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AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 601– ANO XIII Nº 20 – 07 de dezembro de 2016
PROJETOS DE VIDA
CAPÍTULO V (In O Sol Poente da Vida; livro no prelo)
Luiz Ferreira da Silva
Ninguém pode ter uma vida salutar sem
estabelecer metas eivadas em projetos.
Quando não os tem não há razão de viver e
se vegeta com desgosto de tudo e, sobretudo,
remoendo o passado e botando culpas nos
outros. E isso está mais presente quando a
pessoa se aposenta. A preocupação com o
que vai fazer dali para frente. Jogar gamão
reunir-se em rodinhas com as mesmas
estórias ou tomar chá pelas tardes? Ou, o que
é pior, ficar em casa aporrinhando a mulher,
tornando-se um velho chato?
Neste caso de ociosidade, os dias são
intermináveis e os anos passam rápidos. Há
que se quebrar tal determinismo, pois em
outras palavras, é o prenúncio da morte, o
famoso “Jesus está chamando”. Isso não
pode acontecer de jeito nenhum e, para
evitar, o segredo é tocando em frente,
conforme a canção do poeta Almir Sater.
Como assim? Deixar a ociosidade e
preencher o tempo adequadamente, variando
apenas o ritmo, num compasso consentâneo
às condições físicas: ler, escrever, ver TV,
ouvir música, andar, passear, exercitar,
plantar, cultivar novas amizades, consertar, e
uma infinidade de tarefas que lhe deem
prazer. Nada impositivo e, tampouco, forçado,
liberando-se dos pesos que teimam em
continuar nos ombros. Outra questão é o
estigma etário que tolhe os projetos. Ah, estou
velho e não dá mais para mim!
Em 1963, com 26 anos, iniciando a minha
vida profissional no Sul da Bahia, presenciei
um grande produtor de cacau, Dr. Gileno
Amado, implantando um seringal aos 80 anos
de idade. Isto me marcou muito em termos de
empreendedorismo, em vista à consciência do
valor do projeto independentemente dos seus
resultados ao alcance do executor,
importando a contribuição alhures.
Aprendi com este grande agricultor e nunca
deixei de ter projetos a executar. Foi dessa
forma que construí, com o estímulo de minha
esposa, Airma, uma casa no Condomínio
Bahama, Barra de São Miguel (Al), alocando
na sala, a seguinte placa: AINDA TEMOS
PROJETOS A EXECUTAR SENÃO A VIDA
NÃO TERIA SENTIDO. ESTA CASA É
EXEMPLO DISSO. LUIZ, 74 E AIRMA, 68.
JUMHO/2011.
Recentemente, com 78 anos, implantei um
mini bosque com espécies da mata atlântica
em um condomínio, com o objetivo de
contribuir na recomposição da mata ciliar do
rio niquim, ademais de preservar espécies em
vias de desaparecimento e servir de uma área
para fins de educação ambiental. Plantei 27
árvores, as quais foram também fincadas na
alma e no coração, de modo a criar um
vínculo de compromisso com elas e, de onde
estiver, permanecer presente, “vivendo”,
trocando energias com aquele fito-ambiente.
Isso me gratifica e valoriza a minha ação.
Por outro lado, a leitura e a escrita são
ingredientes importantes em quaisquer faixas
etárias, notadamente quando se dispões de
tempo, como é o caso dos aposentados e
pensionistas. Valho-me dessa alternativa e
me engrandeço nos meus limites produtivos,
exercitando tal prática. Ela preenche a alma e
alimenta a caixa preta do conhecimento.
Ao completar 65 anos, aposentei-me pela
segunda vez, A primeira, com 55 anos,
cortando o vínculo institucional. A segunda,
encerrando as atividades de consultorias pós-
inatividade, pendurando o trado (instrumento
que coleta solos) de vez, passando a mirar
outro horizonte de vida. E me veio a ideia de
engatinhar no ramo da literatura, aproveitando
a experiência da escrita técnica.
Nesses 15 anos, incluindo este, publiquei 15
livros. Dessa forma, o tempo vai passando,
mas deixando um rastro de bons proveitos,
cumprindo a minha cota de utilidade para a
sociedade. E, para encerrar, um lembrete aos
que só tem “conversas”: ter sonhos é muito
bom, mas sem ação é simplesmente delírios.
COMO O CONSUMIDOR BRASILEIRO É BOBO!
Marcelo Câmara
(In www.blogcamara.blogspot.com.br)
Todos nós somos enganados no comércio,
todos os dias. Não falemos nem de falsas
promoções, publicidades enganosas. Mas
somente da rotina nas compras, cotidianas,
normais, regulares. São engodos, trapaças,
mentiras, armadilhas, truques, mágicas,
crônicas e epidêmicas, institucionalizadas
pelo mercado, recepcionadas pela mídia, das
quais somos vítimas. São preços de boa-fé,
nos quais acreditamos, crentes de que
estamos pagando mais barato, “levando
vantagens”. Mas, na verdade, estamos sendo
ludibriados. Alguns exemplos:
OS FAMOSOS “DESCONTOS” DAS
FARMÁCIAS E DROGARIAS – A ANVISA –
Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
órgão do organograma do Ministério da
Saúde – e, aqui lembremos Ariano Suassuna
no clássico Auto da Compadecida, quando
Jesus, no personagem negro Manuel, diz que
o inferno está perto de virar “repartição
pública, que existe, mas não funciona” – a
ANVISA, repito, não tabela os preços dos
medicamentos. É uma prática que, em tese,
incentiva a livre concorrência, própria do
capitalismo, e beneficia o consumidor. Mas a
ANVISA estabelece o preço máximo a ser
cobrado ao consumidor final. Pois bem. Ao
comprar um medicamento em qualquer
farmácia ou drogaria do País, quando você
manifesta a sua surpresa ou indignação pelo
preço cobrado, o balconista ou até mesmo o
gerente, pago para dizer isto, “esclarece”:
“Nós já estamos dando um desconto de tanto,
não podemos dar mais. O preço é X, mas a
mercadoria, para o senhor (ou para a
senhora) , é Y, tantos por cento mais barato,
um desconto que fazemos para os nossos
clientes...” MENTIRA, EMBUSTE, CRIME
CONTRA O CONSUMIDOR”. O preço X, do
qual fala o funcionário, é O PREÇO DA
EMPRESA DIANTE O PREÇO MÁXIMO DA
ANVISA, NÃO HÁ DESCONTO ALGUM.
