Este documento discute a importância da leitura na formação do cidadão. A leitura é uma prática social essencial para a inserção do indivíduo na sociedade, pois fornece acesso a informações que permitem interagir de forma consciente. A escola desempenha um papel fundamental na formação do hábito da leitura, embora os alunos muitas vezes não gostem de ler. A leitura como prática social vai além da decodificação e requer compreensão do contexto.
1) O documento discute a importância da contação de histórias na formação de leitores, justificando a necessidade de investigar estratégias para melhorar o ensino da leitura.
2) Atualmente, os alunos parecem não gostar de ler ou não saber ler, o que pode estar relacionado à falta de formação dos professores como leitores.
3) A contação de histórias é proposta como uma estratégia possível para engajar os alunos e formá-los como leitores críticos.
Práticas de produção textua na universidadeVera Arcas
O documento discute práticas de ensino de produção textual na universidade com foco na reescrita de textos. Aborda três projetos integrados desenvolvidos pelo Departamento de Linguística da Universidade de Brasília para aprimorar habilidades de leitura e escrita de estudantes. O processo de ensino-aprendizagem é baseado em reescritas orientadas utilizando ferramentas como o Moodle e o Laboratório de Texto.
Leitura de Mundo e a Formação de Leitor que Forma Leitor Uma experiência de r...Mônica Santana
1) O documento relata a experiência da autora em se constituir como leitora, desde a infância quando ouvia lendas contadas por familiares até o ingresso no curso de pedagogia.
2) A autora descreve como as histórias em quadrinhos e bibliotecas comunitárias incentivaram seu interesse pela leitura durante a adolescência.
3) Refletir sobre seu próprio desenvolvimento como leitora permitiu à autora pensar em como incentivar a formação de leitores em sua futura prática docente.
1) O texto discute as capacidades necessárias para a leitura cidadã, além da decodificação e compreensão literal ensinadas na escola.
2) Diferentes tipos de leitura requerem diferentes combinações de capacidades cognitivas, sociais e linguísticas.
3) A leitura escolar foca principalmente na decodificação e localização de informações, em detrimento de capacidades interpretativas e críticas necessárias para a leitura como prática social.
O texto discute os conceitos de tipos e gêneros textuais e como compreendê-los pode contribuir para o desenvolvimento de práticas de leitura e escrita mais efetivas. Aborda como texto e discurso são conceitos distintos e como gêneros textuais surgem de diferentes esferas de atividade humana. Também destaca a importância de estudar uma variedade de gêneros para além dos literários.
Letramento e competência comunicativa a aprendizagem da escritaDouglas Marcos
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com a aprendizagem da escrita e leitura. Aprender a ler e escrever é um processo social que envolve interação com outras pessoas e não apenas habilidades individuais. Estudos sobre letramento influenciaram as práticas de alfabetização ao enfatizar a importância de inserir a escrita na vida dos alunos para além do código. Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para revisar conceitos e práticas de ensino.
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso de um blog para estimular a leitura de contos de autores gaúchos entre estudantes do ensino médio. O objetivo era motivar os alunos a ler e comentar os contos, aproveitando as vantagens das novas tecnologias. A pesquisa analisou os benefícios da leitura para a formação dos estudantes e como o blog pode ajudar a despertar o interesse pela leitura de literatura.
1) A leitura é uma habilidade essencial na sociedade moderna e é exigida em diversos campos como o trabalho e o exercício da cidadania.
2) A leitura é uma prática social que depende do contexto, como a finalidade e o gênero textual, e também é um processo individual e dialógico de interpretação.
3) Ser um leitor competente requer dominar estratégias e procedimentos de leitura que permitam a compreensão crítica dos textos em diferentes situações sociais.
1) O documento discute a importância da contação de histórias na formação de leitores, justificando a necessidade de investigar estratégias para melhorar o ensino da leitura.
2) Atualmente, os alunos parecem não gostar de ler ou não saber ler, o que pode estar relacionado à falta de formação dos professores como leitores.
3) A contação de histórias é proposta como uma estratégia possível para engajar os alunos e formá-los como leitores críticos.
Práticas de produção textua na universidadeVera Arcas
O documento discute práticas de ensino de produção textual na universidade com foco na reescrita de textos. Aborda três projetos integrados desenvolvidos pelo Departamento de Linguística da Universidade de Brasília para aprimorar habilidades de leitura e escrita de estudantes. O processo de ensino-aprendizagem é baseado em reescritas orientadas utilizando ferramentas como o Moodle e o Laboratório de Texto.
Leitura de Mundo e a Formação de Leitor que Forma Leitor Uma experiência de r...Mônica Santana
1) O documento relata a experiência da autora em se constituir como leitora, desde a infância quando ouvia lendas contadas por familiares até o ingresso no curso de pedagogia.
2) A autora descreve como as histórias em quadrinhos e bibliotecas comunitárias incentivaram seu interesse pela leitura durante a adolescência.
3) Refletir sobre seu próprio desenvolvimento como leitora permitiu à autora pensar em como incentivar a formação de leitores em sua futura prática docente.
1) O texto discute as capacidades necessárias para a leitura cidadã, além da decodificação e compreensão literal ensinadas na escola.
2) Diferentes tipos de leitura requerem diferentes combinações de capacidades cognitivas, sociais e linguísticas.
3) A leitura escolar foca principalmente na decodificação e localização de informações, em detrimento de capacidades interpretativas e críticas necessárias para a leitura como prática social.
O texto discute os conceitos de tipos e gêneros textuais e como compreendê-los pode contribuir para o desenvolvimento de práticas de leitura e escrita mais efetivas. Aborda como texto e discurso são conceitos distintos e como gêneros textuais surgem de diferentes esferas de atividade humana. Também destaca a importância de estudar uma variedade de gêneros para além dos literários.
Letramento e competência comunicativa a aprendizagem da escritaDouglas Marcos
O documento discute o conceito de letramento e sua relação com a aprendizagem da escrita e leitura. Aprender a ler e escrever é um processo social que envolve interação com outras pessoas e não apenas habilidades individuais. Estudos sobre letramento influenciaram as práticas de alfabetização ao enfatizar a importância de inserir a escrita na vida dos alunos para além do código. Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para revisar conceitos e práticas de ensino.
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso de um blog para estimular a leitura de contos de autores gaúchos entre estudantes do ensino médio. O objetivo era motivar os alunos a ler e comentar os contos, aproveitando as vantagens das novas tecnologias. A pesquisa analisou os benefícios da leitura para a formação dos estudantes e como o blog pode ajudar a despertar o interesse pela leitura de literatura.
1) A leitura é uma habilidade essencial na sociedade moderna e é exigida em diversos campos como o trabalho e o exercício da cidadania.
