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EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS
Impactos sobre recursos hídricos e a biodiversidade
Controlo e Formas de Tratamento
I-Caracterização dos efluentes
Características principais:
• altos teores de sólidos totais,
• altos teores de nutrientes e matéria orgânica
• altos números de bactérias do grupo coliformes
• elevada DBO.
I-1 Efluente doméstico
É toda água residuária gerada pelas atividades e
necessidades humanas numa residência e que
fluem através da rede de esgoto. Podem igualmente
serem lançadas diretamente no ambiente ou
redirecionadas para estações de tratamento.
Lavanderia e
cozinha
56 litros
Banho e uso
pessoal
84 litros
Água para
beber e
cozinhar
14 litros
Piscina
Lavagem
quintal
irrigação
Lavagem de
carro
45 %
30 %
20 %
5 %
Consumo no
interior da
casa
280 litros
Consumo
fora da casa
280 litros
WC
126 litros
I-2 Efluente Industrial
É toda água residuária gerada pelas atividades
industriais e que fluem através da rede de esgoto.
Podem igualmente serem lançadas diretamente no
ambiente ou redirecionadas para estações de
tratamento.
Características principais:
• compostos orgânicos
• substâncias radioativas
• ácidos
• metais pesados
II-Impactos ambientais
As principais fontes de poluição
da água são os efluentes
domésticos e os industriais
fontes de poluição
esgoto e galerias de
águas pluviais
Difusas: águas de
escoamento da
superfície ou de
infiltração
Pontuais: tubos
emissores de
POLUIÇÃO DA ÁGUA
Resulta na introdução de resíduos na mesma
(matéria ou energia) de modo a torná-la prejudicial
às formas de vida, ou impróprias para um
determinado uso estabelecido para ela
1. Elevação da temperatura
Conseqüências:
•aumento das reações químicas e biológicas
• redução do teor de oxigênio dissolvido
• diminuição da viscosidade da água
• aumento da ação tóxica de alguns compostos
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
2. Sólidos dissolvidos totais
Conseqüências:
•Assoreamento de ambientes aquáticos (enchentes)
• soterramento de ovos, invertebrados e peixes
• aumento da turbolência da água
a) Fundo de rio com baixa deposição de sedimento
b) O mesmo rio com alta deposição de sedimento
Muitos locais para
pequenos peixes
Bactérias,
protozoários e larvas
de insetos ligados às
rochas
Penetração de
luz, fotossíntese
de algas
perifíticas
Argila em suspensão
impede penetração da
luz
Organismos ligados
às rochas são
arrastados pela
areia e espalhados
ao longo do fundo
Quase todos organismos
eliminados
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
3. Matéria orgânica
• redução do oxigênio dissolvido (decomposição
bacteriana aeróbia)
• maus odores (decomposição bacteriana
anaeróbia)
Consequências:
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
Conseqüências:
• transmissão de doenças ao homem
4. Microrganismos patogénicos
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
5. Nutrientes
Conseqüências:
•eutrofização da água
eutrofização cultural
EUTRÓFICO
 pobre em
nutrientes
 fitoplâncton
limitado
 águas claras
 grande penetração
da luz
 vegetação aquática
submersa florescente
ENTRADA DE NUTRIENTES
 rico em nutrientes
 fitoplâncton
florescente
 turbidez da
água
 vegetação
aquática
submersa inibida
 rico em nutrientes
 renovação rápida
do fitoplâncton
 acumulação de
detritos de algas
mortas
 decompositores
alimentando-se sobre
detritos
 depleção do oxigênio
dissolvido
 peixes, moluscos e
crustáceos sufocando
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
6. Mudanças de pH
Conseqüências:
• efeitos sobre a flora e a fauna
• restrições de uso da água na agricultura
• aumento da toxicidez de certos compostos
(amônia, metais pesados, gás sulfídrico)
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
7. Compostos tóxicos
Conseqüências:
•danos à saúde humana
• danos aos animais aquáticos
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
8. Corantes
Conseqüências:
• cor na água
• redução da transparência da água  diminuição
da atividade fotossintética  redução do oxigênio
dissolvido  prejuízos à vida aquática
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
