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Artigo jurema 12 09 2018
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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
INCLUSÃO ESCOLAR:
Uma abordagem sobre neurociência e aprendizagem
Jurema Medeiros Borges
RESUMO: O ambiente escolar é propício para o diálogo entre a neurociência e a
inclusão escolar, haja vista, que é neste ambiente que é construído o processo de
ensino e aprendizagem, bem como são conhecidas as dificuldades de aprendizagem
que se inserem no contexto da inclusão e neurociência. Diante disso, o presente
estudo tem por objetivo fazer pontuações acerca da inclusão escolar e sua estrita
relação com a inclusão escolar. Neste contexto, versa-se sobre a importância de se
conhecer as definições sobre os termos inclusão e neurociência, bem como a
correlação existente com ambos e a aprendizagem e dificuldades de aprendizagem do
sujeito no cotidiano da escola. Com a realização deste estudo, verificou-se que existe
a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto e, principalmente, que os
profissionais tanto da educação quanto a intervenção pedagógica deve acontecer
conforme as necessidades de aprendizagem de cada sujeito. Sendo assim, espera-se
que a abordagem teórica apresentada contribua para futuras pesquisas que também
delimitem o mesmo objeto de pesquisa.
Palavras-chave: Ambiente escolar; Aprendizagem; Inclusão escolar; Neurociência.
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Professor de pedagogia Jurema Medeiros Borges, na Rede Municipal de Goiânia e Aparecida de
Goiânia. Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso
de Especialização em Neuroeducação.
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1. INTRODUÇÃO
A Neurociência é um tema atual que vem construindo elos entre a
neurologia com a pedagogia, Psicologia, entre outras áreas do conhecimento,
razão pelo qual muitos pesquisadores optam por discorrer e análise a relação
entre a neurociência, aprendizagem, dificuldades de aprendizagem e inclusão
escolar.
Neste contexto, a ponte que se faz entre a neurociência e educação
humana no ensino e na aprendizagem são os esforços à compreensão do
como se aprende, com base nas relações do SNC com as funções cerebrais e
o ambiente (RELVAS, 2012).
Mesmo porque nos dizeres de Costa; Silva e Sousa (2015), um indivíduo
pode ter um ou vários estilos de aprendizagem e cabe ao professor análise
cada um desses estilos para mediar a aprendizagem do mesmo, inclusive, em
se tratando de necessidades educativas especiais que abrange um olhar ainda
mais cauteloso em relação ao ensinar.
Diante de tais prerrogativas, o problema elencado para o estudo é saber
como inclusão escolar e neurociência pode contribuir na investigação sobre a
construção do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes? E com
base neste problema, o artigo se justifica pela necessidade de que sejam
conhecidos os teóricos que defendem o tema e programam diferentes formas
do professor vivenciar sua prática no ambiente escolar.
Preponderantemente ao que propõe o estudo, o mesmo tem por objetivo
fazer pontuações acerca da inclusão escolar e sua estrita relação com a
inclusão escolar. E traz como objetivos específicos definir os conceitos de
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inclusão escolar e de neurociência e evidenciar a correlação entre inclusão e
neurociência para que se estabeleça um embasamento sobre a ligação entre
os termos abordados.
O presente trabalho está dividido em dois tópicos, sendo o primeiro
sobre as definições importantes que trazem os termos inclusão escolar e
Neurociência. E o segundo trata da correlação entre inclusão e neurociência,
pontuando assim, o que os assuntos tem em comum quando o assunto é o
desenvolvimento da aprendizagem ou até mesmo as dificuldades de
aprendizagem que em muitos casos devem ser mediados de forma
diferenciada pelo professor.
Para a realização do estudo forma usados como principais autores para
a defesa do tema: Alves (2012), com a obra Inclusão: muitos olhares, vários
caminhos e um grande desafio; Brown (2008), com o livro: Transtorno de Déficit
e Atenção: a mente desfocada em crianças e adultos; Costa; Silva e Sousa
com a obra: A neurociência como mediação às intervenções pedagógicas
privilegiando os anos iniciais da educação; a Declaração de Salamanca do ano
de 1994com o título de Princípios, Política e Práticas em Educação Especial.
