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Transferência de massa por convecção
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Fase sólida e fluido em movimento:
formação da camada-limite no fluido
Duas fases fluidas com movimento relativo
entre elas: o processo é analisado
considerando que em cada fase se forma
um filme estagnado na vizinhança da
interface, nos quais estão concentradas as
resistências à transferência de massa.
1
Muitas operações industriais de
engenharia envolvem a transferência de
massa entre 2 fases fluidas colocadas em
contato:
- absorção, dessorção, umidificação,
desumidificação, extração líquido-líquido,
secagem, etc.
2
• Teoria das duas resistências
A teoria de duas resistências, inicialmente sugerida por Whitman, é frequentemente usada para explicar
este processo. As principais hipóteses são:
• 1 - A taxa de transferência de massa entre as fases é controlada pela resistência dentro de cada fase.
• 2 - Não existe resistência à transferência de massa na interface (equilíbrio termodinâmico).
A resistência global é dada pela soma das resistências dentro de cada fase (2 resistências em série).
Estas hipóteses se aplicam para processos de transferência de massa em estado estacionário e sem
reação química!!!
3
Relações de equilíbrio na interface:
Fase líquida ideal (Lei de Raoult):
• pA: pressão parcial de equilíbrio do componente A na fase vapor acima da fase líquida
• xA: fração molar de A na fase líquida
• PA: Pressão de vapor de A puro na temperatura de equilíbrio.
Fase gasosa ideal (Lei de Dalton):
• yA: fração molar de A na fase gasosa
• P: pressão total do sistema.
Soluções diluídas (Lei de Henry):
• H: constante da Lei de Henry (tabelados para algumas soluções aquosas)
• cA: concentração molar do soluto A na fase líquida.
4
Teoria das duas resistências:
Na absorção gasosa (Fig. 29.2) um soluto é transferido de uma fase
gasosa para o interior de uma fase líquida.
A transferência de massa entre as fases envolve três etapas:
O soluto é transportado:
• 1°) do interior de uma dada fase (corrente bulk) até a interface;
• 2°) através da interface (sem resistência ao transporte de massa);
• 3°) da interface até o interior da outra fase (corrente bulk).
5
Diferença de concentração como força motriz
necessária para produzir a T.M. do componente A na
fase gasosa:
pA,G - pA,i
• pA,G = pressão parcial do soluto A na fase gasosa
• pA,i = pressão parcial do soluto A na interface da
fase gasosa
Diferença de concentração na fase líquida:
cA,i - cA,L
• cA,L = concentração molar do soluto A na fase
líquida
• cA,i = concentração molar do soluto A na interface
da fase líquida
No processo de absorção, o soluto é transportado do interior da
corrente gasosa para a fase líquida:
6
Definição dos coeficientes convectivos individuais de transferência
de massa:
Fluxo de massa na fase gasosa até a interface líquido/gás:
NA,z = kG(pA,G - pA,i) (29-6)
Fluxo de massa da interface líquido/gás até o interior da fase líquida:
NA,z = kL(cA,i - cA,L) (29-7)
• kG = coeficiente convectivo individual para a transferência de massa na fase gasosa
• kL = coeficiente convectivo individual para a transferência de massa na fase líquida
7
Teoria das duas resistências (dessorção):
Para o fluxo na direção oposta (dessorção, o fluxo de
massa é da fase líquida para a fase gasosa):
cA,L > cA,i
pA,i > pA,G
8
Coeficientes convectivos individuais de transferência
de massa
• Em estado estacionário, o fluxo de massa em uma fase deve ser igual ao fluxo de massa na outra
fase. Combinando as equações (29-6) e (29-7), temos:
NA,z = kG(pA,G - pA,i) = - kL(cA,L - cA,i) (29-8)
• A razão dos dois coeficientes convectivos de transferência de massa pode ser obtida da eq. (29-8),
e rearranjando, temos:
- kL = (pA,G - pA,i)
kG (cA,L - cA,i) (29-9)
9
• A equação da reta é definida pelos pontos que
representam as concentrações no interior de cada
fase e as concentrações na interface. A tangente da
reta é a razão entre os coeficientes, (-kL/kG)
• Em um processo no qual o soluto é transferido da
fase gasosa para a fase líquida (absorção) o ponto O
fica localizado acima da linha de equilíbrio
termodinâmico.
