O documento resume as perspectivas de Tuiávii, um chefe de tribo nativo de Samoa, sobre os europeus, ou "papalaguis". Tuiávii observou como os papalaguis se vestem demais, vivem em cidades de pedra e são escravos do dinheiro e do tempo. Ele também criticou a ênfase dos papalaguis na profissão e bens materiais em vez de apreciar as dádivas de Deus.
1. Escola Superior de Saúde 2-12-2016
Marta Teles Nº 10160536 OT2
LICENCIATURA EM TERAPÊUTICA
OCUPACIONAL
1º ANO
ANO LETIVO 2016/2017
“O Papalagui – comentários de tuiávii, chefe de
tribo de tiavéa, nos mares do sul”
Eric Scheurmann, 1983
Livro traduzido por Luiza Neto Jorge, Lisboa,
Edições Antígona
Marta Teles Nº 10160536
Orientação/Regência de
JOÃO PAULO PEDROSO
PORTO
DEZEMBRO, 2016
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O livro “O Papalagui” é relatado por Tuiávii. Ele é um nativo que vive na longínqua ilha
de Upolu, que pertence ao arquipélago de Samoa, nos mares do Sul, na aldeia de
Tiavéa, onde era um senhor e chefe mais importante da aldeia. Papalagui é uma
tradução, o mais correta possível, de o Branco ou Europeu. (Scheurmann, 1920)
Foi com Tuiávii que o autor teve uma ligação intrínseca, muito próxima do protagonista
que descreve a sua perspetiva sobre os europeus. (Scheurmann, 1920)
Ao contrário dos indígenas que habitavam na ilha, Tuiávii era um senhor que tinha
consciência, era sedento de conhecimento e um explorador nato, embora nunca
fugindo à sua própria natureza. No decorrer da análise vai-se poder observar as
reações que Tuiávii tinha para com o “papalagui” pois para ele os europeus tinham
uma estranha maneira de viver. (Scheurmann, 1920)
Foi através dos missionários que visitavam a ilha que ele conseguiu fazer viagens por
alguns países da Europa onde pôde aprender, visualizar, contemplar todo o “universo
europeu”, podendo tirar as suas próprias conclusões. (Scheurmann, 1920)
Tuiávii era um homem honesto, simples, experiente e tinhas reflexões extraordinárias.
Foi esta simplicidade que o autor achou fantástico explanar num livro, demonstrando
o que Tuiávii pensava sobre o comportamento, atitudes e valores do europeu.
(Étienne, 2004) É uma crítica construtiva, um pouco rude, em que Tuiávii pronunciou
sobre os europeus. Não deixa de ser uma espécie de alerta mas, para um nativo que
tem hábitos completamente diferentes dos europeus, é um livro que suscita alguma
intriga, podendo haver ou não uma discussão aberta e revolucionária. (Scheurmann,
1920)
O livro aborda algumas conceções como a maneira de vestir do europeu, as
habitações, o dinheiro, as profissões, a sociedade, em factos concretos como o
cinema, jornais, as inovações tais como fábricas industriais, as máquinas. Estas são
as conceções de cariz físico que Tuiávii acha serem excessivas e muitas vezes
desnecessárias para o dia-a-dia. Depois tem aspetos de cariz mais cultural, social
onde mais intrinsecamente o papalagui sente que não vivia sem estas condicionantes,
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falando por exemplo a ambição para adquirir tudo, a religião/crença e o tempo, que
para ele é escasso pois acha que não tem tempo para fazer tudo o que pretende.
(Étienne, 2004) (Scheurmann, 1920)
Tuiávii começa por descrever coisas básicas, que para ele também são necessárias.
