O documento discute a periodização da história segundo os ciclos astrológicos de planetas externos e as eras astrológicas. Explica que a era atual é a era de Peixes e que há debates sobre quando começará a próxima era de Aquário. Também resume as características das eras anteriores de Touro e Áries.
The document discusses various techniques used in paleontology for identifying, excavating, and studying fossils. It describes how paleontologists can identify different fossils based on characteristics like shape, texture, and structure. Excavation is explained as a careful process of removing rock surrounding bones. Preparation techniques are also summarized, including acid maceration to extract microfossils, film pull for delicate fossils, and embedding in resin to preserve position.
O documento apresenta os conceitos básicos da astrologia, incluindo os 12 signos, elementos, casas astrais e planetas pessoais. Ele explica como o mapa astral fornece informações sobre a personalidade de alguém com base na posição dos astros no momento de seu nascimento. O documento conclui que, embora a astrologia seja considerada uma pseudociência, ela pode fornecer insights sobre o autoconhecimento por meio da interpretação dos corpos celestes.
The document provides information about the planets and their characteristics in astrology. It discusses the Sun, Moon, and other planets. For each planet, it covers their mythology, nature, physical features they represent, health, products, animals, abode and precious metals/gems. The Sun is considered the king and represents vitality, willpower and authority. The Moon represents the mind, fertility and is feminine, changeable and rules over the masses. It also briefly discusses the signs and constellations of the zodiac.
A astronomia é a ciência mais antiga, tendo sido praticada por civilizações antigas como os mesopotâmios, egípcios e gregos. Ao longo dos séculos, instrumentos e teorias foram aprimorados por astrônomos árabes, chineses e europeus como Copérnico, Kepler e Galileu. Na era espacial, o homem explorou o espaço por meio de sondas e missões tripuladas à Lua.
A origem da vida na Terra ainda é um mistério, mas as principais teorias são: 1) A vida teria surgido há cerca de 3,8 bilhões de anos através de reações químicas complexas em um planeta recém-formado; 2) Teorias evolucionistas defendem que as primeiras formas de vida sofreram modificações ao longo do tempo, levando à diversidade atual; 3) Algumas teorias sugerem que a vida teria surgido fora da Terra e chegado aqui em meteoritos.
Hiparco de Nicea fue un astrónomo, matemático y geógrafo griego del siglo II a.C. que realizó importantes contribuciones como el primer catálogo de estrellas, el descubrimiento de la precesión de los equinoccios, y la distinción entre el año sidéreo y el año trópico. Adicionalmente inventó conceptos como la trigonometría, la latitud y la longitud geográficas, y mejoró la precisión en la medición de distancias como la Tierra-Luna.
The document outlines proposed areas of research in KP astrology to validate recent theories, address debates, and test predictive techniques. It suggests forming research groups to study sub-harmonics theory, the role of nodes, cuspal links, retrograde planets, and rules for second marriages. The groups would collect charts, compare predictions to outcomes, and document cases where theories agree or disagree. A timeline is given for initial and final submissions over a 3-month period to be published in KPAF's journal. The goal is to validate new concepts and techniques through extensive research.
The document discusses various techniques used in paleontology for identifying, excavating, and studying fossils. It describes how paleontologists can identify different fossils based on characteristics like shape, texture, and structure. Excavation is explained as a careful process of removing rock surrounding bones. Preparation techniques are also summarized, including acid maceration to extract microfossils, film pull for delicate fossils, and embedding in resin to preserve position.
O documento apresenta os conceitos básicos da astrologia, incluindo os 12 signos, elementos, casas astrais e planetas pessoais. Ele explica como o mapa astral fornece informações sobre a personalidade de alguém com base na posição dos astros no momento de seu nascimento. O documento conclui que, embora a astrologia seja considerada uma pseudociência, ela pode fornecer insights sobre o autoconhecimento por meio da interpretação dos corpos celestes.
The document provides information about the planets and their characteristics in astrology. It discusses the Sun, Moon, and other planets. For each planet, it covers their mythology, nature, physical features they represent, health, products, animals, abode and precious metals/gems. The Sun is considered the king and represents vitality, willpower and authority. The Moon represents the mind, fertility and is feminine, changeable and rules over the masses. It also briefly discusses the signs and constellations of the zodiac.
A astronomia é a ciência mais antiga, tendo sido praticada por civilizações antigas como os mesopotâmios, egípcios e gregos. Ao longo dos séculos, instrumentos e teorias foram aprimorados por astrônomos árabes, chineses e europeus como Copérnico, Kepler e Galileu. Na era espacial, o homem explorou o espaço por meio de sondas e missões tripuladas à Lua.
A origem da vida na Terra ainda é um mistério, mas as principais teorias são: 1) A vida teria surgido há cerca de 3,8 bilhões de anos através de reações químicas complexas em um planeta recém-formado; 2) Teorias evolucionistas defendem que as primeiras formas de vida sofreram modificações ao longo do tempo, levando à diversidade atual; 3) Algumas teorias sugerem que a vida teria surgido fora da Terra e chegado aqui em meteoritos.
Hiparco de Nicea fue un astrónomo, matemático y geógrafo griego del siglo II a.C. que realizó importantes contribuciones como el primer catálogo de estrellas, el descubrimiento de la precesión de los equinoccios, y la distinción entre el año sidéreo y el año trópico. Adicionalmente inventó conceptos como la trigonometría, la latitud y la longitud geográficas, y mejoró la precisión en la medición de distancias como la Tierra-Luna.
The document outlines proposed areas of research in KP astrology to validate recent theories, address debates, and test predictive techniques. It suggests forming research groups to study sub-harmonics theory, the role of nodes, cuspal links, retrograde planets, and rules for second marriages. The groups would collect charts, compare predictions to outcomes, and document cases where theories agree or disagree. A timeline is given for initial and final submissions over a 3-month period to be published in KPAF's journal. The goal is to validate new concepts and techniques through extensive research.
AstroParade oroscopo lunare per il tuo 2024matteo pavesi
Ecco la classifica AstroParade per il 2024 dedicata alla tua Luna di nascita, ricorda di leggere quel segno non il tuo di nascita non quello dell'ascendente. se non lo consoci mandami la tua data su matteo@matteopavesi.it e te la calcolo io...
O documento descreve a evolução da astronomia desde os primeiros observadores do céu na pré-história até os avanços científicos dos egípcios, babilônios, gregos e outros povos antigos. Ele aborda como as sociedades primitivas usavam as estrelas para navegação e agricultura e como a astronomia se desenvolveu de uma crença na astrologia para se tornar uma ciência. O documento também destaca os avanços dos egípcios em calendários e dos babilônios em eclipses
animal distribution is directly related with the environmental changes. These changes affect the over all life cycle of the animal. This further leads to adaptation in the organisum
Why should we learn astrology? How useful the science is to mankind? Can we change the destiny? This presentation is prepared for those who are curious and would like to know more about astrology.
Interpretation of progeny or conception through d1 & d7 chartsanthony writer
THE NAMES SIGNIFYING THE SAPTAMSAS AND THEIR MEANINGD:
The names for odd signs follow the order given below:
1. kShar (क्षर्) 2. kSheer (क्षीर्) 3. dhadhi (ददि) 4. Ajyam (आज्यम्) 5. IkShu (इक्षु) 6. MaDh(मध्) 7.shuDhdha jal (शुध्द जल्)
The name for even signs follow the reverse order starting with 1. shuDhdha jal (शुध्द जल्) and ending with kShar (क्षर्) for the 7th saptamsa.
A astronomia é a ciência mais antiga, tendo se desenvolvido ao longo da história em diferentes culturas como Mesopotâmia, Egito, Grécia, Arábia e China. Os astrônomos gregos fizeram descobertas fundamentais que revolucionaram a visão do universo. Na Idade Média, a astronomia avançou ainda mais com Copérnico, Kepler e Galileu desafiando os dogmas religiosos da época.
O documento descreve a teoria teosófica sobre as rondas cósmicas e cadeias planetárias. Segundo esta teoria, os planetas são seres vivos que passam por ciclos evolutivos compostos por 7 globos e 7 rondas. A Terra faz parte da Cadeia Terrestre, atualmente na 4a ronda e 5a raça-raiz. A evolução ocorre de forma cíclica através de 7 cadeias planetárias sucessivas que compõem o Esquema Evolutivo.
Este documento discute os conceitos astronômicos de solstício, equinócio e sua relação com símbolos maçônicos. Explica que os solstícios marcam os dias mais longos e curtos do ano, enquanto os equinócios dividem as estações em períodos de dias e noites de igual duração. Também explora como essas datas eram celebradas em culturas antigas e sua incorporação em tradições religiosas modernas, além de exemplos arquitetônicos que as marcavam, como as pirâm
La Tierra tiene una forma esferoide achatada, siendo ligeramente más ancha en el ecuador y más plana en los polos. Esta forma se debe a la gravedad, el movimiento de rotación y la plasticidad de la corteza terrestre. La Tierra mide aproximadamente 12,756 km de diámetro ecuatorial y 12,714 km de diámetro polar, y gira sobre su eje en aproximadamente 24 horas mientras orbita el Sol cada 365 días.
O documento discute a origem do universo segundo a ciência e a astronomia. Explica que os antigos viam os astros como deuses e usavam suas posições para orientação e previsão do tempo. Também descreve como os astrônomos antigos criaram constelações ligando as estrelas mais brilhantes para mapear o céu. Por fim, resume a teoria do Big Bang, que explica que há bilhões de anos o universo começou a partir de um único ponto que explodiu, dando início à expansão do cosmos.
O documento descreve as principais eras geológicas da Terra, começando pelo Pré-Câmbrico e terminando na atual era Cenozoica, detalhando os principais eventos e formas de vida características de cada era.
Marriages are made in heaven and celebrated on earth! Astrologers are having a tough time in matching horoscopes. Just matching the stars of boy and a girl wont help. A comprehensive view of life span, progeny, finances, love and harmony to be analysed apart from just compatibility of partners.
O documento discute os conceitos de fósseis e fossilização, incluindo que fósseis são restos preservados de seres vivos do passado geológico, e que a fossilização envolve o enterro rápido em sedimentos para preservação. Também descreve os principais tipos de fossilização e como os fósseis podem ser usados para entender ambientes antigos e a história da Terra.
The document contains a word search puzzle with terms related to microscopes hidden within it. It also includes a "Make-A-Word" challenge to find as many words as possible from the phrase "Microscope Mania", excluding plural words formed by adding "s". The answer key reveals the hidden terms in the word search include items like "objective lenses", "stage", and "light source".
GABARITO DA PRÉ-SELEÇÃO OBA 2012 (ENSINO MÉDIO)Fábio Ribeiro
(1) O documento contém uma prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia com questões sobre astronomia, astronáutica e energia;
(2) Inclui espaços para o aluno preencher seus dados e da escola, assim como para o professor anotar as notas;
(3) A duração máxima da prova é de 2 horas e não é permitido uso de calculadora ou consulta.
O documento discute conceitos básicos de astronomia, incluindo a definição da astronomia, distâncias de corpos celestes em relação à Terra, as observações de Pitágoras que levaram à conclusão de que a Terra tem formato esférico, e conceitos como fases da Lua e rotação e translação da Terra.
Lecture 2 : Evolutionary Patterns, Rates And Trendsguest42a8fbf
The document discusses evidence for evolution from various fields including biogeography, fossils, comparative anatomy, embryology, biochemistry and genetics. It explains key concepts in evolution like macroevolutionary events, morphological divergence and convergence, reproductive isolation mechanisms, molecular clocks and models of speciation. Continental drift theory and plate tectonics helped explain distribution of fossils and living species, while radiometric dating techniques helped establish geological timescales.
There are 22 experiences needed to have for an entire spiritual awakening and they are known as “archetypes”… and these were written by the Mind of the Galaxy long before we were ever created. Thoth-Hermes created the 22 major Arcana of the Tarot to have a synchronistic resonance with the cosmic template that sustains the personal holographic matrix.
This document discusses extinct, endangered, and vulnerable species. It provides examples of extinct species like the passenger pigeon and dodo that have been hunted to extinction. Endangered species face significant risk of extinction in the near future due to threats like habitat destruction. Critically endangered species face a very high risk of extinction. Vulnerable species are likely to become endangered if threats to their survival and reproduction are not addressed. The document concludes with information on Kerala's Red Data Book, which documents rare and endangered species within the state, including the lion-tailed macaque, civet cat, and nilgiri thar.
Il 18 dicembre scorso Matteo Pavesi ha tenuto una lezione su come guarire la propria anima durante il 2023. Il nuovo anno ha simboli e vibrazioni molto elevati e ognuno di noi avrà molte possibilità di affrontare i propri nodi e avviare la guarigione delle ferite dell'anima di questa vita. Un approfondimento ulteriore può essere consolidato attraverso il nuovo libro di matteo che si chiama PIANETI FERITI e si trova solo su AMAZON e AMAZON KINDLE. Buona visione.
O documento discute a cosmologia Maia baseada na Pedra do Sol Azteca, que continha informações sobre dois calendários Maias - um de 365 dias e outro de 260 dias. Também explica que os Maias acreditavam em cinco eras do mundo de aproximadamente 5,125 anos cada, relacionadas ao ciclo da precessão dos equinócios de cerca de 26 mil anos.
Ao observarem o céu, os homens primitivos viam pontinhos luminosos de tamanhos e brilhos distintos (utilizamos, como exemplo, a constelação de Órion). Aos poucos, observaram certos padrões no comportamento do firmamento que, apesar de mudar constantemente, tinha seus astros percorrendo continuamente os mesmos caminhos regulares e mantendo suas distâncias relativas constantes. Perceberam, então, que essas características poderiam contribuir para determinar o tempo e facilitar a orientação (a palavra “orientação” significa voltar-se para o oriente, onde nasce o Sol).
Estabeleceram-se assim, ciclos associados às posições das estrelas. Para facilitar a identificação das configurações do céu noturno, agruparam as estrelas em constelações.
AstroParade oroscopo lunare per il tuo 2024matteo pavesi
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O documento descreve a evolução da astronomia desde os primeiros observadores do céu na pré-história até os avanços científicos dos egípcios, babilônios, gregos e outros povos antigos. Ele aborda como as sociedades primitivas usavam as estrelas para navegação e agricultura e como a astronomia se desenvolveu de uma crença na astrologia para se tornar uma ciência. O documento também destaca os avanços dos egípcios em calendários e dos babilônios em eclipses
animal distribution is directly related with the environmental changes. These changes affect the over all life cycle of the animal. This further leads to adaptation in the organisum
Why should we learn astrology? How useful the science is to mankind? Can we change the destiny? This presentation is prepared for those who are curious and would like to know more about astrology.
Interpretation of progeny or conception through d1 & d7 chartsanthony writer
THE NAMES SIGNIFYING THE SAPTAMSAS AND THEIR MEANINGD:
The names for odd signs follow the order given below:
1. kShar (क्षर्) 2. kSheer (क्षीर्) 3. dhadhi (ददि) 4. Ajyam (आज्यम्) 5. IkShu (इक्षु) 6. MaDh(मध्) 7.shuDhdha jal (शुध्द जल्)
The name for even signs follow the reverse order starting with 1. shuDhdha jal (शुध्द जल्) and ending with kShar (क्षर्) for the 7th saptamsa.
A astronomia é a ciência mais antiga, tendo se desenvolvido ao longo da história em diferentes culturas como Mesopotâmia, Egito, Grécia, Arábia e China. Os astrônomos gregos fizeram descobertas fundamentais que revolucionaram a visão do universo. Na Idade Média, a astronomia avançou ainda mais com Copérnico, Kepler e Galileu desafiando os dogmas religiosos da época.
O documento descreve a teoria teosófica sobre as rondas cósmicas e cadeias planetárias. Segundo esta teoria, os planetas são seres vivos que passam por ciclos evolutivos compostos por 7 globos e 7 rondas. A Terra faz parte da Cadeia Terrestre, atualmente na 4a ronda e 5a raça-raiz. A evolução ocorre de forma cíclica através de 7 cadeias planetárias sucessivas que compõem o Esquema Evolutivo.