9. Substâncias tensoativas
Conseqüências:
• redução da viscosidade
• redução da tensão superficial da água
• danos à fauna
• espumas
•toxidez
II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES
AQUÁTICOS
10. Substâncias radioativas
Conseqüências:
•danos à saúde humana
• danos aos animais aquáticos
II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE
EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA
 Consumo de oxigênio
Matéria orgânica
II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE
EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA
Demanda de oxigênio
DBO
Consequências do
lançamento de
carga orgânica em
um curso d’água
Curva de depressão de oxigênio
AUTODEPURAÇÃO DE UM CORPO D’ÁGUA
Curva de depressão
de oxigênio em
diversas condições
de autodepuração
II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE
EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA
 Eutrofização
II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE
EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA
 Contaminação por microrganismos
Água como fonte de doenças
Doença
Tipo de
organismo
Doença
Tipo de
organismo
Cólera Bactéria Poliomielite Vìrus
Disenteria Bactéria
Disenteria
amebiana
Protozoário
Enterite Bactéria Esquistossomose Verme
Febre tifóide Bactéria Ancilostomíase Verme
Hepatite
infecciosa
Vírus Malária Protozoário
Criptosporidiose Protozoário Febre Amarela Vírus
Dengue Vírus
III-Controle da poluição da água
PROGRAMA DE CONTROLO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA
1. Diagnóstico da Situação Existente
2. Definição da Situação Desejável
3. Estabelecer e Desenvolver Medidas de Controlo
4. Programas de Acompanhamento
5. Suporte Institucional Legal
* medidas de caráter corretivo ou preventivo
1. Diagnóstico da Situação Existente
O diagnóstico deve compreender:
Dados
fisiográficos
da bacia
Condições
hidráulicas
do corpo
d’água
Diagnóstico
de qualidade
da água do
manancial
Áreas
sujeitas à
erosão Caracterização
Sócio-econômica
Dados do
meio biológico
Levantamento
usos múltiplos
Uso e
ocupação do
solo
Estudo das
condições do
corpo d’água e
de sua bacia
hidrográfica
Identificação e
quantificação
das cargas
poluidoras
Fertilizantes
Água de
escoamento
superficial
Pesticidas
Dejetos de
animais
Lixo
(chorume)
Efluentes
D & I
Perfil
sanitário
IQA
*Fontes
de
poluição
Efluentes
industriais
Água
escoamento
superficial
Fezes de
animais
Efluentes
domésticos
* Avaliação
da carga
poluidora
2. Definição da Situação Desejável
Qual é a situação desejável para um corpo d’água?
Dependerá dos usos a que o mesmo se destina
Portanto, os requisitos de qualidade serão estabelecidos
em função dos usos, o que exigirá, de antemão, a
definição dos usos e a classificação do corpo d’água
As medidas adotadas visando garantir que sejam
observados os limites e condições estabelecidos para
uma dada classe, constitui-se no enquadramento
3. Estabelecer e Desenvolver Medidas de
Controle (específicas para os efluentes)
d) Modificação no Processo Industrial
c) Afastamento das Fontes de Poluição
a) Implantação de Sistemas de recolha de Tratamento de
Esgoto
b) Reutilização da Água
4. Programas de Acompanhamento
A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere três
tipos para acompanhamento da qualidade das águas
A) MONITORAMENTO
B) VIGILÂNCIA
C) ESTUDO ESPECIAL
IV-Processos de tratamento de efluentes
domésticos e industriais
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO
DE ESGOTO
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO
DE ÁGUA
Método físico
Método biológico
Método químico
MÉTODO FÍSICO  utiliza forças físicas:
* decantação (usa a força gravitacional)
* floculação (agrupamento das partículas por colisão)
* flotação (usa o arraste dos partículados por
pequenas partículas de ar formadas no volume do reator.
Outros métodos físicos incluem: * peneiramento * desintegração
* equalização * mistura * filtragem
Os processos de tratamento resume-se em:
Seqüência de utilização dos métodos físicos numa planta
convencional de tratamento de efluentes
Seqüência de utilização dos métodos físicos numa planta
convencional de tratamento de efluentes.