Muito embora repara-se que a religião está sempre presente para descrever algum
escândalo, algo que lhe pareça demasiado abusivo. (Pité, 1997) Presenteia-se algo
simples como cobrir o corpo humano. O europeu cobre o corpo mas deixa as mãos e
a cabeça destapados. Tuiávii declara que tudo isto lhe parece exagerado, têm roupa
para andar de dia, outra roupa para andar de noite, cobre-se demasiado e é por isso
que são tão brancos ao contrário dos nativos samoanos. Mais ainda, ele profere que
o europeu tem vergonha de mostrar a sua pele pois pode ser um elemento para cair
em desgraça ou em pecado. Verifica-se portanto uma aculturação fortemente
significante. Nunca que Tuiávii iria utilizar tanta roupa sobre o seu corpo, pode-se
mesmo dizer que para ele a nudez não lhe mete qualquer conflito social pois é só
pele. (Pité, 1997) (Scheurmann, 1920)
No que concerne à habitação, Tuiávii deparou-se na distinção de dois povos
europeus, o europeu da cidade e o europeu do campo. A habitação dos europeus da
cidade é num conjunto de pedra, a que intitulamos de apartamentos, ou casas de
grande envergadura. Tuiávii também observou que o europeu anda por “fendas” a que
se denomina por ruas, ruas de pedra, sendo que para ele torna-se estranho. Também
observou que, por meio dessas ruas iam dar a outras terras não tão desenvolvidas
como na cidade e a isso denomina-se o campo. Tuiávii relata que o europeu do campo
tem também uma casa de pedra mas com árvores de fruto, zonas de pastagem e de
cultivo, tal como os nativos samoanos. O europeu do campo tem um aspeto físico
diferente do europeu da cidade, no primeiro tem uma postura mais robusta pois o seu
trabalho exige força e empenho para trabalhar no campo, nas mais diversificadas
atividades que desenvolve ao longo do dia. Todo este esforço, diz Tuiávii que é para
alimentar e levar o sustento para os europeus da cidade. Dá a entender que Tuiávii
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tem uma ideia diferente nos europeus do campo, pareceu-lhe ter uma melhor
qualidade e bem-estar na sua vida. (Étienne, 2004) (Scheurmann, 1920)
O conceito que se depara seguidamente é daqueles que revoluciona toda a identidade
do Ser Humano, fundamentalmente para o papalagui. O chefe Tuiávii, quase se pode
dizer, que ficou escandalizado e absorto com a influência que o «metal redondo» e o
«papel pesado» tem na vida do papalagui. Tuiávii pôde verificar que se pode receber
dinheiro através da atividade trabalhar. Trabalhar nas mais diversas coisas, como
aquelas a que se emprega grande esforço físico, como também aquelas que
desenvolvem esforço mental. A divisão social do trabalho subdivide as discrepâncias
dos empregos existentes na Europa. (Étienne, 2004) Umas pelas quais o europeu
trabalha mais ativamente com o corpo físico e outras, e estas são as mais invejáveis,
onde se ganha muito dinheiro onde qualquer papalagui desejaria estar pois, para ele,
vivia uma vida mais desafogada. Poderia adquirir qualquer coisa o mais grandiosa
possível. Tuiávii alerta os seus irmãos para se afastarem o mais que conseguirem
pois ele acha ser um vício terrível, onde pode ser difícil sair. O chefe diz que o
papalagui entende o dinheiro como se fosse o Deus de amor. Um amor que ele busca
sempre mais e mais. Com o dinheiro o europeu paga tudo, desde a casa onde habita,
às roupas que usa, as ruas por onde passa, lugares sociais, entre outros. Uma
particularidade que Tuiávii reparou foi que a única coisa que não se paga é a
respiração do ar. (Scheurmann, 1920)
É neste aspeto que se pode observar as diferentes classes sociais na Europa, uns
muito ricos, ricos e outros tão pobres. O estatuto social que se observa nesta
sociedade é tão notório quanto ver uns a esforçar-se para ganhar o necessário para
sobreviver e outros que têm tanto «papel pesado» que nem sabe onde o guardar ou
investir para serem mais poderosos. (Pité, 1997) É neste âmbito que se apresenta um
outro aspeto que o europeu considera também importante: a riqueza de adquirir
muitos bens materiais, quer ter o mais raro objeto à face da terra. E quando isso se
verifica ele fica feliz. Este discurso é fundamentalmente de Tuiávii, pois foi ele que
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afirmou que o europeu via o dinheiro e todos os objetos belos e raros como o Deus
de amor. (Scheurmann, 1920)
Tuiávii, porém, alerta os irmãos para a cultura que o europeu quer impregnar na ilha,
aos nativos de Tiávea. Ele ensina-lhes que só o «Grande Espírito» é que lhes concede
os bens necessários que eles precisam para o seu dia-a-dia. Tudo o resto é supérfluo,
nada que lhes possa fazer sentido para a sua qualidade de vida. (Scheurmann, 1920)
O papalagui, segundo diz Tuiávii, tem uma pequena máquina que lhe indica o tempo.
