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Artrópodos transmissores e
 causadores de doenças
ARTRÓPODOS: quem são?
Relação dos artrópodos com o homem

      -Alimentação
Polinização
-Pragas de
 agricultura
- Controle de pragas
- Saúde humana e animal
Como os artrópodos são importantes na saúde



           Pediculose e pitiríase (piolhos e chato)

           Miíases – larvas de moscas
Presença
            Escabiose - Sarna

           Tungíase – Bicho-do-pé
Peçonhentos ou urticantes ao contato

Aranhas                        Escorpiões




 Lacraias
                               Taturana
Aracnofobia
Fobias e   Acarofobia
neuroses
           Entomofobia
• Não esquecer os artrópodos que passivamente
  transmitem parasitas (ovos, cistos, oocistos,
  bactérias e virus)

                   Barata



                                 Formiga do cartao
Vetores




          Triatomíneos x Doença de Chagas
Anopheles x malária
Culex quinquefasciatus x Filariose bancroftiana
Lutzomyia x Leishmanioses
Ochlerotatus scapularis x Dirofilariose
Aedes aegypti x dengue
Mosquitos – Família Culicidae

  Somente fêmeas são hematófagas
Ciclo de
desenvolvimento
Principais espécies vetoras
  Anopheles sp.
Principais espécies vetoras
  Culex quinquefasciatus
Principais espécies vetoras

   Aedes aegypti
Principais espécies vetoras

   Aedes albopictus
Aedes aegypti
Criadouros
DENGUE


ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e
de evolução benigna na forma clássica, e grave quando
se apresenta na forma hemorrágica.


AGENTE ETIOLÓGICO

O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus,
pertencente à família Flaviviridae.
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
MODO DE TRANSMISSÃO

A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti

Período de incubação de 8 a 12 dias


CONTROLE E PREVENÇÃO

Essencialmente o Combate ao vetor
Dengue
Manifestações Clínicas
Síndromes Clínicas do Dengue
Febre não diferenciada
Febre clássica do dengue
Febre hemorrágica do dengue
Síndrome do choque do dengue
Dengue
Manifestações Clínicas
Dengue Clássico
Febre.
 Cefaléia.
 Mialgia e artralgia.
 Náuseas/vômitos.
 Exantema.
Dengue
  Manifestações Clínicas
  Febre Hemorrágica do Dengue
  Hemorragias na pele: Petéquias, púrpuras,
equimoses.
  Sangramento gengival.
  Sangramento nasal.
  Sangramento gastrointestinal: hematêmese, melena,
hematoquezia.
  Hematúria e metrorragia em mulheres.
Dengue
Manifestações Clínicas
Fatores de Risco para FHD
Cepa do vírus.
Anticorpo antidengue pré-existente:
Infecção anterior
Anticorpos maternais em bebês
Genética dos hospedeiros.
Idade.
Dengue
   Manifestações Clínicas

  Fatores de Risco para FHD
  Maior risco em infecções seqüenciais.
   Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos
circulando simultaneamente em altos níveis
(transmissão hiperendêmica).
  Sorotipo do vírus
   Risco de FHD é maior para DEN-2, seguido do DEN-
3, DEN-4 e DEN-1.
Dengue
  Manifestações Clínicas
  Fatores de Risco para FHD
   Pessoas que tenham sofrido uma infecção de dengue
desenvolvem anticorpos de soro que podem neutralizar
o vírus do dengue do mesmo sorotipo (homólogos).
   Em uma infecção subsequente, os anticorpos
heterólogos pré-existentes formam complexos com os
novos sorotipos de vírus que causam infecção, mas não
neutralizam o novo vírus.
Dengue
Anticorpos Homólogos Formam Complexos
             Neutralizantes
      1
                            1




                                         1
       1
           Vírus Dengue 1
           Anticorpo neutralizante ao vírus Dengue 1
           Anticorpo não neutralizante
           Complexo formado por anticorpo
       1
           neutralizante e vírus Dengue 1
Dengue
Anticorpos Heterólogos Formam Complexos Não-
                Neutralizantes