Fundamentos do tratamento biológico de efluentes
MÉTODO BIOLÓGICO  utiliza o metabolismo de
microrganismos
Processo em batelada
Processo contínuo
Necessidades dos microrganismos para o metabolismo
1. Fonte de energia: luz (fototróficos); reações de
oxi-redução (chemotróficos)
2. Carbono: para síntese celular
Compostos orgânicos
= heterotrófico
Dióxido de carbono
= autotrófico
3. Nutrientes (N, P, S, K, Ca, Mg)
Carbono + Nutrientes = SUBSTRATO
Os processos de tratamento biológico podem ser:
- aeróbios - anaeróbios - facultativos - anóxicos
LAGOAS
-Facultativas*
-De maturação
-Lagoas anaeróbias
-Lagoas aeradas
MÉTODO QUÍMICO  utiliza processos químicos
* COAGULAÇÃO = desestabilização das partículas coloidais (0,1 –
1 m)
Coagulação por neutralização da carga.
* PRECIPITAÇÃO QUÍMICA = alterar o equilíbrio iônico de um
composto metálico para produzir um precipitado insolúvel
A TÉCNICA É UTIL PARA REMOVER ÍONS METÁLICOS COMO OS DE
CÁLCIO E MAGNÉSIO; ÂNIONS FOSFATOS; METAIS PESADOS
* OXIDAÇÃO = objetivo é obter produtos finais ou intermediários
de mais fácil biodegradação, ou removíveis por adsorção
Os oxidantes químicos mais usados são: oxigênio; cloro;
permanganato de potássio; ozônio, peróxido de hidrogênio
OS POLUENTES DE POSSÍVEL REMOÇÃO SÃO: FERRO; MANGANÊS E
CIANETOS (altamente tóxicos); ORGÂNICOS (pesticidas)
* ADSORÇÃO COM CARVÃO ATIVADO = adsorção física de
compostos orgânicos solúveis na superfície do carvão
A TÉCNICA É UTIL PARA REMOVER SOLVENTES ORGÂNICOS;
COMPOSTOS DE ALTO PESO MOLECULAR; METAIS PESADOS
* TECNOLOGIA DE MEMBRANA = separação seletiva de diferentes
compostos - PROCESSOS: - Microfiltragem – Ultrafiltragem -
Nanofiltragem - Osmose reversa
    
Exemplos de diferentes combinações de
tratamento para diferentes efluentes industriais
FIRMENICH – Empresa de essências
- separador água/óleo – peneira – tanque de
equalização – sistema de dosagem química –
flotador – reator anaeróbio – nova correção
de pH – reator aeróbio com difusores de
micro bolha – decantação –e filtração O
lodo é enviado para um espessador – tanque
de acúmulo - filtro prensa - disposição no
ambiente
TRATAMENTO DE
EFLUENTES DE UMA
EMPRESA DE PINCÉIS E
DE ROLO PARA PINTURA
Diagrama
esquemático do
processo de
curtume do couro
Historicamente, os processos de tratamento de efluentes têm
sido direcionados para remoção de sólidos suspensos totais
(SST), matéria orgânica biodegradável (DBO) e remoção de
organismos patogênicos (presença de coliformes).
MÉTODOS
ALTERNATIVOS
MÉTODOS ALTERNATIVOS
ELETRÓLISE = visando principalmente remoção de matéria orgânica
IRRADIÇÃO ULTRA-VIOLETA = visando principalmente desinfecção.
Comprimentos de onda de 260 – 265 nm têm função germicida. Ação:
material genético dos microrganismos (ácido nuclêico)
FUNGOS FILAMENTOSOS = Aspergillus niger, Aspergillus flavus e
Drechslera sp
OZÔNIO = oxidação de microrganismos (desinfecção) e de
compostos como fenol, cianeto, metais pesados e orgânicos
MÉTODOS ALTERNATIVOS
PROCESSOS DE OXIDAÇÃO AVANÇADOS = (iniciativa do IPEN e
indústrias) – utiliza radiação ionizante proveniente de feixe de
elétrons de alta energia, gerados em aceleradores industriais.
PROCESSO USADO PARA DEGRADAÇÃO QUÍMICA DE COMPOSTOS
ORGÂNICOS INDUSTRIAIS E DESINFECÇÃO DE ESGOTOS E LODOS
DOMÉSTICOS
Painel de
controle da
planta piloto de
tratamento de
efluentes com
acelerador
industrial de
elétrons
**********
Relação simbiótica entre algas e bactérias em lagoas facultativas
WETLANDS CONSTRUÍDAS
METAIS SÃO ELEMENTOS NATURAIS
Cromo e Níquel  galvanização
Mercúrio  fungicidas de tintas
Cádmio  plásticos para estabilizar as cores
Chumbo  gasolina para reforçar a octanagem;
pinturas industriais e marinhas como
preservante; baterias de carros.
