ia (2010), trazemos agora este novo volume, reunindo as obras de alguns de nossos maiores poetas evangélicos, como Myrtes Mathias (1933 – 1996) e Mário Barreto França (1909 – 1983), ao lado de novas e pulsantes vozes. Esta antologia cumpre um duplo papel. Podemos dizer que ela é um devocional e uma ferramenta. Devocional em seu objetivo de despertar, reforçar ou reavivar no indivíduo e na igreja o amor e o ardor missionários, sem os quais ambos, o indivíduo e a coletividade de indivíduos comungantes, não são igreja. E também uma ferramenta, por seu conteúdo útil para promotores de Missões, missionários, pregadores, escritores...
Mesmo que particularmente você não aprecie poesia, lembre-se que esta é uma antologia também de frases. São 28 páginas de citações de teólogos, missiólogos, missionários e outros servos de Cristo cuja opinião e conhecimento são dignos de nota – autores do Brasil e do mundo, de ontem e de hoje.
2. [2]
Antologia de
Poesia Missionária
- Volume 2 -
Apêndice: (Novas) Frases
sobre Missões e Evangelização
LIVRO GRATUITO
Não pode ser vendido
Organização e edição de
Sammis Reachers
2013
3. [3]
Blog Poesia Evangélica
Blog Veredas Missionárias
Foto da capa: Trigo limpio, por Guadalupe Cervilla.
Licenciada em Creative Commons CC BY-SA 2.0
4. [4]
AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos a Jairo de Oliveira,
Pérrima de Moraes Cláudio e Anacleto Pereira dos Santos,
sem cuja prestimosa ajuda esta antologia perderia a
maior parte de seu valor.
5. [5]
ÍNDICE
Apresentação ...................................................................................... 08
Prefácio .................................................................................................... 10
Mário Barreto França
Tem Dó, papai do Céu!... ........................................................................ 11
Uma Grande Missão ................................................................................ 13
A Dádiva de Maggie ................................................................................ 14
Brasil Sonhado ........................................................................................... 19
Suprema Decisão ...................................................................................... 20
O achado precioso .................................................................................... 21
Myrtes Mathias
Sê tu a boa terra ........................................................................................ 23
Enquanto é dia ........................................................................................... 25
Quantas Vezes Já Disseste Não? ......................................................... 26
Enquanto o Coral Cantava ................................................................... 28
Só há uma resposta .................................................................................. 31
Disponível para Deus ............................................................................. 34
Levantai os olhos... e vede o campo ................................................. 36
O Peso de Nossa Terra ........................................................................... 37
Vai e anuncia .............................................................................................. 39
Complete o Versículo .............................................................................. 41
Mãos Que Sustentam Cordas ............................................................... 43
Missão de Alegria ..................................................................................... 45
Alfredo Mignac
O Clamor do Indígena ............................................................................ 46
Missões Nacionais ................................................................................... 49
Jonathas Braga
O Campo É o Mundo ................................................................................ 50
Henry Crocker
Ide e Pregai ................................................................................................. 53
Assis Militão da Silva
Missões ........................................................................................................ 54
6. [6]
Rosa Jurandir Braz
Obrigado, Missionários! ........................................................................ 56
Thiago Rocha
Ser Cristão ................................................................................................... 58
Jairo de Oliveira
A missão da Igreja sobre a terra ........................................................ 59
Ide e pregai ................................................................................................. 60
O clamor de Tião ....................................................................................... 61
Os que ainda não ouviram .................................................................... 63
Chamado divino ........................................................................................ 64
Cecília Sant’Anna do Valle Marques
E as Sementes Germinarão .................................................................. 65
Murilo Fernando Gatti
Minha Oração ............................................................................................. 66
Pérrima de Moraes Cláudio
Levantai os Vossos Olhos ...................................................................... 67
Esforçai-vos! ............................................................................................... 69
Plante a Semente! ..................................................................................... 71
Heloísa Zachello
Com Cristo, a Esperança Floresce Aqui .......................................... 72
Missões ......................................................................................................... 73
Que Formosos Pés! .................................................................................. 74
Gilberto Celeti
Meus Seguidores ....................................................................................... 76
O Dever de Pregar o Evangelho .......................................................... 77
Chamado ....................................................................................................... 78
Proclamar o Evangelho – Encargo Sublime ................................. 79
Pregar Sem Covardia ............................................................................... 80
Liberto para Pregar .................................................................................. 81
Missão É Entrega do Pão ....................................................................... 82
Natanel Santos
Ouça o Clamor ............................................................................................ 84
7. [7]
Noélio Duarte
É tempo de avançar .................................................................................. 85
Helio Roldan Anderson
Missões .......................................................................................................... 87
Zilda Batel
Missões .......................................................................................................... 88
Elizama Barbosa
Enquanto eu calei... ................................................................................. 89
Luciano dos Anjos
Hora última .................................................................................................. 91
Arautos da Boa Semente ........................................................................ 92
Sammis Reachers
Kerigma Kiryos – Os Semeadores de Glória ................................. 93
Janela 10x40 ............................................................................................... 95
APÊNDICE: (Novas) Frases sobre Missões e
Evangelização ...................................................................................... 96
Bibliografia ......................................................................................... 124
Outros livros para download gratuito ........................ 126
N. O.: A ordem de entrada dos autores nesta antologia é aleatória.
8. [8]
Apresentação
Que imensa satisfação é apresentar aos queridos leitores mais
um livro organizado pelo meu amigo Sammis Reachers. Trata-se do
segundo volume da coleção Antologia de Poesia Missionária. O primeiro
volume, publicado em 2010, reuniu textos de autores consagrados
como Eliúde Marques e Noélio Duarte, dentre outros. Neste segundo
volume o organizador reúne poemas de outros grandes poetas como
Mário Barreto França e Myrtes Mathias. Há ainda poemas do próprio
Sammis e de outros poetas da atualidade.
Em mais uma obra que atua como organizador e autor, Sammis
consegue conciliar, com a maestria de sempre, dois assuntos que
merecem toda consideração: poesia e missões, reunindo reflexões de
autores que amam a obra missionária a partir do campo transcultural e
fora dele. Como ferramenta adicional, encontramos no apêndice do
livro um compêndio de frases missionárias coletadas de diversos
pensadores e amantes do trabalho missionário.
Oro para que o público em geral entenda a preciosidade de uma
obra que reúne textos de grandes poetas cristãos que já não possuem
mais as suas obras disponíveis nas prateleiras das livrarias. Se assim o
for, os leitores exaltarão a Deus pela vida do organizador do livro, por
ter sido capaz de resgatar conteúdo inestimável e colocar ao alcance do
leitor de hoje textos que inspiraram gerações.
Além do seu conteúdo, outro diferencial é que, como no primeiro
volume (e nas demais obras publicadas pelo autor), este material será
publicado em formato digital e distribuído gratuitamente aos leitores,
fazendo com que o livro esteja disponível a todos os que desejarem.
Em função de sua profundidade teológica e do seu alto nível
literário, creio que esta obra será uma importante ferramenta nas
mãos dos leitores e já posso vê-la sendo utilizada por pastores,
pregadores, missionários, professores de escola dominical e
promotores de missões em geral. Que o resultado seja a glorificação do
nome do Cordeiro por meio do anúncio da salvação entre todas as
nações.
9. [9]
Como fruto de minha profunda admiração, faço aqui uma singela
homenagem ao organizador deste livro que no ano de 2012 ganhou o
Prêmio Blogueiro Cristão concedido pela Academia Brasileira de
Blogueiros Evangélicos. Sammis Reachers é o maior antologista
quando o assunto é poesia cristã. É um irmão que com humildade,
generosidade e desprendimento tem servido o Corpo de Cristo e
contribuído para o avanço do Reino de Deus.
É com grande alegria que apresento e recomendo este livro aos
leitores na certeza de que ele será de grande utilidade para todos
aqueles que desejam enriquecer suas vidas com boa poesia e
importante reflexão sobre o nosso papel como Igreja, agência de
proclamação do Evangelho para todos os povos.
A Deus seja a glória!
Jairo de Oliveira
10. [10]
Prefácio
Em 2010 publicamos a Antologia de Poesia Missionária – uma rica
seleta de poemas missionários, e também frases temáticas, para
edificação e deleite dos leitores. Tendo colhido uma muito boa
recepção, vimo-nos estimulados a encetar agora este segundo volume
da Antologia, reunindo desta vez as obras de alguns de nossos maiores
poetas evangélicos de ontem, como dentre outros Myrtes Mathias
(1933 – 1996) e Mário Barreto França (1909 – 1983), ao lado de novas
e pulsantes vozes.
Esta antologia cumpre um duplo papel. Podemos dizer que ela é um
devocional e uma ferramenta. Devocional em seu objetivo de
despertar, reforçar ou reavivar no indivíduo e na igreja o amor e o
ardor missionários, sem os quais ambos, o indivíduo e a coletividade
de indivíduos comungantes, não são igreja. E também uma ferramenta,
por seu conteúdo útil para promotores de Missões, missionários,
pregadores, escritores...
Mesmo que particularmente você não aprecie poesia, lembre-se
que esta é uma antologia também de frases. São 28 páginas de citações
de teólogos, missiólogos, missionários e outros servos de Cristo cuja
opinião e conhecimento são dignos de nota – autores do Brasil e do
mundo, de ontem e de hoje.
Este é um livro gratuito, e lhe convidamos a compartilhá-lo com
quantos irmãos você puder. O livro não pode ser comercializado de
nenhuma forma, mas você pode copiá-lo, republicá-lo, imprimi-lo para
seu uso ou para ofertar a outros - e nós lhe incentivamos a fazer isso!
Enquanto cristãos, avancemos em nossa colaboração e serviço à
igreja e ao mundo, levando cada vez mais longe a chama do Evangelho
- e o Evangelho é a pessoa de Jesus Cristo -, salvação gratuita para todo
aquele que nele crer.
Que esses versos e pensamentos possam ser usados pelo Santo
Espírito para servir-nos de inspiração e motivação, pois o tempo de
Deus é agora. Militemos sem embaraços até que Ele venha!
Sammis Reachers
11. [11]
Mário Barreto França
“Tem dó, Papai do Céu!...”
Aos pioneiros de Missões Estrangeiras, e à menina Creusa,
Filha do casal Lígia e Waldomiro Mota, missionários na Bolívia.
Santa Cruz de La Sierra. O dia declinara,
Ornamentando o céu de uma beleza rara,
Pondo nos corações cansados de sofrer
Uma gota de luz e um pouco de prazer,
Pois no suave dulçor da tarde que morria
A bondade de Deus em promessas sorria...
Quando a noite desceu sobre a cidade o manto
De treva, uma notícia andou de canto a canto:
- “Vai haver pregação das doutrinas de Cristo,
Na pequenina igreja evangélica!...” – Nisto,
Um ébrio inveterado, erguendo-se do chão,
Falou: - ‘Vou acabar com essa reunião!...’
E seguiu, cambaleando, em direção ao templo...
Na casa de oração, porém, um belo exemplo
De fé, a fulgurar nas asas da inocência,
Iria arrebatar a pequena assistência,
Que via em gesto audaz de crença e confiança
A manifestação de Deus numa criança...
É que a menina Creusa - a filha do pastor –
Pedindo ao seu papai uma Bíblia e um Cantor,
Pôs-se logo a cantar, numa voz que seduz,
Um hino que exaltava o poder de Jesus:
“No hay peligro,
No hay peligro,
Pra quien tiene fé
Em mi Jesus!”
Nesse instante assomou à porta o celerado;
E, em gesto ameaçador, ficou ali, parado,
À espera do momento em que iniciaria
12. [12]
A cobarde agressão...
Mas a doce harmonia
Dessa voz infantil foi aos poucos quebrando
O pétreo coração daquele homem nefando
Que tirou seu chapéu, tornou-se reverente,
Seu semblante mudou, sorriu humildemente,
Sentindo dentro d’alma o conforto divino
Que lhe vinha do céu no cântico dum hino...
Quando Creusa parou de cantar, disse o velho:
- “Se cantares de novo, ouvirei o evangelho,
Deixarei, sem temor, todos os vícios meus
E virei sempre aqui para adorar a Deus!...” –
Animada de amor que se comove e canta
Dentro do coração, a Creusa se agiganta
E eleva a sua voz de místicas doçuras
Aos redoirados céus das divinas alturas,
Emocionando assim toda a congregação
Que a acompanha depois nessa meiga oração:
- “Papai do céu, concede a este bêbado velho
Um novo coração para o teu Evangelho!
Tem piedade, Senhor, desse infeliz incréu
E de su’alma atroz, tem dó, Papai do céu!” –
E um vislumbre de fé, e um roseiral de prece
Em cada olhar fulgura e em cada peito cresce,
Na congratulação dos pregoeiros da cruz
Por mais um pecador que se entrega a Jesus.
*
Creusa! Tua missão é a missão dos pequenos,
Dos que vivem com Deus, dos que lutam serenos
No bendito mister de fazer caridade,
Pregando a Paz, o Amor, o Perdão e a Humildade;
Por que não fazem mal e não sabem mentir,
Pois vivem, na verdade, a cantar e a sorrir!...
Creusa! Tua missão é a missão dos remidos,
Consolando o que sofre ao peso de um labéu...