                                    2
2                     2
                                           2


       2
           Vírus Dengue 2
           Anticorpo não neutralizante
           Complexo formado por anticorpo não
       2
           neutralizante e vírus Dengue 2
Dengue
    Complexos Heterólogos Penetram Mais
    Monócitos Onde o Vírus se Multiplica




                               2




                                                        2
      2                                         2
                                                    2
                  2
                          2
                                            2
                      2
2

          2
              Vírus Dengue 2

              Anticorpo não neutralizante

          2   Complexo formado por anticorpo não
              neutralizante e vírus Dengue 2
Dengue
  Diagnóstico
  Testes laboratoriais
  Hemograma completo.
  Albumina.
  Testes da função hepática.
  Urina para verificar a existência de hematúria
microscópica.
  Testes específicos para o dengue
  Isolamento viral.
  Sorologia (ELISA para anticorpos da classe
IgM).
Dengue
  Diagnóstico
  Isolamento viral
Cultura de Células      Teste de Ac. fluorescente
Dengue

  Diagnóstico

   Isolamento
viral

  Inoculação
do mosquito
Dengue

 Diagnóstico
  Sorologia
pelo método
de ELISA
Dengue
   Diagnóstico
Coleta e Processamento de Amostras para
Diagnósticos de Laboratório

       Tipo de                  Momento               Tipo de
      Espécime                  da Coleta             Análise

    Sangue da fase             Na apresentação
                                 do paciente;        Isolamento do
        aguda                  coletar segunda            vírus
(0-5 dias após o início)           amostra           e/ou sorologia
                            durante convalescência
  Sangue da fase de
   convalescência            Entre o 6° e 21° dia    Sorologia
   (≥ 6 dias após o             após o início
        início)
Dengue no Brasil: casos confirmados, por local de transmissão: 1989 - 1997


Região/Ano                1989 1990 1991 1992 1993 1994     1995   1996   1997
Norte                           0    0 2194   0    0   18   3221   2788 22174
Nordeste                  4213 15950 8020 396 788 49828 59192 125471 196203
Sudeste                   1121 23086 82649 1149 4836   911 35111 32230 22879
Sul                             0    0    0   0    0    0   3116   5064    721
Centro-Oeste                    0 1606 4346 1671 1462 5864 24934 14839 12965
Total                     5334 40642 97209 3215 7086 56621 125574 180392 254942

Fonte: Ministério da Saúde (FNS).
COMBATE AO VETOR




MANEJO AMBIENTAL: Destruição de criadouros


CONTROLE QUÍMICO: Inseticidas nos criadouros
                   UBV – “fumacê” – Em epidemias -
                   Infestação predial de > 5% e
                   circulação comprovada de vírus.
Vigilância Epidemiológica
Dificuldades no controle
Ordem: Diptera
            Familia: Muscidae
Mosca berneira: Dermatobia hominis

                     Doença: miíase (Berne)


                                     infestação de
                                     vertebrados vivos
                                     por larvas de
                                     dípteros que se
                                     alimentam de tecidos
                                     ou líquidos corpóreos
• Dermatobia hominis é encontrado em várias áreas
  úmidas da Américas central e sul
• A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outros
  insetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou
  secreções (moscas ou pernilongos)
• Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a
  larva de Dermatobia penetra a pele sã (biontófaga) e
  evolui, dentro da lesão, até a larva 2. estádio
• Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e
  cai no solo onde se transforma em pupa
D. hominis   inseto forético
• O local de infecção fica
  suscetível a entrada de
  oportunistas: bactérias
• A infecção normalmente
  é benigna (inflamação
  localizada)
          (larva biontófaga)
Diptera

  Dermatobia hominis - Berne
Diptera

  Dermatobia hominis - Berne
Após abandono do hospedeiro    pupa no solo




Emergência da mosca adulta após 4-11 semanas que vive
     poucos dias, copula e realiza postura (5-12 d)
Tratamento


• Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas
  cirúrgicas
• Eventualmente, aplicação de um antibiotico
Diptera
Moscas varejeiras:
Cochliomyia hominivorax (biontófaga)
Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga)

