Este documento é uma coleção de poemas natalinos escritos por Filemon Martins. Os poemas celebram o nascimento de Jesus em Belém e refletem sobre o verdadeiro significado do Natal em contraste com sua comercialização moderna.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO / 05
NATIVIDADE / 06
NOS ARREDORES DE BELÉM / 07
TEMPO DE NATAL / 08
NOVO NATAL / 09
NOITE DE NATAL / 10
ETERNO NATAL / 11
O NATAL DE JESUS / 12
SONETO DE NATAL / 13
OUTRO NATAL / 14
NATAL E VIDA / 15
NATAL DA ESPERANÇA / 16
AINDA O NATAL / 17
TROVAS DE NATAL / 18
A LIÇÃO DO NATAL / 19
DESEJO DE NATAL / 20
MILAGRE DO NATAL / 21
SOBRE O AUTOR / 23
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APRESENTAÇÃO
Ao lado do Ano Novo, o Natal é a festa máxima
de nossa – e de outras – civilizações. Sim, pois
mesmo países e culturas não (ou não
majoritariamente) cristãos, fascinados pelo
encanto de tal festejo, celebram-no com alegria.
Natal é data que marca o natalício dAquele
Salvador, Deus encarnado, que de carne se vestiu
para pagar o preço do resgate exigido de cada um
de nós, de cada um que nEle pura e simplesmente
crer. Cristo, o segundo Adão, veio como presente,
reparar aquilo que o primeiro Adão quebrou com
sua desobediência.
Neste pequeno e gratuito e-book, Filemon
Martins, poeta, escritor e operário da cultura, nos
oferece uma fração de seu talento, versejando o
Natal de maneira inspirada e edificante – o Natal
em seu verdadeiro espírito, sublime e imortal,
para cima e além do espetáculo consumista em
que o capital tentou desfigurá-lo.
Sammis Reachers
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NATIVIDADE
Neste Natal, de Cristo o nascimento
Que em Belém de Judá aconteceu,
Fez o Mundo prostrar-se em pensamento
Para adorar Jesus que lá nasceu.
A Doutrina nos traz o ensinamento
De que Jesus aos homens prometeu:
Nova vida de amor, discernimento,
Não importa se é rico ou se é plebeu.
A Estrela que brilhou na Palestina
Resplendente de luz inda ilumina
Os corações dos vossos seguidores.
Que o Mundo seja cheio de Esperança:
Para que a Paz, o Amor e a Confiança
Vivam sempre entre nós, os pecadores.
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NOS ARREDORES DE BELÉM
A estrada poeirenta e o casal prosseguia
em busca de lugar nos lares de Belém,
– não havia lugar para ficar Maria,
e as casas se fechavam... Era ali, porém,
que, aflita, a virgem mãe seu filho ganharia,
cumprindo-se, de fato, o vaticínio além.
E ali, naquela tosca e santa estrebaria
nasceu o prometido, o símbolo do Bem.
O céu da Palestina encheu-se de esperança,
nasceu o Redentor, a Boa Nova avança
daquela manjedoura para o mundo inteiro.
Hoje, chega o Natal. Sinto uma paz serena
e a minha alma, a sorrir, se sente tão pequena
porque o olhar de Jesus mudou o meu roteiro!
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TEMPO DE NATAL
A memória se embrenha pelo tempo
que ensina com amor tanta humildade.
Uma emoção envolve o pensamento,
é o Natal de Jesus, da Cristandade.
Aquela noite calma um leve vento
soprava, com dulçor, pela cidade
trazendo ao mundo, novo sentimento
e uma lição de amor à Humanidade.
Nasceu o Cristo, o meigo Nazareno,
envolto pela fé, Jesus sereno,
mostrou ao povo seu amor profundo.
Como nos céus da antiga Palestina
vejo outra vez brilhar a luz divina
iluminando o coração do Mundo.
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NOVO NATAL
Quando a Estrela brilhou na Palestina
Tremulando sob os céus de Belém.
A terra, afortunada, se ilumina
Porque nasceu Jesus, o Sumo Bem.