Espanha, 1994; Mantoan e Pietro (2006) com a obra Inclusão escolar: pontos e
contrapontos, entre outros autores e obras.
2. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
2.1. Inclusão escolar
Para uma definição preliminar sobre inclusão menciona-se a declaração
de Salamanca de 1994 que esclarece em seu art. 4 que: “Educação Especial
incorpora os mais do que comprovados princípios de uma forte pedagogia da
qual todas as crianças possam se beneficiar”.
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Neste contexto, a inclusão escolar assume que as diferenças humanas são
normais e que de acordo com o desenvolvimento das crianças essa
aprendizagem pode e deve ser adaptada às necessidades educacionais das
crianças (BRASIL, 1994).
Conforme Sassaki (1997) a inclusão é um processo pelo qual a sociedade
se adapta para incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com
necessidades especiais, e simultaneamente, estas se preparam para assumir
seus papeis na sociedade.
A inclusão escolar até meados do ano de 2006 foi caracterizada como
um novo paradigma e como tal constituiu pelo apreço à diversidade como
condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização de todas as
pessoas, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela
proposição de outras práticas pedagógicas, o que exige uma ruptura com o
instituído na sociedade e, consequentemente, nos sistemas de ensino
(MANTOAN; PIETRO, 2006).
A partir dessa concepção, o que se vê é que à medida que os anos é
que hoje essa questão mudou bastante, pois se fala em uma inclusão de
contexto e com ideais que contemplam a aprendizagem em suas diferentes
possibilidades, inclusive na perspectiva lúdica de aprendizagem na qual os
professores de apoio em específico podem fazer uso de diferentes recursos
para dá suas aulas.
Portanto, algumas definições sobre a inclusão escolar podem auxiliar no
entendimento de questões intrínsecas que acompanham o tema desde sua
adoção no currículo escolar. Nessa conjuntura, é interessante observar ainda
que:
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois
não atinge apenas os alunos com alguma deficiência ou os que
apresentam dificuldades no aprendizado, mas envolve todos os
demais alunos. A perspectiva inclusiva, portanto, elimina a subdivisão
dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e de
ensino regular (MANTOAN, 2006, p. 19).
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Desse modo, entende-se que a inclusão escolar enquanto perspectiva
educacional não contempla apenas alunos com algum tipo necessidade
educativos especiais e sim procura integrar a todos como forma de integração
em todos os sentidos.
Para Mantoan (2006), a inclusão não prevê a utilização de práticas de
ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de
aprendizado. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for de boa
qualidade, o professor levará em consideração esses limites, e explorará
adequadamente as possibilidades de cada um. Não se trata de uma aceitação
passiva do desempenho escolar, mas de se agir com coerência e realismo ao
admitirmos que as escolas não existam para formar apenas alguns membros
das novas gerações, os mais capacitados e privilegiados.
No que versa a extensão da definição da inclusão escolar, buscam-se
em estudos recentes, conceitos que foram elaborados com base na realidade
de emancipar a forma de receber e ensinar as crianças com necessidades
educativas especiais, especialmente quando se focam as crianças da
Educação infantil que pé a base para o desenvolvimento integral. Sendo assim,
elenca-se o seguinte:
A educação inclusiva tem por definição a ação de promover de modo
abrangente o desenvolvimento humano quanto a preservação e a
continuidade da cultura, envolvendo neste proceder todos os
indivíduos em fase de formação de sua personalidade (ALVES, 2012,
p. 82).
Dessa maneira, compreende-se que a educação inclusiva deve
acontecer além de teorias e deva ainda favorecer a aprendizagem das crianças
conforme a sua realidade e capacidade de desenvolvimento.
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Embasado nos conceitos apresentados, enfatiza-se ainda que a filosofia
da inclusão defenda uma educação eficaz para todos, sustentada no fato de
que as escolas e comunidades educativas devem satisfazer as necessidades
de todas as crianças, sejam quais forem as suas características pessoais,
psicológicas ou sociais, ou seja, com independência de ter ou não deficiência.