PURA FRAUDE! Essa empresa pratica o
preço X. A outra, o preço W. A terceira, o
preço K... e assim por diante. Não existe
desconto algum, mas somente o
estabelecimento de um preço praticado pela
empresa, compulsoriamente abaixo do preço
máximo fixado pela ANVISA. Se houver
“desconto” será a diminuição em alguma
percentagem sobre o valor do preço da
empresa. Só conheço duas redes nacionais
de drogarias, em cujas lojas, os gerentes
estão autorizados a dar um real desconto
para o consumidor, isto é, abater sobre o
preço da empresa, um, dois, três, até cinco
por cento. Portanto, NÃO ACREDITE EM
“DESCONTO”. NÃO HÁ DESCONTO
ALGUM. O QUE HÁ É O PREÇO DA
EMPRESA. E PONTO FINAL.
“CHOCOLATE DE GRAMADO”, DE
OUTROS LUGARES, ARTESANAIS,
CASEIROS – Mentira. Pura fraude
publicitária. A bela cidade gaúcha de
Gramado, nunca fabricou chocolates. Nem
outras, especialmente do Sudeste e Sul,
cantadas em prosa e verso, como alternativas
às grandes marcas que estão no mercado. O
que se faz na Serra Gaúcha é uma
CONFEITARIA DE CHOCOLATE, sobre um
produto acabado, comprado das indústrias
que, efetivamente, fabricam chocolate: as
paulistas Nestlé, Mondelez (Lacta), Hershey´s
Brasil (Bauduco e Visconti) e Pan; a mineira
Kopenhagen; a gaúcha Neugebauer (a
primeira fábrica de chocolates do Brasil, de
1891); as capixabas Garoto e Vitória; a baiana
Chocolate Caseiro Ilhéus, entre outras
poucas. E por que “poucas”? Porque nem
todas as indústrias de chocolate produzem e
podem fornecer chocolates como matéria-
prima às imponderáveis linhas de confeitarias
de chocolate. Isto é, fornecer chocolate em
grandes barras ou tijolos meio-amargos ou
“brancos”, ou chocolate em pó ou líquido
(licores, flavours) que servirão de base a
inúmeros produtos. Por que escrevo brancos
entre aspas? Porque o “chocolate branco”, na
verdade, não é chocolate, pois não possui
cacau na sua formulação, na sua receita.
Saudades da carioca Bhering e da paulistana
Sönksen, ambas desaparecidas, que
produziam chocolates de alta qualidade:
pureza, equilíbrio, delícias.
A princípio, é necessário saber que o
chocolate nasceu entre os Astecas, e, por
extensão, feito e consumido também pelos
Maias, em tempos pré-colombianos, e,
inicialmente, era uma bebida, exatamente o
que a palavra asteca denominava: xocoatl,
tradução: “bebida amarga”. O cacau
(cacaualtl) é uma riqueza nativa da Amazônia,
do Brasil, que os índios nômades e o jupará
ou “macaco da meia-noite”, um bichinho
semelhante a um esquilo, após chupar as
sementes dos frutos que caíam no solo das
florestas, fizeram com que a riqueza
chegasse até o México, atravessando toda a
América Central. Cultivo tropical perene, a
tradição, a Cultura Popular diz que o
cacaueiro, a árvore do cacau, que foi “a
árvore da vida” na civilização asteca, é
delicada e generosa como um grande amor e
a mulher amada: “Se bem cuidada, bem
tratada, bem cultivada, ela estará sempre
bela, frondosa, generosa, dá bons e doces
frutos eternamente”. Entre os astecas, as
amêndoas de cacau eram moedas. O
chocolate era preparado com água, pimenta-
da-jamaica, mel e baunilha. No século XVII,
os espanhóis trocaram o mel pelo açúcar; no
século seguinte, os holandeses criaram o
chocolate sólido, em barras; e no século XIX,
os suíços adicionaram leite ao chocolate.
