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LÍNGUA PORTUGUESA, 7º ANO
PROF. ANTÓNIO ALVES
TESTE DE
AVALIAÇÃO FORMATIVA
A Salvação de Wang-Fô
Wang-Fô estava cansado de uma cidade em que os rostos já não
tinham qualquer segredo de fealda-de ou de beleza a revelar-lhe, e o
mestre e o discípulo vaguearam juntos pelas estradas do reino de
Han.
A fama precedia-os nas aldeias, à entrada dos castelos fortificados e
nos pórticos dos templos em que os peregrinos inquietos se refugiam
ao crepúsculo. Dizia-se que Wang-Fô tinha o poder de dar vida às
suas pinturas por um derradeiro toque de cor que acrescentava
aos olhos de todos.
Suplicavam-lhe os fazendeiros que lhe pintasse um cão de guarda, e
os senhores pediam-lhe imagens de soldados. Os sacer-dotes honravam Wang-Fô como a um sábio; o
povo temia-o como a um feiticeiro. Wang alegrava-se com esta diversidade de opiniões que lhe permitia
estudar à sua volta expressões de gratidão, de medo ou de veneração.
Ling mendigava a comida, velava pelo sono do mestre e aproveitava os seus êxtases para massajar-lhe os
pés. Ao romper da aurora, ainda o velho dormia, partia em busca de paisagens tímidas dissimuladas por
detrás dos tufos de caniços. Pela noitinha, quando o mestre, desalentado, atirava os pincéis ao chão, ia
apanhá-los. Quando Wang estava triste e falava da sua idade avançada, Ling mostrava-lhe, sorrindo, o
tronco robusto de um velho carvalho; quando Wang estava alegre e gracejava, Ling simulava ouvi-lo
humildemente.
Um dia, pelo sol poente, alcançaram os arrabaldes da cidade imperial, e Ling procurou uma estalagem onde
Wang-Fô passasse a noite. O velho embrulhou-se nuns trapos e Ling deitou-se colado a ele para o aquecer,
pois a Primavera mal rompera e o chão de terra batida estava ainda gelado.
Marguerite Yourcenar, A Salvação de Wang-Fô, in Contos Orientais,
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999
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GRUPO I. LEITURA
1. Os quadros de Wang-Fô eram muito especiais.
1.1. O que os tornava tão especiais?
1.2. Relaciona a singularidade dos seus quadros com o desenlace do conto.
2. Indica três adjectivos que ilustrem os sentimentos de Ling em relação a Wang-Fô. Justifica a tua
escolha com frases do texto.
3. Tendo em conta o conhecimento que tens desta obra, explica como surgiram esses sentimentos.
GRUPO II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO
1. Observa os verbos utilizados nos cinco parágrafos iniciais.
1.1. Qual o tempo verbal predominante nos quatro primeiros?
1.2. Identifica o tempo verbal predominante no quinto parágrafo.
1.3. Por que razão encontras dois tempos verbais diferentes na narrativa?
2. Sublinha e classifica a conjunção presente na seguinte frase:
«[…] quando o mestre, desalentado, atirava os pincéis ao chão, ia apanhá-los.» [Il. 12-13].
3. Transcreve uma forma verbal no pretérito imperfeito do conjuntivo
4. «Ling simulava ouvi-lo [...].» [l. 14]
4.1 Explica a regra da conjugação pronominal que se observa na palavra sublinhada.
5. Classifica o sujeito da seguinte frase:
«Dizia-se [...].» [l. 4]
6. Classifica sintacticamente a frase:
Wang-Fô pintava belas paisagens.
7. Procede à pontuação do seguinte texto, e faz as alterações que forem necessárias.
Wang-Fô era de facto o maior pintor da China certo dia o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe
uma grave acusação antes de o condenar à morte encarregou-o de fazer uma última tarefa.
GRUPO III. EXPRESSÃO ESCRITA
Imagina e redige outro final para a narrativa.
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PROPOSTAS DE CORRECÇÃO
DA FICHA DE AVALIAÇÃO – A SALVAÇÃO DE WANG - FÔ
I. LEITURA
1.1. Pareciam ter vida.
1.2. Wang-Fô obrigado a concluir uma pintura antes de ser mandado executar pelo Imperador, representa
a cena da sua libertação e foge, acompanhado por Ling, tal o realismo da sua pintura.
2. Resposta pessoal.
3. Quando Ling conheceu Wang-Fô, passou a ver o mundo de forma diferente e ganhou uma alma nova.
II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO
1.1. Pretérito imperfeito do indicativo.
1.2. Pretérito perfeito do indicativo.
1.3. O início do texto corresponde a uma descrição. A narração começa no quinto parágrafo.
2. «quando» – conjunção subordinativa temporal.
3. «passasse».
4. Quando a forma verbal termina em -r, suprime-se esta consoante e acrescenta-se um -l ao pronome
pessoal.
5. Sujeito nulo indeterminado.
6. Sujeito – «Wang-Fô»; predicado – «pintava belas paisagens»; complemento directo – «belas
paisagens».
7. Wang-Fô era, de facto, o maior pintor da China. Certo dia, o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe
uma grave acusação. Antes de o condenar à morte, encarregou-o de fazer uma última tarefa.
III. EXPRESSÃO ESCRITA
Resposta pessoal.