• Na separação de um componente na fase líquida
para uma fase gasosa (dessorção) o ponto O estaria
localizado abaixo da linha de equilíbrio.
Coeficientes convectivos individuais de transferência
massa (graficamente):
Representamos em um mesmo gráfico a reta de operação e a curva de equilíbrio termodinâmico.
10
Processo de absorção
Coeficiente convectivo global de transferência de massa
Os coeficientes globais são definidos com base nas
forças motrizes globais pA,G e cA,L:
NA,z = KG( pA,G - p*
A ) (29-10)
NA,z= KL( c*
A - cA,L ) (29-11)
• KG : coeficiente convectivo global de T.M. na fase
gasosa [em moles de A transferido)/(tempo).(Ainterface).(Pressão)],
• p*A: pressão parcial de A em equilíbrio com cA,L ,
• KL: coeficiente convectivo global de T.M. na fase
líquida [em moles de A/(tempo)(Ainterface)/(moles de A/volume)],
• c*A: concentração de A em equilíbrio com pA,G.
11
Coeficiente convectivo global de transferência de massa
• A razão das resistências individuais em uma fase e a resistência total pode ser definida como:
Para gases e líquidos ideais a relação de equilíbrio termodinâmico é uma função linear (aplica-se a Lei de
Henry ou equação similar). Assim:
pA,i = mcA,i (29-14)
pA,G = mc*
A
p*
A = mcA,L
• m: constante de proporcionalidade da Lei de Henry;
Rearranjando as equações (29-10) e (29-14), podemos relacionar as concentrações das fases gasosas e
líquidas:
12
• ou em termos de m:
• Inserindo as definições dos coeficientes individuais dadas pelas Eqs. (29-6) e (29-7), KG pode ser
relacionado aos coeficientes individuais na fase líquida e gasosa:
• Analogamente, para KL:
13
Coeficiente convectivo global de transferência de massa
• Fase gasosa controlando o processo => Para um
sistema contendo um soluto muito solúvel na fase
líquida (como a amônia na água), kL é muito
elevado e o termo (m/kL) é desprezível em relação
a (1/kG):
• A resistência individual do componente A na fase
gasosa é essencialmente igual à resistência global
no sistema. Nesse caso, a principal resistência à
transferência de massa está na fase gasosa, ou
seja, a resistência da fase gasosa controla o
processo de transferência de massa.
Torre spray
• Os bocais atomizadores dispersam gotículas do líquido na corrente gasosa ascendente.
• “z” é a distância de queda das gotas, a qual determina o tempo de contato e a quantidade de massa
transferida entre as duas fases;
14
• Fase líquida controlando o processo => Sistemas
envolvendo solutos com baixa solubilidade em fase
líquida (como dióxido de carbono em água), têm
valor pequeno de kL . Nesse caso:
• A resistência na fase gasosa pode ser negligenciada
e o coeficiente global, KL é essencialmente igual ao
coeficiente individual na fase líquida, kL.
• A resistência à transferência de massa na fase
líquida controla o processo.
Torre de Borbulhamento
• Gás disperso em pequenas bolhas percola a coluna através de uma fase líquida que escoa em contracorrente.
• Técnica aplicável em tanques ou reservatórios em batelada para aeração de águas residuais.
15
• Ambas as fases controlam o processo de T.M:
• Em muitos sistemas, as resistências à
transferência de massa em ambas as fases são
importantes e precisam ser consideradas ao
avaliar a resistência total.
• Torre de Recheio
• As colunas verticais são preenchidas com um recheio para aumentar a área de contato entre as
fases líquida e gasosa, que escoam em contracorrente.
• Partículas de formatos variados podem ser usadas como recheios, de acordo com as
especificações de projeto;
16
17
Exemplo
Num estudo experimental da absorção de amônia por água em
coluna de parede molhada, o coeficiente de transferência de massa
global, KG encontrado é 2,74×10-9 mol/(m2·s·Pa). A coluna opera a
293 K e 1 atm (1,013×105 Pa).
Em determinado ponto da coluna foi verificado que a fase gasosa
contém 8% (em massa molar) de amônia e a concentração da fase
líquida é 0,064 mol/m3.
A essa temperatura, constante da lei de Henry é 1,36×103
Pa/(mol/m3).
Sabe-se que 85% da resistência global à transferência de massa
está localizada na fase gasosa.
A partir dos dados de operação, determine a taxa de
transferência de massa por unidade de área de contato, os
coeficientes de transferência de massa individuais e as
concentrações interfaciais de soluto.