Cumprida a predição que nos ensina
Novo tempo de Amor, sorrindo, além,
Pois nasceu da Promessa, a sã doutrina
Que nos garante a Paz, como convém.
O exemplo de Humildade é tão profundo,
Que a vida se refaz em primavera
E traz mais Esperança para o mundo.
Anjos em revoada... O Deus menino
Desceu à terra e trouxe a nova Era
Para mudar, dos homens, o destino!
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NOITE DE NATAL
É noite de Natal. As luzes da cidade
Iluminam as ruas, praças e avenidas.
Há sorrisos, festejos, mimos de bondade
Na troca de presentes, doces e bebidas.
Que se fez do Natal de paz, fraternidade,
Ou do “papai Noel” chegando às escondidas,
Onde estará o bem, o cetro da verdade,
Cujo manto de amor cobria às nossas vidas?
Bendita seja a fé que torna a vida calma,
Eflúvios de emoção que faz sorrir minha alma
Ao lembrar de Jesus, menino de Belém.
Um desejo de paz me envolve o pensamento:
Que as pregações de fé do Novo Testamento
Sirvam para espalhar o amor no Mundo. Amém!
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ETERNO NATAL
É noite de Natal. A farta mesa
Revela que o Natal, hoje, mudou.
Quem faz aniversário, com certeza
Em mesa farta assim nunca sentou.
Naquela noite a própria natureza
Em mimos elegantes se enfeitou
Para acolher o Rei, que, sem riqueza
Na manjedoura humilde se mostrou.
Mas hoje a humanidade se desdobra
E por dinheiro faz qualquer manobra
Que não parece se lembrar da cruz.
E do Natal os pobres ficam fora
Aguardando que a luz da nova aurora
Volte a brilhar nos olhos de Jesus!
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O NATAL DE JESUS
Natal. Noite em Belém. A noite é bela
O céu está tranquilo e deslumbrante.
Quase ninguém percebe a luz daquela
Estrela singular e fascinante.
Quanta beleza envolve aquela tela,
O menino nasceu e o povo errante
Há de encontrar no filho que revela
Uma história de amor edificante.
Grande exemplo naquela estrebaria
Nos deu Jesus, o filho de Maria,
Ao pecador que seu perdão implora.
Hoje, neste Natal, a Humanidade
Já não tem fé, amor, fraternidade,
Pois a ganância tudo quer e explora.
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SONETO DE NATAL
O sol já se escondia e a noite já chegava
nas cercanias de Belém, já preparada
para o senso que o rei ali realizava
e por isso a cidade estava tão lotada.
Não havia mais lugar, a noite já passava...
José estava tenso e Maria preocupada...
Somente a tosca estrebaria os esperava,
pois ali nasceria a criança desejada.
O céu da antiga Palestina iluminou-se
nasceu o Redentor que humilde à terra trouxe
a mensagem de Paz, Amor e de Esperança.
Quando chega o Natal, de luz eu me ilumino
e volto a ser feliz como outrora um menino,
porém não voltam mais meus sonhos de criança!
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OUTRO NATAL
E outra vez chega dezembro
o mês das festas e do Natal.
Não mais como o Natal de outrora
portador de paz e de ventura.
Natal cheio de graça, amor, felicidade,
Natal cheio de luz
que os anjos anunciaram
quando nasceu JESUS!
Hoje, a cidade está em festas,
é o Natal comercial...
Porém, nosso maior desejo
é que este Natal nos traga paz,
e aumente o nosso amor, a nossa fé
e em nossos corações uma vez mais
possa nascer sorrindo
O SINGULAR JESUS DE NAZARÉ!
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NATAL E VIDA
Natal, sempre nos diz o calendário:
Jesus nasceu na gruta de Belém,
depois Jerusalém foi o cenário
que O condenou à cruz, Supremo Bem.
O drama desumano do calvário,
– a mensagem de fé para os que creem,
mas o mundo insensato e perdulário
rejeitou a paz, que da cruz provém.
O menino nasceu e veio ao mundo
para trazer a paz, o amor profundo
aos corações humildes, sem vaidade!
