5. Agente Infeccioso
É o microrganismo que pode causar uma doença infecciosa,
existem vários tipos:
Bactérias
Vírus
Fungos
Parasitas
Protozoárias
6. A transmissão de doenças infecciosas exige uma interação entre o agente transmissor, hospedeiro e
ambiente.
Os elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são:
Cadeia de transmissão dos agentes infecciosos
7. 2 Cadeia de transmissão dos agentes
infecciosos
Os elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são:
Hospedeiro;
agente infeccioso;
meio ambiente;
Vetores - insetos que transportam os agentes infecciosos de um hospedeiro
parasitado a outro, até então sadio (não-infectado).
8. 4 Elementos básicos da cadeia de
transmissão
Hospedeiro: pode ser o homem ou um animal, sempre exposto ao parasito
ou ao vetor transmissor, quando for o caso.
Na relação parasito-hospedeiro, este pode comportar-se como um
portador são (sem sintomas aparentes) ou como um indivíduo doente
(com sintomas), porém ambos são capazes de transmitir a parasitose.
9. Hospedeiro intermediário - quando os parasitos nele existentes se
reproduzem de forma assexuada;
Hospedeiro definitivo - quando os parasitos nele alojados se reproduzem
de modo sexuado.
exemplo: a Taenia solium, por exemplo, precisa, na sua cadeia de
transmissão, de um hospedeiro definitivo, o homem, e de um
intermediário, o porco.
5 Elementos básicos da cadeia de
transmissão
10. Agente infeccioso é um ser vivo capaz de reconhecer seu hospedeiro, nele
penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se e, mais tarde, sair para alcançar novos
hospedeiros.
O modo com que o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível e a forma
de transmissão do microrganismo que definirá o tipo de isolamento
Os agentes infecciosos são também conhecidos por: micróbios ou germes, como:
bactérias, protozoários, vírus, ácaros e alguns fungos.
6 Elementos básicos da cadeia de
transmissão
11. A capacidade dos agentes para infectar e produzir doenças nos seres
humanos depende também da suscetibilidade do hospedeiro.
Nem todas as pessoas igualmente expostas a um agente infeccioso é
infectada.
Das infectadas, algumas não apresentam sintomas, nem sinais clínicos no
curso da infecção (infecção inaparente ou subclínica), enquanto que outras
apresentam sintomas (infecção aparente ou clínica), podendo ser também de
duração e grau variáveis.
A importância e a intensidade de uma infecção aparente são medidas em
termos de sua morbidade e letalidade.
6 Elementos básicos da cadeia de transmissão
12. 7 Os parasitos são também classificados em:
Endoparasitos - são aqueles que penetram no corpo do hospedeiro e aí passam a
viver. Portanto, o correto é dizer que o ambiente está contaminado (não causa
infecção), e não infectado (causa infecção).
Ectoparasitos - são aqueles que não penetram no hospedeiro, mas vivem
externamente, na superfície de seu corpo, como os artrópodes -dentre os quais
destacam-se as pulgas, piolhos e carrapatos.
13. Meio ambiente:
È o espaço constituído pelos fatores físicos, químicos e biológicos, por cujo intermédio
são influenciados o parasito e o hospedeiro.
Como exemplos, podemos apontar:
• físicos: temperatura, umidade, clima, luminosidade (luz solar);
•químicos: gases atmosféricos (ar), pH, teor de oxigênio, agentes tóxicos;
•biológicos: água, nutrientes, seres vivos (plantas, animais).
8 Elementos básicos da cadeia de transmissão
14. Fonte ou Reservatório
Fonte da Infecção ou Reservatório é o local onde o agente
infeccioso se encontra.
Neste local, ele consegue viver, crescer e se multiplicar.
Pessoa,
Objeto,
Ambiente,
15. Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que
transmite um parasito entre dois hospedeiros.
Vetor biológico: quando o agente etiológico se
multiplica ou se desenvolve no vetor.
Vetor mecânico: quando o parasito não se
multiplica ou se desenvolve no vetor, esse
simplesmente serve de transporte ao parasito
Fonte ou Reservatório
16. 10 Parasitoses e doenças transmissíveis
Não podemos confundir infecção parasitária com doença.
O parasito bem sucedido é aquele que consegue obter tudo de que precisa
para sobreviver causando o mínimo de prejuízo ao hospedeiro.
Desse modo, surgem os hospedeiros parasitados, sem doença e sem sintomas,
conhecidos como portadores assintomáticos.
17. 9 Doenças transmissíveis e não-transmissíveis
As doenças não-transmissíveis podem ter várias causas, tais como: deficiências
metabólicas (algum órgão que não funcione bem), acidentes, origem genética.
Exemplo: diabetes, câncer entre outros.
Existem, ainda, doenças que possuem mais de uma causa, podendo, portanto,
ser tanto transmissíveis como não-transmissíveis.
Como exemplo, a hepatite.
18. Período de latência: é o intervalo de tempo que transcorre desde que se produz a
infecção até que a pessoa se torne infecciosa.
