1. ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS
Por: Noé Bambissa, MSc
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
ISCAM
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2. Enquadramento e conceitos
1. Investimento (na óptica empresarial)
Um investimento é uma aplicação de
fundos escassos que geram rendimento,
durante um certo tempo, de forma a
maximizar a riqueza da empresa.
Afectação de recursos materiais, financeiros,
humanos com o intuito de criar mais riqueza
para os empresários
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3. Investimento (na óptica empresarial)
(cont.)
O lucro (a curto prazo) constitui o aspecto que mais
interessa directamente ao empresário, pois, ao assumir o
risco do investimento é para ele fundamental recuperar
com acréscimo os valores despendidos no processo de
investimento e de exploração, para poder continuar a
fazer novos investimentos, pagar os capitais alheios
utilizados e pagar atempadamente as remunerações dos
factores produtivos primários que utiliza no processo de
produção.
O empresário pretende dar a si uma recompensa
dos seus esforços, iniciativa e riscos do
empreendimento, traduzida numa expectativa de
lucro líquido.
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4. 1.2. Investimento (na óptica financeira)
Aplicação de capitais ou de activos
monetários próprios ou alheios.
Nesta perspectiva, para se realizar um
investimento é necessário que exista
uma expectativa de recuperação dos
valores investidos e de uma
remuneração adicional.
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5. 1.3. Investimento na perspectiva económica
Abrange toda a afectação de recursos com o
objectivo de produzir resultados num
determinado prazo.
Estes recursos podem ser consubstanciados em
equipamentos e infra-estruturas, edifícios, estudos,
projectos, investigações, formação e treinamento
do pessoal e meios circulantes necessários ao
funcionamento do projecto de investimento.
A realizacão do investimento nesta perspectiva,
implica também a expectativa de recuperacão
futura do investimento e de proução de excedentes.
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6. 1.4. Investimento na perspectiva dos
agentes económicos aforradores
O investimento nesta perspectiva
equivale, pois, a uma abstencão de
consumos no presente (poupança) com
vista à obtencão de consumos futuros
acrescidos, proporcionados por capital
recuperado mais os juros e/ou lucros.
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7. 2. Conceito de projecto de investimento
É uma intencão ou proposta de aplicacao
de recursos produtivos escassos com o
fim de melhorar, aumentar ou iniciar a
producao de determinado bem ou servico
em quantidade ou qualidade ou diminuir
seus custos de producao;
É qualquer plano ou parte de um plano para
investir os recursos que possam ser
racionalmente utilizados para obtencao de
determinados beneficios durante determinado
período de tempo;
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8. Conceito de projecto de investimento
(cont.)
É a compilacão de dados que permitira avaliar em
termos economicos as vantagens e desvantagens de
utilizar recursos escassos de um país na producão
de bens e servicos;
É uma proposta para investimento de capital
visando fomentar a possibilidade de fornecer
bens e servicos;
Accão que permite avaliar das vantagens e
desvantagens de transformar meios financeiros em
bens concretos face a possibilidades alternativas de
investimento.
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9. 3. Classificação e diferenciação de
projectos de investimento
Existem vários critérios de classificação
de projectos de investimentos:
Quanto ao objectivo
Quanto a sua dimensão, e
Quanto ao comportamento de fluxos de
caixa.
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10. Classificação e diferenciação de
projectos de investimento (cont.)
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Quanto aos objectivos podemos encontrar:
1. Projectos de substituição;
2. Projectos de expansão de produtos no
mercado;
3. Projectos de inovação para introdução de
novos produtos e novos mercados;
4. Projectos de segurança ou protecção do
ambiente
5. Outros projectos.
11. 3.1.1. Projectos de substituição
(manutenção da exploração/ou redução de custos)
Consistem na renovação do capital (AF) existente. Em
princípio, não aumentam a capacidade produtiva da empresa
e, são os que apresentam menor grau de incerteza (ou risco).
Causas que podem levar a substituição
Usura física que é geralmente a principal causa da
depreciação.
Susceptibilidade de avarias frequentes e mais ou menos
complexas.
Aqueles cuja depreciação é sobretudo devida ao progresso
técnico (obsolescência rápida).
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12. 3.1.2. Projectos de expansão
de produtos existentes e mercados
Aumentam a capacidade da oferta e portanto,
implicam estudos de rentabilidade, comparando
proveitos acrescidos com custos acrescidos (i e,
marginais).
Aconselham também o estudo previsional do
mercado: descobrindo novos consumidores.
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13. 3.1.3. Projectos de inovação
para introdução de novos produtos ou mercados
Tem por objectivo a redução de custos de
funcionamento, a produção de novos
produtos ou atingir novos mercados, ou
aperfeiçoar os existentes.