– “Pois aquele que em vida, crê em mim,
mesmo que esteja morto, ainda assim,
comigo viverá na eternidade”!
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NATAL DA ESPERANÇA
É dezembro. É Natal! Nossa esperança
de ser bom, ser feliz, fazer o bem,
renasce uma vez mais com confiança
na manjedoura humilde de Belém.
Pelas ruas e em toda vizinhança
a verdade se espalha e vai além
que a mensagem da bem-aventurança
traz boas-novas que do céu provém.
O mundo canta e a natureza em festa,
o ser humano brinda e não contesta
o salvador que veio com a luz.
E ao festejarmos teu Natal, ó Cristo,
pedimos vida, cura, fé e insisto:
vamos seguir os passos de Jesus.
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AINDA O NATAL
Da bela Nazaré partiram com destino
a histórica Belém. Iriam se alistar,
que o decreto exigia a todo peregrino,
por isso o povo não parava de chegar.
Aproximava a noite... Um vento muito fino
soprava por Belém lotada e sem lugar.
Na estrebaria, porém, nasceu o Deus Menino
para que o mundo vil pudesse se salvar.
Pouco tempo passou e após trinta e três anos
o povo enfurecido e envolto em seus enganos
crucificou Jesus – tamanha ingratidão!
E pregado na cruz, pior cena do mundo,
o povo foi ingrato, insano, louco e imundo,
– não aceitou a paz divina do Perdão!
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TROVAS DE NATAL
Grande lição de Humildade
vem daquela estrebaria.
Natal da Boa Vontade
trazendo paz e alegria.
Natal! Em graça e oferenda
nasceu Jesus em Belém.
A fé cristã recomenda
no mundo fazer o bem.
Naquela Noite festiva
que Deus Menino nasceu,
toda a Terra rediviva
o sumo Bem conheceu.
Neste Natal de verdade,
de paz, ventura, eu insisto:
que a maior fraternidade
foi praticada por Cristo.
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A LIÇÃO DO NATAL
O vaticínio antigo já dizia
em Belém de Judá há de nascer
o Príncipe da Paz e da Alegria
que mudaria o mundo em seu viver.
E foi ali naquela estrebaria
que os pastores vieram conhecer
o pequenino Filho de Maria
que os Magos se curvaram para crer.
Que lição de humildade envolve o mundo
e marca, para sempre, o dom profundo
de compreender a vida com amor.
Porque só Deus pôde descer à terra,
a única esperança que descerra
a salvação do pobre pecador!
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DESEJO DE NATAL
Se eu pudesse compor, eu comporia
um poema de paz e de ventura,
cujas palavras cheias de ternura
fossem do amor a eterna melodia.
Se eu soubesse cantar, eu cantaria
nesta noite de luz e de doçura,
e toda a terra venturosa e pura
minha canção a Deus entoaria!
Pois nesta noite de Natal, de glória,
um menino mudou a própria história
da humanidade que não tinha fé...
Que em cada coração aqui presente
possa nascer, feliz, eternamente,
O SINGULAR JESUS DE NAZARÉ!
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MILAGRE DO NATAL
Há muito tempo uma mulher com uma criança viviam
numa aldeia da Judeia. Sem marido, ela fazia serviços
gerais em casas mais afortunadas da cidade. Com isso
conseguia sobreviver e sustentar a si e sua criança. Sua
família era aquela: – ela e seu pequeno filho.
Certo dia, quando retornou da labuta, encontrou seu
filho ardendo em febre. A noite já cobria de escuridão
àquela aldeia, não havia a quem pedir socorro.
Mesmo no escuro colheu algumas ervas e fez um chá
para a criança tomar. Esperou alguns momentos na
esperança de que a febre cedesse, mas isso não
aconteceu. A criança gemia e chorava ao mesmo
tempo. Sua mãe desesperada saiu noite a dentro à
procura de socorro, mas as casas já estavam todas
fechadas. Ninguém a atendia. Lembrou-se de que um
homem já andara por aquelas vilas fazendo o bem e
curando enfermos: era Jesus de Nazaré, o filho do
carpinteiro e suspirou, dizendo em alta voz: – Ah, se
eu encontrasse Jesus, quem sabe ele iria até meu
casebre socorrer meu filho. Mas, como e onde
encontrá-lo?