Como regra geral, a maioria das doenças não é transmissível durante a fase inicial do
período de incubação, nem depois do completo restabelecimento do doente
Período de incubação: é o intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um
agente infeccioso e o surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença
Na maioria das doenças infecciosas, existe a possibilidade de transmissão durante o período de
incubação, principalmente antes de apresentar os sintomas e sinais que permitem fazer o
diagnóstico
Ações nocivas dos agentes infecciosos e ectoparasitos sobre
os seres vivos
19. Ações nocivas dos agentes infecciosos e ectoparasitos sobre
os seres vivos
Embora grande parte das infecções não apresente sintomas, muitas delas podem manifestar-
se logo após a penetração do agente infeccioso (fase aguda). Outras, porém, vêm a se
manifestar bem mais tarde, permanecendo em estado de latência à espera de uma
oportunidade, como a baixa de resistência do hospedeiro. Como exemplo, temos o herpes, a
varicela, a tuberculose e a doença de Chagas.
Em muitos casos, após a penetração do agente infeccioso há um período de incubação que
perdura desde a penetração do microrganismo até o aparecimento dos primeiros sinais e
sintomas. Pode variar de uma gente infeccioso para outro.
20. Após o período de incubação ou logo após a fase aguda (quando há muitos sintomas), a
infecção pode acabar ou, em muitos casos, evoluir para um período chamado de fase
crônica.
Citamos a seguir alguns exemplos de agentes responsáveis ou de doenças por eles
provocadas, juntamente com os sinais e sintomas:
- prurido (coceira) - ex.: oxiúros;
-feridas, lesões e úlceras - ex.: leishmaniose;
12 Fatores que influenciam o parasitismo como causa das
doenças infecciosas
22. Transmissão
Transmissão Direta - de pessoa a pessoa:
É a transmissão causada pelos agentes infecciosos
que saem do corpo de um hospedeiro parasitado
(homem ou animal) e passam diretamente para outro
hospedeiro são, ou para si mesmo – auto-infecção.
As vias de transmissão direta de pessoa a pessoa
podem ser: fecal-oral, gotículas, respiratória, sexual.
23. Transmissão indireta: com presença de
hospedeiros intermediários ou vetores.
Ocorre quando o agente infeccioso passa
por outro hospedeiro (intermediário)
antes de alcançar o novo hospedeiro
(definitivo) – caso da esquistossomose e
da teníase (solitária).
Transmissão
24. Transmissão de doenças infecciosas – direta por contato
Microrganismo é transmitido diretamente de pessoa para pessoa: Pele-a-pele, beijo, contato
sexual.
Exemplos: Contato de sangue e fluídos corporais do paciente diretamente com mucosa ou
pele não íntegra (contato com pele com dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas
consideradas como exposição de risco, quando envolverem a presença de sangue)
como HIV, Hepatites virais, Clostridium difficile,
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes infestados com escabiose
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes portadores de lesão herpética
25. A forma indireta também ocorre
quando o agente infeccioso é
transportado através da picada de
um vetor (inseto) e levado até o
novo hospedeiro – caso da malária
(Anopheles).
Transmissão
26. Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
através de núcleos de poeira ou gotículas suspensas no ar.
Núcleos de poeira se instalam em superfícies e depois viajam pelo ar através do
vento ou queimadas.
Gotículas são partículas muito pequenas e leves que conseguem ficar suspensas
no ar por mais tempo e alcançam distancias maiores que os núcleos de poeira e se
dispersam mais facilmente.
Exemplo: sarampo.
Transmissão de doenças infecciosas – indireta pelo Ar
27. Transmissão indireta com presença do meio
ambiente
Nesse tipo de transmissão, ao sair do hospedeiro o
agente infeccioso já tem uma forma resistente que o
habilita a manter-se vivo por algum tempo no
ambiente, contaminando o ar, a água, o solo, alimentos
e objetos (fômites) à espera de novo hospedeiro.
Nesse caso, incluem-se os protozoários que, expelidos
através das fezes e sob a forma de cistos, assumem a
forma de resistência denominada esporos.
28. Transmissão vertical e horizontal
É aquela que ocorre diretamente dos pais para seus descendentes
através da placenta, esperma, óvulo, - por exemplo, a transmissão da
mãe para o feto ou por sangue, leite materno a o recém-nascido.
Podemos ainda citar como exemplos a rubéola, a AIDS infantil, a
hepatite B.
29. Transmissão vertical e
horizontal
Pâmela dos Santos Andrade1 ,
Victor Henrique Ferreira-de-Lima2 ,
Paulo Roberto Urbinatti1 , Rosa
Maria Marques de Sá Almeida1 ,
Tamara Nunes de Lima-Camara1,2 .
1Departamento de Epidemiologia,
Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo
(FSP/USP). 2Programa de Pós-
Graduação do Instituto e Medicina
Tropical da Universidade de São
Paulo (IMT/USP) 2018
30. Fonte de infecção
É o foco, local onde se origina o
agente infeccioso, permitindo-
lhe passar diretamente para um
hospedeiro, podendo localizar-se
em pessoas, animais, objetos,
alimentos, água, etc
31. Porta de entrada:
É a via pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro susceptível.