Implica modificação nas linhas de fabricação e,
consequentemente, estudos de mercado e de
rentabilidade.
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14. 3.1.4. Projectos de segurança
ou de protecção do ambiente
Destinam-se a cumprir ordens governamentais,
acordos gerais de trabalho, garantindo a segurança dos
trabalhadores e da restante população circundante.
São exemplos:
Projectos para investimentos destinados a
destruição de produtos tóxicos, poluição do meio
ambiente, etc.
A decisão de investir depende do seu tamanho e
não de garantia de retornos positivos directos.
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15. 3.1.5. Outros projectos
São projectos não enquadrados nos
anteriores, bem como os projectos
secundários, como por exemplo, parques
de estacionamento, equipamentos sociais,
etc.
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16. 4. Relação entre diversos projectos em
análise
Os projectos podem ser:
a)Independentes
Quando a aceitação ou rejeição de um projecto não é
influenciável pela aceitação ou rejeição de outro ou outros
projectos.
b)Mutuamente exclusivos
Quando a aceitação de um implica a rejeição de outro ou
outros projectos que formam o conjunto em análise.
c) Dependentes
Quando a aceitação de um projecto depende da aceitação de
outro ou outros projectos (há complementaridade).
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17. 5. Fases metodológicas da análise
dos investimentos
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1. A detecção das oportunidades de investimento
2. A pré-selecção dos investimentos
3. A elaboração dos estudos dos investimentos
4. A avaliação da decisão económica de investimento
5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos
6. A avaliação da decisão global de investimento
7. A gestão e controlo dos investimentos.
18. Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.1. A detecção das oportunidades de investimento
A realização de novos investimentos em AF deve
resultar dos objectivos e estratégias da empresa e da
existência de um processo de gestão participativa e,
consequentemente, aberta e motivadora.
Assim, o normativo dos investimentos da empresa deve
claramente prever a possibilidade e os gestores,
posicionados nos graus hierárquicos inferiores,
efectuarem propostas para a realização de novos
investimentos, dado que o comum é os gestores que se
situam nos níveis hierárquicos superiores são quem faz
propostas de investimentos.
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19. Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.2. A pré-selecção dos investimentos
Decorre da política global da empresa e efectua-se
com base em estudos preliminares e com recurso
aos chamados métodos empíricos de avaliação dos
investimentos.
5.3. A elaboração dos estudos dos investimentos
Uma vez pré-seleccionados os investimentos em AF,
devem ser objecto de um estudo a incidir sobre as
variáveis ou parâmetros económicos essenciais;
permitindo a produção de documentos relevantes à
elaboração do mapa dos fluxos financeiros.
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20. Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.4. A avaliação da decisão económica de investimento
Ao se fazer esta avaliação não se considera o seu aspecto financeiro
de financiamento, assume-se que os fundos de financiamento são
capitais próprios.
Sendo assim, a preocupação é de ver se o projecto é rentável ou
não tendo em conta a actualização dos fluxos de caixa (método
científico dos cash-flows descontados – DCF – que atende a questão
do valor temporal do dinheiro).
5.5. A avaliação da decisão de financiamento dos investimentos
Poderá (ou não) conduzir à alterações do pressuposto de que o
financiamento é pelos capitais próprios, permitindo-nos escolher a
melhor forma de financiamento através do estudo das alternativas
realistas.
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21. Fases metodológicas da análise dos
investimentos (cont.)
5.6. A avaliação da decisão global de investimento
Consiste na observação e escolha entre várias alternativas de
investimento tendo em conta, por um lado, o seu risco
económico e financeiro e, por outro, o seu impacto económico e
financeiros desses novos investimentos e, outros factores
ponderáveis.
5.7. A gestão e controlo dos investimentos
É uma fase tão importante quanto as anteriores, pois da gestão
correcta depende o sucesso de todo o esforço empreendido nas
fases anteriores. Uma má gestão pode levar a grandes
desastres tanto económicos como financeiros.
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22. 6. Parâmetros económicos essenciais à
decisão económica de investimento
Do tipo de investimento a fazer e do
montante total das despesas em activos
fixos e do fundo de maneio necessário
depende a extensão e a profundidade
dos estudos a realizar sobre os novos
investimentos.
Porém os parâmetros essenciais à
elaboração dos estudos dos investimentos
são, regra geral, os seguintes:
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23. Parâmetros económicos essenciais à
decisão económica de investimento (cont.)
