2. Marilena Chauí nasceu em São Paulo, Brasil, em 1941. Ela é
uma filósofa brasileira conhecida por suas contribuições
para a filosofia política e social. Chauí cursou Filosofia na
Universidade de São Paulo (USP) e posteriormente se
tornou professora nessa mesma instituição. Ela é autora de
diversas obras importantes que abordam temas como
ideologia, poder e sociedade. Marilena Chauí é
reconhecida por sua análise crítica da sociedade
contemporânea e por sua reflexão sobre questões políticas
e filosóficas do Brasil e do mundo.
3. Como sabemos, a ideologia não é apenas a representação imaginária
do real para servir ao exercício da dominação em uma sociedade
fundada na luta de classes, como não é apenas a inversão imaginária do
processo histórico na qual as idéias ocupariam o lugar dos agentes
históricos reais ( CHAUI,1997, p. 3).
4. Ideologia: corpo sistemático de representações e normas
que orientam as ações dos sujeitos;
Ideologia como um processo lacunar: que não pode ser
preenchido;
A ideologia é determinada por algo externo;
5. • Aquele que pode ser preferido, ouvido e aceito como verdadeiro ou
autorizado, pois perdeu laços e o tempo de sua origem (Chauí, 1997,
p.5);
• Ideologia Contemporânea;
• [...] não é qualquer um que pode dizer a qualquer outro qualquer coisa
em qualquer lugar e em qualquer circunstância (p.5);
6. Chauí (1997) também nos apresenta a transformação do
discurso competente em decorrência do fenômeno da
burocratização e da organização na sociedade
contemporânea. Como a ideia de Organização, baseada
em uma racionalidade iminente ao social, se manifesta em
diversas áreas, desde a produção material até a produção
cultural.
7. • A punição inicial da ciência de Galileu pelo Santo
Ofício;
• A aceitação da física galilaica pela burguesia;
• A transformação da ciência em um discurso neutro para
justificar a dominação;
• A incorporação e adaptação de novas ideias pela
ideologia;
8. Chauí (1997) nos apresenta nesse capítulo as sociedades historicamente
conscientes, ao abordar a questão da origem e instituição das
sociedades. Ela destaca como sociedades propriamente históricas não
podem repousar em uma identidade fixa, mas sim devem lidar com a
ambiguidade da sua emergência e reconhecer a imanência do ato
fundador e da sociedade fundada.
Chauí explora a complexidade da historicidade nas sociedades, que
precisam compreender o processo de sua própria criação e ao mesmo
tempo reconhecer que são a condição para a ação dos sujeitos sociais.
9. relação entre ideologia imaginário social
conjunto coerente e
sistemático de
representações que
moldam a forma como
as pessoas percebem a
sociedade
representação do
Estado
Construção de uma visão de sociedade
que oculta as contradições e conflitos
internos. Apresenta uma imagem de
unidade e homogeneidade.
Interesse das classes dominantes.
busca fazer com que o
ponto de vista da
classe dominante
pareça universal e não
apenas um interesse
particular
ideologia nacionalista
10. • Não existe um discurso ideológico falso, mas sim um discurso crítico como
um contra-discurso da ideologia;
• Chauí (1997) explica e discute a natureza do discurso ideológico, pois ele
se mantém coerente e poderoso justamente por não dizer tudo;
• Além disso, a figura moderna do Estado se tornou a nova representação
de poder uno e trancendente, semelhante a representação de Deus na
teologia.
Racionalidade Ideologia
sustenta o saber
científico
Ciência
11. • Como a ideologia camufla as contradições e busca
harmonizar a sociedade e a política, assim como
escamotear a diferença entre o pensamento e a
realidade.
• A crise, seja ela qual for, é frequentemente usada como
uma ferramenta ideológica para justificar o poder e
mobilizar as massas, ao mesmo tempo em que oculta
os verdadeiros conflitos e contradições sociais.
• A ideia de racionalidade influencia como um todo,
composto por partes harmoniosamente articuladas, a
forma como são citadas.
12. • CHAUÍ, Marilena de Souza. Cultura e democracia: o
discurso competente e outras falas. . São Paulo: Cortez.
. Acesso em: 09 mar. 2024. , 1997