Exemplos:
Trato respiratório,
Trato gastrointestinal,
Trato urinário,
Pele não íntegra,
Mucosas.
32. Principais portas de entrada ouvias de penetração dos
agentes infecciosos
Boca (via digestiva) - os agentes infecciosos penetram pela boca, junto com os alimentos, a
água, ou pelo contato das mãos e objetos contaminados levados diretamente à boca.
Isto acontece com os ovos de alguns vermes (lombriga), cistos de protozoários (amebas,
giárdias), bactérias (cólera), vírus (hepatite A, poliomielite) e fungos;
Nariz e boca (via respiratória) - os agentes são inalados juntamente com o ar, penetrando no
corpo através do nariz e ou boca, pelo processo respiratório.
Como exemplos, temos: vírus da gripe, do sarampo e da catapora; bactérias responsáveis
pela meningite, tuberculose;
33. Pele e mucosa (via transcutânea) – geralmente, os agentes infecciosos penetram na
pele ou mucosa dos hospedeiros através de feridas, picadas de insetos, arranhões e
queimaduras, raramente em pele íntegra.
Como exemplos, temos: dengue, doença de chagas e malária;
Vagina e uretra (via urogenital) - os agentes infecciosos penetram nos hospedeiros
pelos órgãos genitais, por meio de secreções e do sêmen, nos contatos e relações
sexuais.
Assim ocorre a transmissão da sífilis, gonorréia, AIDS, o papilomavírus humano -
HPV.
Principais portas de entrada ouvias de penetração dos
agentes infecciosos
34. Principais portas de saída ou vias de eliminação dos agentes
infecciosos
ânus e boca (via digestiva) - os agentes infecciosos saem, juntamente com as fezes, pela via
digestiva, através do ânus.
Estes são normalmente aqueles agentes que penetram por via oral (boca), localizando-se,
geralmente, na faringe e órgãos do aparelho digestivo.
Como exemplos: os vírus da hepatite e as bactérias causadoras de diarréias (Entamoeba
coli, Salmonella, Shigella), Enterobius (oxíuros).
São eliminados pela saliva, dentre outros, os vírus (herpes,) e bactérias (difteria);
35. nariz e boca (via respiratória) - os agentes infecciosos são expelidos por intermédio de
gotículas produzidas pelos mecanismos da tosse, do espirro, de escarros, secreções nasais
e expectoração.
Geralmente, esses agentes infectam os pulmões e a parte superior das vias respiratórias.
Temos como exemplos: catapora, meningite, pneumonia e tuberculose.
Muitas vezes, os agentes que se utilizam das vias respiratórias vão para outros locais,
causando diferentes manifestações clínicas.
É o caso do Streptococos pneumoniae, causador da pneumonia, que também pode
provocar sinusite e otite;
Principais portas de saída ou vias de eliminação dos agentes
infecciosos
36. Portas de saída ou vias de eliminação dos agentes
infecciosos
pele e mucosa (via transcutânea) – normalmente, a pele se descama como
resultado da ação do meio ambiente, em função de atividades físicas, como
exercícios, no ato de vestir-se e despir-se.
Os agentes infecciosos eliminados pela pele são os que se encontravam alojados
nela e que geralmente são transmitidos por contato direto, e não pela liberação no
meio ambiente.
Através da pele ocorre a saída de vírus herpes, verrugas, Leishmanias
responsáveis por úlceras cutâneas e o Sarcoptes scabiei, pela sarna, também
utilizam a pele como porta de saída;
37. Eliminação pelo leite:
Como o leite é produzido por uma glândula da pele, podemos aqui considerar os
microrganismos eliminados através dele. O leite humano raramente elimina agentes
infecciosos, mas isto pode vir a acontecer com: vírus da hepatite B, HIV.
Eliminação pelo sangue:
Existem muitos agentes infecciosos que têm preferência por viver no sangue e, assim, acabam
saindo por seu intermédio quando de um sangramento (acidentes, ferimentos) ou realização
de punção com agulhas de injeção, transfusões ou, ainda, picadas de vetores (insetos).
Ressalte-se que ao picarem o homem para se alimentar os mosquitos adquirem adicionalmente
muitos agentes infecciosos que serão posteriormente levados para outros indivíduos quando
voltarem a se nutrir.
Principais portas de saída ou vias de eliminação dos agentes
infecciosos
38. vagina e uretras (via urogenital) - os agentes infecciosos são geralmente eliminados por via
vaginal e ou uretral – durante a relação sexual ou contato com líquidos corpóreos
contaminados , pelo sêmen (HIV, herpes, gonorréia), pelas mucosas (fungos) ou urina
(febre tifóide; e a leptospirose, transmitida pela urina de ratos e cães infectados).
Principais portas de saída ou vias de eliminação dos agentes
infecciosos