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1. Os mercados (área para a qual
convergem a oferta e a procura,
com o fim de determinar o preço de
equilíbrio);
2. A tecnologia;
3. A dimensão do projecto;
4. A localização;
24. 6.1. Os mercados
Os estudos do mercado abrangem as análises de
procura global e oferta global dos produtos acabados
e, contempla a oferta e a procura de outros factores
de produção (matéria-prima, mão-de-obra, matéria
subsidiária, materiais auxiliares, etc).
De entre as ofertas todas, a mais importante é a de
produtos acabados e deve abordar essencialmente os
seguintes aspectos:
O número e a localização geográfica dos concorrentes.
A capacidade de produção (normal e real) dos
concorrentes e as taxas de crescimentos registadas no
passado e previstas para o futuro.
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25. Os mercados (cont.)
A organização global e o dinamismo comercial das
despesas correntes.
O preço, os descontos (comerciais e financeiros), a
forma de recebimento, a qualidade e as
características das embalagens dos produtos
acabados da concorrência.
As margens de lucros das empresas existentes.
Os circuitos de distribuição utilizados pela
concorrência.
Os investimentos em capital fixo em curso da
realização ou previstos pela concorrência.
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26. Os mercados (cont.)
Em Suma:
Análise da oferta
Análise da procura
Capacidade do projecto
Preço do produto
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27. 6.2. A tecnologia
Consiste na ponderação de toda a tecnologia
alternativa existente, de modo a escolher a adequada;
tendo em conta a dimensão e a localização do
investimento. A tecnologia a utilizar determina o
montante total, da despesa de investimento e,
consequentemente, a rendibilidade do projecto.
O estudo da tecnologia deve abranger com todo o pormenor
os processos técnico-produtivos, o layout dos edifícios, dos
equipamentos e instalações, a circulação interna dos
materiais e dos PVF e acabados, e as especificações dos
equipamentos e instalações principais, o cronograma da
realização dos investimentos, as despesas de montagem,
ensaio e arranque, os rendimentos e os consumos físicos
horárias, as despesas de manutenção e conservação futuras,
as principais normas de segurança, as principais exigências
do controlo global da qualidade, etc.
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28. 6.3. A dimensão do projecto
É a sua capacidade física inicial de produção.
Existem vários conceitos de dimensão:
1. Dimensão teórica do projecto
É a sua capacidade física anual de produção normal, durante um
certo período de tempo e a um determinado ritmo diário, que
geralmente é para as actividades industriais de laboração não
contínua, é quantificada em 225 d/ano ao ritmo de 8 h/dia.
Os seus indicadores são:
A sua capacidade física anual
Número de trabalhadores
Despesa total de investimento
Volume de vendas/ano
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29. A dimensão do projecto (cont.)
2. Dimensão real do projecto
É a capacidade física anual de produção, as
condições acima, deduzidas das quebras de
produção ou da produtividade originadas pelos
tempos de paragem e outras razões.
3. Dimensão económica ou dimensão óptima
É aquela que possibilita a maximização dos
resultados anuais de exploração (óptica
empresarial) ou diferencial Benefício-Custo
(óptica social).
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30. A dimensão do projecto (cont.)
6.3.1. Factores que condicionam a
escolha da dimensão óptima:
O mercado dos produtos acabados
A tecnologia
A localização
As fracas disponibilidades de inputs e do
pessoal técnico especializado ou as reduzidas
possibilidades de obtenção de uma adequada
assistência técnica
A escassez das fontes de financiamento
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31. 4. A localização
É óptima a localização de um projecto que permite
minimizar os custos de exploração (numa óptica
empresarial) ou de maximizar o diferencial
Benefícios-Custos (numa óptica social).
Factores que determinam a localização de um
projecto:
As disponibilidades, características e custos dos factores
produtivos necessários.
As características dos produtos acabados
Os custos de transporte e as facilidades de comunicação
As economias externas de escala (caso dependa de
subcontratação) e as condições socio-políticas e
climatéricas de cada região ou país.
Os estímulos e os benefícios de natureza fiscal
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32. Como determinar as despesas totais de
investimento (em A. Fixo)
O que são as despesas de investimento?
São a totalidade de gastos com: Estudos, decisão,
preparação da implementação, período de gestão,
arranque, ritmo de cruzeiro e termo da vida útil; inclui
também a aquisição de activos fixos e do fundo de maneio
de exploração ou activo circulante.
Onde:
i. A preparação da implementação dos investimentos
Consiste essencialmente em definir as equipas e os
responsáveis, e em estabelecer adequados mecanismos
de controlo: a este ponto, na prática, é igual à gestão
do projecto.
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33. Como determinar as despesas totais de
investimento (em A. Fixo) – cont.