2) A leitura é uma prática social que depende do contexto, como a finalidade e o gênero textual, e também é um processo individual e dialógico de interpretação.
3) Ser um leitor competente requer dominar estratégias e procedimentos de leitura que permitam a compreensão crítica dos textos em diferentes situações sociais.
[1] O documento discute como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a formação de leitores competentes, ao expor estudantes a diversos tipos de textos e linguagens. [2] Defende que a leitura deve ser entendida como um processo ativo de construção de significado, não mera decodificação, e que a escola deve incentivar debates e diferentes interpretações. [3] Argumenta que as comunidades interpretativas, como a escola, influenciam como leitores compreendem o mundo, e que a escola deve oferecer bons
Este artigo apresenta os resultados de duas pesquisas sobre as práticas de ensino da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A primeira pesquisa observou as atividades propostas em cinco séries e a segunda entrevistou alunos sobre como percebiam tais atividades. Os dados indicam que as atividades se concentravam em aspectos mecânicos da escrita e que os alunos se mostravam abertos às atividades, independentemente do nível de reflexão proporcionado.
O documento discute o Teatro de Leitores como uma estratégia para melhorar a fluência leitora em crianças. Ele explica que o Teatro de Leitores promove a motivação para a leitura ao dar um propósito para a releitura, concentrando a atenção das crianças nos significados do texto. Também ajuda as crianças a praticar a leitura em voz alta de forma envolvente. O documento conclui que esta estratégia contribui para que as crianças leiam de forma expressiva com compreensão.
Este documento discute a relação entre cultura, leitura e escrita. Ele explica que a escrita ampliou a memória humana e possibilitou a comunicação a distância, tornando-se também um instrumento de poder. A leitura e a escrita exercem diferentes funções nas culturas e dependem do contexto social e cultural do leitor.
Bruxos, vampiros, divergentes e zumbis a formação do leitor literário na esco...Mariana Correia
O documento discute a formação do leitor literário na escola a partir da popularidade de livros e filmes de fantasia entre os jovens. Propõe que os professores deem o próximo passo levando esses leitores em formação a obras mais complexas através de uma sequência didática organizada com base na Teoria do Letramento Literário.
Programa Desenvolvendo o Hábito e o Prazer da Leitura realizado com turmas de segundos anos do Ensino Médio no Instituto Estadual de Educação de São Francisco de Assis pela professora Denise Miletto.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as concepções e práticas pedagógicas de leitura na Educação de Jovens e Adultos em uma escola pública em Cuiabá, MT. A pesquisa objetiva entender os diferentes modos de leitura dos alunos e refletir sobre o ensino e aprendizagem da leitura. Os dados preliminares indicam que a leitura ocupa lugar de destaque na sala de aula por meio de variedade de gêneros textuais e instiga elementos de construção do texto.
O documento discute a importância de ensinar a ler contextualizando textos e promovendo diálogos entre diferentes leituras. Também aborda a necessidade de ensinar a escrever por meio de situações que estimulem a produção intelectual dos alunos, não apenas a cópia. Por fim, destaca a importância de transformar os alunos em leitores sensíveis capazes de interpretar textos e estabelecer relações entre a obra e o mundo.
O documento descreve duas propostas de trabalho com leitura literária para turmas de 6o ano utilizando as TICs. Na primeira proposta, os alunos participaram de um fórum de discussão online sobre o livro "A famosa invasão dos ursos na Sicília". Na segunda proposta, os alunos interagiram durante a leitura autônoma utilizando uma base de dados. A análise mostrou que as ferramentas TIC potencializaram a interação entre os alunos e contribuíram para a construção coletiva de significado.
Este documento discute:
1) A diferença entre escrita, alfabetização e letramento;
2) Como a escola pode produzir bons leitores, enfatizando a compreensão desde as primeiras etapas da alfabetização;
3) Como alfabetizar letrando, utilizando atividades de comunicação que demonstrem a função social da escrita.
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolarVanessa Biff
O documento discute as relações entre leitura, letramento e identidade. Aponta que a escola pouco contribui para a formação de leitores e legitima práticas de leitura. Defende que a biblioteca escolar pode proporcionar contextos diversos que ampliam as experiências dos alunos e promovem eventos de letramento significativos para a construção da identidade.
1) O documento descreve um projeto realizado com alunos do ensino médio para produzir um jornal mural na escola durante oficinas semanais de leitura e produção textual.
2) O objetivo era aprimorar a leitura e escrita dos alunos em diferentes gêneros jornalísticos e desenvolver sua criatividade e senso crítico.
3) Como resultado, os textos dos alunos eram publicados no jornal mural e lidos por toda a comunidade escolar, melhorando a produção textual dos alun
O documento descreve o Projeto Ler+ da Escola de Ensino Fundamental e Médio “Alto Rio Possmoser”. O projeto tem como objetivo oportunizar o acesso a obras literárias e desenvolver a competência leitora dos alunos das 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e 1o ao 3o ano do Ensino Médio através de atividades como pesquisa, produção de murais e uma Mostra Literária.
1. O documento discute a importância da leitura na formação de leitores autônomos e críticos na escola, propondo uma abordagem alternativa para alunos do ensino fundamental.
2. Atualmente, a leitura é ensinada de forma equivocada, focando apenas na decodificação de letras em sons, sem desenvolver a compreensão. Isso produz "leitores" que decodificam texto mas não o interpretam.
3. Para formar cidadãos capazes de compreender diferentes tipos de texto, é necessário que a
O documento discute o conceito de literacia e como ele evoluiu para incluir mais do que apenas habilidades de leitura e escrita. Literacia agora se refere à capacidade de usar essas habilidades para atender às demandas da sociedade. Vários estudos mostram altas taxas de analfabetismo funcional em Portugal, com apenas metade dos estudantes atingindo o nível mínimo de competência em leitura. Há uma necessidade urgente de melhorar a literacia no país.
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivistaDeusrieta M1)
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita com base em uma perspectiva construtivista. Aborda o desenvolvimento histórico da escrita e sua importância atual, além de definir o que é ler e como ocorre o processo de compreensão durante a leitura. Também apresenta diferentes abordagens para o ensino e aprendizagem da leitura na escola.
Este documento discute a importância do desenvolvimento do hábito de leitura desde a infância para promover o pensamento crítico. Ele argumenta que incentivar a leitura de histórias na infância ajuda as crianças a desenvolverem imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa. Também destaca o papel da escola em formar leitores desde cedo, expondo as crianças a livros e desenvolvendo estratégias para cultivar o hábito da leitura.