FONTES DE POLUIÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
-INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (FOSSAS)
-INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO)
-INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (DO SOLO)
- PERCOLAÇÃO DO CHORUME (ATERROS)
- INJEÇÃO DE ESGOTO NO SUB-SOLO
VALORES DE DBO (5 dias, 20ºC) PARA EFLUENTES:
DOMÉSTICO  100 - 300 mg DBO/L
INDUSTRIAL
- Curtume  400 - 5.000
- Matadouro  800 - 5.000
- Laticínios  300 - 2.000
- Cervejaria  400 - 1.200
O esgoto de uma pessoa necessita de 54 mgOD/dia para
a decomposição da matéria orgânica
VALORES DE OD e DBO (5 dias, 20ºC) SEGUNDO
CONAMA 20/86
OD:
Classe Teor Minimo (mg/L)
Especial................................ não estabelecido
1..................................... 6
2..................................... 5
3..................................... 4
DBO5dias:
Classe Teor Máximo (mg/L)
Especial................................ não estabelecido
1..................................... 3
2..................................... 5
3..................................... 10
INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL
Principais grupos são:
-COLIFORMES TOTAIS (Enterobacter, Klebsiella, Citrobacter
e Escherichia)
- COLIFORMES FECAIS (Escherichia coli)
- ESTREPTOCOCOS FECAIS
“Programas de Proteção de
Recursos Hídricos não devem
considerar o corpo d’água
isoladamente”
- FOSSAS, SUMIDOUROS, VALAS DE INFILTRAÇÃO, LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO - devem ficar a uma distância de, no mínimo,
1,50 m do nível máximo do lençol freático
- FOSSAS SECAS - devem distar, no mínimo, 15 metros de poços
e de mananciais superficiais
- SUMIDOUROS E VALAS DE INFILTRAÇÃO - devem ficar a, no
mínimo, 20 metros de poços e de outros mananciais
- ATERROS SANITÁRIOS, LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO - devem
ter distância satisfatória (no mínimo 500 metros) de poços e de
recursos hídricos superficiais
METABOLISMO
Processo bioquímico de oxidação-redução que garante
energia para processos de síntese, movimento e
respiração
SÍNTESE:
Orgânicos + O2 + N + P  Novas células + CO2 + H2O + Resíduo
solúvel não biodegradável
RESPIRAÇÃO:
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  • 1. EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS Impactos sobre recursos hídricos e a biodiversidade Controlo e Formas de Tratamento
  • 2. I-Caracterização dos efluentes Características principais: • altos teores de sólidos totais, • altos teores de nutrientes e matéria orgânica • altos números de bactérias do grupo coliformes • elevada DBO. I-1 Efluente doméstico É toda água residuária gerada pelas atividades e necessidades humanas numa residência e que fluem através da rede de esgoto. Podem igualmente serem lançadas diretamente no ambiente ou redirecionadas para estações de tratamento.
  • 3. Lavanderia e cozinha 56 litros Banho e uso pessoal 84 litros Água para beber e cozinhar 14 litros Piscina Lavagem quintal irrigação Lavagem de carro 45 % 30 % 20 % 5 % Consumo no interior da casa 280 litros Consumo fora da casa 280 litros WC 126 litros
  • 4. I-2 Efluente Industrial É toda água residuária gerada pelas atividades industriais e que fluem através da rede de esgoto. Podem igualmente serem lançadas diretamente no ambiente ou redirecionadas para estações de tratamento. Características principais: • compostos orgânicos • substâncias radioativas • ácidos • metais pesados
  • 5. II-Impactos ambientais As principais fontes de poluição da água são os efluentes domésticos e os industriais fontes de poluição esgoto e galerias de águas pluviais Difusas: águas de escoamento da superfície ou de infiltração Pontuais: tubos emissores de
  • 6. POLUIÇÃO DA ÁGUA Resulta na introdução de resíduos na mesma (matéria ou energia) de modo a torná-la prejudicial às formas de vida, ou impróprias para um determinado uso estabelecido para ela
  • 7. 1. Elevação da temperatura Conseqüências: •aumento das reações químicas e biológicas • redução do teor de oxigênio dissolvido • diminuição da viscosidade da água • aumento da ação tóxica de alguns compostos II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS
  • 8. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 2. Sólidos dissolvidos totais Conseqüências: •Assoreamento de ambientes aquáticos (enchentes) • soterramento de ovos, invertebrados e peixes • aumento da turbolência da água
  • 9.
