O documento fornece informações sobre o transatlântico francês S.S. Normandie, incluindo:
1) Seus luxuosos interiores projetados em estilo Art Deco e Streamline Moderne;
2) Espaços comuns elegantes com esculturas e pinturas aludindo à Normandia;
3) Grande parte do espaço dedicado à primeira classe, como sala de jantar e lounge.
3. S.S. Normandie
Os luxuosos interiores foram projetados em
estilo Art Deco e “Streamline” Moderno.
Muitas das esculturas e pinturas nas paredes
faziam alusões a Normandie, província da
França ao qual foi nomeado o navio.
Desenhos e fotografias mostram uma série dos
vastos espaços comuns de grande elegância.
Seus volumosos espaços internos foram
possíveis pelas entradas funiladas de divisão
ao longo dos lados do navio, ao invés de para
cima.
O arquiteto francês Roger-Henri estava no
comando do esquema decorativo total.
4. S.S. Normandie
A maior parte do espaço público foi dedicada
a passageiros da primeira classe, incluindo a
sala de jantar, lounge da primeira classe, sala
de grelha, piscina da primeira classe, teatro e
jardim de inverno.
À esquerda:
Sala de
jantar
À direita:
“Café grill”
7. S.S. Normandie
INTERIORES
À ESQUERDA : SALA DE DESCANSO
ACIMA: UMA DAS ÁREAS COMUNS
À ESQUERDA: SALA DE DESCANSO
8. S.S. Normandie
INTERIORES
ACIMA : VISTA DA ESCADA
PARA A SALA DE FUMANTES
À ESQUERDA: ESCADARIA DA SALA DE
FUMANTES PARA A SALA “GRILL”,
MAJESTOSA EM SUAS PROPORÇÕES E
DESLUMBRANTE EM SUA DECORAÇÃO
9. S.S. Normandie
INTERIORES
ACIMA: ENTRADA DA CAPELA ACIMA: LIVRARIA DA PRIMEIRA CLASSE
10. S.S. Normandie
INTERIORES
ACIMA: SALA PARA ESCREVER
PRIMEIRA CLASSE
À DIREITA: LOUNGE DAS DAMAS
11. S.S. Normandie
INTERIORES
À ESQUERDA: SALA DE JANTAR
DA CLASSE TURÍSTICA
12. S.S. Normandie
INTERIORES: TERCEIRA CLASSE
À ESQUERDA: LOUNGE
À ESQUERDA: SALA DE FUMANTES
13. S.S. Normandie
INTERIORES: CABINES EXTERNAS
HAVIAM 20 CABINES EXTERNAS COMO ESTA,
COM BANHEIRA OU CHUVEIRO
14. S.S. Normandie
INTERIORES: SUN DECK SUÍTES
A SALA DE ESTAR E SALA DE JANTAR
DA SUITE TROUVILLE REFLETEM O
LUXO DAS SUN DECK SUÍTES
15. S.S. Normandie
INTERIORES: PRIMEIRA CLASSE
À ESQUERDA: CABINES
ABAIXO: CABINES COM VARANDA
16. S.S. Normandie
INTERIORES: PRIMEIRA CLASSE
À ESQUERDA: CABINES COM TERRAÇO
ACIMA: PISCINA
À ESQUERDA: SALA DE JANTAR
17. S.S. Normandie
ARTE PELO NAVIO
À ESQUERDA: UM DOS MURAIS DE VIDRO NO
LOUNGE DA PRIMEIRA CLASSE INTITULADO
“CHARIOT OF THETIS”
À ESQUERDA: EM UM DOS SALÕES COMUNS
ACIMA: PAINEL DECORATIVO DA SALA DE FUMANTES
18. S.S. Normandie
ARTE PELO NAVIO
“A HISTÓRIA DA NAVEGAÇÃO” POR JEAN DUPAS
DECORAVA O SALÃO DA PRIMEIRA CLASSE
20. Louise Brooks
Mary Louise Brooks nasceu em Kansas, Estados Unidos,
em 14 de novembro de 1906. Aos 4 anos de idade já
estava no palco de sua cidade.
Louise teve uma carreira breve em Hollywood, tendo
participado de 24 filmes entre os anos 1925 e 1938.
Sua imagem e atitudes permanecem, no entanto,
como símbolos de uma época, e uma de suas
características mais lembradas será sempre o corte de
cabelo liso e curto, que lançou moda e tornou-se um
ícone dos anos 20.
Brooks foi uma das mais influentes atrizes de sua
geração, e estrela de muitos filmes mudos.
