O documento discute a ressurreição das políticas keynesianas para combater a atual crise financeira global. Apresenta como as políticas de estímulo fiscal e monetário foram usadas com sucesso após a crise de 1929 e como foram abandonadas nas últimas décadas com o surgimento do neoliberalismo, contribuindo para novas crises. Argumenta que os pacotes de estímulo anunciados até agora pelos governos não foram suficientes para reverter a queda da demanda e que medidas mais intensas são necessárias.
Rombo fiscal nas contas públicas leva à bancarrota a economia brasileiraFernando Alcoforado
O governo Michel Temer adota uma política de austeridade econômica que está levando o País ao desastre. Os rombos previstos pelo governo Temer no orçamento da União de R$ 159 bilhões em 2017 e, também, em 2018, R$ 139 bilhões em 2019 e R$ 65 bilhões em 2020 demonstra, não apenas, o fracasso da política econômica neoliberal, mas, sobretudo, o propósito do governo Michel Temer de mantê-la nos próximos anos que levará o Brasil à condição de “terra arrasada”. Uma meta fiscal de déficits sucessivos de 2017 a 2020 fará aumentar ainda mais a gigantesca dívida do governo.
Rombo fiscal nas contas públicas leva à bancarrota a economia brasileiraFernando Alcoforado
O governo Michel Temer adota uma política de austeridade econômica que está levando o País ao desastre. Os rombos previstos pelo governo Temer no orçamento da União de R$ 159 bilhões em 2017 e, também, em 2018, R$ 139 bilhões em 2019 e R$ 65 bilhões em 2020 demonstra, não apenas, o fracasso da política econômica neoliberal, mas, sobretudo, o propósito do governo Michel Temer de mantê-la nos próximos anos que levará o Brasil à condição de “terra arrasada”. Uma meta fiscal de déficits sucessivos de 2017 a 2020 fará aumentar ainda mais a gigantesca dívida do governo.
Michel Temer que, da mesma forma que Dilma Rousseff, é responsável pelo desastre econômico e social que atinge violentamente o País. A trajetória futura do Brasil é de instabilidade crescente porque o governo Michel Temer não solucionará os problemas econômicos do País, fato este que fará com que perca o apoio das classes dominantes e da maioria eventual que possui atualmente no Parlamento. O governo Temer poderá ser levado a uma situação similar à do governo Dilma Rousseff que era rejeitado pelas classes dominantes, pela maioria do Parlamento e pela maioria da população. Tudo isto pode fazer com que Michel Temer não conclua o seu mandato em 2018 e seja obrigado a antecipar as eleições presidenciais ou convocar uma Assembleia Constituinte Exclusiva para realizar a reforma política, da administração pública e do Estado no Brasil.
Apesar de todos os artifícios para neutralizar a tendência da queda das taxas de lucro do sistema capitalista mundial e do avanço tecnológico não impedirá sua derrocada porque o custo político e social seria imenso para a humanidade com a sua manutenção. Antes de seu colapso no século 21, o sistema capitalista mundial será arruinado pela depressão econômica durante muitos anos gerando em sua escalada a falência de muitas empresas, o desemprego em massa em escala planetária, a inviabilização econômica dos extremamente endividados Estados nacionais e a rebelião das massas em todo o mundo.
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERALFernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar a solução que possibilitaria obter estabilidade econômica e o pleno emprego dos fatores de produção em cada país do mundo e eliminar o caos econômico global que predomina atualmente em consequência da adoção do capitalismo neoliberal em todos os quadrantes do planeta desde 1990.
Quais os planos econômicos do Brasil, como eles surgiram? quais foram suas consequências? De onde vem a inflação e porquê ela é temida? Como pode ser evitada?
Michel Temer que, da mesma forma que Dilma Rousseff, é responsável pelo desastre econômico e social que atinge violentamente o País. A trajetória futura do Brasil é de instabilidade crescente porque o governo Michel Temer não solucionará os problemas econômicos do País, fato este que fará com que perca o apoio das classes dominantes e da maioria eventual que possui atualmente no Parlamento. O governo Temer poderá ser levado a uma situação similar à do governo Dilma Rousseff que era rejeitado pelas classes dominantes, pela maioria do Parlamento e pela maioria da população. Tudo isto pode fazer com que Michel Temer não conclua o seu mandato em 2018 e seja obrigado a antecipar as eleições presidenciais ou convocar uma Assembleia Constituinte Exclusiva para realizar a reforma política, da administração pública e do Estado no Brasil.
Apesar de todos os artifícios para neutralizar a tendência da queda das taxas de lucro do sistema capitalista mundial e do avanço tecnológico não impedirá sua derrocada porque o custo político e social seria imenso para a humanidade com a sua manutenção. Antes de seu colapso no século 21, o sistema capitalista mundial será arruinado pela depressão econômica durante muitos anos gerando em sua escalada a falência de muitas empresas, o desemprego em massa em escala planetária, a inviabilização econômica dos extremamente endividados Estados nacionais e a rebelião das massas em todo o mundo.