Vive, pois, a implorar por todos os perdidos:
- “Tem dó, Papai do céu! Tem dó, Papai do céu!...”
13. [13]
Uma Grande Missão
Interroga a tua alma e vê se nela existe
O sentimento bom da solidariedade,
E procura levar ao coração que é triste
O bálsamo feliz de tua caridade.
Há gente por aí cuja vida consiste
Em queixar-se de Deus pela dor que lhe invade,
E a maldizer o céu por tudo que lhe assiste
Nos dias de pesar, nas horas de saudade.
Mas se alguém lhe levar, caritativamente,
A Palavra de Deus e um pedaço de pão
E alimentar-lhe, assim, o corpo e a alma doente,
Terá tido no mundo uma grande missão:
Porque nada é mais nobre e mais santo que a gente
Conseguir consolar um triste coração!
14. [14]
A Dádiva de Maggie
Numa certa manhã festiva e ensolarada
De um cálido domingo, a alma angustiada
De um piedoso pastor se erguia aos céus, em prece
- prece cheia de fé — pedindo a Deus que desse
A cada coração gelado de seu povo
Uma melhor vontade - um sentimento novo -
Que o levasse a sentir pelas almas perdidas
Esse amor que convence e que transforma vidas,
Para testemunhar, pelas obras da fé,
Que Deus é o mesmo Deus de Abraão, de Jacó e José,
E é sempre o mesmo Pai, de braços sempre abertos,
Para acolher, perdoando, os corações despertos
Do letargo do mal, do horror da treva imensa,
Para a luta da vida e a sagração da crença.
E naquele momento em que esboçava, ansioso,
Para pregar na igreja, um sermão poderoso,
Sentia, no entanto, um medo sem motivo
De que ninguém lhe ouvisse o apelo decisivo
Para dar com amor, à sagrada missão,
Mais do que uma oferta — o próprio coração.
Muito perto dali, a Missão das Montanhas
Combatia o pecado e outras causas estranhas
Que faziam do mal daquela pobre gente
A própria encarnação da miséria inclemente.
E naquela manhã seria levantada
A oferta especial para a causa sagrada.
Havia em sua igreja um número elevado
De abastados casais. Nunca, porém, o estado
De penúria do povo havia-lhes movido
As entranhas do amor, por vê-lo convertido;
Nunca se lhes abriu em mínima piedade
A alma crente, ao notar tanta infelicidade...
Mas, naquela manhã — quem sabe? - iria achar
Deus, nos seus corações, em primeiro lugar?!
Quando o pastor subiu ao púlpito da igreja,
Todos se ergueram e ele orou confiante: Ó, seja,
Nosso Senhor e Pai, feita a Tua vontade
15. [15]
Na alma de quem Te adora em espírito e verdade!
Ensina-nos a amar! Ajuda-nos a crer
Que mais grato, Senhor, é dar que receber!
Sentaram-se, depois. E o piedoso pastor
Começou a pregar, cheio de fé e ardor:
- Lembrai-vos, meus irmãos, dos que vivem sem Cristo,
Dos que morrem sem fé!... Ah! Não vos comove isto?
Mas, enquanto o seu verbo em mensagem fulgia,
Toda a congregação continuava fria...
- Tão fria! - indiferente às desgraças alheias,
Pois, tendo posições e tendo as bolsas cheias
Eram pobres demais em fé e caridade...
Mesmo assim, apelou para a comunidade:
- Iremos levantar agora a nossa oferta!
Que tenha cada qual a sua mão aberta
Para dar ao Senhor e à causa da Missão
Mais do que seu dinheiro, o próprio coração.
A bandeja passava entre as filas de bancos;
Do filho ao pai, do moço ao de cabelos brancos,
Nenhum se decidia a dar o que podia.
E o servo do Senhor no púlpito sentia
O amargor da derrota e a angústia do fracasso...
Foi justamente aí que Deus ergueu seu braço
Para mostrar, num gesto heroico de criança,
A glorificação do amor e da esperança.
No fundo do salão, achava-se sozinha
A pequenina Maggie, a meiga aleijadinha,
Que, apesar de tão pobre e inválida, sabia,
Como ninguém ali, infundir simpatia,
Que era como o frescor de um bálsamo bendito
Nas mágoas e na dor de um coração aflito.
Quando o diácono, tendo a bandeja vazia,
Dela se aproximava, uma prece ela erguia
Como um grito de apelo à bondade divina:
- Tu conheces, Senhor, a minha pobre sina;
Quisera te servir como missionária,
16. [16]
No entanto, nada sei e vivo solitária.
Tu sabes como é grande esta minha pobreza,
Mas conheces também minha grata firmeza
Em dar-te a minha oferta! Eu que não tenho nada,
A não ser minha vida, a ti só consagrada,
E esta simples muleta!...
Ah! Sim, esta muleta! ...
Lembro-me agora bem! Foi ali, na saleta,
Que uma boa senhora, um dia, ma ofertou,
Dizendo-me que foi a melhor que encontrou
Nas lojas da cidade. E eu quero ta ofertar!...
Mas sem ela, Senhor,como é que eu vou andar?
É com ela que eu vou ao parque ver as flores
E os pássaros ouvir cantar-te os seus louvores!
É com ela que eu venho aqui para adorar-te
E vou pregar teu nome ao pobre, em toda parte!
Eu não tenho ninguém por mim; dessa maneira
Ela é o meu apoio e a minha companheira...
Ajuda-me, Senhor! Se assim queres que o faça,
Aqui tens minha oferta! E dá-me a tua graça!
E calma, e decidida, e alegre, deposita
Sua única riqueza - a muleta bonita -
No disco de metal da clássica bandeja.
Um sussurro de espanto ouviu-se em toda a igreja...
O diácono, surpreso e comovido, indaga:
- Que é isso, menina?
- É a minha humilde paga
Por tudo o que Jesus por mim soube fazer!
Nada, nada além disso, eu posso oferecer
À causa das Missões! Aceite-a, por favor!
Deus há de me amparar com a mão do seu amor!
O diácono, chorando, atravessou o templo,
Levando na bandeja o mais sublime exemplo
De completa renúncia e de abnegação:
- A dádiva de Maggie, o próprio coração
De quem, amando mais a Deus que a própria vida,
Cristalizava a fé na oferta desprendida -
17. [17]
Pô-la em cima da mesa e, sem poder falar,
Deixou que o seu apelo alçasse em seu olhar.
E o pastor, tendo a voz embargada de pranto,
Dirigiu-se aos fiéis:
- Maggie deu tudo! E quanto
Ireis dar, meus irmãos, à causa das Missões?
Isso não vos constrange os pétreos corações?
Ela o pôde fazer porque antes soube amar.
Porque deu ao Senhor o primeiro lugar!
Irmãos, não vos comove este quadro sublime?
Reter esta muleta é cometer um crime!
Que fareis, então, a fim de resgatá-la?
Notou-se um burburinho estranho em toda a sala;
E a resposta à questão não se fez esperar:
Cada qual levantou-se e foi depositar
Ao lado da muleta a oferta generosa.
E, um instante depois, qual grande e linda rosa,
O monte singular das notas coloridas
Parecia dizer às almas convertidas:
- Agora, sim, podeis louvores entoar,
Pois colocastes a Deus em primeiro lugar!
Alegre e comovido, o piedoso pastor
Do púlpito desceu e foi, cheio de amor,
Levar à aleijadinha a muleta bonita,
Dizendo-lhe:
— Aqui tens a dádiva bendita
Que tua alma de santa ao Senhor consagrou,
E fez voltar a Deus a gente que pecou.
Teu gesto de piedade e de abnegação
Teve mais esplendor que a luz do meu sermão!
Foi o apelo melhor que esta Igreja atendeu,
E, pela generosa oferta que ela deu,
Resgatou-a também! Oh, aceita-a de novo!
É a justa gratidão da alma do nosso povo!
* * *
E desde aquele dia a Missão das Montanhas
Achou numa muleta o apoio singular
18. [18]
Que fez mover do povo incrédulo as entranhas
Pra dar a Deus, na vida, o primeiro lugar!
19. [19]
Brasil Sonhado
Brasil do meu amor!
Brasil sentimental de minha inspiração,
Eu te quisera ver sob a mesma bandeira
Que Cristo desfraldou por nossa salvação!
Mas, entre tanta glória que te exalta,
Entre tantas riquezas e esplendor,
Infelizmente, meu Brasil, te falta
Melhor conhecimento do Senhor.
Repara o interior das tuas matas!
Teus sertões!... Tuas vilas afastadas!...
Ali onde tu és ingênuo e lindo,
Onde cantas nas vozes das cascatas,
Onde gemes nas cordas dedilhadas
E onde vives – tão nosso – sempre rindo,
É justamente ali, Brasil querido,
Que tu não tens o Livro que te ilustre
Nem meios que te façam conhecido!
E eu te quisera ver na vanguarda do mundo,
Ovante, desfraldando o rubro pavilhão
Que Cristo desfraldou, por seu amor profundo,
No Calvário imortal do seu grande perdão!
Assim eu te quisera e assim é que te sonho,
Contemplando o teu mar e este teu céu azul,
Em que vives suspenso, em que vives risonho,
No símbolo de fé do Cruzeiro do Sul.
Mas eu creio, Brasil, no milagre eloquente
Do eterno sacrifício do Senhor,
Para seres no mundo, brevemente,
Uma luz, uma bênção refulgente,
Brasil do meu amor!...
20. [20]
Suprema Decisão
Ó tu que a todo tempo e em todos os lugares,
Velada ou claramente, anuncias a paz
E esforças-te em firmar nos povos e nos lares,
Pelos elos do amor, as bases fraternais;
Tu que manejas firme as penas e os teares
Na ânsia de a todos dar recompensas iguais,
E tentas resolver problemas seculares
Por códigos cristãos e humanos tribunais;
Ó tu que forjas na alma o aço da resistência
E sacrificas tudo em nome da ciência,
Do direito, da fé, da justiça e do amor;
Não recues jamais; morre, se for preciso,
Como Cristo morreu legando um paraíso,
Como Estevão morreu perdoando o agressor!
21. [21]
O achado precioso
Na velha Índia dos sonhos do passado,
De mistério e crendice,
Um peregrino, triste e desolado,
Vinha de longe como quem sentisse
O horror do seu pecado,
Perseguindo-o com o fogo dos remorsos...
Vinha de muito longe, e árduas distâncias
Percorrera, de joelhos,
Para banhar-se nas ‘divinas’ águas
Do Ganges – o ideal rio sagrado –
Mas, com a carne em chaga e olhos vermelhos,
- Resultado de mil e um esforços
Para encontrar a paz do coração –
Ele notou que fora tudo em vão;
Pois a angústia das ânsias
E o delírio das mágoas,
Na sua vida de desesperado,
Nada, nada mudara,
Porque, quando no Ganges mergulhou,
A tradição falhara:
E mais triste, e mais velho, e mais cansado,
Ao seu destino incerto regressou...
Mas, ao chegar ao vilarejo e a casa
Em que vivia, pobre e solitário,
Com o pensamento em brasa,
Deparou-se com o velho missionário
Que, com simplicidade e inspiração,
Lhe falou do Calvário,
Da mensagem evangélica da cruz,
Da fé que transfigura o coração,
Da água viva da fonte da verdade,
Da ternura, do bem, da caridade;
Falou-lhe de Jesus.
E o pobre, até então insatisfeito,
Sentindo a luz da fé raiar-lhe n’alma
E a ventura da paz cantar no peito,
Descobriu, afinal,
22. [22]
Que a glória e o amor de Deus estão tão perto
De cada coração de moço ou monge,
Que os vive loucamente a procurar
Por ínvios mares, por caminho incerto,
No formalismo da religião,
Ou nos sistemas de filosofias,
Por julgá-los, talvez, tão alto e longe,
Que nem pensa em si mesmo os encontrar,
Pulsando nas tristezas e alegrias
Ou nas ânsias do próprio coração...
Por isso, abrindo os lábios num sorriso,
Confessa o peregrino:
- “É isso que eu buscava, sem saber,
Na crendice da humana tradição;
Cristo é nosso destino,
É nossa luz, é nosso paraíso,
Pois quando o coração
Pode sentir e ver
A glória excelsa do supremo Ser,
Na vida nova e mística do crente,
Deus se revela, clara e santamente,
No milagre da sua redenção.”
Tu, que buscas em dogmas e ritos
E, tão longe de ti, o dom supremo
Que garante a ventura e a perfeição,
Aprende esta lição,
Tão cheia de preceitos infinitos:
Deus está em ti mesmo, em ti existe
A celeste virtude
Que te oferta a alegria na hora triste;
Nos momentos de dores, a saúde;
E, em tudo o mais, na transfiguração
Da velhice que cansa,
A juventude eterna da esperança
E o sempre novo bem da salvação!
23. [23]
Myrtes Mathias
Sê tu a boa terra
Se, no canteiro de tua alma,
alguém já lançou a semente bendita
que produz frutos para a eternidade,
sê tua a boa terra do cento por um,
como na história que Jesus contou.
Que outros sejam a beira do caminho,
onde as sementes são pisadas pelos homens
ou comidas pelas aves do céu.
Que sejam outros a terra pedregosa
ou cheia de espinhos, onde a semente
sucumbe por falta de umidade
ou onde a planta frágil fenece sem nada produzir.
