Projeto de estudo de processo de implementação de programas de aprendizagem socioemocional, na educação pré-escolar e no primeiro ciclo, numa lógica de continuidade e alterações a nível da ação educativa do agrupamento de escolas.

1. Promoção da Aprendizagem Socioemocional na transição da Educação Pré-Escolar para o 1.º CEB
Pré-projeto
Mestrado em Ciências da Educação, 2019-2020
Questões Aprofundadas de Escola, Comunidade e Democracia - Educação para a Saúde
maio de 2020
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2. Aprendizagem socioemocional
 Competências socioemocionais > Aprendizagem
Socioemocional
Processo através do qual crianças, jovens e adultos
adquirem e aplicam eficazmente os conhecimentos,
atitudes e competências necessários para compreender
e gerir emoções, estabelecer e atingir objetivos
positivos, sentir e demonstrar empatia, estabelecer e
manter relações positivas e tomar decisões responsáveis
(Dusenbury et al., 2015)
 Consideradas essenciais para manter uma boa saúde
física e mental e o bem-estar em geral (OECD, 2015)
 Desenvolvidas através de instrução, modelagem e
treino, nomeadamente na Escola (Costa & Faria, 2019)
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3. Aprendizagem socioemocional
Competências socioemocionais vs.
desenvolvimento académico vs. capacidade de
aprendizagem ao longo da vida:
- Competências socioemocionais e atitudes
positivas face a si próprios, aos outros e à escola;
- Bem-estar e ajustamento emocional; prevenção e
redução de problemas de saúde mental como
depressão, ansiedade e stress;
- Melhoria do rendimento académico, motivação,
compromisso e envolvimento na aprendizagem e
na escola;
- Redução de problemas de comportamento e de
comportamentos de risco, como a violência,
impulsividade, bullying, crime, ou experiências
sexuais precoces, uso de álcool e de drogas.
(Costa & Faria, 2013; Jones & Kahn, 2017; Taylor et al., 2017)
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Forte ligação entre educação socioemocional e educação
académica –> Adoção de abordagens
sistémicas/integradas (whole school approaches)
- adoção de um currículo específico;
- desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem de
respeito e de apoio;
- envolvimento ativo e experiencial dos alunos no processo
de aprendizagem;
- promoção de parcerias entre escola, família e
comunidade;
- uso de competências socioemocionais na gestão do
comportamento, de práticas de disciplina e políticas da
escola;
- integração de métodos de aprendizagem socioemocional
nas atividades extracurriculares;
- apoio à aprendizagem socioemocional dos alunos a partir
das interações diárias.
(Weissberg et al., 2015)

4. Em Portugal
 Desde finais dos anos 80 – jovens em situação de vulnerabilidade
(Matos, 2016)
 Presença crescente de programas de educação social e emocional
nos contextos escolares – intervenções universais, de prevenção
(Marques-Pinto & Raimundo, 2016)
 Promoção da saúde mental e das competências socioemocionais
como núcleo da promoção de estilos de vida saudáveis e da
prevenção de comportamentos de risco na escola (DGS, 2015)
• Ambiente social positivo
• Abordagens integradas (Costa & Faria, 2019)
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5. Pré-projeto
Objetivo geral
Contribuir para a adoção de uma abordagem
sistémica/integrada da ASE através da promoção da
sequencialidade/continuidade deste trabalho, a partir
da implementação de dois programas de ASE, entre
dois ciclos educativos (JI e 1.º CEB).
Objetivo específico
Compreender como é feita a articulação/transição
entre o JI e o 1.º CEB em termos de ASE:
• Que importância atribuem a ASE educadores e
professores?
• Que papel que é atribuído à ASE na transição do JI
para o 1.º CEB?
• Que trabalho de ASE é promovido pelos educadores
e professores (iniciativas, recursos, estratégias)?
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Onde
AE do centro de Portugal
População escolar: 2158 crianças e alunos, 223 docentes,
dos quais 81 % pertencem aos quadros e 72 não docentes,
apenas um com menos de 10 anos de serviço; possui
unidades de ensino estruturado vocacionadas para o
trabalho com alunos com necessidades específicas de saúde.
 Recolha dos dados a efetuar durante o ano letivo de
2020/2021, de modo a suportar iniciativas de integração da
ASE em 2021/2022.

