvimento econômico
 Usos múltiplos das águas.
 Requisitos de qualidade para o corpo d’água.
 Localização, quantificação e tendência das principais
fontes poluidoras.
 Diagnóstico da situação atual da qualidade da água:
características físicas, químicas e biológicas
29
Vazão dos esgotos
• Vazão média: (Qméd) = Pop*QPC*R (L/d)
• Vazão máxima (Qmáx) = Pop*QPC*R*K1*K2 (L/d)
• Vazão mínima (Qmín) = Pop*QPC*R*K3 (L/d)
K1=1,2 K2=1,5 K3=0,5 R=0,8
´
K1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo)
K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo)
K3 = 0,5 (coeficiente da hora de menor consumo)
R = vazão de esgotos/vazão de água (coeficiente de retorno)
• Vazão de infiltração: parcela de água que infiltra na rede de
esgotos (L/km.s)
30
Vazão dos esgotos
 Alguns autores desenvolveram fórmulas para
correlacionar os coeficientes de variação com a
população:
31
Vazão dos esgotos
 Alguns autores desenvolveram fórmulas para
correlacionar os coeficientes de variação com a
população:
32
Carga orgânica
• Carga (kg/dia) = concentração (C) * vazão (Q)
• Carga (kg/dia) = população (hab) * contribuição per capta
(kg/hab.dia)
Obs: contribuição per capta de DBO: 54 gDBO/hab.dia
• Carga (kg/dia) = produção (unidades) * contribuição por
unidade (Kg/unidade.dia)
Obs: efluentes industriais
33
Equivalente populacional
Expressa uma relação entre uma determinada carga orgânica
de um efluente industrial e seu equivalente para esgotos
domésticos
EP (habitantes) = carga (kg/d) / contribuição per capta de DBO
ou
EP (habitantes) = carga (kg/d) / 0,054 kg DBO/hab.d
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Aula 5 caracterização dos esgotos

  • 1. ENGT 141 – SANEAMENTO Aula 5 – Caracterização dos esgotos Prof.ª Aruana Rocha Barros Lopes aruana.barros@ufvjm.edu.br Teófilo Otoni - MG Junho de 2017
  • 2. Introdução  Características do esgotos: Dependem da atividade geradora  tipo de uso da água  Esgotos domésticos: possuem características bem definidas  Esgotos industriais  características dependem de:  Tipo de atividade  Processos industriais envolvidos  Consumo de água  Matéria-prima utilizada 2
  • 3. Introdução  Importância da caracterização dos esgotos:  Conhecer as características do efluente  Identificação dos possíveis impactos ambientais a serem causados pelo lançamento do efluente em corpos d’água  Determinação do tipo de tratamento mais adequado  Adoção de medidas para conter a geração do efluente e minimizar os impactos ambientais 3
  • 4. Introdução Caracterização dos esgotos:  Qualitativa: parâmetros de qualidade (características físicas, químicas e biológicas)  Quantitativa: vazão, carga poluidora 4
  • 6. Caracterização qualitativa Principais parâmetros de caracterização dos esgotos sanitários  Sólidos  Indicadores de matéria orgânica  Nitrogênio  Fósforo  Indicadores de contaminação fecal 6
  • 7. Sólidos Importância da determinação:  Contribuem para degradação estética do efluente  Constituídos basicamente por matéria orgânica  Podem causar impactos nos corpos d’água  Classificação por tamanho e estado sólidos em suspensão sólidos coloidais sólidos dissolvidos 7
  • 8. Sólidos  Classificação pelas características químicas sólidos voláteis (matéria orgânica) sólidos fixos  Classificação pela sedimentabilidade sólidos em suspensão sedimentáveis sólidos em suspensão não sedimentáveis 8
  • 10. Indicadores de matéria orgânica As substâncias orgânicas presentes nos esgotos são constituídas principalmente por:  compostos de proteínas (40% a 60%)  carboidratos (25% a 50%)  gordura e óleos (8% a 12%)  ureia, surfactantes, fenóis, pesticidas, metais e outros (menor quantidade) 10