Para que a vinha do Senhor atinja os confins da terra,
na bendita multiplicação
capaz de saciar os famintos, vestir os nus,
curar os enfermos e ressuscitar os mortos,
é preciso que sejas a fecunda e agradecida terra
que produz cento por um.
Deixa que o semeador siga adiante,
transforma-te a ti mesmo naquele que firma as estacas,
que ajuda, consolida, passa a outros o bem que recebeu.
Que te baste a alegria do dever cumprido,
a certeza de estar entre aqueles
que entregam coração, bens e vida no ideal
de transformar a terra triste e atormentada
na exuberante vinha do Senhor.
Pode ser que ninguém proclame os teus feitos
e que os jornais não publiquem tua atuação:
lá no alto, onde tudo se aclara,
o Senhor que te deu lugar na seara
traz o teu nome na bendita Mão.
Mas que importa a opinião do mundo
sobre o anonimato do trabalho teu?
Um dia, a tarefa finda,
estarás entre os que ouvem a saudação mais linda:
24. [24]
- Vem descansar, servo fiel e humilde,
estendeste minha vinha aos confins do mundo,
consolidando na terra o meu reino, que é o do céu.
25. [25]
Enquanto é dia
Tremo ao contemplar milhares,
Milhões caminhando para o abismo,
Enquanto o povo que se chama pelo Teu nome
se assenta a tecer grinaldas de flores,
preocupado em acompanhar os padrões
do presente século.
Que fizemos do teu senso de urgência:
"Trabalhai enquanto é dia"?
Do Teu santo objetivo:
"É necessário que eu anuncie o evangelho...
porque para isso fui enviado"?
Tu não Te importaste de ser diferente
dos grandes do teu tempo.
Bastava-Te o ideal,
a angustiante certeza de que era breve
Teu tempo aqui.
Sobretudo, havia o amor.
Por ele Te fizeste maldição,
objeto de escárnio e zombaria,
Quando permitiste que Te erguessem,
entre o céu e a terra, nos braços de uma cruz.
Abre-nos os olhos, Senhor, para a profundidade
da missão que nos deste,
Dá-nos consciência do preço que Te custou
a autoridade para ordenar:
- "Ide e pregai o evangelho..."
Enquanto é dia, enche-nos do Teu senso de urgência.
Sobretudo, Senhor, que nos possua
aquele amor que Te fez aceitar o ridículo da cruz:
Ele nos fará desprezar os valores do mundo,
ele nos levará a sair pelos becos e valados,
em busca dos famintos,
para que tua casa se encha,
para que aleluias e hosanas
se ergam ao santo nome Teu.
26. [26]
Quantas Vezes Já Disseste Não?
Não sei quantas vezes disseste não
a uma ordem de Deus.
Mas bom seria que pensasses um pouco
antes de dizer – Não quero, ou – Não posso.
Duas pequenas palavras que sobrecarregarão
ombros talvez mais frágeis que os teus.
Não esperes que Deus te venha chamar
três vezes pelo nome, no silêncio da noite,
E nem te detenhas a esperar que um arcanjo
desça do céu para murmurar a teus ouvidos
que és um predestinado.
É preciso que O ouças naquela última frase
sobre o monte chamado das Oliveiras:
“Sereis minhas testemunhas...”
Ele te fala através de todas as crianças
que perderam os pais;
de mil mulheres que vendem o corpo;
de milhões de jovens que procuram
uma razão de ser;
de mais de dois terços dessa humanidade
que caminha irremediavelmente para o abismo.
Ele apela ao teu coração através daqueles ombros
sobrecarregados com a responsabilidade
que não desejas aceitar.
Daqueles corações que teimam em ser jovens
aprisionados em corpos envelhecidos:
enfermeiras que “não pegam mais menino”,
professoras que não dão mais aula,
pastores que não sobem os degraus do púlpito
para entregar a mesma mensagem que um dia
te salvou.
Não ouves Seu desafio naqueles túmulos brancos
perdidos num cemitério do sertão
ou de terras estrangeiras?
Eu O escuto chamar-Te na voz dos que pedem compreensão,
dos que pedem repetir a História
que pode salvar.
27. [27]
Não sei quantas vezes disseste não
a estas mil vozes de Deus,
ou se, para fugires à importunação,
respondeste – Irei – para jamais
te lembrares do compromisso.
Não é justo que sobrecarregues com tua omissão
aqueles que aceitam o Reino de Deus
como uma obra de vida ou morte.
Receio que venhas a sentir remorso
quando os vires tombar prematuramente
sob uma carga que bem poderias
ter ajudado a levar.
Não te julgues bom demais para uma tarefa
pela qual o teu jovem Salvador deixou o céu;
nem tão pequeno que nada possas fazer.
Numa colheita prestes a perder-se
há lugar para todos.
Com tuas palavras, teus atos, tua vida
e teus bens, tu podes ser aquele que ajuda,
aquele que substitui,
que caminha atrás dos segadores
com uma pequena cesta, a recolher as espigas,
para evitar que os benditos frutos
venham a se perder.
28. [28]
Enquanto o Coral Cantava
Enquanto a música enchia o templo,
eu vi o Rei.
Vestido de majestade, coroado de honra,
um cetro de poder e glória na mão.
Ele voltava.
Livre dos sapatos e dos preconceitos,
da doença e da fadiga.
Feliz, como uma criança que se atira
na direção do Pai – depois de uma ausência
que só fez maior o amor e a necessidade
de ver – eu corria no meio da multidão,
que erguia palmas brancas
em saudação Àquele que voltava.
Lá estavam Livingstone, Carey, Bratcher,
Corinto, Miranda Pinto...
Lá estavam os vultos frágeis,
Ana de Ava, Noemi Campelo, Caíta,
Lotie Moon...
Os missionários de todas as raças.
Os grandes que se fizeram pequenos,
os pequenos que a fé tornou gigantes:
Bagby, Taylor, D. Chiquinha,
que eu conheci
quebrando coco babaçu,
para sustento da obra
que eles começaram.
Lá estavam D. Maria e D. Carmen
- um corpo perfeito no lugar daquele
que a lepra deformara.
Lá estavam Darito e os companheiros
de enfermaria que ele levara a Cristo,
livres do balão de oxigênio
e do terrível clima de segregação.
Lá estavam meus amigos cegos,
com olhos enormes de luz
e expectativa;
Meus priminhos mudos, entoando,
mais alto que todos,
o canto de vitória e gratidão.
29. [29]
Livres de grades
e de cadeiras de rodas,
lá estavam muitos que eu conhecera
prisioneiros da doença e do pecado.
Lá estava meu irmão
que Deus levou tão cedo.
Lá estavam os mártires de todas
as épocas, do tempo dos césares
e das cortinas de ferro e de bambu.
Lá estavam homens de pele escura
e alma cor de neve;
índios de brilhantes cabelos,
crianças de todas as raças,
cantando hosanas, como na entrada
triunfal em Jerusalém.
Lá estavam os meninos do Tocantins,
os barqueiros do São Francisco,
a gente do Araguaia,
os colonos da Transamazônica,
que se haviam tornado súditos
do Caminho maior.
Num milagre sem explicação,
a multidão de mil cores,
que entoava hinos em mil línguas
e dialetos,
era absolutamente igual, no sentimento
que fazia de todos
uma só corrente de alegria,
formada por mil elos de amor.
Eu disse que todos estavam lá?
Não sei. Parece-me que havia lacunas
na multidão e no coração do Rei.
Muitos estavam ausentes,
presos a cuidados terrenos,
deixando a escola suprema
para um amanhã inexistente,
oferecendo a Momo um último holocausto,
como se fosse possível
servir a dois senhores,
abraçar o mundo, sem desprezar o Rei.
30. [30]
E foi assim, enquanto o coral cantava,
que pude sentir o quanto amava ao Rei,
o quanto meu coração agradecia,
por estar entre os salvos;
por chamá-lo pelo nome que Madalena usou
quando o reconheceu:
- Voltaste, Raboni! Aleluia!
Bem-vindo sejas, meu Senhor, meu Deus!
31. [31]
Só há uma resposta
Ouve:
de perto,
de longe,
de muito longe, chega o clamor.
De nossa terra,
de outras terras.
Em nossa língua,
em outras línguas:
“Queremos luz!
- é o grito das nações pagãs
que vem atravessando o imenso mar.”
Lembra:
desde o princípio,
há milênios,
dia após dia,
chega a voz do alto:
“Quem há de ir por nós?
Como invocarão aquele em quem não creram?
Como crerão naquele de quem não ouviram falar?
Como ouvirão, se não há quem pregue?
Como pregarão, se não forem enviados?”
Pensa:
lá fora está o campo imenso,
tão branco, que esperar não pode.
Lá estão o que obedeceram,
Os que disseram:
“Eis-me aqui.”
São poucos,
são muitos poucos,
São frágeis,
são muito frágeis.
Ouve,
lembra,
pensa,
sente e responde:
32. [32]
“Tudo quanto nos ordenaste faremos
e aonde quer que nos enviares iremos.”
É uma ceifa,
é uma guerra.
E eu fui,
tu foste,
nós fomos convocados:
para ceifar,
para batalhar,
para apressar a volta do Redentor.
Ouve o clamor que vem de perto,
o grito que vem de longe,
em nossa língua,
em outras línguas.
Ouve o clamor dos perdidos,
dos condenados,
dos sem esperança,
dos que caminham para a morte:
“Queremos luz!
- é o grito das nações pagãs
que vem atravessando o imenso mar...”
Ouve a interrogação que vem do alto:
“Morri, morri na cruz por ti;
que fazes tu por Mim?”
É hora de ceifar.
É tempo de batalha.
Na guerra santa contra o pecado,
aquém do Jordão, quem ousa ficar?
Quem ousa dormir deixando lá fora,
lutar sozinhos, os que obedeceram?
Eu fui,
tu foste,
nós fomos convocados.
Nesta hora decisiva, só há uma atitude a tomar,
um hino a repetir:
“Sim, marchar avante!
Todos seguindo a divinal bandeira!
Sim, marchar avante! Unidos, firmes sempre
33. [33]
no avançar!
Glória, glória, eis que canta a multidão!
Consagrai-Lhe todo o vosso coração,
pra Jesus obedecer!
E, ao cumprir o seu querer,
entoai louvores altos! Avançai!”
É hora de responder
com os lábios,
com o coração,
com os bens,
com a própria vida:
“Tudo quanto nos ordenaste faremos
E aonde quer que nos enviares iremos.”
Lembra-te do clamor de perto,
de longe,
de nossa terra,
de outras terras,
em nossa língua,
em outras línguas:
“Queremos luz!”
Ouve a interrogação que vem do alto:
“Morri na cruz por ti;
Que fazes tu por Mim?”
Ouve
lembra-te,
pensa,
sente e responde,
com tua oração,
teus bens
e tua vida:
“Eis-me aqui!”
34. [34]
Disponível para Deus
Prepara-te.
Aprende a sofrer,
aprende a servir,
a renunciar.
Para fazeres o melhor possível
é preciso estar disponível
quando teu Deus mandar.
Prepara-te.
Aprende tudo quanto de bom puderes:
enche tua alma de tal paz e claridade
que mesmo distribuindo
sem peso e sem medida,
ainda tanto fique em tua vida
que te faça cantar na adversidade.
Enche teu coração de fé,
que os obstáculos
serão maiores que montanhas.
De pureza, tolerância e luz.
Encontrarás flores
no caminho que te espera,
mas quase sempre para tornar suportável
o peso de uma cruz.
Quando a ordem chegar
não digas: - não quero –
ao Senhor de tua vida;
não digas: não posso.
(Bem sabes que tudo é possível ao que crê)
Não digas: - espera –
a uma ordem de urgência.
Não adianta a fuga – teu Deus tudo vê.
Portanto, prepara-te.
Aprende a sofrer,
a renunciar,
aprende a servir.
Quando teu Deus mandar
deves partir.
35. [35]
Prepara-te.
A convocação pode chegar
a qualquer tempo
para qualquer terra,
e seja como for,
só há uma resposta que teu Deus aceita:
- Estou disponível. Eis-me aqui, Senhor!
36. [36]
Levantai os olhos... e vede o campo
Lá fora, além das paredes que te cercam
e protegem, longe do calor que te aquece
o corpo e o coração, está a grande vinha do Senhor;
crianças que perderam os pais,
mil mulheres que vendem o corpo,
milhões de jovens que procuram uma razão de ser;
povo, que é teu povo, caminhando
irremediavelmente para o abismo...
Para. Olha. Pensa. E ouve teu desafio
na própria voz do Mestre:
“Levantai os olhos e vede...
Vai hoje trabalhar na vinha...”
Ainda é tempo de obedecer,
alcançar a vinha aqui, ali, além;
sustentando aqueles que vão,
onde estiver um deles pregando a salvação,
tu estarás, também.
37. [37]
O Peso de Nossa Terra
Dizem os grandes poetas
que o Brasil é todo sol,
que o Brasil é todo festa,
que seu céu é sempre azul.
Mas eu vejo mãos crispadas,
erguidas, desesperadas,
clamando de norte a sul.
Mãos do Brasil primitivo,
correndo na selva imensa,
mergulhado na descrença,
fugindo no próprio lar!