         Doença: miíase (Bicheira)
• Presente do sul dos EUA até Argentina, em regiões
  tropicais (ano inteiro) e temperadas (primavera-
  verão)
• Fêmeas de Cochliomyia hominivorax depositam 200-
  300 ovos/dia durante 3-4 dias ao redor de um
  ferimento recente (biontófaga, oviposição somente
  em seres vivos)
• 12-24 horas depois a larvas eclodem e fixam-se e
  nutrem se dos tecidos
• durante 6-7 dias há duas ecdises (L1-L3)
• abandonam o hospedeiro e pupam no solo (6-8 dias)
• emergem os adultos

• Cochliomyia macellaria: ovos em tecidos necrosados
Diptera




     Cochliomyia hominivorax
Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas
• Ferimento aumenta de tamanho
• Decomposição de material no ferimento

                  Atrai moscas




     Miíases secundárias    Miíases por necrobiontófagas
                            (Cochliomyia macellaria)
Tratamento:
• Limpar ferimento (com anestesia local)
• Remoção individual das larvas
• Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo
  espectro
• No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de
  uma variedade de moscas): antihelmínticos


 Controle:

 • Zoonose: Tratamento também dos animais!
 • Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno
 • Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para
   diminuir a densidade populacional das moscas
Miíases - ação terapêutica
– tratamento pode ser vantajoso no
  caso de resistência a antibióticos
– utilização larvas necrobiontófagas
– úlceras crônicas: pé diabético,
  estase venosa (forma de terapia
  milenar)




                              Lucilia sericata, L. ilustris
                              Phornia regina
• Remoção de tecidos necróticos
   – secreção de proteases
   – ingestão do tecido liquefeito
• Atividade antimicrobiana
   – S. aureus, Streptococcus sp.
• Cicatrização
   – movimento (?)
   – alantoína, uréia, bicarbonato de amônia




       1 semana                            1 ano
Siphonaptera
Siphonaptera




  Achatamento latero-lateral


                               Ctenídeos
Siphonaptera
Siphonaptera
Siphonaptera



   Peste Bubônica
               Pasteurella pestis (=Yersinia pestis)
Siphonaptera
Siphonaptera


   Principais espécies




     Pulex irritans
Siphonaptera
 Ctenocephalides canis
 Ctenocephalides felix
Siphonaptera


 Xenopsylla sp.
Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans
                             – pulga da areia

                             – “bicho do pé” ou “bicho do
                               porco”, hospedeiro usual é
                               o porco (mas ataca gatos,
                               cachorros e seres humanos)




 As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios
 como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens
 (gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis
 (blastomicose)
Siphonaptera

Tungidae – Tunga penetrans
Siphonaptera
Siphonaptera
Phthiriaptera


      Anoplura - Piolhos Sugadores – Piolhos e chatos




                Achatamento dorso-ventral
Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P.
humanus e Pthirus pubis
            Doenças: Pediculose e Ftiríase
            Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente
            de humanos
            Em todas as classes sócio-econômicas
            Hemimetábolos (ovo, larva, ninfa, adulto)
            Todos os estádios hematófagos
Anoplura
   - 15 famílias, 49 gêneros e
     cerca de 532 espécies

   - Altamente específicos


   - Com uma excessão, os
     ovos são postos aderidos
     aos pêlos - Lêndeas


    - Ápteros
Anoplura

Desenvolvimento


                      Adulto em 6 a 10 dias
                      Vive cerca de 20 dias
                    Põem cerca de 10 ovos/dia

                                           Ovos postos
                                           aderidos ao
                  3 estádios
                                              pêlo
                    ninfais



                          Ovos eclodem
                          em 7 a 10 dias
Anoplura

  Pediculus capitis – Piolho-da cabeça

  Pediculus humanus – Piolho-do-corpo

  Pthirus pubis – Piolho-dos-pêlos-pubianos
Anoplura

  Controle


    • Catação

    • Pente-fino

    • Ar quente

    • Raspagem

    • Corte curto

    • Inseticidas
Acari

 Ácaros

   Sarcoptes scabiei
Morfologia geral dos ácaros

larvas com 3 pares, ninfas/adultos com 4 pares de patas




  (aparelho
bucal e palpos)