  • 11. Indicadores de matéria orgânica  Classificação quanto à forma e tamanho em suspensão (particulada) dissolvida (solúvel)  Classificação quanto à biodegradabilidade inerte biodegradável (mais importante no tratamento de esgotos) 11
  • 12. Determinação dos teores de matéria orgânica nos esgotos 12 Métodos indiretos: medição do consumo de oxigênio  Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)  Demanda Última de Oxigênio (DBOU)  Demanda Química de Oxigênio (DQO) Métodos diretos: medição do carbono orgânico  Carbono Orgânico Total (COT)
  • 13. Determinação dos teores de matéria orgânica nos esgotos Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) Mede o consumo de oxigênio, realizado por microrganismos, para degradar a parcela de matéria orgânica presente em uma amostra, durante 5 dias Demanda Última de Oxigênio (DBOU) Mede o consumo de oxigênio para degradação total da matéria orgânica presente em uma amostra (20 dias) 13
  • 14. Determinação dos teores de matéria orgânica nos esgotos 14
  • 15. DBO Vantagens:  Indicação aproximada da fração biodegradável do despejo  Indicação da taxa de degradação do despejo  Indicação da taxa de consumo de oxigênio em função do tempo  Determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para a estabilização biológica da matéria orgânica presente 15
  • 16. DBO Limitações  Pode-se encontrar baixos valores de DBO caso os microrganismos responsáveis pela decomposição não estejam adaptados ao despejo  Metais e outras substâncias tóxicas podem matar ou inibir os microrganismos  Há a necessidade da inibição dos organismos responsáveis pela oxidação da amônia, para se evitar que o consumo de oxigênio para a nitrificação (demanda nitrogenada) interfira com a demanda carbonácea 16
  • 17. DBO Limitações  O teste demora 5 dias, não sendo útil para efeito de controle operacional de uma ETE 17
  • 18. Determinação dos teores de matéria orgânica nos esgotos Demanda Química de Oxigênio (DQO) Mede o consumo de oxigênio realizado por meio da oxidação química da matéria orgânica presente em uma amostra  Oxidante: mistura de ácidos crômico e sulfúrico com dicromato de potássio 18
  • 19. DQO  Oxidação tanto da fração orgânica quanto da fração inerte (não biodegradável): superestima o valor do oxigênio consumido  Utilização mais frequente: efluentes com constituinte químicos (industriais)  Importância: relação DQO/DBO pode nos dar informações do tipo mais adequado de tratamento para o efluente 19
  • 20. DQO Vantagens  Teste gasta de 2 a 3 horas para ser realizado  Resultado do teste dá uma indicação do oxigênio requerido para a estabilização da MO  Resultados do teste não é afetado pela oxidação da amônia 20
  • 21. DQO Limitações  No teste da DQO são oxidadas tanto a fração biodegradável, quanto a fração inerte da MO do despejo. O teste superestima, portanto, o oxigênio a ser consumido no tratamento biológico dos despejos  Teste não fornece informações sobre a taxa de consumo de MO ao longo do tempo  Certos constituintes inorgânicos reduzidos podem ser oxidados e interferir no resultado 21
  • 22. Relação DQO/DBO  Baixa (< cerca de 2,5): A fração biodegradável aeróbia é elevada e o tratamento biológico é aconselhável;  Intermediária (entre cerca de 2,5 e 3,5) : A fração biodegradável aeróbia não é elevada e devem ser realizados estudos para verificar a viabilidade do tratamento biológico;  Elevada (> cerca de 3,5 ou 4,0): A fração inerte (não biodegradável aerobiamente) é elevada e a possível indicação é para o tratamento físico-químico. 22