Este documento discute os conceitos astronômicos de solstício, equinócio e sua relação com símbolos maçônicos. Explica que os solstícios marcam os dias mais longos e curtos do ano, enquanto os equinócios dividem as estações em períodos de dias e noites de igual duração. Também explora como essas datas eram celebradas em culturas antigas e sua incorporação em tradições religiosas modernas, além de exemplos arquitetônicos que as marcavam, como as pirâm
La Tierra tiene una forma esferoide achatada, siendo ligeramente más ancha en el ecuador y más plana en los polos. Esta forma se debe a la gravedad, el movimiento de rotación y la plasticidad de la corteza terrestre. La Tierra mide aproximadamente 12,756 km de diámetro ecuatorial y 12,714 km de diámetro polar, y gira sobre su eje en aproximadamente 24 horas mientras orbita el Sol cada 365 días.
O documento discute a origem do universo segundo a ciência e a astronomia. Explica que os antigos viam os astros como deuses e usavam suas posições para orientação e previsão do tempo. Também descreve como os astrônomos antigos criaram constelações ligando as estrelas mais brilhantes para mapear o céu. Por fim, resume a teoria do Big Bang, que explica que há bilhões de anos o universo começou a partir de um único ponto que explodiu, dando início à expansão do cosmos.
O documento descreve as principais eras geológicas da Terra, começando pelo Pré-Câmbrico e terminando na atual era Cenozoica, detalhando os principais eventos e formas de vida características de cada era.
Marriages are made in heaven and celebrated on earth! Astrologers are having a tough time in matching horoscopes. Just matching the stars of boy and a girl wont help. A comprehensive view of life span, progeny, finances, love and harmony to be analysed apart from just compatibility of partners.
O documento discute os conceitos de fósseis e fossilização, incluindo que fósseis são restos preservados de seres vivos do passado geológico, e que a fossilização envolve o enterro rápido em sedimentos para preservação. Também descreve os principais tipos de fossilização e como os fósseis podem ser usados para entender ambientes antigos e a história da Terra.
The document contains a word search puzzle with terms related to microscopes hidden within it. It also includes a "Make-A-Word" challenge to find as many words as possible from the phrase "Microscope Mania", excluding plural words formed by adding "s". The answer key reveals the hidden terms in the word search include items like "objective lenses", "stage", and "light source".
GABARITO DA PRÉ-SELEÇÃO OBA 2012 (ENSINO MÉDIO)Fábio Ribeiro
(1) O documento contém uma prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia com questões sobre astronomia, astronáutica e energia;
(2) Inclui espaços para o aluno preencher seus dados e da escola, assim como para o professor anotar as notas;
(3) A duração máxima da prova é de 2 horas e não é permitido uso de calculadora ou consulta.
O documento discute conceitos básicos de astronomia, incluindo a definição da astronomia, distâncias de corpos celestes em relação à Terra, as observações de Pitágoras que levaram à conclusão de que a Terra tem formato esférico, e conceitos como fases da Lua e rotação e translação da Terra.
Lecture 2 : Evolutionary Patterns, Rates And Trendsguest42a8fbf
The document discusses evidence for evolution from various fields including biogeography, fossils, comparative anatomy, embryology, biochemistry and genetics. It explains key concepts in evolution like macroevolutionary events, morphological divergence and convergence, reproductive isolation mechanisms, molecular clocks and models of speciation. Continental drift theory and plate tectonics helped explain distribution of fossils and living species, while radiometric dating techniques helped establish geological timescales.
There are 22 experiences needed to have for an entire spiritual awakening and they are known as “archetypes”… and these were written by the Mind of the Galaxy long before we were ever created. Thoth-Hermes created the 22 major Arcana of the Tarot to have a synchronistic resonance with the cosmic template that sustains the personal holographic matrix.
This document discusses extinct, endangered, and vulnerable species. It provides examples of extinct species like the passenger pigeon and dodo that have been hunted to extinction. Endangered species face significant risk of extinction in the near future due to threats like habitat destruction. Critically endangered species face a very high risk of extinction. Vulnerable species are likely to become endangered if threats to their survival and reproduction are not addressed. The document concludes with information on Kerala's Red Data Book, which documents rare and endangered species within the state, including the lion-tailed macaque, civet cat, and nilgiri thar.
Il 18 dicembre scorso Matteo Pavesi ha tenuto una lezione su come guarire la propria anima durante il 2023. Il nuovo anno ha simboli e vibrazioni molto elevati e ognuno di noi avrà molte possibilità di affrontare i propri nodi e avviare la guarigione delle ferite dell'anima di questa vita. Un approfondimento ulteriore può essere consolidato attraverso il nuovo libro di matteo che si chiama PIANETI FERITI e si trova solo su AMAZON e AMAZON KINDLE. Buona visione.
O documento discute a cosmologia Maia baseada na Pedra do Sol Azteca, que continha informações sobre dois calendários Maias - um de 365 dias e outro de 260 dias. Também explica que os Maias acreditavam em cinco eras do mundo de aproximadamente 5,125 anos cada, relacionadas ao ciclo da precessão dos equinócios de cerca de 26 mil anos.
Ao observarem o céu, os homens primitivos viam pontinhos luminosos de tamanhos e brilhos distintos (utilizamos, como exemplo, a constelação de Órion). Aos poucos, observaram certos padrões no comportamento do firmamento que, apesar de mudar constantemente, tinha seus astros percorrendo continuamente os mesmos caminhos regulares e mantendo suas distâncias relativas constantes. Perceberam, então, que essas características poderiam contribuir para determinar o tempo e facilitar a orientação (a palavra “orientação” significa voltar-se para o oriente, onde nasce o Sol).
Estabeleceram-se assim, ciclos associados às posições das estrelas. Para facilitar a identificação das configurações do céu noturno, agruparam as estrelas em constelações.
Este documento descreve a história da astronomia desde os tempos pré-históricos até a era pré-telescópica. Os povos antigos começaram a observar os céus e notaram padrões nos movimentos do Sol, Lua e estrelas que levaram ao desenvolvimento de unidades de tempo como o dia, mês e ano. Construções como Stonehenge também sugerem conhecimentos astronômicos antigos. Observatórios-templos foram construídos e usados para observações e rituais religiosos. Centros importantes de astronomia
O documento apresenta uma introdução à astrologia, descrevendo-a como um sistema antigo de estudo das relações entre os movimentos celestes e eventos terrestres. Também discute brevemente as eras astrológicas e como elas influenciam o comportamento humano ao longo de ciclos de aproximadamente 2.000 anos cada.
O documento descreve a origem e evolução da Astronomia, desde as primeiras observações do céu pelos povos antigos até os conceitos modernos. Aborda tópicos como as constelações, modelos geocêntrico e heliocêntrico, a Teoria do Big Bang e a formação do Sistema Solar.
O documento explica os principais movimentos da Terra que causam as estações do ano e a distribuição desigual da energia solar sobre a superfície terrestre. O principal fator é a inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à sua órbita, e não variações na distância Terra-Sol ao longo do ano. Isso causa os solstícios e equinócios que marcam o início das estações.
1) A astronomia tem suas origens nos tempos pré-históricos, com registros dos chineses, babilônios, assírios e egípcios desde 3000 a.C., que observavam os astros para fins práticos como calendários e previsões astrológicas.
2) Na Grécia antiga, astrônomos como Tales de Mileto, Anaximandro, Pitágoras e Aristóteles desenvolveram modelos geocêntricos para explicar os movimentos celestes.
3) Hiparco de Niceia catalogou
O documento discute as eras astrológicas e como elas influenciaram o desenvolvimento humano ao longo de milhares de anos. Cada era é representada por um signo do zodíaco, como a Era de Touro entre 4.511-2.351 a.C., quando os humanos começaram a se estabelecer em territórios fixos, e a Era de Áries entre 2.351-191 a.C., marcada pelo pioneirismo e conquista. O documento também descreve figuras como Moisés, que incorporou os valores de liderança da era
1. O documento descreve monumentos históricos como Stonehenge e o Caracol que foram usados para observações astronômicas. 2. A astronomia teve desenvolvimento significativo na Grécia Antiga, com filósofos como Pitágoras e Aristóteles propondo modelos do universo. 3. O sistema geocêntrico de Ptolomeu, com a Terra no centro, foi dominante até o Renascimento.
O documento apresenta uma breve história da astronomia, desde as primeiras observações dos astros feitas por civilizações antigas até as descobertas de Copérnico e Kepler. Destaca os principais astrônomos gregos como Aristóteles, Ptolomeu e suas teorias geocêntricas, e como Copérnico e Kepler desenvolveram as bases do modelo heliocêntrico moderno, com Kepler estabelecendo suas três leis do movimento planetário.
O documento descreve os principais movimentos da Terra e suas consequências. Em três frases:
1) A Terra gira em torno do seu próprio eixo, causando o dia e a noite, e translada em torno do Sol, causando as estações do ano. 2) A inclinação do eixo da Terra causa a variação na duração relativa do dia e da noite ao longo do ano. 3) Os equinócios ocorrem quando o dia e a noite têm a mesma duração em todo o mundo, enquanto os solstícios
O documento discute os movimentos da Terra, incluindo sua rotação ao redor do próprio eixo em aproximadamente 24 horas, causando o dia e a noite, e sua translação ao redor do Sol em aproximadamente 365 dias, causando as estações do ano. Também explica linhas geográficas imaginárias como o Equador e os Trópicos de Câncer e Capricórnio, e como afetam a incidência da luz solar.
1. O documento apresenta um experimento para construir um modelo do Sistema Solar em escala de tamanho usando cartolina, barbante e outros materiais.
2. A atividade descreve como desenhar e recortar círculos para representar cada planeta com base em suas dimensões reais e como montar o modelo com os planetas dispostos em ordem crescente de distância em relação ao Sol.
3. O texto também fornece informações sobre as novas definições de planetas e planetas anões adotadas pela União Astronômica Internacional.
O documento descreve a evolução dos conceitos sobre a Terra e o Universo, desde a crença de que a Terra era plana e no centro do Universo até as descobertas científicas modernas. Também explica os movimentos da Terra, como rotação, translação e estações do ano.
O documento descreve a evolução dos conceitos sobre a Terra e o Universo, desde a crença de que a Terra era plana e no centro do Universo até as descobertas científicas modernas. Também discute os movimentos da Terra, como rotação, translação e estações do ano.
O documento descreve a história e evolução dos relógios e calendários. Os primeiros relógios eram relógios de sol ou de água, enquanto os primeiros relógios mecânicos foram inventados na Ásia e desenvolvidos na Europa medieval. Os calendários evoluíram a partir da observação dos ciclos do dia, da lua e das estações, com os primeiros calendários baseados no mês lunar.
O documento descreve a evolução da astronomia ao longo dos séculos, desde as civilizações antigas que observavam os movimentos dos corpos celestes até a astronomia moderna que utiliza computadores e telescópios para estudar objetos como galáxias e o Big Bang. Também menciona alguns dos principais astrônomos como Copérnico, Galileu, Kepler e suas contribuições.
O documento descreve a evolução histórica do estudo da física, desde as primeiras observações astronômicas na Antiguidade até as leis de Newton. Aborda os modelos geocêntrico de Aristóteles e Ptolomeu e o modelo heliocêntrico de Copérnico, e como Galileu, Kepler e Newton contribuíram para o desenvolvimento da física moderna com experimentos, leis e a lei da gravitação universal.
Astronomia prática e observacional _ Observatório Municipal de AmparoPaulo Rogerio Dias
O documento resume os principais tópicos abordados em um curso de astronomia prática e observacional, incluindo o reconhecimento de objetos celestes, noções de orientação, distâncias relativas entre corpos celestes, movimentos aparentes do Sol e estrelas, e como o céu noturno varia de acordo com a localização e época do ano.
Semelhante a Astrologia mundial e grandes ciclos (20)
Este livro faz parte de um coleção de 4 livros sobre Belém em que publiquei fotos e coletei informações sobre os lugares sagrados de Belém. Um dos livros é exclusivo sobre a Basílica da Natividade e este aqui é focado em Jerônimo. Este doutor da Igreja jamais imaginaria sua importância para a história. Jerônimo foi o primeiro a traduzir a Bíblia inteira das línguas originais [hebraico e grego] para outro idioma, no caso, o latim. Jerônimo não foi um homem perfeito, tinha um temperamento agressivo, defendia algumas ideias erradas, mas era uma pessoa que amava Deus demais. Jerônimo deixou os prazeres da vida, para viver como pobre, se dedicando a estudar a Bíblia como poucos. Também amava as pessoas, dedicando sua vida também em receber as caravanas de peregrinos em Belém da Judeia. A Igreja de Santa Catarina em Belém faz parte do complexo da Basílica da Natividade. Debaixo desta igreja se encontra a gruta onde Jerônimo viveu por 34 anos. O grande teólogo é considerado um santo e um exemplo de vida.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Este livro é uma obra antiguíssima, datado de aproximadamente o ano 300 dC. E provavelmente escrito na Síria onde o cristianismo crescia de forma pujante nos primeiros séculos da Era Cristã. O livro também é uma obra pseudo-epígrafa porque tem a pretensão de ter sido escrita pelos apóstolos para orientar a igreja na sua administração. Todavia é um livro que tem grande valor histórico porque revela como era a igreja nos primeiros séculos. Vemos que algumas coisas são bem enfática naqueles dias como o fato que só havia dois cargos na igreja [bispo ou presbítero e diácono], que uma boa parte do dinheiro coletado na igreja era usado para sustentar as viúvas e se pagava salário para os dirigentes das igrejas. Havia grupos dissidentes com enfoque na guarda da Lei de Moisés. Outra coisa que vamos percebendo ao ler esta obra era a preocupação dos cristãos em viverem uma vida santa e não havia tanta preocupação com a teologia. Ainda que vemos conceitos teológicos claros como a triunidade de Deus e o inferno eterno para os condenados. Este livro Didascalia não deve ser confundido com o DIDAQUÊ, este último é a mais antiga literatura cristã, sendo datado do ano 100 dC e o Didascalia é do ano 300. O Didascalia contem muito mais conteúdo do que o Diddaquê. Mas ambos seguem o mesmo princípio de ideias. As viúvas são tratadas no Didascalia quase como um cargo eclesiástico. Vemos em Atos 6 que o cargo de diácono foi criado para cuidar das viúvas. O cuidado social da igreja primitiva aos seus membros era patente.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
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Astrologia mundial e grandes ciclos
1. CURSO DE FORMAÇÃO EM ASTROLOGIA
ASTROLETIVA – Terra do Juremá Comunicação Ltda.
Nível: Especialização – Curso: Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição: 1
Texto: Fernando Fernandes
Eras, ciclos e periodização da História
A civilização ocidental, os ciclos de planetas exteriores
e as fases da era de Peixes
Tanto a História quanto a Astrologia buscam reconhecer, no fluxo contínuo dos acontecimentos
mundanos, alguma forma de padrão, elementos referenciais que permitam estabelecer
periodizações válidas e minimamente homogêneas. Do ponto de vista histórico, valorizam-se
especialmente as mudanças de grande porte no modo de produção e na superestrutura política-
ideológica que lhe corresponde. Já do ponto de vista astrológico, os recursos mais apropriados para
estabelecer um padrão compreensivo de vastas extensões de tempo são os conceitos de era,
decorrente do movimento de precessão dos equinócios, e de ciclos de planetas exteriores – Urano,
Netuno e Plutão, entendendo-se por ciclo o intervalo de tempo entre duas conjunções sucessivas
formadas pelos mesmos planetas. Teríamos, assim, três ciclos a considerar, Urano-Netuno, Urano-
Plutão e Netuno-Plutão, sendo que a inter-relação dos três, confrontada com as subdivisões internas
de cada era, formaria uma grade complexa, com amplas possibilidades interpretativas.