Das amêndoas, diretamente, não é feito o
chocolate, “o alimento mais completo que
existe”, que foi o alimento dos norte-
americanos nas duas grandes guerras, tem
sido o farnel dos astronautas e dos atletas em
todas as Olimpíadas. O caminho do fruto ao
chocolate é longo, artesanal, trabalhoso,
sofisticado, exige ciência, técnica, percorre
várias fases, que podem ser resumidas, no
universo rural, na colheita, fermentação e
secagem das amêndoas. Elas são
processadas, beneficiadas, nas próprias
fazendas pelos cacauicultores. Depois de
colhidos nas lavouras, nos cacauais, os frutos
dourados dos cacaueiros (theobroma cacao =
“alimento dos deuses”, na denominação
científica do sueco Linnaeus), são quebrados,
as sementes, retiradas manualmente e a
polpa que as envolve serve para preparação
de doces, geléias, refrescos, sorvetes, ou
fornecida ao gado, misturada à ração. Em
seguida, as amêndoas passam pelo processo
de fermentação, fase fundamental para
definição do aroma e sabor do cacau,
matéria-prima do chocolate. A secagem ideal
das amêndoas, outra fase importantíssima do
beneficiamento, deve ser feita ao sol,
extirpados fungos e insetos, também retiradas
cascas e excessos com o pisoteio a pés
descalços pelos trabalhadores, dois
processos efetivados em “barcaças”, grandes
planos de madeira com tetos móveis sobre
trilhos para protegê-las das chuvas. Ao final
do beneficiamento, as amêndoas são
armazenadas, acondicionadas em sacos de
cinco arrobas cada (60 kg).
Antes de seguirem direto aos portos para
embarque e exportação, ou destinadas às
indústrias de cacau, amostras das amêndoas
são levadas à classificação, postas em
categorias de acordo com a sua pureza
natural, consistência, forma, cor, peso médio
e aroma, por órgãos oficiais ou credenciados.
Nas indústrias, setor de alta complexidade e
especialização de grandes plantas, máquinas
e equipamentos, as amêndoas passam pela
torra, moagem e prensagem e são
transformadas nos derivados do cacau: pasta
ou massa de cacau, primeiro e principal
produto, um “cacau integral” ou “líquor”;
manteiga de cacau (gordura do cacau),
extraída da prensagem da pasta; torta de
cacau, blocos do que restou da massa
prensada, que retém, ainda, trinta por cento
de manteiga; e o pó de cacau, que é a torta
pulverizada.
Com esses derivados a sofisticada indústria
chocolateira, também altamente especializada
em equipamentos, pessoal, donas de receitas
exclusivas, algumas centenárias, com
segredos industriais milionários etc., fabrica
as várias linhas de chocolate (sólidos, em pó
e líquidos) e os inúmeros chocolates, nas
suas variadas formas, sabores, composições
e texturas. Assim, basicamente, o chocolate
negro é resultado da mistura da massa de
cacau, da manteiga de cacau, do leite e do
açúcar; o “chocolate” branco, apenas
manteiga de cacau, leite e açúcar; a torta e o
pó de cacau são matérias-primas para uma
infinidade de chocolates sólidos e
líquidos,flavours, achocolatados etc.
COMPOSIÇÃO DO CHOCOLATE - Os
chocolates de primeira linha (Godiva, belga,
por exemplo; os chocolates alemães,
franceses, ingleses e do leste europeu) são
resultado de umblend, composto de “cacau
Bahia” (originário do Sul da Bahia, aonde
chegou em 1746, vindo do Pará), cacau da
África ou cacau da Amazônia (ambos com
grande teor de gordura) e o “cacau fino do
Equador”, fruto de uma cepa nativa, existente
também na Venezuela, Colômbia e alguns
países caribenhos, de uma árvore ainda mais
delicada e vulnerável que o cacaueiro nativo,
tradicional. Os chocolates de segunda e
terceira linha usam, além de muito açúcar,
excessiva quantidade de gorduras vegetais
em substituição à manteiga de cacau,
ingrediente nobre na formulação do bom
chocolate. A leguminosa algaroba, natural do
Peru, existente em regiões áridas, inclusive
no Nordeste brasileiro, tem sido usada por
alguns países (Israel é um exemplo), na
tentativa de transformá-la em sucedâneo do
cacau na fabricação do “chocolate”. Sem
êxito, pois, apesar de alguns traços similares,
não consegue tomar o lugar do prestigioso
alimento.
Existem fábricas de chocolate em Gramado,
Canela, Petrópolis, Itatiaia, Itaipava, Nova
Friburgo, Poços de Caldas, Campos do
Jordão e outras cidades turísticas, geralmente
serranas ou estações d’água? Claro que não.
O que existe nesses lugares são confeitarias
de chocolate e lojas de chocolate. Mas,
perguntariam alguns: quer dizer que não
existe “chocolate caseiro” em lugar nenhum?
Claro que sim. Mas são indústrias
domésticas, pequenas, mínimas, nas
fazendas, nas cidades das regiões produtoras
da Bahia, Espírito Santo e Amazônia, que
fabricam produtos realmente caseiros, isto é,
singelos, sem nenhum grau de sofisticação
quanto a sabor ou sabores, praticamente
massa de cacau integral, amêndoas sem
peles, trituradas, torradas e moídas (chocolate
amargo), depois misturadas ao leite e ao
açúcar. Ou licores de cacau, que é o
chocolate puro na sua forma líquida, acima de
35 graus. A exceção é o Chocolate Caseiro
Ilhéus, da cidade do mesmo nome na Bahia,
que, adotando o empirismo centenário do
chocolate doméstico feito na maior região
produtora do País, alia a ele alta tecnologia na
fabricação de produtos.