  • 23. Nitrogênio Formas presentes nos esgotos:  Nitrogênio molecular (N2)  Nitrogênio orgânico (Norg)  Amônia  Nitrito (NO2 -)  Nitrato (NO3 -) Importância da caracterização:  Nitrogênio é essencial ao crescimento de microrganismos que atuam no tratamento de esgotos 23
  • 24. Nitrogênio  Formas de nitrogênio na água podem determinar o grau de poluição • Nitrogênio orgânico e amônia: poluição recente • Nitrito e nitrato: poluição remota  Nitrogênio (juntamente com o fósforo) causa a eutrofização dos corpos d’água  Transformação das formas de nitrogênio nos corpos d’água causa consumo de oxigênio dissolvido Norg → NO2 - → NO3 - 24
  • 25. Fósforo Formas presentes nos esgotos:  ortofosfatos  fósforo orgânico (Porg) Importância da caracterização:  Fósforo é essencial ao crescimento de microrganismos que atuam no tratamento de esgotos  Nutriente limitante para ocorrência da eutrofização 25
  • 26. Indicadores de contaminação fecal  Coliformes totais (CT)  Coliformes termotolerantes (CTL)  Estreptococos fecais (EF): presentes no intestino de bois, cavalos e porcos, por exemplo Importância da caracterização:  Adequação do efluente a padrões de lançamento  Risco de presença de patógenos (contaminação das águas)  Informações sobre tipo de efluente 26
  • 27. Indicadores de contaminação fecal Relação entre coliformes termotolerantes (fecais) e estreptococos fecais (CTL/EF) pode ser um indicador do tipo de contaminação:  CTL / EF > 4: Contaminação predominantemente humana (esgotos domésticos são um componente importante)  CTL / EF < 1: Contaminação predominante de outros animais de sangue quente (escoamento superficial é um fator importante) 27
  • 29. Caracterização quantitativa dos esgotos Para a avaliação do impacto da poluição e da eficácia das medias de controle, é necessária a quantificação das cargas poluidoras afluentes ao corpo d’água. Fatores envolvidos na caracterização quantitativa:  Uso e ocupação do solo: tipo; densidades; perspectivas de crescimento; distritos industriais; etc.  Caracterização socioeconômica: demografia; desenvolvimento econômico  Usos múltiplos das águas.  Requisitos de qualidade para o corpo d’água.  Localização, quantificação e tendência das principais fontes poluidoras.  Diagnóstico da situação atual da qualidade da água: características físicas, químicas e biológicas 29
  • 30. Vazão dos esgotos • Vazão média: (Qméd) = Pop*QPC*R (L/d) • Vazão máxima (Qmáx) = Pop*QPC*R*K1*K2 (L/d) • Vazão mínima (Qmín) = Pop*QPC*R*K3 (L/d) K1=1,2 K2=1,5 K3=0,5 R=0,8 ´ K1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo) K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo) K3 = 0,5 (coeficiente da hora de menor consumo) R = vazão de esgotos/vazão de água (coeficiente de retorno) • Vazão de infiltração: parcela de água que infiltra na rede de esgotos (L/km.s) 30
  • 31. Vazão dos esgotos  Alguns autores desenvolveram fórmulas para correlacionar os coeficientes de variação com a população: 31
  • 32. Vazão dos esgotos  Alguns autores desenvolveram fórmulas para correlacionar os coeficientes de variação com a população: 32
  • 33. Carga orgânica • Carga (kg/dia) = concentração (C) * vazão (Q) • Carga (kg/dia) = população (hab) * contribuição per capta (kg/hab.dia) Obs: contribuição per capta de DBO: 54 gDBO/hab.dia • Carga (kg/dia) = produção (unidades) * contribuição por unidade (Kg/unidade.dia) Obs: efluentes industriais 33
  • 34. Equivalente populacional Expressa uma relação entre uma determinada carga orgânica de um efluente industrial e seu equivalente para esgotos domésticos EP (habitantes) = carga (kg/d) / contribuição per capta de DBO ou EP (habitantes) = carga (kg/d) / 0,054 kg DBO/hab.d 34
  • 35. 35