A esta pequena máquina que cronometra o tempo do papalagui, para o Tuiávii mete-
lhe alguma confusão pois remete-se ao tempo em segundos, minutos e horas e Tuiávii
não gosta de saber por quantas luas passa, nem lhe faz qualquer sentido contar o
tempo que vive cá na terra. Só o «Grande Espírito» sabe quando deve levar o Ser
Humano para junto de si. E foi precisamente essa mensagem que o chefe tentou
passar aos seus irmãos. (Scheurmann, 1920)
A observação que Tuiávii teve do europeu, quanto ao tempo, é que o europeu diz
sempre que não tem tempo para nada. Só trabalha e tem atividades que é obrigado a
fazer, e é raro ter tempo para o lazer, para estar com os amigos, namorar, ir até à
praia. O papalagui é um escravo no tempo, deixa para amanhã o que pode fazer ainda
hoje. Compreenda-se que este europeu é aquele tem um estatuto social de relevo na
sociedade, como por exemplo o rico, o pai, a mãe, o empresário. (Scheurmann, 1920)
Tuiávii ao discriminar a ação de que o papalagui anda adormecido no que respeita à
divindade, àquele a quem se deve agradecer por estar vivo e lhe proporcionar uma
vida razoável, fica quase que irritado por ver tamanha descrença e egoísmo da parte
do papalagui. Este não dá o devido valor, não sabe sequer pronunciar-se com
convicção pelas coisas que Deus lhe oferece. Pensa que tudo o que o rodeia é dele
e nada nem ninguém pode tocar ou pegar nos objetos que lhe pertencem. E para que
isso não aconteça tem as autoridades que fazem valer a lei que se transpõe nesses
casos. (Étienne, 2004) Embora que salvo exceção tenham alguns que conseguem ver
a realidade numa perspetiva diferente e até assumem Deus como o centro que os
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guia e os leva a bom porto. Tuiávii viu uma certa alegria neste pequeno grupo, muito
embora um pouco escasso. Convém que se entenda que para Tuiávii «a Deus tudo
pertence», e não quer ouvir, nem deixar que o papalagui pronuncie que Deus não tem
nada e que nada é dele. (Scheurmann, 1920)
No alinhamento de que o papalagui diz que nada é de Deus, Tuiávii enuncia que este
procura fazer algo estrondoso e escandaloso, simplesmente para dizer que, quando
adquiriu grandes conhecimentos, pode realizar grandes prodígios e grandes obras.