II. O ritmo de cruzeiro
É atingido quando o projecto industrial atinge a sua
capacidade normal de produção ou quando o projecto
comercial alcança os efeitos normais esperados.
III. Vida útil de um projecto
É a duração económica (não física) dos principais
componentes que integram a despesa total de
investimentos. Também pode ser quantificado pelo
período de obsolescência dos produtos acabados.
Em regra, a vida útil, situa-se entre 5 a 10 anos.
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34. Bases para estimar as despesas de investimentos
1. Preços correntes
Os custos e os proveitos previsionais dos projectos de
investimento são determinados durante toda a sua vida
pela actuação de factores de natureza técnico-produtiva
ou económica e, ainda, pela influência da inflação ou
desvalorização da moeda; desta forma há que conceber
cenários para o comportamento futuro dos preços dos
diversos inputs e outputs, como resultado da influência da
inflação ou da desvalorização da moeda.
Assim a decisão global de investimento depende de dois
factores:
A rendibilidade futura
O custo médio ponderado das fontes de financiamento.
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35. Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.)
Vantagens de preços correntes
Pré-definir o comportamento futuro exigível aos
preços de venda, cuja adesão a realidade constitui
uma condição primordial para o sucesso do projecto.
Porém, é inútil quando se utiliza uma taxa única
anual de inflação para todos os preços: de custos de
exploração e os de venda o que significaria esperar
que os preços de venda terão um comportamento
autónomo em relação aos custos de produção e que
as margens de vendas (bruta e líquida) serão
implicitamente definidas e, não considerar os
desfasamentos dos custos dada a desvalorização e a
repercussão.
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36. Bases para estimar as despesas de investimentos (cont.)
2. Preços constantes
A inflação é obrigatoriamente contemplada,
pelo menos até ao arranque do projecto.
Os custos e os proveitos dos novos
investimentos em AF não são influenciados
durante toda a sua vida útil pela eventual
actução da inflação ou da desvalorização da
moeda.
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37. Critérios (ou regras) de decisão e
escolha de projectos
1. Pay-Back (ou Período de Recuperação do
Investimento - PRI)
Consiste na determinação do número de anos
necessários para se recuperar o investimento líquido
inicial com os seus fluxos de caixa.
2. Valor Actual Líquido (VAL)
Consiste em calcular o valor actual dos fluxos de
caixa líquidos esperados de um investimento,
descontados (actualizados) ao custo de capital e
subtraindo dele o custo inicial de desembolsos do
projecto.
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38. Critérios (ou regras) de decisão e
escolha de projectos (cont.)
3. Taxa Interna de Retorno (TIR)
É a taxa de desconto que leva o valor actual das
entradas de caixa a igualar-se aos
investimentos líquidos do projecto.
4. Índice de rendibilidade do projecto (IRP)
É a relação existente entre os fluxos de
tesouraria esperados e o custo de investimento
inicial.
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39. Pay-Back ou PRI
(Período de Recuperação do Investimento)
O PRI ou Pay-Back será dado pelo valor de k que torna a
mesma expressão igual a zero, isto é, o tempo em anos,
necessário para que os fluxos financeiros previsionais
acumulados igualem ao valor do investimento inicial.
Diversos autores, como Brealey e Myers (1998, p.88),
Abreu (1973, p. 33-34) e Contador (1998, p.43), admitem
o cálculo do PRI, utilizando os fluxos financeiros não
actualizados.
Actualizando os fluxos de caixa, temos:
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n
CK
(1 + r)K
K=1
∑
0= - C0
40. Pay-Back ou PRI (cont.)
Critério progressivo
Aplica-se quer para fluxos de caixa não
actualizados, quer nos actualizados
Procedimentos de cálculo
Calcular os valores acumulados dos cash-flow do
projecto mediante a soma ao longo dos anos
Identificar o ano em que ocorre a mudança do sinal,
de negativo para positivo.
Adicionar o quociente entre o último valor negativo
e o valor do ano imediatamente a seguir, ao
número de períodos em que a soma dos fluxos de
caixa permaneceu negativo devido ao sinal negativo
do investimento inicial (e subsequentes se
existirem).
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41. Interpretação do Pay-Back ou PRI
O PB é um indicador de liquidez e de risco
Liquidez: é um indicador de liquidez na medida em
que se atingirmos o PB, num dado momento da vida
útil do projecto, continuando este a gerar fluxos de
caixa positivos, estes fluxos são excedente de
dinheiro (financeiro) e permitem à empresa um maior
grau de liquidez.