Naturalmente, os ciclos mais longos correspondem a processos históricos de dimensões
macroscópicas e de maior alcance. Tais processos não precisam necessariamente ser anunciados
por acontecimentos bombásticos, nem correspondem a uma ruptura radical com o estado de coisas
anterior. Suas características só são percebidas a partir da visão de conjunto proporcionada pelo
distanciamento – como ocorre, aliás, com todas as grandes mudanças históricas. Da mesma forma
como os planetas exteriores são invisíveis a olho nu, alguns acontecimentos de enormes
conseqüências futuras passam despercebidos aos contemporâneos, e somente o transcurso do tempo
irá lançar luz sobre sua verdadeira dimensão.
Vejamos agora o critério de periodização que abarca períodos mais extensos e é indicador de
processos de maior amplitude: o conceito de eras astrológicas.
O que é uma era astrológica
Ao mesmo tempo que realiza o movimento de rotação em torno do próprio eixo, que gera a
sucessão dos dias e das noites, e o movimento de translação em torno do Sol, que cria a sucessão
das estações do ano, a Terra realiza também um terceiro movimento que pode ser comparado ao
bamboleio de um pião, cujo eixo pende ora para um lado, ora para outro, antes de parar
completamente. Assim, o pólo celeste (que é uma extensão imaginária do pólo terrestre) descreve
no céu um lento movimento circular no sentido leste-oeste, que se completa no período aproximado
de 25.794 anos. Ao longo deste vasto ciclo, o pólo volta-se sucessivamente para diferentes regiões
do céu. Por esta razão, a estrela polar (aquela para a qual o pólo norte aponta) também varia: já foi
Thuban, a Alpha Draconis, por volta de 3000 a.C.; hoje é Polaris, a Alfa da Ursa Menor; dentro de
12 mil anos, será a estrela Vega, da constelação de Lira.
2. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 2
Eclíptica é o plano da órbita da Terra em torno do Sol (ou o caminho aparente do Sol em torno da
Terra). Zodíaco é o grupo de constelações que se situa na região da eclíptica. Sabemos que, por
causa da inclinação do eixo da Terra, o plano do equador também não coincide com o plano da
eclíptica, apresentando uma ângulo de inclinação de aproximadamente 23 graus e 27 minutos. Por
isso, em seu movimento aparente, o Sol está seis meses ao norte e seis meses ao sul do equador
celeste. Em apenas dois momentos do ano o Sol corta o equador celeste, e estes momentos marcam
uma igual distribuição de luz pelos dois hemisférios, assim como igual duração do dia e da noite.
São os equinócios de primavera e de outono.
Na medida em que o pólo vai descrevendo seu lento movimento de bamboleio no céu, vai-se
alterando também a constelação zodiacal que serve de pano de fundo à passagem do Sol nos
equinócios. A constelação que marcava o equinócio de primavera no hemisfério norte na época de
Sócrates e de Platão era a de Áries; era Peixes quando Colombo descobriu a América; e, dentro de
pouco tempo, será Aquário. O ponto de interseção da eclíptica com o equador celeste, no equinócio
de primavera do hemisfério norte, é chamado de ponto vernal e marca o início do signo de Áries,
no zodíaco tropical utilizado pela Astrologia do Ocidente. Quanto o início da primavera no
hemisfério no hemisfério norte – o signo de Áries – coincidia com a passagem do ponto vernal pela
constelação do mesmo nome, estávamos na era de Áries. A passagem do ponto vernal para a
constelação de Peixes marcou o início da era de Peixes. Este movimento se dá no sentido contrário
ao dos signos do zodíaco, sendo chamado, por esta razão, de movimento precessional, que gera a
correspondente precessão dos equinócios.
Quando começa a era de Aquário?
No caso das eras astrológicas, não há sequer um consenso sobre seus verdadeiros limites. A
transição da era de Peixes para a de Aquário é tema de controvérsias que se arrastam há décadas,
conforme podemos deduzir deste trecho de David Williams1
:
A dificuldade para determinar quando a chamada Era de Aquário começa deve-se aos
diferentes sistemas zodiacais utilizados em diversos períodos. Pesquisadores modernos
contribuíram para a confusão ao considerar vários pontos de partida para suas
constelações zodiacais. (...) Astrônomos tornam a confusão ainda pior ao chamarem o
ponto vernal, que é móvel, de zero de Áries, e por usarem um sistema de determinação do
tamanho das constelações inteiramente diferente. O quadro seguinte mostra a variedade
de datas determinadas por várias autoridades astrológicas:
PESQUISADOR 0° de Peixes 0° de Aquário
Cheiro 388 A.C. 1762
D. Davidson (1ª hipótese) 317 A.C. 1844
A. M. Harding 300 A.C. ?
Gerald Massey 255 A.C. 1905
C. A. Jayne, Jr. 254 A.C. 1906
Thierens 125 A.C. ?
Dane Rudhyar 97 A.C. ?
Paul Councel 0 A.D. 2160
Cyril Fagan 231 A.D. 2369
D. Davidson (2ª hipótese) 381 A.D. 2500
Observa-se, portanto, que não há unanimidade nem quanto à data de início da era de Aquário nem
quanto à própria duração do período precessional. De acordo com a fórmula do prof. Simon
1
WILLIAMS, David. Simplified Astronomy for Astrologers. Tempe – Arizona, AFA, 1980.
3. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 3
Newcomb, baseada em valores tabulados para o período de 1600 a 2100, a Terra completa um
inteiro ciclo precessional (o chamado Grande Ano de Platão) em 25.794 anos. Já outros
pesquisadores trabalham com durações ligeiramente diferentes.
Se não temos limites precisos, podemos pelo menos tentar compreender o sentido geral das três
eras historicamente conhecidas, que são as de Touro, Áries e Peixes. Mas como fazê-lo? O
astrólogo francês André Barbault, em A Crise Mundial, indica o caminho da analogia entre o
simbolismo de cada era e das civilizações que nela se desenvolveram ao afirmar:
É um fato, que esse relógio das eras parece corresponder-se, em linhas gerais,
com as diversas civilizações e religiões antigas. Assim, quando o Sol de primavera
se elevava na era de Touro, dominava o mitraísmo na Ásia Menor, cujo animal sa-
grado era o boi Ápis (analogia com o símbolo de Touro: o touro); o culto do
Minotauro, que evoca a lenda do bezerro de ouro semita, estava associado às
religiões de Súmer, da Síria, do Egito... Depois, quando o mesmo Sol atravessava a
era de Áries (cujo símbolo é o carneiro), a mesma raça estava sob a supremacia
espiritual de Amon-Rá, o deus solar egípcio, com cabeça de cordeiro; havia o culto
do velocino de ouro, do cordeiro pascal... Enfim, após dois milênios, estamos no
que se chama a era de Peixes, que é a era do Cristianismo; pois os primeiros
cristãos tomaram os peixes como emblema e sinal para reuniões secretas,
gravando-os nos muros das catacumbas e sobre suas primeiras sepulturas, sendo
o peixe sempre o animal de sacrifício na religião cristã. Além disso, o espírito do
cristianismo está conforme a psicologia do último signo zodiacal: abnegação,
caridade, humanidade...
2
A era de Touro
A era de Touro é aquela que se estende (muito aproximadamente) entre 4000 a.C e 2000 a.C. Ao
longo desses dois milênios, comunidades nômades de caçadores e coletores começam a
sedentarizar-se primeiro em torno da atividade pastoril e, logo depois, da agricultura. A fixação à
terra e às riquezes dela decorrentes é a marca registrada da era de Touro.
Uma era não expressa apenas os valores de um signo, mas também os do signo oposto e
complementar e, em menor escala, dos signos com que forma quadraturas. É como se o signo
dominante da era representasse o Ascendente simbólico do mundo, ponto de partida de uma cruz
cósmica que pode envolver todos os signos cardinais, fixos ou mutáveis. Assim, a era de Touro é
também a de Escorpião no Descendente, de Aquário no Meio-Céu e de Leão no Fundo do Céu.
O eixo Touro–Escorpião explica adequadamente o processo de formação do antigo império egípcio
e das civilizações mesopotâmicas estabelecidas nos vales do Tigre e do Eufrates. O desafio
principal para a fixação do homem ao solo era o controle das águas dos rios, de forma a permitir a
formação de reservatórios que regulassem as cheias e vazantes anuais e abastecessem canais de
irrigação. A construção de diques e represas aperfeiçoa-se aos poucos, levando à extensão
progressiva das áreas cultiváveis e à geração de um excedente de produção capaz de alimentar
classes de trabalhadores especializados a serviço do Estado. O caso do Egito é típico deste
processo, e foi o controle do Nilo que permitiu a acumulação dos recursos capazes de sustentar um
enorme corpo de funcionários – sacerdotes, escribas e militares – não envolvidos diretamente com
a produção agropastoril.
Escorpião simboliza a força concentrada das águas, enquanto Touro rege as construções. O
represamento das águas através de enormes obras de engenharia e o aproveitamento prático dos
2
Citado em: CRISTOFF, Boris. La gran catastrofe de 1983. Buenos Aires, Ed. Martinez Roca, 1979.
4. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 4
recursos hídricos são processos típicos do eixo Touro–Escorpião. É o controle das águas
(Escorpião) para manter a agropecuária (Touro) e gerar excedentes suficientes para a manutenção
do Estado. Aquário no Meio-Céu responde bem à idéia de uma estrutura de poder que, pela
primeira vez na história, sustenta-se não apenas pela força bruta, mas também pela capacidade de
criar e administrar um sistema de circulação de riquezas baseado no controle da produção e na
eficiente arrecadação de tributos.
Egito e Suméria são casos pioneiros de estados burocráticos, em que o escriba que registra o
montante dos tributos é tão importante na sustentação do poder do monarca quanto as tropas do
exército.
A era de Áries
A passagem da era de Touro para a era de Áries é marcada por uma onda de invasões de povos
bárbaros que, vindos das terras mais frias do norte, invadem as regiões férteis do Mediterrâneo, do
Oriente Médio, do Egito, da Índia e da China. A chegada desses invasores desestabiliza os grandes
impérios agrários, como o do Egito, e instaura momentaneamente o caos e a desordem. A
superioridade dos invasores é de ordem militar: utilizam carros de combate puxados a cavalo (uma
novidade) e armamentos de ferro e de bronze. O domínio do ferro, metal regido por Áries, é uma
das marcas que identificam os povos surgidos nesta era.
A reorganização da vida social, política e econômica dá-se, a seguir, em novas bases, em que a
agressividade bélica a serviço do expansionismo territorial desempenhará um papel preponderante.
O Egito da época de Amenófis III e de Ramsés II, já na era de Áries, é uma potência militar voltada
para a disputa com os hititas pelo domínio dos corredores comerciais do Oriente Médio, em
contraste com o Egito isolado e voltado para os valores da terra da era de Touro, na fase do Antigo
e do Médio impérios.
As invasões da era de Áries começam a trazer para o mundo civilizado os povos indo-europeus que
constituirão a base étnica dos futuros estados da Europa. Gregos, latinos, persas e os
conquistadores arianos que se estabeleceram na Índia são alguns dos povos que “entram na
História” neste período. Suas religiões cultuam valores masculinos, solares, em contraste com o
culto da terra e do princípio lunar e feminino, na era anterior.
Como Libra é o signo oposto e complementar a Áries, a marca libriana está presente em diversas
formulações religiosas, filosóficas e institucionais da última parte deste período, como o budismo
(uma religião abstrata, que valoriza o “caminho do meio”), o confucionismo (um código ético
voltado para a regulação das relações sociais) e o próprio direito romano, cujos pilares são
estabelecidos. Na Grécia, novas experimentações políticas e institucionais levam à democracia
ateniense, ainda restrita a uma pequena elite (os escravos e estrangeiros, que somavam juntos 90%
da população, não são considerados cidadãos), mas já incorporando mecanismos de debate e de
livre escolha entre posições conflitantes.
De qualquer forma, os dois milênios anteriores ao nascimento de Cristo caracterizam-se pelo
predomínio das monarquias despóticas e teocráticas. Com Áries no Ascendente simbólico da era, o
Meio-Céu estava ocupado por Capricórnio, indicando a vigência de um modelo de poder baseado
na hierarquia, na tradição e na rígida estratificação social. Com Touro na casa 2, a riqueza estava
associada à agricultura e às atividades pastoris. Nestes dois milênios, sucedem-se como grandes
potências no Oriente Médio os impérios teocráticos do Egito, da Caldéia, da Assíria e da Pérsia.
Na medida em que a era se aproxima de seu término, começa a verificar-se um lento deslocamento
do eixo de poder do Oriente para o Ocidente, especialmente após a formação do império helenístico
5. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 5
de Alexandre, o Grande. A Macedônia, cujo trono Alexandre herdou, era um reino vizinho à Grécia
e sob sua esfera de influência cultural. O próprio Alexandre foi educado por professores gregos. Ao
unificar toda a região entre o Egito e o vale do Indo, nela introduziu os valores da cultura grega
que, em contato com as culturas locais, geraram a base da civilização helenística. Alexandre, ao
derrubar fronteiras políticas, econômicas, étnicas e linguísticas, concorreu para a dissolução (um
sentido de Peixes) das estruturas da era de Áries e abriu caminho para um novo ciclo de civilização.
Pela primeira vez, porções consideráveis de território asiático encontravam-se sob a hegemonia de
uma potência européia. Este fato, por suas profundas implicações futuras, pode ser considerado o
início do processo de transição da era de Áries para a era de Peixes.
A era de Peixes
A era de Peixes é, antes de tudo, a era da Europa e da trajetória da civilização ocidental no rumo da
hegemonia planetária, processo que se afirma com maior força em sua quarta e última fase, que vai
da expansão marítima ibérica até os nossos dias.
O que vemos hoje é a adesão de praticamente todos os países do mundo a um modelo de
estruturação política e social de inspiração européia. As conseqüências da revolução industrial
atingem todos os continentes, e o modelo tecnológico e de organização de trabalho segue um
mesmo padrão em todos os quadrantes da Terra. O processo de globalização deu-se a partir de
parâmetros europeus – ou norte-americanos, sendo estes os herdeiros e continuadores diretos da
civilização européia. Para competir em pé de igualdade, povos de cultura tradicional tiveram de
ocidentalizar-se, sendo o Japão o caso mais evidente.
Eis, então, o traço mais definitivo da era de Peixes: o deslocamento do eixo de poder da Ásia para a
Europa, sendo Europa praticamente um sinônimo de cristandade, ou seja, de um conjunto de povos
unidos pelo traço comum da religião cristã e da herança cultural greco-romana.
Para entender o significado da transição da era de Áries para a de Peixes, é preciso investigar o
período entre o quarto século a.C e o quarto século A.D. em busca de indicações do que
desaparecia neste período para dar lugar a algo novo. Um bom começo é considerar o efeito das
conquistas de Alexandre, cujo governo estendeu-se de 336 a.C a 323 a.C., sobre o mundo
civilizado:
Alexandre desenvolveu intensa atividade no sentido de realizar a fusão de gregos e
persas, promovendo a união de vencidos e vencedores e desenvolvendo a
helenização do mundo antigo. Encorajou o casamento de ocidentais e orientais, ele
mesmo desposando princesas persas; incorporou jovens persas helenizados ao
seu exército (...); mostrou-se tolerante com os deuses e costumes dos vencidos,
inclusive copiando o cerimonial asiático, mantendo os quadros administrativos e
adotando práticas orientais, como a poligamia e o despotismo teocrático
(proclamou-se filho de Amon e de Zeus). Paralelamente, tornou o grego o idioma
oficial do Império e multiplicou a fundação de cidades. (...) Obrigando milhões de
indivíduos a revisarem seus preconceitos de raça, a manter uma certa coexistência
de interesses materiais, a tolerar as mesmas idéias religiosas, a compreender um
mesmo idioma, Alexandre, por sua obra, marcou o início de uma nova era que se
prolongaria até a conquista romana.
3
Não é difícil perceber Alexandre como um agente precursor da era de Peixes, na medida em que
cumpre papéis piscianos: integrar, dissolver fronteiras, fundir, diluir as diferenças. Para alguns
3
SILVA, José Luiz Werneck da. & AQUINO, Rubim Santos Leão de. História Antiga e Medieval. Rio de
Janeiro, Guymara Ed., 1970.
6. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 6
pesquisadores, aliás, o período helenístico é considerado como já pertencente à era de Peixes.
Contudo, melhor seria defini-lo como a fase de apogeu e início da desintegração das estruturas da
era anterior, um período de transição em que o velho ainda coexiste com as sementes do novo.
Outro fator de transição é a emergência de Roma como potência imperialista, o que se dá
especialmente a partir das Guerras Púnicas, contra Cartago, entre 264 a.C. e 146 a.C. Em muitos
aspectos, a expansão romana foi facilitada pelo trabalho de integração cultural e econômica
realizado por Alexandre. Ao dirigir seus exércitos para o Oriente, Roma não mais encontrará as
velhas monarquias teocráticas, mas apenas os frágeis reinos helenísticos que resultaram da
desagregação do império macedônio. O que Roma traz de já indicativo da nova era é o
aperfeiçoamento da superestrutura jurídica – o Direito Romano – que fornece um parâmetro
abstrato e lógico para o ordenamento das relações sociais e econômicas. A era de Peixes tem os
signos mutáveis nos ângulos do mapa simbólico do planeta. Na casa 10, está Sagitário, o signo que
expressa os princípios da lei e da cultura superior.
O terceiro fator na transição de eras é o advento do Cristianismo, cuja ascensão deve-se antes de
tudo ao próprio conteúdo moral e religioso da nova crença, que apresenta os seguintes
fundamentos:
o monoteísmo que coloca a comunhão com Deus, o Pai, por intermédio de seu filho
Jesus; o amor a Deus e ao próximo, considerado como irmão; (...) o desapego aos
bens materiais, infinitamente inferiores aos bens no Reino Celestial; a igualdade, a
pureza e a humildade do coração; o perdão das injúrias e a caridade; enfim, a
salvação prometida aos que acreditassem e cumprissem seus ensinamentos,
enquanto os demais seriam condenados. (...) O próprio caráter universalista da
religião, imprimido por Paulo de Tarso (...) que pregou a conversão de todos os
homens, e seu ideal de igualdade de todos perante a divindade constituiu um
motivo de sucesso entre os pobres, os humildes e os escravos, tendo, por meio
destes, penetrado nos lares dos poderosos, influenciando inicialmente os filhos e
as esposas de seus senhores.
4
Vários desses traços remetem a conteúdos do signo de Peixes: o caráter universalista, o desapego, o
amor e a caridade sem fronteiras, a difusão entre os pobres e escravos. Outros, como a valorização
da humildade e da pureza, expressam o signo oposto e complementar, Virgem. A expansão do
Cristianismo foi grandemente beneficiada pela
vitalidade da civilização helenística, que criara vínculos comuns aos mundos grego,
oriental e romano. A língua grega serviu de veículo inicial de transmissão do
Cristianismo, tendo permanecido até metade do século III como a língua oficial da
religião cristã. (...) A unificação política do mundo mediterrâneo, sob a égide de
Roma, também contribuiu para a propagação da fé cristã. Com efeito, a
cristianização (...) foi facilitada pela existência de um denominador comum, o
Império, do qual as estradas eram um veículo de romanização e, posteriormente,
de divulgação do Cristianismo.
5
Portanto, em correspondência com a natureza dual do signo de Peixes, as grandes bases
civilizatórias da nova era são também duplas: de um lado, a herança cultural da Grécia e dos reinos
helenísticos, assimilada e preservada por Roma; de outro, o Cristianismo, religião pisciana por
excelência, nascida entre pescadores e consolidada no martírio de Jesus e dos primeiros seguidores.
Sem dúvida, a nova religião é o fator central das mudanças da passagem de era.
4
SILVA, José Luiz Werneck da. & AQUINO, Rubim Santos Leão de. Op. Cit.
5
Idem.
7. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 7
Mas que data podemos definir como marco inicial da era de Peixes? Simbolicamente, o nascimento
do novo messias no rústico ambiente de uma estrebaria, filho de uma mulher considerada pura e
identificada com o signo de Virgem, e anunciado por configurações fortes o suficiente para atrair a
atenção dos astrólogos da época (os reis magos), atende todos os requisitos para representar este
momento inicial. Já se sabe que o nascimento de Cristo ocorreu algum tempo antes da data
utilizada como referência para o calendário cristão, provavelmente no ano 7 a.C. Mas somos de
opinião que o início de uma era não pode ser reduzido a um momento, sendo muito mais um
período transicional que pode estender-se por vários anos, ou décadas.
Entretanto, estabelecer um ponto de partida para o início da era de Peixes é importante como base
de referência para tentarmos investigar quando se dará o momento inicial da era seguinte – a de
Aquário.
Dividindo uma era em doze etapas
Uma ferramenta de investigação de grande utilidade foi proposta pelo astrólogo uruguaio Boris
Cristoff, que sugeriu a divisão das eras astrológicas em doze períodos menores, suberas ou fases,
cada uma em analogia com um signo e uma casa. Assim, o primeiro duodécimo da era teria sempre
um sentido ariano (ou de casa 1), o segundo, de Touro (ou de casa 2), e assim por diante. Tal
proposição encontra respaldo num dos princípios fundamentais em Astrologia, que é o da analogia
entre ciclos, que permite transpor conceitos e significados de ciclos mais amplos para os mais
curtos, e vice-versa. Tais analogias estão baseadas na correlação entre os três principais
movimentos da Terra: a rotação, a translação e a precessão dos equinócios. Assim, se o ano de
aproximadamente 365 dias gerado pelo movimento de translação pode ser dividido em doze
porções, cada uma correspondendo a um signo, o mesmo pode ser feito em relação ao Grande Ano
de Platão, de quase 26 mil anos, gerado pela precessão dos equinócios. E cada 1/12 avos deste
Grande Ano – cada era astrológica, portanto – pode, por sua vez, sofrer nova subdivisão por doze,
para gerar suberas.
Boris Cristoff, para sua infelicidade, desenvolveu esta interessante discussão num livro cuja
proposta maior revelou-se um enorme fracasso em termos de previsões coletivas: A grande
catástrofe de 1983, escrito no final dos anos setenta. Neste livro, Cristoff tenta provar, com base
em profecias e evidências astrológicas, que o ano de 1983 seria marcado por terríveis hecatombes
mundiais, incluindo gigantescos terremotos e o desaparecimento de países inteiros. Como nada
aconteceu, o livro caiu no esquecimento e, com ele, a discussão sobre as suberas.
Cristoff, aliás, parece ter incorrido em outros pecados: estabelece como ponto de partida da era de
Peixes o ano zero do calendário cristão, como se correspondesse verdadeiramente ao nascimento de
Cristo; estabelece para o Grande Ano de Platão uma duração de 25.200 anos, que não é aceita
unanimemente pelos especialistas; e dá para cada era uma duração de 175 anos, que também pode
ser contestada. A seguir, define o conteúdo astrológico de cada subera de forma um tanto
simplificada e esquemática, sem entrar em maiores considerações de ordem histórica ou cultural.
Tentaremos resgatar a proposta central de Cristoff de que uma era pode ser subdivida em doze
fases, cada uma carregando conteúdos do signo e casa correspondentes. Contudo, em vez de
estabelecer datas e, a partir daí, procurar processos históricos que correspondam ao simbolismo
astrológico, faremos o percurso oposto, que é buscar, no desenvolvimento da civilização ocidental,
momentos coletivos que carreguem um sentido deste ou daquele signo, para apenas depois tentar
uma periodização mais detalhada.
8. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 8
As doze fases da era de Peixes
No caso das eras e suberas, estaremos lidando sempre com processos coletivos, macroscópicos, tão
vastos no tempo e no espaço que sua verdadeira natureza só pode ser percebida com clareza a partir
de uma perspectiva extremamente distanciada e abrangente. Trata-se de uma escala de tempo e de
espaço muito superior ao de uma vida humana.
Áries e casa 1: o irromper da cristandade
O período inicial da era de Peixes tem uma conotação ariana e de casa 1. Precisa estar
caracterizado, pois, pela implantação de um princípio novo, fundamentalmente diverso dos
conteúdos das eras anteriores. Tal princípio, como já vimos, é o Cristianismo, religião que se
desenvolve a partir das camadas mais pobres e socialmente excluídas do Império Romano. É um
caso raro de religião que se afirma (sentido da fase Áries ou de casa 1) pelo sacrifício voluntário
(Peixes) de seus membros. É a fase também da afirmação do poder imperial romano e da
construção de uma unidade política e social cujos parâmetros institucionais já são totalmente
europeus. Este é o processo que será desdobrado e aprofundado nas fases posteriores.
Touro e casa 2: a consolidação da Igreja
Touro e casa 2 têm a ver com valores, com a estabilização da forma e com o preenchimento do
molde definido pelo Ascendente através da aquisição e agregação dos recursos necessários.
Considerando que a forma gerada na fase ariana foi a da nova civilização de base greco-romana e
cristã, este momento de estabilização e consolidação se dá com o restabelecimento da paz religiosa
através do Edito de Milão, no ano de 313, que põe fim às perseguições e permite a liberdade
religiosa. Ainda no mesmo século, novo passo será dado pelo imperador Teodósio, com a elevação
do Cristianismo à condição de religião oficial do Estado. Livre dos problemas externos, a igreja
cristã consegue concentrar esforços na própria organização: uma série de concílios fixa os dogmas
da religião e inicia o processo de estruturação do clero.
Gêmeos e casa 3: o bárbaro que experimenta
Gêmeos e casa 3 expressam conteúdos de troca, aprendizagem, dualidade, intercâmbio, mudanças
rápidas e instabilidade. Politicamente, correspondem à derrocada final do Império Romano do
Ocidente e sua substituição por uma miríade de pequenos reinos bárbaros, fruto da aceleração das
invasões de povos germânicos e asiáticos (hunos) no antigo território imperial. Paralelamente,
sobrevive na parte oriental do Mediterrâneo o Império Romano do Oriente, que também passa por
intensas transformações culturais cujo resultado será o progressivo abandono das raízes latinas e a
retomada do patrimônio cultural grego, sob a capa do Cristianismo. Consoante com a natureza dual
de Gêmeos, consolida-se na Europa a dualidade entre o Ocidente latino-germânico e o Oriente
greco-cristão. A igreja cristã tem sua unidade ameaçada pelas heresias (em grego, “opiniões
separadas”) que, se já existiam desde o século II, nesta fase alcançam seu maior impacto com a
conversão de povos bárbaros, como os visigodos, às seitas heréticas. É também a fase em que
começam a nascer as línguas européias modernas, resultantes da desagregação do latim clássico em
uma série de dialetos locais.
O sentido geminiano está em que esta fase pode ser considerada um grande laboratório de
experimentação de novas formas de organização política e social. Os bárbaros recém-chegados da
vida nômade das estepes apoderam-se dos sofisticados recursos do Império Romano e
experimentam um poderoso choque cultural, comportando-se como “macacos na cristaleira”. É a
adolescência da Europa Moderna.
9. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 9
Câncer e casa 4: em busca das raízes
A metade do século VI marca um brilhante momento do império bizantino. Sua grande contribuição
é a consolidação, no governo de Justiniano, de todo o saber jurídico até então existente através do
Corpus Juris Civilis, uma obra monumental de compilação. Justiniano desenvolve uma política
expansionista com o objetivo de recuperar a grandeza do império romano. É bem sucedido, mas os
resultados não são duráveis:
Sua política imperialista foi um erro de proporções grandiosas porquanto, ao tentar
ressuscitar o passado, comprometeu consideráveis recursos militares e financeiros
em conquistas precárias.
6
Porém, o que impressiona no Império Bizantino desta fase é a preocupação canceriana e de casa 4
no sentido de resgatar o passado, reconstituir o fio da meada da trajetória da civilização romana,
restaurar as raízes do império. Tal tentativa revela-se artificial, pois a base populacional de
Bizâncio já não é latina, e sim grega. Este fato é reconhecido pelos imperadores subseqüentes,
especialmente Heráclio (610-641), que finalmente abandona o latim como língua oficial e adota o
grego na legislação, na administração e até mesmo na denominação dos cargos. Com Heráclio,
Bizâncio, cancerianamente, encontra sua raiz.
O século VII marca o surgimento de uma nova religião – o Islamismo – e a emergência política e
militar do povo árabe, até então destinado a um papel secundário em relação às principais correntes
civilizatórias. O sentido canceriano do Islamismo está presente até mesmo em seu símbolo máximo
– a Lua crescente. Esta fase corresponde ao atingimento do primeiro quarto da era de Peixes, sua
casa 4 simbólica, cujo sentido é o da fixação das bases emocionais e das raízes ancestrais da
civilização. O Islamismo cumpre bem este papel, indo resgatar elementos do judaísmo, do
cristianismo e dos cultos tribais para sintetizá-los numa religião simples e de grande impacto
popular. O Islamismo expandiu-se rapidamente movido, entre outros fatores, por um intenso
emocionalismo, que é um traço canceriano. Ao mesmo tempo, a Europa Ocidental assiste a
tentativa de consolidação dos reinos bárbaros que, passada a turbulência dos séculos anteriores,
iniciam um processo de fixação à terra e de delimitação de territórios.
Leão e casa 5: os grandes monarcas
O século VIII marca um momento de retomada da centralização política em torno da figura de
monarcas fortes que, desenvolvendo políticas imperialistas, consolidam o controle sobre vastos
territórios. No Ocidente, o Papa, como líder da cristandade, estabelece uma aliança com o reino dos
Francos, como forma de enfraquecer outros reinos bárbaros em que predominam tendências
heréticas. Desta aliança surgirá o império de Carlos Magno, tentativa de reconstituição do Império
Romano. No auge do poder, Carlos Magno faz-se coroar imperador pelo papa cujo nome já é uma
revelação: Leão III.
No Oriente, duas outras potências também estendem-se por enormes porções territoriais: o Império
Bizantino e o Califado de Bagdá, em plena fase de apogeu sob o governo de Harum-Al-Raschid.
Esta fase leonina, de centralização e estabilização, expressa também conteúdos de casa 5
(criatividade, auto-expressão) na retomada da produção cultural, que atinge níveis altamente
florescentes entre os árabes e manifesta-se na forma do “renascimento carolíngio” do Ocidente.
6
Idem.
10. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 10
Virgem e casa 6: o isolamento feudal
Após a morte de Carlos Magno, o império fragmenta-se em unidades menores. Para os novos reinos
da Europa é um momento difícil e caótico: piratas vikings, originários da Escandinávia, assolam
toda a costa do Atlântico em pequenos barcos, sobem pelos rios navegáveis e arrasam povoados e
plantações, espalhando o terror; os magiares, bárbaros oriundos das estepes asiáticas, atravessam as
estepes russas e ucranianas para desabar sobre a Europa Oriental; ao sul, são os muçulmanos que,
já instalados na Espanha desde 711, ocupam agora os pontos estratégicos do Mediterrâneo e
reduzem drasticamente as possibilidades de comércio marítimo entre povos cristãos. A ação
conjugada de vikings, muçulmanos e magiares paralisa a Europa e obriga à adoção de uma estrutura
social militarizada, onde a preocupação defensiva organiza as populações em comunidades
estanques e auto-suficientes.
Surgem o Sacro Império Romano Germânico, raiz da futura Alemanha, e o reino da França. Os
séculos X e XI representam o apogeu do feudalismo. A virada do milênio encontra uma Europa
agrária, compartimentada em unidades políticas e econômicas descentralizadas, que funcionavam
na prática como pequenos Estados independentes. Em 1066, os normandos (descendentes dos
vikings que se estabeleceram na costa francesa e assimilaram a cultura dos francos) invadem as
Ilhas Britânicas e instauram uma nova dinastia. É a origem da Inglaterra moderna.
