O documento discute a abordagem do abdome agudo ginecológico, definindo-o e descrevendo as possíveis causas como dor pélvica aguda, gravidez ectópica e DIP. Ele fornece diretrizes para a avaliação inicial e conduta, indicando quando um tratamento clínico ou cirúrgico é apropriado para cada condição.
7. DOR PÉLVICA AGUDA
ABORDAGEM
• Objetiva
• Intensidade da dor
• Presença de massa pélvica
• Estado hemodinâmico
• Sinais de irritação peritoneal
INTERNAÇÃO: CLÍNICO OU CIRÚRGICO
9. CONDUTA
Quadro clínico-hemodinâmico
Dúvida diagnóstica
Maioria dos casos é cirúrgico
A laparoscopia é ideal para diagnóstico e
tratamento do abdome agudo ginecológico
23. DIP SEM IRRITAÇÃO PERITONEAL
TRATAMENTO AMBULATORIAL
Sem diferença nos resultados reprodutivos com tratamento
ambulatorial x hospitalar (Rec B)
(NESS, 2002)
24. DIP SEM IRRITAÇÃO PERITONEAL
TRATAMENTO AMBULATORIAL
Esquemas: CDC (2002)
Ofloxacin 400 2x dia + metronidazol 500 2x dia: 14 dias
FEBRASGO (2004)
Ceftriaxona 250 mg IM, dose única + doxiciclina 100 mg 2 x
dia: 14 dias
25. DIP C/ IRRITAÇÃO PERITONEAL S/ ATO
TRATAMENTO PARENTERAL
Internação
Cobertura polimicrobiana
Vários esquemas c/ sucesso
Manter por 24 a 48h após melhora clínica
26. CDC (2002)
Regime A
Cefoxitina 2g ev 4x dia
Doxiciclina 100mg ev 2x dia
Alta c/ doxiciclina vo por 14 dias
27. CDC (2002)
Regime B
Clindamicina 900mg ev 3x dia
Gentamicina 1,5mg/kg ev/im 3x dia
Alta c/ doxiciclina ou clindamicina vo por 14 dias
28. FEBRASGO (2004)
Penicilina G cristalina 5 milhões UI ev 4/4h
Gentamicina 1,5mg/kg ev/im 3x dia
Alta c/ doxiciclina vo por 14 dias
29. DIP COM ATO
Presentes anaeróbios não responsivos à penicilina (Bacterioides
fragilis)
Polimicrobiano: E. coli, proteus, estreptococos e peptostreptococcus
Chlamydia e Neisseria frequentes na DIP, são raros no ATO
Inicia-se terapêutica e observa-se a evolução
Provável intervenção cirúrgica
(RIVLIN et al., 1999; LIVENGOOD, 2004)
30. DIP COM ATO
MANEJO CONSERVADOR X CIRÚRGICO
Falta de resposta: 72 a 96h
Suspeita de ruptura
Abscesso bilateral
Abscesso > 10cm
Possibilidade de drenagem guiada USG
Taxas de gestações semelhantes
31. DIP COM ATO
TRATAMENTO PARENTERAL
CDC (2002)
Clindamicina 900mg ev 3x dia
Gentamicina 1,5mg/kg ev/im 3x dia
FEBRASGO (2004)
Penicilina G cristalina 5 milhões UI ev 4/4h
Gentamicina 1,5mg/kg ev/im 3x dia
Metronidazol 500mg 3x dia
32. GRAVIDEZ ECTÓPICA ÍNTEGRA
O tratamento conservador não deve ser empregado no
abdome agudo, apenas nos casos de pouca dor e
hemodinamicamente estável
33. GRAVIDEZ ECTÓPICA ÍNTEGRA
QUANDO SER CONSERVADOR?
Ausência de dor significativa
Beta-HCG < 1000mUI/ml: expectante sucesso de 88% (Rec B)
Taxas de gravidez semelhantes após tto expectante x clínico x
cirúrgico (Rec C)
34. GRAVIDEZ ECTÓPICA ÍNTEGRA
QUANDO SER CONSERVADOR?
Randomizado comparando methotrexate x salpingotomia
laparoscópica: igualmente efetivos: taxa de sucesso de 74 a
84% (Rec B)
Após tto clínico: 62 a 70% tópicas x 8% ectópicas(Rec B)
(TRIO et al., 1995; ZOHAV et al., 1996; RANTALA e MÄKINEN, 1997; YAO e TULANDI,
1997; CARABALLO e DONOZO, 1998; ROYAL COLLEGE, 2002)
35. CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA SER
CONSERVADOR
Pouca dor
Hemodinamicamente estável
Massa anexial < 3,5cm
Ausência de embrião vivo
Doppler com fluxo até 2/3 da massa
(HAAJNEIUS et al., 2002; NAZAC et al., 2003; POTTER et al., 2003)
36. CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA SER
CONSERVADOR
Títulos baixos de beta-HCG: < 3000mUI/ml
Queda dos títulos em 24h > 15%: expectantes
Dose do Methotrexate: 50 mg/m2 IM: dose única x
múltiplas (melhores resultados) – controverso
Seguimento clínico e laboratorial
(HAAJNEIUS et al., 2002; NAZAC et al., 2003; POTTER et al., 2003)
37. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abordagem sindrômica
Conduta deve ser baseada em evidências
Sistematizar o atendimento
Bom senso
aasantosnovo@hotmail.com