Nu, pagão e decadente,
abandonado e doente,
sem forças para lutar.
Mãos crispadas do norte de minha terra,
perdido no inferno verde do verde seringal;
afogado na lama, em cabana de palha,
morrendo de febre — destino fatal!
Braços erguidos do Nordeste,
mãos crispadas, ressequidas de sol,
Suplicando água, um arbusto, uma sombra
um resto de justiça, um novo arrebol.
Mãos do Brasil de roupa rasgada,
do homem da enxada, que faz "simpatia"
para não morrer.
Do Brasil que nunca fez greve,
que nem sabe pedir aumento,
para quem o sofrimento já
faz parte do viver.
Mãos do Brasil que vive em barracos,
subindo o morro em busca de ar;
que transforma em samba a própria miséria;
que se afoga no vício, para não chorar.
Mãos revoltas das filas enormes,
38. [38]
dos desempregados, doentes e réus.
Mãos que blasfemam, maldizem e matam,
mãos desgraçadas, perdidas, sem Deus.
Mãos pequeninas do Brasil criança
que puxam miséria, em vez de carrinho;
Crianças sozinhas, de olhos enormes,
que pedem migalhas de pão e carinho.
Basta, Senhor, de braços estendidos,
de mãos descarnadas,
quais estrelas apagadas,
sem brilho, sem luz.
Basta, Senhor, por piedade,
faze-nos raio da Tua claridade,
para mostrar-lhes Jesus.
Peso de nossa terra,
grito de nosso povo,
que suplica um mundo novo,
onde haja paz e amor.
Como gozar nossa crença,
deixando na treva imensa
o povo que é nosso povo,
a terra que é nossa terra, Senhor?
Olha, Senhor, teu povo ajoelhado,
clamando, angustiado, pela grande nação.
Arranca-nos, Senhor, do comodismo,
faze-nos mártires, se assim for preciso,
mas salva nossa Pátria e limpa nossa mão.
39. [39]
Vai e Anuncia
Nesse instante, irmão, só posso oferecer
dois versos do poeta revolucionário:
“Ah! Como é horrível ser jovem
e não mudar o mundo!”
Receio que me censures por falar em mudança
quando a maioria proclama que há paz e amor.
Bem sei que não é fácil tocar o clarim
para uma batalha de transformação,
quando tantos confundem dinheiro, comodidade,
prazer e licenciosidade,
com alegria e liberdade verdadeiras.
Bem sei que a ciência se multiplica,
as espécies evoluem,
o progresso é uma realidade.
Mas, com seu séquito de angústias e frustrações,
cresce também o pecado na alma dos homens.
E só isso tem valor eterno: a alma dos homens.
Até quando olvidarão que a Felicidade
vem de dentro, onde tudo nasce,
e do Alto, de onde desce o Amor?
Por tudo isso, meu canto não será uma forma de fuga,
uma cantiga de ninar.
Será, antes, uma busca e um encontro.
uma busca de Suprema Vontade,
um encontro com a ordem do Mestre:
“Vai e Anuncia.”
Vai em busca dos pobres, dos aflitos,
dos inconformados, dos que procuram uma razão
para viver, dos que fogem da miséria que está
em volta e dentro do coração.
Vai e anuncia-lhes eu Deus é amor,
que na casa de meu Pai há muitas moradas,
que Eu sou o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Vai e anuncia o que Deus fez por ti,
o que Eu fiz por ti.
Não te constrange lembrar que o que Ele
fez por ti foi morrer em teu lugar?
Vamos, então, agora mesmo, enquanto é dia,
40. [40]
de mãos dadas e corações unidos,
anunciar o que Ele fez por nós.
Vamos!
E eu prometo mudar os versos do início
para um hino de louvor e gratidão:
Como é bom ser crente e mudar o mundo.
Como é bom participar na obra de um Deus
que trocou o céu pela terra,
para que nós – pó da terra –
pudéssemos reencontrar o céu.
41. [41]
Complete o Versículo
Como o jovem da parábola, tu disseste:
- Não quero – quando o Pai te mandou cultivar a vinha.
Foi uma resposta cruel, mas sincera:
não é fácil partir quando pai e mãe
pedem que fiques;
quando o amor de tua vida te manda escolher
entre ele e Deus.
Como cortar esses laços, doces ao contato,
fortes como grilhões, que te cercaram
desde a infância com sua provisão de
carinho e cuidado?
Como gastar talentos e conhecimentos,
tão penosamente adquiridos, em lugares isolados
e distantes, como um construtor que, de pedra
em pedra, ergue uma catedral?
Por isso disseste – Não quero.
Eu te daria razão se não soubesse que só tens
uma mocidade para investir
e que foste escolhido pelo próprio Deus.
Um pouco mais, e descobrirás que tudo
que te parecia tão importante
não valeu teres desobedecido.
Lá fora, longe das paredes que te cercam e protegem,
longe do calor que te aquece o corpo e o coração,
está a grande vinha do Senhor:
corpos doentes, almas revoltadas,
crianças que já trazem na fronte a marca da adversidade,
uma juventude que procura no vício e na loucura
uma resposta à angústia que um dia sentiste
e da qual o Mestre te libertou.
Este mesmo Mestre que te desafia:
- Se me amas, guarda os meus mandamentos.
Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
Talvez te desse razão, se não me perseguisse
a lembrança daqueles que, dia após dia,
desincumbem-se da responsabilidade, que é tua também.
Lá estão eles sobrecarregados,
“cansados, mas não abatidos”,
transformando em “jardins os terrenos baldios da terra”.
42. [42]
Bem sei que não é fácil testemunhar,
ser autêntico num mundo corrompido,
não perder o rumo em meio ao furacão.
Quebrar os suaves laços que prendem como grilhões
é obra de herói, gesto de um Deus.
Ele os quebrou um dia quando pensou em ti.
Deixa que outros escrevam o nome
num pedestal de mármore ou bronze.
Segue o exemplo daqueles que preferiram furar um poço
no deserto e plantar duas ou três palmeiras
ao pé da cisterna.
Pode ser um trabalho que fira as mãos
e é provável que morras antes que cresçam as palmeiras.
Mas que é isso diante da alegria que te encherá o coração
ao pensar que na solidão do deserto,
sob o sol que mata,
haverá mais um oásis a espera do caminhante
sedento que o atravessa?
Ainda é tempo de obedecer,
de completar o versículo da parábola:
“... depois, arrependido, ele se levantou e foi.”
Ainda é tempo de obedecer.
Não tentes subornar Quem te escolheu.
Antes que as portas se fechem,
levanta e dize:
- Eis-me pronto a cultivar a vinha,
a povoar o céu.
43. [43]
Mãos Que Sustentam Cordas
Nessa hora de lembrança e gratidão,
eu me lembro das mãos que sustentam as cordas
dos que descem ao fundo das minas
e dos mares, em busca de tesouros.
Há uma dignidade santa nessas silenciosas mãos,
nem sempre lembradas quando surgem os tesouros:
a alegria é tanta que pouco tempo resta
para pensar naqueles que realizaram um papel
injustamente considerado de menor valor.
Benditas mãos que talvez nunca cheguem
até onde chega a bênção de sua dádiva.
Ignoradas, diligentes, incansáveis mãos
de professoras, funcionários, estudantes,
operários, donas de casa;
frágeis mãos de crianças, que engraxam sapatos,
vendem laranjas, colocam moedas num porquinho
de plástico para dar uma oferta bonita no
Dia Especial.
Também elas se ferem,
cobrem-se de calos, passam a ostentar
as gloriosas cicatrizes que o esforço
confere como uma condecoração.
Para que citar nomes, se isto não as tornaria
mais felizes que o prazer de servir,
que as levou a passarem horas segurando uma pena,
preparando lições, tricotando casaquinhos de lã,
batendo bolos, pedalando uma máquina de costura
e até se estendendo para pedir emprestado
porque a Obra é urgente e esperar não pode.
Para que citar nomes que Deus já tem escrito
no eterno Livro com letras de ouro?
Nesse instante de lembrança e gratidão,
em nome dos doentes que serão curados,
das crianças que aprenderão a ler,
dos bebês vestidos e alimentados,
das almas simples que se encontram com Jesus,
dos trabalhadores da seara que receberão
no fim do dia o seu salário;
44. [44]
em nome dos irmãos humildes, que nos atalhos
distantes do sertão, à luz do luar ou das lamparinas,
caminham com passos ligeiros
em direção do templo novo,
pintado de branco,
para louvar a Deus,
eu me ajoelho para agradecer as silenciosas
e ignoradas mãos que sustentam as cordas
para que os enviados possam descer ao vale,
em busca do tesouro que são as almas dos homens.
45. [45]
Missão de Alegria
1
Não quero fazer a Tua obra
como quem arrasta os pés
sob o peso de uma cruz.
Quero ser riso e carinho,
uma flor pelos caminhos,
nas noites quero ser luz.
2
Quero fazer Tua obra
como quem canta aleluias
ou melodias de amor;
como quem é muito amado
como um princípio de festa,
como o final de uma dor.
3
Não me deixes partir
se Tu não vais comigo;
não me deixes falar
se for palavra minha;
tolhe-me as mãos
se a obra não for Tua;
paralisa-me os pés
se eu quiser ir sozinho.
4
Se ameaçar-me o desânimo,
se a fraqueza assaltar-me,
que a Tua mão me socorra
para que volte a esperança,
o entusiasmo reviva
e a alegria não morra.
5
Quando falar em Teu nome,
(e que seja uma constante)
enche a minha alma de gozo:
os que ouvirem Teu recado,
não pensem num Deus marcado,
mas num Príncipe da Paz
e num Rei vitorioso!
46. [46]
Alfredo Mignac
O Clamor do Indígena
(Alegoria: um jovem, vestido de índio, com arco e flecha. Um fundo de
floresta. A lua boia no céu. Um toque surdo a bombordo, ao longe.)
- Tupã! Tupã! Deus do trovão, do raio,
das chuvas e do fogo que devora,
ouve este meu clamor da alma nascido,
dá-me do teu amor que revigora!
Nas selvas nascido,
por males ferido,
suplico a Tupã,
das noites serenas,
em horas amenas,
ao pôr da manhã!
Nasci na taba, ao toque surdo e triste
da gaita e do boré. Rompia ao longe
a fria madrugada. Espesso véu
cobria a terra, como um véu de monge!
A lua, branca, era um espelho argênteo
refletindo, na face, aquele lago...
A graúna cantava no arvoredo,
madura fruta dava o doce bago.
O céu – era um pálio aberto,
a mata – um vasto deserto
onde a areia era – a folhagem!
E a brisa, fria e gemente,
cantando um hino dolente,
tinha por harpa – a ramagem!
Nasci assim, nessa hora um tanto aziaga,
nessa hora, quando o grito dos selvagens,
jogando a tora, pelo espaço troava,
um tom álacre dando as mil paisagens!
47. [47]
E agora, sem Deus,
chorando a desdita,
me fico a cismar...
Quem dera, quem dera,
a História de Cristo
poder escutar!
Ouvi falar de um Homem, certa vez,
lá para as bandas da Judéia antiga,
que morrera na cruz para livrar-nos
de tristezas, de dores e fadiga!
E nunca mais me falaram
do Amor desse Homem Bendito,
- tão grande como o Infinito...
Oh! nunca mais me contaram!
Morrer na ignorância,
que vindo da infância
irá até a morte!
Ai, que sorte ingrata...
Tanta dor me mata,
e eu ainda tão forte!
Se aqueles homens brancos da cidade
mandassem nos contar a bela História
- somente para nós...
Conhecemos, apenas, campos, matas,
pescarias, caçadas, danças, guerras,
as nascentes de rios caudalosos,
até a sua foz!
Mas, espera, índio sedento!
Tupã ouviu teu lamento,
brancos mandou para cá...
Eles vem trazer a Luz
do Homem que morreu na cruz
o Perdão a todos dá!
Eles vêm! Porém, se um dia
deixando a sua terra,
o índio triste, chorando,
48. [48]
pouco a pouco vai voltando
às danças, ao crime, à guerra!
O índio é valente,
feroz, mas temente
ao grande Tupã!
Tem alma que fala...
da morte salvá-la
não é cousa vã!
Ó, branco, tem pena!
O índio te acena
com o seu coração!
Ó branco, ouve o brado
de quem, sendo escravo,
também é irmão!
E quando a morte vier buscar na selva densa
a alma do índio cansado, após a luta intensa
da vida laboriosa,
por certo, ele que creu na doce e bela História
do Salvador – terá por recompensa a Glória
que todo o justo goza!
Bendirá, para sempre, o esforço e o amor ingente
de quem mandou e foi levar alegremente
às selvas o Clarão!
Bendirá quem deixou o conforto e a cidade
para levar-lhe a Luz, a Paz e a Liberdade,
ao índio dando a Mão!
49. [49]
Missões Nacionais
Por bravios sertões, por selvas densas,
entre índios, sem temor, firmes, ousados,
levais a Luz de Deus, levais, intensas,
as Graças de Jesus - quais bons soldados!
Zacarias Campelo, invicto e forte,
juntamente Alexandre e o herói Colares,
são paladinos enfrentando a morte,
Lígia e Beatriz - lutando entre os palmares!