4. Lerner. DéLia. Ler Escrever Escola. Paulo DelorosoAndrea Cortelazzi
O documento discute os desafios do ensino da leitura e escrita na escola. Afirma que é necessário tornar a escola uma comunidade de leitores e escritores, onde ler e escrever sejam práticas vivas. No entanto, há tensões entre os propósitos escolares e extraescolares da leitura e escrita, e entre ensinar e controlar a aprendizagem. Defende-se que é preciso preservar o sentido das práticas sociais de leitura e escrita como objeto de ensino.
O documento discute a importância do desenvolvimento da oralidade e da leitura na infância de forma natural e prazerosa, com o professor como mediador. Também aborda a relevância de se considerar os conhecimentos prévios da criança e estimular a compreensão do texto lido através de estratégias adequadas.
O documento discute a importância do desenvolvimento da oralidade e da leitura na infância de forma natural e prazerosa, com o professor como mediador. Também aborda a relevância de se considerar os conhecimentos prévios da criança e estimular a compreensão do texto lido através de estratégias adequadas.
O documento discute as práticas de leitura nos anos iniciais da educação básica e sua importância no processo de aprendizagem. Ele apresenta os resultados de uma pesquisa de campo sobre como a leitura é ensinada nos primeiros anos escolares e como isso contribui para o desenvolvimento dos alunos. O documento enfatiza o papel fundamental do professor em promover o gosto pela leitura por meio de atividades lúdicas e em desenvolver habilidades para formar leitores competentes.
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1Roberta Scheibe
O documento discute os conceitos de oralidade, escrita, alfabetização e letramento. Aprendemos ao longo da vida por meio da interação social e da experiência, não apenas em salas de aula. Letramento envolve as práticas sociais da leitura e escrita, não apenas habilidades básicas. Oralidade e escrita devem ser vistas como complementares, não opostas.
[1] O documento discute como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a formação de leitores competentes, ao expor estudantes a diversos tipos de textos e linguagens. [2] Defende que a leitura deve ser entendida como um processo ativo de construção de significado, não mera decodificação, e que a escola deve incentivar debates e diferentes interpretações. [3] Argumenta que as comunidades interpretativas, como a escola, influenciam como leitores compreendem o mundo, e que a escola deve oferecer bons
Este artigo apresenta os resultados de duas pesquisas sobre as práticas de ensino da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A primeira pesquisa observou as atividades propostas em cinco séries e a segunda entrevistou alunos sobre como percebiam tais atividades. Os dados indicam que as atividades se concentravam em aspectos mecânicos da escrita e que os alunos se mostravam abertos às atividades, independentemente do nível de reflexão proporcionado.
O documento discute o Teatro de Leitores como uma estratégia para melhorar a fluência leitora em crianças. Ele explica que o Teatro de Leitores promove a motivação para a leitura ao dar um propósito para a releitura, concentrando a atenção das crianças nos significados do texto. Também ajuda as crianças a praticar a leitura em voz alta de forma envolvente. O documento conclui que esta estratégia contribui para que as crianças leiam de forma expressiva com compreensão.
Este documento discute a relação entre cultura, leitura e escrita. Ele explica que a escrita ampliou a memória humana e possibilitou a comunicação a distância, tornando-se também um instrumento de poder. A leitura e a escrita exercem diferentes funções nas culturas e dependem do contexto social e cultural do leitor.
Bruxos, vampiros, divergentes e zumbis a formação do leitor literário na esco...Mariana Correia
O documento discute a formação do leitor literário na escola a partir da popularidade de livros e filmes de fantasia entre os jovens. Propõe que os professores deem o próximo passo levando esses leitores em formação a obras mais complexas através de uma sequência didática organizada com base na Teoria do Letramento Literário.
Programa Desenvolvendo o Hábito e o Prazer da Leitura realizado com turmas de segundos anos do Ensino Médio no Instituto Estadual de Educação de São Francisco de Assis pela professora Denise Miletto.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as concepções e práticas pedagógicas de leitura na Educação de Jovens e Adultos em uma escola pública em Cuiabá, MT. A pesquisa objetiva entender os diferentes modos de leitura dos alunos e refletir sobre o ensino e aprendizagem da leitura. Os dados preliminares indicam que a leitura ocupa lugar de destaque na sala de aula por meio de variedade de gêneros textuais e instiga elementos de construção do texto.
O documento discute a importância de ensinar a ler contextualizando textos e promovendo diálogos entre diferentes leituras. Também aborda a necessidade de ensinar a escrever por meio de situações que estimulem a produção intelectual dos alunos, não apenas a cópia. Por fim, destaca a importância de transformar os alunos em leitores sensíveis capazes de interpretar textos e estabelecer relações entre a obra e o mundo.
O documento descreve duas propostas de trabalho com leitura literária para turmas de 6o ano utilizando as TICs. Na primeira proposta, os alunos participaram de um fórum de discussão online sobre o livro "A famosa invasão dos ursos na Sicília". Na segunda proposta, os alunos interagiram durante a leitura autônoma utilizando uma base de dados. A análise mostrou que as ferramentas TIC potencializaram a interação entre os alunos e contribuíram para a construção coletiva de significado.
Este documento discute:
1) A diferença entre escrita, alfabetização e letramento;
2) Como a escola pode produzir bons leitores, enfatizando a compreensão desde as primeiras etapas da alfabetização;
3) Como alfabetizar letrando, utilizando atividades de comunicação que demonstrem a função social da escrita.
Relações entre leitura, letramento, identidade e o papel da biblioteca escolarVanessa Biff
O documento discute as relações entre leitura, letramento e identidade. Aponta que a escola pouco contribui para a formação de leitores e legitima práticas de leitura. Defende que a biblioteca escolar pode proporcionar contextos diversos que ampliam as experiências dos alunos e promovem eventos de letramento significativos para a construção da identidade.
1) O documento descreve um projeto realizado com alunos do ensino médio para produzir um jornal mural na escola durante oficinas semanais de leitura e produção textual.
2) O objetivo era aprimorar a leitura e escrita dos alunos em diferentes gêneros jornalísticos e desenvolver sua criatividade e senso crítico.
3) Como resultado, os textos dos alunos eram publicados no jornal mural e lidos por toda a comunidade escolar, melhorando a produção textual dos alun
O documento descreve o Projeto Ler+ da Escola de Ensino Fundamental e Médio “Alto Rio Possmoser”. O projeto tem como objetivo oportunizar o acesso a obras literárias e desenvolver a competência leitora dos alunos das 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e 1o ao 3o ano do Ensino Médio através de atividades como pesquisa, produção de murais e uma Mostra Literária.
1. O documento discute a importância da leitura na formação de leitores autônomos e críticos na escola, propondo uma abordagem alternativa para alunos do ensino fundamental.