Isto acaba por ser um contrassenso a Deus, e Tuiávii acha ridículo o europeu agir
dessa maneira. Como se todo o mundo pertencesse ao papalagui. Este anda sedento
de obter sempre mais riquezas e vitórias, pois só isso é que lhe faz sentir o Ser mais
importante. (Scheurmann, 1920)
Já se explanou um pouco do conceito trabalhar e da necessidade que o papalagui
tem de o fazer para sobreviver. Desta vez o Tuiávii descreve o trabalho como a
profissão que todos os papalaguis de maior de idade têm de o ter, e todos é mesmo
todos para garantirem uma qualidade de vida estável, além da identidade que
apresentam e do estatuto perante a sociedade; de contrário será discriminado e para
a sociedade o europeu mais pobre sem se envolver no meio cultural é como se não
existisse. (Étienne, 2004) (Scheurmann, 1920)
O papalagui dá demasiada importância à sua profissão. Ele não realiza outras
atividades pertinentes para a sua vida social e, se pretende fugir um pouco à norma
da sua identidade ele não se sente capaz para isso, pois acha que não é a forma mais
adequada de se estar em sociedade. (Étienne, 2004) (Scheurmann, 1920)
A profissão corrompe o papalagui, e devido às diferentes profissões este fica chateado
consigo próprio e com tudo o que o rodeia, pois acha que não consegue adquirir mais
valor e hábitos melhores para a sua vida e a vida em comunidade; isto visto na
perspetiva de um europeu de classe social média ou daquele que nem está inserido
numa classe social. (Pité, 1997) Para aqueles que se sentem frustrados com a sua
vida medíocre vivem e revivem numa estância alienada à sociedade. (Pité, 1997) A
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vida passa-lhes a correr sem que eles tenham aproveitado o que deviam. Tuiávii
profere com tanta clareza o que acontece em Tiávea, os jovens samoanos que vão
trabalhar no campo, tratar do sustento para a sua sobrevivência, e mesmo a meninas
que vão lavar as suas tangas fazem-no com alegria, cantando sem se preocupar com
o dia de amanhã, pois isso está ao encargo do «Grande Espírito». O europeu vive
com a cara entristecida, cinzenta só porque tem grandes responsabilidades e é
obrigado a fazê-lo. Muito embora o «Grande Espírito» não é isso que pretende.
(Scheurmann, 1920)
Os jornais e o cinema são mais duas grandes alienações, segundo Tuiávii, que o
papalagui acredita serem uma mais-valia para o seu quotidiano. O jornal é a primeira
coisa que o europeu pega quando se levanta. Para Tuiávii é só um monte de papéis
que transmite coisas horríveis e sem interesse para ele, pois para o papalagui é
imprescindível não saber o que se passa no mundo lá fora. Como está a economia no
país X, ou quem morreu no país Y. Tuiávii não vê qualquer interesse saber ou estar
informado sobre tudo o que se passa “lá fora”. (Scheurmann, 1920)
Por outro lado temos o cinema, um lugar escuro, discreto, onde não se pode fazer
barulho, nem fazer movimentos bruscos nem retaliações. O Tuiávii diz que este lugar
é um lugar de mentira, pois o europeu ilude-se demasiado sobre o que passa na tela.
A postura do papalagui neste cenário é de taciturno, como se o que tivesse a ver pode
ser a realidade e ele acredita que, naquele ambiente, tudo lhe é possível. É crente ao
achar que tudo na vida, depois de observar o filme, possa acontecer com ele. (Étienne,
2004) (Scheurmann, 1920)
O conhecimento é algo que todo o papalagui deseja conceber. Tuiávii vê que não é
um aspeto que se considere importante, muito pelo contrário até o repugna. Ele
observou que todo esse conhecimento se agrupa em montes de folhas a que se
denomina de livros. Estes livros escritos por papalaguis que demonstram todo o seu
saber, espalhando o seu conhecimento pelo mundo fora, é para eles uma satisfação.
Tuiávii declara aos seus queridos irmãos que não é agradável ter esse conhecimento,
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pois isso pode-lhes trazer infelicidade, tristeza e ficarem doentes ao ponto de
perderem valor como homens. (Scheurmann, 1920)
No culminar do livro, Tuiávii agradece pelo facto do papalagui ter-lhes transmitido o
Evangelho, ter-lhes mostrado o seu Deus. Os nativos samoanos viviam na escuridão,
não tinham um rumo traçado, algo ou alguém a quem seguir e foi o europeu que lhes
transmitiu os seus valores, crenças, culturas, e mesmo a sua religião. E segundo
Tuiávii, o europeu será sempre bem-vindo às suas terras. (Étienne, 2004)
(Scheurmann, 1920)
Porém, o chefe tem intrinsecamente no seu ventre que o papalagui é uma pessoa que
não poupa esforços para passar a sua mensagem mas não acredita nela, não vai
atrás para demonstrar fisicamente que o que diz também é capaz de fazê-lo em obras.