Outro fato importante que marca essa época é a definitiva cisão, em 1054, entre as igrejas de Roma,
chefiada pelo papa, e de Bizâncio, chefiada pelo patriarca de Constantinopla. É o Grande Cisma
(cisão), que dividirá, daí em diante, a cristandade em dois blocos: católicos na Europa Ocidental e
ortodoxos na Europa Oriental.
Por outro lado, desencadeia-se nos séculos X e XI um processo de aperfeiçoamento das técnicas
agrícolas que resulta no aumento gradativo da produtividade e na geração de excedentes para o
comércio. É desse movimento que virá, já na fase Libra, o renascimento comercial e urbano da
Europa, a partir da segunda metade do século XI.
A fragmentação de impérios em reinos menores, a acentuação das diferenças étnicas, políticas e
religiosas, os lentos mas seguros avanços no campo material, tudo isso remete a Virgem, signo da
discriminação e da fragmentação do todo em partes. Outro sentido virginiano está presente no
apogeu cultural da civilização muçulmana, que assume as tarefas de revisão, filtragem e repasse do
patrimônio cultural clássico (rever, filtrar e aperfeiçoar são funções de Virgem).
Libra e casa 7: a cristandade em armas
Com os aperfeiçoamentos tecnológicos iniciados na fase anterior, a Europa entra numa fase de
maior prosperidade, caracterizando um renascimento comercial e urbano a partir das últimas
décadas do século XI. A chegada de uma nova ameaça à cristandande é representada pelos turcos
vindos da Ásia Central que, após converterem-se ao Islamismo, apoderam-se aos poucos das
principais fontes de produção e vias de comércio do Oriente Médio. A tomada de Jerusalém pelos
turcos soa como o sinal de alerta para a cristandade e como pretexto para que o papado e as
lideranças feudais desviem a população excedente da Europa para um grande esforço bélico
multinacional: as cruzadas. É o conflito de duas grandes correntes civilizatórias, a cristã e a
islâmica, caracterizando todo o período com um claro toque libriano e de casa 7. É o confronto com
a alteridade, com todas o seu leque de possibilidades: acordo, compromisso ou guerra.
O auge do movimento cruzadista estendeu-se de 1099, quando a primeira cruzada conquista
Jerusalém, a 1204, quando a quarta cruzada, desviada para Constantinopla por interesses
comerciais, forma um efêmero império latino em território de Bizâncio.
11. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 11
É uma época contraditória: ao mesmo tempo em que existe fanatismo religioso e guerra permanente
contra os infiéis, existe também um intenso movimento de troca entre as duas civilizações em
conflito. Desta troca resultará a reintrodução da cultura clássica no Ocidente, que fora preservada
pelos árabes, assim como o progressivo incremento do consumo de artigos de luxo, especialmente
de tecidos. A vida urbana ganha terreno e refina-se aos poucos, em contraste com o dura
austeridade dos séculos anteriores. Tudo isso reflete conteúdos de Libra: a era chega a seu ponto
intermediário – a oposição – e a civilização cristã caminha para a sofisticação e para a crescente
complexidade dos séculos seguintes.
Escorpião e casa 8: a hora da peste
Em meados do século XIV, a Europa sofre a maior de suas crises, desde o advento da era cristã. O
inimigo maior, desta vez, não é o guerreiro bárbaro, mas um bacilo invisível e insidioso, que chega
ao continente no aparelho digestivo dos ratos de navio. Não é difícil perceber na Peste Negra um
forte conteúdo de Escorpião e de casa 8. É o sombrio véu da morte que desaba sobre a Europa,
dizimando um terço de sua população. Paralelamente, uma ameaça mais palpável muda os rumos da
história na Ásia, com reflexos sobre a Europa: é o auge da expansão das hordas mongólicas e turco-
tártaras para o Ocidente. As ricas civilizações bizantina e árabe-persa sofrem com a chegada dos
guerreiros bárbaros de Tamerlão que, vindos das profundezas das estepes asiáticas, espalham o
terror, arrasam Bagdá e põem em cheque a sobrevivência bizantina. A civilização ocidental passa,
neste período, por um aparente retrocesso, para voltar a expandir-se mais adiante, em busca de
novos horizontes.
Sagitário e casa 9: expansão e fé
O período da expansão marítima européia tem um evidente sentido sagitariano. É uma ampliação
de fronteiras culturais e econômicas que se dá pela via oceânica, caracterizando claramente o
sentido da fase sagitariana da era de Peixes.
As décadas que marcaram mais fortemente este período são as que vão de 1488 – chegada de
Bartolomeu Dias ao cabo das Tormentas, no extremo sul da África – à primeira viagem a dar a
volta à Terra por mar, por Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522. Entre uma e outra, a chegada
de Colombo à América, em 1492, e de Vasco da Gama às Índias por mar, em 1498.
Nesta mesma fase, ocorre também a Reforma Protestante, iniciada por Lutero e aprofundada por
Calvino. Enquanto navegantes e piratas exploram os mais longínquos oceanos, a Europa mergulha
em sangrentas guerras de religião. Não é preciso lembrar que tanto as longas viagens quanto a
religião organizada são assuntos de Sagitário e de casa 9.
Capricórnio e casa 10: a hora do poder
A fase Capricórnio teria de estar ligada a valores deste signo: hierarquia, materialismo,
fortalecimento das estruturas de poder, conservadorismo. É a fase do máximo fortalecimento das
monarquias européias na forma dos regimes absolutistas. E é também a fase em que a Europa
começa a libertar-se do jugo restritivo da Igreja e a desenvolver visões filosóficas e teorias
científicas que vão de encontro à visão teológica até então vigente. O século XVII é o século do
empirismo, da lei da gravidade, do desenvolvimento da mecânica e dos modelos matemáticos do
universo.
12. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 12
O longo reinado de Luís XIV, na França, é o fenômeno político mais acabado do regime
absolutista. A famosa frase atribuída a Luís XIV – “Après moi, le déluge” (Depois de mim, o
dilúvio) – parece esconder uma profecia de base astrológica: efetivamente, depois de Capricórnio
vem Aquário, o signo do Aguadeiro.
Aquário e casa 11: as luzes da ciência
Não é difícil perceber uma forte conotação aquariana e de seu regente moderno, Urano, nos
processos políticos e econômicos que transformaram a face da Europa no final do século XVIII: a
Revolução Francesa, com seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade (todos conceitos
aquarianos) e a Revolução Industrial. O século XIX e o início do século XX carregam também o
toque aquariano no movimento expansionista do capitalismo industrial, no enorme impulso
tecnológico e na elevação da ciência quase à categoria de uma nova religião. É a época da máquina
a vapor, da descoberta da eletricidade, do trem de ferro, da microbiologia, da invenção do
automóvel. Surgem os meios de comunicação à distância, como o telégrafo, o rádio e o telefone.
Uma verdadeira revolução urbanística começa a substituir cidades ainda de aspecto medieval por
metrópoles modernas, de avenidas largas e arejadas. Paris dá o exemplo, no reinado de Napoleão
III, e assume o aspecto que preserva até hoje. Nos novos países do Ocidente, como os Estados
Unidos, desenvolve-se uma sociedade cujos valores favorecem a livre iniciativa e a liberdade de
expressão. As cidades americanas assumem um aspecto futurista, com seus arranha-céus. Na
Europa Oriental, a Rússia inaugura a experiência de um regime que se propõe a socializar em bases
equitativas os frutos da produção.
A expectativa quase ingênua de que a ciência e o desenvolvimento tecnológico criariam condições
para a paz e a prosperidade é subitamente posta em cheque com o barbarismo da primeira guerra
mundial e com os acontecimentos da década de trinta. O capitalismo entra em crise. O desemprego
e a desesperança abrem as portas para regimes totalitários na Alemanha e em outros países. Surge
outra vez a figura do líder forte e providencial – um arquétipo de Leão, signo complementar a
Aquário. E surge, com as bombas de Hiroshima e Nagasaki, a possibilidade concreta da extinção da
raça humana.
O conceito aquariano de fraternidade preside a criação de organismos internacionais de ajuda
mútua e de preservação da paz mundial: a Liga das Nações, a ONU, a Organização Mundial da
Saúde, a Unesco etc. Por outro lado, jamais tão poucas potências acumulam tanto poder de fogo
quanto neste período. Contudo, o que prevalece é o enfrentamento estratégico através da chamada
Guerra Fria (Aquário). A impessoalidade começa a ser um problema definido nas relações
humanas e nas relações entre governos e populações.
Peixes e casa 12: as lições não aprendidas
A última fase de uma era guarda correlação com a casa 12, aquela que simboliza a necessidade do
confronto com os conteúdos das casas anteriores, com vistas a uma nova síntese e a um novo
recomeço. Sendo a fase pisciana de uma era pisciana, o paradigma civilizatório instituído na fase de
casa 1 está aqui enfatizado, pela dupla ênfase em Peixes. Os esqueletos guardados no armário
tendem a reaparecer e a provocar mal estar. É a hora de resolver pendências milenares.
Toda a era de Peixes foi uma longa trajetória de ascensão da civilização ocidental em busca da
hegemonia mundial. Houve momentos de crise e de aparente retrocesso, especialmente na
passagem pelas casas que limitam o Fundo do Céu – a 3 e a 4 – e naquelas tradicionalmente
associadas a processos críticos, a 6 e a 8 (que simbolicamente estão em quincúncio com o
Ascendente da era). E houve um claro momento de expansão e de apogeu, na passagem pelas casas
13. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 13
9, 10 e 11. De qualquer forma, é natural que o final da era – sua fase de casa 12 – traga de volta
problemas relacionados ao mau uso das energias corporificadas nos signos e casas anteriores.
A civilização ocidental tem seu fundamento na generosidade dos preceitos cristãos e na
universalidade de suas propostas. Contudo, o “Amai-vos uns aos outros” do primeiro momento
traduziu-se na deturpação de uma religião que acobertou todas as formas de beligerância,
intolerância e discriminação. A possibilidade de uma síntese entre os valores do Ocidente e do
Oriente colocou-se na fase de Libra e casa 7, durante as cruzadas. A cristandade optou pela
tentativa de aniquilação do “diferente”, visto como infiel e inimigo. A possibilidade de utilizar a
concentração de recursos e poderes em prol de um grande projeto de disseminação de um novo
paradigma de civilização colocou-se duas vezes, nas duas passagens pelos signos do eixo casa 5 -
casa 11. Em ambas, as luzes do progresso foram postas a serviço de formidáveis máquinas de
destruição e drenagem de riquezas para alimentar as elites hegemônicas. Nas duas ocasiões, a
oportunidade foi desperdiçada pelos francos, a primeira com Carlos Magno, a segunda, com
Napoleão Bonaparte.
Na fase Sagitário/casa 9, a civilização ocidental teve a oportunidade única de expandir seus
horizontes de fé e de conhecimentos para continentes inteiros até então desconhecidos. Com raras
exceções, o que prevaleceu foi a submissão forçada e o massacre metódico dos nativos, sob o
pretexto da salvação de suas almas.
A fase de casa 12 da era de Peixes pode ser identificada nos movimentos que começam a minar e a
ameaçar a hegemonia da civilização ocidental. Um marco notável foi a guerra do Vietnam, quando
os Estados Unidos experimentaram seu primeiro grande revés no papel de “polícia mundial”. Outro
delimitador foi a eclosão do terrorismo islâmico durante as Olimpíadas de Munique, em 1972. As
figuras encapuzadas dos membros do movimento Setembro Negro são pura casa 12: os inimigos
abertos da fase de casa 7 (cruzadas) tornam-se, modernamente, os inimigos ocultos que podem agir
a qualquer momento em pleno território ocidental. Ainda nos anos sessenta, o movimento hippie, as
manifestações pacifistas e de integração racial nos Estados Unidos e as revoltas estudantis por toda
parte começam a dar voz a uma inquietação latente sobre os rumos do “sistema”. Não é ainda a era
de Aquário: é o ocaso da era de Peixes, com toda sua carga de desencanto, dúvidas e perplexidade.
1973 marca a união dos produtores de petróleo – povos islâmicos, na maioria – para colocar contra
a parede os países industrializados do Ocidente, maiores consumidores do produto. 1979 é o ano do
renascimento do fundamentalismo islâmico, consubstanciado na tomada do poder pelos xiítas
iranianos.
Até a década de cinqüenta, o mundo ainda parecia em ordem. Apesar de toda a barbárie das duas
guerras mundiais, o Ocidente ainda era o dono do planeta. É nas décadas de sessenta e setenta que a
falência da civilização ocidental começa a prenunciar-se, de forma lenta, insidiosa e inexorável.
Conflitos históricos que se acreditavam absolutamente superados voltam à cena. Velhos ódios
étnicos e religiosos explodem outra vez, como se todos os ressentimentos acumulados ao longo da
era tivessem subitamente vindo à tona. As guerras civis de fundo étnico na Bósnia, no Kossovo, na
Chechênia e em outras regiões da Europa Oriental parecem o eco de velhas batalhas medievais,
mas não são apenas um anacronismo: são também uma recapitulação.
14. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 14
Teste de Verificação
1 – Além de epidemias como a Peste Negra, a oitava fase da era de Peixes caracteriza-se pelo início
de um processo de nítida conotação Escorpião/casa 8. Estamos falando:
a) das Cruzadas contra povos islâmicos.
b) do início do movimento artístico e cultural conhecido como Renascimento.
c) das Grandes Navegações, que ampliam os horizontes comerciais e culturais da civilização
européia.
d) do Feudalismo, com sua característica ênfase na atividade agrícola e na dependência do
homem à terra.
2 – Assinale a alternativa onde não há correspondência entre o processo histórico e a fase da era de
Peixes:
a) Absolutismo monárquico – fase casa 10/Capricórnio.
b) Invasões, grandes migrações e fragmentação cultural, política e linguística do antigo
Império Romano – fase casa 3/Gêmeos.
c) Surgimento dos processos históricos que definem a “cara” da era de Peixes: o Império
Romano e o Cristianismo – fase casa 1/Áries.
d) Grande desenvolvimento industrial e tecnológico, paralelamente ao desenvolvimento de
uma atitude científica diante do conhecimento – fase casa 6/Virgem.
3 – Alguns personagens históricos parecem simbolizar especialmente o sentido de cada fase da era
de Peixes. Aponte a única alternativa em que os personagens não parecem ser uma boa escolha
para representar o espírito da fase relacionada:
a) Martinho Lutero, Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio – fase Capricórnio/casa 10.
b) Einstein, Pasteur e Oswaldo Cruz – fase Aquário/casa 11.
c) Osama bin Laden, “Chacal”, guerrilheiros da FARC e do IRA – fase Peixes/casa 12.
d) Luís XIV, Marquês de Pombal, Maurício de Nassau – fase Capricórnio/casa 10.
4 – Da leitura desta lição, depreende-se que:
a) Existe absoluta concordância em torno das datas de transição da era de Peixes para a era de
Aquário.
b) As eras astrológicas são decorrentes do movimento de precessão dos equinócios, que altera
gradativamente o ponto vernal.
c) Ponto vernal é o ponto inicial da constelação de Áries.
d) O movimento precessional explica porque, ao longo dos milênios, a passagem do Sol por
determinadas constelações acontece sempre nas mesmas estações do ano.
5 – Aponte a única opção abaixo que se relaciona com a era de Touro:
a) Introdução em larga escala de armas de ferro e supremacia dos povos que dominam a
tecnologia de sua produção.
b) Surgimento de grandes impérios agrários, dependentes do controle das águas dos rios e da
irrigação.
c) Deslocamento do eixo do poder da Mesopotâmia para a região do Mediterrâneo.
d) Desenvolvimento de grandes religiões monoteístas.
15. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 1 – 15
6 – A partir da leitura desta lição, fica claro que um dos momentos de maior retraimento da
civilização ocidental durante a era de Peixes aconteceu na fase:
a) Touro ou casa 2.
b) Virgem ou casa 6.
c) Sagitário ou casa 9.
d) Peixes ou casa 12.
7 – Aponte a associação errada:
a) Império de Carlos Magno – fase Leão da era de Peixes.
b) Iluminismo (Rousseau, Voltaire, Diderot etc.) – fase Aquário da era de Peixes.
c) Formação do Islamismo – fase Escorpião da era de Peixes.
d) Materialismo e progressivo afastamento entre o Estado e a religião – fase Capricórnio da
era de Peixes.