O que essas confeitarias de Gramado e suas
congêneres fazem é, após derreter os
chocolates, e usando, às vezes, também o
cacau em pó, desenham e esculpem, criam
formas e figuras que se transformam em
produtos, definindo inclusive texturas. Aos
chocolates meio-amargos comprados dos
grandes chocolateiros adicionam e/ou
misturam cereais, frutas, biscoitos, doces,
balas, confeitos. Armazenam licores e outras
bebidas alcoólicas em garrafinhas de
chocolate etc.
O ALIMENTO MAIS COMPLETO – Portanto,
ao comprar um chocolate, que não seja um
Kopenhagen, o melhor do país, ou um
Neugebauer, da linha 1891, por exemplo,
outra marca de excelência e qualidade, ou um
Chocolate Caseiro Ilhéus – leia, na
embalagem, a composição do produto, atente
para as proporções de açúcar e de gorduras
de soja e de outros vegetais. Prefira os
produtos onde prevaleçam os derivados de
cacau, o leite, os mínimos teores de açúcar e,
baixos teores, de outras gorduras estranhas
ao cacau. Se é saudável consumir os meio-
amargos, por possuir menos açúcar,
especialmente os diets, por outro lado, às
vezes, essa redução é compensada pelo alto
teor de gorduras. Os lights diminuem
porcentagem de açúcar e gorduras, mas
atente se a manteiga de cacau e os demais
derivados (pasta/massa ou torta ou pó) estão
presentes e se você não está ingerindo
muitas gorduras vegetais hidrogenadas
(gorduras trans). Por outro lado, não exagere,
em uma única vez, no consumo da moda: alta
quantidade de cacau, 50%, 60%, 70% em
cada barra. O organismo pode reclamar.
O cacau é um alimento riquíssimo em
nutrientes, muito denso, forte, contem:
magnésio (mais que qualquer outro alimento),
ferro (importantíssimo no nosso organismo),
cromo (que balanceia o açúcar no sangue),
anandamida (endorfina da felicidade,
fabricada naturalmente pelo corpo humano,
somente encontrada no cacau), theobromina
(bactericida que elimina cáries dentárias),
antioxidantes (o cacau é o alimento que
contém a maior concentração no mundo),
manganês (ajuda o ferro na oxigenação do
sangue), zinco (fundamental no nosso
sistema imunológico, fígado, pâncreas e
pele), cobre (essencial ao sangue), vitamina C
(o cacau supre em mais de 20 por cento as
necessidades do organismo), feniletilamina
(PEA, encontrado no cacau cru, produzido
pelo nosso corpo quando nos apaixonamos e
também importante para a nossa atenção) e
serotonina, principal neurotransmissor do
corpo humano.
Já o chocolate, primogênito do cacau,
misturado ao leite e ao açúcar, contem mais
de trezentas substâncias químicas que nos
proporcionam prazer, bem-estar, nos
fornecem concentração mental e energia.
Além da maioria dos elementos encontrados
no fruto cru e nas amêndoas beneficiadas,
como escrevi acima, o chocolate, contem,
ainda, os minerais: potássio, cloro, fósforo,
cálcio e sódio, e as vitaminas A, B1, B2, B2,
B3 e E.
O consumo per capita de chocolate no Brasil
é de apenas 2,5kg por ano, um dos mais
baixos do mundo, inferiores aos de todos os
países das três Américas. Em todo o mundo,
o chocolate é considerado um alimento,
normalmente consumido numa pequena
quantidade, uma barrinha após as refeições.
Aqui, para nós, ele é uma “guloseima”, um
supérfluo. Só comemos chocolate na Páscoa,
Dia dos Namorados e Natal. E muito,
exageradamente. Na década de 1980, minutei
projeto no Congresso Nacional para
introdução do “chocolate em pó” na merenda
escolar e nos farnéis das Forças Armadas.
Indefinidos e dissimulados lobbies
conseguiram o arquivo da propositura.
Também idealizei proposta legislativa para a
fixação compulsória do prazo para consumo
de qualquer chocolate ou achocolatado. O
governo federal de então, sabedor da nossa
intenção, felizmente, foi sensato e, mais
rápido que o processo legislativo, normatizou
a perecibilidade do produto. Hoje qualquer
barrinha ou bala de chocolate traz as datas de
fabricação e vencimento para consumo.
Como vimos, o chocolate é um alimento muito
forte, rico em nutrientes e digerido em
quantidade pode em exagero ser laxante.
Lembremos da nossa infância, do Licor de
Cacau Xavier contra as constipações
intestinais. Prove, além dos nacionais que
recomendei acima, as barras com o máximo
de 50% de cacau, meio-amargas, importados
do Equador, que há alguns anos lotaram, com
preços baixos, as gôndolas dos
supermercados. Agora, andam meio sumidos.
Chocolate com formulação bem equilibrada e
com gosto de cacau.
A POESIA DA SEMANA
RELÓGIO DOS PALMARES
Nenita Madeiro Campos
Recordo-me que, em tempos não distantes,
Teus ponteiros corriam velozmente.
E marcavas as horas inconstantes,
Orientando, assim, a nossa Gente!
Hoje, porém, os dias ofegantes,
De trabalhos e de luta inclemente
Passam... Voam... Sem que nestes instantes,
Estejas a guiar a nossa gente!
Que destino cruel e que pesares,
Foram os teus “Relógio dos Palmares”
“Condenando-te a ti, pobre inocente”!
A viver para nunca mais marcar,
Dias que se sucedem sem parar.
A viveres parado eternamente!