De Simas e Tarsier, de Aminadá, - de quantos
entram as matas, os sertões, - louvemos
o nobre gesto, a Fé, o Amor! Se tantos
homens no mundo ouvissem o Evangelho,
o Brasil - desta terra nos extremos -
seria, entre as nações - um grande Espelho!
50. [50]
Jonathas Braga
O Campo É o Mundo
I
Há dezenove séculos passados,
a voz do Nazareno, cristalina
como um aviso prévio aos descuidados,
vibrava nos rincões da Palestina,
Desde Jerusalém à Galiléia,
das praias do Mar Grande até o deserto,
de Gate ou Corazim a Cesaréia,
por vilas e cidades, longe e perto.
Era o supremo arauto da verdade
a proclamar o reino do Messias,
coisas melhores para a humanidade
e, para os homens maus, melhores dias.
Era o divino e santo mensageiro,
que do evangelho as novas anunciava,
chamando para o bem o mundo inteiro,
cujo pecado horrendo profligava.
Era o celeste porta-voz do eterno,
com as boas-novas do perdão divino,
para livrar os homens do atro inferno
e lhes fazer melhor o seu destino.
Mas essa voz de entorno extraordinário
emudeceu um dia em plena lida,
quando, subindo ao monte do Calvário,
o Nazareno ofereceu a vida,
num derradeiro esforço, pela glória
de conquistar a salvação graciosa,
o mais belo capítulo da história
de sua vida humilde e poderosa.
51. [51]
II
O mundo jaz em trevas do pecado
e os homens no caminho da desdita,
rolando pelo pântano ensombrado
da morte atroz, horrífica, maldita!
Gemidos e soluços mal contidos
e entrecortadas lágrimas de tédio
são eclosões de espíritos feridos
e almas que choram sem nenhum remédio.
Nos grandes centros, fremem as orgias,
nas espeluncas, sórdidas risadas,
como se fossem loucas alegrias
que embriagassem as almas angustiadas.
E mais além, nos antros nauseabundos,
onde Satã firmou os seus esteios,
ébrios, corruptos, maus e vagabundos
vivem de estranho e vil falerno cheios!
O panorama é triste, na verdade,
porque o pecado as coisas desfigura
e, nessa dolorosa realidade,
transforma num leproso a sã criatura!
(Pois o homem é, desde o alto da cabeça,
uma terrível, fétida ferida,
uma só chaga purulenta e espessa
ainda nem ao menos espremida!)
Quem os socorrerá em tal estado?
E quem os livrará do inferno horrendo?
- O mundo jaz em trevas de pecado
e o futuro dos ímpios é tremendo!
III
“O Campo é o Mundo” – A Europa, a Ásia, as Américas,
o ártico solo, a Oceania cheia de ilhas...
Montes, cidades, plagas estratégicas,
arranha-céus... prodígios... maravilhas...
52. [52]
“O Campo é o Mundo” – Portugal, Espanha,
França, Inglaterra, Holanda, Itália e Grécia...
Rússia, Turquia, Bélgica, Alemanha,
Suíça, Iugoslávia, Dinamarca e Suécia...
“O Campo é o Mundo” – Arábia, Palestina,
Iêmen, Sibéria, Sião, Mesopotâmia,
Índia, Israel, Birmânia, Síria, China,
Japão, Nepal, Iraque, Transjordânia...
“O Campo é o Mundo” – México, Bolívia,
Haiti, Honduras, Chile e Paraguai...
Brasil, Antilhas, Canadá, Colômbia,
Cuba, Estados Unidos e Uruguai...
“O Campo é o Mundo” – Príncipe, Libéria,
Congo, Marrocos, Quênia, São Tomé...
Gâmbia, Somália, Uganda, União, Nigéria,
Niassa, Abissínia, Egito, Omã, Guiné...
“O Campo é o Mundo” – Austrália, ilhas e mares,
plagas longínquas, rios e desertos,
nações selvagens, povos seculares,
almas sem fé e corações incertos...
“O Campo é o Mundo”, sim, o mundo vário,
que jaz nas garras do feroz Mefisto...
Mas eis aqui um lema extraordinário:
- GANHAR O MUNDO INTEIRO PARA CRISTO!
N. do E.: Note que alguns dos países citados no texto já não existem, com p. ex. a
Iugoslávia, enquanto outros mudaram de nome, como p. ex. Transjordânia (hoje
correspondente praticamente à Jordânia)
53. [53]
Henry Crocker
Ide e Pregai
Trad. de Jonathas Braga
Dai-nos uma palavra prodigiosa,
palavra emocional e poderosa
como um grito de guerra a clarinar!
Dai-nos a chama flamejante e intensa
que desperte os cristãos da indiferença
e os chame para o campo a batalhar!
Santa convocação foi anunciada,
como um toque vibrante de alvorada,
dizendo para os crentes: Despertai!
Uma palavra de ordem terminante
ressoa pelo espaço a cada instante,
nesta expressão sublime: IDE E PREGAI!
Em nome de Jesus, que o amor encerra,
disseminai agora pela terra
o evangelho divino do perdão
aos homens em delitos e pecados,
que vivem, como ovelhas, desgarrados,
sem esperança e sem consolação!
Ao mundo pecador e decaído,
fazei este evangelho conhecido,
que é o dom supremo do divino Pai,
e, aos que jazem nas trevas da maldade,
proferi a mensagem da verdade,
nesta expressão sublime: IDE E PREGAI!
54. [54]
Assis Militão da Silva
Missões
Palavra com sete letras,
Cada uma com sua função:
Separadas parecem mortas,
Umas redondas outras tortas,
Quando unidas pedem reflexão.
O “Eme” representa milhares,
O “I” significa indo para o inferno;
Os “Esses” sibilando nos ares,
O “O” omitindo aqui e além mares
O “E”, esperando o amor eterno.
Missões desta forma definida,
A família evangélica deve abraçar
Jesus, o Mestre já deu sua vida,
Do pecador curando a ferida,
Justo motivo para o Evangelho pregar.
Vendo pessoas de nós tão perto,
Conhecimento se toma facilmente,
Tanto no sábio, como falto de intelecto,
Que o futuro obscuro e incerto,
Os milhares chamam a cada instante.
“Levante os olhos” como disse o Senhor,
Em profusão ainda vemos quem nos rodeia,
Pela fé vencemos água, mata e o perseguidor.
Sofrendo intempéries, cansaço, medo e dor,
Sem titubear, pois é Jesus quem nos norteia.
Buscar e salvar o mundo perdido,
Eis a razão da vinda do Filho de Deus;
Demonstrando o amor grande e profundo.
Pelo Pai foi desamparado neste mundo,
Ao tomar a cruz, abandonado pelos seus.
Ao aproximar-se o último momento,
55. [55]
Agonias na sua cruz de vergonha e dor,
Entregando na mão do Pai seu espírito,
A contemplá-lo, um mundo frustrado,
Satisfez assim a justiça do Pai Criador.
Sepultado em túmulo de misericórdia,
Com duração de três dias somente.
Deixando na tumba o lençol que o cobria,
Encontrando a chorar sua seguidora Maria,
Disse: “Não chore, estou com vocês novamente”.
Ao mostrar-se vivo àqueles que o seguiam,
Antes de se apresentar ao Pai celestial,
Apareceu a muitos por quem Ele vivia,
Disse: “Eis que convosco estou até aquele dia,
Ide e fazei discípulos dos povos até o final”.
56. [56]
Rosa Jurandir Braz
Obrigado, Missionários!
Intrépidos Missionários,
enamorados das almas,
humildes dignitários,
mui dignos de louro e palmas
que levais a paz às almas
a salvá-las, dar-lhes calma,
imbuídos de Amor!
Bondosos Missionários,
no ar há ondas sonoras
que as vossas harpas canoras
elevam aos céus em louvor!
São hinos-luz, orvalhados
de lágrimas e suor,
que por vós são derramados
nos caminhos que passais
mesmo assim sempre a cantar
talvez da pátria lembrados,
talvez até versos tristes,
saudosos de vossos pais...
À penúria de outros sóis
uma cidade, outra após,
ides levando a Semente
da doutrina do Evangelho
que transforma o homem velho
num santo, um regenerado,
um revigorado crente
que abandonou o pecado!
Sois como Jesus, o Mestre
na sua vida terrestre
a entregar-se a Si mesmo!
Admiro-vos, Missionários,
se acaso a pensar me ponho:
das dores fazendo um hino
57. [57]
ao próximo mudais o destino
que era negro e ora é risonho!
Abnegados Missionários
que deixastes vossas terras
a sonhar, visionários,
com alcançar outras serras
outro mar e outro céu
que escondiam ímpia gente
que, à falta de Jesus
vivia triste e sem luz,
pagã, perdida e descrente...
Deixastes vossos parentes,
lembranças de vossa infância,
e a vossa comodidade...
Partistes sem relutância
em busca de almas preciosas;
renunciastes vossas vidas
que foram oferecidas
no altar do Amor-Caridade
em prol das almas sequiosas!
Perdestes em terra estranha,
esposas, únicos filhos;
mas não deixastes os trilhos
da vossa missão tamanha!
E, gastando vossas vidas
na mais difícil carreira,
soubestes erguer a Bandeira
do Mestre de Nazaré!
Obrigado, Missionários,
por nos trazerdes a Fé!!!
58. [58]
Thiago Rocha
Ser Cristão
Ser cristão é sentir a vocação
para servir a Cristo e sua Igreja.
É ter a mais humilde posição
entre os seus pares, onde quer que esteja.
Ser cristão é cumprir sua missão,
seja qual for a que o Senhor proveja.
É mostrar integral dedicação
no seu labor, como Jesus deseja.
Ser cristão é mostrar o seu amor
pelo triste e perdido pecador,
que muito longe está de Deus, e quanto!
Ser cristão é se dar para o serviço.
É ajudar, e não ficar omisso.
É se doar em sacrifício santo.
59. [59]
Jairo de Oliveira
A missão da Igreja sobre a terra
Por amar o mundo, Deus nos enviou Seu Filho Jesus
O qual veio transformar a nossa condição de perdidos
Mover-nos do império das trevas para o império da luz
Pra voltarmos a ter com o Pai uma relação de amigos.
O Cristo veio pra cumprir o propósito de nos redimir
Livres da condenação, herdamos então, vida eterna
Mas, se a obra de redenção era o principal alvo a cumprir
Por qual razão Ele mantém os redimidos na terra?
Uns costumam dizer que é para adorar
Outros que é tendo em vista a comunhão
Outros ainda falam que é para glorificar
Ou mesmo com fins de restauração.
Se apenas esses aspectos revelassem a verdade final
Seria bem mais lógico nos livrar logo da imperfeição
Levando-nos para o céu onde tudo será perfeito, sem igual:
Adoração, comunhão, glorificação e restauração.
Na verdade, a Bíblia Sagrada responde a essa questão
Uma vez salvos, o Cristo nos deixa aqui para evangelizar
Para cumprirmos o que Ele nos entregou como missão
Repartir com o mundo a única mensagem que pode salvar.
Deus usa sabedoria e coerência em Sua ação
Não fosse com o desígnio de redenção dos perdidos
Por meio do cumprimento da grande comissão
Deixar a igreja na terra, não faria o menor sentido.
60. [60]
Ide e pregai
Ide por todo o mundo, sem exceção
Pregai o Evangelho a cada criatura
Não é apenas um pedido, mas uma ordem
É um chamado do céu, não uma aventura.
Levar o Evangelho a todos os povos
Viver a vida por um excelente motivo
Alcançar os próximos e os distantes
Olhar a Janela e ver os povos redimidos.
Que a base do nosso serviço
Seja sempre obediência ao Cordeiro
Dos que se submetem ao ide
Evangelizam o mundo inteiro.
O Senhor deseja ser exaltado
Tanto pelos gentios como pelos judeus
Alcancemos então todas as nações
Para a alegria dos povos e a glória de Deus.
61. [61]
O clamor de Tião
Onde estão os missionários?
Procuro ao redor e não os vejo
Se soubesse onde estão
Os enviaria ao meu vilarejo.
Enquanto sigo procurando por eles
Vejo no horizonte outros obreiros
Mensageiros das falsas religiões.
Lá vem mais ensino traiçoeiro!
O meu povo clama por salvação
Busca sem saber o que encontrar
Se o missionário tem mesmo as respostas
Que venha logo nos ajudar!
Por que será que não estão entre o meu povo?
Estamos perdidos e precisamos deles
Somos escravos do engano e do medo
Como fazer para encontrar um desses seres?
Esse é o clamor do Tião Lambari
O qual se repete em diversos contextos
Gente clamando pela verdade eterna
Não há quem lhes ensine os divinos preceitos.
Sofrem sob o pesado jugo das trevas
Lutam a todo custo por libertação
Não sabem que o preço foi pago por eles
Como ouvirão sobre a preciosa pregação?
Devemos ir em obediência ao Senhor Jesus
Dar oportunidade àquele que nunca ouviu
Livrar da destruição os que descem à sepultura
Precisam logo saber que Cristo os redimiu!
Fomos chamados para as boas novas anunciarmos
Falarmos de Jesus para todos os grupos humanos
Irmos de lugar a lugar até aos confins da terra
Alcançar budistas, hindus, judeus e muçulmanos.