8 – Para utilizar um conceito muito comum em Astrologia Psicológica, cada fase da era de Peixes,
além de afirmar as características de um signo e de sua casa correspondente, ainda traz a “sombra”,
ou a manifestação negativa, do signo e da casa opostos. A propósito, aponte a única opção que não
relaciona corretamente um exemplo dessa manifestação negativa da polaridade:
a) Líderes autocráticos, agressivos e expansionistas, como Napoleão Bonaparte, Stálin ou
Hitler, manifestam a “sombra” leonina da fase Aquário da era de Peixes.
b) A violência dos combates nas Cruzadas e a brutalidade das invasões, em contraste com o
código de honra de cavalaria, expressam a “sombra” ariana da fase Libra da era de Peixes.
c) A economia de subsistência típica do período feudal, associada aos pequenos avanços
tecnológicos que permitiram progressivos ganhos de produtividade, expressa a “sombra”
pisciana da fase Virgem da era de Peixes.
d) O extremado nacionalismo que opôs com freqüência franceses, espanhóis, portugueses,
ingleses e holandeses durante o século XVII expressa uma das facetas da “sombra”
canceriana da fase Capricórnio da era de Peixes.
16. CURSO DE FORMAÇÃO EM ASTROLOGIA
ASTROLETIVA – Terra do Juremá Comunicação Ltda.
Nível: Especialização – Curso: Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição: 2
Texto: Fernando Fernandes
Uma periodização possível da era de Peixes
Com base nas correlações apresentadas nos capítulos anteriores, pode-se tentar agora uma fixação
aproximada dos limites da era de Peixes e de cada uma de suas fases. Tomando como base um ciclo
precessional de 25.974 anos, teríamos cada era com uma duração de 2.149,5 anos, e cada fase com
uma duração de 179,125 anos. Se contarmos o ano de 7 a.C. (provável nascimento de Cristo) como
ponto de partida da era de Peixes, o quadro de sucessão das fases seria o seguinte, incluindo as
últimas fases da era de Áries:
ACONTECIMENTO-CHAVE (OCIDENTE) ERA FASE INÍCIO
Apogeu da cultura grega Áries Capricórnio 544 a.C.
Formação do império de Alexandre, o Grande Aquário 365 a.C
Reinos Helenísticos/Expansão Romana Peixes 186 a.C
Cristianismo/Império Romano Peixes Áries 7 a.C.
Estruturação da igreja cristã Touro 173
Invasões bárbaras/Divisão do Império Romano Gêmeos 352
Surgimento do Islamismo Câncer 531
Império de Carlos Magno Leão 711
Apogeu do Feudalismo Virgem 890
Cruzadas Libra 1069
Peste Negra: redução da população européia Escorpião 1248
Grandes Navegações e Reforma Protestante Sagitário 1427
Absolutismo Capricórnio 1606
Revoluções Francesa e Industrial Aquário 1785
A civilização ocidental sob pressão Peixes 1964
? Aquário Áries 2144
Verifica-se que a maioria dos limites de datas corresponde ao simbolismo que identificamos nos
capítulos anteriores. Contudo, não temos a pretensão de considerar o quadro como definitivo, já
que esta é apenas uma das delimitações possíveis. Algumas observações fazem-se ainda
necessárias:
a) Nem todas as civilizações reagem da mesma forma e com a mesma rapidez ao
simbolismo da era e de suas diversas fases. A ressonância parece ser maior naquelas
culturas mais afinadas com as novas tendências e que, por isso mesmo, tendem a exercer
um papel hegemônico nos campos político ou cultural.
b) Este é um modelo que considera apenas o ponto de vista da Europa e do Oriente Médio.
Sua adoção deve-se à caracterização da era de Peixes como a era européia e ocidental por
excelência. Este fato, aliás, só se torna evidente a partir do último quarto da era, já que,
17. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 2
durante o primeiro milênio, alguns dos maiores focos de civilização estiveram no Oriente,
especialmente na Índia e na China.
c) O simbolismo de cada fase parece não esgotar-se em seus limites de tempo. Conteúdos
de cada fase são antecipados nas fases anteriores e sobrevivem nas fases seguintes. Estamos
falando aqui de traços dominantes, e não de uma caracterização fechada e excludente.
Mesmo com todos estes cuidados, não há como não observar que este modelo descreve com
adequada precisão a trajetória da civilização ocidental, do seu nascimento à crise que vivemos hoje.
É uma abordagem especulativa, mas perfeitamente factível.
A era de Peixes e o mapa simbólico da Terra
Outra forma de operacionalizar o conceito de era astrológica é considerar que o signo que
corresponde ao ponto vernal no zodíaco sideral determina o Ascendente simbólico da Terra, a partir
do qual é possível traçar um mapa igualmente simbólico: uma estrutura vazia em que a seqüência
dos signos zodiacais é correlacionada com as doze casas, explicitando uma forma particular de
condução dos assuntos mundanos. De acordo com este raciocínio, se Peixes está na casa 1 da era
atual, Áries estará na cúspide da casa 2, e assim por diante.1
Este esquema lança luz sobre algumas
tendências gerais válidas para um período de mais de dois milênios, além de apresentar outros usos
quando conjugado aos ciclos de planetas exteriores, como veremos mais adiante.
Áries na casa 2 da era de Peixes mostra um padrão marciano de aquisição e conservação de
recursos, assim como de formação dos valores coletivos e do trato com os bens materiais. Nesta
área, sempre predominou a competição – e não raro a guerra de conquista e de pilhagem – como
forma de ampliação da riqueza.
Touro na casa 3 fala da dependência dos processos de comunicação aos suportes materiais: a
qualidade da comunicação e do ensino dependerá, em grande parte, da qualidade dos recursos
físicos disponíveis. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a introdução do papel, mais barato que
o pergaminho, e da imprensa de Gutenberg, avanços materiais que tiveram profundas
conseqüências na vida cultural da Europa.
Apenas agora, na fase final da era atual e já no limiar da era de Aquário, o suporte da comunicação
começa a desmaterializar-se, como indicado pelo uso intensivo da eletricidade, de ondas de variada
espécie (o raio laser, por exemplo) e pela popularização da informática (Áries na casa 3 da era de
Aquário). Contudo, tal transformação é ainda limitada pelo fator econômico: o uso de recursos
como a Internet ainda depende da disponibilidade financeira para a aquisição de equipamentos,
sendo um reflexo natural disso o fato de que as populações carentes do terceiro mundo ainda
encontram-se à margem da aldeia global.
Gêmeos na casa 4 fala da pluralidade das origens étnicas e culturais das grandes civilizações da
era de Peixes. O próprio Cristianismo, seu marco fundador, já incorporou desde os primeiros
tempos elementos das culturas grega, judaica e romana, constituindo-se como religião de síntese.
Minorias étnicas e linguísticas foram e continuam sendo um problema da maior importância na
política interna da maioria dos Estados, da mesma forma como o sentido de pertencimento a uma
comunidade é determinado, em grande parte, pela língua. Como exemplos atuais, veja-se o caso da
Espanha, onde as minorias da Catalunha e das províncias bascas lutam ainda pela preservação do
1
Um astrólogo brasileiro que usa com freqüência tal esquema de raciocínio, sempre com resultados muito
pertinentes, é Antonio Carlos Siqueira Harres, o Bola.
18. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 3
dialeto e da cultura regional, e de Timor Leste, onde o governo indonésio tentou extirpar de todas
as formas a preservação da língua portuguesa, vista como um elemento de rebeldia.
Câncer na casa 5 corresponde ao princípio da fecundidade aplicado a dois assuntos desta casa: a
taxa de natalidade (a população da Terra nunca foi tão grande quanto nesta era, nem teve um
incremento tão rápido) e a exuberância da produção artística, um dos poucos saldos realmente
positivos da era de Peixes.
Leão na casa 6 indica, entre outras possibilidades, que os maiores avanços técnicos na área da
produção teriam relação com o elemento Fogo: as armas de combate, a máquina a vapor, o motor a
explosão. Mostra também a valorização das atividades produtivas de sentido análogo ao do signo,
especialmente a da produção dos artigos de luxo voltados para o consumo das classes dominantes.
Significa ainda as condições leoninas impostas ao trabalhador ao longo da era, obrigando-o ao
trabalho escravo ou servil em benefício de poucos.
Virgem na casa 7 expressa uma atitude seletiva e discriminatória frente à alteridade. Esta foi a
postura que predominou na Europa ao longo de toda a era, mudando apenas o rótulo atribuído ao
diferente: herege, pagão, infiel, bárbaro, gentio (aplicado aos nativos da América) e assim por
diante. O resultado foi a ausência de disposição integrativa, que levou a um relacionamento entre
desiguais sempre marcado pelo confronto.
Libra na casa 8 pode simbolizar a complexidade e a subordinação a princípios teóricos e jurídicos
que a administração financeira e tributária assumiu ao longo da era, assim como a sofisticação
crescente das práticas bancárias, especialmente a partir do final da Idade Média. A casa 8 é aquela
das relações econômicas compartilhadas, um tema que já vinha sendo objeto de regulação desde o
Direito Romano, e que ganharia especial importância com os teóricos do mercantilismo e,
posteriormente, do liberalismo. No último quarto da era, torna-se cada vez mais evidente a
tendência para o planejamento (Libra) da economia (casa 2-casa 8).
Escorpião na casa 9 mostra a religião como fonte de controle social e manipulação de
consciências. Exprime também o profundo emocionalismo e radicalismo que caracterizou as
questões ideológicas ao longo de toda a era, como nas cruzadas ou nas jihads (guerras santas)
muçulmanas: é a era do “crê ou morre”.
Sagitário na casa 10 mostra a permanente vinculação entre a religião organizada e o poder
temporal, consubstanciada, por exemplo, na teoria do direito divino dos reis e na instituição do
papado como uma potência não apenas espiritual, mas também de ordem político-econômica.
Capricórnio na casa 11 expressa valores de hierarquia no mundo social: a predominância durante
quase toda a era de uma sociedade rigidamente estruturada em classes e de uma ideologia que
reforça tal estratificação. Capricórnio na 11 relaciona-se também com os clubes e sociedades
fechadas, voltados prioritariamente para objetivos políticos: os templários, a Ordem de Cristo, a
Maçonaria dos séculos XVIII e XIX etc.
Aquário na casa 12 associa valores de independência intelectual e de exclusão social. Na era de
Peixes, pensar com a própria cabeça sempre foi um exercício perigoso, punido com a prisão, o
exílio, a tortura e a morte. Concepções heterodoxas sempre foram consideradas subversivas, e seus
autores, perseguidos até o aniquilamento. A maioria dos grandes pensadores dos últimos dois
milênios teve de sofrer por suas idéias, enfrentando desde a simples censura até as fogueiras da
intolerância. Um poeta carioca, Rubem Obelar, escreveu nos anos 70 uma letra de música que, ao
referir-se à censura que então amordaçava a intelectualidade brasileira, poderia servir para
descrever toda a complicada relação entre Aquário e casa 12 na era de Peixes:
19. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 4
Boca pra reclamar
sempre teve mordaça a calar.
Mãos soltas,
algemas pra algemar.
Gargantas,
cordas pra enforcar.
Gente consciente,
lugar fechado a esperar.
2
Apenas por curiosidade, podemos perceber alguns sintomas da chegada da era de Aquário em
algumas mudanças que já se fazem sentir no tratamento de questões regidas por determinadas
casas. Por exemplo: Peixes na 2 da era de Aquário deverá indicar uma preocupação maior com o
sentido social da riqueza, assim como com a interdependência da economia mundial. Câncer na
casa 6 já se delineia na tendência cada vez maior ao trabalho doméstico (o escritório confundindo-
se com a própria residência) e, mais adiante, deverá traduzir-se por uma valorização do trabalho no
setor agrícola e de transformação de alimentos. Libra na 9 pode sinalizar o advento de uma era de
maior tolerância religiosa, enquanto Gêmeos na 5 trará, certamente, uma revolução nos métodos de
ensino básico. Mas tais considerações estão no terreno da especulação. Cumpre agora analisar o
outro uso que podemos fazer deste mapa simbólico da era: a de servir como uma estrutura de casas
para a análise dos ciclos dos planetas exteriores.
As casas da era contextualizando ciclos de planetas exteriores
Os ciclos de planetas exteriores têm seu ponto de partida nas conjunções Urano-Netuno, Urano-
Plutão e Netuno-Plutão. Tais conjunções, na medida em que são fenômenos relativamente raros,
dão a tônica de todo o período que se estende até a conjunção seguinte, o que evidencia a
importância do signo em que a conjunção ocorre e de seu planeta regente. Tomando o mapa
simbólico da era de Peixes, em que este signo ocuparia o Ascendente, podemos contextualizar
todos os ciclos de planetas exteriores não apenas em função do signo em que ocorrem, mas também
da casa que ativam no mapa simbólico da Terra. Não estamos levando em conta, naturalmente, que
o Ascendente se desloca ao longo da era, percorrendo os trinta graus do signo em movimento
retrógrado. Para todos os efeitos, tomamos como hipótese de raciocício o conceito de casa = signo,
ou seja, casas iguais cujas cúspides correspondem ao grau inicial do signo.
Com isso, é possível montar um quadro em que se sucedem os ciclos e as fases da era, como um
relógio cósmico que acompanha e delimita períodos da história humana. Sobre este quadro, cabem
algumas observações preliminares:
A periodização da era de Peixes em fases, apesar de analogicamente correta (todo ciclo pode ser
dividido em doze etapas, em correspondência com os doze signos e as doze casas), não apresenta
absoluta precisão nas datas que marcam o início de cada fase. É um esquema especulativo, que
pode sofrer algumas correções para mais ou para menos. Contudo, como a mudança de tônica de
uma fase a outra não se dá de chofre, mas sim de forma gradativa, a periodização é válida, servindo
os anos indicados no quadro apenas como um referencial aproximado.
Na contextualização de cada ciclo (exemplo: Netuno-Urano em Peixes na 1), a referência ao signo
é um dado objetivo (efetivamente, a conjunção deu-se em Peixes, pelo zodíaco tropical), mas a
referência à casa é simbólica, conforme explicado no início deste capítulo.
2
Lugar Fechado, letra de Rubem Obelar publicada no boletim mimeografado Garra Suburbana, Rio de
Janeiro, 1976.
20. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 5
Como os diversos ciclos têm durações diferentes e iniciam-se em datas diferentes, qualquer
momento histórico pode ser referenciado a um conjunto de ciclos, como no caso da convocação da
Primeira Cruzada, em 1095: basicamente, trata-se de um acontecimento vinculado ao ciclo Urano-
Plutão em Áries iniciado apenas cinco anos antes, mas é também um processo que ocorre na
vigência de um ciclo Urano-Netuno em Virgem e de um ciclo Netuno-Plutão em Touro, além de
estar contido na fase Libra da era de Peixes. O sentido deste quatro ciclos, tomados em conjunto,
cria um quadro complexo de significadores astrológicos, que dão a tonalidade única daquele
momento.
É importante observar também que cada ciclo tem uma área de aplicação específica, que depende
de sua duração e dos planetas envolvidos. Resumidamente, poderíamos dizer que os ciclos Netuno-
Plutão delimitam grandes mudanças na esfera cultural aproximadamente a cada dois milênios; os
ciclos Urano-Plutão aceleram a introdução de inovações tecnológicas e político-sociais,
caracterizando períodos de turbulência e mudanças bruscas; os ciclos Urano-Netuno, finalmente,
reforçam o sentido geral das fases da era de Peixes, quando caem no mesmo signo, ou servem-lhes
de contraponto, quando caem em signos diferentes. Na medida em que dissolvem ou abalam
estruturas do ciclo anterior, têm o papel de abrir caminhos para mudanças, se bem que nem sempre
de forma tão ostensiva quanto nos encontros Urano-Plutão.