2. Atualmente, a leitura é ensinada de forma equivocada, focando apenas na decodificação de letras em sons, sem desenvolver a compreensão. Isso produz "leitores" que decodificam texto mas não o interpretam.
3. Para formar cidadãos capazes de compreender diferentes tipos de texto, é necessário que a
O documento discute o conceito de literacia e como ele evoluiu para incluir mais do que apenas habilidades de leitura e escrita. Literacia agora se refere à capacidade de usar essas habilidades para atender às demandas da sociedade. Vários estudos mostram altas taxas de analfabetismo funcional em Portugal, com apenas metade dos estudantes atingindo o nível mínimo de competência em leitura. Há uma necessidade urgente de melhorar a literacia no país.
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivistaDeusrieta M1)
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita com base em uma perspectiva construtivista. Aborda o desenvolvimento histórico da escrita e sua importância atual, além de definir o que é ler e como ocorre o processo de compreensão durante a leitura. Também apresenta diferentes abordagens para o ensino e aprendizagem da leitura na escola.
Este documento discute a importância do desenvolvimento do hábito de leitura desde a infância para promover o pensamento crítico. Ele argumenta que incentivar a leitura de histórias na infância ajuda as crianças a desenvolverem imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa. Também destaca o papel da escola em formar leitores desde cedo, expondo as crianças a livros e desenvolvendo estratégias para cultivar o hábito da leitura.
4. Lerner. DéLia. Ler Escrever Escola. Paulo DelorosoAndrea Cortelazzi
O documento discute os desafios do ensino da leitura e escrita na escola. Afirma que é necessário tornar a escola uma comunidade de leitores e escritores, onde ler e escrever sejam práticas vivas. No entanto, há tensões entre os propósitos escolares e extraescolares da leitura e escrita, e entre ensinar e controlar a aprendizagem. Defende-se que é preciso preservar o sentido das práticas sociais de leitura e escrita como objeto de ensino.
O documento discute a importância do desenvolvimento da oralidade e da leitura na infância de forma natural e prazerosa, com o professor como mediador. Também aborda a relevância de se considerar os conhecimentos prévios da criança e estimular a compreensão do texto lido através de estratégias adequadas.
O documento discute a importância do desenvolvimento da oralidade e da leitura na infância de forma natural e prazerosa, com o professor como mediador. Também aborda a relevância de se considerar os conhecimentos prévios da criança e estimular a compreensão do texto lido através de estratégias adequadas.
O documento discute as práticas de leitura nos anos iniciais da educação básica e sua importância no processo de aprendizagem. Ele apresenta os resultados de uma pesquisa de campo sobre como a leitura é ensinada nos primeiros anos escolares e como isso contribui para o desenvolvimento dos alunos. O documento enfatiza o papel fundamental do professor em promover o gosto pela leitura por meio de atividades lúdicas e em desenvolver habilidades para formar leitores competentes.
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1Roberta Scheibe
O documento discute os conceitos de oralidade, escrita, alfabetização e letramento. Aprendemos ao longo da vida por meio da interação social e da experiência, não apenas em salas de aula. Letramento envolve as práticas sociais da leitura e escrita, não apenas habilidades básicas. Oralidade e escrita devem ser vistas como complementares, não opostas.
O documento discute concepções de leitura e suas implicações para o ensino. A leitura é vista como um processo ativo que envolve a compreensão e interpretação do texto com base nos objetivos, conhecimentos e estratégias do leitor. Uma concepção interacionista considera o leitor, autor e texto no processo de produção de sentidos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam o ensino de leitura a estimular uma atitude ativa do aluno, mobilizando diferentes tipos de conhecimento.
1) O documento discute a importância da alfabetização e do letramento no contexto escolar brasileiro, trazendo seus conceitos e evolução histórica.
2) Aborda como alfabetização e letramento são processos complementares mas distintos, sendo o letramento mais abrangente ao incluir as dimensões sociais e de uso da língua escrita.
3) Apresenta os objetivos da pesquisa em identificar os níveis de alfabetização e letramento dos alunos do 6o ano de uma escola pública, a partir da
O documento discute a importância da leitura na formação de leitores competentes e como a família e a escola podem incentivar a prática da leitura desde cedo. A família deve introduzir as crianças a um ambiente rico em livros e histórias para despertar o prazer pela leitura. Cabe à escola assumir a responsabilidade de desenvolver estratégias para tornar a leitura significativa e combater as desigualdades, formando cidadãos críticos.
O documento discute a importância da leitura literária na formação do leitor. A leitura literária amplia a capacidade de compreender o mundo, permitindo que o leitor interprete diferentes tipos de linguagem e contextos. No entanto, a escola tem priorizado outras atividades em vez da leitura, deixando de formar leitores críticos. É essencial que os professores incentivem a leitura e ajudem os alunos a relacionar os textos literários com a realidade.
O documento discute a importância da literatura infantil no processo de alfabetização e letramento. Ele explica que alfabetização é o processo de aprender a ler e escrever enquanto letramento é o uso contínuo dessas habilidades em contextos sociais. Além disso, a literatura infantil pode ser usada como recurso pedagógico valioso para estimular a imaginação e criatividade das crianças durante a alfabetização.
O documento descreve um projeto literário realizado pela E.M.E.I.E.F. Antônio Francisco Lisboa em 2016 chamado "Brincando no Mundo da Literatura". O projeto teve como objetivo promover a leitura e a produção textual entre os alunos por meio de atividades lúdicas ao longo do ano letivo, culminando em uma feira literária em dezembro.
A influência da internet nos hábitos da leituragleudivania
O documento discute a influência da internet nos hábitos de leitura. Aborda como as novas tecnologias impactam o desenvolvimento da linguagem e da escrita dos jovens e como os professores devem se adaptar para usar essas ferramentas de forma educativa. Também analisa se os jovens preferem livros impressos ou digitais disponíveis online.
SUBSÍDIOS ATPC - A4 - Letramento e capacidade de leitura pra cidadania 2004.pdfRitaMuniz9
1) A leitura na escola geralmente se concentra em capacidades básicas como decodificação e compreensão literal, em vez de interpretação e discussão crítica dos textos.
2) Existem muitas capacidades envolvidas na leitura além da decodificação, como ativação de conhecimento prévio e habilidades discursivas.
3) As teorias de leitura evoluíram para reconhecer cada vez mais capacidades, da compreensão do texto para a interação autor-leitor e análise de discursos.
Este documento descreve um projeto de leitura para desenvolver habilidades de leitura e escrita entre estudantes. O projeto visa promover a motivação para a leitura através da biblioteca escolar, disponibilizando diversos materiais e organizando atividades para estudantes e professores.