Risco: Quanto menor for o PB, menor é o risco do
projecto, pois a incerteza de ocorrência futura de
fenómenos económicos danosos torna-se reduzida e,
por conseguinte, reduz a preocupação de não
recuperar pelo menos o valor investido no projecto.
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42. Regra de decisão pelo Pay-Back
Toma-se o projecto com menor Pay-Back.
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43. Método do Valor Actual Líquido (VAL)
O VAL de um projecto de investimento
(discounted cash flow) determina-se pela
seguinte expressão:
Regra de decisão pelo VAL: Toma-se o
projecto com o maior VAL
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n
CK
(1 + r)K
K=1
∑
VAL= - C0
44. Interpretação do Valor Actual Líquido (VAL)
Se VAL = o (nulo) – Indeterminado; os cash-flows do projecto
são exactamente suficientes para amortizar o capital investido e
garantir a taxa de retorno do capital requerido.
Se VAL> 0 - Os cash-flows geram um excedente financeiro
líquido a favor dos accionistas, posto que o retorno dos credores
é fixo.
Por esta via (VAL> 0) o valor da empresa aumenta e consigo a
dimensão e o preço das acções – cumpre-se com o objectivo
primordial da organização: A maximização do seu valor; Ao passo
que se escolhemos projectos com VAL = 0, cresce somente a
dimensão (tamanho) da empresa, mas o preço das acções
permanece inalterável.
Se VAL <0 – O projecto é inviável.
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45. Taxa Interna de Retorno (Rendibilidade)
(TIR ou IRR)
A TIR ou IRR é o valor da taxa de actualização
que torna o VAL igual a zero, ou seja:
Regra de decisão pela TIR: Toma-se o projecto
com a maior TIR, ou se TIR > r (taxa de
actualização)
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n
CK
(1 + TIR)K
K=1
∑
0= - C0
46. Interpretação da TIR
Se a TIR = r – Indeterminado;
nenhum valor adicional resultará do
projecto; isto é, VAL = 0
Se a TIR> r, o projecto produz
excedentes financeiros
Se a TIR <r, projecto inviável
06/04/2024 46
47. Índice de rendibilidade do projecto
(IRP)
O IRP é dada pela relação entre o somatório dos cash
flows a partir do ano 1 do investimento sobre o capital
inicial, isto é:
Regra de decisão pelo IRP: Toma-se o
projecto com a maior IRP
06/04/2024 47
n
CK
(1 + r)K
K=1
C0
IRP =
∑
48. Interpretação do IRP
Se o IRP> 1, o projecto é viável
Se o IRP = 1, Indeterminado
Se o IRP <1, projecto inviável
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49. Alguns problemas na análise de investimentos
Vimos quatro critérios de decisão (ou selecção) de
investimentos. Porém, nem sempre todos eles nos
conduzirão a mesma decisão.
A questão é: Qual será o melhor método?
Os projectos aceitáveis segundo o método do VAL
são, também, aceitáveis segundo o critério da TIR,
porque o VAL será positivo se, e apenas se, a TIR
for maior que o custo de capital.
Pode haver conflito entre o VAL e a TIR, como
critérios de decisão de investimentos entre projectos
alternativos (mutuamente exclusivos).
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50. Alguns problemas na análise de investimentos
(cont.)
Eventuais conflitos devem ser resolvidos, usando
como critério de resolução o VAL
06/04/2024 50
VAL
Proj A
Proj B
K
Ki KA KB TIR B
TIR A
Zona de conflito
51. Alguns problemas na análise de investimentos
(cont.)
É possível encontrar num projecto múltiplas taxas
internas de rendibilidade (TIR)
Em certas condições, um projecto pode possuir mais
do que uma taxa interna de rendibilidade.
Quando confrontado com múltiplas TIRs, a
solução será determinar o custo de capital e
adoptar como critério de análise e decisão o VAL.
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52. A avaliação empresarial
(em suma)
A avaliação empresarial é calculada pelo método dos
fluxos de caixa actualizados, pela combinação dos
seguintes indicadores: valor actual líquido (VAL),
taxa interna de retorno (TIR), período de
recuperação do investimento (PRI), também
conhecido por pay-back period, e índice de
rendibilidade do projecto (IRP).
Para que um projecto seja considerado viável, deve
reunir simultaneamente os seguintes requisitos:
1. Pay-Back < Vida útil do projecto
2. VAL> 0
3. TIR> r
4. IRP> 1
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53. Taxa de actualização
A taxa de actualização é dada pela fórmula:
Ta(r)= [(1+T1).(1+T2).(1+T3))-1)]
Sendo
T1= taxa de juro de mercado;
T2 = risco económico e financeiro inerente ao
projecto;
T3 = taxa de inflação esperada para o futuro
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