Um resumo das fases da era de Peixes e dos ciclos:
da Idade Média aos nossos dias
No quadro que apresentamos a seguir, estão resumidos os principais eventos astrológicos que
demarcam a história européia a partir da Idade Média. Muitos destes ciclos serão explorados em
detalhes nos próximos capítulos. A coluna à esquerda indica o ano de ocorrência da primeira
conjunção do ciclo ou de início de cada fase da era. A coluna central mostra acontecimentos da
história européia ou com ela conectados ocorridos nas proximidades do início de cada ciclo (os
acontecimentos muito próximos estão indicados em negrito). A coluna da direita identifica o ciclo
de planetas exteriores ou fase da era de Peixes.
ANO OCORRÊNCIAS PRÓXIMAS CICLO
711 Mouros invadem a Península Ibérica (711) Início da fase Leão
794 Coroação de Carlos Magno (800) Ura-Net em Virgem na 7
837 Divisão do Império Carolíngio (843)
Auge das invasões vikings na Europa (meados do século)
Ura-Plu em Peixes na 1
890 Fim definitivo do Império Carolíngio (887) Início da fase Virgem
905 Fundação da Abadia de Cluny (910) Net-Plu em Touro na 3
947 Fixação dos traços mais típicos do feudalismo (meados do
século)
Ura-Plu em Câncer na 5
965 Otão I restaura o “Império Sagrado” (962)
Fundação do reino da França (987)
Ura-Net em Virgem na 7
1069 Separação entre igrejas católica e ortodoxa (Cisma – 1054)
Normandos invadem a Inglaterra (1066)
Início da fase Libra
1090 Urbano II convoca a primeira Cruzada (1095)
Cruzados criam um reino latino em Jerusalém (1099)
Ura-Plu em Áries na 2
1136 Fundação da Ordem dos Templários (1128)
Independência de Portugal (1139)
Desenvolvimento do estilo gótico na Europa (segunda metade
do século) e literatura trovadoresca.
Ura-Net em Libra na 8
1201 João Sem-Terra (1199-1215) em conflito com a nobreza feudal.
IV Cruzada: conquista de Bizâncio pelos latinos (1204)
Estruturação da Santa Inquisição e combate às heresias (todo o
século, especialmente as primeiras décadas)
Ura-Plu em Câncer na 5
21. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 6
1248 Apogeu do estilo gótico Início da fase Escorpião
1307 Cativeiro de Avignon – submissão do papado à França
(1305)
Prisão, julgamento e execução dos Templários (1307-14)
Criação da Ordem de Cristo em Portugal (1319)
Ura-Net em Escorpião na 9
1344 Início da Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
Auge da Peste Negra na Europa (1348-50)
Ura-Plu em Áries na 2
1398 Dinastia de Avis no poder em Portugal (1383-85)
Hordas de Tamerlão invadem a Índia (1398)
Tamerlão derrota os turcos na Ásia Menor (14
Conquista de Ceuta pelos portugueses (1415)
Net-Plu em Gêmeos na 4
1427 Infante D. Henrique instala-se em Sagres (1419)
Portugueses descobrem os Açores (1427)
Portugueses exploram a costa da África Negra (1436 em
diante)
Início da fase Sagitário
1455 Imprensa de Gutenberg (1450)
Fim da Guerra dos Cem Anos (1453)
Tomada de Constantinopla pelos turcos (1453)
Bula do Papa Nicolau V sobre o domínio dos mares (1455)
Ura-Plu em Leão na 6
1478 Primeiro auto de fé da Inquisição espanhola (1481)
Guerra das Duas Rosas na Inglaterra
Unificação espanhola e expulsão de mouros e judeus (1492)
Descobrimento da América (1492)
Vasco da Gama chega às Índias por mar (1498)
Descobrimento do Brasil (1500)
Início da Reforma Luterana (1517)
Ura-Net em Sagitário na 10
1597 Derrota da Invencível Armada e início da decadência espanhola
(1588)
Pacificação religiosa na França (Edito de Nantes, 1598) e início
da dinastia dos Bourbon
Consolidação de regimes absolutistas
Ura-Plu em Áries na 2
1606 Don Quijote de La Mancha, de Cervantes (1605)
Apogeu do estilo barroco
Bases da ciência moderna (racionalismo)
Início da fase Capricórnio
1650 Restauração portuguesa: dinastia de Bragança (1640)
Frondas: últimas revoltas feudais contra o absolutismo
francês (1650)
Ditadura de Cromwell na Inglaterra (1649-1660)
Inglaterra derrota e supera a Holanda
Ocupação holandesa no nordeste brasileiro (1630-1654)
Ura-Net em Sagitário na 10
1710 Descoberta do ouro em Minas Gerais (1693-95)
Guerra dos Emboabas em Minas Gerais (1708-1709)
Guerra dos Mascates em Pernambuco (1710)
Invasões francesas no Rio de Janeiro (1710-11)
Guerra da Sucessão da Espanha (1701-1713)
Ura-Plu em Leão na 6
1785 Independência dos Estados Unidos (1776)
Início Revolução Francesa (1789)
Conjuração Mineira (1789)
Início da fase Aquário
1821 Reação conservadora na Europa após o Congresso de Viena
(1815)
Independência da América espanhola
Independência do Brasil (1822)
Ura-Net
em Capricórnio na 11
1850 Proibição do tráfico negreiro no Brasil (1850)
Imperialismo europeu na África, China e Japão
Ura-Plu em Áries na 2
1892 Surgimento do cinema e das histórias em quadrinhos (1894-
95)
Primeira Guerra Mundial (1914-18)
Net-Plu em Gêmeos na 4
22. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 7
1964 Fim dos impérios coloniais europeus na África (fim anos 50-
início anos 60)
Assassinato de Kennedy (1963)
Explosão da Beatlemania (1963)
Golpe militar no Brasil (1964)
Início da fase Peixes
1966 Conflitos estudantis e étnicos na Europa, EUA, México e
Brasil (1968)
Chegada do homem à Lua (1969)
Ditaduras em vários países latino-americanos (início anos 70)
Ura-Plu em Virgem na 7
1993 Glasnost e Perestroika na União Soviética (fim dos anos 80)
Fim da União Soviética e do bloco socialista
Globalização de mercados
Popularização da Internet
Ura-Net
em Capricórnio na 11
2144 Início da fase Áries
2165 Ura-Net em Aquário na 12
23. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 8
As conjunções Netuno-Plutão
De todos os ciclos planetários, aquele de maior duração no tempo é o ciclo Netuno-Plutão, cujas
conjunções ocorrem num intervalo aproximado de 493 ou 494 anos, quase meio milênio, portanto.
Ao longo de uma era astrológica – a era de Peixes, por exemplo – não é possível haver mais do que
cinco dessas conjunções. E mais: cada nova conjunção Netuno-Plutão acontece apenas alguns
poucos graus à frente da anterior, o que faz com que tais planetas encontrem-se sempre no mesmo
signo por quatro ou cinco conjunções consecutivas. Não é pouco tempo: entre a primeira e a última
conjunção Netuno-Plutão em Touro passaram-se simplesmente 1978 anos! É evidente que um
período tão longo terá de deixar uma impressão profunda, sendo que as conjunções mais marcantes
deverão ser aquelas que iniciam uma fase de dois milênios num novo signo.
Alan Meece, autor de Horoscope for the New Millennium3
, defende o argumento de que as
conjunções Netuno-Plutão correspondem a fases de tremendas mudanças civilizatórias, turbulentas
e confusas enquanto ocorrem, mas sempre seguidas, um século depois, por um período de grande
renovação e florescimento cultural. O argumento procede, sendo amplamente confirmado pelos
fatos. Todavia, por que este intervalo de cem anos? Pode-se pensar que a conjunção Netuno-Plutão
funcione mais ou menos como um foco de dissolução e eliminação de modelos obsoletos, abrindo
caminho para a instauração de novas condições. As sementes destas seriam lançadas durante a
conjunção, mas necessitariam de algum tempo para florescer. Um século é mais ou menos um
quinto do tempo de um ciclo completo Netuno-Plutão. Se pensarmos em termos analógicos,
podemos associar este intervalo com o sentido do quintil, aspecto de 72º (um quinto da
circunferência) que costuma ser relacionado a talentos e à criatividade. Tais qualidades manifestar-
se-iam após a “limpeza de terreno” promovida durante a conjunção e nas décadas imediatamente
seguintes.
As conjunções Netuno-Plutão em Touro
As cinco conjunções ocorridas antes de 1500 a.C. tiveram lugar em Áries. Em 1073 a.C. acontece a
primeira conjunção Netuno-Plutão em Touro, e exatamente no primeiro grau do signo. O Egito dos
faraós já era na época uma potência decadente, e a Babilônia cassita estava prestes a seguir o
mesmo caminho. O império assírio é a nova força que se afirma no Oriente Médio e prepara-se para
alguns séculos de apogeu. Se bem que os registros históricos sejam imprecisos, é mais ou menos na
época dessa conjunção que a Assíria de Tiglath-Pileser I impõe-se ao declinante império babilônico
e inicia sua impressionante expansão.
A conjunção de 578 a.C. acontece em 10° de Touro e prenuncia a ascensão e o apogeu de uma nova
civilização, a grega. A conjunção corresponde aproximadamente à época de profundas
transformações em todo o Mediterrâneo e Oriente Próximo, com o surgimento também da Pérsia
Aquemênida e da Roma republicana. Na fase do quintil, um século depois, Atenas estará no
apogeu.
Outra conjunção só viria a acontecer em 16°10’ de Touro, em 83 a.C. Esta fase coincide com
intensas lutas entre patrícios e plebeus na República Romana, já então a maior potência do
Mediterrâneo. Pouco depois, inicia-se uma sucessão de ditaduras, fase de transição para a
constituição do Império. Em 60 a.C., César assume o poder com Pompeu e Crasso, no primeiro
triunvirato; nos anos subseqüentes, expande o território romano mediante a conquista das Gálias e
inicia a campanha do Egito, que será completada por Otávio. Este, em 27 a.C., assume o título de
imperador. Todo o ciclo iniciado por esta conjunção coincide com os séculos do apogeu de Roma,
3
Llewellyn Publications, 1997.
24. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 9
com o advento do Cristianismo e com a definitiva transferência do eixo de poder do Oriente Médio
para a Europa.
Em 411, dá-se uma nova conjunção, desta vez em 23° de Touro. É o início de um período de cinco
séculos profundamente diferente do anterior: no lugar da Pax Romana, é hora da partilha da Europa
entre as tribos bárbaras chegadas no norte e do leste. Já com os dois planetas a apenas um grau da
conjunção exata, Alarico, rei dos visigodos, invade e saqueia Roma, prenunciando a queda
definitiva da cidade. Nas décadas seguintes, o império em decadência ainda sofrerá com a ameaça
dos hunos, em 452, e com a invasão da capital pelos vândalos, em 1455, até que em 476 o chefe
germânico Odoacro depõe o último imperador do Ocidente, no que é considerado o marco final da
Antiguidade. No século seguinte, o poderio do império ressurge, mas não mais em Roma, e sim em
Bizâncio, que terá dias de apogeu durante o reinado de Justiniano.
A conjunção Netuno-Plutão seguinte tem lugar no penúltimo grau de Touro, no ano de 905. Com a
derrocada final do que ainda sobrevivera do império de Carlos Magno, a Europa mergulha na fase
mais característica do regime feudal. Nas décadas subseqüentes, são gestados os dois reinos que
darão a tônica da geopolítica européia no milênio seguinte: formam-se o reino da França, sob a
dinastia dos Capetos, e o Sacro Império Romano Germânico, raiz da futura Alemanha. Um
acontecimento que exemplifica bem o enfoque cultural desta conjunção foi a fundação da abadia de
Cluny, na França, no ano de 910. Os monges cluniacenses terão papel fundamental na consolidação
do saber eclesiástico dos séculos seguintes, que estabelecerá o paradigma de conhecimento da
Europa medieval. Coincidentemente, este século também presencia o apogeu da cultura islâmica,
sob o Califado de Bagdá.
Netuno-Plutão em Gêmeos: da terra ao controle da informação
Em 1398, após vários ciclos em que a conjunção acontecera sempre em Touro, Netuno e Plutão
encontram-se no quinto grau de Gêmeos, sinalizando o advento de uma era em que as tecnologias
da informação e os meios de reprodução da cultura teriam cada vez maior importância. Durante
quase dois mil anos, as sucessivas conjunções dos dois planetas exteriores em Touro haviam
definido um longo ciclo de lentas mudanças e em que a posse objetiva da terra se constituíra na
mais importante dos valores. Ampliar e preservar o próprio território foi uma preocupação
permanente de assírios, persas, romanos e dos impérios medievais dos francos (Carlos Magno),
bizantinos e árabes. Isso porque o baixo nível de desenvolvimento tecnológico não permitia ainda
um aproveitamento intensivo dos recursos naturais, com prejuízos especialmente para a agricultura.
Para produzir o suficiente para a alimentação dos centros urbanos da antiguidade, era necessário o
controle de vastas extensões de terra, e, de preferência, terras naturalmente férteis.
As coisas começam a mudar no final da Idade Média, já nas proximidades da primeira conjunção
Netuno-Plutão em Gêmeos. A adoção de técnicas agrícolas mais avançadas permite maior produção
em menores áreas, diminuindo a importância estratégica da extensão territorial. Gêmeos é um signo
de Ar, ligado aos processos mentais e à rapidez na aquisição de conhecimentos. O novo valor
dominante não seria a posse dos meios de produção, pura e simplesmente, mas o controle da
tecnologia de seu processamento. As potências emergentes a partir daí serão aquelas que farão um
uso inteligente da informação e desenvolverem canais adequados de troca – de conhecimento ou de
bens materiais. Não por acaso, o primeiro século do novo ciclo já presencia a primeira fase de uma
revolução comercial, com a expansão marítima européia, e uma outra revolução de caráter mais
sutil, mas não menos importante, na área da cultura. A avidez para testar, experimentar e inovar é
uma marca registrada desta fase iniciada em 1398. São os princípios geminianos que se afirmam,
em contraste com o relativo imobilismo dos séculos anteriores.
25. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 10
No próprio ano de 1398, o grande acontecimento talvez tenha sido a invasão da Índia pelas tropas
tártaro-mongólicas de Tamerlão (ocidentalização do nome do líder militar turco-tártaro Timur Leng
– Timur, o Coxo). Tamerlão repetia, quase dois séculos depois, o fenômeno Gengis Khan, outro
líder mongol que conseguira aglutinar centenas de tribos dispersas das estepes e constituir um
efêmero império, invadindo e devastando o território de velhas civilizações. Mas Tamerlão acabaria
por prestar um favor à civilização cristã, ao atrasar em meio século a derrocada final do Império
Bizantino. Após destruir a cidade de Delhi, dirige suas tropas para o ocidente, ao encontro das
forças militares de Bajazet, o sultão otomano. Este é obrigado a abandonar o assédio a Bizâncio –
prestes a cair – para enfrentar as tropas tártaro-mongólicas nas proximidades de Ancara (atual
Turquia), num embate que envolveu, segundo estimativas, mais de um milhão de guerreiros. A
derrota de Bajazet representou um duro golpe para os turcos otomanos, que, temporariamente
enfraquecidos, deram aos bizantinos condições de reorganizar a defesa, o que lhes garantiu uma
sobrevida até 1453.
Por outro lado, a turbulência provocada por Tamerlão na Índia também contribuiu para criar um
clima de fragmentação política que viria a facilitar a criação das feitorias portuguesas, quase cem
anos mais tarde.
As décadas que se seguiram à conjunção testemunham um conjunto de mudanças que iria
transformar para sempre a face do mundo civilizado. O aperfeiçoamento da imprensa, a utilização
das armas de fogo em larga escala na Europa, a explosão criativa do Renascimento italiano, a queda
de Bizâncio, o lento desvelamento do litoral africano pelos portugueses, a progressiva formação do
reino da Espanha e o surgimento do sentimento nacional na França, em torno da figura de Joana
d’Arc, são sintomas de mudanças profundas, a partir das quais a Europa Ocidental assumiria por
quatro séculos um papel de vanguarda, só quebrada com a emergência de outros centros de poder
no século XX, como os Estados Unidos e o Japão.