A PIADA DA SEMANA
O marido decide mudar de atitude. Chega em
casa todo machão e ordena: – Eu quero que
você prepare uma refeição dos deuses para o
jantar e quando eu terminar espero uma
sobremesa divina. Depois do jantar você vai me
fazer um whisky e preparar um banho porque eu
preciso relaxar. E tem mais: Quando eu terminar
o banho, adivinha quem vai me vestir e me
pentear? – O homem da funerária… Respondeu
placidamente a esposa..
oOo
Acessar: www.r2cpress.com.br

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  • 1. AGRISSÊNIOR NOTICIAS Pasquim informativo e virtual. Opiniões, humor e mensagens EDITORES: Luiz Ferreira da Silva (luizferreira1937@gmail.com) e Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com) Edição 601– ANO XIII Nº 20 – 07 de dezembro de 2016 PROJETOS DE VIDA CAPÍTULO V (In O Sol Poente da Vida; livro no prelo) Luiz Ferreira da Silva Ninguém pode ter uma vida salutar sem estabelecer metas eivadas em projetos. Quando não os tem não há razão de viver e se vegeta com desgosto de tudo e, sobretudo, remoendo o passado e botando culpas nos outros. E isso está mais presente quando a pessoa se aposenta. A preocupação com o que vai fazer dali para frente. Jogar gamão reunir-se em rodinhas com as mesmas estórias ou tomar chá pelas tardes? Ou, o que é pior, ficar em casa aporrinhando a mulher, tornando-se um velho chato? Neste caso de ociosidade, os dias são intermináveis e os anos passam rápidos. Há que se quebrar tal determinismo, pois em outras palavras, é o prenúncio da morte, o famoso “Jesus está chamando”. Isso não pode acontecer de jeito nenhum e, para evitar, o segredo é tocando em frente, conforme a canção do poeta Almir Sater. Como assim? Deixar a ociosidade e preencher o tempo adequadamente, variando apenas o ritmo, num compasso consentâneo às condições físicas: ler, escrever, ver TV, ouvir música, andar, passear, exercitar, plantar, cultivar novas amizades, consertar, e uma infinidade de tarefas que lhe deem prazer. Nada impositivo e, tampouco, forçado, liberando-se dos pesos que teimam em continuar nos ombros. Outra questão é o estigma etário que tolhe os projetos. Ah, estou velho e não dá mais para mim! Em 1963, com 26 anos, iniciando a minha vida profissional no Sul da Bahia, presenciei um grande produtor de cacau, Dr. Gileno Amado, implantando um seringal aos 80 anos de idade. Isto me marcou muito em termos de empreendedorismo, em vista à consciência do valor do projeto independentemente dos seus resultados ao alcance do executor, importando a contribuição alhures. Aprendi com este grande agricultor e nunca deixei de ter projetos a executar. Foi dessa forma que construí, com o estímulo de minha esposa, Airma, uma casa no Condomínio Bahama, Barra de São Miguel (Al), alocando na sala, a seguinte placa: AINDA TEMOS PROJETOS A EXECUTAR SENÃO A VIDA NÃO TERIA SENTIDO. ESTA CASA É EXEMPLO DISSO. LUIZ, 74 E AIRMA, 68. JUMHO/2011. Recentemente, com 78 anos, implantei um mini bosque com espécies da mata atlântica em um condomínio, com o objetivo de contribuir na recomposição da mata ciliar do rio niquim, ademais de preservar espécies em vias de desaparecimento e servir de uma área para fins de educação ambiental. Plantei 27 árvores, as quais foram também fincadas na alma e no coração, de modo a criar um vínculo de compromisso com elas e, de onde estiver, permanecer presente, “vivendo”, trocando energias com aquele fito-ambiente. Isso me gratifica e valoriza a minha ação. Por outro lado, a leitura e a escrita são ingredientes importantes em quaisquer faixas etárias, notadamente quando se dispões de tempo, como é o caso dos aposentados e pensionistas. Valho-me dessa alternativa e me engrandeço nos meus limites produtivos,
  • 2. exercitando tal prática. Ela preenche a alma e alimenta a caixa preta do conhecimento. Ao completar 65 anos, aposentei-me pela segunda vez, A primeira, com 55 anos, cortando o vínculo institucional. A segunda, encerrando as atividades de consultorias pós- inatividade, pendurando o trado (instrumento que coleta solos) de vez, passando a mirar outro horizonte de vida. E me veio a ideia de engatinhar no ramo da literatura, aproveitando a experiência da escrita técnica. Nesses 15 anos, incluindo este, publiquei 15 livros. Dessa forma, o tempo vai passando, mas deixando um rastro de bons proveitos, cumprindo a minha cota de utilidade para a sociedade. E, para encerrar, um lembrete aos que só tem “conversas”: ter sonhos é muito bom, mas sem ação é simplesmente delírios. COMO O CONSUMIDOR BRASILEIRO É BOBO! Marcelo Câmara (In www.blogcamara.blogspot.com.br) Todos nós somos enganados no comércio, todos os dias. Não falemos nem de falsas promoções, publicidades enganosas. Mas somente da rotina nas compras, cotidianas, normais, regulares. São engodos, trapaças, mentiras, armadilhas, truques, mágicas, crônicas e epidêmicas, institucionalizadas pelo mercado, recepcionadas pela mídia, das quais somos vítimas. São preços de boa-fé, nos quais acreditamos, crentes de que estamos pagando mais barato, “levando