  • 10. a) Fundo de rio com baixa deposição de sedimento b) O mesmo rio com alta deposição de sedimento Muitos locais para pequenos peixes Bactérias, protozoários e larvas de insetos ligados às rochas Penetração de luz, fotossíntese de algas perifíticas Argila em suspensão impede penetração da luz Organismos ligados às rochas são arrastados pela areia e espalhados ao longo do fundo Quase todos organismos eliminados
  • 11. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 3. Matéria orgânica • redução do oxigênio dissolvido (decomposição bacteriana aeróbia) • maus odores (decomposição bacteriana anaeróbia) Consequências:
  • 12. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS Conseqüências: • transmissão de doenças ao homem 4. Microrganismos patogénicos
  • 13. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 5. Nutrientes Conseqüências: •eutrofização da água
  • 14. eutrofização cultural EUTRÓFICO  pobre em nutrientes  fitoplâncton limitado  águas claras  grande penetração da luz  vegetação aquática submersa florescente ENTRADA DE NUTRIENTES  rico em nutrientes  fitoplâncton florescente  turbidez da água  vegetação aquática submersa inibida  rico em nutrientes  renovação rápida do fitoplâncton  acumulação de detritos de algas mortas  decompositores alimentando-se sobre detritos  depleção do oxigênio dissolvido  peixes, moluscos e crustáceos sufocando
  • 15. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 6. Mudanças de pH Conseqüências: • efeitos sobre a flora e a fauna • restrições de uso da água na agricultura • aumento da toxicidez de certos compostos (amônia, metais pesados, gás sulfídrico)
  • 16. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 7. Compostos tóxicos Conseqüências: •danos à saúde humana • danos aos animais aquáticos
  • 17. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 8. Corantes Conseqüências: • cor na água • redução da transparência da água  diminuição da atividade fotossintética  redução do oxigênio dissolvido  prejuízos à vida aquática
  • 18. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 9. Substâncias tensoativas Conseqüências: • redução da viscosidade • redução da tensão superficial da água • danos à fauna • espumas •toxidez
  • 19. II.1 CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES AQUÁTICOS 10. Substâncias radioativas Conseqüências: •danos à saúde humana • danos aos animais aquáticos
  • 20. II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA  Consumo de oxigênio Matéria orgânica
  • 21. II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA Demanda de oxigênio DBO
  • 22. Consequências do lançamento de carga orgânica em um curso d’água
  • 23. Curva de depressão de oxigênio AUTODEPURAÇÃO DE UM CORPO D’ÁGUA
  • 24. Curva de depressão de oxigênio em diversas condições de autodepuração
  • 25.
  • 26. II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA  Eutrofização
  • 27. II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS D’ÁGUA  Contaminação por microrganismos
  • 28. Água como fonte de doenças Doença Tipo de organismo Doença Tipo de organismo Cólera Bactéria Poliomielite Vìrus Disenteria Bactéria Disenteria amebiana Protozoário Enterite Bactéria Esquistossomose Verme Febre tifóide Bactéria Ancilostomíase Verme Hepatite infecciosa Vírus Malária Protozoário Criptosporidiose Protozoário Febre Amarela Vírus Dengue Vírus
  • 29. III-Controle da poluição da água PROGRAMA DE CONTROLO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA 1. Diagnóstico da Situação Existente 2. Definição da Situação Desejável 3. Estabelecer e Desenvolver Medidas de Controlo 4. Programas de Acompanhamento 5. Suporte Institucional Legal * medidas de caráter corretivo ou preventivo
  • 30. 1. Diagnóstico da Situação Existente O diagnóstico deve compreender: Dados fisiográficos da bacia Condições hidráulicas do corpo d’água Diagnóstico de qualidade da água do manancial Áreas sujeitas à erosão Caracterização Sócio-econômica Dados do meio biológico Levantamento usos múltiplos Uso e ocupação do solo Estudo das condições do corpo d’água e de sua bacia hidrográfica
