Durante a Primeira Guerra Mundial, Hans deve sua vida ao seu amigo judeu Erik que o ensinou a tocar acordeão. Anos depois, quando o filho de Erik, Max, precisa de ajuda para fugir da perseguição nazista, ele recorre a Hans em busca de abrigo, cumprindo assim a promessa que Hans havia feito à mãe de Erik de ajudá-los caso precisassem. Apesar do grande risco, Hans esconde Max em seu porão.
Amizade entre soldados salva vida de judeu na 2a Guerra
1.
2. Foi durante a Primeira Grande Guerra.
Eles eram jovens e a amizade que os
unia tinha a ver com alguns momentos
de lazer, de música e, sobretudo, de
sobrevivência.
3. Ele não poderia esquecer que devia
sua vida a um judeu alemão
chamado Erik.
Um ano mais velho que ele próprio,
Erik ensinou Hans a tocar acordeão.
4. Certo dia, o sargento entrou no alojamento
perguntando quem tinha letra bonita.
O capitão precisava que
fossem escritas umas 12 cartas. Ele estava com
reumatismo ou artrite ou algo parecido e não
podia escrevê-las.
5. Ninguém se voluntariou. Erik, no
entanto, resolveu indicar o amigo. Falou
que ele tinha caligrafia impecável.
6. Em verdade, a capacidade de redação
de Hans era reduzida. Mas ele escreveu
as cartas, enquanto o restante dos
homens entrava em combate.
7. Nenhum deles voltou.
O corpo de Erik foi
encontrado em vários
pedaços, numa colina
cheia de relva.
Hans guardou o acordeão
do amigo e o levou
consigo, durante toda a
guerra.
8. Ao regressar para casa,
localizou a família de Erik
para devolver o instrumento.
A viúva não o quis. Olhar para
o instrumento musical lhe
trazia memórias ainda mais
nítidas do tempo em que ela e
o marido davam aulas de
música.
9. Hans tocou para ela,
enquanto ela chorava, em
silêncio.
Num papel, Hans escreveu
seu nome e endereço.
Sou pintor profissional.
Pinto seu apartamento de
graça, quando a senhora
quiser.
10. Hans se foi, logo após descobrir que Erik deixara um
filho pequeno de nome Max.
Mais de 20 anos se passaram. Com a chegada da
Segunda Guerra Mundial e a perseguição aos judeus,
Max foi ocultado em um depósito por meses a fio, por
um amigo alemão.
11. Contudo, o perigo aumentava dia a dia. Era preciso sair dali.
Max lembrou de Hans, o amigo de seu pai. E da promessa
feita a sua mãe.
Sim, ela nunca precisara da pintura no apartamento. Mas ele
precisava de um abrigo.
12. Um contato foi enviado ao endereço de Hans.
Semanas depois, veio a informação: Hans ainda
tocava acordeão, o do pai de Max.
13. Não era filiado ao Partido Nazista.
Era pobre, casado e tinha uma
criança. Importante: ele lhe mandara
um livro. Na capa interna, uma
chave. A chave de sua casa.
14. Assim, nas primeiras horas de uma
madrugada silenciosa, na pátria do
nazismo, um jovem judeu chegou à casa
de Hans.
Colocou a chave na fechadura, entrou
na cozinha.
15. Hans despertou. Desceu os degraus, no
escuro.
No escuro encontrou o jovem fugitivo.
Fez-lhe café para aquecê-lo.
Depois, o escondeu no porão.
16. Era uma situação aflitiva.
Assustadoramente aflitiva.
Se Hans e a esposa fossem apanhados
dando abrigo a um judeu, seriam presos,
condenados, talvez mortos.
17. Nunca mais veriam a criança...
Mas Hans fizera uma promessa.
Devia sua vida ao pai daquele
jovem. Jamais poderia esquecer
isso.
18. Amizade se escreve de muitas formas. Pode se escrever com l, de
lealdade, com g, de gratidão, com c, de coragem.
Mas, principalmente, com a, de amor, sentimento elevado
sempre presente nas almas nobres.
19. FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
FOTOS: INTERNET
AUTOR: LIVRO A MENINA QUE ROUBAVA
DE MARKUS ZUSAK
MÚSICA: ANDRÉ RIEU SECOND WALTZ
DATA : 10 DE NOVEMBRO DE 2014
Repasse sem modificar
Luzia Gabriele
Respeite os
Direitos Autorais
Amizade é mesmo assim...
Uma luz que faz a semente do respeito
crescer dentro de nós.