Netuno-Plutão e o Descobrimento do Brasil
Como a assinalar a vinculação entre o Descobrimento do Brasil e os processos desencadeados a
partir desta conjunção Netuno-Plutão, o mapa do avistamento da nova terra por Cabral apresenta
Vênus, regente do Ascendente do Brasil-Colônia, em 7°´55’ de Gêmeos, em conjunção, portanto,
com o encontro de Netuno e Plutão de 1398, em 3°51’ de Gêmeos. A Lua, regente do Meio-Céu
desta carta, encontra-se por sua vez em 5°30’ de Peixes, em quadratura, portanto, com a referida
conjunção dos planetas exteriores. Mais ainda: Júpiter e Lua em Gêmeos, no mapa da
Independência, ativam simultaneamente a conjunção de 1398 e a Vênus do Descobrimento, num
efeito de ressonância mais do que significativo.
A conjunção Netuno-Plutão de 1892
A mais recente conjunção Netuno-Plutão acontece na última década do século XIX, tendo lugar
desta vez no ano de 1892, no nono grau de Gêmeos. Coincide com uma série de mudanças
significativas na áreas das comunicações, como a invenção do rádio, o advento dos grandes
impérios jornalísticos norte-americanos e o lançamento, enfim, das bases da cultura de massa, das
quais o cinema e a história em quadrinhos, ambos produtos daquela década, são exemplos
marcantes. Inicia-se um período em que os Estados Unidos ganham importância crescente,
ascendendo, após duas guerras mundiais, à condição de maior potência econômica e militar do
planeta. O principal foco de poder do mundo sai da Europa Ocidental e migra para a América.
26. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 11
Resumindo os ciclos Netuno-Plutão
Podemos resumir a sucessão de conjunções Netuno-Plutão com o seguinte quadro, em que são
assinaladas as datas-limite de cada ciclo e os acontecimentos-chave que neles tiveram lugar.
Netuno-Plutão em Touro
DURAÇÃO PROCESSOS HISTÓRICOS CORRESPONDENTES
1073 a.C – 578 a.C. Apogeu da Assíria.
578 a.C. – 83 a.C. Apogeu da cultura grega e helenística.
83 a.C. – 411 d.C. Império Romano.
411 – 905 Europa dividida em reinos bárbaros. Impérios carolíngio e bizantino e
surgimento do Islamismo.
905 – 1398 Formação da Europa Moderna: surgimento e consolidação da França, da
Alemanha (Sacro Império Romano Germânico) e da Inglaterra.
Netuno-Plutão em Gêmeos
DURAÇÃO PROCESSOS HISTÓRICOS CORRESPONDENTES
1398 – 1892 Era da afirmação burguesa. Grandes navegações. Transferência do eixo de
poder do Mediterrâneo para a Europa Atlântica. “Civilização de Gutenberg”.
1892 - ... Era da cultura de massa e da definitiva globalização econômica e cultural.
Capitalismo industrial. Predomínio americano.
Exercício de compreensão
Leia com atenção estes trechos retirados da obra Astrologia Mundial, de André Barbault:
Os caldeus admitiam que o mundo era alternativamente e de modo periódico inundado e queimado.
O período de reprodução desses fenômenos era aquele em que todos os astros errantes4
voltavam a
ocupar uma mesma posição em relação ao céu das estrelas fixas.
Através de Berósio (século III a.C.) sabemos o que ensinavam os babilônios a respeito do Grande
Ano cósmico. Infelizmente, não resta grande coisa da obra do grande sacerdote de Bel. O
fragmento de sua obra que trata desta doutrina foi conservado por Sêneca em suas Questões
Naturais, sem nenhuma dúvida citado na Meteorologia, hoje perdida, de Possidônio:
O dilúvio de água e fogo acontece quando é da vontade de Deus criar um mundo
melhor e acabar com o antigo... Berósio, tradutor de Bélio, atribui estas revoluções
aos astros, e de uma forma tão afirmativa que fixa a época da conflagração e do
dilúvio. O globo, diz, arderá em fogo quando todos os astros, que têm agora cursos
tão diversos, reunirem-se em Câncer e posicionarem-se de tal forma uns sobre os
outros que uma linha reta poderia atravessar o centro de todos. O dilúvio terá lugar
quando todos esses corpos celestes se encontrarem igualmente unidos, mas em
Capricórnio. A primeira dessas constelações rege o solstício de verão, a outra, o
solstício de inverno...
Uma conjunção perfeita das luminárias e dos planetas, quer dizer, de todos os astros do sistema
solar nos pontos solsticiais: esta é a configuração que determina o giro último em que morre um
mundo e nasce outro, sob um dilúvio de água ou de fogo, ponto de renovação do Grande Ano.
4
Planetas.
27. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 12
Esta doutrina introduziu-se muito cedo cedo no Oriente e no mundo helênico, mas nada autoriza a
pensar que Berósio formulava uma novidade: não era esta uma idéia já universalmente
disseminada? Esta concepção da periodicidade do universo parece, em particular, ter-se
desenvolvido na Índia desde uma época longínqua.
Platão, ao falar, no Timeu, da Gênese e da Criação, evoca o mais completo dos retornos periódicos,
aquele que, tomando os sete astros errantes em uma certa configuração e numa certa posição em
relação às estrelas fixas, devolve-os a uma posição idêntica:
O número perfeito do tempo se realiza e o ano perfeito chega a sua revolução
quando as oito revoluções, cujas velocidades são diferentes, chegam a seu fim ao
mesmo tempo, voltando todos os astros a encontrar-se com o ponto de partida,
depois de um tempo medido com ajuda do que permanece sempre o mesmo e
possui uma marcha uniforme (...) e de novo todas as coisas serão restabelecidas
segundo suas antigas condições.
Contudo, ao assinalar esta duração astronômica, Platão não dizia nada de novo, e sabemos que o
Grande Ano, ao qual se chamará platônico, já era muito bem conhecido antes dele.
(BARBAULT, André. Astrologia Mundial. Barcelona, Visión Libros, 1981.)
1. Da leitura do texto, fica claro que:
a) O conceito de era astrológica, conforme apresentado neste curso, é idêntico ao do Grande
Ano, que chegou à Grécia através da tradição dos caldeus.
b) Deve-se ao grande sacerdote Berósio, do século III a.C., o conceito de eras astrológicas.
c) O chamado Grande Ano de Platão é uma versão grega de uma tradição mais antiga, que via
na conjunção de todos os planetas conhecidos um momento maior de recomeço.
d) O Grande Ano é uma invenção dos caldeus difundida pelos gregos.
2. Na visão platônica:
a) Cada novo Grande Ano traz novas condições de desenvolvimento para a humanidade.
b) O tempo é uma concepção cíclica, pois o novo Grande Ano restabelece as condições do
Grande Ano anterior.
c) A destruição e renovação do mundo se caracterizam, alternadamente, por dilúvios de água
e fogo.
d) Para caracterizar um Grande Ano, a conjunção de todos os planetas conhecidos deve
ocorrer nos pontos equinociais.
Teste de Verificação da Lição 1
RESPOSTAS
1 – Além de epidemias como a Peste Negra, a oitava fase da era de Peixes caracteriza-se pelo início
de um processo de nítida conotação Escorpião/casa 8. Estamos falando:
a) das Cruzadas contra povos islâmicos.
b) do início do movimento artístico e cultural conhecido como Renascimento. [X]
c) das Grandes Navegações, que ampliam os horizontes comerciais e culturais da civilização
européia.
28. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 13
d) do Feudalismo, com sua característica ênfase na atividade agrícola e na dependência do
homem à terra.
Comentário – Renascimento é um termo que exprime uma idéia de reciclagem, renovação, um
ressurgir das cinzas após uma morte aparente (no caso, trata-se do renascimento da cultura clássica
em pleno final da era medieval). É o típico significado de casa 8 aplicado ao âmbito cultural e
coletivo. Já as Cruzadas, como vimos, são um confronto com uma cultura estranha, uma outra
cultura. Trata-se de um típico enfrentamento de casa 7. A ampliação de horizontes das Grandes
Navegações é um momento de casa 9 na história européia, enquanto o feudalismo, ao menos em
seu momento de implementação, associa-se a processos de casa 6.
2 – Assinale a alternativa onde não há correspondência entre o processo histórico e a fase da era de
Peixes:
a) Absolutismo monárquico – fase casa 10/Capricórnio.
b) Invasões, grandes migrações e fragmentação cultural, política e linguística do antigo
Império Romano – fase casa 3/Gêmeos.
c) Surgimento dos processos históricos que definem a “cara” da era de Peixes: o Império
Romano e o Cristianismo – fase casa 1/Áries.
d) Grande desenvolvimento industrial e tecnológico, paralelamente ao desenvolvimento de
uma atitude científica diante do conhecimento – fase casa 6/Virgem. [X]
Comentário – O desenvolvimento industrial rápido, capaz de mudar completamente a face da
sociedade, é a faceta mais visível da fase Aquário/casa 11 da era de Peixes. Corresponde também a
um momento de afirmação do pensamento científico, fruto do racionalismo dominante nesta fase
regida por Saturno e Urano. Já a fase Virgem/casa 6 retrata um período bem anterior, em que a
sociedade é obrigada a voltar-se para a terra e para um modelo de organização extremamente
fragmentado. Virgem simboliza a decomposição do todo – o grande império de Carlos Magno, por
exemplo – em unidades mínimas e auto-suficientes – os feudos.
3 – Alguns personagens históricos parecem simbolizar especialmente o sentido de cada fase da era
de Peixes. Aponte a única alternativa em que os personagens não parecem ser uma boa escolha
para representar o espírito da fase relacionada:
a) Martinho Lutero, Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio – fase Capricórnio/casa 10. [X]
b) Einstein, Pasteur e Oswaldo Cruz – fase Aquário/casa 11.
c) Osama bin Laden, “Chacal”, guerrilheiros da FARC e do IRA – fase Peixes/casa 12.
d) Luís XIV, Marquês de Pombal, Maurício de Nassau – fase Capricórnio/casa 10.
Comentário – Lutero foi o reformador (Escorpião) de uma religião (Sagitário). Ao dar início à
Reforma Protestante, dispara um processo de ampla discussão dos dogmas e dos evangelhos que
mergulhará a Europa em convulsões ideológicas por mais de um século. Lutero, ele próprio um
escorpiano, é uma das figuras mais intensas da fase Sagitário/casa 9 da era de Peixes. O mesmo
pode-se dizer de Colombo e Vespúcio, ambos viajantes, ambos aventureiros, ambos deixando um
legado de expansão dos horizontes civilizatórios (pura casa 9!) com a integração de grandes
regiões desconhecidas à esfera de influência européia.
4 – Da leitura desta lição, depreende-se que:
a) Existe absoluta concordância em torno das datas de transição da era de Peixes para a era de
Aquário.
29. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 14
b) As eras astrológicas são decorrentes do movimento de precessão dos equinócios, que altera
gradativamente o ponto vernal. [X]
c) Ponto vernal é o ponto inicial da constelação de Áries.
d) O movimento precessional explica porque, ao longo dos milênios, a passagem do Sol por
determinadas constelações acontece sempre nas mesmas estações do ano.
Comentário – Apenas a opção B está correta. Nas demais, eis os erros: não existe nenhuma
concordância sobre as datas de transição de eras, ao contrário do que afirma a opção A; o ponto
vernal é o ponto inicial do signo de Áries no zodíaco tropical, e não da constelação com o mesmo
nome (hoje o ponto vernal está transitando de Peixes para Aquário); e, finalmente, a passagem do
Sol por determinadas estações não coincide sempre com as mesmas estações. A passagem do Sol
pela constelação de Áries, que hoje acontece no outono do hemisfério Sul, já aconteceu no verão,
ao tempo da era de Touro, e dentro de alguns milênios delimitará o início do inverno.
5 – Aponte a única opção abaixo que se relaciona com a era de Touro:
a) Introdução em larga escala de armas de ferro e supremacia dos povos que dominam a
tecnologia de sua produção.
b) Surgimento de grandes impérios agrários, dependentes do controle das águas dos rios e da
irrigação. [X]
c) Deslocamento do eixo do poder da Mesopotâmia para a região do Mediterrâneo.
d) Desenvolvimento de grandes religiões monoteístas.
Comentário – Armas de ferro são típicas da era de Áries; o deslocamento do poder para o
Mediterrâneo ocorre no final da era de Áries e se consolida na era de Peixes. Já os impérios
agrários (agricultura – elemento Terra), que dependiam de grandes obras de irrigação (barragens
são um assunto do eixo Touro-Escorpião) se desenvolvem na era de Touro: Egito, Caldéia, China
antiga etc.
6 – A partir da leitura desta lição, fica claro que um dos momentos de maior retraimento da
civilização ocidental durante a era de Peixes aconteceu na fase:
a) Touro ou casa 2.
b) Virgem ou casa 6. [X]
c) Sagitário ou casa 9.
d) Peixes ou casa 12.
Comentário – Como a fase Virgem/casa 6 corresponde ao apogeu da organização feudal, com
quase desaparecimento da vida urbana, aí se define o momento de maior retraimento de toda a
história da civilização européia.
7 – Aponte a associação errada:
a) Império de Carlos Magno – fase Leão da era de Peixes.
b) Iluminismo (Rousseau, Voltaire, Diderot etc.) – fase Aquário da era de Peixes.
c) Formação do Islamismo – fase Escorpião da era de Peixes. [X]
d) Materialismo e progressivo afastamento entre o Estado e a religião – fase Capricórnio da
era de Peixes.
Comentário – O Islamismo, ou seja, a religião monoteísta cujos pilares foram deixados por
Maomé, é fruto da fase canceriana da era de Peixes. Até hoje a lua em fase crescente é o símbolo
do Islã, estando presente na bandeira de vários países do Oriente Médio.
30. Astroletiva – Nível Especialização – Astrologia Mundial e Grandes Ciclos 1 – Lição 2 – 15
8 – Para utilizar um conceito muito comum em Astrologia Psicológica, cada fase da era de Peixes,
além de afirmar as características de um signo e de sua casa correspondente, ainda traz a “sombra”,
ou a manifestação negativa, do signo e da casa opostos. A propósito, aponte a única opção que não
relaciona corretamente um exemplo dessa manifestação negativa da polaridade:
a) Líderes autocráticos, agressivos e expansionistas, como Napoleão Bonaparte, Stálin ou
Hitler, manifestam a “sombra” leonina da fase Aquário da era de Peixes.
b) A violência dos combates nas Cruzadas e a brutalidade das invasões, em contraste com o
código de honra de cavalaria, expressam a “sombra” ariana da fase Libra da era de Peixes.
c) A economia de subsistência típica do período feudal, associada aos pequenos avanços
tecnológicos que permitiram progressivos ganhos de produtividade, expressa a “sombra”
pisciana da fase Virgem da era de Peixes. [X]
d) O extremado nacionalismo que opôs com freqüência franceses, espanhóis, portugueses,
ingleses e holandeses durante o século XVII expressa uma das facetas da “sombra”
canceriana da fase Capricórnio da era de Peixes.
Comentário – Os pequenos avanços tecnológicos e a economia de subsistência baseada no
trabalho duro com a terra expressam traços virginianos, e não piscianos. A sombra pisciana aparece
com maior clareza em outras características da época, tais como o surgimento de importantes
ordens monásticas (o isolamento dos monges, em sua vida conventual, é típica de Peixes/casa 12).
Algumas dessas ordens acabam por exercer uma influência tal que as transforma em poderes
políticos paralelos, que mais tarde alimentarão o fanatismo das Cruzadas. O misticismo
desinformado somado à ignorância e à superstição também produz o fenômeno do milenarismo, ou
seja, o terror que se espalhou em toda a Europa medieval, às vésperas do ano 1000, quanto à
possível iminência do fim do mundo e do juízo final.