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  • 1. Transferência de massa por convecção TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES Fase sólida e fluido em movimento: formação da camada-limite no fluido Duas fases fluidas com movimento relativo entre elas: o processo é analisado considerando que em cada fase se forma um filme estagnado na vizinhança da interface, nos quais estão concentradas as resistências à transferência de massa. 1
  • 2. Muitas operações industriais de engenharia envolvem a transferência de massa entre 2 fases fluidas colocadas em contato: - absorção, dessorção, umidificação, desumidificação, extração líquido-líquido, secagem, etc. 2
  • 3. • Teoria das duas resistências A teoria de duas resistências, inicialmente sugerida por Whitman, é frequentemente usada para explicar este processo. As principais hipóteses são: • 1 - A taxa de transferência de massa entre as fases é controlada pela resistência dentro de cada fase. • 2 - Não existe resistência à transferência de massa na interface (equilíbrio termodinâmico). A resistência global é dada pela soma das resistências dentro de cada fase (2 resistências em série). Estas hipóteses se aplicam para processos de transferência de massa em estado estacionário e sem reação química!!! 3
  • 4. Relações de equilíbrio na interface: Fase líquida ideal (Lei de Raoult): • pA: pressão parcial de equilíbrio do componente A na fase vapor acima da fase líquida • xA: fração molar de A na fase líquida • PA: Pressão de vapor de A puro na temperatura de equilíbrio. Fase gasosa ideal (Lei de Dalton): • yA: fração molar de A na fase gasosa • P: pressão total do sistema. Soluções diluídas (Lei de Henry): • H: constante da Lei de Henry (tabelados para algumas soluções aquosas) • cA: concentração molar do soluto A na fase líquida. 4
  • 5. Teoria das duas resistências: Na absorção gasosa (Fig. 29.2) um soluto é transferido de uma fase gasosa para o interior de uma fase líquida. A transferência de massa entre as fases envolve três etapas: O soluto é transportado: • 1°) do interior de uma dada fase (corrente bulk) até a interface; • 2°) através da interface (sem resistência ao transporte de massa); • 3°) da interface até o interior da outra fase (corrente bulk). 5
  • 6. Diferença de concentração como força motriz necessária para produzir a T.M. do componente A na fase gasosa: pA,G - pA,i • pA,G = pressão parcial do soluto A na fase gasosa • pA,i = pressão parcial do soluto A na interface da fase gasosa Diferença de concentração na fase líquida: cA,i - cA,L • cA,L = concentração molar do soluto A na fase líquida • cA,i = concentração molar do soluto A na interface da fase líquida No processo de absorção, o soluto é transportado do interior da corrente gasosa para a fase líquida: 6
  • 7. Definição dos coeficientes convectivos individuais de transferência de massa: Fluxo de massa na fase gasosa até a interface líquido/gás: NA,z = kG(pA,G - pA,i) (29-6) Fluxo de massa da interface líquido/gás até o interior da fase líquida: NA,z = kL(cA,i - cA,L) (29-7) • kG = coeficiente convectivo individual para a transferência de massa na fase gasosa • kL = coeficiente convectivo individual para a transferência de massa na fase líquida 7
  • 8. Teoria das duas resistências (dessorção): Para o fluxo na direção oposta (dessorção, o fluxo de massa é da fase líquida para a fase gasosa): cA,L > cA,i pA,i > pA,G 8
  • 9. Coeficientes convectivos individuais de transferência de massa • Em estado estacionário, o fluxo de massa em uma fase deve ser igual ao fluxo de massa na outra fase. Combinando as equações (29-6) e (29-7), temos: NA,z = kG(pA,G - pA,i) = - kL(cA,L - cA,i) (29-8) • A razão dos dois coeficientes convectivos de transferência de massa pode ser obtida da eq. (29-8), e rearranjando, temos: - kL = (pA,G - pA,i) kG (cA,L - cA,i) (29-9) 9
  • 10. • A equação da reta é definida pelos pontos que representam as concentrações no interior de cada fase e as concentrações na interface. A tangente da reta é a razão entre os coeficientes, (-kL/kG) • Em um processo no qual o soluto é transferido da fase gasosa para a fase líquida (absorção) o ponto O fica localizado acima da linha de equilíbrio termodinâmico. • Na separação de um componente na fase líquida para uma fase gasosa (dessorção) o ponto O estaria localizado abaixo da linha de equilíbrio. Coeficientes convectivos individuais de transferência massa (graficamente): Representamos em um mesmo gráfico a reta de operação e a curva de equilíbrio termodinâmico. 10 Processo de absorção