   (corpo)
Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes)
 Sarcoptes scabiei
 Doença:
 Escabiose ou Sarna




• Cosmopolita, democrático          dorsal      ventral
• 300 milhões de casos
• parasita de seres humanos e outros mamíferos (existem
  variedades com diferentes preferências: S. scabiei canis,
  S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
• Não possuem traquéias, respiram pelo tegumento
• Macho (0,2 mm) e fêmea (0,4 mm)
• Infecção ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos
  contaminados (roupa, pentes etc.)
• Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos
  quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se
  desenvolvem para ninfas que ficam adultos (4 dias).
• Fêmea: 3-4 ovos/dia (durante até 50 d), ciclo total: 20 d
• Sítio preferencial de infecção: interdigital, nas pernas
Patologia
• A atividade migratória e a deposição de antígenos
  causa o influxo de células T mononucleares e reações
  alérgicas (hipersensitividade do tipo IV)
• Prurido, causa ferimentos secundários na pele e
  infecções bacterianas são frequentes
• Em imunossuprimidos, ocorre dermatite generalizada
  com grandes areas de pele comprometidas, altíssimo
  número de ácaros presentes e o indivíduo é forte
  transmissor de Scabies
Acari
Escabiose ou sarna
Acari

  Sarna de animais
Diagnóstico:

• Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e
  aspecto das crostas
• Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado
  profundo lâmina microscópio

Tratamento (repetido!):

 - Creme com permethrina 5%
 ou
 - Lindan 1%
  (pessoas imunocomprometidos plus 1 dose Ivermectina)
- Tratamento da roupa contaminada: Lavar e secar
  por 10 min a 50°C, ou estocagem em recipientes
  fechados por 5 dias
Aspectos epidemiológicos

• Infestação do homem por variedades S. scabiei de
  animais:
   • auto-limitante, fugaz
• Hipótese - origem das variedades:
      • Homem: hospedeiro primário
      • Adaptações a outras espécies de hospedeiros
      • Intercruzamento de cepas de animais e do homem

        evita especiação       variabilidade genética leva
                               a ampliação do espectro
                               de hospedeiros (40 spp de
                               17 famílias e 7 ordens)
Acari

  Dermatophagoides sp. – ácaro da poeira doméstica
Ácaros de vida livre como causador de doença
   • Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados,
     alimentos processados

   • Família Phyroglyphidae: -   Dermatophagoides pteronyssinus
                             -   Dermatophagoides farinae
                             -   Pyroglyphus africanus
                             -   Dermatophagoides deanei
                             -   Euroglyphus maynei
   • Família Glycyphagidae: -    Blomia tropicalis
   • Família Chortoglyfidae: -   Chortoglyphus arcuatus
   • Família Saproglyphidae: -   Suidasia pontifica

   • Pessoas suscetíveis (número crescente): alergias
     respiratórias
   • Alérgeno é o próprio ácaro e/ou seus produtos:
     dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão
     em poeira