62. [62]
Pai, levante mais missionários para a seara
Socorra os povos que jazem na escuridão
Sem a presença dos mensageiros da Verdade
Quem lhes mostrará o caminho da salvação?
63. [63]
Os que ainda não ouviram
É difícil de acreditar:
Mais de dois mil anos passados,
Ainda existe quem não ouviu.
Falo de povos não alcançados.
Milhares ainda intocados pela pregação
Jamais viram um profeta do Senhor,
Isolados, esquecidos e desprezados,
Nunca ouviram que Jesus é o Salvador.
Vivem escravos do medo
Perdidos em seus pecados,
Reféns nas garras das trevas
No espírito estão alienados.
Jesus nos mandou pregar o evangelho
O Seu nobre amor contempla a terra inteira
Envia os Seus discípulos ao mundo
Até chegarem à última fronteira.
E a oportunidade dos que não ouviram?
Será que ainda terão uma única chance de crer?
Vamos prestar conta da nossa obediência
Ao Deus do céu um dia teremos que responder.
Eis a imensa seara, vamos em frente!
Em um amplo esforço de proclamação
Até que o último ouça a boa notícia
Assim cumpriremos a nossa missão.
Naquele grande dia os salvos serão reunidos
As nações estarão diante do Cordeiro,
Celebrarão pela vitória conquistada
Em um coral com gente do mundo inteiro.
64. [64]
Chamado divino
A divina voz ouvi
Suave e inconfundível
Em um dia inesquecível
Me chamando pra servir.
Sem qualquer hesitação,
Prontamente me rendi
Aos céus disse: Eis-me aqui!
E entreguei meu coração.
Teve gente que não acreditou
Culpa da minha pouca idade
Sugerindo imaturidade
Que da Palavra seria pregador.
Para o ministério sagrado
O critério é a vocação divina
O escolhido é o Pai que determina
Deus não entrevista candidato.
Em resposta ao meu chamado
Cruzei fronteiras, mares, oceanos
Apaixonei-me pelos africanos
Pus as minhas mãos no arado.
Desde então dedico a minha vida
Para a honra do Senhor
Servindo ao meu bom Pastor
Resgatando a ovelha perdida.
65. [65]
Cecília Sant’Anna do Valle Marques
E as Sementes Germinarão
Não duvides da voz que te chama,
o tempo é agora, a missão é sublime,
e a urgência do momento clama
por uma resposta imediata.
Quantos estão à espera para ouvirem,
deste amor que tudo pode, resposta
segura para cada indagação, porto
seguro em meio à escuridão.
Se o terreno é árido, o caminho
difícil, tu não deves vacilar, lembra-te
que a missão que te espera é sublime
demais, e a ti cabe tão-somente
ouvir e obedecer.
Não, não perguntes se muitos te
ouvirão, se o caminho será difícil
de trilhar, a ti cabe apenas semear,
e se não te decides a responder ao
chamado que de forma imperiosa
Ele te faz ao coração, é certo que
muitos perecerão.
Se te colocas à disposição de teu
Senhor, verás que este mesmo Deus
se fará presente nos momentos de
saudade e provação.
Se campos estão brancos...
lembre-se que a ceifa pertence
tão-somente ao Senhor.
Será conforme a Sua vontade,
segundo o Seu querer,
a ti caberá a semeadura, a
disposição de servir, mas a promessa
é certa e o “Senhor da Seara” contigo
para sempre e sempre estará.
E medirá tua fidelidade a cada
anoitecer fazendo brotar as sementes
transformando-as em frutos agradáveis
para o reino do Pai.
66. [66]
Murilo Fernando Gatti
Minha Oração
Meus braços estão soltos
Meus lábios cantam por muitas vezes
Uma Fé hipócrita e passiva
Será que suportaria eu
O que vocês tem suportado?
Minhas lágrimas se misturam com a dor
Quando vejo que nada tenho feito
Preciso interceder, preciso me privar do meu conforto
Será que suportaria eu
O que vocês tem suportado?
Coréia do Norte, Afeganistão
Somália, China
Índia, Uzbequistão
É aonde estão os meus irmãos
Líbia, Nigéria
Eritréia, Mauritânia
Omã, Sudão, Azerbaijão
Humilho-me Espírito Santo
Para que recebam a minha oração
Será que suportaria eu
O que vocês tem suportado?
Será que algum dia eu
Conseguirei essa porção de Fé que vocês tem me ensinado?
Colômbia, Cuba,
Etiópia, Arábia Saudita,
Irã, Cazaquistão
Marrocos, Indonésia
Malásia, Paquistão
Humilho-me Espírito Santo
Para que recebam a minha oração
67. [67]
Pérrima de Moraes Cláudio
Levantai os Vossos Olhos
"... Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas
para a ceifa." João 4;35 c/d
1
Levantai os vossos olhos e vede:
Os campos brancos para a ceifa, já estão!
Há muitos, sem conhecerem a Cristo.
Há tantos, sem terem a salvação!
2
Levantai os vossos olhos e vede:
Quantas almas sem ter de Deus a Luz!
A tempo e também fora de tempo,
anunciemos a Mensagem da cruz!
3
Erguei os vossos olhos; contemplai!
É o povo da cidade e do sertão.
Sofrido, esmagado por problemas...
Sem paz, sem Deus, sem direção.
4
Erguei os vossos olhos e vede
estampado em cada rosto e olhar,
a falta de esperança; a revolta
e a marca do pecado a aumentar!
5
Levantai os vossos olhos e pregai!
Falai a cada um de coração.
Dizei que em Cristo há vitórias.
Anunciai a todos o Seu perdão!
6
Erguei os vossos olhos para o alto!
Logo se dará grande colheita!
69. [69]
Esforçai-vos!
“Esforçai-vos todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque eu
sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos.” - Ageu 2;4 (parte).
1
Esforçai-vos, todo o povo da terra;
o tempo mui depressa se esvai.
Esforçai-vos, o mundo está em guerra.
contra as hostes inimigas, batalhai!
2
Esforçai-vos, espalhando a semente
da Verdade, em cada coração.
Que hoje, cada um seja um crente
livre da morte e da condenação.
3
Há muitos neste mundo tão cruel,
em angústia e mergulhados no pecado.
Apontai-lhes o caminho do céu,
para ao pé da cruz, depositarem o fardo.
4
Milhares há de tudo tão descrentes,
também envoltos em problemas mil.
E outros tantos, de afeto tão carentes;
miséria e dor, nunca, jamais se viu.
5
Ide aos aflitos e aos tristes também,
levar uma palavra de alento.
Ao teu lado, haverá de alguém,
estar passando por grande sofrimento.
6
Pelo bem que fizeres hoje aqui,
o Senhor na eternidade contará.
Não vos esquecerá no céu ali,
pois galardão eterno vos dará.
70. [70]
7
Esforçai-vos! Falai sempre de Cristo,
não importando as incompreensões.
O Senhor é convosco, lembrai-vos disto,
abençoando os vossos corações.
71. [71]
Plante a Semente!
“Pela manhã, semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão,
porque tu não sabes qual prosperará: se esta, ou aquela, ou se ambas
igualmente serão boas.” – Eclesiastes 11;6
1
Plante a semente bendita
da santa Palavra de Deus;
terás recompensa inaudita
quando chegares nos céus!
2
Plante em todo o caminho,
por onde tenhas de passar.
Em todo o terreno propício,
A Palavra deves semear.
3
Plante em todo o tempo,
com sol, inverno, verão...
Plante orando e confiando,
a semente em cada coração.
4
Plante a semente da paz,
do amor e da salvação.
Fale de Cristo hoje e sempre;
proclame o Seu perdão!
5
Plante enquanto é dia,
pois quando a noite chegar,
pra semear, não haverá tempo;
será tarde para trabalhar.
6
Plante a preciosa semente;
os frutos, colherás após.
Incansável e intrepidamente,
testemunhe de Cristo em alta voz!
72. [72]
Heloísa Zachello
Com Cristo, a Esperança Floresce Aqui
(Salmo 126: 6)
Cai a velha tarde deste mundo,
Onde a razão, em seu sono profundo,
Mal despertou, e já volta a dormir...
Contudo, o Amor não cochila e nem descansa,
Revigorando assim a Esperança;
Introduzindo em nós a Luz de Cristo
Sondando nossa mente e coração;
Trazendo o despertar do Seu Ensino,
O “Ide, pregai a Salvação!”
A quem enviaremos?
Eis -nos aqui, Senhor! – nós respondemos.
Se dormimos até hoje, não queremos
Perder mais tempo na inanição!
Esteja conosco o Teu Espírito,
Recendendo em nós o Teu Perfume!
Assim, iremos aos perdidos e aos pobres
Não nos esquecendo que para TI são nobres:
Cuidando de semearmos tão somente, o
Amor que vem de Ti: Boa Semente!
Faze, Senhor, que bem possamos
Levar aos campos, vales e cidades,
O Teu Clamor de despertamento Santo, que
Ressoa da Voz da Sã Verdade!
E guardemos nós Tua Aliança;
Seguindo Teu Caminho, e não atalhos.
Crescendo na Graça, na Fé e na Esperança,
E crendo nos frutos do nosso trabalho.
Assim, como o salmista, poderemos bem dizer:
“Quem sai andando e chorando enquanto semeia,
Um dia voltará com alegria
Indestrutível, seus feixes a trazer.”
73. [73]
MISSÕES
Não há nada mais sublime que levar o Evangelho àqueles que nem
sabem por que nasceram, de onde vieram e para onde irão.
A Bíblia nos diz de forma firme, clara e poética: “Quão formosos são
sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas; que faz ouvir a
Salvação... ... ...” Isaías 52: 7.
Muitos são os que por longo tempo cumprem o desafio de ser uma voz
a clamar em desertos. E não poucos têm sido recolhidos ao Céu, ainda
jovens, durante o seu trabalho de evangelização, devido a vários
fatores, como por exemplo, perseguições e enfermidades, porém
partem com a certeza do dever cumprido, como escreveu Paulo a
Timóteo: “ Combati o Bom Combate; acabei a Carreira e guardei a Fé....”
ll Timóteo: 4 – 7.
A missionária Ana Valdete Papandré, nos anos noventa, foi acometida
por uma enfermidade no campo missionário, e veio a falecer.
Em memória dela e de tantos (anônimos para nós, mas não para Deus),
prestamos uma pequena homenagem:
Andando por várias terras
Na pregação do Evangelho,
Assim segue o missionário.
Vai, sem temer as barreiras,
Aprendendo novas línguas,
Lutando contra a saudade
Da família e amigos;
Esquecendo-se de si mesmo,
Tendo em mente só a Fé
E a obediência a Cristo.
Passa apertos, provações,
Agonias, humilhações,
Perseguições e descrenças.
Ama, acima de tudo
Na esperança dos frutos.
Doa a si, doa a vida;
Regozija-se na Cruz querida,
E parte para a Eternidade!
74. [74]
Que Formosos Pés!
Isaías 52: 7
Que pés tão formosos são, os
Ungidos pra levar
Esperança e Salvação!
Firmados em Cristo, O Amor;
O Bálsamo que cura a dor;
Rocha Eterna e Singular,
Marcham sem vacilar.
Os pés não reclamam de andar por
Serras, rincões tão distantes.
Onde O Senhor os envia,
Semeiam Vida e Alegria!
São por muitos desprezados
Os pés que foram mandados a
Batalhar contra a morte.
Resistem porém, confiados
Em Deus, que lhes dá Suporte!
O Senhor nunca os deixa!
Sempre lhes ouve as queixas!
Mesmo quando lhes resistem
Os inimigos do Bem,
Negar contudo não podem, a
Tão grande Fé que têm!
Esses pés, mesmo feridos,
São belos, pois são ungidos!
Olha-os então, pois semeiam
Salvação! Sê-lhes esteio!
Porque, sem hipocrisia: nem sempre
É só poesia ou uma bela canção na
Senda por onde vão!...
Deixa-te estar de joelho;
Ora em prol dos seus artelhos!
75. [75]
Sejam tais pés, teu espelho!
Quão útil será tua oração
Unânime com a de teu irmão
Em seu campo de Missão!
Ah! Que gostoso sabor
No dia em que O Senhor
Unir todo o seu rebanho!
Ninguém será por estranho!
Crianças, jovens e velhos
Irrepreensíveis serão! O Evangelho
Anunciaram! Longe ou perto se juntaram,
Mesclando Auxílio e Ação!
Boas Novas! Sempre Novas!
Oh! Que pés tão preciosos
Anunciam aos desditosos, que
Só Cristo É Salvação!
Novas de Paz e de Vida!
Oh, Igreja, sê unida!
Vai com Tua Fé ajudar
Ao irmão em terras áridas!
Seus pés podem precisar!!!
76. [76]
Gilberto Celeti
Meus Seguidores
Revestido de completa autoridade
Por Deus Pai e sobre todo o universo
Jesus dá aos seus discípulos a ordem:
Vão e façam pra serem meus seguidores
Criaturas dos povos de todo mundo.
Batizai-os sim, no nome da Trindade
No Pai, no Filho, no Espírito, imersos,
Com ensino a cada criatura abordem,
Que os tornem obedientes seguidores,
Com um compromisso sério e profundo.