6. Metodologias
Investigação qualitativa
Estudo de caso (educacional)
“[…] estudo em profundidade de um ou mais exemplos
de um fenómeno no seu contacto natural, que reflete a
perspetiva dos participantes nele envolvidos”. (Gall et al,
2007)
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Recolha de dados
Observação participante, com notas de terreno
Reuniões de planificação de educadores e professores
(início de ano e final de período)
Análise documental
- Referencial de Educação para a Saúde
- Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar
(OCEPE)
- Projeto Educativo do AE
- Dossiers das crianças
- Relatório de implementação do programa no JI
(realizado pela equipa do AZ)
Grupos de discussão focalizada
Professores (4 grupos x 7 professores)
Educadores (xx)
Entrevista
Diretor AE
(Psicólogo escolar?)
(Amado, 2014; Lima et al., 2006)

7. Questões?
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8. Referências
8
• Amado, J. (2014). Manual de investigação qualitativa em educação. Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-
0879-2
• Beaty, J. (2018). History of Social and Emotional Learning. International Arab Journal of English for Specific Purposes, [S.l.], 1(2), 67–72.
• Costa, A., & Faria, L. (2013). Aprendizagem social e emocional: Reflexões sobre a teoria e a prática na escola Portuguesa. Analise Psicologica, 31(4), 407–423.
https://doi.org/10.14417/ap.701
• Costa, A., & Faria, L. (2019). Programas de educação social e emocional na escola Importância e perspetivas no contexto português Artigos.
https://doi.org/https://hdl.handle.net/10216/126171
• Dusenbury, L., Calin, S., Domitrovich, C., & Weissberg, R. P. (2015). Evidence-Based Instruction in Social and Emotional Learning.
• Jones, S. M., & Kahn, J. (2017). The Evidence Base for How We Learn: Supporting Students’ Social, Emotional, and Academic Development. In Aspen Institute. Aspen
Institute. 1 Dupont Circle NW Suite 700, Washington, DC 20036. Tel: 410-820-5433; Tel: 202-736-5800; Fax: 202-467-0790; e-mail: publications@aspeninstitute.org;
Web site: http://www.aspeninstitute.org.
• Lima, J. A., Pacheco, J. A., & (Org.). (2006). Fazer investigação: Contributos para a elaboração de dissertações e teses (Porto Editora, Ed.).
• Marques-Pinto, A., & Raimundo, R. (2016). Quadro de estudo da aprendizagem socioemocional: Evolução e desafios. In A. Marques-Pinto, & R. Raimundo (Eds.),
Avaliação e promoção de competências socioemocionais em Portugal (pp. 15-36). Lisboa: Coisas de Ler.
• Matos, Margarida G. (2016). Passadas décadas de estudo e investigação chegámos à aprendizagem socioemocional. E agora? In A. Marques-Pinto, & R. Raimundo
(Eds.), Avaliação e promoção de competências socioemocionais em Portugal (pp. 37-53). Lisboa: Coisas de Ler.
• OECD. (2015). Skills for Social Progress: The Power of Social and Emotional Skills (OECD Skills Studies, Issue January). OECD Publishing.
https://doi.org/10.1787/9789264226159-en
• Taylor, R. D., Oberle, E., Durlak, J. A., & Weissberg, R. P. (2017). Promoting Positive Youth Development Through School-Based Social and Emotional Learning
Interventions: A Meta-Analysis of Follow-Up Effects. Child Development, 88(4), 1156–1171. https://doi.org/10.1111/cdev.12864
• Weissberg, R., Durlak, J., Domitrovich, C., & Gullotta, T. P. (2015). Social and emotional learning: Past, present, and future. Handbook for Social and Emotional
Learning: Research and Practice, 3–19.