Graças a Georg Wilhelm Pabst, conseguiu seus
melhores papéis, sendo chamada à Alemanha para
ser a heroína Lulu, no filme clássico A Caixa de
Pandora de 1929, adaptação da obra teatral de
Frank Wedekind. Depois filmou Diário de uma
Garota Perdida também em 1929.
24. Josephine Baker
Baker fotografada com
sua fantasia mais famosa
de “Danse banane”
Durante o ART DÉCO, destacaram-se
os trabalhos de designers gráficos
franceses como Paul Colin (1892-1985)
25. Josephine Baker
Freda Josephine McDonald, (1906 -1975) foi uma célebre cantora
e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e
conhecida pelos apelidos de Vênus Negra, Pérola Negra e ainda a
Deusa Crioula.
Vedete do teatro de revista, Josephine Baker é geralmente
Acima, Josephine Baker, aquarela de considerada como a primeira grande estrela negra das artes
J. Carlos (coleção Art Déco Brasileiro Acima, pôster de Josephine
Adolpho e Fulvia Leirner)
cênicas. Baker
Baker passou sua infância na pobreza e, por vezes, Desbocada e sexy, tornou-se estrela no ano seguinte,
dançava nas ruas para ganhar algumas moedas. no Folies Bergères e no Cassino de Paris,
Trabalhou, quando jovem, como lavadeira e de conquistando a fama logo em seguida. Sua primeira
empregada doméstica até arranjar um emprego como performance foi a famosa dança da banana, em que
camareira de uma das divas do blues Clara Smith e se apresentava vestida somente com uma tanga feita
conseguiu a oportunidade de substituir uma corista. com as frutas. Ela rapidamente tornou-se a favorita
Aos 15 anos, casou- se com William Howard Baker e da França.
ganhou seu sobrenome, se separaram dois anos
depois quando ela saiu de sua cidade natal. Aos 19 A participação de Josephine na Resistência Francesa
anos, arrumou uma vaga num show da Broadway e foi durante a Segunda Guerra Mundial e sua luta contra
selecionada para participar de "Revue Nègre" em o racismo lhe valeu as duas mais altas condecorações
Paris. Desembarcou na cidade luz no ano de 1925 e da França, a Cruz de Guerra e a Legião de Honra.
na noite de estréia, no Teatro Champs Ellysées.
As atrações do show eram os bailados exóticos e os
negros zulus.
26. Josephine Baker
A partir de 1950, começou a adotar crianças órfãs durante suas
turnês pelo mundo, passando a criá-las em seu castelo, Les
Milandes, nas vizinhanças de Paris. Também adotava animais, de
todas as raças. Chegou a passear por Paris com um leopardo
(Chiquita) que, de vez em quando, escapava da coleira dentro de
um teatro, quando ela insistia em levá-lo para assistir a uma peça.
27. Josephine Baker
& Le Corbusier
Em sua autobiografia, Josephine Baker
comenta a festa da travessia do Equador a
bordo do Lutétia após deixar o Rio de
Janeiro a caminho da Europa:
“Havia duas Josephines ali: eu e ele. Ele se
pintou de preto, com um cinturão de
plumas. Foi irresistivelmente cômico. Ah,
senhor Le Corbusier, uma pena que seja um
arquiteto! Que boa dupla teríamos sido!”
Josephine e Le Corbusier encontram-se a
bordo do navio que saía de Buenos Aires,
passava pela então capital do Brasil e
seguia para a Europa. Era a primeira turnê
sul-americana da atriz, cercada de
protestos e ameaças da igreja católica e de
moralistas. A sua apresentação em São
Paulo chegou a ser censurada.
Desenho de Le Corbusier : ”Joséphine Endormie”
(Fundação Le Corbusier)
28. Josephine Baker
& Le Corbusier
Os carnês de viagem do arquiteto repletos
de desenhos da vedete, as cartas à sua
mãe e à própria Joséphine sugerem que o
encontro dos dois foi além de mera
amizade. No último trabalho – e mais
completo até hoje sobre o arquiteto, Le
Corbusier, Le Grand, editado em 2008 pela
Phaidon, aparece duas de suas cartas
reclamando da indiferença de Joséphine
aos seus sentimentos. Ali se vê, também,
um dos desenhos que fez da artista,
dormindo. Na resenha sobre o livro
publicada pela revista Antiquariato, da
editora italiana Mondadori, de fevereiro
2009, mais uma vez o affair é comentado.