  • 31. Identificação e quantificação das cargas poluidoras Fertilizantes Água de escoamento superficial Pesticidas Dejetos de animais Lixo (chorume) Efluentes D & I Perfil sanitário IQA *Fontes de poluição Efluentes industriais Água escoamento superficial Fezes de animais Efluentes domésticos * Avaliação da carga poluidora
  • 32. 2. Definição da Situação Desejável Qual é a situação desejável para um corpo d’água? Dependerá dos usos a que o mesmo se destina Portanto, os requisitos de qualidade serão estabelecidos em função dos usos, o que exigirá, de antemão, a definição dos usos e a classificação do corpo d’água As medidas adotadas visando garantir que sejam observados os limites e condições estabelecidos para uma dada classe, constitui-se no enquadramento
  • 33. 3. Estabelecer e Desenvolver Medidas de Controle (específicas para os efluentes) d) Modificação no Processo Industrial c) Afastamento das Fontes de Poluição a) Implantação de Sistemas de recolha de Tratamento de Esgoto b) Reutilização da Água
  • 34. 4. Programas de Acompanhamento A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere três tipos para acompanhamento da qualidade das águas A) MONITORAMENTO B) VIGILÂNCIA C) ESTUDO ESPECIAL
  • 35. IV-Processos de tratamento de efluentes domésticos e industriais ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
  • 36. Método físico Método biológico Método químico MÉTODO FÍSICO  utiliza forças físicas: * decantação (usa a força gravitacional) * floculação (agrupamento das partículas por colisão) * flotação (usa o arraste dos partículados por pequenas partículas de ar formadas no volume do reator. Outros métodos físicos incluem: * peneiramento * desintegração * equalização * mistura * filtragem Os processos de tratamento resume-se em:
  • 37. Seqüência de utilização dos métodos físicos numa planta convencional de tratamento de efluentes Seqüência de utilização dos métodos físicos numa planta convencional de tratamento de efluentes.
  • 38. Fundamentos do tratamento biológico de efluentes MÉTODO BIOLÓGICO  utiliza o metabolismo de microrganismos Processo em batelada Processo contínuo
  • 39. Necessidades dos microrganismos para o metabolismo 1. Fonte de energia: luz (fototróficos); reações de oxi-redução (chemotróficos) 2. Carbono: para síntese celular Compostos orgânicos = heterotrófico Dióxido de carbono = autotrófico 3. Nutrientes (N, P, S, K, Ca, Mg) Carbono + Nutrientes = SUBSTRATO
  • 40. Os processos de tratamento biológico podem ser: - aeróbios - anaeróbios - facultativos - anóxicos LAGOAS -Facultativas* -De maturação -Lagoas anaeróbias -Lagoas aeradas
  • 41. MÉTODO QUÍMICO  utiliza processos químicos * COAGULAÇÃO = desestabilização das partículas coloidais (0,1 – 1 m) Coagulação por neutralização da carga.
  • 42. * PRECIPITAÇÃO QUÍMICA = alterar o equilíbrio iônico de um composto metálico para produzir um precipitado insolúvel A TÉCNICA É UTIL PARA REMOVER ÍONS METÁLICOS COMO OS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO; ÂNIONS FOSFATOS; METAIS PESADOS * OXIDAÇÃO = objetivo é obter produtos finais ou intermediários de mais fácil biodegradação, ou removíveis por adsorção Os oxidantes químicos mais usados são: oxigênio; cloro; permanganato de potássio; ozônio, peróxido de hidrogênio OS POLUENTES DE POSSÍVEL REMOÇÃO SÃO: FERRO; MANGANÊS E CIANETOS (altamente tóxicos); ORGÂNICOS (pesticidas)
  • 43. * ADSORÇÃO COM CARVÃO ATIVADO = adsorção física de compostos orgânicos solúveis na superfície do carvão A TÉCNICA É UTIL PARA REMOVER SOLVENTES ORGÂNICOS; COMPOSTOS DE ALTO PESO MOLECULAR; METAIS PESADOS * TECNOLOGIA DE MEMBRANA = separação seletiva de diferentes compostos - PROCESSOS: - Microfiltragem – Ultrafiltragem - Nanofiltragem - Osmose reversa     
  • 44. Exemplos de diferentes combinações de tratamento para diferentes efluentes industriais FIRMENICH – Empresa de essências - separador água/óleo – peneira – tanque de equalização – sistema de dosagem química – flotador – reator anaeróbio – nova correção de pH – reator aeróbio com difusores de micro bolha – decantação –e filtração O lodo é enviado para um espessador – tanque de acúmulo - filtro prensa - disposição no ambiente
  • 45.