vantagens”. Mas, na verdade, estamos sendo ludibriados. Alguns exemplos: OS FAMOSOS “DESCONTOS” DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS – A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – órgão do organograma do Ministério da Saúde – e, aqui lembremos Ariano Suassuna no clássico Auto da Compadecida, quando Jesus, no personagem negro Manuel, diz que o inferno está perto de virar “repartição pública, que existe, mas não funciona” – a ANVISA, repito, não tabela os preços dos medicamentos. É uma prática que, em tese, incentiva a livre concorrência, própria do capitalismo, e beneficia o consumidor. Mas a ANVISA estabelece o preço máximo a ser cobrado ao consumidor final. Pois bem. Ao comprar um medicamento em qualquer farmácia ou drogaria do País, quando você manifesta a sua surpresa ou indignação pelo preço cobrado, o balconista ou até mesmo o gerente, pago para dizer isto, “esclarece”: “Nós já estamos dando um desconto de tanto, não podemos dar mais. O preço é X, mas a mercadoria, para o senhor (ou para a senhora) , é Y, tantos por cento mais barato, um desconto que fazemos para os nossos clientes...” MENTIRA, EMBUSTE, CRIME CONTRA O CONSUMIDOR”. O preço X, do qual fala o funcionário, é O PREÇO DA EMPRESA DIANTE O PREÇO MÁXIMO DA ANVISA, NÃO HÁ DESCONTO ALGUM. PURA FRAUDE! Essa empresa pratica o preço X. A outra, o preço W. A terceira, o preço K... e assim por diante. Não existe desconto algum, mas somente o estabelecimento de um preço praticado pela empresa, compulsoriamente abaixo do preço máximo fixado pela ANVISA. Se houver “desconto” será a diminuição em alguma percentagem sobre o valor do preço da empresa. Só conheço duas redes nacionais de drogarias, em cujas lojas, os gerentes estão autorizados a dar um real desconto para o consumidor, isto é, abater sobre o preço da empresa, um, dois, três, até cinco por cento. Portanto, NÃO ACREDITE EM “DESCONTO”. NÃO HÁ DESCONTO ALGUM. O QUE HÁ É O PREÇO DA EMPRESA. E PONTO FINAL. “CHOCOLATE DE GRAMADO”, DE OUTROS LUGARES, ARTESANAIS, CASEIROS – Mentira. Pura fraude publicitária. A bela cidade gaúcha de Gramado, nunca fabricou chocolates. Nem outras, especialmente do Sudeste e Sul, cantadas em prosa e verso, como alternativas às grandes marcas que estão no mercado. O que se faz na Serra Gaúcha é uma CONFEITARIA DE CHOCOLATE, sobre um produto acabado, comprado das indústrias que, efetivamente, fabricam chocolate: as paulistas Nestlé, Mondelez (Lacta), Hershey´s Brasil (Bauduco e Visconti) e Pan; a mineira Kopenhagen; a gaúcha Neugebauer (a primeira fábrica de chocolates do Brasil, de 1891); as capixabas Garoto e Vitória; a baiana Chocolate Caseiro Ilhéus, entre outras poucas. E por que “poucas”? Porque nem
  • 3. todas as indústrias de chocolate produzem e podem fornecer chocolates como matéria- prima às imponderáveis linhas de confeitarias de chocolate. Isto é, fornecer chocolate em grandes barras ou tijolos meio-amargos ou “brancos”, ou chocolate em pó ou líquido (licores, flavours) que servirão de base a inúmeros produtos. Por que escrevo brancos entre aspas? Porque o “chocolate branco”, na verdade, não é chocolate, pois não possui cacau na sua formulação, na sua receita. Saudades da carioca Bhering e da paulistana Sönksen, ambas desaparecidas, que produziam chocolates de alta qualidade: pureza, equilíbrio, delícias. A princípio, é necessário saber que o chocolate nasceu entre os Astecas, e, por extensão, feito e consumido também pelos Maias, em tempos pré-colombianos, e, inicialmente, era uma bebida, exatamente o que a palavra asteca denominava: xocoatl, tradução: “bebida amarga”. O cacau (cacaualtl) é uma riqueza nativa da Amazônia, do Brasil, que os índios nômades e o jupará ou “macaco da meia-noite”, um bichinho semelhante a um esquilo, após chupar as sementes dos frutos que caíam no solo das florestas, fizeram com que a riqueza chegasse até o México, atravessando toda a América Central. Cultivo tropical perene, a tradição, a Cultura Popular diz que o cacaueiro, a árvore do cacau, que foi “a árvore da vida” na civilização asteca, é delicada e generosa como um grande amor e a mulher amada: “Se bem cuidada, bem tratada, bem cultivada, ela estará sempre bela, frondosa, generosa, dá bons e doces frutos eternamente”. Entre os astecas, as amêndoas de cacau eram moedas. O chocolate era preparado com água, pimenta- da-jamaica, mel e baunilha. No século XVII, os espanhóis trocaram o mel pelo açúcar; no século seguinte, os holandeses criaram o chocolate sólido, em barras; e no século XIX, os suíços adicionaram leite ao chocolate. Das amêndoas, diretamente, não é feito o chocolate, “o alimento mais completo que existe”, que foi o alimento dos norte- americanos nas duas grandes guerras, tem sido o farnel dos astronautas e dos atletas em todas as Olimpíadas. O caminho do fruto ao chocolate é longo, artesanal, trabalhoso, sofisticado, exige ciência, técnica, percorre várias fases, que podem ser resumidas, no universo rural, na colheita, fermentação e secagem das amêndoas. Elas são processadas, beneficiadas, nas