Pervagou por ruas e becos, mas nenhuma ajuda
conseguiu. Cansada, exausta, voltou para casa triste e
chorando. Entrou, fechou a portinha do casebre e
diante do filho doente e sem esperanças ficou em
silêncio. De repente, ouviu alguém bater em sua
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porta. – Quem será a esta hora da noite? Atônita e
curiosa, abriu a porta e ouviu a voz de Jesus dizendo:
– Aqui estou!
Obs.: Inspirado num poema que li há
tempos, de Mário Barreto França.
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SOBRE O AUTOR
FILEMON FRANCISCO MARTINS, de Ipupiara, Bahia,
17.01.1950, escreveu, entre outros, “FLORES DO MEU
JARDIM” (Poemas, 1ª edição, 1997-Opção2),
“ANSEIOS DO CORAÇÃO” (Poemas, sonetos e trovas-
2011-Scortecci), “DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA
FAMÍLIA RIBEIRO MARTINS” (Editora Kelps- Goiânia -
2007) em coautoria com MÁRIO RIBEIRO MARTINS.
“FAGULHAS” (Miscelânea, 2013, Scortecci).
“SONETOS & TROVAS” (Câmara Brasileira de Jovens
Escritores, RJ - 2014), 2ª edição de ¨FLORES DO MEU
JARDIM¨ (Poemas, 2016, Scortecci), ¨HISTÓRIAS QUE
SÓ AGORA EU CONTO¨ (All Print Editora - São Paulo-
2018) e ¨CAMINHOS DO JORDÃO DA BAHIA¨ (RG
Editores, São Paulo-2022). Filho de Adão Francisco
Martins e Francolina Ribeiro Martins (ambos
falecidos).
Após os estudos primários em sua terra natal, estudou
também em Morpará, na Bahia. Mudou-se para São
Paulo, passando a estudar em lugares diferentes.
Prestou serviços à Empresa Folha da Manhã S.A, bem
como à Prefeitura Municipal de São Paulo. Cursou
Administração de Empresas, na Faculdade de
Administração e Ciências Econômicas “Santana”, em
São Paulo.
Por Concurso Público, tornou-se funcionário do
Tribunal Regional Federal da Terceira Região, lotado
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na Subsecretaria de Feitos da Presidência – UFEP,
onde se aposentou.
Escritor, Ensaísta, Pesquisador, Contista, Cronista e
Poeta. Casou-se com Celene do Socorro Silva Jinkings
Martins. Filhos: Edilson Gentil Jinkings, Allan Denizard
Gentil Jinkings (falecido em 10/10/2020, vítima da
Covid-19), Gilson Gentil Jinkings, Keise Jinkings
Martins e Maíse Jinkings Martins. Membro de diversas
entidades sociais, culturais e de classe, entre as quais,
Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras,
Anápolis, Goiás, The International Academy of Letters
of England, (London, England), Academia de Letras de
Ipaussu, SP, Clube Baiano de Trova, Salvador, Bahia e
Instituto Cultural do Vale Caririense, em Juazeiro do
Norte, Ceará, além do Postal Clube, Rio de Janeiro.
Filiado ao Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário
Federal no Estado de São Paulo (SINTRAJUD). Seus
trabalhos literários estão publicados em vários jornais,
revistas e antologias, destacando-se ANUÁRIO DE
POETAS DO BRASIL, 1980 e 1981, ANTOLOGIA
DEL’SECCHI, ANTOLOGIA DE A FIGUEIRA E ANTOLOGIA
DO POSTAL CLUBE, VOLUMES DE 01 A 16. Encontra-se
na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de
Afrânio Coutinho e J. Galante, edição do MEC, 1990,
com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho,
edição revista e atualizada, em 2001.
Contato com o autor:
filemon.martins@hotmail.com
www.filemon-martins.blogspot.com