O chefe Tuiávii proclama tão veemente uma contradição atroz para com o papalagui,
em que este só foi para Samoa para buscar os seus frutos suculentos e mantimentos
que para o papalagui são bons e que lhes traz alegria e prazer. Tuiávii chega a criticar
aqueles que falam de Deus não o fazem da maneira mais correta, tudo lhe parece
superficial. O papalagui admite não ter Deus no seu coração, muito embora tem a luz,
a luz que o ilumina a proclamar, a sair do seu recanto da casa para dizer a mensagem
de Deus. Falta ao papalagui a convicção necessária para o que diz ser também uma
verdade no seu íntimo. É nesta questão que o Tuiávii marca massivamente o europeu.
(Scheurmann, 1920)
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Conclusão
O Papalagui é um livro que despoleta vários conceitos sociais de pouco e grande
relevo. A religião, a solidariedade, a cultura, a socialização, a segregação, o
etnocentrismo, a discriminação, a interação social bem como a integração, a
aculturação, atitude e autoridade. Todos estes conceitos é uma panóplia que
descrevem muito bem o livro, e quem diz estes tem outros tantos mais
“particularizados”, a classe social, a identidade, o grupo, o estatuto social, os padrões
culturais, os valores. E depois pode-se observar os aspetos positivos e negativos dos
europeus, e aqui presenteia-se o conformismo social, o conflito, o seguir a norma, a
obtenção do poder, à mudança social, a subcultura, a divisão do trabalho.
Na minha opinião é um livro interessante que foca alguns aspetos que deveríamos
considerar no dia-a-dia de cada um. Por exemplo, não andar tão preocupado com a
profissão e deixar que a vida corra como um rio e aproveitar, sempre que possível o
bem-estar com os amigos e família, passear sem se preocupar se amanhã morrerá.
E uma das coisas que me chamou atenção foi o facto de que o europeu, que tudo
paga para estar a viver naquela terra, a única coisa que pode usufruir sem pagar é a
respiração. É até um pouco caricato se dizer pois até o ar que inspiramos se paga,
nomeadamente pela aquisição da internet, que hoje em dia não vivemos sem ela.
A parte que me intrigou mais, e denota-se nos conceitos de antropomorfismo, valores
e crença, é Tuiávii dizer que nos ocupamos por coisas desnecessárias e que damos
valor a objetos supérfluos, e atividades que para ele não fazem qualquer sentido. Á
que perceber que se está em ambientes completamente diferentes, e posso estar a
negligenciar o “saber” do chefe Tuiávii, mas ele teria que entender que para os
europeus a vida faz sentido sendo assim, uma vida ocupada com a profissão, com a
família, com a sociedade em geral, o cinema, os cafés, as redes sociais, a busca pelo
conhecimento; e neste aspeto é mais para procurar adquiri-lo o mais que conseguir
para poder transmiti-lo.
Para finalizar e não discriminando de todo o chefe samoano tem de se procurar
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entender as razões pelo qual ele profere tais palavras. Em alguns casos ele tem tiro
certeiro e explana assuntos com uma naturalidade estonteante, sem medo de que
possa ser criticado. Em outros casos consegue ser rude ao ponto de dizer “europeus
o que é que estão aqui a fazer?”, a vossa vida não apresenta o que vieste transmitir
ao povo samoano.
Referência bibliográfica
Étienne, Jean e tal (2004); Dicionário de Sociologia; Lisboa, Plátano Editora
Pité, Jorge (1997); Dicionário breve de Sociologia; Lisboa, Editorial Presença
Scheurmann, E. (1920). O Papalagui - comentários de tuiávii, chefe de tribo de
tiavéa, nos mares do sul (L. N. Jorge, Trans.). Lisboa: Edições Antígona.