Diante disso, é interessante frisar as concepções que traz a inclusão
sob três óticas: inclusão como colocação, inclusão como educação para todos
e inclusão como participação.
A respeito dessas concepções tem-se que a inclusão como colocação
tem como principal objetivo é concretizar o lugar no qual serão escolarizados
os alunos com necessidades educacionais especiais. Muito embora, esta
acepção, centrada em um determinado espaço, tenha sido fortemente criticada
por alguns autores defenderem que na qual a integração em ambientes tenha
a inclusão não existe e representa o reconhecimento dos direitos civis de
numerosas pessoas com deficiências que não têm acesso à educação ou que
seguem segregados nos centros de educação especial (SANCHEZ, 2005).
Por outro lado, ao citar a concepção da inclusão como educação para
todos, vê-se que a ideia de segregação para alunos com necessidades
educativas especiais ganham um novo contexto, isto é:
A inclusão como educação para todos tem como foco “O
desenvolvimento de escolas inclusivas onde as escolas sejam
capazes de educar a todas as crianças e não é portanto unicamente
uma forma de assegurar o respeito dos direitos das crianças com
deficiência de forma que tenham acesso a um ou outro tipo de escola,
senão que constitui uma estratégia essencial para garantir que uma
ampla gama de grupos tenha acesso a qualquer forma de
escolaridade” (DYSON, 2001; SANCHEZ, 2005, p. 13).
A partir dessas colocações, compreende-se que a concepção de escola
inclusiva para todos quebra os paradigmas de segregação defendidos pela
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concepção da inclusão como colocação e desse modo a escola se constitui um
importante espaço de conquista de direitos para a educação com direitos iguais
de crianças com necessidades educativas especiais.
Outro ponto relevante quanto às concepções sobre inclusão é o que
trata a inclusão como participação, pois neste sentido a inclusão tem
como principal interesse centra-se em conhecer se as crianças são educáveis,
como se leva a cabo essa situação e até que ponto elas participam dos
processos educativos e com isso, defende a ideia de integração a qual a escola
é vista como acolhedora e local no qual todos sem exceção podem participar.
Segundo BRASIL (20005), o conceito de inclusão comunica mais
claramente e com maior exatidão, que todas as crianças necessitam estar
incluídas na vida educativa e social das escolas comuns, e na sociedade em
geral, não unicamente dentro da escola comum, como já vem acontecendo nas
escolas do nosso país.
A questão é, será que as escolas regulares estão prontas para essa
inclusão que se apresenta nas escolas? Pois uma coisa é teoriza, a outra é se
deparar com crianças com diferentes tipos de necessidades educativas e a
escola não ter suporte e nem locais adaptados para ofertar uma educação
digna e dentro do que prevê os direitos dessas crianças.
O interessante quando se fala em inclusão escolar é que a Educação
Especial como ainda é intitulada por muitos não é mais concebida como um
sistema educacional paralelo ou segregado, mas como um conjunto de
recursos que a escola regular deverá dispor para atender à diversidade de
seus alunos (EDICLÉIA; FERNANDEZ, 2005).
E sob este ponto incide um grave problema, a falta de preparação de
professores para lidar com essas crianças inclusivas, pois boa parte das
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escolas possuem várias crianças com necessidades educativas especiais e
não um ou dois casos isolados, o que torna o atendimento cada vez mais difícil.
2.2 Neurociência
A Neurociência abrange diversas áreas da ciência, como a Psicologia, a
Medicina e a Fisiologia e trata do estudo do Sistema Nervoso Central (SNC),
que por sua vez, esclarece sobre a estrutura do referido sistema, a função, a
disfunção, o desenvolvimento e a evolução do mesmo, especialmente em
relação aos avanços para o conhecimento humano (COSTA; SILVA e SOUSA,
2015).
Para Maricato (2015), a Neurociência traz para a sala de aula o
conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o
medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as
interpretações das imagens que fazemos mentalmente, as imagens que
formam o pensamento e o próprio desenvolvimento infantil (MARICATO, 2015).
Por esse motivo é que se fala muito em neurociência e suas contribuições para
a aprendizagem dos estudantes.