Sabe-se que, na intimidade, enquanto o
arquiteto desenhava, Josephine
cantarolava canções da sua Saint Louis
natal. A atmosfera da cidade, naquele
começo de verão, era sensual, tolerante e
Desenho de Le Corbusier : ”Joséphine Endormie”
ávida de modernidade. E os dois dividiam,
(Fundação Le Corbusier) ainda, a mesma opinião: estavam na mais
bela capital do mundo.
29. Josephine Baker
Josephine Baker esteve no Brasil pela primeira vez em 1929.
Apresentou-se no Teatro Cassino, no Rio de Janeiro. Voltou em
1952 e contracenou com Grande Otelo no show "Casamento de
Preto", onde cantava "Boneca de Piche" em português. Em 1963
fez uma temporada no Copacabana Palace e apresentou-se no
Teatro Record, em São Paulo. Esteve pela última vez no Brasil em
1971, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Porto Alegre.
O anúncio ao lado é da sua primeira
passagem pelo Brasil e foi publicado
dia 21 de novembro de 1929.
30. Josephine Baker
No final dos anos 1960, passou por dificuldades financeiras e parou de
se apresentar em 1968. A princesa Grace de Mônaco ofereceu a ela
uma casa no Principado, quando soube dos seus problemas.
Baker apresentou-se então em Mônaco, com grande sucesso, em 1974.
No mesmo ano fez apresentações em Nova York.
Estava se preparando para comemorar, em
Paris, os 50 anos de palco, quando entrou
em coma e morreu aos 68 anos, em 12 de
abril de 1975. Seu funeral foi em Paris e ela
foi enterrada em Mônaco
O cortejo de seu funeral foi seguido por
mais de 20.000 pessoas nas ruas de Paris.
32. Art Déco
Art Déco – Expressão Francesa para designar o novo
Estilo nas Artes Visuais, Cinema, Design, Arquitetura e
Decoração, ocorrido a partir da Exposição Internacional
de Artes Decorativas e Industriais Modernas em Paris -
1925. Substituiu o Estilo Arts and Crafts Moviment e o
Art Nouveau, propondo desenhos abstratos, a estilização
e as formas geométricas.
Nasceu do próprio desenvolvimento das vanguardas, a
partir do Cubismo, Futurismo, das Vanguardas Russas e
das inovações estéticas e visuais dos anos 20.
Teve influência também da produção artísticas de povos
com vocação geométrica, notadamente os Astecas,
Egípcios, Hindus e demais povos Asiáticos.
Na Arquitetura, influenciou a obra de vários Arquitetos
como na obra de Willian Van Allen e o Edifício Chrysler
em Nova York – um símbolo do Art Déco.
34. Mobiliário Art Déco
O que se destacou nos móveis e objetos decorativos,
assim como nos interiores, foi a substituição das formas
sinuosas e curvilíneas presentes no Art Nouveau, pelas
formas geométricas, limpas e puras, além das cores vivas
e vibrantes dos acabamentos (tecidos, lacas e vernizes)
como modo de compensar a ausência de ornamentos.
Jacques Adnet (1900 - 1984)
35. Mobiliário Art Déco
Eileen Gray. Poltrona Bibendum
Marcel Coard, de inspiração cubista
Jacques-Émile Ruhlmann. Tocador de madeira(c. 1930)
Pierre Legrain. Jacques-Émile Ruhlmann.
Pequena mesa de inspiração cubista (1923) Banco: ébano, com detalhes dos pés banhados em prata
42. Tipografia
Art Déco
Esta fonte foi processada a partir das
letras em metal ainda patentes na loja
do Chiado (Lisboa) da Livraria Bertrand.
Bertrand
Fonte Display construtivista, de formas geométricas
elementares.
É a primeira digitalização do patrimônio tipográfico
português da época Art Déco, ainda visível em
estabelecimentos, cafés, edifícios públicos...
Bertrand: O set de glifos simples
43. Tipografia
Art Déco
Esta fonte foi processada a partir dos painéis de azulejo
Cantoneiros
encontrados fixados nas casas de Cantoneiros em Portugal.
A fonte Cantoneiros, faz referência aos sítios onde este
tipo de letra foi encontrado e fotografado: nos painéis de
azulejos fixados nas Casas de Cantoneiros, que ainda hoje
se acham em algumas estradas secundárias em Portugal.
Os cantoneiros tinham o cargo de vigilância, manutenção
e pequenas reparações da rede viária do país.
Esta sugestiva fonte, vigente nos anos 20 e 30, mostra
particularidades que lhe proporcionam um charme mais
rural.
Estas características traduzem-se nas formas pouco
comuns de letras como o P,B,R,S.
Cantoneiros: O set de glifos simples