próprias fazendas pelos cacauicultores. Depois de colhidos nas lavouras, nos cacauais, os frutos dourados dos cacaueiros (theobroma cacao = “alimento dos deuses”, na denominação científica do sueco Linnaeus), são quebrados, as sementes, retiradas manualmente e a polpa que as envolve serve para preparação de doces, geléias, refrescos, sorvetes, ou fornecida ao gado, misturada à ração. Em seguida, as amêndoas passam pelo processo de fermentação, fase fundamental para definição do aroma e sabor do cacau, matéria-prima do chocolate. A secagem ideal das amêndoas, outra fase importantíssima do beneficiamento, deve ser feita ao sol, extirpados fungos e insetos, também retiradas cascas e excessos com o pisoteio a pés descalços pelos trabalhadores, dois processos efetivados em “barcaças”, grandes planos de madeira com tetos móveis sobre trilhos para protegê-las das chuvas. Ao final do beneficiamento, as amêndoas são armazenadas, acondicionadas em sacos de cinco arrobas cada (60 kg). Antes de seguirem direto aos portos para embarque e exportação, ou destinadas às indústrias de cacau, amostras das amêndoas são levadas à classificação, postas em categorias de acordo com a sua pureza natural, consistência, forma, cor, peso médio e aroma, por órgãos oficiais ou credenciados. Nas indústrias, setor de alta complexidade e especialização de grandes plantas, máquinas e equipamentos, as amêndoas passam pela torra, moagem e prensagem e são transformadas nos derivados do cacau: pasta ou massa de cacau, primeiro e principal produto, um “cacau integral” ou “líquor”; manteiga de cacau (gordura do cacau), extraída da prensagem da pasta; torta de cacau, blocos do que restou da massa prensada, que retém, ainda, trinta por cento de manteiga; e o pó de cacau, que é a torta pulverizada. Com esses derivados a sofisticada indústria chocolateira, também altamente especializada em equipamentos, pessoal, donas de receitas exclusivas, algumas centenárias, com segredos industriais milionários etc., fabrica as várias linhas de chocolate (sólidos, em pó e líquidos) e os inúmeros chocolates, nas suas variadas formas, sabores, composições e texturas. Assim, basicamente, o chocolate
  • 4. negro é resultado da mistura da massa de cacau, da manteiga de cacau, do leite e do açúcar; o “chocolate” branco, apenas manteiga de cacau, leite e açúcar; a torta e o pó de cacau são matérias-primas para uma infinidade de chocolates sólidos e líquidos,flavours, achocolatados etc. COMPOSIÇÃO DO CHOCOLATE - Os chocolates de primeira linha (Godiva, belga, por exemplo; os chocolates alemães, franceses, ingleses e do leste europeu) são resultado de umblend, composto de “cacau Bahia” (originário do Sul da Bahia, aonde chegou em 1746, vindo do Pará), cacau da África ou cacau da Amazônia (ambos com grande teor de gordura) e o “cacau fino do Equador”, fruto de uma cepa nativa, existente também na Venezuela, Colômbia e alguns países caribenhos, de uma árvore ainda mais delicada e vulnerável que o cacaueiro nativo, tradicional. Os chocolates de segunda e terceira linha usam, além de muito açúcar, excessiva quantidade de gorduras vegetais em substituição à manteiga de cacau, ingrediente nobre na formulação do bom chocolate. A leguminosa algaroba, natural do Peru, existente em regiões áridas, inclusive no Nordeste brasileiro, tem sido usada por alguns países (Israel é um exemplo), na tentativa de transformá-la em sucedâneo do cacau na fabricação do “chocolate”. Sem êxito, pois, apesar de alguns traços similares, não consegue tomar o lugar do prestigioso alimento. Existem fábricas de chocolate em Gramado, Canela, Petrópolis, Itatiaia, Itaipava, Nova Friburgo, Poços de Caldas, Campos do Jordão e outras cidades turísticas, geralmente serranas ou estações d’água? Claro que não. O que existe nesses lugares são confeitarias de chocolate e lojas de chocolate. Mas, perguntariam alguns: quer dizer que não existe “chocolate caseiro” em lugar nenhum? Claro que sim. Mas são indústrias domésticas, pequenas, mínimas, nas fazendas, nas cidades das regiões produtoras da Bahia, Espírito Santo e Amazônia, que fabricam produtos realmente caseiros, isto é, singelos, sem nenhum grau de sofisticação quanto a sabor ou sabores, praticamente massa de cacau integral, amêndoas sem peles, trituradas, torradas e moídas (chocolate amargo), depois misturadas ao leite e ao açúcar. Ou licores de cacau, que é o chocolate puro na sua forma líquida, acima de 35 graus. A exceção é o Chocolate Caseiro Ilhéus, da cidade do mesmo nome na Bahia, que, adotando o empirismo centenário do chocolate doméstico feito na maior região produtora do País, alia a ele alta tecnologia na fabricação de produtos. O que essas confeitarias de Gramado e suas congêneres fazem é, após derreter os chocolates, e usando, às vezes, também o cacau em pó, desenham e esculpem, criam formas e figuras que se transformam em produtos, definindo inclusive texturas. Aos chocolates meio-amargos comprados dos grandes chocolateiros adicionam e/ou misturam