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Metabolismo 1
Carboidratos ou Glicídios
Distribuição do glicogênio
Glicogênio
Hepático
4,0 % 72 g
Glicogênio
Muscular
0,7 % 245 g
Glicose
extracelular
0,1 % 10 g
TOTAL - 327 g
Peso Relativo Massa Total
Digestão dos Carboidratos
Boca
Glândula salivar -amilase
amilose glicose maltose maltotriose dextrina
amilopectina dextrina limite 
Digestão dos Carboidratos
Estômago
-amilase continua a digestão por até meia hora no
interior do bolo alimentar
-amilase inativada pelo baixo pH gástrico
Digestão dos Carboidratos
Intestino
Alimento Pâncreas -amilase
amilase pancreática
-amilase e -amilase pancreática
- Seqüência de aa diferentes
- Propriedades catalíticas idênticas
- Atuam em pH neutro ou alcalino
continua a digestão do
amido e do glicogênio
Absorção
Transportadores de hexoses
- co-transportadores Na+/glicose transporte ativo
SGLT1 (intestino delgado) e SGLT2
- transportadores facilitadores Na+-independentes
Glut 1, Glut 2, Glut 3, Glut 4 e Glut 5
Glicemia
• Normal: glicemia de jejum entre 70 mg/dL e 99mg/dL e
inferior a 140mg/dL 2 horas após sobrecarga de glicose.
• Glicemia de jejum inapropriada (pré-diabetes), entre 100
e 125mg/dL.
Diabetes mellitus
1. Glicemia de jejum de 126mg/dL ou mais (confirmada por
novo exame).
2. Ou uma glicemia duas horas após sobrecarga de glicose
superior a 200 mg/dL.
3. Ou valor superior a 200 mg/dL em amostra colhida a
qualquer hora do dia e em quaisquer condições, desde
que acompanhada de sintomas e sinais característicos.
Diabetes mellitus
Doença metabólica caracterizada por um aumento anormal
do açúcar ou glicose no sangue;
Afeta cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil;
Tipo I – Pâncreas não produz insulina ou a produz em
pequenas quantidades; pacientes insulinodependentes;
herança genética de 5-10% dos casos;
Tipo II - Mau funcionamento ou diminuição dos receptores
das células beta, células também responsáveis pela produção
de insulina. Nestes casos, a produção de insulina pode estar
ou não normal. “Resistência à insulina”. Aquisição por hábitos
não saudáveis: obesidade, hipertensão, ausência de
atividade física.
Isoformas Tecidos Propriedades
GLUT 1 Hemáceas, Rins
Cérebro (BHE)
GLUT 2 Fígado,  pâncreas Km 15 mM
Rins, intestino Alta atividade
GLUT 3 Neurônios, placenta Km 1 mM
GLUT 4 Tecido adiposo Captação de
Músculo esquelético Glic mediada
Coração por insulina
GLUT 5 Int. Delgado, Rins Transportador
Músculo Esq., Adipósito de Frutose
Cérebro
Transportadores de Glicose
Fosforilação da Glicose
Glicose
ATP
hexoquinase
glicoquinase
ADP
Glicose-6-P
Enzimas que Fosforilam a Glicose
• Hexoquinase - Músculo esquelético e
Diversos Tecidos
ou
• Glicoquinase - Fígado e células -
pâncreas
INSULINA
• Estimula a captação de glicose pelas
células (com exceção dos neurônios e
hepatócitos);
• Estimula o armazenamento de glicogênio
hepático e muscular (GLICOGENÊSE); e
• Estimula o armazenamento de aminoácidos
(fígado e músculos) e ácidos graxos
(adipócitos).
GLUCAGON
• Estimula a mobilização dos depósitos de
aminoácidos e ácidos graxos;
• Estimula a GLICOGENÓLISE;
• Estimula a neoglicogênse.
Índice Glicêmico (IG)
• Sempre que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente
sanguínea com diferentes velocidades;
• Classificação: quanto mais rápido o seu ingresso, maior será a liberação
de insulina pelo pâncreas para que o corpo equilibre os níveis de açúcar.
 Alimentos de alto IG e altas calorias: bolos, tortas, sorvetes,
chocolates. Elevados níveis de açúcar e gordura;
 Alimentos de alto IG e baixas calorias: frutas, por exemplo. Frutose
aumenta insulina no sangue, aumentando a produção de insulina.
Deve-se evitar antes de dormir.
 Alimentos de baixo IG e altas calorias: macarrão e arroz integral.
Normalmente ingeridos em excesso. Ótimos para uma dieta saudável,
afinal, todos precisamos de carboidratos para sobreviver.