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERALFernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar a solução que possibilitaria obter estabilidade econômica e o pleno emprego dos fatores de produção em cada país do mundo e eliminar o caos econômico global que predomina atualmente em consequência da adoção do capitalismo neoliberal em todos os quadrantes do planeta desde 1990.
Quais os planos econômicos do Brasil, como eles surgiram? quais foram suas consequências? De onde vem a inflação e porquê ela é temida? Como pode ser evitada?
Controlar o sistema financeiro para evitar a débâcle econômica no brasilFernando Alcoforado
Qualquer pessoa entendida em economia sabe que em um quadro de estagnação econômica que afeta o Brasil no momento, o crescimento econômico só se realiza desde que o governo eleve seus gastos para compensar a queda do consumo e do investimento. Quem formulou este ensinamento foi o grande economista John Maynard Keynes em meados do século XX. A tese defendida pelo governo Michel Temer de que precisa primeiro reduzir o gasto do governo para depois promover o crescimento econômico é totalmente irracional sob a ótica Keynesiana. Além disso, faz chantagem com a população ao afirmar que a alternativa é o corte de gastos do governo ou o aumento de impostos. Trata-se de um fato lamentável o governo Michel Temer pretender solucionar a crise econômica do Brasil que se agrava a cada dia com a adoção do ajuste fiscal que reduz o gasto público e tende a aprofundar o processo de estagnação econômica do País.
A política adotada a partir de 1994 permitiu ao País atingir a maioridade econômica. Em consequência, o Brasil é uma das economias mais importantes do mundo – sendo importante destinatário de investimentos internacionais – e as perspectivas de galgarmos posições são bastante positivas. O cenário atual ainda é favorável aos negócios, em praticamente todos os setores de atividade. É claro que a crise financeira mundial deve continuar impactando adversamente a produção e o emprego
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
Sumário
1- Apontamentos sobre o descrédito da teologia neoliberal
2 - Evoluções e involuções no capitalismo
3 - Os reformadores do capitalismo
4 - O que dizem e fazem alguns reformadores ilustres
a) Gordon Brown, primeiro-ministro inglês
b) Daniel Held, professor na London School of Economics
c) George Soros, especulador financeiro e filantropo
d) Bill Gates, o “special one” do dinheiro
e)Jeffrey Sachs, professor de Economia na Universidade de Columbia, onde é director do Earth Institute
f) Stiglitz, prémio Nobel da Economia, ex-quadro do Banco Mundial é, talvez o mais consistente dos reformadores
g) Obama, “powerpoint” promocional do capitalismo
Este artigo analisa as transformações na abordagem teórica e na prática de política dos autores ligados ao Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Mostrar-se-á que nos seus primeiros esforços esses economistas propuseram uma agenda não convencional, oposta aos economistas brasileiros ortodoxos e aos programas de estabilização do FMI. Através de estimativas para Curvas de Phillips esses autores identificaram a inflação brasileira como, preponderantemente, inercial, o que os levou a desenhar estratégias de estabilização que pudessem eliminar tal componente. Surgiram propostas de política econômica que acabaram conhecidas como Choques Heterodoxos, ou seja, programas de desinflação de choque, com redução drástica das taxas de inflação e que seriam neutros do ponto de vista distributivo. Essas políticas foram postas em prática através do planejamento e execução do Plano Cruzado. Esse plano fracassou e os seus autores e gestores saíram do Governo, retornando para planejar e executar outro plano de estabilização, o Plano Real, dessa vez com enorme sucesso. Entretanto, nessa segunda passagem pelo centro de decisão e execução de políticas econômicas, esse grupo de economistas, a despeito de utilizarem-se, na prática, de teorias e instrumentos para políticas de estabilização filiadas a abordagem “heterodoxa”, adotaram uma interpretação ortodoxa para o fenômeno inflacionário.
Escorcha financeira inviabiliza a recuperação econômica do brasilFernando Alcoforado
Para o governo brasileiro dispor de recursos para investimento em infraestrutura econômica e social, tem de fazer uma auditoria da dívida pública e renegociar com os bancos nacionais e estrangeiros, fundos de investimento, fundos de pensão e empresas não financeiras a redução dos gastos com o pagamento do serviço da dívida alongando o pagamento dos juros e da amortização da dívida pública. É inadmissível que o governo brasileiro destine cerca de 45% do Orçamento da República para o pagamento da dívida pública interna enquanto aloca parcos recursos à educação (3,75%), saúde (3,98%), defesa nacional (1,58%) e segurança pública (0,33%), entre outros itens. Os estados e municípios, quase todos falidos, recebem de transferência da União (governo federal) apenas 9,19%. Em outras palavras, a parte do leão no orçamento da República é destinada ao pagamento da dívida pública interna, cujo maior beneficiário é o sistema financeiro. Se não houver uma reversão deste quadro, o Brasil será levado à bancarrota.