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  • 1. Artrópodos transmissores e causadores de doenças
  • 3.
  • 4. Relação dos artrópodos com o homem -Alimentação
  • 7. - Controle de pragas
  • 8. - Saúde humana e animal
  • 9. Como os artrópodos são importantes na saúde Pediculose e pitiríase (piolhos e chato) Miíases – larvas de moscas Presença Escabiose - Sarna Tungíase – Bicho-do-pé
  • 10. Peçonhentos ou urticantes ao contato Aranhas Escorpiões Lacraias Taturana
  • 11. Aracnofobia Fobias e Acarofobia neuroses Entomofobia
  • 12. • Não esquecer os artrópodos que passivamente transmitem parasitas (ovos, cistos, oocistos, bactérias e virus) Barata Formiga do cartao
  • 13. Vetores Triatomíneos x Doença de Chagas
  • 15. Culex quinquefasciatus x Filariose bancroftiana
  • 17. Ochlerotatus scapularis x Dirofilariose
  • 18. Aedes aegypti x dengue
  • 19. Mosquitos – Família Culicidae Somente fêmeas são hematófagas
  • 22. Principais espécies vetoras Culex quinquefasciatus
  • 24. Principais espécies vetoras Aedes albopictus
  • 27. DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. AGENTE ETIOLÓGICO O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
  • 28. MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti Período de incubação de 8 a 12 dias CONTROLE E PREVENÇÃO Essencialmente o Combate ao vetor
  • 29. Dengue Manifestações Clínicas Síndromes Clínicas do Dengue Febre não diferenciada Febre clássica do dengue Febre hemorrágica do dengue Síndrome do choque do dengue
  • 30. Dengue Manifestações Clínicas Dengue Clássico Febre. Cefaléia. Mialgia e artralgia. Náuseas/vômitos. Exantema.
  • 31. Dengue Manifestações Clínicas Febre Hemorrágica do Dengue Hemorragias na pele: Petéquias, púrpuras, equimoses. Sangramento gengival. Sangramento nasal. Sangramento gastrointestinal: hematêmese, melena, hematoquezia. Hematúria e metrorragia em mulheres.
  • 32. Dengue Manifestações Clínicas Fatores de Risco para FHD Cepa do vírus. Anticorpo antidengue pré-existente: Infecção anterior Anticorpos maternais em bebês Genética dos hospedeiros. Idade.
  • 33. Dengue Manifestações Clínicas Fatores de Risco para FHD Maior risco em infecções seqüenciais. Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos circulando simultaneamente em altos níveis (transmissão hiperendêmica). Sorotipo do vírus Risco de FHD é maior para DEN-2, seguido do DEN- 3, DEN-4 e DEN-1.
  • 34. Dengue Manifestações Clínicas Fatores de Risco para FHD Pessoas que tenham sofrido uma infecção de dengue desenvolvem anticorpos de soro que podem neutralizar o vírus do dengue do mesmo sorotipo (homólogos). Em uma infecção subsequente, os anticorpos heterólogos pré-existentes formam complexos com os novos sorotipos de vírus que causam infecção, mas não neutralizam o novo vírus.
  • 35. Dengue Anticorpos Homólogos Formam Complexos Neutralizantes 1 1 1 1 Vírus Dengue 1 Anticorpo neutralizante ao vírus Dengue 1 Anticorpo não neutralizante Complexo formado por anticorpo 1 neutralizante e vírus Dengue 1
  • 36. Dengue Anticorpos Heterólogos Formam Complexos Não- Neutralizantes 2 2 2 2 2 Vírus Dengue 2 Anticorpo não neutralizante Complexo formado por anticorpo não 2 neutralizante e vírus Dengue 2
  • 37. Dengue Complexos Heterólogos Penetram Mais Monócitos Onde o Vírus se Multiplica 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Vírus Dengue 2 Anticorpo não neutralizante 2 Complexo formado por anticorpo não neutralizante e vírus Dengue 2
  • 38. Dengue Diagnóstico Testes laboratoriais Hemograma completo. Albumina. Testes da função hepática. Urina para verificar a existência de hematúria microscópica. Testes específicos para o dengue Isolamento viral. Sorologia (ELISA para anticorpos da classe IgM).
  • 39. Dengue Diagnóstico Isolamento viral Cultura de Células Teste de Ac. fluorescente
  • 40. Dengue Diagnóstico Isolamento viral Inoculação do mosquito
  • 41. Dengue Diagnóstico Sorologia pelo método de ELISA
  • 42. Dengue Diagnóstico Coleta e Processamento de Amostras para Diagnósticos de Laboratório Tipo de Momento Tipo de Espécime da Coleta Análise Sangue da fase Na apresentação do paciente; Isolamento do aguda coletar segunda vírus (0-5 dias após o início) amostra e/ou sorologia durante convalescência Sangue da fase de convalescência Entre o 6° e 21° dia Sorologia (≥ 6 dias após o após o início início)