 Alimentos de baixo IG e baixa caloria: verduras e legumes. Não
possuem muito valor energético nem aumentam o IG e, por isso, são
usados nas dietas para saciar a fome.

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  • 2. Distribuição do glicogênio Glicogênio Hepático 4,0 % 72 g Glicogênio Muscular 0,7 % 245 g Glicose extracelular 0,1 % 10 g TOTAL - 327 g Peso Relativo Massa Total
  • 3. Digestão dos Carboidratos Boca Glândula salivar -amilase amilose glicose maltose maltotriose dextrina amilopectina dextrina limite 
  • 4. Digestão dos Carboidratos Estômago -amilase continua a digestão por até meia hora no interior do bolo alimentar -amilase inativada pelo baixo pH gástrico
  • 5. Digestão dos Carboidratos Intestino Alimento Pâncreas -amilase amilase pancreática -amilase e -amilase pancreática - Seqüência de aa diferentes - Propriedades catalíticas idênticas - Atuam em pH neutro ou alcalino continua a digestão do amido e do glicogênio
  • 6. Absorção Transportadores de hexoses - co-transportadores Na+/glicose transporte ativo SGLT1 (intestino delgado) e SGLT2 - transportadores facilitadores Na+-independentes Glut 1, Glut 2, Glut 3, Glut 4 e Glut 5
  • 7.
  • 8.
  • 9. Glicemia • Normal: glicemia de jejum entre 70 mg/dL e 99mg/dL e inferior a 140mg/dL 2 horas após sobrecarga de glicose. • Glicemia de jejum inapropriada (pré-diabetes), entre 100 e 125mg/dL. Diabetes mellitus 1. Glicemia de jejum de 126mg/dL ou mais (confirmada por novo exame). 2. Ou uma glicemia duas horas após sobrecarga de glicose superior a 200 mg/dL. 3. Ou valor superior a 200 mg/dL em amostra colhida a qualquer hora do dia e em quaisquer condições, desde que acompanhada de sintomas e sinais característicos.
  • 10.
  • 11. Diabetes mellitus Doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue; Afeta cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil; Tipo I – Pâncreas não produz insulina ou a produz em pequenas quantidades; pacientes insulinodependentes; herança genética de 5-10% dos casos; Tipo II - Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células beta, células também responsáveis pela produção de insulina. Nestes casos, a produção de insulina pode estar ou não normal. “Resistência à insulina”. Aquisição por hábitos não saudáveis: obesidade, hipertensão, ausência de atividade física.
  • 12. Isoformas Tecidos Propriedades GLUT 1 Hemáceas, Rins Cérebro (BHE) GLUT 2 Fígado,  pâncreas Km 15 mM Rins, intestino Alta atividade GLUT 3 Neurônios, placenta Km 1 mM GLUT 4 Tecido adiposo Captação de Músculo esquelético Glic mediada Coração por insulina GLUT 5 Int. Delgado, Rins Transportador Músculo Esq., Adipósito de Frutose Cérebro Transportadores de Glicose
  • 14.
  • 15. Enzimas que Fosforilam a Glicose • Hexoquinase - Músculo esquelético e Diversos Tecidos ou • Glicoquinase - Fígado e células - pâncreas
  • 16. INSULINA • Estimula a captação de glicose pelas células (com exceção dos neurônios e hepatócitos); • Estimula o armazenamento de glicogênio hepático e muscular (GLICOGENÊSE); e • Estimula o armazenamento de aminoácidos (fígado e músculos) e ácidos graxos (adipócitos).
  • 17. GLUCAGON • Estimula a mobilização dos depósitos de aminoácidos e ácidos graxos; • Estimula a GLICOGENÓLISE; • Estimula a neoglicogênse.
  • 18. Índice Glicêmico (IG) • Sempre que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente sanguínea com diferentes velocidades; • Classificação: quanto mais rápido o seu ingresso, maior será a liberação de insulina pelo pâncreas para que o corpo equilibre os níveis de açúcar.
  • 19.  Alimentos de alto IG e altas calorias: bolos, tortas, sorvetes, chocolates. Elevados níveis de açúcar e gordura;  Alimentos de alto IG e baixas calorias: frutas, por exemplo. Frutose aumenta insulina no sangue, aumentando a produção de insulina. Deve-se evitar antes de dormir.  Alimentos de baixo IG e altas calorias: macarrão e arroz integral. Normalmente ingeridos em excesso. Ótimos para uma dieta saudável, afinal, todos precisamos de carboidratos para sobreviver.  Alimentos de baixo IG e baixa caloria: verduras e legumes. Não possuem muito valor energético nem aumentam o IG e, por isso, são usados nas dietas para saciar a fome.