1. Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico de Vitória
Bioestatística e Metodologia Científica 2
Nível de Atividade Física e Escalas de Ansiedade em
Alunos do Centro Acadêmico de Vitória
Autores:
Alda Karine Ferreira
Gabriel Avelino da Silva
Thúlio Rodrigues de Lima
Orientadores:
Emilia Chagas Costa
Saulo Fernandes M. de Oliveira
2. Introdução
Pode-se atribuir a ansiedade como um estado emocional negativo
caracterizado por apreensão, preocupação e nervosismo, podendo manifestar
assim um desequilíbrio psicológico e fisiológico no indivíduo, sendo
responsável pela adaptação do organismo a situações de desconforto e perigo.
(ARRUDA, 2006);
Segundo Jarrete (2011) a atividade física possui uma forte ação
antidepressiva, sendo bastante eficaz de acordo com o tempo do programa e
a intensidade da atividade, desde uma simples caminhada até mesmo a
prática de esportes melhora a saúde mental, devido a adaptações biológicas
resultadas pela atividade física que diminuem a ansiedade e o estresse.
3. Introdução
Objetivo
Partindo dessas premissas, o objetivo desse estudo foi identificar os níveis de
ansiedade e atividade física dos discentes da Universidade Federal de
Pernambuco no Centro Acadêmico de Vitória;
Trata-se de um estudo de campo de caráter descritivo, com abordagem
quantitativa e corte transversal, realizada com uma amostra de 30 discentes
devidamente matriculados.
4. Metodologia
Os dados sobre o nível de atividade física e as escalas de ansiedade,
depressão e estresse da última semana foram obtidos através de formulário
online, utilizando a plataforma Google Forms e o acesso foi disponibilizado
aos discentes da Universidade Federal de Pernambuco no Centro Acadêmico
de Vitória, de ambos os sexos e de todos os cursos de graduação;
O nível de atividade física da última semana foi mensurado através do
Internacional Physical Activity Questionnaire (IPAQ) versão curta, composto
de 6 perguntas sobre a frequência e duração das atividades físicas dos
participantes;
As escalas de ansiedade foram obtidas através do questionário EADS-21, um
modelo adaptado para o português amplamente utilizado para medir escalas
de ansiedade, depressão e estresse. Apenas as respostas das 7 questões
referentes ao componente de ansiedade foram utilizadas.
5. Metodologia
O questionário EADS-21 foi utilizado para medir as escalas de ansiedade,
depressão e estresse nos indivíduos. O questionário consiste em 21 perguntas,
divididas em 7 para cada componente (ansiedade, depressão, estresse);
As respostas registradas para as 7 questões sobre ansiedade foram tabuladas e
as médias das respostas foram feitas para cada indivíduo. As respostas para
cada pergunta eram dadas em escalas de 0 a 3, onde 0 - “não se aplicou nada
a mim”, 1 - “aplicou-se a mim algumas vezes”, 2 - “aplicou-se a mim muitas
vezes”, e 3 - “aplicou-se a mim a maior parte das vezes” (PINTO et al., 2015);
6. Metodologia
Os Testes de Normalidade, distribuição de frequências e teste associativo de
Qui-Quadrado foram aplicados no programa Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS);
A distribuição não fugiu da normalidade;
Distribuição de sexo foi de 50%;
11. Discussão
Segundo Parente (2018), a prática regular de atividade física interfere de
maneira positiva no controle dos níveis de ansiedade, agindo de forma direta
no funcionamento fisiológico do indivíduo, visto que ao final de uma atividade
física, há um alívio das tensões e uma sensação de cansaço que faz com que,
naturalmente, o corpo precise de recuperação e descanso, essa sensação é o
que reduz consideravelmente o estado de ansiedade;
Vale observar que estas observações dizem respeito às respostas agudas às
alterações de ansiedade logo após exercício, o que não necessariamente
reflete em adaptações crônicas dessas alterações;
12. Discussão
Devido à pequena quantidade da amostra, não é possível extrapolar os dados
da pesquisa para a população geral (da Universidade);
Os testes de associação não parecem ter sido tão conclusivos;
Outras variáveis como idade, nível de escolaridade e situação socioeconômica
poderiam ser utilizadas para associar o nível de atividade física dos
participantes;
13. Limitações do Estudo
Critérios de exclusão não foram adotados (como o uso de medicamentos para
controle da ansiedade);
Amostragem pequena;
Pouco conhecimento prático na aplicação dos questionários;
Limitação de tempo;
14. Referências
1. ARRUDA, Mônia Camilla da Cunha. A modificação comportamental da ansiedade de
universitários em situações de exposições orais. 2006. 55 f. Monografia (Especialização) -
Curso de Psicologia, Centro Universitário de Brasília, Brasília-DF, 2006. BRITO, Isabel.
Ansiedade e depressão na adolescência. Rev Port Clin Geral, S.i, v. 27, n. 2, p.208- 214,
mar. 2011.
2. JARRETE, Aline Pincerato. Nível de atividade física e composição corporal dos funcionários
administrativos da Universidade Estadual Paulista – Unesp – Rio Claro. 2011. 43 f. TCC
(Graduação) - Curso de Educação Física, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Rio Claro, 2011.
3. Pardini R, Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade E, Braggion G, et al. Validação do
questio- nário internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto
em adultos jovens brasileiros. Rev Bras Ciênc Mov 2001;9(3):45-51.
4. Pinto, A., Luna, I., Silva, A., Pinheiro, P., Braga, V., & Souza, A. (2014). Fatores de risco
associados a problemas de saúde mental em adolescentes: Revisão Integrativa. Revista
Escola de Enfermagem, 48(3), 555- 564. doi: 10.1590/S0080-623420140000300022