  • 43.
  • 44. Dengue no Brasil: casos confirmados, por local de transmissão: 1989 - 1997 Região/Ano 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 Norte 0 0 2194 0 0 18 3221 2788 22174 Nordeste 4213 15950 8020 396 788 49828 59192 125471 196203 Sudeste 1121 23086 82649 1149 4836 911 35111 32230 22879 Sul 0 0 0 0 0 0 3116 5064 721 Centro-Oeste 0 1606 4346 1671 1462 5864 24934 14839 12965 Total 5334 40642 97209 3215 7086 56621 125574 180392 254942 Fonte: Ministério da Saúde (FNS).
  • 45.
  • 46.
  • 47. COMBATE AO VETOR MANEJO AMBIENTAL: Destruição de criadouros CONTROLE QUÍMICO: Inseticidas nos criadouros UBV – “fumacê” – Em epidemias - Infestação predial de > 5% e circulação comprovada de vírus.
  • 50. Ordem: Diptera Familia: Muscidae Mosca berneira: Dermatobia hominis Doença: miíase (Berne) infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que se alimentam de tecidos ou líquidos corpóreos
  • 51. • Dermatobia hominis é encontrado em várias áreas úmidas da Américas central e sul • A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outros insetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou secreções (moscas ou pernilongos) • Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a larva de Dermatobia penetra a pele sã (biontófaga) e evolui, dentro da lesão, até a larva 2. estádio • Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e cai no solo onde se transforma em pupa
  • 52. D. hominis inseto forético
  • 53. • O local de infecção fica suscetível a entrada de oportunistas: bactérias • A infecção normalmente é benigna (inflamação localizada) (larva biontófaga)
  • 54. Diptera Dermatobia hominis - Berne
  • 55. Diptera Dermatobia hominis - Berne
  • 56. Após abandono do hospedeiro pupa no solo Emergência da mosca adulta após 4-11 semanas que vive poucos dias, copula e realiza postura (5-12 d)
  • 57. Tratamento • Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas cirúrgicas • Eventualmente, aplicação de um antibiotico
  • 59. Moscas varejeiras: Cochliomyia hominivorax (biontófaga) Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga) Doença: miíase (Bicheira)
  • 60. • Presente do sul dos EUA até Argentina, em regiões tropicais (ano inteiro) e temperadas (primavera- verão) • Fêmeas de Cochliomyia hominivorax depositam 200- 300 ovos/dia durante 3-4 dias ao redor de um ferimento recente (biontófaga, oviposição somente em seres vivos) • 12-24 horas depois a larvas eclodem e fixam-se e nutrem se dos tecidos • durante 6-7 dias há duas ecdises (L1-L3) • abandonam o hospedeiro e pupam no solo (6-8 dias) • emergem os adultos • Cochliomyia macellaria: ovos em tecidos necrosados
  • 61.
  • 62. Diptera Cochliomyia hominivorax
  • 63. Patogenia • Larvas secretam enzimas proteolíticas • Ferimento aumenta de tamanho • Decomposição de material no ferimento Atrai moscas Miíases secundárias Miíases por necrobiontófagas (Cochliomyia macellaria)
  • 64. Tratamento: • Limpar ferimento (com anestesia local) • Remoção individual das larvas • Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo espectro • No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de uma variedade de moscas): antihelmínticos Controle: • Zoonose: Tratamento também dos animais! • Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno • Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para diminuir a densidade populacional das moscas
  • 65. Miíases - ação terapêutica – tratamento pode ser vantajoso no caso de resistência a antibióticos – utilização larvas necrobiontófagas – úlceras crônicas: pé diabético, estase venosa (forma de terapia milenar) Lucilia sericata, L. ilustris Phornia regina
  • 66. • Remoção de tecidos necróticos – secreção de proteases – ingestão do tecido liquefeito • Atividade antimicrobiana – S. aureus, Streptococcus sp. • Cicatrização – movimento (?) – alantoína, uréia, bicarbonato de amônia 1 semana 1 ano
  • 68. Siphonaptera Achatamento latero-lateral Ctenídeos
  • 71. Siphonaptera Peste Bubônica Pasteurella pestis (=Yersinia pestis)
  • 73. Siphonaptera Principais espécies Pulex irritans