É preciso que se torne realidade
Entre gente de costumes tão diversos
Que num jeito de viver todos concordem,
Pra que sejam de fato meus seguidores
Produzindo amor e graça, tão fecundos.
E vivendo cada dia na verdade
Como eu vivi neste mundo perverso
Saibam isto e sempre bem disto recordem:
Que estou sempre entre os meus seguidores
Até o fim do tempo, até o fim do mundo.
77. [77]
O Dever de Pregar o Evangelho
As pessoas deste mundo estão perdidas,
Mesmo sendo ignorantes ou instruídas:
Pouco importa o grau de civilização,
O pecado é que domina o coração.
É por isto que precisa ser pregado,
O evangelho que em Jesus está centrado,
Ele é o Filho de Deus, Verbo encarnado,
NEle foi todo pecado colocado.
Sua morte na cruz foi expiatória,
Ressurgiu, venceu a morte, que vitória!
É possível agora ao homem a salvação,
Não importa de que raça ou nação.
Este evangelho tão maravilhoso,
Que traz ao que o conhece tanto gozo,
Tem que ser a todos logo anunciado,
Dele não há como estar envergonhado.
Na verdade o evangelho é o poder
Do Senhor para salvar quem nEle crer;
Sou desta mensagem, ao mundo devedor,
Vou pregá-lo a todos, seja onde for.
Esta salvação por Deus oferecida,
Transforma completamente a nossa vida,
Para ter com Deus consciente compromisso,
De estar completamente ao Seu serviço.
“Pois é meu dever pregar a todos, tanto aos civilizados como aos não
civilizados, tanto aos instruídos como aos sem instrução. É por isso que
eu quero anunciar o evangelho também a vocês que moram em Roma”
(Romanos 1.14,15).
78. [78]
Chamado
Sigam-me, venham comigo!
Ele chama e convida,
Faz do servo um amigo,
E transforma a sua vida.
Quando chama Ele concede
Força para obedecê-lo;
Tudo quanto Ele pede
É dedicação e zelo.
Quem por Ele é chamado
Tudo deixa e renuncia.
Cristo em si fica instalado,
Sua mensagem anuncia.
"E disse Jesus: Sigam-me... no mesmo instante eles deixaram suas redes e
o seguiram." (Mateus 4:19)
79. [79]
Proclamar o Evangelho – Encargo Sublime
Vive o homem totalmente alienado
Do Senhor não quer qualquer proximidade,
Ressentido, indiferente, ensimesmado,
Há entre ele e Deus profunda inimizade.
E a mensagem de Deus se resume nisto:
Ele quer fazer do homem seu amigo!
Foi por isto, lá na cruz, que Jesus Cristo,
Carregou do homem a culpa e o castigo.
Quem recebe a Cristo é reconciliado,
E se torna então, de Deus, representante.
Não há nada a este encargo comparado,
Que seja mais importante e relevante,
Que é o de proclamar sempre o sublime apelo:
Creia em Cristo! Venha agora recebê-lo!
“A nossa mensagem é esta: Deus não leva em conta os pecados dos seres
humanos e, por meio de Cristo, ele está fazendo com que eles sejam seus
amigos. E Deus nos mandou entregar a mensagem que fala da maneira
como ele faz com que eles se tornem seus amigos” (2 Coríntios 5.19)
80. [80]
Pregar Sem Covardia
O temor, a timidez, a covardia,
Quando chegam deixam-nos paralisados,
E testemunhar de Cristo com ousadia,
Não fazemos por estar envergonhados.
As opiniões e as filosofias
Deste mundo estão, de fato, equivocadas;
E se a fé em Deus motiva zombarias,
Ter medo dos homens é uma cilada.
Deus nos dá espírito de valentia,
Pra que o evangelho seja anunciado,
E falamos com poder e alegria,
De Jesus, Filho de Deus, crucificado,
Com amor, moderação, sabedoria,
Mostraremos Cristo, o ressuscitado!
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de
amor e de moderação” (2 Timóteo 1.7).
81. [81]
Liberto para Pregar
Tudo o que me acorrenta
Vem, Senhor, e arrebenta:
A cruel passividade,
A dura formalidade.
Vem me tira para fora
Pra que eu fale a toda hora
A respeito do Senhor
E do teu excelso amor.
Não me deixa ficar mudo
Mas que eu anuncie tudo
Da tua obra e tua pessoa.
Só em ti há nova vida
É a mensagem a ser ouvida
És só tu quem abençoa!
“Mas naquela noite um anjo do Senhor abriu as portas da cadeia, levou
os discípulos para fora e disse: Vão para o Templo e anunciem ao povo
tudo a respeito desta nova vida”. (Atos 5.19,20).
82. [82]
Missão É Entrega do Pão
Multidão ali estava,
Que ansiosa procurava,
A bênção que não encontrava.
Multidão desesperada...
Multidão esfomeada...
Multidão necessitada...
Multidão que em cada era,
Fica sempre na espera,
De cumprir sua quimera.
Pão e circo lhe concedem,
Depois, que todos se arredem,
E vazios os despendem.
Mas um pão inusitado,
Só em Cristo encontrado,
Pode ao faminto ser dado.
Pra necessidade imensa,
Pouca coisa não compensa,
E não faz a diferença.
Mas pra Cristo, no entanto,
Não importa muito o quanto,
De tão pouco faz um tanto.
Pelo seu poder divino,
Fez dos pães de um menino,
Um milagre genuíno.
E supriu necessidades,
Demonstrou Sua Majestade,
Revelou sua verdade.
Pão que cura e que abençoa,
Que restaura e que perdoa,
Que não deixa a vida à toa.
83. [83]
Pão que do céu foi descido,
Que na cruz, sim, tem morrido,
Mas que está já ressurgido.
Ele é vera comida,
Ele dá sentido à vida,
Nele há eterna guarida.
Este pão tem que ser dado,
Pra o mundo necessitado,
Não pode ficar guardado.
Tudo a Cristo entregando
Ele vai multiplicando,
E muitos vão se salvando.
Só há mesmo salvação,
Do pecado a solução,
Pra quem acha em Cristo o pão!
“Esta aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos.
Mas o que é isso para tanta gente”? (João 6.9)
84. [84]
Natanael Santos
Ouça o Clamor
Ouça o clamor ecoando das nações:
“Oh não demores em vir nos socorrer
Apressai-vos em fazer missões
Vinde depressa não queremos perecer.”
Voltemos, pois, nosso olhar p’ros continentes.
E vejamos os campos prontos para a sega
Não estejamos assim tão indolentes
Levemos luz pra essa gente cega
Uma cegueira oriunda do pecado
Mas que pode ser curada pela igreja
Envolvida num mister tão elevado
Pois pregar o Evangelho é o que enseja
Alcançar um galardão antecipado
Por cumprir essa missão tão benfazeja.
85. [85]
Noélio Duarte
É tempo de avançar
Que tempo é esse?
Olhando tudo ao redor,
Vejo com preocupação
Um mundo cada vez pior,
Sem paz, vida e salvação!
É um tempo
De medo,
Ansiedade,
Impiedade;
De injustiça,
Maldade,
Crueldade...
De exploração,
Desavença,
Descrença...
De agressividade,
Ingratidão,
Complicação...
De abandono,
Insensibilidade,
Necessidade...
De indiferença,
Desilusão,
Omissão!
É o cenário cruel, de agora,
- São os desafios desta hora –
É uma realidade tão dura...
E a constatação é real:
Aumenta o pecado e o mal
86. [86]
- É o tempo da semeadura!
Cristãos,
O tempo de avançar chegou!
Jesus mesmo assim declarou:
“Levantai vossos olhos e vede:
É tempo de semear e colher,
Há muito trabalho a fazer...
Estou convosco, crede!”
E se o mal é devastador,
Jesus Cristo é resgatador,
E Ele nos deu uma missão:
Semear Sua Palavra de Luz,
O evangelho ao perdão conduz
- Salvar vidas está em nossas mãos!
87. [87]
Helio Roldan Anderson
Missões
Ah, cidadão do céu, desperta!
Não fique dormindo no ponto,
Deus quer que todos se salvem,
Pois somos feitos à sua imagem
E sopro do Espírito Santo
Eia, cidadão do céu, anda!
Não perca tempo, parado,
Vá contar ao mundo inteiro
Que na cruz Jesus foi morto
Mas voltou, ressuscitado
Vai, cidadão do céu, não pare!
Você é cheio de predicados.
Vá pregar o Evangelho
Ao menino, ao moço, ao velho,
Que estão mortos em seus pecados
Vem, cidadão do céu, te anima!
A seara já está pronta!
O momento se aproxima
O arrebatamento desponta
E há tanta gente perdida
Ah, cidadão do céu. Vem!
Preguemos, você e eu
Que quem crer e for batizado,
Será livre dos pecados.
Pois já é o tempo de Deus.
88. [88]
Zilda Batel
Missões
Ide, pregai a toda criatura,
O evangelho de Jesus, o Cristo,
Que ele salva, ele restaura e cura,
Anunciai ao mundo inteiro isto!
Pois bem aventurados são os pés
Daqueles que anunciam as Boas Novas
Aos que cansados, fracos e oprimidos,
Vagam por este mundo a sós, perdidos.
Se Deus te chama para tão nobre causa,
Atende-lhe a ordem soberana,
Pois muitas almas ainda desconhecem
A paz e o amor que dEle emana.
Sai missionário, de tua parentela!
Pois quando terminares a colheita
Terás, ao contemplares dela os frutos,
A recompensa por tantas renúncias.
E se acaso tombares na batalha,
Depois do breve instante do traslado,
Despertarás em corpo glorioso,
Diante do Supremo comandante
E por Ele, serás condecorado!
89. [89]
Elizama Barbosa
Enquanto eu calei...
Enquanto eu calei...
Aquele meu colega da escola,
das brincadeiras,
que morava na minha rua,
partiu para a eternidade,
sem Deus;
deu cabo da sua vida,
vida que não era dele,
sem que eu lhe dissesse
que sua vida era joia preciosa para Deus;
foi-se, sem que eu lhe falasse que Jesus o amava.
Enquanto eu calei...
Meu colega de trabalho,
que compartilhava a mesma sala,
o mesmo almoço,
o mesmo ônibus,
as mesmas aspirações profissionais,
partiu para o mundo dos mortos,
sem que eu lhe dissesse
que Jesus podia,
que Jesus supriria suas necessidades,
e conceder-lhe-ia o desejo do seu coração;
que Ele curava as enfermidades,
inclusive as da alma.
Enquanto eu calei...
vi multidões dos que me cercam,
meu parente,
meu amigo,
meu vizinho,
voltarem ao pó da terra,
sucumbirem à terra fria,
sem que eu proclamasse que Jesus tinha,
e detinha o poder em suas mãos,
para mudar o quadro,
transformando as negras noites
90. [90]
em claros e magníficos dias,
a vida daqueles que jazem, em plena vida,
nas regiões da sombra da morte...
em plena vida, mortos,
e não lhes falei da vida abundante:
JESUS CRISTO.
Enquanto eu calei...
no mundo inteiro,
milhares e milhares de vidas
partiram para a eternidade,
por minha culpa,
por negligenciar o “IDE...”,
a ordem imperativa do Senhor
aos seus discípulos.
Enquanto eu calei...
...o tempo passou.
Com Ele, minha mocidade,
minhas forças;
o vigor dos dias meus,
como que
num piscar de olhos,
esvaíram-se,
e não voltam mais...
Enquanto eu calei...
91. [91]
Luciano dos Anjos
Hora última
Nesta hora última
Em que um manto de sombras
Vedou os olhos dos caminheiros
E perdidos sem timoneiros
Vagam mendigando um facho de luz.
Vai, oh semeador de esperanças,
Colher almas para Cristo
Serás bendito entre as nações
Quando as boas novas anunciar
Sê um arauto da seara fecunda
Converte os desalentos em gozo eternal.
Avante cidadão do céu!
Tu és a lâmpada do porvir
Quantos caídos se levantarão
Com os verbos de luz semeados por ti.
Vai! Deixa o amor guiar teus passos
Não precisa bagagem nem nada
Pão não te faltará ao longo da jornada
Cada canto do mundo encontrará pousada
O dono da seara garante tua viagem.
92. [92]
Arautos da boa semente
Vamos arautos da boa fé
Com esse cálice sagrado a trasbordar de luz
Secai o pranto dos desafortunados
Ofertai o verbo de vida aos cansados
Convertei seus lamentos em risos e glórias.
Fala de amor!
Fala com ardor desse amor desmedido
Que por ti Cristo mostrou na cruz
Branqueia com a neve da verdade
O mais vil coração.
Levanta os que estão desanimados
Fala com carinho para os deserdados
Que como um pássaro que caiu do ninho
Estão à mercê dos ardis do assolador.
Alumia cada átomo de noite que se hospeda
Nos corações foragidos
Planta em cada pranto vertido um divinal sorriso
Semeando nesse mundo trevoso
Um reino de amor.
93. [93]
Sammis Reachers
Kerigma Kyrios – Os Semeadores de Glória
Aproxime-se, observe mais de perto
Aquele é Hudson Taylor plantando uma igreja
em solo seco, regando o chão com lágrimas,
despertando a sua fertilidade
Veja o fabricante de máquinas de escrever,
é Underwood enviando seu irmão e muitos mais
para os confins do mundo
Aquele é Carey traduzindo para esclarecer
Elliot morrendo para renascer
Truxton voando para alcançar
Townsend traduzindo e ensinando a traduzir
todos queimando-se
pela causa única que existe,
a causa da Cruz.