cereais, frutas, biscoitos, doces, balas, confeitos. Armazenam licores e outras bebidas alcoólicas em garrafinhas de chocolate etc. O ALIMENTO MAIS COMPLETO – Portanto, ao comprar um chocolate, que não seja um Kopenhagen, o melhor do país, ou um Neugebauer, da linha 1891, por exemplo, outra marca de excelência e qualidade, ou um Chocolate Caseiro Ilhéus – leia, na embalagem, a composição do produto, atente para as proporções de açúcar e de gorduras de soja e de outros vegetais. Prefira os produtos onde prevaleçam os derivados de cacau, o leite, os mínimos teores de açúcar e, baixos teores, de outras gorduras estranhas ao cacau. Se é saudável consumir os meio- amargos, por possuir menos açúcar, especialmente os diets, por outro lado, às vezes, essa redução é compensada pelo alto teor de gorduras. Os lights diminuem porcentagem de açúcar e gorduras, mas atente se a manteiga de cacau e os demais derivados (pasta/massa ou torta ou pó) estão presentes e se você não está ingerindo muitas gorduras vegetais hidrogenadas (gorduras trans). Por outro lado, não exagere, em uma única vez, no consumo da moda: alta quantidade de cacau, 50%, 60%, 70% em cada barra. O organismo pode reclamar. O cacau é um alimento riquíssimo em nutrientes, muito denso, forte, contem: magnésio (mais que qualquer outro alimento), ferro (importantíssimo no nosso organismo), cromo (que balanceia o açúcar no sangue), anandamida (endorfina da felicidade, fabricada naturalmente pelo corpo humano, somente encontrada no cacau), theobromina (bactericida que elimina cáries dentárias), antioxidantes (o cacau é o alimento que contém a maior concentração no mundo),
  • 5. manganês (ajuda o ferro na oxigenação do sangue), zinco (fundamental no nosso sistema imunológico, fígado, pâncreas e pele), cobre (essencial ao sangue), vitamina C (o cacau supre em mais de 20 por cento as necessidades do organismo), feniletilamina (PEA, encontrado no cacau cru, produzido pelo nosso corpo quando nos apaixonamos e também importante para a nossa atenção) e serotonina, principal neurotransmissor do corpo humano. Já o chocolate, primogênito do cacau, misturado ao leite e ao açúcar, contem mais de trezentas substâncias químicas que nos proporcionam prazer, bem-estar, nos fornecem concentração mental e energia. Além da maioria dos elementos encontrados no fruto cru e nas amêndoas beneficiadas, como escrevi acima, o chocolate, contem, ainda, os minerais: potássio, cloro, fósforo, cálcio e sódio, e as vitaminas A, B1, B2, B2, B3 e E. O consumo per capita de chocolate no Brasil é de apenas 2,5kg por ano, um dos mais baixos do mundo, inferiores aos de todos os países das três Américas. Em todo o mundo, o chocolate é considerado um alimento, normalmente consumido numa pequena quantidade, uma barrinha após as refeições. Aqui, para nós, ele é uma “guloseima”, um supérfluo. Só comemos chocolate na Páscoa, Dia dos Namorados e Natal. E muito, exageradamente. Na década de 1980, minutei projeto no Congresso Nacional para introdução do “chocolate em pó” na merenda escolar e nos farnéis das Forças Armadas. Indefinidos e dissimulados lobbies conseguiram o arquivo da propositura. Também idealizei proposta legislativa para a fixação compulsória do prazo para consumo de qualquer chocolate ou achocolatado. O governo federal de então, sabedor da nossa intenção, felizmente, foi sensato e, mais rápido que o processo legislativo, normatizou a perecibilidade do produto. Hoje qualquer barrinha ou bala de chocolate traz as datas de fabricação e vencimento para consumo. Como vimos, o chocolate é um alimento muito forte, rico em nutrientes e digerido em quantidade pode em exagero ser laxante. Lembremos da nossa infância, do Licor de Cacau Xavier contra as constipações intestinais. Prove, além dos nacionais que recomendei acima, as barras com o máximo de 50% de cacau, meio-amargas, importados do Equador, que há alguns anos lotaram, com preços baixos, as gôndolas dos supermercados. Agora, andam meio sumidos. Chocolate com formulação bem equilibrada e com gosto de cacau. A POESIA DA SEMANA RELÓGIO DOS PALMARES Nenita Madeiro Campos Recordo-me que, em tempos não distantes, Teus ponteiros corriam velozmente. E marcavas as horas inconstantes, Orientando, assim, a nossa Gente! Hoje, porém, os dias ofegantes, De trabalhos e de luta inclemente Passam... Voam... Sem que nestes instantes, Estejas a guiar a nossa gente! Que destino cruel e que pesares, Foram os teus “Relógio dos Palmares” “Condenando-te a ti, pobre inocente”! A viver para nunca mais marcar, Dias que se sucedem sem parar. A viveres parado eternamente! A PIADA DA SEMANA O marido decide mudar de atitude. Chega em casa todo machão e ordena: – Eu quero que você prepare uma refeição dos deuses para o jantar e quando eu terminar espero uma sobremesa divina. Depois do jantar você vai me fazer um whisky e preparar um banho porque eu preciso relaxar. E tem mais: Quando eu terminar o banho, adivinha quem vai me vestir e me pentear? – O homem da funerária… Respondeu placidamente a esposa.. oOo Acessar: www.r2cpress.com.br