Este documento discute a importância da interpretação de texto como ferramenta de leitura e compreensão do mundo. Argumenta que a leitura deve ser mais do que decodificação e envolver interpretação para compreender o significado. Também aborda como direcionar atividades de leitura na escola de forma a formar leitores competentes.
1) O documento discute a importância da leitura e da biblioteca pública na formação de sujeitos críticos e socialmente incluídos.
2) A pesquisa tem como objetivo conhecer as práticas de leitura na biblioteca pública municipal de Senhor do Bonfim e como elas contribuem para a formação de sujeitos letrados.
3) A relevância do estudo é analisar o papel da biblioteca pública na construção do conhecimento e formação de leitores para atender às demandas educativas da sociedade
1) O documento discute as capacidades necessárias para a leitura cidadã, incluindo decodificação, compreensão e interpretação.
2) Ele argumenta que as práticas de leitura na escola geralmente se concentram apenas na decodificação e compreensão básica, ignorando outras capacidades importantes.
3) Isso resulta em leitores brasileiros insuficientemente preparados para as demandas da sociedade atual, altamente letrada.
O documento discute a importância da leitura na 3a série do ensino fundamental. Aborda conceitos de leitura, como um processo de compreensão que envolve fatores cognitivos e sociais. Também apresenta a leitura como pré-requisito para a escrita e discute habilidades e estratégias de leitura que devem ser desenvolvidas na escola, como estabelecer objetivos e monitorar a compreensão. A leitura deve ser incentivada desde cedo para se tornar um hábito prazeroso.
O documento discute os desafios e possibilidades de ensinar leitura e escrita de forma efetiva na escola. Delia Lerner propõe que a escola deve formar estudantes como praticantes da cultura escrita, e não apenas como decifradores do sistema de escrita. Isso requer mudanças curriculares e nas práticas pedagógicas dos professores para tornar a leitura e escrita atividades significativas para os estudantes.
[1] O documento discute a importância da leitura na formação dos alunos e identifica os significados atribuídos à prática da leitura por alunos da 8a série.
[2] A pesquisa teve como objetivo analisar os significados que a leitura tem para esses alunos, bem como os fatores que influenciaram na construção desses significados, incluindo a família e o acesso a ambientes de letramento.
[3] O documento é dividido em 4 capítulos que abordam a
Ler e escrever na escola o real o possivel e o necessario delia lernerMonica Oliveira
1. O documento discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma a formar estudantes como praticantes da cultura escrita.
2. É difícil conciliar os propósitos didáticos da escola com as práticas sociais de leitura e escrita fora da escola.
3. É necessário transformar a escola em uma comunidade de leitores e escritores para preservar o sentido e propósito destas práticas.
A formação de leitores na educação infantilMarcia Gomes
Este documento discute a formação de leitores na educação infantil. Ele analisa as boas práticas de leitura nessa etapa e como os professores podem melhorar o processo de alfabetização das crianças. A pesquisa qualitativa inclui entrevistas com professores para identificar estratégias eficazes para tornar as crianças leitoras desde cedo.
ENSINANDO PARA APRENDER, APRENDENDO PARA ENSINAR: EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO IN...ProfessorPrincipiante
1) O documento descreve uma experiência de formação inicial de professores no Brasil utilizando o Tema Gerador de Paulo Freire. 2) Os estudantes desenvolveram um projeto de alfabetização literária em escolas públicas com foco em criar leitores. 3) O projeto mostrou que trabalhar colaborativamente entre universidade e escola pode promover reflexões importantes para o desenvolvimento profissional dos futuros professores.
Semelhante a Artigo leitura uma porta aberta... (20)
ENSINANDO PARA APRENDER, APRENDENDO PARA ENSINAR: EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO IN...
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1. 1
Leitura: uma porta aberta na formação do cidadão1
Caciací Santos de Santa Rosa2
RESUMO
O presente artigo faz uma breve abordagem acerca da relação existente entre leitura, escola e
cidadania, demonstrando a importância da leitura como prática social na formação do
cidadão. Apresenta algumas práticas voltadas para o ensino da leitura que vem sendo
desenvolvidas em escolas de ensino fundamental brasileiras. Enfoca o papel da leitura como
fonte de informação e disseminação de cultura. Aborda a relação dos alunos do ensino
fundamental com a leitura escolar, trazendo um estudo de caso com crianças que cursam a 4ª.
Série do ensino fundamental em uma escola da rede pública da cidade de Salvador.
PALAVRAS – CHAVE: Leitura. Escola. Informação. Cidadania.
1. Introdução
Com o desenvolvimento científico e tecnológico que é característica marcante da
sociedade contemporânea, nota-se que a leitura cada vez mais tem se tornado um elemento
indispensável para a inserção social do individuo e conseqüentemente para a formação da
cidadania, uma vez que através dela ele terá acesso a uma enorme gama de informações e
novos conhecimentos que serão de fundamental importância para que possa interagir de uma
forma mais consciente na sociedade.
Segundo Silva (1991), a leitura é um ato de conhecimento, pois ler significa perceber e
compreender as relações existentes no mundo. Nesse sentido podemos definir leitura como
“[...] um ato individual, voluntário e interior [...]”, (SANDRONI; MACHADO, 1998, p. 22),
que se inicia com a decodificação dos signos lingüísticos que compõem a linguagem escrita
convencional, mas que não se restringe à mera decodificação desses signos, pois, a leitura
exige do sujeito leitor a capacidade de interação com o mundo que o cerca.
A leitura é uma atividade ao mesmo tempo individual e social. É individual porque
nela se manifestam particularidades do leitor: suas características intelectuais, sua
1
Artigo apresentado às Faculdades Jorge Amado - FJA, como trabalho de conclusão do curso de graduação em
Normal Superior Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado através da parceria FJA/SMEC. Aprovado em
junho de 2005.
2
Professora da Rede Municipal de Ensino de Salvador, licenciada em Anos Iniciais do Ensino Fundamental
(Curso Normal Superior) pelas Faculdades Jorge Amado - SSA /BA. Graduanda em biblioteconomia pelo
Instituto de Ciência da Informação - ICI/UFBA. Pós-graduanda no curso de Especialização em Novas
Tecnologias Aplicadas à Educação pela Faculdade São Salvador - SSA/BA. E-mail: caciaci@yahoo.com.br.
2. 2
memória, sua história; é social porque está sujeita às convenções lingüísticas, ao
contexto social, à política. (NUNES 1994, p.14)
Ler é atribuir sentido ao texto, relacionando-o com o contexto e com as experiências
previas do leitor. Para Kleiman (2002), a leitura é um processo que se evidencia através da
interação entre os diversos níveis de conhecimento do leitor: o conhecimento lingüístico; o
conhecimento textual e o conhecimento de mundo. Sendo assim, o ato de ler caracteriza-se
como um processo interativo.
