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Ciências Sociais – Licenciatura em Sociologia – 1º ano

Tópicos Especiais de História da educação – 06/03/2012

Aluna: Katia Monteiro Silva

Resenha do texto: A sociedade do trabalho e os movimentos por uma nova escola (final do
século XIX e início do XX)

Sobre        a       autora       do        texto:       Cynthia       Greive         Veiga
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982), Licenciatura
curta em Pedagogia (habilitação Administração e Supervisão da Escola de 1o grau) pelo
Instituto de Educação de Minas Gerais (1984), mestrado em Educação pela Universidade
Federal de Minas Gerais (1987) e doutorado em História pela Universidade Estadual de
Campinas (1994).

Palavras chave: Trabalho, Sociedade, Educação.

Vocabulário – Segundo Dicionário Priberam (versão on-line)

Politécnico – que abrange muitas artes e ciências

Psicotécnica - conjunto dos métodos científicos que permitem apreciar as reações psicológicas
e fisiológicas (motrizes) dos indivíduos. (Utiliza-se com freqüência para a orientação
profissional.)

Resumo: O texto trata das mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX (
invenção de revolucionários artefatos mecânicos, mudança nas relações de trabalho e
configuração urbana), na sociedade ocidental, e como essas mudanças influenciaram a ideia
de escola ( “escola nova” e “escola ativa” ) colocada à época.

Resenha:

        A sociedade do século XIX passou por inúmeras mudanças, influenciadas pelo
iluminismo e pela revolução industrial. Essas mudanças ocasionadas pela inserção de inúmeros
artefatos de grande tecnologia para a época mudaram consideravelmente, as relações de
trabalho, as configurações urbanas e além do espaço escolar também a maneira como se
concebia educação escolar.

         No que concerne ao trabalho pode-se destacar alguns fatores que contribuíram para a
mudança de paradigma do trabalho. Paradigma este que consistia em fazer do trabalhador
possuidor do tempo, da produção e do conhecimento, pois todo o processo de “feitura” dos
produtos ficava a cargo do trabalhador que além desses elementos era também possuidor da
força de trabalho. Com a inserção de maquinário no processo do trabalho, o tempo, a
produção e o conhecimento já não eram propriedade exclusiva do trabalhador que possuía a
ciência. Por esse motivo viu-se o trabalhador dono apenas da força de seu trabalho e nas mãos
da elite econômica através dos bens que possuía (meios de produção), controlava agora o que
antes só o trabalhador obtinha posse. Esses meios de produção também tornaram o trabalho
compartimentado, levando a um novo conceito de qualificação. Essas novas relações, então,
criaram a necessidade de serem reguladas pelo Estado.
Frederick W. Taylor, baseado nessa nova configuração de trabalho, elaborou um
conjunto de proposições chamado taylorismo (baseado na psicotécnica) que enumera 5 passos
necessários para uma boa condução dessa nova configuração do processo de trabalho. Para
ele os trabalhadores deveriam reunir-se em um mesmo local com jornada de trabalho e
produção fixadas e sob a supervisão e interferência de um gerente. Um dos estudos pioneiros
em relação a atuação do trabalhador e suas potencialidades para o exercício da atividade
profissional foi atribuído a Hugo Müsterberg. Esses estudos científicos contribuíram para que
industriais enfrentassem problemas com relação aos trabalhadores.

        Essa transferência de controle de trabalho e as péssimas condições de trabalho foram
criticadas por Marx, Friedrich Engels e outros pensadores.

         Essas mudanças também refletiram na configuração das cidades, onde tudo se tornou
passível de planejamento: a moradia, o lazer, a escola e os locais de trabalho. Essas mudanças
eram intencionadas para criar uma consciência dos habitantes, no sentido de promover
funcionalidade, ritmo de trabalho, progresso, circulação, eficiência, rapidez e especialização,
prevenir o contágio de doenças decorrentes da aglomeração e da insalubridade. O grau de
desenvolvimento das cidades era medido levando em consideração esses aspectos, ou seja, a
possibilidade de atender as demandas humanas.

         A escola não ficou fora dessa dessas mudanças passando a ser interpretada como um
equipamento urbano, sendo assim, precisava ter funcionalidade para essa nova sociedade,
sofrendo intervenções técnicas no que tangia higiene, salubridade do ambiente, localização,
infraestrutura, economia (racionalidade de custos) e política (refletindo um monumento a
civilização). Esse espaço também era preparado para que a criança se sentisse pertencente a
escola favorecendo a confraternização. Essa nova perspectiva tornou a criança também um
objeto científico. Marx em relação a educação defendia a formação politécnica que
possibilitava ao trabalhador o controle do processo manual e intelectual de seu trabalho.

        Inúmeras são as falhas apontadas na sociedade desde que se instalou a “era da
máquina e da ciência”, é sabido que essas críticas não são concernentes somente a esse tempo
mas à medida em que a sociedade foi se criando e crescendo. A relações econômicas e de
trabalho desiguais e a fixação dessas idéias na escola sempre se constituíram, a meu ver, de
incógnitas indissolúveis, pois nenhum sistema implantado até agora (por mais que saibamos
que nenhum tenha sido instaurado em sua mais pura ciência) deu conta de arrefecer as
desigualdades entre pobres e ricos, pelo contrário reforçam essas mazelas através da escola,
da sociedade, da política e do trabalho. Portanto à medida que leio textos históricos que
abordam questões de “trocas” de idéias e concepções mais entendo a situação atual em que a
sociedade se encontra, mas paradoxalmente mais longe me vejo de vislumbrar uma possível
solução em qualquer pressuposto até então colocado. Existe um contraponto, que não se pode
negar, tendo em vista as experiências de outros sistemas econômicos: como fazer diminuir as
desigualdades sem que para isso a ciência seja tomada como “bode expiatório”? Fica aqui meu
questionamento.