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
A RessurreiçãO Do Keynesianismo[1]
1. A ressurreição do keynesianismo
PAUL SINGER
DESDE a inesquecível crise de 1929, a presente é a primeira a ser combatida com políticas retiradas do
arsenal teórico keynesiano. Em 1929, quando o estouro da Bolsa de Wall Street deu início à mais longa e
arrasadora crise da história do capitalismo, era consenso que os governos deveriam manter austeras suas
políticas monetária e fiscal, por temor de uma possível inflação, induzida pela recuperação do consumo e
da inversão. O que houve, porém, foi uma deflação i nfindável que perpetuou a retração da demanda
efetiva, o desemprego em massa e o empobrecimento da maioria da população.
Diante do desastre, alguns governos (entre os quais o brasileiro e o sueco foram dos primeiros) jogaram o
consenso conservador fora e passaram a usar o crédito e o orçamento público para fomentar diretamente o
consumo, a inversão e a substituição de importações, tendo em vista incrementar a qualquer custo a
atividade econômica nacional. Essas políticas, movidas pela coragem do desespero, lograram fazer com
que o mundo emergisse de uma crise que parecia não ter fim.
Economistas de peso aprovaram então a nova heterodoxia, entre os quais John Maynard Keynes, que
depois elaborou uma teoria geral para demonstrar que as políticas heterodoxas er am racionais tanto para
remediar crises financeiras já estouradas como para preveni -las. Nas quatro décadas seguintes, o arsenal
keynesiano de políticas anticíclicas foi amplamente aplicado para impedir que novas crises financeiras
mundiais pudessem ocorrer.
Contribuíram para tanto as instituições criadas na conferência de Bretton Woods em 1944, não por acaso
presidida por Keynes. O estatuto do Fundo Monetário Internacional o proibia de socorrer países cujos
governos deixavam de controlar a movimentação int ernacional de capitais e instaurava a estabilidade
cambial, impedindo que o valor das moedas nacionais flutuasse ao sabor da especulação.
Portanto, durante os 40 anos seguintes, as políticas anticíclicas keynesianas não tiveram emprego. No fim
dos anos 1970, no entanto, a onda neoliberal começou a desmontar os controles multilaterais e nacionais
da especulação, liberando-a no plano mundial. Como seria de esperar, as crises financeiras voltaram com o
retorno do consenso de que, se os governos se dedicassem ao equilíbrio fiscal, elas seriam passageiras.
Mas isso não se aplicava aos Estados Unidos, cujo banco central tem como missão tanto combater a
inflação como manter a economia nacional em pleno emprego. O Federal Reserve manipulava a taxa oficial
de juros, elevando-a para forçar o estouro de bolhas quot;excessivasquot; e reduzindo -a em seguida para apressar
a recuperação da economia e minimizar as consequências da crise.
Dessa forma, um certo keynesianismo inconfessado era praticado pela superpotência capitalista . Agora,
com o estouro de bolhas imobiliárias, surge uma crise tão forte que abala as mais importantes companhias
financeiras do Primeiro Mundo e destrói trilhões de dólares de capitais fictícios acumulados nas Bolsas de
Valores. Os principais governos log o reconhecem que esta crise não pode mais ser contida apenas pela
redução das taxas oficiais de juros (hoje quase zeradas) e apelam para o arsenal keynesiano de políticas
de fomento do consumo, do investimento e do emprego.
Até agora, os pacotes de estímu lo dos governos não têm conseguido impedir que a crise encolha o crédito
e comprima a demanda efetiva, o que resulta em queda quase universal da atividade econômica e aumento
do desemprego. Isso confirma o pessimismo dos bancos, que racionam o crédito e o encarecem; das
empresas, que adiam as inversões, reduzem a produção e demitem os trabalhadores; e dos consumidores,
que restringem os seus gastos, assustados com a ameaça do desemprego.
A julgar pela única experiência histórica disponível, a da crise de 1 929, o instrumental keynesiano funciona
desde que os governos o empreguem com rapidez e intensidade para reverter as expectativas dos agentes
econômicos. O pânico, que se apossou das finanças, contaminou a mídia e a opinião pública e até o
momento não cedeu diante das ações de fomento anunciadas pelos governos.
Estas só podem alcançar seus objetivos se forem imitadas pelos detentores de meios próprios para
consumir mais do que o essencial e para investir o dinheiro não gasto na ampliação da capacidade de
produção. Há políticas disponíveis para abreviar a presente e prevenir as futuras crises. Quais são elas, no
entanto, é tema para um outro artigo.
PAUL SINGER , 76, economista, é professor titular da FEA -USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabi lidade da
Universidade de São Paulo), pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e secretário nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi secretário municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Luiza
Erundina).
Extraído de: Folha de S.Paulo, Opinião, 17/02/2009