Apesar de hoje já ter se tornado evidente a importância da leitura enquanto prática
social, ainda é bem comum observarmos crianças que freqüentam classes regulares de escolas
públicas de ensino fundamental afirmarem não gostar de ler. Isso se torna algo ainda mais
evidente na medida em que procuramos fazer uma análise reflexiva acerca do ensino de
leitura no Brasil desde o século XIX até os dias atuais.
Para tanto, faz-se necessário conhecermos um pouco sobre os materiais de leitura que
vem sendo oferecidos pelos professores aos alunos do ensino fundamental, como também, é
importante conhecermos algumas práticas leitoras que estão sendo desenvolvidas nas salas de
aulas das escolas públicas de ensino fundamental, que atendem prioritariamente a uma
clientela de alunos oriundos das classes populares, alunos esses que já não encontram em seu
ambiente familiar um contexto de letramento que favoreça a ampliação de seus recursos
lingüísticos e a formação do hábito de ler.
Segundo Molina (1992), a partir do momento em que se reconhece o papel da escola
na formação do leitor, apesar de todos os limites concretos, torna-se possível uma mudança de
práticas, com o objetivo de dar ao aluno a competência em utilizar a leitura como um
instrumento útil em sua vida, além da escola. Nesse sentido, observa-se que a escola poderá
exercer um importante papel na formação de um leitor mais competente.
Com base na visão de leitura enquanto prática social que deverá ser promovida pela
escola, porém exercida pelo aluno além da vida escolar, em suas múltiplas relações que
entrelaçam a cadeia do mundo globalizado é que foi elaborado este trabalho com o objetivo de
demonstrar a importância da leitura como fonte de informação e disseminação de cultura,
reconhecendo o papel da escola como mola propulsora na formação do desejo e hábito de ler
nos alunos.
Vale a pena ressaltar que pretende-se com este trabalho fazer uma breve reflexão
acerca de alguns aspectos mais relevantes presentes na relação que há entre a escola, a leitura
e os sujeitos leitores, no que diz respeito não só a simples decodificação do código escrito que
se caracteriza formalmente como leitura, mas ao sentido mais amplo que se refere ao ato de
3. 3
ler, pois, “a compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção
das relações entre o texto e o contexto”. (FREIRE, 1997, p.11).
Nesse sentido caberá a escola enquanto espaço formal de articulação e promoção das
práticas leitoras possibilitar ao educando condições favoráveis para que ele possa exercer o
ato de ler de forma plena, sendo capaz de praticá-lo com autonomia e criticidade, no sentido
de saber estabelecer múltiplas relações entre texto e contexto de uma forma dinâmica e
construtiva.
2. Leitura como prática social: uma porta aberta na formação do cidadão
O conceito de leitura enquanto prática social vai muito além da simples decodificação
da linguagem verbal escrita, pois nele está inserido a idéia de que ler é atribuir sentido ao
texto, relacionando-o com o contexto e com as experiências prévias do sujeito leitor. Nesse
sentido cabe afirmar que esse tipo de leitura sempre será precedida de uma finalidade
concreta, que atenderá a um objetivo presente no contexto real em que o leitor está inserido. A
leitura como prática social é um meio que poderá conduz o leitor a resolver um problema
prático, responder a um objetivo concreto ou a uma necessidade pessoal.
Pensar em leitura enquanto prática social pressupõe pensar nas múltiplas relações que
o sujeito-leitor exerce na interação com o universo sócio-cultural a sua volta; é pensar em um
leitor apto a usar a leitura como fonte de informação e disseminação de cultura, pois,
Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas
respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita,
significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se
é. (FOUCAMBERT, 1994, p.5).
Portanto, para que o sujeito leitor possa fazer o uso social da leitura não bastará apenas
que ele seja alfabetizado, no sentido de apenas ter adquirido as habilidades necessárias para
saber decodificar a linguagem escrita, porém se faz necessário que além de ser alfabetizado
ele seja também letrado.
Segundo Soares (1999), passamos a enfrentar uma nova realidade social em que não
basta apenas saber ler e escrever é preciso também fazer uso do ler e do escrever, para saber
responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente, daí surge o
termo letramento, ressignificando a idéia principal que se tinha do saber ler e escrever,
buscando definir um novo padrão de usuário da língua que se mostre apto a atender às
demandas da sociedade contemporânea. Quando afirmamos que um individuo além de
alfabetizado precisa ser letrado estamos incorporando a ele valores que definem a maneira que
esse individuo interage com a complexidade lingüística e cultural do mundo a sua volta, pois
4. 4
dessa forma ele passará de um mero decodificador da língua escrita a um usuário ativo da
mesma.
Em nossa sociedade os conteúdos informacionais circulam quase exclusivamente via
meios escritos, através da Internet3, da televisão, dos outdoors com informes publicitários, dos
jornais, das revistas, dos panfletos, dos catálogos e muitos outros veículos de comunicação.
Sendo assim, o processo de apropriação da informação e da construção de novos
conhecimentos se configura como um processo ativo que está intimamente ligado à leitura.
Por isso, o uso social da leitura é algo contextualizado que acontece em diferentes espaços e
não obedece a nenhuma regra específica e nem a um padrão sociolingüístico pré-definido.
Quando estamos em um ponto de ônibus a esperar o transporte que irá nos conduzir a
um determinado lugar e conseguimos ler e compreender o itinerário do coletivo que se
aproxima estamos, mesmo que inconscientemente, fazendo o uso social da língua; quando
lemos a bula de um medicamento a fim de verificar se sua indicação coincide com a
prescrição feita pelo nosso médico, estamos fazendo o uso social da língua; quando
procuramos uma vaga de emprego nos anúncios classificados de um jornal ou até mesmo
quando verificamos se o nome de um amigo consta na lista de aprovados do vestibular,
estamos fazendo o uso social da língua. Sendo assim, a leitura enquanto prática social adquire
um caráter dinâmico que se incorpora de uma forma natural às atividades cotidianas dos
indivíduos.
Segundo Kleiman (1998), ao lermos um texto, qualquer texto, colocamos em ação
todo o nosso sistema de valores, crenças e atitudes que refletem o grupo social em que se deu
nossa sociabilização primária, isto é, o grupo social em que nascemos e fomos educados. Por
isso, podemos afirmar que a leitura enquanto prática social é algo bastante complexo, pois
está intimamente ligado às nossas raízes sócio-culturais e conseqüentemente à formação da
nossa cidadania.
Nesse sentido é importante fazermos algumas definições acerca da palavra cidadania.
A palavra cidadania deriva-se da palavra cidadão. No sentido etimológico a palavra cidadão
deriva-se de civitas, que em latim significa cidade.