Brown (2007) cita em seus estudos que transtorno de aprendizagem
está associado a diferentes características, inclusive, cada um possui uma
forma singular de se investigado, seja dislexia, TDAH (atual termo usado para
denominar os significativos problemas apresentados por crianças quanto à
atenção, a impulsividade e a hiperatividade) autismo ou outros.
Segundo Brown (2007) nos anos no final da década de 1950 e começo
da década de 1960 foram conhecidas expressões como transtornos cognitivos,
comportamentais e da aprendizagem, tornando-os mais homogêneos como:
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dislexia, transtorno da linguagem, dificuldades de aprendizagem e
hiperatividade.
Desse modo, a Neurociência aos poucos já dava indícios de seu
surgimento, só que primeiro foi entendida como transtornos e em dias atuais,
os estudiosos procuram especificar tais transtornos como déficits de
aprendizagem ou ainda necessidades educativas especiais (PINHEIRO, 2010).
Para que se compreenda melhor a inclusão escolar e a neurociência, é
interessante saber primeiro o tipo de correlação que se pode extrair de tais
termos. Sobre este assunto segue o tópico.
3. Correlação entre inclusão escolar e neurociência
Sassaki (1997) traz como ponto de partida para evidenciar a correlação
entre inclusão e neurociência o fato de que a inclusão refere-se a um processo
que ainda se distancia da realidade vivenciada pelos alunos inclusivos nas
escolas e por essa razão ainda demanda certo entendimento sobre os papeis
dos indivíduos em sociedade. Sendo assim, o entendimento sobre as reais
necessidades de aprendizagem do individuo é que pode demonstrar a
importância do professor estar atualizado sobre ambos os contextos.
Sob o olhar da neurociência, os transtornos e dificuldades de
aprendizagem podem ser identificados desde a fase precoce do
desenvolvimento, manifestando-se em processos de atenção, percepção,
memórias, habilidades motoras e linguísticas, o que será possível se forem
realizadas intervenções pedagógicas coerentes à realidade do processo de
ensino e aprendizagem dos estudantes nas escolas.
Além disso, ao correlacionar neurociência e inclusão, busca-se
evidenciar ainda que a aprendizagem ou ainda as dificuldades de
aprendizagem que muitos estudantes possuem estão diretamente ligados ao
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contexto sócio histórico em que o sujeito está inserido, bem como se justifica
no que explicam os estudos e pesquisas da neurociência, que dentre outras
coisas afirma que:
O Sistema Nervoso Central controla e coordena todas as funções do
organismo, tornando-o responsável pelo desenvolvimento do
indivíduo. Esse processo depende da maturação e da capacidade
que o indivíduo tem de se apropriar do seu meio, modificando seu
comportamento e estabelecendo a aprendizagem (COSTA; SILVA e
SOUSA, 2015, p. 2).
Conforme expõem os autores supracitados, percebe-se que o Sistema
Nervoso Central é o responsável direto pelo desenvolvimento do individuo e
uma vez que seja detectado algum problema ou dificuldade de aprendizagem
ocorre todo um processo de transição para que o sistema nervoso central seja
trabalhado dentro das possibilidades de aprendizagem dos estudantes.
Para Zorzi (2003), os tipos de dificuldade de aprendizagem podem ser
primários e secundários e podem surgir a todo o momento e tem origem em
questões biológicas ou orgânicas, psicológicas, pedagógicas, de linguagem
familiar e social que estão envolvidas em contexto amplo.
Por ser assim, é interessante destacar que o processo de ensino e
aprendizagem deve ser bem conduzido, ou seja, desde o âmbito familiar até o
cotidiano escolar, pois uma vez ignorada a aprendizagem, maior será o desafio
dos professores em tentar reverter às dificuldades de aprendizagem que
apareçam.
Neste contexto, o esperado para construir novas competências são
professores com ideias inovadoras, emergentes, aquelas que norteiem as
formações iniciais e contínuas que contribuem para lutar contra o fracasso
escolar, capazes de desenvolver a cidadania global (PERRENOUD, 2002).