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Nova escola influenciada por mudanças sociais

  • 1. Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá Ciências Sociais – Licenciatura em Sociologia – 1º ano Tópicos Especiais de História da educação – 06/03/2012 Aluna: Katia Monteiro Silva Resenha do texto: A sociedade do trabalho e os movimentos por uma nova escola (final do século XIX e início do XX) Sobre a autora do texto: Cynthia Greive Veiga Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982), Licenciatura curta em Pedagogia (habilitação Administração e Supervisão da Escola de 1o grau) pelo Instituto de Educação de Minas Gerais (1984), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1994). Palavras chave: Trabalho, Sociedade, Educação. Vocabulário – Segundo Dicionário Priberam (versão on-line) Politécnico – que abrange muitas artes e ciências Psicotécnica - conjunto dos métodos científicos que permitem apreciar as reações psicológicas e fisiológicas (motrizes) dos indivíduos. (Utiliza-se com freqüência para a orientação profissional.) Resumo: O texto trata das mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX ( invenção de revolucionários artefatos mecânicos, mudança nas relações de trabalho e configuração urbana), na sociedade ocidental, e como essas mudanças influenciaram a ideia de escola ( “escola nova” e “escola ativa” ) colocada à época. Resenha: A sociedade do século XIX passou por inúmeras mudanças, influenciadas pelo iluminismo e pela revolução industrial. Essas mudanças ocasionadas pela inserção de inúmeros artefatos de grande tecnologia para a época mudaram consideravelmente, as relações de trabalho, as configurações urbanas e além do espaço escolar também a maneira como se concebia educação escolar. No que concerne ao trabalho pode-se destacar alguns fatores que contribuíram para a mudança de paradigma do trabalho. Paradigma este que consistia em fazer do trabalhador possuidor do tempo, da produção e do conhecimento, pois todo o processo de “feitura” dos produtos ficava a cargo do trabalhador que além desses elementos era também possuidor da força de trabalho. Com a inserção de maquinário no processo do trabalho, o tempo, a produção e o conhecimento já não eram propriedade exclusiva do trabalhador que possuía a ciência. Por esse motivo viu-se o trabalhador dono apenas da força de seu trabalho e nas mãos da elite econômica através dos bens que possuía (meios de produção), controlava agora o que antes só o trabalhador obtinha posse. Esses meios de produção também tornaram o trabalho compartimentado, levando a um novo conceito de qualificação. Essas novas relações, então, criaram a necessidade de serem reguladas pelo Estado.
  • 2. Frederick W. Taylor, baseado nessa nova configuração de trabalho, elaborou um conjunto de proposições chamado taylorismo (baseado na psicotécnica) que enumera 5 passos necessários para uma boa condução dessa nova configuração do processo de trabalho. Para ele os trabalhadores deveriam reunir-se em um mesmo local com jornada de trabalho e produção fixadas e sob a supervisão e interferência de um gerente. Um dos estudos pioneiros em relação a atuação do trabalhador e suas potencialidades para o exercício da atividade profissional foi atribuído a Hugo Müsterberg. Esses estudos científicos contribuíram para que industriais enfrentassem problemas com relação aos trabalhadores. Essa transferência de controle de trabalho e as péssimas condições de trabalho foram criticadas por Marx, Friedrich Engels e outros pensadores. Essas mudanças também refletiram na configuração das cidades, onde tudo se tornou passível de planejamento: a moradia, o lazer, a escola e os locais de trabalho. Essas mudanças eram intencionadas para criar uma consciência dos habitantes, no sentido de promover funcionalidade, ritmo de trabalho, progresso, circulação, eficiência, rapidez e especialização, prevenir o contágio de doenças decorrentes da aglomeração e da insalubridade. O grau de desenvolvimento das cidades era medido levando em consideração esses aspectos, ou seja, a possibilidade de atender as demandas humanas. A escola não ficou fora dessa dessas mudanças passando a ser interpretada como um equipamento urbano, sendo assim, precisava ter funcionalidade para essa nova sociedade, sofrendo intervenções técnicas no que tangia higiene, salubridade do ambiente, localização, infraestrutura, economia (racionalidade de custos) e política (refletindo um monumento a civilização). Esse espaço também era preparado para que a criança se sentisse pertencente a escola favorecendo a confraternização. Essa nova perspectiva tornou a criança também um objeto científico. Marx em relação a educação defendia a formação politécnica que possibilitava ao trabalhador o controle do processo manual e intelectual de seu trabalho. Inúmeras são as falhas apontadas na sociedade desde que se instalou a “era da máquina e da ciência”, é sabido que essas críticas não são concernentes somente a esse tempo mas à medida em que a sociedade foi se criando e crescendo. A relações econômicas e de trabalho desiguais e a fixação dessas idéias na escola sempre se constituíram, a meu ver, de incógnitas indissolúveis, pois nenhum sistema implantado até agora (por mais que saibamos que nenhum tenha sido instaurado em sua mais pura ciência) deu conta de arrefecer as desigualdades entre pobres e ricos, pelo contrário reforçam essas mazelas através da escola, da sociedade, da política e do trabalho. Portanto à medida que leio textos históricos que abordam questões de “trocas” de idéias e concepções mais entendo a situação atual em que a sociedade se encontra, mas paradoxalmente mais longe me vejo de vislumbrar uma possível solução em qualquer pressuposto até então colocado. Existe um contraponto, que não se pode negar, tendo em vista as experiências de outros sistemas econômicos: como fazer diminuir as desigualdades sem que para isso a ciência seja tomada como “bode expiatório”? Fica aqui meu questionamento.