  • 74. Siphonaptera Ctenocephalides canis Ctenocephalides felix
  • 76. Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans – pulga da areia – “bicho do pé” ou “bicho do porco”, hospedeiro usual é o porco (mas ataca gatos, cachorros e seres humanos) As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens (gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis (blastomicose)
  • 80. Phthiriaptera Anoplura - Piolhos Sugadores – Piolhos e chatos Achatamento dorso-ventral
  • 81. Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P. humanus e Pthirus pubis Doenças: Pediculose e Ftiríase Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente de humanos Em todas as classes sócio-econômicas Hemimetábolos (ovo, larva, ninfa, adulto) Todos os estádios hematófagos
  • 82. Anoplura - 15 famílias, 49 gêneros e cerca de 532 espécies - Altamente específicos - Com uma excessão, os ovos são postos aderidos aos pêlos - Lêndeas - Ápteros
  • 83. Anoplura Desenvolvimento Adulto em 6 a 10 dias Vive cerca de 20 dias Põem cerca de 10 ovos/dia Ovos postos aderidos ao 3 estádios pêlo ninfais Ovos eclodem em 7 a 10 dias
  • 84. Anoplura Pediculus capitis – Piolho-da cabeça Pediculus humanus – Piolho-do-corpo Pthirus pubis – Piolho-dos-pêlos-pubianos
  • 85. Anoplura Controle • Catação • Pente-fino • Ar quente • Raspagem • Corte curto • Inseticidas
  • 86. Acari Ácaros Sarcoptes scabiei
  • 87. Morfologia geral dos ácaros larvas com 3 pares, ninfas/adultos com 4 pares de patas (aparelho bucal e palpos) (corpo)
  • 88. Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes) Sarcoptes scabiei Doença: Escabiose ou Sarna • Cosmopolita, democrático dorsal ventral • 300 milhões de casos • parasita de seres humanos e outros mamíferos (existem variedades com diferentes preferências: S. scabiei canis, S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
  • 89. • Não possuem traquéias, respiram pelo tegumento • Macho (0,2 mm) e fêmea (0,4 mm) • Infecção ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos contaminados (roupa, pentes etc.) • Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se desenvolvem para ninfas que ficam adultos (4 dias). • Fêmea: 3-4 ovos/dia (durante até 50 d), ciclo total: 20 d • Sítio preferencial de infecção: interdigital, nas pernas
  • 90. Patologia • A atividade migratória e a deposição de antígenos causa o influxo de células T mononucleares e reações alérgicas (hipersensitividade do tipo IV) • Prurido, causa ferimentos secundários na pele e infecções bacterianas são frequentes • Em imunossuprimidos, ocorre dermatite generalizada com grandes areas de pele comprometidas, altíssimo número de ácaros presentes e o indivíduo é forte transmissor de Scabies
  • 92.
  • 93. Acari Sarna de animais
  • 94. Diagnóstico: • Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e aspecto das crostas • Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado profundo lâmina microscópio Tratamento (repetido!): - Creme com permethrina 5% ou - Lindan 1% (pessoas imunocomprometidos plus 1 dose Ivermectina) - Tratamento da roupa contaminada: Lavar e secar por 10 min a 50°C, ou estocagem em recipientes fechados por 5 dias
  • 95. Aspectos epidemiológicos • Infestação do homem por variedades S. scabiei de animais: • auto-limitante, fugaz • Hipótese - origem das variedades: • Homem: hospedeiro primário • Adaptações a outras espécies de hospedeiros • Intercruzamento de cepas de animais e do homem evita especiação variabilidade genética leva a ampliação do espectro de hospedeiros (40 spp de 17 famílias e 7 ordens)
  • 96. Acari Dermatophagoides sp. – ácaro da poeira doméstica
  • 97. Ácaros de vida livre como causador de doença • Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados, alimentos processados • Família Phyroglyphidae: - Dermatophagoides pteronyssinus - Dermatophagoides farinae - Pyroglyphus africanus - Dermatophagoides deanei - Euroglyphus maynei • Família Glycyphagidae: - Blomia tropicalis • Família Chortoglyfidae: - Chortoglyphus arcuatus • Família Saproglyphidae: - Suidasia pontifica • Pessoas suscetíveis (número crescente): alergias respiratórias • Alérgeno é o próprio ácaro e/ou seus produtos: dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão em poeira