Segundo Moraes e Torre (2004), a Neurociência apresenta
conhecimentos que devem ser aplicados pelos professores já que a
aprendizagem é harmonizada pela plasticidade do cérebro e sofre influência
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direta do ambiente. Oportunamente, o professor, por meio de sua ação
profissional, socializa estímulos que podem vir a contribuir para que surjam
entusiasmo e o desejo de aprender ou o extremo oposto, o desinteresse, isto é
devem ser ações instigantes e atrativas.
Em outras palavras a neurociência possibilita ao docente a reconstrução
de sua prática educativa a partir do funcionamento cerebral, o que resulta na
utilização de conhecimentos teóricos e didático-pedagógicos sob uma nova
perspectiva de educação. Reconstrução essa que deve acontecer conforme a
necessidade e realidade dos estudantes no dia a dia do ambiente escolar.
No que versa a Neurociência é interessante pontuar ainda que uma
forma que auxilia a compreensão é a anamnese que o professor pode fazer
dos estudantes que tenham algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou
ainda que tenha algum tipo de necessidade educativa especial. Neste caso, é
importante observar a faixa etária do estudante e fazer as anotações e até
mesmo um relatório conforme suas capacidades e potencialidades para
aprender.
Afinal de contas, o aprendente pode ter desde uma dificuldade de
escrita, um déficit de atenção ou ainda um transtorno específico de leitura; um
funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem; um
déficit linguístico, mais especificamente uma falta de habilidade no nível
fonológico (DUARTE; SOUZA, 2014).
Parte-se desse princípio entender que as dificuldades de aprendizagem
podem ser variadas e a forma do professor conduzir isto na sala diz muito, pois
ele sozinho não fará muito pelo estudante e precisará de um suporte em sala,
quer seja por parte da coordenação pedagógica, de um professor de apoio ou
até mesmo de um psicopedagogo.
Portanto, a correlação entre inclusão escolar e Neurociência existe de
fato, pois ambos trabalham diretamente com o desenvolvimento da
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aprendizagem dos estudantes, seja nos anos iniciais ou em outras
modalidades do ensino.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica e análise de
artigos científicos com o objetivo de fazer pontuações acerca da inclusão
escolar e sua estrita relação com a inclusão escolar.
Com base no que foi discorrido, foi possível perceber que existe uma
correlação entre inclusão escolar e neurociência, especialmente pelo fato de
que os dois enfoques abordam as necessidades de aprendizagem do individuo
conforme o seu desenvolvimento. Assim, a inclusão como um impulso de
melhorar essa aprendizagem se associa a neurociência para explicar os
possíveis transtornos, déficits ou até mesmo dificuldades de aprendizagem
pelas quais muitos estudantes são acometidos e necessitam de um olhar mais
sensível no ambiente escolar.
Com relação ao problema levantado para o estudo que foi saber como
inclusão escolar e neurociência podem contribuir na investigação sobre a
construção do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes? Acredita-
se que o mesmo foi respondido á medida em que os embasamentos teóricos
forma sendo discorridos ao longo do estudo.
Diante do exposto, conclui-se que a inclusão escolar é um assunto
amplo e quando feita uma abordagem sobre a aprendizagem existem muitos
pontos que devem ficar claros, entre eles, o fato de que a inclusão escolar não
acontece de forma isolada e é sempre bom que o professor esteja a frente das
pesquisas, como as que instituem a correlação entre inclusão e neurociência e
assim obter informações importantes e que possam somar ao processo de
ensino e aprendizagem dos estudantes.
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Conforme discorrido no estudo, ressalta-se que não foram encontradas
dificuldades para desenvolver o mesmo, haja vista que, o tema escolhido é
amplo. Neste contexto, sobressaíram-se os pontos positivos já que o objetivo e
problema almejados para o mesmo foram alcançados de forma significativa.
Portanto, as contribuições do estudo voltam-se ás futuras pesquisas que
tratem sobre o tema, bem como poderá integrar o acervo itinerário da
academia e de publicações do trabalho em revistas, simpósios e outras
modalidades de pesquisas.
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