Venha, junte-se ao time
venha morrer pregar traduzir
venha para o centro do Corpo Santo,
a Guarda Imperial do Deus de vivos e de mortos
Finque sua bandeira na Rocha das Ressurreições
e faça dela sua bandeira, e avance sem olhar para trás
Há dois mil anos Ele deixou a convocação
Venha senhor, venha menina,
ser um ambulante kerigma,
uma Proclamação
como Kalley no Rio de Janeiro
José Manoel da Conceição no sertão
Thompson em meia América Latina
Livingstone em meia África
Lottie Moon na China, Adoniram Judson na Birmânia
valdenses e morávios indo sem medo ou além do medo
por todo o mundo
venha para os últimos da terra,
venha ser um dos últimos dentre os homens
94. [94]
como Paulo,Timóteo e Silas, e com eles
venha para ocupação dos tronos no Reino dos Céus
Cristo foi e é um abraço de Deus nos despedaçados
Deflagrador da revolução contra a opressão milenar da Morte
venha para a ação missionária, venha ser
um pedaço, uma ampliação desse abraço
um agente avançado da revolução cristã
soldado especializado em infiltração & sabotagem
sabotando as fortalezas de Satanás
buscando longe
buscando fundo
buscando os inalcançados.
Não importa a sua idade: Seu Senhor, sua Pátria Celestial
precisam de você: sua ação seus joelhos seus recursos
sua VIDA
Missionários: Ponta de lança, ponta de espada,
vanguarda das forças de Cristo.
Amigo, amiga, venham!
Abracem a mais honrosa ocupação do Universo: Sejam semeadores da
glória de Deus!
96. [96]
APÊNDICE:
(Novas) Frases sobre Missões e Evangelização
Deus ordenou e sua Palavra sempre foi obedecida. Ele disse ‘haja luz’
e houve luz. Falou ao mar e ele se abriu. Sua palavra foi obedecida por
demônios que foram expulsos, enfermos que foram sarados, muralhas
que caíram. Ele falou à tempestade e ela se acalmou.
Ele também ordenou a igreja: vá por todo o mundo anunciar Jesus a
todas as nações. Após dois mil anos de Cristianismo, Jesus ainda
permanece desconhecido por boa parte do planeta, mais de
3.500línguas faladas por dois bilhões de pessoas não o conhecem. Será
a Igreja, perante todos, a única a desobedecer ao comando do Senhor?
Ronaldo Lidório
Nãodeixedesemear,mesmoquandoestádifícil.Lanceasemente em todas as
terras. Uma semente há de germinar e talvez a mais improvável, a que
menos promete. Não dê ouvidos àquele que diz que não vai acontecer
porque a terra é árida, você é incapaz, o povo nunca muda, o problema
é grande demais, o sol é forte e o vento está chegando. Lance a
semente.
Ronaldo Lidório
Observe os grifos no texto: " ... recebereis poder ao descer sobre vós o
Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como
em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra". Note que
devemos evangelizar os quatro locais ao mesmo tempo. No original
grego, a palavra correspondente a tanto em é te, que quer dizer
"ambas"; daí a ideia de simultaneidade. Devemos, portanto, ser
testemunhas na nossa cidade, no nosso estado, no nosso país e no
mundo todo, ao mesmo tempo!
Edison Queiroz
É impossível fazer a obra de missões sem o poder do Espírito Santo. É
impossível haver poder do Espírito Santo sem visão mundial.
Edison Queiroz
Numa convenção de uma denominação aqui no Brasil, alguém
apresentou uma proposta para que dessem mais verba para o trabalho
de missões mundiais. Então, um jovem pastor levantou-se e manifestou
ser contra a proposta, argumentando que há muita gente no Brasil que
97. [97]
precisa ouvir o evangelho, e portanto era melhor aplicar o dinheiro em
missões nacionais. Logo um outro pastor, mais experiente, pediu a
palavra e disse o seguinte: "Jovem, agradeça a Deus porque os irmãos
da outra América e da Europa não pensaram como você, há cem anos
atrás".
Edison Queiroz
Deus não tem outro meio para espalhar a mensagem do evangelho e
salvar vidas no mundo, a não ser a Igreja.
Edison Queiroz
O Espírito Santo é o chefe de missões; portanto, Ele separa, prepara,
capacita e impulsiona a igreja a enviar obreiros para a obra
missionária. Observe quem o Espírito Santo separou para missões [em
Atos 13.1-4]: não foi qualquer membro da igreja [de Antioquia], e sim
os melhores pastores da igreja [Saulo e Barnabé]. Aqui aprendemos
uma lição importantíssima na obra de missões: devemos dar o melhor
para missões. O Espírito Santo separou os homens mais
experimentados e frutíferos para missões.
Edison Queiroz
A Igreja foi estabelecida para corresponder aos desafios mundiais e
deve ser caracterizada por sua visão do mundo.
Jairo de Oliveira
Realizar missões, engajando-nos na proclamação do Evangelho, não é
uma questão de opção, estratégia ou programa, mas revela a
verdadeira missão da Igreja!
Jairo de Oliveira
O missionário não é um ser humano perfeito, mas é um perfeito ser
humano.
Jairo de Oliveira
Todos aqueles que receberam uma nova vida, um novo Espírito, uma
nova natureza, um novo coração, um novo destino, uma nova morada,
também receberam a ordem de pregar o Evangelho ao mundo.
Jairo de Oliveira
O maior investimento que fiz na minha vida foi dedicar a minha
juventude ao trabalho missionário. Pois a obra missionária é um
98. [98]
grande privilégio para quem pode experimentá-la e investimento
garantido.
Jairo de Oliveira
A Igreja foi fundada com base em um ato missionário de Deus,
enviando Jesus Cristo a este mundo como o maior de todos os
missionários.
Jairo de Oliveira
Se Deus fez de seu único Filho um missionário, não seria nenhuma
surpresa pensar que faria o mesmo de sua Igreja, estabelecendo-a
como uma agência missionária ao mundo.
Jairo de Oliveira
Se aos olhos de Deus você não pode dizer que tem a certeza de ter uma
chamada especial para ficar em casa, por que você está desobedecendo
o comando simples do Salvador para ir?
J. Hudson Taylor
Não há necessidade de fé onde não há consciência de um elemento de
risco.
Elizabeth Elliot
Deus não vai levá-lo onde Ele não irá suprir você.
David Sills
Acredito que, em cada geração, Deus tem chamado homens e mulheres
suficientes para evangelizar todos os povos ainda não alcançados da
terra ... Não, não é Deus que não chama. É o homem que não quer
responder.
Isobel Kuhn
Hoje, 112 anos depois de sua criação, 94% das pessoas do mundo
reconhecem o logotipo da Coca-Cola. Em 112 anos, pudemos alcançar o
mundo por causa do lucro, mas não pudemos fazê-lo para a glória de
Deus, em 2.000 anos.
David Sills
O indiano está fazendo uma descoberta surpreendente, ou seja, que o
cristianismo e Jesus não são a mesma coisa - e eles podem ter Jesus
sem o sistema que foi construído em torno dele no Ocidente.
E. Stanley Jones, 1884-1973, na Índia
99. [99]
A colheita aqui é realmente grande e os operários são poucos e
imperfeitamente equipados, sem muita graça, para tal trabalho. E ainda
assim a graça pode fazer de alguns instrumentos fracos os meios de
realizar grandes coisas - coisas ainda maiores do que podemos
conceber.
Hudson Taylor (sobre a China)
Se vamos esperar até que todo obstáculo possível seja removido antes
de fazer um trabalho para o Senhor, nós nunca vamos tentar fazer
alguma coisa.
T.J. Bach, 1881-1963, Missionária na Venezuela
Eu nunca fiz um sacrifício. Disto não devemos falar quando nos
lembramos do grande sacrifício que ele fez, quando deixou o trono do
Pai no alto, para dar-se a si mesmo por nós.
David Livingstone
No momento em que eu coloquei o pão e o vinho para aquelas mãos
escuras, uma vez manchadas com o sangue de canibalismo, mas agora
estendidas para receber e participar dos emblemas do amor do
Redentor, eu tive uma antecipação da alegria da Glória, que quase
quebrou meu coração em pedaços. Eu nunca provarei felicidade mais
profunda até eu olhar no rosto glorificado do próprio Jesus.
John G. Paton, 1824-1907, missionário pioneiro para Novas Hébridas
“’Um semeia, e outro colhe’. Eu os enviei para colher...”. Jesus estava
dizendo que não enviou seus discípulos como semeadores, mas como
ceifeiros. Evangelizar é colher.
José Bernardo
A mensagem do amor de Deus se torna digna de crédito quando
acompanhada de um serviço de amor. O amor não é apenas dar bens
materiais, mas também doar asi mesmo. Portanto, não é possível amar
se não há disposição para enfrentar o sofrimento.
Antonia Leonora van der Meer
Hoje não há mais distinção entre países que enviam e países que
recebem missionários, e sim um chamado para que toda a igreja
alcance o mundo com o evangelho, ultrapassando barreiras e
trabalhando em parceria e aprendizado mútuo entre igrejas ricas e
pobres, experientes e sem experiência.
100. [100]
Antonia Leonora van der Meer
O evangelho deve se espalhar. Não pode ficar parado em lugar algum!
Já que o evangelho é do reino, isto tem dimensões as mais amplas e
universais possíveis. Fica, portanto, implícita sua divulgação por toda
parte, atravessando todas as barreiras geográficas. Tem que estar
sempre em movimento, até que todos recebam as boas novas. O
ministério de Jesus demonstra uma preocupação missionária que cruza
as fronteiras geográficas,convocando a todos em todos os lugares a
assumirem a vida do reino.
Timóteo Carriker
A obra missionária da igreja não é uma pirâmide feita de cabeça para
baixo, com seu vértice num texto isolado do Novo Testamento, onde
elaboramos uma grande estrutura conhecida como"missões". Ao
contrário, a obra missionária é uma pirâmide de cabeça para cima, com
sua base estendendo-se de Gênesis l até Apocalipse 22. Toda a
Escritura forma, então, o alicerce para que o evangelho alcance o
mundo todo. A grande comissão seria assim a maior explicação desta
obra e poderia ser considerada o ápice da revelação divina quanto a
ela, visando o lançamento da igreja nesta missão.
Timóteo Carriker
A dimensão da grande comissão é tão extensa quanto a humanidade,
isto é, abarca todas as áreas geográficas, classes sociais e culturas.
Timóteo Carriker
O Espírito Santo não é apenas o autor, mas também o realizador de
missões. Com sua vinda sobre os primeiros discípulos houve o sinal
sobrenatural de "línguas", que indicava claramente que o evangelho
deveria ser pregado a todas as raças e nações. Podemos dizer que o
Espírito garante o sucesso missionário no mundo.
Timóteo Carriker
A igreja que não é missionária não é igreja em nenhum sentido bíblico;
aliás, logo se torna, ela mesma, um campo missionário.
Timóteo Carriker
Quanto precisamos hoje da conscientização paulina (Rm 15.20) de
ministrar onde Cristo ainda não foi pregado!
Timóteo Carriker
101. [101]
Quando os discípulos perguntaram [a Jesus] qual seria o sinal (no
singular) de sua volta e da consumação deste período intermediário
(Mt 24.3), Jesus fez uma lista dos sinais (no plural) do período
histórico que precederia sua volta (Mt 24.4-12) e depois respondeu à
pergunta deles (de novo no singular) quanto a este sinal:"E será
pregado este evangelho do reino por todo o mundo,para testemunho a
todas as nações. Então virá o fim" (Mt 24.14).Isto deixa claro que o
evangelho será pregado em todas as partes do mundo, até bem pouco
antes de sua volta. Quem fará isso? Seus enviados, seus missionários
(tanto "missionário", que vem do latim, quanto "apóstolo", que vem do
grego, significam "o enviado").Nós somos os precursores de sua vinda.
Quando você e eu tivermos respondido em obediência, levando o
evangelho até os confins da terra, então este mesmo Jesus voltará.
Timóteo Carriker
As missões não são um ‘Ministério Opcional’ para alguns cristãos
hiperativos da igreja; as Missões são o propósito da igreja.
Anônimo
Basicamente, a igreja tem muitas responsabilidades, mas uma só
missão: a evangelização e o discipulado das nações.
Daniel Bacon
Se o que você prega não está tocando a outros, é porque primeiro não
tocou a ti mesmo.
Curry R. Blake
A maioria das organizações cristãs deseja que seus candidatos estudem
em um seminário durante quatro ou cinco anos. Eu preferia que
pudessem descer ao inferno por somente cinco minutos; tal
experiência seria a melhor qualificação para uma vida de ministério
compassivo.
William Booth
Se dez homens estão carregando um tronco, sendo nove deles no lado
mais leve, e somente um segurando o lado mais pesado, e você deseja
realmente ajudar, que lado você escolheria levantar?
Willian Borden, falando sobre o número de obreiros nas igrejas
ocidentais, em face ao número de obreiros entre os povos não-
alcançados.