  • 11. Coeficiente convectivo global de transferência de massa Os coeficientes globais são definidos com base nas forças motrizes globais pA,G e cA,L: NA,z = KG( pA,G - p* A ) (29-10) NA,z= KL( c* A - cA,L ) (29-11) • KG : coeficiente convectivo global de T.M. na fase gasosa [em moles de A transferido)/(tempo).(Ainterface).(Pressão)], • p*A: pressão parcial de A em equilíbrio com cA,L , • KL: coeficiente convectivo global de T.M. na fase líquida [em moles de A/(tempo)(Ainterface)/(moles de A/volume)], • c*A: concentração de A em equilíbrio com pA,G. 11
  • 12. Coeficiente convectivo global de transferência de massa • A razão das resistências individuais em uma fase e a resistência total pode ser definida como: Para gases e líquidos ideais a relação de equilíbrio termodinâmico é uma função linear (aplica-se a Lei de Henry ou equação similar). Assim: pA,i = mcA,i (29-14) pA,G = mc* A p* A = mcA,L • m: constante de proporcionalidade da Lei de Henry; Rearranjando as equações (29-10) e (29-14), podemos relacionar as concentrações das fases gasosas e líquidas: 12
  • 13. • ou em termos de m: • Inserindo as definições dos coeficientes individuais dadas pelas Eqs. (29-6) e (29-7), KG pode ser relacionado aos coeficientes individuais na fase líquida e gasosa: • Analogamente, para KL: 13 Coeficiente convectivo global de transferência de massa
  • 14. • Fase gasosa controlando o processo => Para um sistema contendo um soluto muito solúvel na fase líquida (como a amônia na água), kL é muito elevado e o termo (m/kL) é desprezível em relação a (1/kG): • A resistência individual do componente A na fase gasosa é essencialmente igual à resistência global no sistema. Nesse caso, a principal resistência à transferência de massa está na fase gasosa, ou seja, a resistência da fase gasosa controla o processo de transferência de massa. Torre spray • Os bocais atomizadores dispersam gotículas do líquido na corrente gasosa ascendente. • “z” é a distância de queda das gotas, a qual determina o tempo de contato e a quantidade de massa transferida entre as duas fases; 14
  • 15. • Fase líquida controlando o processo => Sistemas envolvendo solutos com baixa solubilidade em fase líquida (como dióxido de carbono em água), têm valor pequeno de kL . Nesse caso: • A resistência na fase gasosa pode ser negligenciada e o coeficiente global, KL é essencialmente igual ao coeficiente individual na fase líquida, kL. • A resistência à transferência de massa na fase líquida controla o processo. Torre de Borbulhamento • Gás disperso em pequenas bolhas percola a coluna através de uma fase líquida que escoa em contracorrente. • Técnica aplicável em tanques ou reservatórios em batelada para aeração de águas residuais. 15
  • 16. • Ambas as fases controlam o processo de T.M: • Em muitos sistemas, as resistências à transferência de massa em ambas as fases são importantes e precisam ser consideradas ao avaliar a resistência total. • Torre de Recheio • As colunas verticais são preenchidas com um recheio para aumentar a área de contato entre as fases líquida e gasosa, que escoam em contracorrente. • Partículas de formatos variados podem ser usadas como recheios, de acordo com as especificações de projeto; 16
  • 17. 17 Exemplo Num estudo experimental da absorção de amônia por água em coluna de parede molhada, o coeficiente de transferência de massa global, KG encontrado é 2,74×10-9 mol/(m2·s·Pa). A coluna opera a 293 K e 1 atm (1,013×105 Pa). Em determinado ponto da coluna foi verificado que a fase gasosa contém 8% (em massa molar) de amônia e a concentração da fase líquida é 0,064 mol/m3. A essa temperatura, constante da lei de Henry é 1,36×103 Pa/(mol/m3). Sabe-se que 85% da resistência global à transferência de massa está localizada na fase gasosa. A partir dos dados de operação, determine a taxa de transferência de massa por unidade de área de contato, os coeficientes de transferência de massa individuais e as concentrações interfaciais de soluto.