Segundo Ximenes (2000, p.170), “cidadania é a condição de cidadão” e “cidadão é o
individuo no pleno gozo de seus direitos políticos e civis”. Quando falamos a palavra
3
Rede mundial de computadores interligados por meio de programas especiais, servidores e
provedores de acesso, e que oferece serviços de e-mail, acesso a sites diversos, download de
programas, educação a distancia, etc.
5. 5
cidadania estamos interligando a ela a idéia de construção da consciência crítica, política e
social do individuo, pois,
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania
está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando
numa posição de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI, 1998, p. 14)
Sendo assim, a leitura e uma porta aberta na formação do cidadão e conseqüentemente
na construção da cidadania, uma vez que através da leitura o individuo terá a possibilidade de
construir novas relações com as informações presentes no espaço global de uma forma
dinâmica, crítica e autônoma, tornando-se sujeito construtor de sua própria história e da
história coletiva de seu país.
Formar o cidadão não significa ‘preparar o consumidor’. Significa capacitar as
pessoas para a tomada de decisões e para a escolha informada acerca de todos os
aspectos na vida em sociedade que as afetam, o que exige acesso à informação e ao
conhecimento e capacidade de processá-los judiciosamente, sem se deixar levar
cegamente pelo poder econômico ou político. (TAKAHASHI, 2000, p. 45)
Segundo Takahashi (2000), com a universalização de acesso às tecnologias de
informação e comunicação (TICs) surgiu um novo paradigma global no qual o acesso aos
serviços informacionais tem se tornado, cada vez mais, condição necessária para inserção
social dos indivíduos como cidadãos.
Vale ressaltar que a maioria dos conteúdos informacionais que são disseminados
diariamente via Internet são prioritariamente documentes escritos e por isso requer do leitor
um mínimo de conhecimento lingüístico e textual para ter acesso a eles. Isso torna ainda mais
evidente a importância da leitura como prática social na construção da cidadania.
3. Leitura na escola fundamental: o que temos oferecido aos nossos alunos
Segundo Galvão e Batista (2000), desde o século XIX a escola primaria brasileira,
hoje escola de ensino fundamental, via a formação do leitor como um processo que se
restringia basicamente à transmissão das habilidades básicas de leitura e escrita, bem como
das regras ortográficas do português, havia também uma forte preocupação com a transmissão
dos conteúdos instrutivos e das regras e modelos de comportamento, ou seja, eram ensinados
aspectos morais e ideológicos da sociedade, nesse sentido além dos livros didáticos eram
usados como materiais de leitura o Código Criminal e a Bíblia.
A partir de meados do século XX observou-se na escola primária brasileira uma
suposta evolução em relação ao ensino da leitura, buscando contemplar o uso social da língua
escrita, na diversidade dos modos de ler e nos diferentes gêneros textuais, através da
6. 6
introdução de todo um conjunto de textos que antes era proibido nas escolas como:
quadrinhos, rótulos, listas, quadros e tabelas, placas, publicidade entre outros. No sentido de
tornar a leitura escolar algo contextualizado que tivesse um caráter prático e motivador do
desejo de ler nos alunos.
Apesar das pesquisas apontarem essa suposta evolução no ensino da leitura nas
escolas, nota-se que ainda hoje isso é algo que ficou mais no discurso e só foi incorporado na
prática de pouquíssimas escolas brasileiras, em sua maioria aquelas que adotam uma proposta
de trabalho nos moldes construtivista, pois as que seguem uma linha pedagógica tradicional,
persistem utilizando prioritariamente o livro didático como o único ou principal elemento para
sistematização das práticas leitoras.
Mesmo com a existência de fatores de mudança e transformação das práticas leitoras
nas escolas, o desejo de ler ainda é algo que está bastante distanciado da maioria dos alunos,
principalmente daqueles oriundos das classes populares que só encontram prioritariamente na
escola acesso às práticas de leitura e escrita.
O desafio é formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis
que a literatura nos oferece, dispostas a identificar-se com o semelhante ou a
solidarizar-se com o diferente e capazes de apreciar a qualidade literária. (LERNER,
2002, p. 28)
A fim de tornar mais evidente a relação que tem se estabelecido na atualidade, entre os
alunos do ensino fundamental e a leitura escolar foi feito um estudo de caso com um grupo de
30 alunos, na faixa etária entre oito e doze anos que cursam a 4ª. série em uma escola da rede
pública, situada em um bairro do subúrbio ferroviário, região periférica da Cidade de
Salvador.
Para tanto foi feita uma entrevista onde esses alunos tiveram a oportunidade de
expressar de forma espontânea a sua relação com a leitura escolar e seu sentimento em relação
à leitura na sua vida cotidiana.
Porém, antes de apresentarmos os dados coletados na pesquisa de campo, faz-se
necessário fazermos um breve comentário sobre o trabalho com leitura que vem sendo
desenvolvido pela professora da turma de 4ª. série na qual os alunos foram entrevistados.
Durante a pesquisa observou-se que a professora desenvolve um trabalho com leitura
bastante interessante no sentido de mostrar aos alunos a importância da leitura para sua vida
social. Ela parte do pressuposto de que o trabalho com a leitura na sala de aula deve ser
desenvolvido de forma prazerosa, dinâmica e contextualizada, onde os alunos possam
compreender que poderão recorrer aos textos escritos tanto para buscar respostas para os
problemas do cotidiano, como também para utilizá-los como fonte de lazer e entretenimento.
7. 7
Em suas aulas de língua portuguesa a professora disponibiliza aos alunos uma vasta
diversidade textual, que vai de um simples encarte de jornal até obras clássicas da literatura
infanto-juvenil. Segundo Lerner (2002), cabe a escola fazer as crianças participarem de
situações de leitura e da escrita, colocando ao dispor delas materiais escritos variados.
A professora costuma organizar na sala de aula o cantinho da leitura e a gibiteca4,
ambos vem despertando grande interesse dos alunos.
[...] se quisermos inculcar o hábito da leitura precisamos ir além das necessidades e
interesses das várias fases de desenvolvimento e motivar a criança a ir ajustando o
conteúdo de suas leituras à medida que suas necessidades intelectuais e condições
ambientais forem mudando. (BAMBERGER, 1995, p. 20).
A prática dessa professora vem despertando grande interesse dos alunos em relação à
leitura o que para nós pesquisadores foi uma grande surpresa diante do levantamento inicial
que fizemos acerca do ensino de leitura no Brasil.
Dos trinta alunos entrevistado 100% afirmaram gostar de ler. A aluna J.U.S.C, de 10
anos nos disse que gosta de ler porque através da leitura ela aprende muitas coisas novas, ela
demonstrava grande interesse pela leitura, afirmando que adorava as aulas de português
porque nelas podia ter acesso a diversos livros que não possuía em casa.