  • 46. TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UMA EMPRESA DE PINCÉIS E DE ROLO PARA PINTURA
  • 48. Historicamente, os processos de tratamento de efluentes têm sido direcionados para remoção de sólidos suspensos totais (SST), matéria orgânica biodegradável (DBO) e remoção de organismos patogênicos (presença de coliformes). MÉTODOS ALTERNATIVOS
  • 49. MÉTODOS ALTERNATIVOS ELETRÓLISE = visando principalmente remoção de matéria orgânica IRRADIÇÃO ULTRA-VIOLETA = visando principalmente desinfecção. Comprimentos de onda de 260 – 265 nm têm função germicida. Ação: material genético dos microrganismos (ácido nuclêico) FUNGOS FILAMENTOSOS = Aspergillus niger, Aspergillus flavus e Drechslera sp
  • 50. OZÔNIO = oxidação de microrganismos (desinfecção) e de compostos como fenol, cianeto, metais pesados e orgânicos MÉTODOS ALTERNATIVOS PROCESSOS DE OXIDAÇÃO AVANÇADOS = (iniciativa do IPEN e indústrias) – utiliza radiação ionizante proveniente de feixe de elétrons de alta energia, gerados em aceleradores industriais. PROCESSO USADO PARA DEGRADAÇÃO QUÍMICA DE COMPOSTOS ORGÂNICOS INDUSTRIAIS E DESINFECÇÃO DE ESGOTOS E LODOS DOMÉSTICOS
  • 51. Painel de controle da planta piloto de tratamento de efluentes com acelerador industrial de elétrons **********
  • 52. Relação simbiótica entre algas e bactérias em lagoas facultativas
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 57. METAIS SÃO ELEMENTOS NATURAIS Cromo e Níquel  galvanização Mercúrio  fungicidas de tintas Cádmio  plásticos para estabilizar as cores Chumbo  gasolina para reforçar a octanagem; pinturas industriais e marinhas como preservante; baterias de carros.
  • 58. FONTES DE POLUIÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA -INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (FOSSAS) -INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO) -INFILTRAÇÃO DE ESGOTO (DO SOLO) - PERCOLAÇÃO DO CHORUME (ATERROS) - INJEÇÃO DE ESGOTO NO SUB-SOLO
  • 59. VALORES DE DBO (5 dias, 20ºC) PARA EFLUENTES: DOMÉSTICO  100 - 300 mg DBO/L INDUSTRIAL - Curtume  400 - 5.000 - Matadouro  800 - 5.000 - Laticínios  300 - 2.000 - Cervejaria  400 - 1.200 O esgoto de uma pessoa necessita de 54 mgOD/dia para a decomposição da matéria orgânica
  • 60. VALORES DE OD e DBO (5 dias, 20ºC) SEGUNDO CONAMA 20/86 OD: Classe Teor Minimo (mg/L) Especial................................ não estabelecido 1..................................... 6 2..................................... 5 3..................................... 4 DBO5dias: Classe Teor Máximo (mg/L) Especial................................ não estabelecido 1..................................... 3 2..................................... 5 3..................................... 10
  • 61. INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Principais grupos são: -COLIFORMES TOTAIS (Enterobacter, Klebsiella, Citrobacter e Escherichia) - COLIFORMES FECAIS (Escherichia coli) - ESTREPTOCOCOS FECAIS
  • 62. “Programas de Proteção de Recursos Hídricos não devem considerar o corpo d’água isoladamente”
  • 63. - FOSSAS, SUMIDOUROS, VALAS DE INFILTRAÇÃO, LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO - devem ficar a uma distância de, no mínimo, 1,50 m do nível máximo do lençol freático - FOSSAS SECAS - devem distar, no mínimo, 15 metros de poços e de mananciais superficiais - SUMIDOUROS E VALAS DE INFILTRAÇÃO - devem ficar a, no mínimo, 20 metros de poços e de outros mananciais - ATERROS SANITÁRIOS, LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO - devem ter distância satisfatória (no mínimo 500 metros) de poços e de recursos hídricos superficiais
  • 64. METABOLISMO Processo bioquímico de oxidação-redução que garante energia para processos de síntese, movimento e respiração SÍNTESE: Orgânicos + O2 + N + P  Novas células + CO2 + H2O + Resíduo solúvel não biodegradável RESPIRAÇÃO: Células + O2  CO2 + H2O + N + P + Energia + Resíduo celular não biodegradável