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  • 1. publicado em http://linguaportuguesa7ano.blogspot.com por António Alves Página 1 LÍNGUA PORTUGUESA, 7º ANO PROF. ANTÓNIO ALVES TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA A Salvação de Wang-Fô Wang-Fô estava cansado de uma cidade em que os rostos já não tinham qualquer segredo de fealda-de ou de beleza a revelar-lhe, e o mestre e o discípulo vaguearam juntos pelas estradas do reino de Han. A fama precedia-os nas aldeias, à entrada dos castelos fortificados e nos pórticos dos templos em que os peregrinos inquietos se refugiam ao crepúsculo. Dizia-se que Wang-Fô tinha o poder de dar vida às suas pinturas por um derradeiro toque de cor que acrescentava aos olhos de todos. Suplicavam-lhe os fazendeiros que lhe pintasse um cão de guarda, e os senhores pediam-lhe imagens de soldados. Os sacer-dotes honravam Wang-Fô como a um sábio; o povo temia-o como a um feiticeiro. Wang alegrava-se com esta diversidade de opiniões que lhe permitia estudar à sua volta expressões de gratidão, de medo ou de veneração. Ling mendigava a comida, velava pelo sono do mestre e aproveitava os seus êxtases para massajar-lhe os pés. Ao romper da aurora, ainda o velho dormia, partia em busca de paisagens tímidas dissimuladas por detrás dos tufos de caniços. Pela noitinha, quando o mestre, desalentado, atirava os pincéis ao chão, ia apanhá-los. Quando Wang estava triste e falava da sua idade avançada, Ling mostrava-lhe, sorrindo, o tronco robusto de um velho carvalho; quando Wang estava alegre e gracejava, Ling simulava ouvi-lo humildemente. Um dia, pelo sol poente, alcançaram os arrabaldes da cidade imperial, e Ling procurou uma estalagem onde Wang-Fô passasse a noite. O velho embrulhou-se nuns trapos e Ling deitou-se colado a ele para o aquecer, pois a Primavera mal rompera e o chão de terra batida estava ainda gelado. Marguerite Yourcenar, A Salvação de Wang-Fô, in Contos Orientais, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999
  • 2. publicado em http://linguaportuguesa7ano.blogspot.com por António Alves Página 2 GRUPO I. LEITURA 1. Os quadros de Wang-Fô eram muito especiais. 1.1. O que os tornava tão especiais? 1.2. Relaciona a singularidade dos seus quadros com o desenlace do conto. 2. Indica três adjectivos que ilustrem os sentimentos de Ling em relação a Wang-Fô. Justifica a tua escolha com frases do texto. 3. Tendo em conta o conhecimento que tens desta obra, explica como surgiram esses sentimentos. GRUPO II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO 1. Observa os verbos utilizados nos cinco parágrafos iniciais. 1.1. Qual o tempo verbal predominante nos quatro primeiros? 1.2. Identifica o tempo verbal predominante no quinto parágrafo. 1.3. Por que razão encontras dois tempos verbais diferentes na narrativa? 2. Sublinha e classifica a conjunção presente na seguinte frase: «[…] quando o mestre, desalentado, atirava os pincéis ao chão, ia apanhá-los.» [Il. 12-13]. 3. Transcreve uma forma verbal no pretérito imperfeito do conjuntivo 4. «Ling simulava ouvi-lo [...].» [l. 14] 4.1 Explica a regra da conjugação pronominal que se observa na palavra sublinhada. 5. Classifica o sujeito da seguinte frase: «Dizia-se [...].» [l. 4] 6. Classifica sintacticamente a frase: Wang-Fô pintava belas paisagens. 7. Procede à pontuação do seguinte texto, e faz as alterações que forem necessárias. Wang-Fô era de facto o maior pintor da China certo dia o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe uma grave acusação antes de o condenar à morte encarregou-o de fazer uma última tarefa. GRUPO III. EXPRESSÃO ESCRITA Imagina e redige outro final para a narrativa.
  • 3. publicado em http://linguaportuguesa7ano.blogspot.com por António Alves Página 3 PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DA FICHA DE AVALIAÇÃO – A SALVAÇÃO DE WANG - FÔ I. LEITURA 1.1. Pareciam ter vida. 1.2. Wang-Fô obrigado a concluir uma pintura antes de ser mandado executar pelo Imperador, representa a cena da sua libertação e foge, acompanhado por Ling, tal o realismo da sua pintura. 2. Resposta pessoal. 3. Quando Ling conheceu Wang-Fô, passou a ver o mundo de forma diferente e ganhou uma alma nova. II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO 1.1. Pretérito imperfeito do indicativo. 1.2. Pretérito perfeito do indicativo. 1.3. O início do texto corresponde a uma descrição. A narração começa no quinto parágrafo. 2. «quando» – conjunção subordinativa temporal. 3. «passasse». 4. Quando a forma verbal termina em -r, suprime-se esta consoante e acrescenta-se um -l ao pronome pessoal. 5. Sujeito nulo indeterminado. 6. Sujeito – «Wang-Fô»; predicado – «pintava belas paisagens»; complemento directo – «belas paisagens». 7. Wang-Fô era, de facto, o maior pintor da China. Certo dia, o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe uma grave acusação. Antes de o condenar à morte, encarregou-o de fazer uma última tarefa. III. EXPRESSÃO ESCRITA Resposta pessoal.