Perguntamos aos alunos se eles sabiam para que servia a leitura e 90% deles
afirmaram que a leitura servia para aprender e se informar. Isso demonstra a importância de
conscientizar os alunos sobre o caráter e relevância social da leitura como fonte de
informação e transmissão de cultura. W.M.B, de 9 anos afirmou que a leitura serve para
aprender e para exercitar a mente. Constatamos que dos 30 alunos entrevistados apenas 10%
não compreendiam a importância e a funcionalidade da leitura.
Para que a instituição escolar cumpra com sua missão de comunicar a leitura como
prática social, parece imprescindível uma vez mais atenuar a linha divisória que
separa as funções dos participantes na situação didática. Realmente para comunicar
às crianças os comportamentos que são típicos do leitor, é necessário que o professor
os encarne na sala de aula, que proporcione a oportunidade a seus alunos de
participar em atos de leitura que ele mesmo está realizando, que trave com eles uma
relação ’de leitor para leitor’. (LERNER, 2002, p. 95)
A maioria dos alunos entrevistados afirmou gostar dos materiais de leitura oferecidos
pela professora e da forma com que ela conduz o trabalho, eles mostravam-se bastante
entusiasmados acerca dos livros de história infantis e das revistas em quadrinhos que ela
disponibilizava. Muitos deles disseram que em suas casas possuíam como materiais de leitura
apenas a bíblia e os livros didáticos que recebiam na escola, e por isso costumavam tomar
4
Espécie de mine-biblioteca que contém em seu acervo apenas gibis, ou seja, revistas em
quadrinhos.
8. 8
emprestados os livros de histórias infantis da professora para ler em casa, já que sua escola
não dispõe de uma biblioteca. Segundo Lerner (2002), o empréstimo de livros permitirá que
as crianças possam continuar lendo em sua casa, local que em alguns casos, poderá ser mais
apropriado para uma leitura individual e privada do que a sala de aula.
Esse estudo de caso é apenas uma pequena amostra acerca das práticas de leitura que
estão sendo desenvolvidas dentro das salas de aula das escolas públicas de ensino
fundamental brasileiras, não é algo substancial diante da vastidão territorial do nosso país e da
diversidade sócio-cultural e pedagógica que norteia o ensino da leitura no Brasil, porém, ajuda
a tornar mais evidente que o ensino de leitura no Brasil realmente vem mudando no sentido de
atender à demanda informacional e cultural dos alunos. Hoje o grande desafio da escola é
incentivar a leitura despertando nas crianças o gosto e o desejo de ler.
O desafio é formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que
possam ‘decifrar’ o sistema de escrita. É - já o disse – formar leitores que saberão
escolher o material escrito adequado para buscar a solução de problemas que devem
enfrentar e não alunos capazes apenas de oralizar um texto selecionado por outro.
(LERNER, 2002, p.27.)
A demanda informacional e cultural da sociedade contemporânea faz aumentar ainda
mais a necessidade de se criar na escola uma comunidade de usuários ativos da língua. Para
que isso ocorra será preciso despertar nos alunos o desejo de ler e “ninguém gosta de fazer
aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não consegue extrair o sentido” (KLEIMAN,
1998, p.16). Por isso as atividades de leitura na escola deverão ser promovidas de acordo com
o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, afim de que ele possa estabelecer sentido ao
que ler.
5. Considerações finais sobre leitura, escola e cidadania.
A leitura é um dos pilares da educação escolar, pois é prioritariamente no ambiente
escolar que as práticas de leitura e escrita são sistematizadas formalmente. Sendo assim, “a
escola pode colaborar na formação do leitor, e sua colaboração será maior ou menor na
dependência dos pressupostos que fundamentam o seu currículo” (MOLINA, 1992, p.12).
Constatamos que as práticas leitoras desenvolvidas pela escola fundamental refletem
diretamente na formação do leitor, uma vez que muitos dos alunos que freqüentam classes
regulares do ensino fundamental só encontram no ambiente escolar espaço propicio para
realizar o ato de ler de forma plena, ou seja, interagindo de forma consciente com o texto
escrito.
9. 9
Mas muitos professores do ensino fundamental continuam ignorando a necessidade de
fazer com que a leitura na escola se torne algo prazeroso, capaz de motivar o aluno a desejar
ter um maior contato com a prática da leitura além do ambiente escolar. Isso ainda acontece
porque muitos desses professores não dispõem de uma formação adequada para o ensino de
língua portuguesa que os possibilitem criar uma outra concepção acerca do ensino de leitura.
As práticas desmotivadoras, perversas até, pelas conseqüências nefastas que trazem,
provêm, basicamente, de concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura,
e, portanto, da linguagem. Elas são práticas sustentadas por um entendimento
limitado e incoerente do que seja ensinar português, entendimento este
tradicionalmente legitimado tanto dentro como fora da escola. (KLEIMAN, 1998, p.
16)
Porém observamos que já existem professores efetivando uma prática diferenciada no
ensino de leitura na educação fundamental brasileira, visando despertar nos alunos o gosto
pela leitura e mostrando a eles a importância da leitura como fonte de informação e
disseminação de cultura. Esses professores mostram-se conscientes de que a formação do
leitor reflete diretamente na construção de sua cidadania e a construção da cidadania traz
grandes impactos políticos e sociais para o nosso país. Uma vez que um cidadão consciente de
seus deveres e direitos políticos e civis poderá trazer mudanças sociais significativas para a
macro-estrutura político-governamental de seu país.
O uso da leitura como prática social tem caráter relevante no processo emancipatório
do sujeito, vez que os conteúdos informacionais que circulam diariamente na cadeia global
são prioritariamente escritos, por isso um sujeito que não tenha acesso a esses conteúdos
provavelmente ficará a margem da informação e do conhecimento.
Segundo Takahashi (2000, p. 45) “a educação é o elemento-chave na construção de
uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado”, considerando que
a leitura é um dos pilares da educação urge a necessidade de se reconhecer o papel da escola
na formação do leitor, pois é através da leitura que o individuo terá acesso a uma enorme
gama de informações e conhecimentos que possibilitará a ele interagir na sociedade de forma
crítica, autônoma e consciente, exercendo plenamente seu papel de cidadão.
O estudo que possibilitou a elaboração desse artigo tem caráter preliminar, pois servirá
de subsídio para novas pesquisas acerca da temática relacionada a: leitura, escola e cidadania,
uma vez que no novo paradigma educacional, impulsionado pelas TICs essa temática assume
um caráter relevante e com inesgotáveis possibilidades de novos estudos e pesquisas.
10. 10
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